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#insanidade mental
pedrocaspn · 2 months
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Criatura de raça humana diz que é um gato...
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O QUE É A SANIDADE MENTAL? CONHEÇA ALGUNS DOS PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA AVALIAR E APRIMORAR A SAÚDE PSICOLÓGICA
O presidente da OMS, Dr. Tedros Adhanom, no prefácio do Plano de Ação Integral de Saúde Mental 2013–2030, afirmou: “Saúde mental e bem-estar são essenciais para todos nós a fim de conduzir a vida satisfatoriamente, para realizar todo o nosso potencial, para participar produtivamente em nossas comunidades e demonstrar resiliência em face do estresse e da adversidade.” Hoje, muito se fala sobre…
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holeforlouis · 1 year
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harry saw the lyrics of “burguesinha” by seu jorge and immediately went omg MEEEEE
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afragmentada · 2 months
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Não faço ideia que diabos você pretende, mas não me venha com metaforas amorosas. Se hoje eu morressse, te confessaria no pé do ouvido "nunca deixei de te amar" mas como não tenho certeza sobre a possibilidade, não direi nada. -meu maior pecado é a vaidade- quem sabe o curso, me conceda o milagre de curar esse defeito que acaricio tanto.
Me divirto demais com suas tentativas frustradas de tentar me convencer de coisas que já não acredito mais. Eu sou "inconvencível" se é que isso existe. Não por birra. Mas as coisas morrem dentro de mim. Tenho um empobrecimento com relação à tolerância. Uma deficiência grave mesmo, infelizmente.
Assim como Clarice morria em cada obra que finalizava, acontece comigo em algumas coisas e com algumas pessoas. Lamentavelmente tenho o azar de morrer constantemente antes do meu fim.
Existem túmulos meus em tantos lugares por aí. As vezes penso em visitar, mas isso não iria trazer vida novamente, dai abandono aquilo que já quis ou tive, não gosto de perder meu tempo.
A algumas almas desesperadas e inseguras, não me vejam como uma ameaça sobre coisas que já tive influência e deixei ir, não faço reciclagem de gente. Tem gente que amarei até o final, mas não preciso da presença na minha vida. Qualquer tentativa de compreensão te levará a clínica de recuperação por ressaca mental, então não tentem.
Antes eu dizia que eu todinha era um caos, mas para o desespero social, aceitei que não sou um caos. Sou o que deu pra ser. Busco melhorar. Mas não quero perder todos os meus defeitos. Sou apaixonada por algum deles. E talvez o melhor que poderia me acontecer seria isso, descobrir que não sou um caos. Tudo aquilo que acontece comigo ou no meu caminho é porque precisava me atingir, se fosse o oposto, teria de mim desviado. Assim sou. Se eu te atingi e se você me atingiu foi porque tínhamos algo a aprender com isso.
Amo a insanidade desse contexto.
@fragmentada
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bhaskarah · 29 days
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ANA DE ARMAS? não! é apenas BHASKARA “KARA” VERONIKA ALDANA, ela é filha de ZEUS do chalé UM e tem VINTE E NOVE anos. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL III por estar no acampamento há DEZOITO ANOS, sabia? e se lá estiver certo, KARA é bastante ENTUSIASTA, mas também dizem que ela é EGOCÊNTRICA. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
biografia
não se sabe ao certo o que fez com que zeus se interessasse por aster. fosse a inteligência absurda, a beleza que não deixava a desejar ou o quê de insanidade, algo despertou atenção do deus para o pequeno romance de outono que tiveram. professora e acadêmica de biologia molecular, aventurava-se em férias fora do país quando conheceu um homem particularmente interessante. o final da história… bem, se chama bhaskara. 
o período após isso pode começar sendo definido assim: o amor  consumiu aster. não é difícil de se apaixonar por zeus, afinal, este se trata do deus-rei, imperial, belo, brilhante, colossal. cada palavra vinha com um sorriso galante, ela até ganhara um poema com seu nome. como não amar? a mulher nunca tinha tido muita sorte no amor, achava que aquela era sua vez. fora para casa naquelas férias com uma promessa do deus para ela, de que voltaria a vê-la. e ela contou todos os dias até então. é por isso que kara já ouvia sobre ele antes mesmo de propriamente compreender palavras e seus significados. pouco depois de descobrir a gravidez, aster vendeu sua casa, demitiu-se de seu emprego e procurou a residência mais próxima da praia que conseguia pagar com as suas economias (que não eram muitas). 
acabaram num chalé, longe da cidade, bem na beira da praia. aprendera pequenininha a fazer o pequeno entalhe na parede da casa, todo dia, marcando a passagem dos dias religiosamente. sempre que o sol se escondia no horizonte, sua mãe chorava, e assim passava as noites. até o dia em que ela não marcou mais as paredes. aster não a acordara de propósito, mas kara sabia que ela tinha saído durante a noite pelo fraco balançar dos sinos da porta. ela espiara, pela janela, e vira sua mãe conversar com alguém, antes de voltar a dormir. e ainda em seu sono, lembra-se da sensação de um beijo em sua bochecha, o sussurrar de mais uma promessa; ele voltaria. 
sempre ouvira histórias sobre seu pai. como ele era incrível, e encantador. na época, não compreendera que o homem na janela se tratava dele. juntara as peças quando mais velha, e principalmente porque aquela noite marcara o declínio da condição mental de sua mãe. daquele dia em diante, aster nunca mais falou de zeus. e continuava chorando, pelas noites, mas agora o fazia também de dia. a tristeza foi progressivamente se transformando em frustração, raiva, que ela procurou descontar na única pessoa que ainda lhe restava. 
tw: sangue, suicídio, negligência infantil.
o caminhar da situação tornava previsível o final. claro que não para uma criança, e especialmente kara. conforme crescia, a semelhança com seu pai fazia com que sua mãe a odiasse, e que tentasse a esquecer; o que significava, muitas vezes, ser trancada em seus aposentos para que “estudasse” por muitas horas seguidas, privada de diversas necessidades básicas. a educação domiciliar funcionava daquela maneira torpe, e sem outro modelo de vida, cabia à criança aceitar. 
um dia fora trancada, como de costume, com grossos volumes de biologia celular para que lesse do começo ao fim. seguira para sua rotina como de habitual, e já era noite quando pediu para sair. as batidas na porta não foram respondidas, mas isso não era incomum. depois de cansar de esperar, resolvera dormir sem comer (o que também não era incomum), e amanhecera no dia seguinte com água recobrindo o chão de madeira. nenhuma resposta era ouvida do outro lado da porta, mesmo que insistisse. 
lembrava-se de desistir e chorar. deixar as costas encostarem na parede enquanto o tempo lá fora só parecia piorar e piorar. a chuva piorava, era como se pedras caíssem sobre o telhado velho. o céu não dava trégua, revoltado, e ela pensou que fosse sua imaginação quando viu o vento quase que se materializar. o ar agitando a poeira em padrões uniformes, desenhando punhos de ar que estilhaçaram o vidro e escancararam a porta. caminhou, descalça, os pés ignorando o vidro enquanto tentava entender se a água que recobria o assoalho vinha da chuva ou… do banheiro. entreaberto. ouvia ainda o barulho da torneira quando seu peito apertou, os olhos identificando o corpo inchado da mãe em um banho de sangue e água. os trovões, piores, a chuva ameaçando desmoronar a casa. ela viu um clarão, de um raio que parecia ter sido bem diante de si, e apagou. 
quando abriu os olhos, já não estava mais no chalé, ou na praia. acordara  na porta do acampamento, com um pendente estranho em seu pescoço. a mancha de sangue em sua blusa foi o único indício de que o que vira realmente tinha acontecido, pois a pele intacta lhe fez questionar a veracidade de suas próprias memórias. nas primeiras semanas, kara achava que tinha morrido e agora sonhava. que tudo aquilo, a fartura, as pessoas, se tratava daquele paraíso que tinha lido uma vez sobre. era uma criança estranha, para uma filha de zeus, com os olhos muito arregalados e uma ansiedade que lhe engolia. demorara meses para se desprender da grave despersonalização, e anos para conseguir falar sobre o que acontecera.
todos os traumas do passado tinham sido canalizados quase que completamente em suas tarefas no acampamento. suas habilidades, que se faziam presentes antes e passavam despercebidas ao olhar da criança, foram evoluindo progressivamente. especialmente no que se referia sua capacidade de de liderança, o que lhe rendeu um espaço na equipe de patrulha. fora reclamada não muitos meses depois, embora não houvessem dúvidas sobre seu parente divino. quando tinha raiva, o céu fechava, com risco iminente de campistas serem acertados por raios… e já quando estava feliz, poderia ser vista flutuando em pleno ar, carregada por ventos fora de época. 
apesar de gostar do acampamento, o medo de ficar refém de um lugar novamente fez com que abraçasse todas as raras oportunidades de sair, e, as vezes, de fugir. sempre volta, porque é seu lar, e pelo seu cheiro, mas gosta da possibilidade de sair. sua personalidade se desenvolveu para alguém que é um tanto quanto desgostoso da vida de semideus. preza sempre pela sua liberdade, e a ideia de viver eternamente naquele acampamento ou servindo aos deuses lhe embrulha o estômago. sua maneira de escapar de seu destino é utilizando do máximo de distrações possíveis, seja agindo competitivamente, trabalhando excessivamente, perdendo a sobriedade ou se apaixonando por alguém novo.
poderes 
atmocinese. kara possui a capacidade de manipular, em certos aspectos, o clima. antigamente, quando não passava de uma criança, sua emoção estava diretamente ligada à manifestação de seu poder. embora ainda não tenha uma boa especificidade no tipo de produto gerado, a morena conseguiu fazer com que suas emoções fossem menos óbvias, menos denunciadas pelo clima atual. sentimentos intensos ainda fazem com que seja mais fácil de fazer chover, nevar, ventar, provocar raios e neblina ou até fazer com que a temperatura despenque. 
habilidades
sentidos aguçados e fator de cura acima do normal.
arsenal
estranhamente, possui mais habilidade com a foice do que propriamente com outras armas (embora não deixe a desejar). quando completou dezoito anos, foi presenteada pelo seu pai com altheia, sua foice de ouro imperial. 
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cherrorey · 3 months
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Hola cherry holaaaa HOLA CHERRRY☺️🤭💖
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Lei que regresaste a Tumblr :333 lo cual significa que AHORA ESTÁS CONDENADA POR EL RESTO DE LA ETERNIDAD A QUE TE ETIQUETE EN WEBADAS Y TE ESCRIBA TEXTOS DE PROPORCIONES BIBLICAS CON DESCRIPCIONES EQUIVALENTES A TENER LA INSANIDAD MENTAL DEL JOCKER Y SACUDIRTE CON MUCHA FUERZA CADA QUE TE VEA👹👹👹👹👹👹💥💥💥💥💥
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Ay no, digo hola, que agradable vernos leernos escribirnos eso... Eso ya estoy muy viejo para esto 🫠 pero pues espero mucho y con cariño tus mensajes🥸
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teceladashistorias · 1 year
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Como escrever: Arco de corrupção e loucura.
As pessoas odiaram essa cena:
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Mas amaram essa cena:
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E ambas as cenas são praticamente as mesmas, é um momento onde as duas personagens desistiram de quem eram e abraçaram o "vamos queimar tudo, vamos destruir tudo". São cenas seguidas de morte, onde há outros personagens presentes que estão tentando impedir esses momentos, e são cenas que se seguem logo após a paz finalmente ser alcançada ou estar perto de ser alcançada. Eram cenas inevitáveis e que tinham dicas de que iriam acontecer logo nos primeiros episódios, então nós deveríamos saber que esses finais aconteceriam pelas dicas presentes. Além disso tudo, as cenas não eram só desastres imediatos na história, mas também representavam triunfos pessoais para cada uma das personagens, apesar de destruir toda a construção de seus respectivos shows de uma forma chocante.
Então, por quê a cena da Jinx funciona enquanto a da Dany falha?
Yeah, depois de anos discutindo é claro que muitos chegaram a conclusão, e eu concordo, de que a cena da Dany foi totalmente sem sentido e apressada com o roteiro da história, onde toda a cena não tinha onde realmente se apoiar e justificar o que deixou uma sensação de injustiça sobre a personagem. O roteiro teve apenas DOIS episódios para construir como a história dela explodiria, o que deveria ter levado no mínimo uma nova temporada completa (provavelmente duas). Mas é sobre essa parte que eu quero focar: Se eles tivessem tido tempo para construir a personagem da Daenerys como é que teria sido?
E eu vou usar o modelo de Arcane e a trajetória da Jinx para explorar isso. Vamos analisar não apenas como ela se comporta, mas como ela tem falas em sua mente, como a loucura dela a influencia, e também vou citar alguns outros personagens ao longo do texto, então se prepare que vai ser bem longo.
Mas a loucura é o nosso tópico de hoje. Destrinchado da seguinte forma:
Como que uma boa cena de "Queimem tudo" funciona;
Como a loucura pode se manifestar nos personagens e ser separada em "boa loucura" e "insanidade";
Como os sentimentos de luto podem ser usados para alimentar um arco de corrupção bem estruturado e trazer um orgasmo literário para seus leitores.
Uma das coisas que, como psicóloga, eu preciso deixar bem claro é que existe uma diferença enorme entre "Doenças mentais e Estresse mental" e "Loucura / Insanidade", não apenas no universo literário, mas também na vida real.
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Como nós podemos conhecer sobre doenças mentais, estudá-las e acompanhá-las pessoalmente em nosso dia a dia (basta prestar um pouco de atenção nas pessoas ao seu redor para isso e ler conteúdos sobre psicologia), então quando vemos um personagem passando por isso na literatura (ou outro tipo de mídia), nós quase imediatamente criamos um sentido de empatia sobre aquelas emoções, porquê, quando bem escritas e determinadas, elas são familiares para nós, pelas doenças que temos e o estresse da vida real.
Insanidade, não é a mesma coisa.
A insanidade quase nunca é acessível na vida real, nós apenas a conhecemos através da ficção. O cientista louco. O chapeleiro louco. O rei louco. O iluminado. Nós vemos a insanidade nas histórias e não sentimos empatia ou simpatia, nós sentimos medo. A insanidade deve ser vista como um arquétipo de horror, porquê não devemos nos relacionar com ela, devemos temer sua imprevisibilidade.
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Então, quando queremos construir um arco de corrupção, loucura e insanidade, como podemos fazer com que as pessoas queiram acompanhar essa história? Como podemos fazer com que elas se relacionem com os personagens até o momento em que entendam "okay, essa pessoa não tem mais volta" e queiram continuar para observar a resolução até o fim?
Usando a Jinx como um objeto de observação, todos nós podemos ver a loucura dela de forma quase palpável na animação. Ela tem bonecas penduradas nas paredes, tem vozes na cabeça, rascunhos bizarros que a acompanham e fantasmas do passado. Mas essas coisas por si só não são o que tornam o arco dela bom, apenas são representações visuais para nós de como a insanidade dela se comporta.
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Há algo muito mais profundo que alimenta a personagem e seu desenvolvimento, algo que nos faz sentir a dor dela, mesmo que não estejamos do lado que ela defende. Vamos usar como exemplo a seguinte frase da personagem, quando ela captura VI:
"Eu realmente pensei que tinha enterrado esse lugar, mas eu deveria ter entendido melhor. Nada nunca continua morto." - Jinx, Arcane.
Okay, a Jinx solta muitas loucuras e frases incompreensíveis conforme os episódios vão avançando, mas coisas como "Nada nunca continua morto" é uma grande bandeira vermelha de alerta. Para a construção da personagem, essa frase é importante. Por quê?
Jinx passa 07 anos pensando que a VI estava morta e de repente, VI estava de volta com toda essa história circulando ela;
Temos Milo, que ao contrário de VI realmente está morto, mas para Jinx ele aparece em forma das vozes e rabiscos então na cabeça dela ele nunca ficou realmente quieto;
E logo na sequência temos essa frase de Jinx para a VI:
"Você nunca partiu, eu sempre te ouvi, nas sombras da cidade." - Jinx, Arcane.
Que completa ainda mais o que nunca foi dito sobre o outro irmão delas que faleceu;
Também temos o laudo psicológico mais complexo, da quantidade de traumas que Jinx sofreu como Powder, do desejo inconsciente dela de que seus familiares voltassem, da esquizofrenia desenfreada e não tratada que ela sofre e se alimenta constantemente do desejo de ouvir essas pessoas de volta. Quase traduzido como "O trauma nunca morre, ele sempre volta para te assombrar", que é basicamente toda a vida de Jinx.
Mas mesmo com tudo isso, ainda assim não há uma justificativa do porquê o arco da Jinx é melhor do que o arco da Daenerys, então isso se torna uma questão de não ter as respostas erradas, mas sim que estou focando no assunto errado.
O que realmente queremos saber, como autores, não é como a Jinx se comporta, mas sim, POR QUÊ ela se comporta dessa maneira anormal?
Então com as frases de Jinx podemos ter uma noção de como ela se comporta, mas que tipo de pessoa se comporta dessa forma? E que forma é essa? Nós não podemos só dizer "ah ela está agindo de um jeito louco" quando queremos construir uma história, essa é a pergunta que fica "o que significa 'jeito louco'?". Para entender isso, precisamos destrinchar as diferenças entre Doença mental / Estresse mental e Loucura / Insanidade:
REGRA UM: Externalizando conflito;
Todos nós, no mundo inteiro, experienciamos conflito. Alguns de nós mais do que outros. Mas na maioria das vezes quando isso acontece nós não desassociamos de nós mesmos e começamos a ter um diálogo com uma versão maligna de nós mesmos no estilo Smeagle de Senhor dos Anéis. A forma como Jinx se comunica muitas vezes não é sobre como ela se sente, e sim afirmações sobre a realidade que ela vive. "Nada nunca continua morto" é assim que a realidade funciona, "eu deveria ter entendido melhor" é como se ela estivesse aprendendo sobre o mundo e se cobrando por não ter visto o óbvio.
O estresse mental muitas vezes é um evento interno, mas a Insanidade pega esses eventos internos e transforma em uma realidade. Isso tudo combinado com a forma como ela vive, as bonecas penduradas, os rabiscos e as vozes, deixa claro para a pessoa que está acompanhando sua história de que a Insanidade não só tem origem na Jinx, como também está constantemente a controlando e moldando a realidade para ela.
Ok então, três pontos sobre criar a externalização de insanidade para seus personagens:
1: Não é apenas sobre como esse comportamento aparenta destoante com o normal, mas como ele se conecta com quem o personagem é;
2: Temos que ter o conflito entre a pessoa que o personagem costumava ser e a pessoa que está presa nessa nova realidade insana, entre o mundo real e o mundo insano; Na literatura isso geralmente é representado com dois nomes para o mesmo personagem (ex: Powder e Jinx, Smeagle e Gollun, Anakin e Vader, etc), mas você também pode fazer de forma mais sutil.
3: Conflito. Essas realidades precisam gerar conflito entre o personagem contra ele mesmo, o personagem precisa estar vivendo o pesadelo de tentar equilibrar a realidade insana com a realidade verdadeira, é esse conflito que vai alimentar a empatia dos leitores pelo seu personagem e fazer com as pessoas acompanhem até o fim, sempre se perguntando qual lado vai vencer, mesmo que já seja claro que aquela situação não tem volta. Com Jinx nós sempre vemos esse conflito, com ela mandando as vozes calarem a boca, com ela gritando descontroladamente de dor quando é impactada por uma memória gatilho, com ela se julgando mesmo na frase insana "eu deveria ter entendido melhor".
Se faça a pergunta: O que significa para esses personagens viver entre o mundo real e o mundo insano?
É preciso criar uma espécie de paradoxo quando falamos sobre insanidade e arcos de corrupção. Jinx não gosta que todos estejam voltando da morte, mas se não fosse por essas mortes ela não teria trauma o que a faz desejar que eles continuem vivos. Smeagle amava e odiava o anel, assim como amava e odiava a si mesmo. E nós precisamos que essa dualidade esteja expressa na sua história, sem parar, mas em momentos chaves para que nada fique muito exaustivo.
E quando finalmente alcançamos o momento da Jinx de "Queimar tudo" é uma cena triste acompanhada de uma sensação imensa de alívio. Alívio pela beleza do momento, alívio pelo fim do paradoxo, por ela finalmente abraçar um lado, mesmo que esse lado seja o lado ruim da história. Nós sabemos disso, sabemos que é errado, sabemos que ela caiu e se entregou para a insanidade, mas só conseguimos pensar: Finalmente!
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...
Nós não tivemos isso com a cena da Daenerys.
Então, o arco de corrupção e insanidade tem seu Clímax quando o personagem sai do caminho trágico de conflito para seu compromisso máximo com a loucura conquistado por algum ato extremo que só vai fazer sentido para aquele mundo insano que o personagem vive.
Então, por conta de quão dramático esse tipo de plot costuma ser, é preciso que em algum momento da história o conflito do seu personagem entre em um ponto de ebulição. Não pode ser apenas um comportamento estranho que fica se repetindo e as pessoas falam "ah, aqui vamos nós de novo", não. Tem que ter desenvolvimento atrás de desenvolvimento e camadas de o personagem realmente tentando lutar para acabar com isso, tentando se amarrar ao mundo real e continuar lá, mas que deixe claro que essa repressão de suas emoções apenas cause mais conflito e deixe tudo pior, até que o "Queimem tudo" não seja mais apenas uma decisão tomada por impulso e sim um basta para toda essa repressão e agonia, uma salvação que apenas o personagem pode enxergar.
É importante que não haja romantização do ato para a história. O leitor tem que entender que aquilo é ruim, que a pessoa caiu, que ela foi corrompida. Mas ao mesmo tempo a história tem que deixar claro que para o personagem insano aquilo é triunfo, é salvação, é desejo em sua forma mais pura e é destino. Nós não devemos defender, mas sim explicar como tudo aquilo aconteceu, em ordem de causar um impacto significativo nos espectadores.
O clímax da história não deve ser apenas chocante, como trazer um profundo misto de emoções. Nós devemos sentir luto pelo personagem que perdemos, assim como sentir alívio pela tortura ter finalmente chegado ao fim. Nós devemos entender a insanidade como uma coisa horrorosa e apavorante, que agora que alcançou seu ponto máximo, torna toda a história imprevisível. Por fim, o leitor precisa desejar que essa corrupção chegue ao fim, o desfecho precisa ser satisfatório e trazer consequências que vão impactar. Quando o personagem entra na insanidade, o leitor deve parar de apoiá-lo, mas se sentir incapaz de abandoná-lo, chegando até as páginas finais.
Então, tendo tudo isso, como podemos consertar o final da Daenerys? Eu tenho algumas ideias, mas seria interessante ver seus comentários.
Para mim:
É claro que eles tentaram fazer isso durante a história, todo esse arco de corrupção e insanidade da Daenerys não veio do nada, e vários fãs teorizavam sobre isso temporadas antes de acontecer, mas o problema é que estava longe de ser suficiente. Muitos não chegaram no final achando que Daenerys estava errada, e a sensação de que ela foi injustiçada impactou até mesmo quem não gostava da personagem, de tão mal feito que foi o roteiro. Então antes de falar sobre como eu teria escrito, eu preciso apontar os erros que percebi na série em si:
O gatilho do luto: Eles tentaram fazer com que a morte da Missandei fosse gatilho suficiente para Daenerys surtar, mas depois de ela perder dois dragões e ter poucas reações sobre o assunto, pareceu que a morte da amiga foi insuficiente. Daenerys literalmente vê seus filhos empalados, mas ela já passou por tanta desgraça na vida que as atitudes dela foram logo deixadas de lado pelo roteiro. E todas essas coisas ruins foram se acumulando a um ponto que seus fãs estavam "queima, é só queimar todo mundo, não tem para quê se segurar", sendo o oposto de um final desejado para esse tipo de plot.
Imagine assim: Daenerys está finalmente invadindo Kingslanding, ela tem todos os seus três dragões, mas então Cercei revela as Scorpios, e Visserion e Rhaegal são mortos em sequência, Drogon é gravemente ferido e essa é a primeira vez que vemos dragões caindo. Um senso de urgência é criado, e Daenerys perde o controle queimando tudo e todos para salvar a vida de Drogon antes que ele leve um golpe fatal. A guerra acaba então, ficamos aliviados que ela não morreu, mas então percebemos que a cidade inteira foi destruída, que muitas pessoas morreram, os outros personagens estão em conflito sobre o que sentir, a vingança dela não trouxe seus dragões de volta. Mas ao invés de Daenerys sentir culpa, ela gosta daquilo, gosta da vingança, gosta do poder. Ela se tornou a rainha das cinzas, e nós somos atingidos pelo paradoxo da história.
Mas o que tivemos? Dragões morreram e ficou por isso.
Momento de ebulição: Com Daenerys nós não tivemos um momento de ebulição da história, tivemos pouquíssimos momentos onde mostrava que ela estava reprimindo emoções, mas eles nunca eram muito aprofundados, então quando chegamos no Clímax ele parecia fora de ordem.
Realidade insana: Tivemos poucas coisas na história que realmente provavam que Daenerys estava acometida pela loucura. Ela falava coisas como "eu sei o que é bom e ninguém pode dizer o contrário", mas era tudo muito justificado pelas ações que ela tomava, ela libertava escravos, ela salvava mulheres de estupro, como raios isso pode ser definido como insanidade? Eu sei que eles tentaram dar a entender que ela era boa até não ser mais, mas todos aqui podem concordar que foi mal feito. "Ela vai construir uma sociedade de paz" é uma frase muito atrativa, que para ser considerada ruim precisa de muito trabalho. "Ela vai libertar o mundo dos tiranos" enquanto ela mesma se torna tirana era uma saída melhor, que eles tentaram fazer, mas novamente com a falta de desenvolvimento ficou vazio.
Isolamento: É citado no show que Daenerys entrou em um luto profundo, que não queria comer, que não queria falar com ninguém, mas isso rapidamente é esquecido. Daenerys não se mostrou isolada da realidade e presa na insanidade, ela só foi mostrada como alguém que estava sofrendo pela perda de uma amiga. Como podemos julgar ela por isso?
O verdadeiro motivo da insanidade dela? O verdadeiro motivo para o clímax? Eles pensam que nos mostraram isso, mas acho que não. Parece que tudo deve se relacionar ao sangue, e ao vínculo dela com o rei louco (seu pai), e nós temos várias menções sobre isso na série o que ajuda, mas então temos isso:
"Dizem que quanto um Targeryen nasce os deuses jogam uma moeda e o mundo segura seu fôlego" - Varys.
Então... Toda a loucura da Daenerys é isso? Aleatoriedade? Isso não é uma causa e nem uma justificativa, mas sim falta de ambos. E não é satisfatório que um dos arcos mais importantes da história não tenha causas, não tenha base e seja simplesmente assim porquê o roteiro quer.
É o mesmo que olhar para Senhor dos Anéis e dizer: Aqui está o Aragorn, se ele vai virar rei ou não a gente vai resolver jogando uma moeda. Não seu personagem, não seu sofrimento, só aleatoriedade.
E no Clímax eles nos dão um momento decisivo, um momento de escolha, exatamente igual ao roteiro de Arcane com a Jinx, e foi até okay? Só que não tinha nenhum fundamento forte o suficiente para Daenerys escolher ignorar paz e abraçar a insanidade, então a cena falha porquê todo o roteiro falhou antes.
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Queimou foi pouco. Ahem.
Então, o que seria necessário para consertar o final? Que fique claro que meu foco aqui não é na Temporada 8 como um todo e sim no arco de corrupção e loucura da Daenerys. Na minha opnião:
Daenerys precisava de um gatilho para sua insanidade, algo que a colocasse no caminho do trauma, que mostrasse que ela não tinha controle sobre si mesma, sobre suas ações, mas algo que fosse forte o suficiente para o público entender e se relacionar com o sofrimento dela.
Daenerys precisava demonstrar conflito entre quem ela queria ser e quem seu eu insano demandasse que ela deveria ser, o que a faz lentamente cair dentro de armadilhas da própria mente (geradas pelo gatilho), e não saber mais separar o que era realidade e o que era insanidade.
Associação com a nossa própria realidade. Nós podemos começar a ver atos de Daenerys se tornando cada vez mais estranhos e fazer uma associação histórica com nosso próprio mundo. Eles tentaram fazer isso no discurso dela, copiando o mesmo estilo de Hitler de discursar, mas eles deveriam ter trazido muito mais sobre isso. Um discurso é apenas um discurso da forma como eles fizeram, por mais que tenha impacto não foi o bastante para realmente construir algo para Daenerys. Eles poderiam ter feito ela ficar louca pela história da antiga Valyria ao ponto de Daenerys querer destruir Kingslanding e desejar reconstruir Valyria a todo custo, eles podiam misturar isso com o próprio desejo de Hitler de construir estradas e monumentos que durassem séculos. Tornem essa insanidade palpável, façam as pessoas entenderem que ela está começando a entrar em um mundo destoante. O paraíso da Daenerys provavelmente será o inferno para os outros, e era necessário uma ameaça de que esse inferno iria durar.
Isolamento. Daenerys precisa se isolar para que sua mente se afaste da realidade e comece a se perder mais na insanidade, para que ela se convença de que ela está certa e todos estão errados. Eles podiam ter explorado mais o luto dela e a incapacidade dela de se reerguer, mas isso simplesmente não faria sentido com as outras temporadas da personagem, então algo realmente trabalhoso teria que ter sido feito para que a base fosse melhor explorada e o isolamento dela fosse feito. Perder dois dragões, ter um ferido e ganhar a guerra com altos custos poderia ser uma das vias, mas há outras oportunidades que poderiam ser pensadas também, bastava os envolvidos realmente desejarem isso.
Com um plot de corrupção desses há sempre o risco de que: Se for demais acaba sendo muito fora da realidade, e se for pouco explorado acaba sendo insuficiente. É um tipo de plot que se tem muito pouco a se trabalhar, e que muitas vezes quem escreve sente que está pisando em cascas de ovos, então eu não recomendo para iniciantes.
Mas se você realmente quer escrever um plot como esse, então tenha em mente que é um processo demorado, que requer desenvolvimento e que precisa de justificativas suficientes para parecer plausível. Também procure analisar outras histórias que carregam esse tipo de plot, seus erros e acertos, e se imaginar como você teria feito no lugar do autor.
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musicaviiejita · 4 months
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Cartas que solo Internet entrega 250124
Te escribo para exponerte algunas verdades.
La primera y la razón principal de ser de este mensaje es que todavía me acuerdo mucho de ti. No quise poner "te extraño" porque realmente el tiempo que convivimos no lo considero suficiente como para haberte conocido bien. Pero si el tiempo no es un límite para tí entonces sí, extraño pasar tiempo contigo, el flujo emocional, y no se... simplemente tu presencia, no se cómo describirla.
Pienso que hay historias que se construyen y hay historias que solo suceden. Creo que esta historia sucedió. Y ahora soy yo tratando de construir.
Tengo ganas de decirte que no importa cómo, o de que forma, pero te quiero en mi vida. Eso sería una mentira. Porque si te quiero en mi vida pero no como sea... te quiero a mi lado. Quiero conocerte, a ti, tu cora, tus necesidades, tus sombras, tus límites. Y quiero estar ahí para cuando cambies. Para bien y/o para mal. Quiero conocer a tus amigas, a tu familia de sangre y la que has escogido. Tus lugares favoritos. Tambien lo que detestas. Y me encantaría que tambien me conocieras mejor, mis vicios y virtudes. Quiero contarte todos mis secretos.
La vida no es una. La muerte tampoco es una. Quiero revivir esto. Y afrontar las cosecuencias de jugarle a ser dios. Si la vida fuera una, te dejaría en paz. Aquella paz que buscabas cuando nos dijimos adiós.
Me he preguntado muchas cosas en torno a el haber coincidido. Porque, para qué? Creo que no es solo para haber visto Barbie, ni para haber tenido un mini apoyo cuando Dru intentó suicidarse, o cuando casi se me va mi abuelito. No se realmente cómo me hayas vivido. No se que tan sola te sientas. No se que te falte o sobre en tu vida.
Pero quiero ser tu cómplice y que puedas repetirme mil veces tus problemas. Quiero neta arriesgarme a que no funcione este pedo.
Lo único que no quiero, es el haberme quedado con las ganas.
No quiero arrepentirme por tener miedo. Porque lo que me detiene es la posible insanidad mental que se asome entre estas líneas. Si es que estoy mal de la cabeza, por lo menos se que es con una intención amorosa. La voluntad detrás de todo esto es hacia vivir algo que valga la pena ser vivido. Contigo.
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queridov · 2 years
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Insanidade mental
“Insanidade mental, foi tudo que senti ao te ver partir daqui.”
- Daniel Lopes, Um menino meio estranho, 2° Ed.
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lif8 · 2 years
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Foda-se a motivação, o que você precisa é disciplina
Para fazer qualquer coisa, há basicamente duas formas de se colocar numa situação em que aquilo efetivamente vai ser feito.
A primeira opção, mais popular e devastadoramente errônea, é tentar se automotivar.
A segunda, uma escolha um tanto impopular e completamente correta, é cultivar a disciplina.
Trata-se de uma daquelas situações onde adotar uma perspectiva diversa redunda em resultados superiores imediatamente. Poucos usos do termo “mudança de paradigma” são realmente legítimos, mas aqui temos um deles. É como acender a lâmpada em cima da cabeça.
Qual é a diferença?
A motivação, falando de modo geral, opera sob a presunção errônea de que é necessário um estado mental ou emocional particular para que uma tarefa seja realizada.
Isso está completamente invertido.
A disciplina, em vez disso, separa o funcionamento externo dos sentimentos e mudanças de humor, e assim ironicamente, ao melhorar as emoções de modo consistente, evita o problema.
As implicações disso são enormes.
Levar as tarefas a cabo efetivamente causa os estados interiores que procrastinadores crônicos acreditam que precisam para iniciar as tarefas em primeiro lugar.
Colocando de forma mais simples, não se deve esperar até se estar em boa forma para começar a treinar. Treina-se para se chegar à boa forma.
Quando a ação se condiciona pelas emoções, esperar um estado de humor ideal se torna uma forma particularmente insidiosa de procrastinação. Conheço isso muito bem, e gostaria que alguém tivesse me apontado isso vinte, quinze ou dez anos antes de eu acabar aprendendo a diferença ralando na vida.
Quem espera até ter vontade de fazer as coisas para fazê-las, está fodido. É exatamente disso que surge o temido círculo vicioso de procrastinação.
                        O ciclo da procrastinação
Mais tarde eu faço! -> Droga, não tô fazendo nada. -> Talvez eu deva considerar começar essa tarefa... -> ... mas não estou disposto o suficiente para fazê-la bem. (repete)
A essência de correr atrás da motivação é a insistência na fantasia infantil de que só devemos fazer as coisas que estamos a fim de fazer. O problema então se coloca da seguinte forma: “Como eu chego ao ponto de estar a fim de fazer o que eu racionalmente decidi fazer?” Isso é ruim demais.
A pergunta certa seria “Como deixo meu humor de lado e faço as coisas que conscientemente quero fazer, sem frescura?”
O ponto é cortar a ligação entre os sentimentos e as ações, e fazer a coisa de qualquer jeito. Você vai se sentir bem, energético e excitado depois de agir.
A motivação inverte tudo isso. Estou 100% convencido de que esta perspectiva defeituosa é o principal motor da epidemia de “sentar de cuecas jogando videogame e batendo punheta” que atualmente ataca os países desenvolvidos.
Também há problemas psicológicos na dependência da motivação.
A vida e o mundo reais algumas vezes exigem que se faça coisas com que ninguém em sã consciência conseguiria se entusiasmar, e assim a “motivação” se depara com o obstáculo insuperável de tentar produzir entusiasmo por aquilo que objetivamente jamais o mereceria. Fora a preguiça, a única solução é acabar com a sanidade das pessoas. Esse é um dilema horrível, e felizmente falacioso.
Tentar martelar o entusiasmo por atividades fundamentalmente chatas e miseráveis é literalmente uma forma de automutilação psicológica deliberada, uma insanidade voluntária: “GOSTO TANTO DESSAS PLANILHAS, MAL POSSO ESPERAR PARA PREENCHER A EQUAÇÃO PARA O VALOR FUTURO DA ANUIDADE, AMO TAAAAANTO MEU TRABALHO!”
Não considero episódios autoinfligidos de hipomania os melhores impulsionadores da atividade humana. É inevitável que ocorra algum tipo de compensação tímica com episódios de depressão, uma vez que o cérebro humano não tolera o abuso por tempo indetermiando. Estão presentes travas e válvulas de segurança. Ocorrem ressacas hormonais.
A pior coisa que pode acontecer é ser bem sucedido na coisa errada – temporariamente. Um cenário muito superior é reter a sanidade, o que infelizmente tende a ser confundido com fracasso moral: “Eu ainda não amo meu trabalho fútil de tirar um papel daqui e colocar ali, devo estar fazendo algo errado.” “Ainda prefiro comer bolo, e não brócolis, e assim não consigo perder peso, talvez eu seja fraco mesmo.” “Eu devia comprar outro livro sobre motivação.” Besteira. O erro crucial aqui é encarar essas questões em termos de presença ou ausência de motivação. A resposta é a disciplina, não a motivação.
Há outro problema prático com a motivação. Tem validade restrita, precisa ser constantemente revigorada.
A motivação é como dar corda manualmente numa manivela pesada para através disso obter uma grande força instantânea. No melhor dos casos, ela armazena e converte a energia para uma finalidade particular. Há situações onde ela é a atitude correta, exceções em que ficar superanimado e armazenar um montão de energia mental de antemão é o melhor a fazer. Corridas olímpicas ou fugas de prisões seriam casos assim. Mas fora esses casos limítrofes, ela é uma base terrível para o funcionamento regular cotidiano, e para qualquer coisa que exija resultados consistentes em longo prazo.
Em contraste a isso, a disciplina é como uma máquina que uma vez colocada em funcionamento, na verdade passa a fornecer energia ao sistema.
A produtividade não exige nenhum estado mental. Para resultados consistentes em longo prazo, a disciplina supera em muito a motivação, de fato a disciplina acaba correndo ao redor, humilhando a motivação.
Em resumo, a motivação é tentar encontrar aquela vontade de fazer as coisas. Disciplina é fazer mesmo se não se tem vontade.
Você se sente bem depois.
A disciplina, enfim, é um sistema que funciona, já a motivação é semelhante aos objetivos em si. Há uma simetria. A disciplina mais ou menos se autoperpetua e é constante, já a motivação é uma coisa meio aos solavancos.
Como se cultiva disciplina? Construindo hábitos – começando com coisas bem pequenas, com que se consegue lidar, coisas até mesmo microscópicas, e assim ganhando impulso, reinveste-se nela em mudanças cada vez maiores na rotina, dessa forma construindo um círculo virtuoso de retroalimentação positiva.
A motivação é uma atitude contraproducente. O que conta é a disciplina.
* * *
Nota: Este texto foi originalmente publicado no Wisdomination.com.
http://www.wisdomination.com/screw-motivation-what-you-need-is-discipline/
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Vozes
As vozes invadem minha mente
Penetram mais e mais,
murmurando ordens insanas
Isso é realidade? Já não sei mais
Quero controla-las, mas não consigo
Ecoam no meu cérebro cravando-as
Em delírio, meu corpo alucinado se retrai
Serão seres sobrenaturais, fantasmas, o demo…?
Em delírio constante sou tudo que não sou
Tudo e nada, muito desesperador.
Misturam-se as palavras, sem coerência
Transformando-as em pensamentos perturbadores
Perturbando meu funcionamento
Sinto na alma meu cérebro se deteriorar
Sinto-me perdida, percebo o tudo e o nada
Rio estupidamente da minha própria interpretação idiota da situação.
E você chora? Olha para mim e não entende?!
E eu? Continuo na minha insanidade mental
Amarrada ao delírio e às alucinações
Sofro, desesperadamente, perco o contato com a realidade
O todo é irreal, ilusório e penetra no meu cérebro
Me deixando louca, amarfanhada e perdida
Já nem sei quem sou.. Donde vim
Quem fui? O que sou?
C.A.R.
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taken-to-hongkong · 1 year
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a pura existência
« ignorance is bliss »
Uma grande parte de mim resume-se ao pensamento. Penso sobre tudo, sobre conceitos, existências, pessoas, realidades; penso sobre nada, sobre possibilidades, nostalgias futuras, tempo, faltas de existência. Penso demais, penso de menos, penso. Não sei. Não sei o que pensar me traz se não mais pensamentos, ou raras supostas conclusões. Às vezes penso sem querer, tenho um conceito à minha frente e a minha mente começa a divagar desnecessariamente, mas é algo de que não me queixo. Pensar é um pilar na minha natureza. É algo que me mantém em mim, que me estabiliza e contém, que me resguarda de algum tipo de insanidade ou ignorância que não quero alcançar. Não que a insanidade ou ignorância sejam necessariamente negativas.
A insanidade tem potencial para criar uma mente conturbadamente brilhante. Alguém que esteja nesse nível de fora de si vê algo diferente, vê e ouve e sabe. É algo que desconheço, uma experiência que não desejo, mas algo que tenho o privilégio de ter visto. O resultado é algo tão instável, angustiante e maravilhoso que constitui um epítome da minha existência. «Chaos makes the muse», e o estado de caos mental que é a insanidade é nada mais do que a terra ao pé de um vulcão: existe num estado de instabilidade e confusão desesperante, mas as cinzas carregam quantidades exponenciais de certas substâncias que potenciam a prosperidade…
A ignorância é a solução para a felicidade. Felicidade ou bem-estar, possivelmente é necessário mais para a felicidade do que a capacidade cognitiva de um porco. No entanto, um porco é muito mais contente do que eu, do que tu. Mas quem preferia ser um porco? Talvez alguém estivesse tão desconectado da sua humanidade que se permitisse. No entanto, na maior parte dos casos, não há a abdicação da razão, consciência e humanidade em prol da ignorância pura e do estatuto de porco. Creio que é a parte humana que constitui uma prisão. Trata-se da primeira certeza (Descartes à parte) que temos: a nossa humanidade. Não enquanto empatia, capacidades, história, mas sim identidade. A noção de sermos humanos é algo que nunca é desafiado ou posto em causa. Deste modo, o desprovimento desta noção constitui um atentado à própria existência. Creio que é, de facto, a única coisa de que nos recusamos verdadeiramente de abdicar. Porque se a pergunta sofresse alterações e fosse meramente hipotética, não sendo analisadas as implicações do cenário, creio que todos os sanos mudariam a sua opinião. Quem quer viver com a consciência humana, que acarreta um peso imenso e desnecessário, quando se pode não pensar, não saber? Se fosse possível passar uma existência inteira com as preocupações de um porco, quem não a passaria? Diria até de outro modo: não se trata de viver como algum ser, pois esta noção implica um desprovimento de humanidade e gera uma certa apreensão. Trata-se da possibilidade de existir em desconhecimento puro. Um estado eterno de falta de consciência. Uma simples existência.
Uma existência soa aprazível. Existir soa brilhante.
A condição humana é aberrante; a insanidade, fascinante; a ingenuidade, invejável.
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afterlikefm · 1 year
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ERA UMA VEZ . . .
Qual é a definição de insanidade? Alice já parou de buscar por isso há muito tempo, se é que em algum momento o fez. Ela se contentou com seu estado mental um tanto aturdido, feliz simplesmente por saber que não estava em um mundo comum agora. Todas aquelas coisas de sua imaginação eram reais, palpáveis, ao alcance de seus dedos. Alice aproveitou aquilo por muito tempo, mas seu coração puro a chamou para um dever mais altruísta: levar aquele mesmo nível de aceitação para outras pessoas.
Com o pensamento de que outras pessoas poderiam precisar da ajuda de sua experiência, Alice buscou pessoas com psiques igualmente atormentadas, tal qual a sua, e as ajudou a liberar seus sentimentos, desejos, perversões, pulsões e ansiedades de maneira mais saudável. A iniciativa Vorpal, tal qual a lâmina que a denominou, buscava penetrar a mente das pessoas que seguiam Alice e enfrentar seus medos e traumas mais obscuros em conjunto, assim podendo guiá-los rumo à resolução e tranquilidade. Ela foi capaz de realmente reunir um grupo invejável em questão de talentos: bardos, pintores, escultores, arquitetos, atores... Em um grupo nômade, viajavam pelos reinos em todos os continentes, levando um pouco de seus pensamentos para exibir em eventos e feiras culturais. A própria Alice, por muito tempo, decidiu nunca ter filhos, temendo que a criança nascesse perturbada pelos mesmos delírios que ela. Todavia, levou algum tempo, mas ela pôde aceitar que aquilo não era uma maldição e poderia ser remediado. Então ela teve um bebê, cujo pai permanece desconhecido até hoje, mas que se tornou o mascote oficial de todos os membros da trupe artística. Alice e os membros, originalmente, chegaram à capital com intuito de se apresentar durante a Seleção. Todavia, alguns deles podem ter ficado animados com a possibilidade de um novo mundo a ser explorado e decidido se juntar ao evento da Fada Rainha. Ela não reclamará e apenas os apoiará, mas já está procurando novos membros para ocupar espaços vagos em sua caravana terapêutica.
ESPELHO, ESPELHO MEU . . . 
Alice Kingsleigh — gênero feminino / 35+ anos / solteira / Artista plástica;
Membro da trupe 1 — gênero utp / idade utp / profissão utp;
Membro da trupe 2 — gênero utp / idade utp / profissão utp;
Membro da trupe 3 — gênero utp / idade utp / profissão utp;
Membro da trupe 4 — gênero utp / idade utp / profissão utp.
FELIZES PARA SEMPRE?
FAMÍLIA HEARTS — Quem poderia dizer que Alice conseguiria um pouco de paz com a Rainha de Copas? Certo, ela ainda deseja cortar sua cabeça às vezes e grita ordens para soldados invisíveis, mas Alice aprecia o bem que suas poções emocionais podem fazer ao mundo e dissemina esse conhecimento adiante com alegria. Elas podem ser um pouco caras, e provavelmente o motivo pelo qual a roda da carruagem está estragada até o momento, mas valem à pena.
FAMÍLIA SONNEN — Após tantas tribulações, Rapunzel reconhece que o povo de Corona merece um pouco de equilíbrio e retorno à saúde mental, portanto é uma veemente apoiadora dos métodos de Alice. Ainda que não possa patrociná-la, visto que os fundos do reino estão baixíssimos no momento, se encarrega de lhe escrever uma carta com parabenizações pela iniciativa todos os meses. Se Alice abre todas e lê em voz alta para os membros da trupe. Se eles escutam ou não, aí é apenas da conta de cada um.
FAMÍLIA WOLF — Você sabe qual é a melhor maneira de acalmar um lobo irritado? Com arte! Quem diria? Uma musiquinha ou uma aula de escultura com argila pode fazer com que eles imediatamente voltem à sua forma humana e esqueçam a raiva. Por isso a trupe Vorpal visita Ferralas pelo menos uma vez a cada três meses, felizes em fornecer aos lobos um pouco de calmaria.
NOTAS DA MODERAÇÃO
CONTOS — Alice no País das Maravilhas; Alice Através do Espelho.
OCUPAÇÕES/PROFISSÕES — Todos devem ser artistas, obrigatoriamente.
SUGESTÕES DE FCS — Seguindo o primeiro personagem aplicado. Nenhum personagem tem parentesco.
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Você nunca me amou. Você amava os meus cuidados, amava a prioridade que eu te dava, amava me ter entregue em teus braços, amava quando eu abria mão de mim mesmo só para tentar salvar você da completa insanidade que você insiste em viver diariamente. Você amava a forma que eu te tratava como centro do meu universo, amava o fato de saber que eu estaria ali mesmo depois de você foder com tudo e todos, eu seguiria acreditando no seu melhor e na sua melhora. Você amava poder ter para onde correr a qualquer momento em que quisesse, amava possuir alguém para suprir a sua carência emocional e lidar com sua instabilidade mental. Você amava ter uma pessoa nesse mundo que te achasse normal, que não te julgou, que não te condenou e em nenhum momento desacreditou da tua capacidade de vencer as adversidades da vida. Você amava tudo isso que vinha de mim e então dizia que me amava, mas a verdade é que você nem sabe o que é amor. Você amou sim tudo entre a gente, mas a mim não, você definitivamente nunca me amou.
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kardamaeloise-25 · 1 year
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Josh Smile/ Headcannos (opinião)
Ele não gosta tanto de ficar muito perto dos outros proxys que ele não conhece e também aqueles que são muito descontrolados que ele levaria trabalho imenso pra se acostumar.
Ele até gosta da Miss Smile pela suas habilidades e o seu senso de vontade mas odeia sua possessividade que pra ele é bem mais assustador que qualquer criatura medonha.
Ele é um dos que mais sofre pelo slenderman porque ele ainda tem insanidade ainda pra aturar seu controle mental e talvez tenha chance de escapar dele embora que as possibilidades sejam pequenas.
Ele não é a pessoa mais calma do mundo ou sabe lidar com qualquer pessoa mas faz o possível pra pelo menos fazer a pessoa entender que o que tá fazendo não irá se algo bom pra ela mesma.
Ele ainda não gosta de matar as pessoas e sua esquizofrenia piora cada vez mais ouvindo as vozes das vítimas pedindo socorro e chorando depois da morte trágica que ele faz.
Ele não gosta de ficar muito tempo sozinho porque isso o deixa desorientado e pelo menos é algo em que sua namorada nunca iria deixar mesmo que ela seja louca.
@mike2sstuff
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kiwibomb · 2 years
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Isa surtando com o minho maromba KSKSKSK mulher do céu vc é demais! Mas é a mais pura vdd Shawol n tem um minuto d paz 😂
minho maromba é a base da minha vida e tbm insanidade mental 💅 kkkkkkkk desde que aquele bendito voltou do exército eu sei que ele ta dando a vida na academia trabalhando aqueles braços porque não é possivel!!! inclusive tem uma foto dele no programa de rádio do changmin que os braços estão maravilhososs!!!! não tenho aqui mas saiba que está salva no meu cérebro, minho!!!!! chega eu passo mal, amores :/ kkkk mas é isso mesmo, shawol não tem paz e minho stan nasceu pra sofrer... é os braços, é a falta de álbum solo, e por aí vai, a tortura psicológica... kkkk
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