Esse starter pode se passar em qualquer lugar da página de lugares. Fique à vontade para escolher!

001. A dor na mão, na noite da recepção, tinha sido aguda demais para que simplesmente ignorasse – aquilo de fato tinha acontecido, a tatuagem brilhando em sua pele, e aquela palavra...  Ele não tinha inventado. Depois, os sonhos e a sensação de ter atravessado uma memória muito vívida. Jeremiah sentiu que não faria mal começar a fazer perguntas. Ficaria maluco se não chegasse a algumas explicações, mesmo que a pessoa a quem se direcionava não fosse capaz de esclarecer muita coisa.  ‘ É... comum que marcas queimem na pele por aqui? ’  

002. O Centro de Contenção de Crise se tornava, aos poucos, um local sufocante. Justo ele que não era o melhor quando se tratava de viver em sociedade, era agora obrigado a morar com desconhecidos de uma hora para outra. Mesmo em se tratando de um edifício amplo, o Dawson tinha a impressão de que era impossível escapar. Naquela manhã, para piorar, a fofoca, aparentemente, já tinha se espalhado. Foi por isso que ao ter a impressão que muse lhe encarava fixamente, Jeremiah se adiantou:  ‘ Não, eu não acordei coberto de sangue. E não ataquei o guarda, só o segurei porque tive a impressão que ele ia invadir meu quarto. Se isso não é um cativeiro, o mínimo que merecemos é um pouco de privacidade ’

o mod sobre isso de starter open minha dificuldade é que eu nunca sei se já ta lotado? poucas pessoas realmetne apagam ai vc tem ali starter de 20/15 notes e fica na duvida se responde ou não. não sei como fazer, só responder starters de até um limite de dias? ou um limite de quotes? sei o que ideal era quando chegar no máximo do player ele apagar, mas geralmente ninguém apaga é só olhar que la tem 57 posts seria impossível 57 starters acho que seria bom a galera ir apagando esse lembrete

Oi, meu bem! Eu costumo partir do pressuposto de que se alguém postou starter aberto e não tirou do blog, independente de ter 1 ou 20 notes, se manteve ali, é porque ainda quer/vai responder. Mas sim, eu acho válido que lembremos de apagar os starters abertos também quando atingir o limite e o player não vai mais dar conta de responder. É algo que VOCÊS tem que fazer pela comunidade porque eu, mod, NÃO tenho o direito de ir excluir starter de ninguém! Em outros RPs fiz isso e exclui starter que a pessoa queria ainda por engano! Eu percebo que muita gente ignora os avisos da central, e sim, isso é um puxão de orelha porque me sinto chateada com isso, então eu vou postar isso como uma regra fixada no blog dos starters.

aethra é a personagem com quem menos tenho interação, então respondi com ela todos os starters abertos que consegui achar no blog (tão na fila, vão ser postados durante o dia) e decidi criar esse starter call específico com bases de conexões que preciso pro desenvolvimento dela. ou seja, escolha uma conexão abaixo e ganhe um starter.

(2/2) primeiros contatos em tão tão distante. aethra foi sequestrada durante a adolescência e presa em um tanque para se apresentar durante um show de aberrações de um reino longínquo. foram longos anos até que conseguisse fugir em grupo com outras criaturas e acabar em tão tão distante. assim que pisou na cidade, perdeu sua cauda, parte da memória e ainda ganhou uma criança no ventre (que até então ela desconhecia a existência). esses serão os três primeiros personagens a ter contato com ela após a chegada na cidade. a podem ter vestido (a coitada só andava enrolada com um cobertor que achou na praia), a apresentado pros responsáveis do centro comunitário (que é onde ela mora atualmente), a alimentado e o que mais a criatividade permitir. aethra é extremamente grata à eles até hoje. — @cindcrclla, @northstheway.

(0/1) alguém que tenha suspeitado da gravidez. desde que chegou em tão tão distante, aethra apresentava vários sintomas de gravidez (principalmente enjoos) e seu personagem foi o primeiro a questionar sobre uma possível gestação porque ela imaginava que era só uma reação do corpo à comida humana (ela é uma sereia, nunca tinha comido nada do mundo humano). seu personagem foi quem explicou sobre testes de gravidez, esteve presente enquanto ela o fazia e, consequentemente, o primeiro a saber sobre a criança.

(1/1, m) alguém que as pessoas achem que é o pai da criança. aethra e seu personagens andam juntos pra cima e pra baixo, tanto que quando o boato da gravidez começou a se espalhar, automaticamente o ligaram ao seu personagem. os dois são só amigos, nada nunca aconteceu entre eles, mas é algo que interfere na vida romântica dos dois. obs.: a gravidez é mágica, a criança nem tem pai, então é só boato mesmo. — @jxckofhearts.

(0/-) alguém que a ajude nas compras de roupas novas. aethra acabou de fechar o primeiro mês de gestação e, apesar da barriga ainda não estar aparecendo muito bem, algumas das roupas estão deixando de caber — principalmente calças jeans. todas as roupas de aethra foram doadas pelas pessoas do centro comunitário, onde tem morado, mas é impossível ignorar a necessidade de comprar algumas e seu personagem se ofereceu pra ajudar. tanto a escolher as roupas quanto a pagar por elas.

(2/5) madrinhas e padrinhos da criança. num resumo, aethra não tem dinheiro. tem trabalhado no hospital da cidade e juntando uma quantia pelo menos pra arrumar uma casa pra morar, então as coisas da criança vão ficando em segundo plano e é aí que seu personagem entra. podemos desenvolver um chá de bebê, saída pra comprar roupinhas, móveis infantis, brinquedos. o personagem (ou os personagens, aceito mais de uma pessoa nessa conexão) será a rede de apoio de aethra, não só financeiramente, mas emocionalmente também. se uma gravidez normal já é difícil, imagina uma mágica. — @ffearne, @blucfviry,

(2/-) pacientes que já passaram por ela no hospital. aethra é ótima enfermeira, além de ser doce e fazer com que os pacientes se sintam acolhidos e seguros. adoraria pessoas que tivessem lembranças com ela no ambiente de trabalho, podemos conversar sobre detalhes. — @fazourro, @scndmvn.

bônus: sereias! esse aqui é autoexplicativo, adoraria interação embaixo d'água. tanto flashbacks de antes do sequestro e de quando a aethra não sabia sobre a gravidez, quanto interações atuais onde a aethra se sente insegura com a transformação de humana pra sereia porque não sabe como a criança vai ficar com isso.

this is a closed starter to @akcsma

❛ i’m not going anywhere. ❜, she said. E os olhos do Haddock reviraram em frustração. Não sabia ainda de quem tinha sido aquela ideia maravilhosa deles dividirem o quarto, como se a prole dos mocinhos já não tivesse sofrendo o suficiente. Claro que os vilões também dividiam, mas Arkyn não poderia se importar menos. Tão pouco conseguia entender a si próprio, por não ter escolhido viver fora da academia. Ele podia fazer isso agora, estava finalmente no esquadrão vil, mais perto do seu terrível destino e também de algum mínimo prazer, como ter um lugar só para si e não precisar lidar com a confusão de outra pessoa sempre que cruzasse a prota do quarto. Ele suspirou outra vez, meneando a cabeça em negação. Aquela era uma guerra que ele certamente não podia vencer. "quer saber? eu desisto, você é completamente impossível e tudo isso é um absurdo.", respondeu ríspido, as mãos gesticulando pelo ar, demonstrando sua falta de controle. Era errado assim querer um minuto de paz? Um instante que fosse, ignorando a existência de todos ali. "eu só queria ficar um pouco sozinho, é um crime por acaso?"

Closed starter for @haagandazs | campo de magibol

《 🐉 ⥇ Momentos como aquele a faziam lembrar de quando era adolescente e o irmão ainda era um menino franzino que não tinha nenhuma destreza, tentando ensinar ele a jogar magibol melhor para que entrasse nos knights quando chegasse sua hora de ingressar na Academia. Se fosse sentimental - caso se permitisse ser, isso é - Hella poderia estar com os olhos marejados naquele momento, vendo Hagan, agora do tamanho de um armário, sendo seu maior parceiro no campo. Mas estamos falando de Hella, de modo que ela apenas falou ❝―――――Você precisa acelerar mais um pouco nessa hora pra funcionar ❞ corrigiu, não de modo arrogante como podia ser com os outros, porque nunca era assim direcionada aos irmãos, mas porque era simplesmente um fato. Hagan ganhava em tamanho e força, Hella em rapidez e agilidade - e os dois precisavam sincronizar as habilidades para que conseguissem fazer aquela jogada ensaiada que Lia tinha pensado para eles. ❝―――――Ó lá, Lia ta concordando ❞ apontou com o queixo para as arquibancadas, como se a caçula conseguisse ouvir qualquer coisa àquela distância - o que ambos sabiam que era impossível, era exatamente por isso que tinham exigido que a loira ficasse lá em cima. ❝―――――Ou ela estaria se conseguisse ouvir. Enfim, a gente ta ficando melhor de todo jeito, mais um treino e deve ser fácil fazer num jogo. Pra onde a gente vai quando conseguir terminar aqui? Acho que temos tempo antes de papai aparecer reclamando que vamos atrasar o jantar de família ❞

                            👑       starter closed with @gwzns​ +  why is it always my fault?

                                                           ୧       ora  ,  ele  deveria  ser  capaz  de  esconder  a  porra  do  preconceito  que  sente  a  respeito  dos  venéficos  .  com  certeza  seria  mais  apreciado  se  o  pudesse  fazer  .  mas  é  quase  impossível  quando  sua  mente  formula  coisas  que  ,  para  si  ,  faz  tanto  sentido  .  é  claro  que  o  álcool  ajuda  em  tudo  aquilo  ,  dando  a  criatividade  necessária  para  que  a  situação  aparecesse  em  sua  mente  .  é  claro  que  a  taça  em  sua  mão  provavelmente  caíra  sozinha  ,  mas  tente  explicar  isso  para  alguém  tão  mente  fechada  como  artegant  ?  “  bem  ,  talvez  seja  muito  coincidente  que  você  esteja  aqui  e  isso  tenha  acontecido  .  ”  dita  ,  apontando  para  sua  rouba  toda  embebida  em  vermelho  .  o  vinho  com  certeza  fazia  uma  bagunça  ,  principalmente  quando  nem  perto  de  sóbrio  se  esta  .  “  irá  negar  que  teve  algo  haver  com  isso  ,  feiticeira  ?  ”

“ you can’t keep doing this. you can’t keep lying to yourself. “ (hyuk + hajoon)

SACRED ROMANTIC MOMENTS + SENTENCE STARTERS

status: aceitando + @antiromntics

perdeu as contas das vezes que tinha parado para discutir com hajoon por qualquer besteira que fosse. ou por um olhar torto ou por uma mensagem de texto enviada de forma errada, mas nunca tinham discutido por causa de sentimentos ou algo parecido. não era como se fizesse parte da relação de ódio que detinham um pelo outro, mas ver o olhar dele de quem parecia magoado havia feito com que hyuk parecesse meio perdido em meio à tudo e principalmente nos olhos castanhos do outro. 

claro que desde que passaram a trocar beijos - o que tinha sido uma evolução e tanto para os dois - ele não pensou muito no que poderia estar acontecendo na cabeça de seu arqui-inimigo e muito menos dentro de si próprio. claro que havia momentos em que ele acreditava que poderia estar sentindo algo por hajoon, mas na mesma velocidade que esses pensamentos vinham, eles iam embora com a crença também de que tudo aquilo não passava de um fogo seu por ter alguém para beijar e dependendo do dia fazer coisas deliciosas a mais.

mas naquele dia em questão o outro parecia tão mais pronto para falar de sentimentos do que ele. principalmente quando questionava o que ele sentia por si. “eu não sei, hajoon.” foi tudo o que foi capaz de dizer quando o coreano começou a elevar a voz dizendo que deveria parar com aquilo, parar de mentir para si mesmo. hyuk o encarava confuso, sem entender muito. “eu não...” passou a mão pelos fios escuros os jogando para trás. “e o que quer que diga? que eu estou ridiculamente apaixonado por você e que não sei lidar?” era um misto de aparentemente falar o que hajoon tanto queria ouvir quanto a verdade que parecia esconder de si próprio. “ótimo!” disse antes de abaixar a cabeça e erguê-la novamente, o encarando. “eu estou apaixonado por você e eu não queria ou quero admitir isso, porque nós somos de mundos diferentes e isso é uma merda porque só eu sei o quanto eu quero ficar com você, mas também sei o quanto isso é impossível. eu sei que você não poder ser meu.”

this is a annoying starter for @hadesovl

Cecile não tinha escolha!!! Era óbvio que não! Tudo bem, era por volta de uma da manhã e ninguém batia na porta alheia nessas horas, certo? Mas era inevitável!!!! Era mais uma noite que estava sendo impossível de dormir já que os pesadelos a assombravam. Ultimamente, eram sempre o mesmo. Ela deitada no chão, no meio do festival do salvador, no lugar de Wendy Darling. Bad Wolf sobre ela, destroçando seu corpo, enquanto uma voz ao fundo soava, dizendo que ele precisava fazer aquilo, que ele não tinha opção. E Cecile em seu sonho sentia os calafrios e a maldade daquela voz, ainda que ela não entendesse quem fosse. Era apenas outra presença. E aquilo era assustador, caralho! Como é que conseguiria dormir? Não era sua culpa estar batendo na porta de Hades Soul pela quinta vez nos últimos dez minutos. Até que finalmente ele abriu a porta!!! Não seu colega de quarto, ele mesmo! Quem queria ver. Ahhhh, como a vida era boa quando as coisas davam certo. “Antes que você diga qualquer coisa eu sei que é um péssimo horário, sabe? Eu sei mesmo. Mas é que você fez aquilo aquele dia, e eu consegui dormir igual um nenê, por favor, faz de novo? De verdade, Hades, eu preciso muito daquilo, foi tão gostoso, eu preciso!!” Ela falou de uma vez, em um tom de deleite pela noite de sono bem dormida até que percebeu que talvez não tivesse soado da forma ideal “Eu to falando sobre você tirar meu pesadelo sabe? Por favor? Eu trouxe meu travesseiro” ela levantou o irem nada discreto, com fronha de xícaras de chá. “Posso dormir aqui? Por favor?”

Você tá jogando rpg ou apenas interagindo?

Esse texto é um ensaio onde eu apenas falo e falo coisas que se passam pela minha cabeça sobre um assunto e tento relacionar elas ao rpg. Se te ajudar em alguma coisa, eu fico feliz, mas às vezes a gente só precisa ler algo sem precisar desenvolver qualquer opinião sobre.

Jogar rpg na tag é um pouco maçante, tá ligado? Ler páginas e páginas, linhas e linhas de tramas e informações para criar o seu personagem ou adaptar um que você gosta para aquele universo. Se você é paciente, vai ficar um tempão personalizando a conta se for no tumblr, editando carrd ou notion se for no twitter (salve, discord, que tu só precisa mudar a foto do perfil). Depois que você arruma tudo, tem que ir buscar trama, tentar encaixar uma trama na outra. Se for skeleton de família, tem que arrumar um jeito de esses dois personagens terem sido criados no mesmo ambiente familiar. Se não dá certo, tu tem que caçar com outro jogador. Corre o risco de não conseguir trama legal com ninguém, ser ignorado, se ver metido em panela. Aí tu tá lá postando seu primeiro starter genérico (afinal o primeiro starter em todo rpg é genérico), dura umas 7 interações divididas entres umas duas pessoas e... fim.

Eu tava tentando lembrar qual foi a última vez na tag que eu me senti jogando um rpg. Que eu senti que meu personagem fazia parte daquele universo, que meu personagem podia mexer na trama de alguma forma, mesmo que minimamente, que as atitudes do meu personagem eram relevantes de alguma maneira. Não estou dizendo que o meu personagem era o principal, não mesmo, mas sim que o meu personagem era real. Ou seja, de alguma forma relevante e importante para os outros personagens, e que se ele saísse dali, se ele fosse excluído, não faria sentido. Durante a pandemia eu senti isso apenas duas vezes. Antes da pandemia, só até 2018, mas também em poucos rpgs. Arrisco dizer que é um sentimento mais comum até 2015, início de 2016. E eu diria que uma vez esse ano em uma interação específica. Depois disso, eu só me sentia respondendo interação.

Não estou dizendo que quero que o meu personagem seja o centro das atenções. Por favor, não é sobre isso. RPG não é só sobre interpretação de personagens, mas também interpretação de mundo. O que isso significa? O mundo tem que girar em torno do seu personagem, e o seu personagem tem que girar em torno do mundo. Tudo o que o seu personagem faz precisa respeitar as regras daquele mundo, mas esse mundo só vai acontecer se ele perceber a existência desse personagem. Nesse caso, o mundo seria os personagens dos outros players e o as tramas do rpg em si. Isso significa que: o seu personagem é o mundo de outro personagem.

Claro, o mundo pode ter pouca ou total interferência na vida do personagem, mas é impossível não ter nenhuma. Por que aí não é mais mundo. Aí tudo é npc e o único personagem que importa é o seu. NPCs podem ser um mundo, mas não existe mundo só de npc. À partir do momento em que o seu personagem não é o mundo de outro e vice-versa, não tem rpg. RPG é comunidade, não individualidade.

A tradução disso é que há muito tempo o sentimento que eu tenho é que as pessoas não estão nem aí pra desenvolver o próprio personagem, a trama do rpg e muito menos ajudar o colega a desenvolver o próprio personagem. Falo tanto de jogadores quanto de moderação.

As interações começam em um starter genérico (o que não tem problema nenhum), desenrolam por aquele momento em específico iniciado pelo starter e terminam quando não tem mais o que responder. Por vezes forçam uma interação que até mesmo os personagens não tem mais o que fazer ali, mas por algum motivo aquilo precisa durar. Parece até crime que os personagens simplesmente se despeçam porque eles não tem mais motivos para manter aquele momento. Então a interação vai arrastando, ficando chata, até você já estar de saco cheio do próprio personagem. O que acarreta em vários starters genéricos em pouco tempo de jogo, players insatisfeitos com a comunidade e comunidades fechando em questões de semanas.

As interações não levam à nada. Elas começam e terminam nelas mesmas. As coisas ditas não são levadas à frente a menos que tenha sido algo MUITO relevante ou que os jogadores tenham alguma relação fora ou uma trama pré-definida. Não existe uma continuidade, apenas pontos que não se conectam. Se não tem conexão, não tem história.

É como se aquela interação nunca aconteceu e você perdeu o seu tempo naquilo. E uma ou outra até vai, mas quando fica frequente e nenhuma interação é relevante de fato, então o que caralhos eu to fazendo? Por que raios eu to perdendo o meu tempo em algo que eu não vou lembrar, que não vai ficar marcado, tanto pro meu personagem quanto pra mim?

Não to falando de coisas grandiosas, to falando de sequência mesmo. Um exemplo recente que eu amei foi no Stars. Foi só uma interação minha com a outra personagem, mas foi hilário pra mim. O Julian estava na festa, levemente alcoolizado; começou a imitar uma estátua; a personagem passou por ele; eles se encararam; foi uma situação esquisita; a personagem virou e foi embora. Foi só isso. Teve só 3 respostas, mas foi muito bom, foi real, foi natural. Eles não trocaram uma palavra e ainda assim ficamos meu amigo e eu conversando horas sobre como essa cena foi legal. Tudo bem que eu também tinha mandado no grupo ooc que não tava mais aguentando aquela interação e ela atendeu ao meu pedido, mas olha só que legal. Ela não simplesmente parou de responder e fingiu que aquilo não aconteceu. A interação teve início, meio e fim. Três respostas e foi mais interessante que todas as outras que eu fiz na mesma situação.

Eu teria feito a mesma coisa que a personagem fez se tivesse visto aquela cena. A necessidade de prolongar uma conversa que não tem sentido acontecer só porque é bonito exclui a possibilidade de interações mais reais, mais legais, mais lembráveis. Eu só lembro dessa interação desse rpg. Não lembro de nenhuma outra e eu tinha dois personagens lá.

A central também tem culpa nisso. Tramas sempre abertas. Nem sempre genéricas, mas nada específico. Se envolvem um personagem, é porque o player pediu ou tem alguma amizade com a central, tornando esse personagem relevante de alguma forma. Aliás, não é crime ser amigo da central. Crime é só ter vantagem por conta disso. Ou vai me dizer que tu nunca se sentiu de fora quando um drop acontece do nada citando personagens que nenhuma interação que você teve ou viu desse personagem parecia resultar naquele acontecimento? De fora porque aquele evento parecia grandioso, mas para aquele personagem, e quando você queria criar um evento e pediu pra moderação, elas disseram que não vale a pena. Pro seu personagem aquilo era grandioso, mas pro mundo não, porque aquele mundo não girava em torno do seu personagem.

"Ah, mas ficar criando evento para vários personagens específicos é muito trabalhoso."

Das duas, uma: ou você cria rpg pra dar hype e encher de players, ou tu não quer ter trabalho montando rpg. E se você se identificou com qualquer um dos dois, você não deveria estar montando um rpg.

Todo mundo quer contar uma história. Um livro é uma forma de contar uma história. Vou usar Percy Jackson de exemplo porque minha obsessão por ele voltou. Em Percy Jackson e Os Olimpianos nós temos a história de como um personagem decidiu destruir o Olimpo e recriar o mundo do zero porque os deuses estavam fazendo o trabalho errado e pessoas estavam sofrendo com isso. No entanto, a história não é contada pela perspectiva deste personagem e sim do Percy, um garoto de 12 anos, que não tem a menor ideia do que tá fazendo, que foi metido em uma profecia na qual ele seria o responsável pelo salvamento ou destruição do mundo. Até hoje existe uma discussão se o vilão da história foi ou não um herói, se os motivos dele estavam certos ou não, porque a perspectiva dessa história foi contada por alguém que se sentiu traído por esse personagem. (Na minha opinião, ele tava certo sim e NINGUÉM PODE FALAR NADA O MEU NENÉM. Ele traiu? Traiu. MAS ELE TINHA OS MOTIVOS DELE.)

E olha que história nem é só isso. Se a gente pega e fala de Cronos, temos outra perspectiva da história.

Em Os Heróis do Olimpo temos a história de Gaia, a mãe natureza, decidindo acordar e tomar o poder de volta pelos mesmos motivos do vilão de PJO: os deuses não fizeram seu trabalho direito e ela precisa reconstruir o mundo, agora com seus filhos gigantes. E em Heróis do Olimpo é mais interessante porque temos 7 perspectivas diferentes da mesma história, mas a parte mais interessante disso não é a trama principal "temos que salvar o mundo" e sim a visão dos 6 semideuses da profecia em relação ao Percy. Muito se fala atualmente sobre como o Walker Scobell está fazendo um Percy mais sério e puto com a vida, mas na verdade o Percy sempre foi assim. A diferença é que quando a gente lia PJO, estávamos dentro da cabeça do Percy, e pô, ele é engraçadinho, faz piadinhas o tempo todo, a lerdeza dele diminui a seriedade das coisas às vezes. Então quando a gente tem a perspectiva dos outros personagens sobre o Percy, a galera tem medo dele. O Leo morre de medo do Percy, a Annabeth olhou pra ele apavorada quando ele quase afogou Akhlys no próprio veneno, os romanos olhavam para o Percy e achavam que ele era um deus. Enquanto isso, nos povs do Percy, só piadinhas, trocadilhos e coisinhas divertidas.

Não esqueço da vez que joguei em um rpg no twitter e aconteceu um drop que alguns personagens, o meu incluso, fizeram piadas sobre. O drop era sério, eles estavam sendo atacados e tudo mais, mas um ou outro candango estava tirando sarro da situação IC. A central ficou revoltada com isso. No entanto, enquanto na linha do tempo o meu personagem estava tirando sarro da situação, estava eu escrevendo o pov com ele sendo afetado pelo gás. Na minha cabeça tinha essa continuação: meu personagem viu o gás > ele fez a piada no twitter > ele começou a sentir os efeitos do gás. Mano, eu não gosto muito de pov, mas naquele eu me de-di-quei. Um dos melhores povs que eu já escrevi e um dos que eu mais gostei de fazer. Até porque ele tinha como tema algo que eu já tava querendo desenvolver com aquele personagem. A central não gostou, fez uma nota dizendo que não estavam levando o rpg à sério, todo mundo levou bronca, e por que?

Todo mundo quer contar uma história. Porém, se você monta um rpg, você está dando a permissão pra outras pessoas contarem a mesma história que você, só que com visões diferentes dela. Um personagem não vai reagir a uma bomba de gás da mesma maneira que outro personagem. Alguns vão lidar com o medo fazendo graça, outros vão ser agressivos, outros serão conformistas. Não dá pra exigir de 20 personagens a mesma reação que você quer que eles tenham, pra muitos nem importância vai ter. Mesmo porque os próprios players vão interpretar diferente dos outros aquele drop, alguns vão dar menos importância que outros. É importante que a central entenda que são os personagens quem contam a história do rpg, são os personagens quem fazem as alterações no mundo. Você ainda pode seguir os seus planos e fazer o rpg do seu jeito e contar a sua história, mas não custa nada prestar atenção em cada personagem que tá ali e em cada jogador que tirou horas, as vezes um dia inteiro para criar aquele personagem para o seu mundo.

Se você quer criar um rpg, o trabalho não é só montar a central, criar as páginas, fazer uns edites bonitinhos, contratar um makeover legal. O trabalho é do início ao fim. É inclusão de personagens, é adaptar uma parte da história para encaixar um personagem, é fazer com que aquele personagem com uma história nada a ver com seus planos seja minimamente relevante, é pegar o jogador/personagem que menos tem interação e dar uma importância pra ele.

Se você quer jogar em um rpg, você precisa entender que TUDO está acontecendo. Todas as interações. Que por mais que você tenha tido uma interação mínima, ela vai afetar de alguma forma no seu futuro, pouca ou muita coisa. Isso acontece na vida real, por que não aconteceria em um rpg?

É jogador se tocar que aquela interação onde o personagem A tá conversando sobre café com o personagem B pode resultar em B, várias interações depois, beber um café em uma interação com C e explicar pra C as diferenças entre os tipos de grão.

É central se tocar que ela pode ver isso e fazer um evento em que existe uma praga acabando com a colheita de café e então B e C vão até A perguntar o que fazer sobre isso e os três resolvem o problema da praga de café na cidade.

Em resumo, as interações precisam de continuidade, e isso envolve jogador e central também. O jogador precisa lembrar e a central precisa adaptar. Porque enquanto os rpgs não voltarem a ser uma comunidade, eles vão continuar fechando. Afinal, por qual razão eu ficaria em um lugar que eu não me sinto pertencido?

@malika-malyeek e @hoppsthethird ganharam um starter !!

no DORMITÓRIO.

·˚ ༘ ༄ 🧜🏻‍♂️ ೃ ‧* O bendito do monstrinho estava incontrolável. Quando o comprou,ou melhor, adotou, — não gostava muito do termo comprar — não fazia ideia de que seria tão complicado assim. "Se um monstro é assim, imagine uma criança?" lançou a pergunta para Charlie, ela tinha mais experiências com crianças pequenas já que tinha... trezentos irmãos mais novos? "Lolli, você não pode comer a minha cama!" a reclamação não pareceu ser entendida pela criaturinha, seria impossível se comunicar com o monstro já que não falava uma palavra sequer. Para Malika então acabou lançando um olhar de súplica antes de direcionar um idêntico para a Hopps também. "Vamos me ajudem. Façam ele se acalmar, eu não sei mais o que fazer!" confessou. Tinha marcado com as duas para mostrar o novo integrante do grupo, contar as novidades... mas pelo visto Lolli queria mesmo era destruir seu dormitório. Já não bastava pelo visto estar preso naquela maldita fantasia que Luna arranjou, agora tinha uma nova dor de cabeça por causa de um impulso impensado. Não importava que tinha se apaixonado pelo monstrinho, ele era muito travesso.

starter inspirado: nessa cena de as branquelas

onde: na beira da praia de seatopia

com: @ayferrou​

Já era suficientemente estranho estar no corpo de Aquamarine  - não figurativamente falando -, mas sair com Ayfer enquanto isso? Não parecia certo. Bom... pelo menos não era tão normal quanto queria que fosse, pois sequer podia falar algo sem parecer um maluco e pior: afundar a Triton junto nessa loucura. Claro que tudo era possível em uma realidade mágica, mas aquilo fugia do conceito completamente. Então, precisava apenas agir naturalmente com todos e quando tudo aquilo finalmente voltasse ao normal, eles poderiam apenas fingir demência.

Pela proximidade estranha que tinha com Aqua, não era incomum que, por exemplo, ela tivesse acesso ao cachorro dele, até porque tinha cativado o animal de forma rápida  - para desgosto do Hook. Daí a ideia de sair com Ayfer dando uma voltinha com Canivete ali entre eles, às vezes apressado demais lhe puxando pela coleira para mijar em uma pedra, às vezes quietinho apenas seguindo a caminhada. Todavia, o fato de estar no corpo da Triton era um ponto o qual Anders esquecia vez ou outra, e era relembrado com assobios seguidos de cantadas horrendas  - que ele sequer teria coragem de fazer se estivesse no seu próprio corpo. Claro que parou rapidamente para achar as figuras que lhes atormentavam, pois, obviamente, sentia essa sensação de que deveria defender também a honra de Ayfer e não apenas a de Aquamarine.  “Coé, ‘tá olhando o quê, moleque?”  Ele completamente cortou a conversa com a Soul para falar aquilo em alto e bom som, a voz engrossando um pouco no ato, aos dois babacões que tinham assobiado. Aquanders prontamente só virou para fitar a mão de Ayfer, pois na sequência entregava à ela a guia da coleira de seu cachorro.  “Segura o Canivete aqui. Segura ele!”  E em seguida deu um passo para a frente, passando a gesticular com as mãos.  “Tão olhando o quê, ein, palhaços? Vão peitar, ô caralho? Quer meter a mão então vem até aqui pra ver se não tatuo sua cara com a minha. Anda, porra!”  Enquanto dizia aquilo, aos poucos os dois caras se afastavam com caretas expressamente assustadas e confusas. Não era normal que Aquamarine agisse daquela forma, mas Anders não se lembrou desse fato e até adicionou, após sentir a mão de Ayfer lhe trazendo para perto, impedindo-o de continuar:  “Eles ‘tavam assobiando pra mim como se eu fosse uma garota!”  Até que se deu conta de que era sim. Agora. Naquele exato segundo. Rapidamente se virou para a Soul, fazendo uma careta e rindo.  “Porque eu sou uma mulher, é claro.”  Obviamente! Relaxou a expressão enquanto ajeitava a calcinha do biquíni para fora, já que era impossível achar um calção de banho para mulheres  - um que pelo menos não ficasse caindo o tempo todo.

A pintura tinha deixado tudo uma bagunça só, mas era só o que ele podia fazer quando só tinha o caos em sua cabeça. No entanto, alguns funcionários já haviam enchido o saco por estar pintando em uma área pública (principalmente por estar fazendo uma bagunça), por isso quando virou-se ao mínimo toque, respondeu de imediato, sem realmente olhar para  a pessoa. — Já disse que não vou deixar de pintar aqui.

É COM EXTREMA EUFORIA QUE A FAMÍLIA ROSEBLACK CONVIDA A ELITE LONDRINA PARA JUNTAR-SE A ELES EM SUA RESIDÊNCIA, PARA O BAILE DE ABERTURA DA TEMPORADA SOCIAL DE 1856!

⠀   ⠀   a manhã do início da nova temporada social foi marcada por diversos mensageiros deixando os convites do primeiro baile do ano nas casas da elite londrina e seus convidados. algo clássico a se fazer era tentar adivinhar de quem seria o primeiro baile, afinal, era uma honraria ter a chance de abrir os eventos de uma época tão importante do ano. milhares de apostas podem ter corrido aquelas ruas, mas é pouco provável que alguém tivesse conseguido acertar quem seriam os anfitriões daquela festa. o convite já denunciava de que não se tratava de algo convencional: o envelope era preto, selado por cera vermelha e o brasão usado era o desenho de uma rosa, o que indicava que só poderia ser de uma família. mas era impossível!

⠀   ⠀   perto da saída da cidade, onde já existe pouca movimentação e muita floresta, por de trás da neblina que se forma nas manhãs de inverno londrino, um antigo casarão pode ser visto no alto de uma colina. sua estrutura é robusta e rústica, erguida com pedras de tons escuros das quais o musgo já havia tomado conta de grande parte e a arquitetura gótica dava um tom ainda mais fantasmagórico para a mansão. era a casa que permeava lendas que as crianças contavam entre si, espalhando histórias de terror que tinham como palco aquele cenário. seus anfitriões haviam chegado na cidade há vários anos, ninguém sabe vindos de onde, ninguém sabe vindos para que, mas os roseblack eram reconhecidos mesmo não sendo muitos vistos graças a essa aura de suspense que sempre os embalou.

⠀   ⠀   archibald e margaret roseblack pouco iam para eventos sociais, de forma que, apesar de todos saberem seus nomes, poucos sabiam de fato a aparência de seus rostos. algo que era de conhecimento geral, porém, era que o casal não tinha filhos, de forma que sequer fazia sentido serem os anfitriões de um baile para a temporada de casamentos. mas eles eram! se ainda havia alguma dúvida de que a temporada que se inicia será completamente diferente das outras, estas foram sanadas com esse único feito: a mansão roseblack está de portas abertas para receber a elite londrina!

⠀   ⠀   de forma um tanto teatral e para fazer jus ao sobrenome que ostentam (rose-black), o dress code foi ditado: todos os convidados deverão usar trajes vermelhos ou pretos, indo totalmente contra os trajes de cores claras usuais que são preferíveis para as damas do debute, para simbolizar sua pureza e castidade. não esta noite. ninguém ousaria desrespeitar algo tão primordial e correr o risco de nunca mais ter outra chance de conhecer o refúgio dos roseblack. tanto é o mistério que permeia aquele casal e aquele casarão, digno de ter saído diretamente de uma lenda de horror, que até aqueles que menos gostam de bailes estão instigados de comparecer, para adentrar a fortaleza gótica que nunca antes permitiu visitação.

informações ooc:

estamos muito felizes de anunciar o primeiro evento do rp, que vai marcar a abertura das interações! lembramos que estas acontecerão às 20h, onde iremos fazer mais um pequeno post antes de liberar os starters;

recomendamos que confiram novamente as páginas de debute e casamento e de sociedade. em caso de qualquer dúvida, nosso chat está aberto;

durante o dia, vocês já podem ir postando as roupas que seus personagens usarão (que precisam seguir o dress code de serem pretos ou vermelhos), lembrando sempre de usar a tag londontales: looks e de reblogar no side de reblogs para garantir que todos vejam;

esperamos do fundo do coração que vocês gostem! caso tenham qualquer sugestão para fazer para complementar o evento, nossa inbox está aberta para receber e, se encaixar, ficaremos felizes de incluir no post que vai liberar a abertura das inters.

FAST PLOTCALL DE VALENTINE’S DAY:            ✨  STORYBROOKE HIGH  (CENÁRIO 2)

Sienna é uma valentona que é valentona contra valentões. Ela é direta, compra brigas, discussões e faz um arruaça se precisar, mas faz isso por bons motivos  - ironicamente. Tem fama de muito mal encarada, irresponsável e afins, só que suas notas são sempre muito boas e ela adora usar do sarcasmo e da ironia pra se sair de situações, além de complicar na discórdia. Faz amizade tanto com patricinhas quanto nerdies, mas simpatiza com quem não for inconveniente (que nem ela é fora do Valentine’s!).

PLOT 01 : Sienna quer entrar para o time de cheerleading porque perdeu uma aposta com seus amigos e por isso vai ter que fazer audição, mesmo tendo jurado que largaria o esporte. MUSE 1 (f/m) é cheer e não vai com a cara dela, e de repente o ginásio vira uma batalha de cheer. * cena inspirada + outra cena cringe + mais uma caso não esteja satisfeito.

PLOT 02 : A turminha de mal-encarados da Sienna que na verdade são uns bolinhos por dentro. Fazem muita maluquice juntos? Sim. Rebeldes? Nem tanto, mas sempre tão metidos com algazarras e muitas outras coisas, nada tão grave que não precise apenas de um responsável tirando eles da delegacia por aviso de malcriação ou um policial qualquer que os leve pra casa sob advertência das patifarias que fizeram. Só que ninguém suporta eles porque são barulhentos, enxeridos, intrometidos e bagunceiros. Sienna junto de MUSE 2 e MUSE 3 não valem mais que centavos, mas eles são nota A+ quando diz respeito a lealdade. * inspiração.

PLOT 03 : Sienna e MUSE 4 (f) sempre se entenderam se desentendendo. Se tem uma coisa que não suportam é uma a outra, mas convivem por terem amigos em comum, só que não é impossível que não soltem uma piadinha uma pra outra. Acontece que Sienna é secretamente apaixonada por MUSE 4 e não quer admitir, mas depois que começa a namorar com MUSE 5 (f/m), por pura carência e desespero de se sair por cima da outra, as coisas complicam. * cena inspirada.

se quiser um starter aleatório com ela, basta comentar ❤️ + nome do char!

closed starter for @notgryffndor

FLASHBACK — 8 anos atrás (nas memórias da maldição)

Estava tão perto. Finalmente Kitana poderia dizer que sucederia em algo; que provava de uma vez que ela era boa em alguma coisa. Boa não! Excepcional, isso sim. Todo o processo havia sido exaustivo, muitos dos colegas desistiram ainda no meio do caminho, mas Kit? Oh não, ela sabia o que queria. Além do mais, morreria antes de permitir que alguém dissesse que ela tinha falhado. Com notas acima da média, brigando por um dos primeiros lugares para aquele que se formaria com a melhor honra, se sentia ainda mais energizada ao ver tão próxima a linha de chegada. Se precisasse treinar por horas, faria. Se precisasse correr por quilômetros, acampar por dias, fazer centenas de flexões — ela faria. E ainda mais: se tivesse que lidar com um dos imbecis mais nojentos que já tivera o desprazer de conhecer para finalmente receber a medalha daquela conquista, então também perduraria. ‘Está lutando como uma garotinha, Vega’ As provocações do superior ressoavam no ouvido, tornando especialmente difícil que ela respeitasse a hierarquia quando a personalidade terrível do rapaz apenas incitava o instinto combatente da garota. ‘Que mira péssima, uma criança faz isso melhor’, um dia Wakefield ainda se atrevera a dizer, simplesmente porque a morena tinha errado dois únicos tiros após acertar outros oito. Não sabia bem o que ele tinha contra si. Embora o seu jeito mal educado não fosse unicamente reservado à moça, ele parecia de fato ser especialmente grosseiro e impiedoso ao se tratar dela. Algumas colegas até tentaram ver o lado positivo, dizendo que ele apenas fazia aquilo por pensar que ela era boa, na intenção de instiga-la. Mas não — Kitana já havia lidado com rejeição anos o suficiente para reconhecer quando alguém simplesmente a odiava. E tudo bem! Porque ela também odiava aquele maldito. Mas tão logo tudo acabaria, afinal aquele era o último dia antes da prova final que a colocaria dentro da polícia oficialmente. Só tinha de segurar a língua uma última vez! O universo, no entanto, parecia ter planos de colocar aquele seu auto controle a prova. No único dia em que a grosseria desenfreada de Travis Wakefield tinha outra pessoa como alvo, fora impossível para Kitana se calar. Se por um lado Vega lutava para ficar em primeiro lugar, uma das amigas que fizera por ali, Drika, esforçava-se para não ficar entre as piores. E Travis, naquele dia, parecia empenhado em fazê-la ter um maldito ataque nervoso. Vociferando no ouvido da pobre coitada e a atrapalhando, os tiros eram disparados sem qualquer previsão, e houve até um momento em que a loira deixou sua arma cair ao chão. Kit observava a cena, tensa e incomodada, enquanto Wakefield mandava todos pararem o que faziam. ‘Lá fora, vocês não terão um ambiente calmo para mirar e focar. Quando for a hora, é gritaria, tensão, medo, suor. Se vocês não conseguem atirar comigo falando alto, então como que porra acham que vão atirar numa missão?’ Não era um argumento exatamente incorreto, mas os métodos do instrutor eram questionáveis até demais; o que se provava com a ordem que se seguiu. ‘Vá para frente do alvo’ Ele ordenou, para o que os olhos de Drika se arregalaram. A hesitação apenas o deixou mais irritado, e logo a ameaça da reprovação veio caso a garota não fizesse o que havia ordenado. A loira caminhou para o alvo devagar, ao passo em que Wakefield ordenava que Burke - o outro instrutor, mas um que não parecia o próprio diabo encarnado -, se posicionasse para atirar. A instrução era simples: não se mover, não fechar os olhos, e principalmente, não pedir para desistir. Se ela conseguisse passar por aquele teste, então o instrutor desistiria da reprovação. Não era como se Kitana achasse que aquilo tinha grandes chances de um péssimo fim; já tinha visto Viktor em ação, e seu talento e habilidade eram inegáveis. Mesmo assim não resistiu ao tentar fazer algo, especialmente ao ver como a outra garota estava com medo. “Isso é estúpido. Qualquer um pode fazer isso”

this is a starter for @lcsingncrth !!

Pós os eventos de Halloween e a notícia sobre sua filha, a vida de Gerard parecia ter dado inúmeras voltas e agora ele precisava de um pouco de tempo para pensar sobre o que faria dali para frente. É claro que ainda passava boa parte do tempo em sua academia de coaching, continuando a dar suas palastras motivacionais, mas seu tempo para o Saint-Alexandre, por exemplo, agora havia diminuído, e ele não queria ser um daqueles pais que logo no início já contratava uma babá, queria fazer o trabalho direito. O lado ruim de ter Aurelie ao seu lado é que sua cabeça parecia não conseguir pensar em maldade alguma, e seus planos para como derrotaria Pierre agora postergavam-se; ele precisava passar mais tempo com algum vilão, ainda que odiasse admitir que sozinho nenhum plano maligno sairia de sua cabeça.

Naquela tarde encontrava-se no parque. A chuva parecia ter dado uma trégua e apesar do frio, estava um dia quase bonito. Ele precisava de um pouco de ar livre, então havia encasacado Aurelie da melhor maneira possível e agora ele caminhava com ela em seu colo. Assim que seu olhar pousou sobre o semblante conhecido de Nikolay, não demorou em se aproximar. “Heyyy.”, chamou sua atenção com um aceno desajeitado. Ainda não sabia como ele ficara se sentindo depois do acontecimento do Halloween, mas imaginou que aquele seria um bom momento para conversarem, apesar de ser quase impossível não se distrair com a bebê. “Como você está?”