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#deusa lua me ajuda por favor
notcleanse · 7 months
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Eu tinha decidido que ia virar a noite (de novo) hoje porque preciso acordar cedo amanhã, mas, fiquei com sono no meio do caminho e agora já é tarde demais pra dormir. Não sei o que fazer, quanto mais eu penso nisso, mais tarde fica e mais risco de me atrasar de manhã eu corro...
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aurorarp · 3 years
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História
Era uma vez um reino chamado de Lork. Lork era um império que fora construído por dois jovens aristocratas, Caim e Abel, filhos dos antigos reis de Montalcino. Logo que esses dois jovens atingiram a maioridade, deixaram Montalcino para trás e viajaram em busca de um local onde pudessem erguer seu próprio reinado. Sem a interferência de seus pais e contando com suas próprias leis e diretrizes.
           Anos e anos depois, após construírem o princípio do que mais tarde seria um grande domínio, Caim e Abel descobriram em duas jovens plebeias o amor e, então, se casaram. Abel aceitou que Caim reivindicasse o título de rei. Em troca, pediu que todas as suas despesas fossem quitadas e que ele e sua família pudessem viver uma vida luxuosa até que sua linhagem fosse estritamente extinta. Com Diana, o rei Caim teve um filho chamado de Rafael e Abel, no mesmo ano do nascimento de Rafael, teve Aurora com a guerreira Leonor.
           Rafael e Aurora cresceram juntos, tão juntos que acabaram se apaixonando um pelo outro. Após a adolescência e ao atingirem a idade adequada para se casarem, a família de ambos aprontou os manuscritos necessários para que o matrimônio viesse a acontecer e a tão aguardada princesa fosse finalmente nomeada. Todos aguardavam ansiosos pela coroação da primeira alteza do reino de Lork, que aconteceria dentro de exatos três meses.
           Aurora, apesar de ser uma menina austera perante as leis do seu reino, era também uma jovem ousada. Em um dia quente de verão, enviou uma carta à Rafael, um convite para que os dois se encontrassem nas areias da praia local, em um canto isolado que costumavam visitar com frequência. Aurora lhe reservava uma surpresa, o presentearia com algo que Rafael insistia há anos. Além do mais, a futura princesa sentia que estava finalmente pronta para realizar o ato. No reino de Lork, o sexo antes do casamento não era considerado um feito ilegítimo, Caim e Abel não repudiavam o amor e consideravam a prática uma prova plena dele.
           Anoiteceu. O casal estava deitado na areia branca e macia, observando a lua que iluminava seus corpos despidos e suados.
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           — Que noite magnífica... — exprimiu Rafael ao sorrir.
           — Vem, vamos entrar no mar! — chamou Aurora após levantar-se e puxar seu amado para dentro da água fresca.
           Brincando com o rapaz, Aurora mergulhou profundamente, procurando uma maneira de fugir do noivo. Mas, ao imergir, sua testa tocou um objeto pontiagudo que lhe causou um talho no centro da testa. A água ao redor dos pombinhos ganhou um tom de vermelho intenso. Rafael resgatou rapidamente a amada. O rosto da futura princesa de Lork estava embebido de sangue e, aos poucos, sua visão começava a escurecer.
           — Aurora! — gritou Rafael ao vê-la naquele estado.
           Ele a agarrou e a levou às pressas para a areia. Vestiu-a rapidamente e correu para a enfermaria mais próxima.
           Após alguns minutos de tratamento, Aurora, lentamente, recobrou à consciência. Percebeu que segurava em sua mão direta o curioso objeto que a cortara. Uma garrafa. E, como se não pudesse soar ainda mais estranho, dentro do casco fragmentado havia um pedaço de papel molhado. Pela sua integridade, havia sido recém ensopado.
           — Por favor, esconda cuidadosamente esse papel. Assim que eu estiver plenamente saudável, o apanharei — pediu, erguendo a mão na direção de uma das enfermeiras.
           — Sim, senhora — concordou uma delas.
           Assim que deixou o local, Aurora recolheu o escrito e o carregou consigo para seu aposento. Mais tarde, ao deitar-se, o abriu. As letras estavam distorcidas, mas era possível ler a mensagem descrita nele.
           “Um pedido de ajuda... Ilha de Mista... Thomas Atlas... sinto que o conheço...”, intrigou-se com seus pensamentos. Mesmo forçando sua mente a lembrar de onde conhecia aquele nome, Aurora não conseguiu uma resposta imediata, e por isso adormeceu, confusa e carregada de dúvidas sem solução. Manteria o bilhete escondido até que encontrasse um momento oportuno para exibi-lo.
           Dois meses se passaram e em uma manhã rotineira de domingo, após sua refeição matinal, Aurora cavalgou até o castelo onde Rafael morava e o procurou. Ao encontrá-lo em seu aposento, contou-lhe sobre o ocorrido naquela noite. Mesmo bem guardado, a mensagem no papel ainda agitava a mente da menina. Rafael fixou seus olhos azulados nos da amada e não disse uma única palavra.
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           — Rafael? — preocupada, chamou Aurora.
           — Meu tio, Aurora. Thomas Atlas é meu tio...
           A futura princesa levou uma das suas mãos à cabeça como em um gesto de frustação. Como poderia ter esquecido do tão querido tio do seu amante?
           — Mas, meu amor, onde fica essa ilha, a Ilha de Mista? Rafael, você não está pensando em...
           — Rick, — o príncipe levantou e chamou o criado parado à porta do quarto —, exija que aprontem o navio Maximus 2 e selecionem os homens mais valentes do nosso reino, precisarei de potenciais guerreiros para me acompanhar em uma missão de busca. Partiremos ao anoitecer.
           Aurora queria protestar, mas compreendia a afobação do rapaz. Porém, não aceitaria que ele viajasse sem sua presença.
           — Vou com você — falou.
           — Não, jamais permitiria que você corresse esse risco.
           — Rafael, você me conhece mais que ninguém. Além do meu trabalho produzindo selas para a cavalaria do nosso reino, mamãe me criou para ser uma exímia guerreira. Estou disposta a ajudar!
           — Aurora, não! É arriscado demais! — protestou Rafael.
           A menina não o respondeu. Apenas virou as costas e deixou o castelo. As palavras de Atlas no papel foram claras; aquela era uma viagem perigosa e a volta não era uma certeza. De fato, Rafael estava agindo impulsivamente, mas Aurora conhecia sua teimosia, não conseguiria convencê-lo a desistir daquele propósito. Além do mais, vivia um impasse, Atlas era seu tio... por mais que sua fama não fosse boa, Thomas era sua família. E Aurora, mais que ninguém, entendia o que era ser leal à família.
           A futura princesa preparou sua armadura de guerreira e esperou o cair da noite para avançar em direção ao navio. Equipada da cabeça aos pés, a jovem se meteu entre os demais guerreiros e conseguiu, sorrateiramente e em meio à confusão instaurada, seu lugar no navio.
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           Rafael de Lork manteve-se na proa e no comando da tripulação. Seguidamente às ordens, o navio desprendeu-se do cais e partiu em direção ao desconhecido.
           Enquanto o grande Maximus 2 navegava pelas águas do oceano, Aurora fechou os olhos e suplicou uma reza à Vênus, deusa a quem reverenciava desde sua infância, influenciada por sua avó Eloísa, rainha de Montalcino. Pediu proteção e que seu sonho de se casar com Rafael fosse realizado. No final da sua reza, passou a palma da mão em cima da armadura, na direção da barriga. Naquele instante, uma lágrima escorreu de um de seus olhos.
O sol se escondeu. A tripulação ainda avançava pelo oceano. A lua surgiu em sua plenitude e as estrelas pontilharam o céu de azul. Era hora do jantar, só se ouvia o som dos talheres. Nenhuma palavra. A tensão pairava no ar gelado. Aurora se esgueirou de forma a manter-se escondida enquanto comia, não queria que sua identidade fosse revelada tão cedo, tinha medo de prejudicar Rafael e sua arriscada missão.
           Ao longe, um barulho estranho chamou a atenção de todos os presentes, que abandonaram seus pratos e se agruparam próximos a popa do navio, visto que o som aumentava a cada segundo. Então, sem um aviso prévio, Rafael começou a gritar, pois percebera que o Maximus 2 estava sendo puxado para trás por uma forte correnteza.
           — A passagem! Chegamos na passagem secreta! Mantenham-se unidos! — gritava ele sem parar. — Mantenham-se unidos!
           Aurora se juntou aos demais e aguardou. Seu corpo tremia por debaixo da armadura de metal, não tinha ideia do que significava a passagem secreta. Thomas não fora específico com as palavras descritas em seu bilhete, registrara somente que os viajantes correriam risco de morte. Por outro lado, lembrar que estava próxima do seu amante lhe era atribuída uma considerável dose de sossego. Seu amor por Rafael era tanto, que morreria com ele se fosse preciso.
           Afoito, o príncipe berrou, sinalizando que o navio estava prestes a cair dentro de um redemoinho gigante. O coração de Aurora congelou. Desesperada, a jovem correu até seu futuro marido e removeu seu capacete, revelando sua identidade. Então, segurou o rosto do rapaz com as duas mãos e comunicou que precisava lhe dar uma notícia. Porém, antes que a novidade fosse revelada ou que o príncipe tivesse a chance de protestar, o navio e todos os tripulantes a bordo foram engolidos pelo mar.
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           Os segundos seguintes foram caóticos, Aurora sentiu como se seus ossos estivessem sendo forçadamente arrancados de dentro do seu corpo. Sua visão ficou completamente turva. Seu cérebro chacoalhava muito. Seu único pensamento era que seu fim havia chegado.
           Foi quando uma luz muito forte brilhou diante dos seus olhos. Aurora os abriu e percebeu que estava no fundo do mar. Então, nadou rapidamente até a superfície, pois precisava recuperar o oxigênio. Vários pontos chamaram sua atenção naquele primeiro contato; o sol quente no alto do céu era intrigante, pois anoitecera muito recentemente, a bela e enigmática ilha diante da sua visão... porém, um incidente ocorrido com um dos membros da tripulação do Maximus 2 roubou toda a sua atenção. Mais à frente, avistou dois homens carregando um corpo para a areia. Mesmo de longe, Aurora identificou que se tratava do corpo do seu amado.
           Independentemente da dor que sentia, nadou o mais veloz que pôde até estar frente a frente com seu noivo. Rafael estava pouquíssimo consciente. Porém, reuniu forças e pôs a mão direita dentro do bolso de sua calça. Dali, tirou um lindo brilhante.
           — Entregar-te-ia na volta dessa missão. Case-se comigo — pediu. Antes de continuar sua fala, o rapaz tossiu e expeliu bastante água da sua boca. — Amo-te Aurora, princesa Aurora...
           A jovem não conseguiu proferir uma palavra sequer, quis somente desacreditar na cena que acontecia perante seus olhos caramelos. Apanhou a aliança da mão de Rafael e a introduziu no seu dedo, jurou em pensamento que jamais a tiraria dali. Seguidamente, abraçou seu amado. Os batimentos do príncipe de Lork diminuíam gradativamente, Aurora entendeu ali naquele instante que ele não aguentaria por muito mais tempo...
           — Rafael — começou a princesa em meio aos soluços —, ouça, preciso que você saiba... Você vai ser pai, estou grávida...
           Os olhos do jovem imediatamente de encheram de lágrimas, ele forçou um novo movimento com a mão, levando-a até a barriga da amada e então sorriu, contente.
           — Eu vou ser pa... — Antes que pudesse terminar sua frase, tossiu mais uma vez, porém, no lugar de água, sangue fora expelido do seu pulmão. Vagarosamente, seu sorriso se transformou em nada. Seus olhos lentamente começaram a se fechar.
           — Eu amo você — gemeu Aurora e, em seguida, lhe deu um último beijo. Então entrelaçou seus braços no corpo do seu amor e deixou que o choro a dominasse.
           Naquele fúnebre instante, um corvo pousou no ombro direito da princesa e esfregou a cabeça na sua bochecha, parecia querer consolá-la. Uma voz feminina sussurrou na mente da jovem, dizendo que um pedaço da doce alma do seu amado estaria atrelado ao pássaro. Aurora soube de imediato que se tratava de Vênus e sentiu-se muito grata pelo presente. Batizou o corvo de Lork, o nome do reino que Rafael tanto amava e protegia. Além disso, também agradeceu a deusa por ter ouvido sua prece feita horas antes. De fato, não imaginara e nem desejara que seu casamento com o príncipe acontecesse daquela maneira, mas estava satisfeita por tê-lo realizado.
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           A partir daquele dia infeliz, a, até então, princesa de Lork teria que lidar com incontáveis impasses. Precisava encontrar Thomas Atlas e informá-lo sobre o deprimente desastre que acontecera com seu sobrinho, descobrir uma maneira de voltar ao seu reino, pois precisava desempenhar seu papel de princesa e proteger seu povo, lidar com a gravidez, enfrentar o desconhecido, enfim, sua jornada não seria nada fácil dali para frente. No entanto, faria de tudo para que não fosse impossível, afinal, tinha muito pelo que lutar.
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theolympusrp · 4 years
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IC: NOME TERRENO: Nadya Vasiliev NOME MITOLÓGICO: Nia FACECLAIM: Angelina Michelle - @angelin_a_michelle NASCIMENTO: 11 de janeiro de 1995 NATURALIDADE: Moscou, Rússia 
SER: Semi-deusa filha de Hécate Nível: 02 Dormitório: Orion - 04
TWITTER: @nadya_olp OCUPAÇÃO: Atendente numa loja de esoterismo
QUALIDADES: carismática, leal, perspicaz. DEFEITOS: debochada, briguenta, rancorosa.
BIOGRAFIA:  Quem diria que Hecate teria surgido na terra por uma noite para dormir com Ivan, um mero mercador que apenas possuía alguma beleza que atraiu a deusa. Ele havia se apaixonado por ela em questão de instantes assim que a viu e quando menos havia esperado o ato havia se consumado e Ivan se viu sem chão quando a mulher sumiu noite a fora como se nada tivesse acontecido ou tivesse sido apenas um maldito sonho erótico proveniente do homem.
Claro que ele nunca havia contado a esposa do caso de um único dia, ainda mais que parecia que ela jamais pisaria em solo terreno, assim como ainda era descrente da existência de uma mulher tão sedutora. Ele nunca falou nada e pretendia ser assim, pelo menos até receber uma criança de cabelos avermelhados em uma cesta preta e um colar de lua em seu pescoço. O que aquilo queria dizer ele jamais saberia, mas quem quer que tivesse feito aquilo era uma brincadeira de mal gosto.
Por anos sua esposa queria ter tido algum filho, mas devido sua condição ela jamais seria capaz e quando a criança sem algum antecedente surgiu ali, apenas munida de um colar e um choro quase incessante, ela soube que era seu momento de ser uma pessoa materna. Afinal, era seu sonho desde sempre, desde cedo. Ivan tinha sido contra aquilo, porque – de alguma forma – a criança lembrava aquela mulher, o que lhe deixava aflito porque eventualmente ela poderia aparecer ali e acabar com tudo o que havia construído, porém, conforme os anos se passaram mais ele percebia que era apenas um delírio coletivo de seu corpo e mente.
Na escola, Nadya tinha de ouvir que sua mãe era uma prostituta, nunca que uma mulher de cabelos negros casada com um homem de cabelos igualmente escuros lhe daria uma filha de cabelos vermelhos como fogo. Aquilo sempre era motivo de Nadya querer sair brigando com qualquer pessoa que ousasse falar da mulher que lhe criava e lhe alimentava todo santo dia. Seus pais haviam perdido as contas de quantas vezes haviam sido chamados para que pudessem conversar com os diretores sobre os ocorridos, mas eles nunca entendiam como a garota conseguia facilmente fazer parecer que nada daquilo tinha acontecido. A face inocente que ela sempre demonstrava em momentos como aquele ou até mesmo a face mais sábia que muitas vezes não condiziam com sua idade. Era estranho.
Foi a partir daí que eles acharam que ela possuía algum distúrbio de personalidade. Nadya passou a frequentar psicólogos e psiquiatras, mas ninguém sabia ao certo dizer o que tinha com ela já que aparentava ser completamente “normal”. Foi a partir daí que a ruiva que um dia tinha seus pais ao seu lado começou a ver que eles não ligavam mais para a filha que parecia ser louca em determinados momentos. Nadya começou então a ficar cada vez mais reclusa e nem mesmo tentava se aproximar das pessoas mais, pelo menos até encontrar Hécate em um de seus sonhos o qual ela explicava tudo o que havia acontecido em sua vida e o porque dela ser daquela forma. Quando acordou, Nadya achou que tinha delirado. Que tudo aquilo era apenas coisa da sua cabeça.
Mas as aparições da mulher começavam a se tornar mais frequentes e houve até um dia que ela apareceu em carne e osso para a filha, onde houve um abraço que Nadya chorou por horas à fio depois. Por finalmente voltar a conhecer o que era um abraço de alguém que lhe amava. Hecate lhe disse que ela estava prestes a encontrar um lugar onde as pessoas eram iguais a si, onde ela poderia finalmente ser quem era sem se preocupar em ser julgada. As portas de uma nova vida estavam abertas para si.
HABILIDADES: 
1. PERSONALIDADES: Assim como a mãe, Nadya possui também as três faces, mas isso é apenas ela mudando sua personalidade de acordo com o momento. Podendo passar por uma pessoa inocente e tímida com o rosto da virgem; podendo ser super protetora e carinhosa de personalidade forte com o rosto da mãe e como sábia e casca grossa com o rosto da velha senhora.
2. SEXTO SENTIDO: Ela consegue sentir a mana que exala de qualquer semideus ou ser com poderes. Consegue sentir alguém que se aproxima, a poucos metros de distância, que lhe permite ficar atenta a quem está por perto.
3. MAGIA I: Com a ajuda de um grimório e algumas pedras mágicas, ela consegue realizar pequenos feitiços que são inicialmente de bem feitoria para si ou para as pessoas a quem ela deseja realizar a magia.
4. FLASHBACK: Ainda muito bem sem controlar, às vezes quando encosta nas pessoas é capaz de ver uma cena qualquer do passado da pessoa. Seja algo que fez ou que sofreu. Não lhe aparece um momento exato, mas apenas algo que a pessoa a qual ela tocou já passou.
5. GHOST FRIEND: É capaz de ver as pessoas invisíveis e almas do plano astral, também conseguindo interagir com as mesmas por pequenos momentos. Às vezes parecendo até mesmo que está conversando sozinha, quando na verdade são com pessoas de outro plano.
6. LUXÚRIA I: Inicialmente é capaz de expelir um pequeno perfume de seu corpo, a qual afeta a percepção de todos aqueles que sentirem a fragrância, os deixando atordoados por alguns instantes e deixando-os desejando-a.
7. O QUE DESEJAR I: Pode realizar somente desejos que envolvam bens materiais (como armas, equipamentos e etc) que não possua nada divino, mas ainda em pequena escala.
8. ÁGUA&GELO: É capaz de manifestar os elementos de água e gelo, sendo capaz de controlar estes de várias maneiras diversificadas, conseguindo dar formas a estes além de controlar sua quantidade e sua temperatura.
9. MOONLIGHT: Pode controlar a intensidade a qual a luz da lua é refletida por sobre a terra. Chegando por alguns momentos até mesmo a apaga-la por alguns segundos dando a entender que houve um breve eclipse.
10. ALL AROUND: Agora é capaz de observar em três direções diferentes ao mesmo tempo, conseguindo ver tudo perfeitamente, nada escapa de seus olhos uma vez visto.
11. SÉTIMO SENTIDO: Agora ela consegue saber quando um ataque físico, cinético, mágico ou místico será feito de qualquer local num raio de 30 metros ao seu redor, impossibilitando assim ataques surpresas.
12. MAGIA II: Consegue recitar feitiços pouco mais complexos, ainda necessitando da ajuda do grimório, mas dessa vez sem a necessidade de pedras mágicas ou qualquer artefato.
13. ALMOST REAL FRIEND: Consegue se aprofundar mais suas capacidades espirituais podendo ver se a alma do indivíduo é maligna ou se é boa. Se esta é vingativa ou boa e entre outras coisas.
14. LUXÚRIA II: Com o perfume mais forte a vítima ficará como um drogado, desejando mais e mais daquele perfume deixando ele suscetível para decisões (permitindo a ela pedir que este faça o que você disser, ele como um tolo nem vai conseguir entender o que ela quer com aquilo, somente o fará).
15. O QUE DESEJAR II: As armas e equipamentos agora são maiores e mais precisos. Não há muito o que a impeça de conseguir fazer o que lhe for pedido. Agora também começa a ser capaz de fazer pequenos desejos de bem estar das pessoas como curar pequenas feridas.
16. ELEMENTAL: Além de água e gelo, ela começa a poder controlar um pouco do fogo e terra, moldando-os sutilmente ao seu desejo. Seja em forma ou controlar em pequena escala.
17. ARCO LUNAR: Pode criar um grande arco prateado produzido à partir da luz lunar. Esse arco produz flechas feitas do mesmo material, que podem machucar o oponente gravemente dependendo da situação, além de congelar a parte onde a flecha lhe perfurou  (dependendo da profundidade que a flecha perfurar pode congelar interiormente). Através do brilho da lua ela pode apagar a visibilidade das flechas, de maneira que os oponentes tenham mais dificuldade em desviar das mesmas.
18. IS IT YOUR PAST: Ela agora consegue ver até dois anos do passado da pessoa assim que a toca, os olhos adotando o tom esbranquiçado por conta da concentração que lhe toma esse momento.
19. DO ME A FAVOR: Já é capaz de pedir favores as almas que surgem para si. Emana uma aura para que isso possa realizado, sendo de coloração negra quando se trata de almas malignas e uma branca quando se trata de almas bondosas.
20. I’VE GOT THE MAGIC: O grimório é deixado de lado e dá lugar uma varinha para canalizar seus poderes, sendo agora capaz de lançar maldições e por alguns momentos até mesmo invocar os mortos à seu favor. Alguns feitiços de apagar memória e invocação de familiares finalmente podem acontecer.
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magic-hector · 6 years
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Héctor estava sentado em frente a maca, aflito. Os pés estavam apoiados nas barras de sustento de seu banquinho, os cotovelos nos joelhos, e as mãos escondendo a boca. Suas sobrancelhas, contraídas, o mostravam pensativo, e os olhos, vermelhos, mostravam que, ao menos uma vez naquela noite, havia chorado. Ou seria apenas o sono? A noite se estendia madrugada a dentro e o uruguaio não abandonava a sua vigília. Mantinha o olhar atento sobre a garotinha desacordada, não perdendo nenhum detalhe, principalmente no movimento de seu peito – era sutil, fraco. Não estava respirando muito bem. Mas se parasse de respirar, Héctor saberia.
E por mais imóvel que estivesse, por mais quieto e rijo se mostrasse naquela enfermaria, sua cabeça estava a mil. Héctor permanecia escutando, milhões e milhões de vezes, uma pequena frase se rebatendo em ecos: como isso tudo havia acontecido? Afinal, ele sempre fora tão precavido. Sempre esteve um passo à frente de todos, prevendo movimentos. Muitos poderiam não concordar, mas a esperteza simples de Héctor poderia derrubar o semideus mais bem treinado daquele lugar, afinal, ter tudo sob controle era mais do que meramente uma característica – era seu trabalho. Ganhava a vida com aquilo. Não havia margens para erros. E mesmo assim, sentiu que havia falhado com Maria. Talvez devesse ter seguido seus instintos, como sempre sentiu, e tivesse cuidado da menina no mundo mortal. Mas... Caramba. No primeiro dia de acampamento?
Havia falado com Sonam Paraiya, a oráculo, para se precaver. Não bebeu. Esteve do lado da irmã o tempo inteiro durante a fogueira, e quando não esteve, foi para coloca-la para dormir na proteção de seu chalé. O seu chalé, não o dela, afinal, Maria de Fátima Hernanda Gonzalez não havia ainda sido reivindicada por sua mãe divina. Ele suspirou, cansado. As mãos esfregaram seus olhos. E o que faria agora? Aquele não era um problema do qual poderia simplesmente fugir. Afinal, seu plano era que se algo desse errado, fugiria com Maria para o mundo mortal. Mas não poderia leva-la. Tinha medo de sequer tocá-la! ‘Dioses...’ pensou derrotado. Mas, subitamente, viu naquele pensamento uma possível resposta. ‘Dioses?’.
Ele voltou a olhar Maria, e então levantou os olhos para a janela, para a lua. Talvez os deuses salvassem a vida da menina se Héctor mostrasse sua devoção? Estes sempre gostaram de serem acariciados, ainda mais agora que estava tão frágeis. Héctor olhou para sua irmãzinha novamente: seu corpinho pequeno estava coberto por cobertores para a manter quente. A poeira dos escombros do chalé de Trívia ainda se viam aqui e ali, apesar de Héctor ter feito seu melhor para limpar, assim como o sangue seco que trilhara um caminho desde sua têmpora até sua mandíbula. Ele não via, pois apenas do pescoço para cima da menina estava exposto, mas sabia que haviam hematomas em seus braços e em suas costas. Nem ele e nem os filhos de Febo sabiam dizer se os goles de néctar que ela havia tomado seriam o suficientes. Talvez ela acordasse no dia seguinte, ou talvez ela tivesse uma parada cardíaca dali algumas horas. Era difícil dizer. Héctor entortou os lábios levemente – talvez fosse uma boa ideia começar pelo deus da medicina.
Reposicionou suas mãos sobre seu rosto, entrelaçando seus dedos, e apoiando sua testa sobre eles. Depois, olhou para a lua. Sabia que aquilo não era bem Febo e estava mais para Diana, porém, era melhor do que nada. Respirou fundo, e então suspirou:
“Oh, Febo, magnífico deus do sol, das artes e da medicina, entre tantos mais! Venho humildemente aos pés de sua grandeza para pedir sua ajuda. Por favor, salve a vida de Maria de Fátima Hernanda Gonzalez! Ela é apenas uma garotinha, com tanto para viver, com tanto para te orgulhar, assim como ao resto dos deuses! Por favor, oh, grande, a salve, e terá de mim minha eterna gratidão.”
Héctor não sabia muito bem o que esperar assim que terminou seus pedidos. Nunca havia feito aquilo antes. Deveria esperar que Maria acordasse? Que Febo aparecesse na sua frente? Que um vento repentino farfalhasse as árvores lá fora e trouxessem à menina vitalidade? Ele esperou por alguns minutos, mas nada aconteceu. Pareceram-se horas... Ou ao menos o suficiente para que tentasse de novo, mas dessa vez com um deus diferente. Aquela ideia, na verdade, lhe dava um frio no estômago. Engoliu um pouco de saliva, nervoso, antes de começar novamente.
“Mãe...”. Ele tremia. “Trívia. Eu imagino que você tenha muito o que fazer. É uma deusa importante. Se temos magia no mundo... Se eu tenho a minha capacidade de trazer alegria aos outros, é por sua causa, e por isso lhe sou grato. Sei que nunca conversamos e que nunca te busquei, mas estou te buscando agora. Preciso de sua ajuda. Então, se você quiser aparecer para mim agora, bem, isso seria útil.” Héctor olhou para os lados, esperando alguns segundos. Nada. Ele suspirou. “Trívia, não sei como foi seu relacionamento com o meu pai. Se o amou ou se apenas o achou interessante por um momento. Mas, além de mim, ele teve outra filha. Maria de Fátima. Ela precisa de sua ajuda agora. Eu preciso. Meu pai precisa. Então, se houver algo que você possa fazer, eu peço que, por favor, por favor, o faça, para salvar a vida de Maria. Ela é apenas uma garotinha, é muito bondosa e divertida. Ela merece viver mais, merece conhecer sua verdadeira mãe um dia, e deixa-la orgulhosa. Por favor, Trívia, salve a vida dela, e eu farei o meu máximo para te orgulhar como filho.”
E de novo, nada aconteceu. Maria respirava tão fracamente quanto antes; a noite continuava silenciosa; e a enfermaria continuava parcialmente vazia. Aquilo estava começando a se mostrar frustrante. ‘Mais uma tentativa’, pensou ele. ‘Só mais uma’. Afinal, havia ainda uma última divindade a qual poderia recorrer.
“Esta oração, bem, eu não sei exatamente a quem dirigir.” Disse ele, os olhos fechados bem apertados, apenas torcendo para que aquilo desse certo. “Mas se todos os deuses estiverem escutando, ela saberá com quem eu estou falando. Eu sei que a mãe de Maria está aí entre vocês, em algum lugar. Eu imagino que deva ser uma deusa grandiosa para combinar com o espírito inquieto de minha irmã. E não te julgo por não tê-la reivindicado ainda. Muitas coisas estão acontecendo. Ela é tão nova... E quem a trouxe para Nova Roma fui eu. Apenas eu. Meus instintos me disseram que ela era uma semideusa e isso se provou verdade quando ela passou pela barreira. Mas, senhora, não venho aqui para me vangloriar de trazer sua filha – muito pelo contrário, talvez, se ela ainda estivesse no mundo mortal, nada disso teria acontecido. Senhora, eu venho aqui para fazer um apelo. Maria está morrendo. Ela está...” continuar se mostrou uma tarefa muito difícil dali pra frente. Um nó se formou em sua garganta, o impedindo de continuar. Sentiu os olhos se encherem de água. Apenas conseguiu expulsar aquele nó desconfortante com um soluço. “Ela está morrendo, senhora, e eu não sei mais o que fazer para impedir esse inevitável fim. Já direcionei minhas orações para Febo, mas acredito que apenas o amor de uma mãe possa salvá-la neste momento. Então eu peço, mãe de Maria, que, por favor, a salve. Traga-a de volta a vida. Eu imploro. Nem que eu tenha que fazer tudo o que a senhora exigir. Eu farei. Eu aceito qualquer termo. Mas, por favor, salve a vida de minha irmãzinha.”
Novamente, nenhuma resposta. Héctor deitou o rosto na maca, derrotado, as lágrimas rolando seu rosto. Seu peito dava leves pulos com seus soluços. As mãos estavam bem fechadas como se fosse socar a cara daqueles deuses com tamanha raiva e frustração. ‘Que droga!’. Se eles não poderiam ajuda-lo nos momentos de necessidade, então do que serviam eles? Temia estar cada vez mais do lado daquele que derrubara o templo de Júpiter ao chão.
E então, entre suas lágrimas e soluços, Héctor escutou uma música.
Uma trombeta.
Tocava triste e muito distante, mas ele era capaz de ouvi-la. Devagar, levantou a cabeça de suas lamentações. Buscou de onde vinha aquele som. Vinha lá de fora, na direção da estrada. Héctor não sabia muito bem como, mas sabia que aquele som o chamava. Ele olhou para a garotinha, preocupado. A música parecia quase como uma marcha fúnebre, mas ela continuava da mesma maneira que estava quinze minutos atrás. O filho de Apolo que havia se voluntariado para passar a noite com os feridos estava sentado em um canto, lendo. Confuso, Héctor lhe dirigiu a palavra:
“Está escutando isso?”
“Suas rezas?” devolveu o outro, lhe lançando um olhar por cima do livro.
“Não.” Disse, sem se mostrar envergonhado. “A música.”
“Que música?”
‘Ele não está escutando?’ Pensou confuso, olhando na direção do som. Por um instante, pensou nos próprios poderes ilusórios. Talvez Héctor estivesse escutando por alguém queria que ele escutasse. E talvez o filho de Apolo não escutasse porque era algo particular. Para o filho de Trívia. Ele devia ver o que era.
Devagar, levantou-se de seu lugar.
“Você pode olha-la para mim? Eu preciso... Eu preciso sair um pouco.”
“Claro.”
E Héctor saiu da enfermaria.
Confuso, seguiu o som, os passos lentos para que não tomasse o caminho errado. Olhava por todos os lados. A música era triste e fúnebre. Talvez já tivesse escutado algo semelhante quando um semideus morreu, ou quando, em um filme, um militar tinha seu funeral. Os tons médios se prolongavam como os choros das viúvas, descendo o tom, e descendo, e descendo... Quase como se a morte tivesse sido superada. E depois voltava, alta. Era o choro do filho órfão, ainda não entendendo que não tinha mais pai. Se Héctor não estivesse anestesiado com a própria dor, poderia sentir um aperto no peito ao ouvi-la.
A estrada de terra e a música o guiaram até a ponte que atravessa o Pequeno Tibre e o levava para os templos. Olhando de baixo, ele sentia falta de Júpiter Otimus Maximus – antes uma construção tão imponente e poderosa, agora deixando um buraco na paisagem. Quando ela ruiu ele estava demasiado preocupado com Maria para ligar, mas agora, as ruínas se revelando a cada degrau que subia, não podia negar que sentia-se atingido. Ele parou em frente aos escombros, desconsolável.
A música parou assim que chegou no mais alto degrau. E olhando os escombros, Héctor encontrou quem o havia chamado.
“Ousado, não?” disse. “Aposto que este adversário nos daria uma guerra à altura.”
Sua voz era mais grave do que sua face sugeria. Era forte, presente, firme. A voz de um general. E a dona daquela voz também se impunha em aparência. Era alta e robusta. Longos cabelos loiros desciam por suas costas, estando trançados na lateral de sua cabeça para que não lhe atrapalhassem a visão em batalha. A armadura que a envolvia a protegia por inteiro, a envolvendo em metal e couro de cores de terra. O bronze, principalmente se via presente, mais concentrado em seu escudo (que trazia no braço esquerdo) e elmo. O elmo parecia ter vindo do mais alto general romano: todo em bronze, possuía longas plumas azuis em seu ápice. Em sua mão direita, ela trazia uma grande lança, com ponta de ouro celestial. A tira colo, trazia uma espada. Aparentemente muito pesada para ser de única mão, mas que, para aquela deusa, essa característica não se mostrava obstáculo nenhum. Afinal, era a mais forte entre elas.
O rosto de Héctor se tornou pura surpresa e admiração.
“Belona...”
A deusa se virou, mostrando seu rosto. A expressão era séria. Sua face estava contornada por pinturas de guerra, principalmente marcando seus olhos com duas faixas pretas, o que apenas realçava suas íris azuis naqueles olhos esguios e sempre contraídos. O elmo protegia toda a latera de sua face, tendo levantada a parte de metal que cobriria seu nariz, boca e queixo. O semideus mal sabia como reagir. Por que ela estava ali? Será que...? Com o silêncio prolongando-se e tornando-se constrangedor, Héctor fez a única coisa sensata a se fazer: ajoelhou-se em referência.
E assim permaneceu, sem ouvir alguma permissão para que se levantasse. As únicas palavras que escutou foram as seguintes:
“Ouvi dizer que a minha filha está morrendo. Isso é verdade? Ouvimos muito de seu desespero esta noite.”
“S-sim.” Respondeu olhando para o chão. “Maria... Durante o terremoto, o chalé de Trívia desmoronou em cima de Maria. Ela estava dormindo. Quando consegui tirá-la de lá, ela estava semi-consciente. Conseguiu tomar um pouco de néctar, mas está apagada desde então.” Ainda era um choque descobrir que Maria era filha de alguém tão poderoso e importante. “Temo que ela não irá resistir por muito tempo, mesmo com o néctar. Os ferimentos... Os ferimentos são bem graves.”
Por um instante, Héctor não escutou mais nenhuma palavra. Escutava apenas sua pesadíssima armadura tilintar a cada passo que ela dava. Espiou um pouquinho – ela andava em círculos.
“Ferdinando disse que, quando fosse a hora, a mandaria para a Casa dos Lobos. Que ela era muito pequena para isso ainda. Bem, você fez a menina não passar por Lupa. Simplesmente a trouxe. Ainda mais nesta época em que está tudo tão... Conturbado. Fica difícil reivindicar minha filha desta maneira.”
“Perdão. Não foi a intensão. Ela era minha irmã e eu só queria o melhor para ela. Não achava justo simplesmente deixa-la morando nas ruas, ainda mais sabendo que ela era uma semideusa. Ela poderia não ter as mesmas capacidades de se esconder como eu... Poderia estar em perigo com tantos monstros a solta.”
“Ela só estaria em perigo se ela fosse fraca. O que não é. Meus filhos não se escondem, Héctor.” Aquilo soava como uma bronca. “Não há maior desonra do que fugir e se esconder de uma batalha. Verdadeiros guerreiros como são de minha prole enfrentam seus inimigos ou morrem tentando. Se não são capazes de enfrenta-los então eu não os quero.”
Héctor levantou o olhar para ela, desolado, para encontrar os dela, um tanto zangados. Isso significava que ela não o ajudaria então? Como ela poderia? Maria era apenas uma criança! Tinha apenas cinco anos. Não sabia nem segurar copos direito, quem diria espadas e lanças. Belona desviou o olhar, por fim.
“Mas Maria é apenas uma criança sem treinamento apropriado, que estava dormindo durante o atentado. Além disso, aprendeu a confiar em você – não saberia o que fazer sozinha. Ela ainda não teve tempo de provar o seu valor.” Uma pausa. “Mas você sim.”
O semideus se levantou imediatamente.
“Eu posso provar meu valor!” defendeu-se. “Eu faria qualquer coisa para salvar a vida de Maria.”
“Provar seu valor?” repetiu ela, em tom de deboche. Depois, riu. “Ora, filho de Trívia, não se engane. Um semideus covarde como você poderia de súbito honrar-se? Não sente vergonha?”
Ele não fazia a menor ideia do que ela estava falando.
“Abandonar seus compatriotas quando estes mais precisavam de você? Por quê? Por medo. Medo, egoísmo e ganância! Tudo o que soube fazer foi fugir, se esconder, ignorar problemas que achava que não eram seus.”
“Isso não é justo!” tentou se defender. “Eu era apenas uma criança arrancada de sua família! Eu tinha saudades de casa. Meu pai prometeu para mim que nos veríamos novamente. Por isso...”
“Por isso decidiu usar os poderes de Trívia para ganhar dinheiro?”
Aquilo era um golpe baixo.
“Eu não tive escolha.”
“Claro, foi tudo culpa daquele fauno, James.” Ela ironizou. “Continue culpando a todos, Gonzalez. A todos menos você mesmo por seus erros. Mas saiba que um verdadeiro herói não pensa em si mesmo, pensa apenas no coletivo. São valores que eu, Trívia e Febo compactuamos.”
Héctor manteve-se calado por um momento. Sentia-se encurralado. Talvez, a melhor maneira de sair daquela situação fosse dizendo a verdade.
“Eu tive medo.” Respondeu, sem encara-la. Tinha vergonha. “Tive medo de morrer. De morrer e de nunca mais ver meu pai e meu tio. Se acontecesse com o Júpiter o mesmo que aconteceu com o Meio-Sangue eu não saberia se sairia vivo. Nunca fui o melhor guerreiro. Nunca gostei de lutar. Fugir... Fugir e confiar em meus poderes era mais fácil do que aprender a guerrear. E agora que o que eu mais temia está acontecendo... Bem, eu admito. Eu queria fugir com Maria. Mesmo não tendo mais dinheiro, eu queria leva-la ao mundo mortal e começar do zero, mas eu seria capaz de escondê-la com os meus poderes. Se o chalé não tivesse caído em cima dela e ela estivesse bem, eu estaria no mundo mortal agora, sem pensar duas vezes. Sem olhar para trás. Mas...” Finalmente, criou coragem para olha-la nos olhos. “Mas eu não vou a lugar nenhum sem Maria. Ela é o que me mantém aqui. O que me obriga a lutar, e a não pensar em mim. O que me fez estar tendo esta conversa com você.”
A deusa simplesmente lançou seu olhar para a ruína de Júpiter.
“Maria não tem culpa de seus erros.” Começou ela. “Foi sua mãe, na verdade, quem me chamou até aqui. Trívia acredita que sua irmã seja o início de sua redenção. E Febo... Bem, você sabe como ele é. Ele não fará um favor por alguém que não esteja disposto a lutar por ele. O reino dos céus está ameaçado, você sabe.”
“Eu faria qualquer coisa por Maria. Qualquer coisa.”
Belona lhe lançou um olhar que seria capaz de fazer seu coração parar. Não sabia muito bem se isso aconteceria por medo de seu poder, ou por admiração de seu poder. Apesar de tudo, a deusa era quem era.
“Você terá que provar seu valor para nós primeiro, semideus. Limpe seu nome. Prove-se merecedor, e terá o que quer. Não antes.”
Héctor não entendia muito bem o que ela queria dizer com aquilo. O que ela esperava de si. Mas ela começara a andar na direção de seu próprio templo sem lhe explicar.
“Espere!” suplicou, “O que eu deverei fazer?”
Ela parou por um instante, olhando-o por cima do ombro direito. O elmo apenas permitia Héctor ver a ponta de seu nariz.
“Você saberá.”
Ela continuou seu caminho então, adentrando no próprio templo. Belona desapareceu nas suas sombras sem lhe dar uma resposta. E Héctor permaneceu ali, sem entender o que deveria sentir naquele momento.
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