Gaston Tissandier, portrait 1894
Gaston Tissandier, né le 21 novembre 1843 à Paris où il est mort le 30 août 1899, est un scientifique et aérostier français.
Ce chimiste attiré par toutes les sciences de la nature et fasciné par le monde des techniques et de l'invention, a également été un aventurier de l'air et un écrivain scientifique. Au sortir de la guerre de 1870-71, préoccupé par les lacunes françaises de l'information scientifique, il est devenu éditeur de revues, en particulier La Nature au milieu de l'année 1873.
Il fait ses études au lycée Bonaparte de Paris, puis étudie la chimie au Conservatoire des arts et métiers. Chimiste et physicien de formation, il enseigne et participe aux travaux de diverses sociétés savantes. Il est notamment professeur à l'école de la Société polymathique et dirige un laboratoire d'analyses à partir de 1864.
Féru d'observations scientifiques et toujours disposé à expliquer au plus grand public, enfants et adultes confondus, cet homme enjoué est un parfait enfant perdu de la tradition des Lumières. Malgré sa présentation soignée et bourgeoise, on rechercherait en vain un quelconque a priori social, un mépris de l'homme commun, un dogmatisme positiviste, une affirmation de supériorité hautaine. Gaston témoigne de l'attrait des sciences qui a progressivement saisi une fraction de la jeunesse bourgeoise à partir des années 1830 et a déterminé leur vocation de recherche, puis leur tentative de contribuer à l'éducation. L'œuvre de ces jeunes scientifiques enthousiastes et anglophiles annonce le retour de la science et de l'invention française au premier plan mondial après 1880 et les éclipses partielles du xixe siècle, qui laissent toutefois d'énormes lacunes que perpétuent les esprits cartésiens et positivistes dans l'entre-deux-guerres.
Ce spécialiste de l'analyse des gaz est également météorologiste et, en quête d'application et de découverte de l'atmosphère, aéronaute. Toute sa vie, il n'a de cesse de faire partager la joie de la découverte, l'attrait de la recherche et le frisson des aventures scientifiques passées ou présentes. Écrivain scientifique fécond, accessible aux plus jeunes lecteurs, il devient éditeur de livres et surtout de revues scientifiques, à fort contenu de bonne vulgarisation.
Le 16 août 1868, il fait avec Jules Duruof sa première ascension, suivie de 44 autres. Durant le siège de Paris, il est le quatrième à partir dans un ballon monté, le Céleste, qui atterrit à Dreux. Son frère Albert Tissandier (1839 - 1906) le rejoint peu après, à Tours, à bord du Jean Bart. Ils proposent aux autorités de tenter le retour sur Paris. Pour cela, ils utilisent le Jean Bart, mais sans succès.
On crée alors une équipe d'aérostation militaire, destinée à l'observation des champs de bataille. Tissandier est nommé capitaine dans ce nouveau corps, qui utilise des ballons neufs en plus des ballons récupérés lors du siège de Paris.
Après la guerre, il prépare et accomplit, avec son frère Albert Tissandier, l'ascension de longue durée du ballon le Zénith, de Paris (décollage de l'usine à gaz de La Villette) à Lanton, près d'Arcachon (Gironde), voyage qui a lieu les 23 et 24 mars 1875, au cours duquel ils battent le record de durée, avec 22 h 40.
Le 15 avril 1875, Gaston Tissandier accompagne les aéronautes Joseph Croce-Spinelli et Théodore Sivel lors de la seconde tentative de montée au-delà de 7 300 mètres d'altitude. La lettre de Paul Bert qui les avertissait de la nécessité d'emporter des réserves d'oxygène plus importantes ne leur parvient pas à temps. Les trois hommes s'évanouissent, le Zéniths'écrase au sol à Ciron dans l'Indre. Seul Tissandier, qui parvient à reprendre connaissance lors de la descente, échappe à la mort, mais y perd presque la totalité du sens de l'ouïe.
En 1881, à l'Exposition d'électricité, Gaston et Albert Tissandier contribuent au premier modèle de ballon dirigeable mû par l'électricité (vol non habité en intérieur). À la suite de ces premières expériences, ils font construire en grand le modèle exposé. Albert Tissandier dessine l'épure de ce ballon construit par Henri Lachambre. L'ascension du premier aérostat dirigeable électrique a lieu le 8 octobre 1883. Un deuxième essai est effectué le 26 septembre 1884. Il donne tous les résultats attendus : possibilités de manœuvre, mais impossibilité de remonter le vent par manque de puissance.
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Renault Floride/Caravelle: 60 anos a espalhar charme!
Romântico ou sexy? Simpático ou charmoso? Cortês ou delicado? Aos 60 anos, o Renault Floride, que também se chamou Caravelle, nada tem a provar. Dono de um estilo único e de uma elegância inconfundível, o descapotável que seduziu Brigitte Bardot e Grace Kelly marcou uma época, como hoje ainda marca quem com ele se depare. Afinal, sempre são seis décadas a arrancar suspiros!
Se ainda não sorriu hoje, provavelmente, é porque ainda não viu nenhum Renault Floride! Não era publicidade da época, mas poderia sê-lo. Há 60 anos, o Renault Floride encantava pela genuína graciosidade, leveza de espírito e desconcertante jovialidade. Evocava ao tempo livre, à liberdade de movimentos e de pensamento, como símbolo de modernismo de uma época áurea em fortes motivações e convicções, bem retratada, de resto, na história do nascimento deste belo automóvel…
Do falso arranque…
E tudo começou em 1957. Nesse ano, a Renault tentava impor do outro lado do Atlântico outro modelo, o Dauphine, mas em franca competição com o Volkswagen Cox (o popular “Carocha”) e com uma rede de distribuição pouco eficiente, os resultados ficavam aquém do previsto. Ciente da importância do mercado automóvel norte-americano, Pierre Dreyfus (então diretor da Renault), lançou o desafio de criação de um automóvel totalmente novo e diferente, capaz de atrair clientes jovens, com forte sentido de evasão e vontade de explorar o “outro lado da vida”, que só um cabriolet podia proporcionar.
Sem gabinete de marketing ou estudos encomendados, foi durante uma viagem à Flórida (EUA) que surgiu o nome do novo “embaixador da liberdade” da Renault: o Floride! Contudo, só em outubro de 1958, o novo modelo se mostrou ao público, após um “falso arranque” no Salão de Genebra desse ano, onde foi apresentado em dois stands diferentes e rivais, como resultado da disputa de paternidade no design da sua carroçaria por dois estilistas italianos contratados pela Renault (um dos quais, entretanto, ingressado na concorrente Ghia).
… Ao sucesso garantido!
Desfeito o “equívoco”, acabou por ser o Salão Automóvel de Paris de outubro de 1958 a acolher a verdadeira estreia do Floride que, em maio de 1959, passou a integrar o catálogo de modelos da Renault e… não apenas como cabriolet! Na verdade, a elegante carroçaria, desenvolvida a partir do Dauphine, também ganhou uma versão de capota rígida (“hard top”) e outra coupé. No fundo, três maneiras diferentes de apelar ao sorriso!
Apesar de ter como base o Dauphine, não é fácil encontrar semelhanças entre os dois “best-sellers” da Renault. Já reconhecer elegância ao Floride é um exercício tão natural como a própria beleza do cabriolet/coupé, cujas linhas fluídas transmitiam a sensação dinâmica de movimento, tão apropriada para explorar a “bela vida” no cabriolet, como o carácter desportivo no coupé.
Já no interior, as semelhanças com o habitáculo do Dauphine são maiores, com o painel de instrumentos a ser herdado do pequeno sedan, bem como as formas minimalistas em voga naquela época. Com a configuração 2+2, o espaço para os dois ocupantes da frente era generoso e atrás duas pessoas também podiam viajar com um mínimo de conforto, se bem que o espaço de 175 litros disponível atrás dos bancos dianteiros podia igualmente ser bem aproveitado para aumentar a capacidade da bagageira, localizada à frente, que ascendia aos 240 litros.
Motor com “alma” Gordini
Equipado com transmissão traseira e motor longitudinal também traseiro, o Floride não era perfeito em termos de distribuição de massas. Mas o seu propulsor Ventoux, um clássico 4 cilindros de 845 cm₃, herdado do Dauphine Gordini, oferecia 40 “simpáticos” cavalos de potência às 5.200 rpm com a ajuda de um carburador Solex.
Com uma caixa manual de três velocidades (onde a primeira não era sincronizada), um sistema de travagem simples mas eficiente com a ação de tambores sobre as quatro rodas e uma suspensão inovadora e confortável, designada por “Aérostable”, o Floride era francamente agradável de conduzir, convidando a passeios e escapadelas fora da cidade, mas também se expressando de forma alegre e ágil nos centros urbanos em crescimento.
Evolução bem-sucedida
Entre 1962 e 1965, o “automóvel-prazer” da Renault sofreu várias evoluções, que o foram tornando cada vez mais popular, mas com ajustes mínimos na carroçaria, visíveis, de resto, na na perda das tomadas de ar laterais da carroçaria. Pelo contrário e ao nível do motor, os up grades foram notórios e contribuíram, decididamente, para uma maior vitalidade na estrada, primeiro com a adoção do conhecido propulsor “Cléon-Fonte” de 956 cm₃ já com 51 cv, depois e a partir de 1963, com a integração do motor que equipava o Renault 8 Major, um 1108 cm₃ que debitava 55 cv, e, finalmente, com a evolução deste bloco, já com carburador de duplo corpo integrado, que oferecia 57,5 cv (sim, na altura, os meios cavalos eram importantes!).
Como resultado de todas estas evoluções, o Floride/Caravelle passou de uma velocidade máxima inicial de 125 km/h para uma de 145 km/h, melhor controlada, já nos últimos anos de produção, pela caixa de 3 velocidades totalmente sincronizadas e pelos travões de disco à frente, uma novidade na época. A mudança também se repercutiu nas designações do modelo, cuja evolução ditou que se chamasse “Floride S” (na versão cabriolet) e “Caravelle” (primeiro apenas na versão coupé e depois em ambas as versões), numa nomenclatura que já tinha sido adoptada do outro lado do Atlântico, em homenagem ao avião de construção francesa.
Brigitte Bardot e Grace Kelly como “embaixadoras”
Para além das envolventes características inatas do Renault Floride/Caravelle, uma parte do seu sucesso também está ligado à imagem da atriz Brigitte Bardot e da princesa do Mónaco, Grace Kelly, que, direta ou indiretamente, entraram na história do modelo, que ajudou à afirmação da mulher nos anos 60.
No primeiro caso, a “sex-symbol” da década de 60, recebeu um Floride de cor “Kilimanjaro Branco” em agosto de 1959, que a Renault mandou entregar em Nice (França), quando a atriz filmava “Want to dance with me”. E bastou uma sedutora sessão de fotos com o cabriolet para que o Floride passasse a ser visto como um automóvel de emancipação para a mulher da década de 60 e um desejo secreto (e concretizável) para muitas delas, que nunca sequer tinham aspirado a ter um automóvel.
De mesma forma, a Renault também fez chegar um outro Floride, mas na versão Coupé e pintado de “Verde Bornéo”, ao palácio da princesa Grace do Mónaco. A princesa e também atriz, não se coibiu de o utilizar nas deslocações na sua vida quotidiana, emprestando ao Floride ainda mais glamour e contribuindo para que o sucesso mediático e comercial do modelo fosse ainda maior.
Após uma exemplar carreira de 10 anos, que terminou em 1968 com a produção de 117.039 exemplares em 22 cores diferentes, o Floride/Caravelle manteve, e continua a manter, um “charme” muito peculiar que faz dele um dos automóveis de coleção mais apreciados e desejados. Decididamente, 60 anos depois, o tempo está longe de ofuscar o seu fascínio!
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