Tumgik
swie-s · 10 years
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90% dos jovens estão se drogando ou se prostituindo agora, reblogue se você faz parte dos 10% que acha que o ruffles deveria ser menos ar e mais batata.
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swie-s · 10 years
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swie-s · 10 years
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swie-s · 10 years
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Tudo vai melhorar, Deus nunca erra.
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swie-s · 12 years
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MINHA URL AGR É ESSA , ok?
entenderam né povo
nao da unf
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swie-s · 12 years
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Preciso sim, preciso tanto de alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis. Tanto meu ciclo ascético Francisco de Assis quanto meu ciclo etílico bukovskiano. Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra. tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser ao conjunto teu, mas não sou tu, e quero adoçar tua vida. Preciso do teu beijo de mel na minha boca de areia seca, preciso da tua mão de seda no couro da minha mão crispada de solidão. Preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor, quando sexo não era morte e as pessoas não tinham medo disso que fazia a gente dissolver o próprio ego no ego do outro e misturar coxas e espíritos no fundo do outro-espelho, outro-igual-sedento-de-não-solidão, bicho carente, tigre e lótus.
Caio Fernando Abreu. (via romantizar)
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swie-s · 12 years
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Você poderia ser a melhor pessoa do mundo se quisesse. Poderia sorrir para mim do mesmo modo como sorri para elas, e até mesmo assoprar beijos como quem diz “ei, não se esqueça que eu estou aqui para você”. Mas ao contrário disso, você simplesmente endurece sua expressão em uma careta de mau humor e suspira como quem diz “estou cansado disso tudo, de você.” E eu te olho na esperança de ver lá no fundinho dos seus olhos um pouco de amor sincero ou sei lá, qualquer coisa mais carinhosa que você possa sentir por mim. E eu não acho, eu não acho um pingo de sei lá o quê nos seus olhos. Porque quando você olha para mim, eu não consigo te ver. E por que eu ainda insisto em você? Eu não sei, juro. Eu não sei porque toda vez que você fala comigo eu procuro um tom mais apaixonado na sua voz. Eu não sei porque quando você me liga eu tento ver algum sinal romântico nessa ligação. Eu não sei porque desdobro cada palavra que você diz procurando algum significado ali. Eu não sei porque vou atrás de você só pra ter certeza que você nem pensou em vir atrás de mim. Eu não sei porque eu procuro nas tuas roupas algo que tenha a ver comigo ou com algo que eu disse. Eu não sei porque eu olho pra você com esse olhar estupidamente apaixonado. Eu não sei porque espero alguma coisa de você mesmo quando você nunca sequer me deu esperanças de que eu deveria esperar algo. Eu não sei. E o pior é olhar pra você e ver que está se fazendo a mesma pergunta “por que diabos ela insiste tanto em mim?”. Tenho tanta esperança de que isso tudo que você demonstra ser seja apenas uma casca e que depois dessa casca você seja excepcionalmente romântico e que lá no fundo você se importe tanto comigo quanto me importo contigo. Nos meus sonhos mais ridículos você olhava para mim e dizia que, nossa, eu sou tudo aquilo que você sempre negou precisar. E aí eu acordava achando que um dia você iria dizer isso pra mim, ou pelo menos, insinuar, ou talvez pensar. Mas não, você sempre continua ali com aquela expressão de não-me-importo-mais-com-você, enquanto eu te olho com aquela cara de menina-boba-apaixonada. Mas tudo bem, porque é isso que eu sou. Uma boba apaixonada que insiste no pior cara do mundo só porque tem aquela esperança tosca de que esse cara, na verdade, seja o melhor cara do mundo debaixo de tudo. E talvez você seja. Talvez não, você é. Porque eu juro, juro mesmo, que uma vez, quando a a gente estava se beijando, eu senti teu coração bater mais rápido. E isso é idiota, bem idiota, mas é a única coisa que eu tenho pra falar de você. Então você é o melhor cara do mundo porque o seu coração fez “tum tum” mais rápido aquela vez que a gente se beijou. Eu sei, eu sei, é ridículo tudo isso. Sei lá, sei que não posso te mudar. Sei que você é o que é, e tudo bem. Porque mesmo que, na pior das hipóteses, você seja o pior cara do mundo, eu (burra imbecil tosca) ainda assim vou continuar te amando como se fosse o melhor cara do mundo.
Cibele Sena
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swie-s · 12 years
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swie-s · 12 years
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swie-s · 12 years
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Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor? Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
Crônica do Amor - Arnaldo Jabor.    (via embriagar-se)
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swie-s · 12 years
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Conheci o amor no bar e mandei ele ir se catar.. com toda educação, é claro.” Desde pequena ouvi falar que amor era a coisa mais linda de se viver, que todas as borboletas no estômago, pernas bambas, corações palpitando, cabelos dos braços arrepiados, alma florida, as batidas frenéticas do coração junto com a rapidez que o sangue corria nas veias quase saindo pela boca, os sorrisos involuntários e toda aquela sensação boa que sentia quando se amava, era a melhor coisa do mundo. Durante a vida ouvi minhas amigas reclamarem que os homens eram cafajestes e meus amigos reclamarem que mulheres só serviam para lavar a roupa e cozinhar. Pessoas jovens me diziam que amar era uma droga, partia os corações e os velhos sábios e vividos me diziam que amar era dom, era graça. Eu nunca entendi bem, a gente que vive pouco acha que sabe muito, e gente que viveu demais, sabe pouco também. As coisas mudaram. Ouvi dizer que amor acaba com corações mas só ele tem o poder de curar. Que porra é essa cara? Que tipo de coisa machuca e faz bem ao mesmo tempo? Minha avó dizia que era bom, minha mãe que era mais ou menos e minhas amigas, à elas diziam que era uma merda. Quando me sentei em um bar em uma balada, em plena três da manhã, completamente bêbada, um cara alto, dos olhos azuis e do cabelo loiro, se aproximou, disse que eu era linda, pediu meu telefone.. e alguns dias depois pensei em ele me ligando, dizendo que queria marcar um encontro – mas na verdade só não teria algo melhor pra fazer em casa em uma noite de sexta. Um filme se passou na minha cabeça. Vi que aquele sexo bom que ele faria iriam durar por umas duas semanas, e um tempo depois ele pararia de me ligar e eu sentiria falta. Eu falaria dele o dia todo para as minhas amigas, porém teriam outras baladas, outros caras mais bonitos e gostosos que poderiam me fazer ter orgasmos maiores e melhores, passaria e eu me esqueceria. Ele daria um ótimo marido, sexo bom, muito dinheiro, bonitão, minhas amigas morreriam de inveja. Ele cuidaria bem dos nossos filhos, moraríamos em uma casa bonita e grande. E ele seria gerente de uma grande empresa, enquanto eu trabalharia fora somente meio período, nós viveríamos bem muitos anos, até ficarmos velhos e eu dizer a todos que o amor é lindo. Mas sabe, pensando bem.. vai que ele contrata uma empregada boazuada, que trepe com ele na máquina de lavar e eu tenha que lavar cueca de homem. Sem nem pensar direito, já lhe respondi: “- Querido, por favor, sente em outro banco, jogue seu charme em cima de outra loira que não esteja bêbada e evite corações confusos”. Afinal de contas, não sabemos ao certo o que é o amor até senti-lo, porém temos medo antes mesmo de sentir. Mas foda-se o amor e viva a minha tequila do fim de semana, até porque antes amar somente a mim do que ter que me dividir com outro – não oficialmente – e não ter que lavar cuecas.
Viva a tequila e a falta de cuecas para lavar, Ana Luísa (metafora-s)
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swie-s · 12 years
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Quando um beijo não é apenas um beijo. Você sorri, eu sei que sorri. Você admira o olhar, o jeito que fala e até a voz desafinada quando ela está cantando, ela, você sabe, aquela pessoa. Ela conta uma piada e você cai na gargalhada, mas assuma, não teve a menor graça. Ela te chama de meu amor e você torce para que dure para sempre, ela diz que te ama e você torce para que seja verdade. E quando ela vai embora? Meu Deus! Quando ela vai embora da medo, da dor, machuca. E se ela não voltar? Será que eu fiz algo de errado? Mas não, você sabe que ela volta. Na fila do banco, na porta da padaria, no intervalo na escola ou tomando um sol na praia… Todo mundo sabe que você já tem a sua pessoa, aquela que ás vezes não é só sua e você quase morre, quase morre quando ela some, quase morre quando ela te deixa, quase morre quando não tem noticias. E o ciúme é a pior parte, é o medo de perder, o medo de não ter mais, o medo que ela encontre alguém melhor. Mas você sabe que não, você sabe que lá no fundo vocês dois se completam e que ela é a melhor coisa que poderia ter acontecido na sua vida, e sendo assim, como peças que se encaixam, ou como um cubo mágico solucionado, vocês são a melhor coisa um para o outro. E ela te irrita, ela te provoca, você surta, vocês brigam, fazem birras, mas nunca deixam de ser amar. Porque, sabe-se lá o porquê, o amor é assim mesmo. É um jogo doido onde não tem um botãozinho de escape que você aperta e tudo se resolve. O amor é aquele pega-pega de quando você era criança, só que nesse não tem pique, você não pode enrolar em um canto, não dar as caras até se sentir seguro outra vez. Pode parecer loucura, mas estar com alguém é um bicho feio, é um filme que da medo, é um suspense que não passa. E é ai que você ama, é ai que você se entrega, é ai que você tenta aproveitar o máximo todos os dias, enquanto dura. É ai, meu amigo, que um beijo não é apenas um beijo. É um laço, é uma aliança, é uma ponte que une duas cidades distantes, uma balsa que abre caminho no meio do mar para duas ilhas. É um sonho, que por mais que seja bom, por mais que te arrebate e te deixe nas nuvens, você sabe que lá no fundo, se o barulho for muito alto, ou você for muito leviano, como em um piscar de olhos tudo pode acabar.
Bianca Veiga. 
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swie-s · 12 years
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Deitou embalada a vários pensamentos, sorria. Estava apaixonada demais. Já havia planejado todo seu fim de ano ao lado dele. Em sua mente, já era certo de irem para aquela pousada no meio do nada. Ficariam juntos o tempo todo e passeariam de barco. É, de barco. Ela achava tão brega, mas queria algo bem clichê ao lado dele. Selariam os lábios diversas vezes quando o barco parasse no meio daquele rio. Ele diria o quanto a amava, e que era o sonho dele estar ali com ela. Ela acharia fofo, e lhe premiaria com um beijo no nariz.” - Em meio à impulso, levantou-se. Foi até sua escrivaninha, abriu a pequena gaveta que nela havia, e pegou aquela única foto dele. Voltou ao leito, e ficou ali, sorrindo para a mesma. E logo seus pensamentos, novamente, tomaram o mesmo rumo. - “O que iriam fazer depois do passeio ao ar livre? Perguntava-se. Ela sabia o quanto ele adorava um bom churrasco. Pronto! Logo se imaginou ao lado dele em uma bela churrascaria, a mais aconchegante que houvesse no lugar. Ela sentaria ao seu lado, colocaria as mãos sobre a mesa, e ele pousaria a dele sobre a mais próxima. Olharia para ela e sorriria, pra logo selarem o momento com um beijo.” - Ao pensar isso, suspirou. Deitou de lado, com a foto sobre o peito, bem em cima do coração. - “O beijo! Ah, esse seria o mais doce que haveria de sentir. Todas as outras mulheres presentes no ambiente, a invejariam. Ela estaria com o homem mais bonito, mais cavalheiro, mais doce que haveria de existir ali. Ele seria somente dela.” - Sorriu ao pensar isso. - “Sabia o quanto era desajeitado ao comer churrasco. Pelo incrível que pareça, ela o conhecia muito bem. Então o ajudaria. Coisa boba, de casalzinho apaixonado, mas ela levaria um pedacinho de carne até sua boca. Ele iria rir com isso. Sairiam de lá, iriam direto para a pousada, ficariam assistindo tv deitadinhos naquele minúsculo sofá, que até então, em seu pensamento, era verde. Abraçados, assistiriam uma comédia romântica, a mais idiota que existisse. E meio a um intervalo e outro, se beijariam. E diriam juras de amor, declarando o quanto estavam felizes de estar ali.” - Logo, olhou novamente a foto dele. - “Imaginou o quão doce seria a noite ao seu lado. E quando fossem dormir, colocaria a blusa favorita dele, ele diria o quanto estava linda, ela sorriria. Deitariam agarradinhos, e dormiriam de conchinha.” - Ela de olhos fechados, sorria. Despertou assustada de seus pensamentos, quando ouviu a porta do seu quarto ser aberta. - Vamos, meu irmão já disse que não vai esperar mais. - Dizia sua amiga, caminhando em direção ao grande espelho que havia naquele quarto. Aproveitando a deixa, escondeu a foto sob o travesseiro. O que ela pensaria ao vê-la com a foto de seu irmão mais velho? Acharia que estava perdidamente apaixonada. “Mas eu estou” - pensou, enquanto sentava-se. Sentia-se meio idiota. - Vamos, vamos! Como você demora! - Reclamou mais uma vez, novamente despertando-a de seus pensamentos. - Ta parecendo aquelas pessoas apaixonadas, pensando na morte da bezerra. - riu. - Apaixonada, eu? - Riu também, pegando a bolsa sobre a cama. - Eu disse que não me apaixonaria por mais ninguém, lembra? - Pois bem, já que pensa assim. - Disse sua amiga, cortando prontamente o assunto. - Ele vai levar você de carro, ainda tenho que resolver umas coisas aqui. Só vou mais tarde. - Ir sozinha com ele? - perguntou assustada. Ela só podia ta de brincadeira com sua cara, pensava. - Você não pode ir com ele? Ele não morde. - Disse meio atônica remexendo em alguns papéis em sua bolsa, para logo depois encara-la. - Sozinha com ele? - corou instantaneamente. - Claro. - Não podia perder essa chance, pensava. Seu fim de ano já estava planejado, prontinho, e guardado. E o que lhe faltava, era conquista-lo. Era tê-lo para si. Conseguiria ou não? Não podia parar para pensar sobre isso, teria que agir, e já! Não podia viver esse amor platônico. Não queria amar sozinha. Havia nove meses para concretizar todos os seus planos. Ele haveria de ser dela.
Uma jovem apaixonada, ♥ 
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swie-s · 12 years
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swie-s · 12 years
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Eu queria te ligar e combinar um cinema, um bate-papo na praça, beber um café ou voar de asadelta. Coisas triviais que as pessoas fazem, mas para nós não é bem assim. Ou, não sei, talvez só para mim. Ainda não me recuperei da crise de afasia que tive ao te chamar pra sair. Eu queria dizer “O que você acha de a gente sair um dia, eu e você?” e acabou saindo “O que você acha de a gente se juntar aos revolucionários pela libertação do Tibet e, depois de tirar um tiranossauro da cartola, construir uma nova rodoviária?” Essas primeiras vezes das coisas me estressam, por isso adiei por meses. Você acha que, só porque convidou uma garota pra sair em 2001 pegou a manha. O diabo é que cada garota é diferente da outra, e você pode esperar mil coisas de uma só, então como prever uma delas dentre milhares de garotas que você poderia ter encontrado? Ela pode fazer o gênero romântica de cinema ou andar com spray de pimenta, vá saber. Bom, aí você finalmente leu meu bilhete e topou me encontrar naquela cantina italiana que levei séculos pesquisando preços no Google. Quando chegou, sua roupa parecia meio inadequada. Logo que sentou veio com “Sabe, lugar bacana e tudo, mas faço mais o tipo que come batatas fritas, você não está a fim de dar o fora daqui e jogar bilhar?” Fomos ao Mamute’s Piano Bar e logo que entrei, tudo que sabia sobre romance e primeiros encontros foi pelo ralo. Mas, sem dúvidas, combinava mais com seu corte de cabelo atacante-marrento-da-seleção-argentina, sua imitação de All Star e seu jeito meio embriagado e invasivo de ser. E eu ali, todo cheiroso e alinhado e roncando a barriga, sem conseguir manipular direito meu taco e fazendo as bolinhas sairem quicando estridentes no chão – tóin, tóin, tóin –, feito um perfeito panaca (Parecia o prelúdio do que viria acontecer depois, no seu apartamento.) O resto foi aquilo, batatas fritas, sinuca fiasquenta, gente estranha rindo de mim. Então, após 37 minutos no seu portão sendo convencido de que nada de mal me aconteceria, fomos pra cama. Quer dizer, para o sofá. A cama, por algum motivo obscuro “está quebrada e não suporta uma trepada”. Como assim, não suportaria o quê? Puta merda, vamos trepar? Uma péssima notícia, tudo que aprendi foi em camas, eu teria de adaptar minhas habilidades para um tacanho sofá. Eu quis ir embora imediatamente. Ou ter em mãos um daqueles tubinhos de jato para asma, mesmo sem nunca ter sido asmático até hoje. Mas você me aliciou vindo por cima e dando um beijo juvenil e calmante nos meus lábios secos. Sabor de gloss. Aos poucos eu fui me lembrando, mais ou menos como se fazia a coisa. Era como andar de bicicleta, quase literalmente, pois você estava me olhando de cima, esfregando devagar o fundilho da sua calça jeans no meu banquinho, observando meticulosa minha trêmula reação. Eu estava me sentindo desconfortável, ainda bem, se eu relaxasse era capaz de esguichar minha energia masculina liquefeita, feito um adorador da trilogia Star Wars. Quando foi que as garotas tomaram a dianteira? O que nós rapazes estávamos fazendo quando elas revolucionaram a avizinhação sexual? Ainda jogando videogame, possivelmente. O que está acontecendo, Jesus? Eu pisquei, e quando vi não sabia onde tinha ido parar sua blusa. Tinha um sutiã na minha cara, todo manchado de quem mistura brancas e coloridas no mesmo ciclo de lavagem. E quando você lentamente foi enfiando a mão nas costas e se desfazendo da peça, deu pra ver no seu olhar fixo e melodioso que, no fundo, por trás de toda essa pompa de mulher-fatal-avançada-que-paga-suas-contas também havia ali uma garotinha insegura e perturbada com o que eu acharia dos seus peitos. Eram bons seios, devo dizer. A mesma garotinha que saiu da sala e adormeceu assim que meu pau fez um sinal de que suas mamas, as duas, me deixavam feliz da vida, com vontade de tomar banho de chuva. Eu estava duro e preocupado com sua opinião quanto a minha ereção, e você foi ficando menos fatal, menos silábica, menos de calças. Antes de perder o prumo, a última coisa que ouvi você falar foi: – Eu adoro um homem nervoso embaixo de mim. Homem, mas que homem? Tem algum homem nervoso aqui, tipo, atrás das cortinas? E por que ele está nervoso? É seu pai? Na boa, eu era apenas um garotinho com medo de prender a gola no pescoço e assustado com a real possibilidade gozar antes mesmo de me desfazer dos trajes. O apartamento em silêncio e escuro, um clima interrompido às vezes pelo ruído da rua e uns desenhos geométricos feitos de luz de farol, invadindo certos ângulos do teto. E você cuidando de tudo, manejando meu tronco, como num ritual de cópula aracnídea, fazendo coisas que não pareciam sexo, pelo menos o sexo como a cultura pop nos lecionou. Era mais uma interação entre seres humanos, um diálogo de gestos. Você segurava meu pulso e ia passando minha mão, como me ensinando um novo jeito de alisar a pele de uma moça. Às vezes cerrava as pálpebras, sussurrava alguns epílogos de gozo e assim fui entendo melhor a anatomia feminina. Eu sempre me senti culpado por certas taras por certas partes do corpo feminino, mas você extraiu minhas neuras cirurgicamente, com seus movimentos delicados. Eu já andava bem contente com a mídia as induzindo a prestar mais atenção nas axilas, uma coisa que eu sempre gostei, embora eu não saiba muito bem o que fazer com elas. Você me fez lamber, roçar a barba, sentir cheiro de Dove. Os dedos dos pés, por exemplo. Se eles podem equilibrar um corpo todo em pé, por que não servir de molestador fálico? Foi bom, ficar estirado e você pisando de leve, cuidando para não machucar, como uma boneca equilibrista, os pés nus, a cara de Lolita. Já era mais de uma hora sem sequer insinuar uma penetração, mas eu estava entendo tudo. O plano da noite não era gozar. Era se conhecer. Mapear as sensações, fazer arte, trançar temperamentos, contagiar perfumes, não corresponder às expectativas, que nunca se concretizam de toda forma, num primeiro encontro. Olhos nos olhos, sem desviar, sem rir, sem compreender, sem querer, sem agredir, sem fazer moralismos. Era como uma dança hinduísta e contracultural, sem roupas, um aquecimento de pele, friccionando pedaços inusitados do seu corpo em partes esquisitas do meu. Sua coxa foi parar na minha cara, você beijou minha canela, eu lambi seu dorso, você esfregou os peitos no meu umbigo, eu cheirei seu joelho, você mordeu minha bunda, eu beijei os seus olhos. Até que, exaustos e suarentos, cada um foi para um lado do sofá. Você teve uma crise de risos, eu tive uma crise de identidade. Eu nunca transei num primeiro encontro e queria muito saber se isso conta como sexo. Você me faria um favor assinando um documento atestando que – embora tecnicamente não pareça – fizemos a coisa, assim eu não passaria vergonha ao me vangloriar diante de meus amigos na próxima mesa de bar. O que foi isso, afinal? Foi louco, foi bom, foi íntimo, foi mágico, foi vinho, e mesmo sem penetração, foi sexo, embora nossas genitálias não tenham sido formalmente apresentadas. Minha cara dizia tudo. Estava diante da última tecnologia no campo das ligações pessoais. Eu estava experimentando uma coisa que a maioria não tem nem ideia que existe. Num impulso ela pulou de volta, montando no meu corpo na horizontal, mole e nulo e inerte, totalmente sem gozar concretamente. Me encheu de pequenos beijinhos ininterruptos falando “Isso foi estranho, não foi?” Poxa, se foi. “Você não imagina o que sou capaz de fazer com o primeiro cara que me pedir em namoro”. E foi nessa hora que eu a convidei para morar comigo.
Gabito Nunes  (via swie-s)
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