Tumgik
sketchpadnstuff · 4 years
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Fragmento 45 - Retroativo - Shinjin
"A porta da sala abriu e o sorriso dele se abriu ao encontrar os meus. Eu não o esperava, mas sabia que ele se aproximaria. Em seus passos sempre tão calculados, ele parou diante de mim, que estava sentada e apenas afastei da minha mesa. Um leve sorriso abriu no meu rosto ao vê-lo parado me olhando, imóvel. Sem falarmos, levantei, nos abraçamos forte, demorado, profundo. Havia prometido a mim mesma que lidaria melhor com esses momentos. Sentimos nossos corpos e nossas mãos passearam sem receio pelas costas do outro. Meu sorriso permanecia em mim, apesar dos olhos ameaçarem encher. Com seu seu jeito singular, passou o pé pra tras e se afastou. Nos olhamos, nos vimos no olho do outro, vimos os momentos que sorrimos, vivemos. Ele deixou vazar 'Vou sentir sua falta.'. Feito, meus olhos encheram, me concentrei na respiração. 'Você é lindo. Sensacional. Nunca deixe ninguém te fazer pensar o contrário disso', e haviam pessoas que tinham prazer em fazer isso, mesmo que os comentários dele fossem baixos, sabemos a dor interna que gera, 'Nunca. Você é incrível. Exatamente como você é. Lindo.'. Os olhos dele se apertaram mais do que já são, ele sorriu contido. 'Também sentirei sua falta.'. Ele abaixou a cabeça, eu abaixei junto. Agradeci internamente e lhe mandei toda energia boa que o universo possa oferecer nessa nova jornada. Quando levanou o rosto, seguramos o olhar por mais uns segundos, fixos. E ele virou. Se foi. Foi pra ele. Foi ser ele. Ser mais feliz." -sys // Eu nunca fui muito boa nessa de despedir, acho que ninguém naturalmente o é. Não somos ensinados a nos despedir, somos ensinados a ficar. Mas tudo/todos  se vão, então porque não estamos falando disso? Temos o costume de dizer que nunca sabemos quando será a ultima vez, mas ás vezes a gente sabe. E sempre o é.
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 44 - Retroativo - Oceano
“As curvas do seu corpo se encaixavam e deixavam minhas mãos delizarem leve e lentamente, contornando seus ãngulos. A pele ainda úmida de suor, oferecendo resistência ao movimento, clamando um toque permanente, intenso, pesado, porém minhas digitais apenas passeavam, sentindo sua pele pedir mais do meu calor. Meus olhos seguiam minhas mãos enquanto sua pele se arrepiava e leve espasmos dela me faziam sorrir. Deixei minha mão subir até seu ombro, pescoço e a peguei me encarando, com a cabeça afundada no travesseiro fofo, um olho tampado pelo tecido, enquanto o outro me olhava fixamente. Teu olhar azul me roubou da realidade, e por um instante eu me perdi no seu brilho azulado que sustentava minha mente que vagava no seu interior. Um elogio vazou dos meus lábios, e os seus se deitaram em um sorriso, seus olhos se encheram, brilhando feito oceano em manhã de feriado. Teu corpo aproximou-se, buscando encaixe, deixando-se encostar em minha coxa, molhando minha pele enquanto sua respiração cantava no meu ouvido, transbordara feito oceano.” -sys
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 43 - Texto Retroativo - Laje
“O olhar dela segurou o meu enquanto ela caminhava entre as amigas que conversavam e riam na entrada do bar. Fisgada, deixei minha sobrancelha subir e ameacei um sorriso, péssimo cumprimento, aliás. A mão dela levantou em um aceno rápido, porém o suficiente para a amiga ver e seguir o olhar até me encontrar segurando um pintch de chopp artesanal IPA geladíssimo, especialidade da casa. A amiga fechou o rosto e virou-me as costas, permanecendo entre o caminho dos olhares, roubando o foco que eu tinha. Insisti em conseguir um desvio, porém todos os olhares dela que me alcançavam seguiam em seguida ao chão. Observando a situação, um amigo tocou meu braço 'O que rolou ali?'. Mantendo o olhar nas meninas, repliquei, 'Sei lá, essa menina ta viajando.', dei mais um gole na bebida, que desceu refrescando a mente, 'Ah, falo mais nada.'. 'Mas qual é a brisa dela? Não da amiga, dela.', desviei das meninas que ainda permaneciam na mesma posição, 'A Carol viaja, na real.'. Ele tocou meu braço, insistiu 'Eu não perguntei da Carol, to falando dela. Que a Carol ta marcando em cima eu vi da outra vez.'. 'Nem tem o que explicar. Vamos lá pra laje, nem quero problema, to na minha de boa aqui.'. O copo esvaziou tão rápido quanto se encheu. Aquele lugar tornara-se meu favorito rapidamente por todos os motivos possíveis, a vista da laje da cidade noturna enquanto a música rolava eram a cereja do pub. Encostada na sacada, fumando próximo ao palco do primeiro andar a vi se aproximar, dessa vez sozinha. 'Posso fumar contigo?' ela sentou na sacada ficando um pouco mais alta. 'Vai arrumar problema com sua amiga...', antes do fim da frase ela acenava a cabeça de um lado pro outro. 'Não é contigo, mulher. Sabe disso.', -sei?-, 'Você sabe a história toda. Ela só ta tentando me cuidar,', a mão dela tocou a minha pedindo o cigarro de palha, 'Não é contigo.'. Eu a encarava enquanto ela soltava a fumaça densa entre os labios enquanto segurava meu cigarro de palha na boca. 'Não sei, mulher.', confessei. 'Ela viu como eu fiquei após o término e viu também como fiquei quando nos aproximamos. Ela sabe o que rola e tem medo que, bem... Você sabe.', pausou e encheu a boca de fumaça, deixando vazar enquanto complementava, 'Só esta preocupada.'. A mão dela alcançou a minha, dessa vez sem cigarro, apenas deixou repousada na minha. 'Confia.' Meu olhos desceram a mão dela e subiram aos olhos dela, que me liam por inteira. 'Ela sabe que tu tá aqui?'. O sorriso dela se abriu, 'Duvido que suspeite que eu estaria em outro lugar.'. Peguei o cigarro de volta e deixei a fumaça clarear, seguido de um gole de cerveja. Ela ainda me olhava firme com um sorriso de lado nos lábios.”
-sys
//Eu raramente gosto dos meus ensaios em primeira pessoa, mas esse tá guardadinho tem um tempo aqui..
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 42 - Avulso - Quero
"Quero muito. Não sei se vamos repetir o que aconteceu, mas eu quero. Mesmo sabendo que nada se repete. O que me mata neste momento é isso: Saber que poderia ser ainda melhor se tivéssemos outra chance. Porque, confesso, eu tenho certeza que seria. Eu sinto com cada pedacinho do meu corpo. E que dessa vez acontecesse em um local onde não fosse preciso pensar nas horas ou no que acontecia à nossa volta. Apenas sentir o momento. Os meus olhos tentando desviar dos teus porque... Ah! Você me despe com seu olhar. Desde a primeira vez me vi nua com eles cruzando os meus. E você se entregando aos meus, que tentavam dizer tudo o que a boca não podia. E deus sabe como essa troca de poderes mexeu comigo. Será que você se dá conta de que tem esse poder sobre mim? Eu sinto minhas bochechas ficarem vermelhas, num misto de timidez e desejo. Agora mesmo olhei seu sorriso na foto, e fechei os olhos imaginando nossas bocas juntas. Meus braços ao redor do teu pescoço. Meus dedos entrelaçados nos teus cabelos. Ainda sinto o cheiro deles, sabia? Teus braços apertando a minha cintura como quem precisa sentir a textura dela pra poder viver em paz outra vez. Eu tentando dizer no teu ouvido o quanto isso tudo é loucura, enquanto você me acusa de usar uma voz sexy. A gente rindo este nosso riso tão íntimo e você me conta das vezes que tem se tocado pensando em mim. Então pego tua mão e coloco no meu peito. Você sente o meu coração explodindo. E também minha respiração deixando meus seios quentes, subindo e descendo, sob o teu olhar atento, faminto. Depois a coloco entre as minhas pernas, pra você sentir ao vivo o que a tua voz provoca em mim. E o toque dos teus dedos faz meu corpo contorcer. Você me pergunta o que mais poderia fazer para eu ter certeza que posso confiar em você. Respondo que quero ouvir sua voz gemendo enquanto chama meu nome. Quero muito."
- Thais Steimbach //O texto não é meu, mas eu fiquei apaixonada por cada letra dele quando recebi por dm. Ele vem do ig @me_lambelambe Ps. Eu sei que to bem afastada, e tem até uns escritos bacanas, tentarei ser mais assídua. Ou não. Mas tentarei. 
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 41 - Retroativo - Patchouli
“A movimentação da cachorra puxando o cobertor lhe resgatou do sonho. A janela estava dourada pelo sol que insistia no pedido para entrar no cômodo. Enfiada no cobertor a cachorrinha a encarava pedindo autorização. "Vem!", e ela pulou no peito da dona como de costume. O novo ciclo se iniciara e trazia a mudança de lua junto. Deixou os raios do sol da manhã invadirem o quarto e tomar conta de cada detalhe. O incenso de patchouli aromatizara o quarto pela madrugada e ainda havia vestígios adocicado no ar. Ajustou os fios desarrumados pelo sono e encaminhou-se pra cozinha, de onde vinham vozes tão conhecidas. Juntou-se ao chá já feito, pegou um pedaço das sobras e acendeu sua palha. Atualizou-se dos assuntos da noite anterior. O dia se repetia na mente. A ressaca não viera, a água sempre lhe salvava desses momentos. A risada alta destacava e convidava a sorrir. As palavras da noite anterior na fogueira lhe repetiam a mente. As frases já repetidas da tiragem de cartas. Os pontos já conhecidos. O caminho aberto a se trilhar. Encheu a xícara com mais chá de camomila com artemísia. Outro incenso fora aceso; canela. O sorriso lhe vazou os lábios com a lembrança querida. Fora um bom fim de ciclo e um melhor a esperava a porta. Os astros estavam a seu favor, a lua havia findado um ciclo, vênus alcançou seu domicílio e o sol lhe aninhava em um novo ano. E decidiu-se mergulhar naquele presente.”
-sys
//Os olhos brilham quando a gente tem um novo ciclo pra recomeçar e calmaria desacelerar a nossa vida...
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sketchpadnstuff · 5 years
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Paradoxo Mítico
“Ama-la ou i'na? Semana na low Vida, ou ina? Vou entrar, pra tá patroa e tal Com meu nome, my name vou me elevar Me elevar, my name é meu nome lá Que esse voo sai já, eu já vou entrar, vou entrar Problemas lá, somem lá Deixe a janela que eu sei que você quer me levar Pra cima é uma boa e mais Disse que o amor tem valor e mais Que essa maluca balançando a bunda linda Se ver, fuma maconha e pipe Ê, mas sei que o amor é mais Pensa que o amor não acabou e vai Oh yeah, pensa no amor e bye Sem nem choro memo, acabou e vai Ei, pensa que o amor não acabou e vai Ôh gyal, pensa no amor e bye Sem nem choro memo, acabou e vai Ôh gyal, pra dar valor e main Mala pronta, acabou e vai Maconha acabou e mais Semana fazendo my money
Vou me mudar pro Caribe Desejo o melhor pra você Juro que nunca vou te esquecer É que eu vivo em outro ritmo Num paradoxo mítico”
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 40 - Texto Retroativo - Promessas e Despedidas
”A despedida na noite anterior havia sido planejada, meticulada e corrida. Quisera ficar mais, aproveitar o ultimo instante com ela. A mesa da noite anterior estava cheia, com o atraso no trabalho, conseguiu apenas uma cadeira distante. Os olhares se cruzaram quando ele entrou e cumprimentou os presentes até onde ela esta sentada lhe sorrindo. No abraço, as mãos passearam discretamente pelas costas, terminando firme na cintura. Um olhar cúmplice e cada um sentou no seu lugar, distantes. A conversa de longe era sobre outro assunto, tentaram distrair e manter o foco longe do contato visual. Após as bebidas, algumas pessoas partiram, conseguiu um lugar mais próximo, porém era a despedida dela, todos estavam ao seu redor e buscando sua atenção. Os olhos dele permaneciam discretos, no espaço que lhe cabia. O celular sinalizou. Não poderia ficar até o final da despedida. Teria que se despedir na frente dos presentes. Juntou todo o ar que lhe cercava em uma respirada profunda de coragem enquanto deixou o corpo ir até o outro lado da longa linha de mesas encaixadas em fila. Ela tirava fotos e despedia de um outro rapaz. Com o canto dos olhos fisgou o olhar dela e o assunto entre ela e o outro esmaeceu. 'Não, não vai agora..'. O sorriso lateral dele escapou por perceber como ela estava afetada com a despedida e se questionou-se se alguém perceberia a conexão nos próximos minutos. 'Eu preciso ir. Mesmo. Sabe que eu ficaria e fecharia o bar como já fizemos', forçou um riso que não quis sair. 'Tira uma foto comigo, então.', disse ela enqaunto puxava o celular do bolso e virava a camera para eles, já com um braço encontrando as costas dele. Sorrisos registrados em uma sequência de fotos. Após algumas frases de despedida formal, estava ele dentro do taxi para casa revendo as fotos e relutando contra a mensagem recebida que cortara seu momento. Abriu a conversa dela e digitou sua despedida particular. Enviou o texto junto a uma foto de ambos bebendo em uma mesa de bar barato. Bloqueou a tela do celular e deixou os pensamentos irem embora pra outro país junto com ela. Ele sabia que não iria durar desde o início. Sabia que não era certo o que tinha acontecido entre eles e que aquele segredo era de estado e alimentaria apenas os envolvidos. Se permitiu despedir das memórias enquanto via o caminho pra casa. A tela do celular acendeu, ela respondera. Um riso lhe escapou imaginando ela no bar, entre os convidados remanescentes da despedida, disfarçando a leitura e fingindo ser uma mensagem casual. Deixou-se rir alto. Ela ria na mensagem, agradecia, e, ao final, deixou a promessa de cobrar o que ele havia prometido a ela. O olhar dele desviou da tela para a janela do carro. Promessas são amarras perigosas, sabia bem. Deixou o celular apagar-se sozinho e manteve os olhos na cidade que passava.”
-sys
//O sumiço foi causado porque eu esqueci o email de acesso..
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 39 - Texto Retroativo - Mais um trago, pf
"O celular vibrava no bolso. Alcançou o no bolso e trouxe a tela a visão; não era a notificação que esperava. Não mais. Deslizou a notificação pra esquerda e retornou o celular no bolso traseiro da calça jeans. A noite estava fresca, céu estrelado, não quis atrapalhar o foco com memórias. Sussurou uma música para espairecer os pensamentos que nem deveriam estar ali. A sua frente encontrou olhos que lhe miravam e seguiam em sua direção decididos, sustentou. 'Você tem isqueiro?', a voz doce e forte, com uma pitada de interesse, lhe tomou a atenção. 'Tenho sim', alcançou o fogo a moça que já estava com um baseado muito bem bolado na mão. A brisa leve contrária a posição da chama insistia em não deixar a brasa avivar. Riram juntas. 'Te ajudo'. Aproximou-se, talvez mais que o suficiente, para abafar o vento, fazendo uma barreira com as mãos contra o vento. A chama carburou o beck. A tragada foi lenta, densa. Olhava a mulher sentir a fumaça invadir o corpo e transparecer o efeito do primeiro trago, com os olhos fechados. Molhou os lábios inconscientemente. Desfez a barreira contra o vento, porém permaneceu próxima, a observar a moça curtir a tragada. 'Você quer?'. Que pergunta ambígua, jeovah. 'Se eu aceitar, vou querer mais', deixou o pensamento vazar. A fumaça vazou lenta dos lábios da moça, enquanto ela sorria aberto. Sustentando o olhar, a mulher deu passo pra trás, deixando as mãos alcancançarem a da outra, enquanto o corpo encostava na parede e convidava-a. Ela deixou o corpo ser puxado, encostando uma mão contra a parede, passando pela lateral do rosto, acima do ombro da jovem maconheira. Deixou o rosto se aproximar, os lábios quase se tocarem e um sussuro vazou. 'Me da um trago antes', pediu antes de seguir em frente. A mulher sorriu, sem afastar o olhar, erguendo o baseado a altura do rosto. 'Deixa que eu te passo', levantando o rosto, deixando o pescoço a mostra, próximo a boca que esperava o beck. Deu uma tragada forte, um sorriso de canto e deixou seus lábios tocarem no da outra, enquanto a fumaça invadia a boca da outra que puxava o ar denso e úmido. Os olhos se fecharam, a fumaça lhe saiu pelo nariz, junto com um sorriso entre lábios. O gosto molhado se juntou ao beijo entre fumaça."
-sys
//‘um gole pra quebrar o gelo, um toque pra sentir a pele e um trago nesse meio tempo..’
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 38 - Retroativo - Arcano III
“A movimentação da cachorra puxando o cobertor lhe resgatou do sonho. A janela estava dourada pelo sol que insistia no pedido para entrar no cômodo. Enfiada no cobertor a cachorrinha a encarava pedindo autorização. "Vem!", e ela pulou no peito da dona como de costume. O novo ciclo se iniciara e trazia a mudança de lua junto. Deixou os raios do sol da manhã invadirem o quarto e tomar conta de cada detalhe. O incenso de patchouli aromatizara o quarto pela madrugada e ainda havia vestígios adocicado no ar. Ajustou os fios desarrumados pelo sono e encaminhou-se pra cozinha, de onde vinham vozes tão conhecidas. Juntou-se ao chá já feito, pegou um pedaço das sobras e acendeu sua palha. Atualizou-se dos assuntos da noite anterior. O dia se repetia na mente. A ressaca não viera, a água sempre lhe salvava desses momentos. A risada alta destacava e convidava a sorrir. As palavras da noite anterior na fogueira lhe repetiam a mente. As frases já repetidas da tiragem de cartas. Os pontos já conhecidos. O caminho aberto a se trilhar. Encheu a xícara com mais chá de camomila com artemísia. Outro incenso fora aceso; canela. O sorriso lhe vazou os lábios com a lembrança querida. Fora um bom fim de ciclo e um melhor a esperava a porta. Os astros estavam a seu favor, a lua havia findado um ciclo, vênus alcançou seu domicílio e o sol lhe aninhava em um novo ano. E decidiu-se mergulhar naquele presente que o mundo lhe dava.”
-sys
//Ando em uma brisa errada de não gostar de nada que eu escrevo. Fica tudo salvo nos rascunhos, mas como fazia um tempo que eu não postava algo e quero manter uma periodicidade, mínima que seja, resolvi publicar.
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 37 - Texto Retroativo - Risoto
"O cheiro da cebola fritando na manteiga junto ao alho aromatizava a cozinha junto ao tomilho e manjericão fresco e uma pitada de sal. Ao lado da caramelização, a água cozinhava os legumes, criando o caldo puro, levemente amarelado e denso devido a batata baroa e a abobrinha madura. Levemente a colher de pau envolvia o caldo, enchendo os legumes com água e extraindo sabor. Adicionou os cogumelos a cebola, alho e ervas enquanto abaixava a braza do fogo. O arroz a aguardava ao lado dos outros condimentos e da taça de vinho branco demi-seco na tábua de pedra. As finas fatias de alho-poró juntaram-se ao refogado e um vapor cheiroso inundou o ambiente quando algumas gotas de água tocaram a panela quente. No caldo, a cenoura já estava macia, era a sinalizadora do ponto do caldo. O fogo desligou-se porém manteve os legumes curtindo na panela abafada pelo calor pós cozimento. O arroz encorpou junto ao refogado enquanto a colher envolvia a manteiga nos grão junto aos cogumelos e temperos fritos. O som dos grão levemente fritando em contato com a temperatura convidada o vinho a dança. O álcool subiu ao se juntar ao arroz no fogo baixo. O caldo observava, esfriando levemente, enquanto os legumes boiavam na superfície junto a cebola roxa cortada e  as folhas de orégano e louro frescas. O álcool havia sido expulso pelo calor e os grão de arroz já apresentação uma coloração mais alva, enquanto o cogumelo engordava com os temperos. Lentamente a concha se encheu de caldo e encorporou ao arroz refogado no vinho branco, misturando os sabores. O fogo baixo fervia o caldo e fazia os grãos de arroz saltirarem entre si em bolhas eferverscente de vapor. O cozimento lento chamava mais uma concha de caldo que invadia a panela de caldo, desviando-se dos legumes que ali estavam e se deixava envolver no arroz quase cozido. A densidade do caldo junto ao amido do arroz tornavam-se creme. As bolhas já não estouravam mais, e delas saiam apenas o cheiro do cozimento finalizado. O cogumelos tomaram lugar na profundidade e superfície, seguidos pelas tiras de alho poró que abraçavam os grãos de arroz envolvidos pelo creme. Ao lado do fogão, o estalo inconfundível do lacre tomou espaço, seguindo pelo líquido dourado que enchia dois copos americano, deixando um dedo de espuma no limite do vidro. O jantar estava pronto."
-sys
//eu AMEI escrever esse texto. 
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 36 - Texto Avulso - Vícios
“O cheiro da fumaça provocava entrando pelo nariz e atiçando a mente. Os olhos fisgados nos movimentos do rapaz de vermelho em frente a caixa de som, dançando com os olhos fechados e a alma solta. Os lábios secaram pedindo que fossem umidecidos e aprazeirados com o tabaco que estava forte no ar e o gosto . Havia a poucas semanas decidido se afastar do vício, mas aqueles ambientes o provocavam; e ele amava aquela sensação, liberdade. Em uma dança do outro rapaz, viu as mãos dele se erguerem e a beirada da cueca aparecer, provocando seus instintos. Engoliu em seco e as mãos agitaram em desejo. Vício. Mais um gole na bebida e se deixou aproximar do rapaz que mexia a cintura e deixava os braços passearem pelo ar, livres. Inspirou a fumaça que pairava no ar, o coração acelerou com o pouco tabaco ingerido, fechando os olhos e deixando aquele pouco ar carregado entrar em seu corpo. Nunca fora bom em se controlar; as mão suaram e os olhos voltaram as costas de camiseta vermelha, subindo olhar até a nuca, o cabelo misturado ao suor; sentiu a excitação próxima. Entre a fissura na nuca do rapaz, encontrou-o virando, fitando seus olhos fixadamente, seduzindo. Sustentou o olhar, sabia o que queria. O rapaz de vermelho não desviou, deixou os braços alcançarem-o e o puxou para o contato. O sussurro pós quentes amassos entre a dança deixou as palavras diretas ‘Dorme comigo hoje’. Um sorriso estampou o rosto do outro rapaz, que desconversou 'Você fuma?’. As mãos bagunçaram o cabelo buscando uma resposta sincera 'Tenho tentado parar com vícios. Alguns.’. As costas vermelha encostaram no seu peito e sentiu a cintura do rapaz mexer contra seu quadril, seu músculo enrijeceu e deixou a mão deslizar na coxa do rapaz. Os cabelos umidecidos de suor lhe tocaram a lateral do rosto, inclinado para trás o rapaz o provocou 'Alguns? Qual outro vício tem? Jogos? Bebida?’. Deixou as mãos subirem das coxas, passando próximo a virilha até a cintura do rapaz, voltando o suficiente para a mão ficar por baixo da camiseta vermelha e encostar na beirada da visada cueca, soltou entre o desejo 'Sexo.’ O rapaz afastou o corpo e virou-se de frente, 'Mas de sexo eu também gosto. Todo mundo gosta.’. A mão solta por impulso pelo afastamento alcançou novamente a cintura do rapaz, puxando o novamente para perto, colando o corpo suado ao seu, deixando a perna encostar no membro do rapaz 'Dorme comigo hoje’. Com o corpo colado e sentindo o enrijecimento contra o corpo, o jovem de vermelho deixou a mão descer pelo peito até a virilha, apertando o pau duro com força, 'Me liga amanhã’. Segurou a mão do rapaz de vermelho em seu músculo, 'Hoje’. Um sorriso brotou no rosto do outro rapaz, 'Você realmente não se controla, né?’. Ainda segurava a mão do rapaz em seu membro, mexeu a cintura contra o outro, 'Não, esse vício não’.”
- sys
//cigarrets after sex Ps. Nem re-li, provavel erros; depois reviso. 
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 35 - Retroativo - Aurora Precursora
"As folham a se quebrarem com os passos calmos que se aproximavam tomou-me o foco. Seguia com o som abafado de toques repetidos entre cimento e folhas secas. Meu olhos ergueram junto a minha curiosidade simples, fazendo a fumaça, antes jogada ao chão subir pela face. Um senhor se aproximava sorrindo, com sua muleta, a me olhar. Os pensamentos antes tão distantes esvaziaram-se e se deixaram entreter por aquela pessoa que me sorria e encontrava no meu rosto um sorriso de volta. Meu cigarro baixo levantava um leve contorno de fumaça bem definido, aguardando o próximo trago. Seus passos pararam na minha frente e o assunto tirado do bolso com coisas guardadas e sem um motivo aparente me tomou. O senhor sorria e saudosista relembrava o passado na terra onde nascera, as culturas e o momento atual que vivemos. Minha luas astral encorajava suas lembranças. Contou-me também sobre seu filho, 'jornalista que não havia escrito artigo nenhum', em suas palavras. Ensinei-lhe a palavra 'pseudo', pseudo-jornalista, curiosamente não fazia parte do dialeto do orgulhoso e vivido sulista. ele me entregou ensinamentos sobre sua cidade natal, seus avós e irmãos. Contou-me a infância e os primeiros amores. Alegrou-o a troca de aprendizado. E entre risos e despedidas que não findavam com emendas de assuntos e sorrisos o senhor, finalmente, partiu. A palha não exalava mais fumaça, taquei-lhe fogo em um trago de caminhos cruzados e novos aprendizados."  
-sys
//Mal sabe ele o quanto aprendizado eu recebi com a oferta daquela nova palavra a seu vocabulário. Até um trecho do hino e história do Rio Grande do Sul eu aprendi, gente. 
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 34 - Avulso - Formigue-se
"O café esfriava enquanto os olhos calmos pousavam em uma formiga que insistentemente levava um farelo de biscoito com o dobro de seu tamanho. Deixou-se acompanhar aquele momento até o suave cheiro de café lhe roubar a atenção. Sua mão encontrou a cestinha de vime com adoçantes e açucares no centro da mesa, porém desistiu; o dia precisava de um amargor que o trouxesse a realidade. Levou a xícara aos lábio e sentiu o líquido queimar a ponta de sua língua. A leve queimadura perduraria incomodando o restante do dia, lhe passou o pensamento. Uma breve mexida com a colher forçaria o ar frio permear o café quente. A formiga havia caminhado um pequeno trecho sofrido com o peso e a brisa lhe forçando o árduo caminho. Dessa vez o café molhou toda a boca, escorregando leve, amargo pela garganta; a língua sensiva a queimadura o incomodou. Outro gole amenizando o sono trazendo os efeitos da cafeína ao corpo, sentiu as mãos relaxarem e em seguida o sangue agitar, a pálpebra abriu alerta e o corpo amanheceu. O dia havia, literalmente, começado. O farelo que a formiga tentava carregar estava abandonado, e uns centímetros a frente, ela caminhava com um pedaço menor de biscoito, dessa vez, carregando-o em linha reta, sem o peso em excesso a lhe ferir e atrapalhar seu caminho. O momento o consumiu e se deixou absorver a bio-inspiração ali presenteada. Arrumou o cabelo caído para trás, umideceu os lábios e alcançou a nota com o valor do pedido. Alcançou o ultimo gole do café nos lábios e uma careta vazou do seu rosto. Mudança de paradgmas. Café frio."
- sys
//Como diz a maravilhosa pensadora contemporânea Minha Mãe: 'As vezes a gente insiste em segurar algo por querer tanto aquilo que nem percebe o quanto o segurar causa dor e fere as mãos. Solte. Mãos livres atraem novas oportunidades.'
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 33 - Retroativo - Chama
"Frequência alterada, o corpo vibrava influenciado por todo o redor. As mãos movimentavam rápidas enquanto as luzes dançavam no ar e esbarravam nos olhos já vermelhos. Sentiu um esbarrar da direção errada e permaneceu no expectro. A mão acenando surgiu-lhe em frente a vista, o reflexo levou seu rosto ao encontro já conhecido daqueles olhos verdes enquanto o sorriso lhe escapava os lábios. O evento se aproximava do fim e outros rostos foram rostos, enquanto o conformismo cobrira a expectativa daquele momento, que se mostrava viva nesse findar. A posição estratégica havia surtido efeito; chamara-lhe a atenção. O controle fora das mãos entregou, e então deixou-se ser entregue com/de todas as ansiedades e sonhos bobos sobre aquele momento. Sentiu o coração descompassar ao sentir o outro no mesmo descompasso e um sorriso mútuo vazou entre o enlace."
- sys
'Por querer-te perto, aprendi a distância, dos teus sopros esbanjar meus cabelos. Sou mirrado, flores, germino pétalas no asfalto coração vagabundo da altura da lua, a morte'
//A vida, gente, ela é uma doidera. E nos surpreende demais. Real.
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 32 - Texto Retroativo - Seis
"A movimentação dos carros animavam a vista noturna da sacada do alto andar. Apoiado na grade fixa, olhava a fumaça do cigarro se perder no vento. A cabeça em paz trouxe a mente memórias não muito distantes, porém tão deslocadas em um momento presente. Ajeitou a franja que pendia no rosto, levantou-se e acompanhou com os olhos um motoqueiro que costurava entre os carros. Mais um trago e a mente permanecia em paz, trazendo um sentimento de nostalgia e gratidão. Deixou os olhos fitarem a frente, o horizonte, mas não encontrou um encontro de montes com um por do sol no meio, apenas a cidade a o observar. Uma respiração funda, deixou os olhos se fecharem e projetou toda aquela energia para seu paradeiro. Sentiu o vento tocar seu rosto, buscar cada sentimento bom e levar até aquele momento passado. Mais uma tragada, a pressão reduziu, porém permaneceu com os olhos fechados focando no horizonte mental, no envio de energia. O calor de uma mão em seu ombro o trouxe de volta. 'Mais uma ai?', a voz trazia uma garrafa branca gélida linda. Olhou o copo ao canto da sacada vazio. 'Opa!', alcançou o copo e o observou ser enchido de líquido dourado ouro. 'Tá faltando um pro truquinho, bora.', o convite apeteceu. 'Show!', um trago após um gole gelado, fitou o céu, deixou seu sorriso torto vazar. Envio de energia concluído por hora. Que seja vida. Que seja truco."
-sys
//É algo que tenho feito, boas energias aos bons momentos vividos. E viver os momentos presentes. Gratidão sempre. Se a vida pede truco, mostre as cartas. Peço seis.
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 31 - Avulso - Sementes
"Saudades é um sentimento que pertence a quem a sente. É sua a totalidade da culpa pelo que sente. Os momentos que compõe a falta foram especiais pra você e a expectativa ali investida foi feita por você. É você quem cria, alimenta, cuida, vive a Saudades. Tem-se essa sensação que a Saudades é um sentimento recíproco, que o que você sente falta, também sente falta de você. Que as expectativas que você tem, são de comum aceite para aquilo onde depositou as suas expectativas; mas não o é verdade. Mas é esse o ponto, são suas expectativas. Te pertencem. E somente a você.
Cuidado onde deixa sua Saudades criar raízes, e como a alimenta. Saudades bem adubada cresce muito, rende. Sai do controle do domador. Saudades pequena, filhote se satisfaz com pouca ração/razão. Uma foto, música, comida, é fácil mante-la satisfeita sem causar maiores incômodos. Ela precisa de ajuda pra comer sozinha, você a incentiva e é até fofa quando ela chora. Uma Saudade adolescente é rebelde, não se contenta com apenas uma foto, com pouco. Adolescente é sedento, revoltado e, em certos momentos, até não-racional. Não lhe basta apenas os alimentos da infância, tem-se que regar com uma dose de loucura para sacia-la. É a fase falso-perigosa, porque é quando ela é mais agitada e achamos que, pelo período dramático, a mais revoltada. Porém é nessa fase que é necessário o controle e recompensa. É nessa fase que a racionalidade é excepcional para a educação. É o ponto de decisão, quem passa pela Saudades Adolescente tem dois caminhos e é muito difícil escolher qual seguir. Adulta Madura é a fase após a Adolescência. É o momento que a razão fez seu papel e educou muito bem a Saudades revoltada. É madura, sábia, prática. Não causa maiores surpresas, possui sua constância, sua alimentação é balanceada e tem-se um retorno conforme as expectativas investidas. O maior trabalho exigido nessa época é a manter a continuidade, sem exageros, sem reduções. Apenas manter. Como todo adulto, há também a fase Saudades Adulto Extrema. Ela aparece quando não se mantem a alimentação correta da Saudades Adulta. Se há uma redução na alimentação, ou um exagero, dificilmente a racionalidade conseguirar segurar a Saudades. E uma Saudade desenfreada causa danos onde toca. São palavras que não deveriam ter saído, pensamentos momentâneos, dor por distância, abstinência. É preciso voltar ao controle das rédeas o quanto antes possível. E de imediato iniciar o tratamento de danos. Respiração profunda. Uma música tranquila. Um abraço de amigo. Um tempo a sós. Um sorvete também ajuda. Reduzido os danos, vem o momento de retorno de via, virar a direção ao conforto da constância novamente. Retornar aos trilhos. Uma boa dose de razão é imprensidível nesse momento. E pequenas doses de esperança, um alimento leve de preferência. Nada de exageros ou exercícios pesados. Aos poucos, retorne a Saudades ao seu estado de controle. Abuse da segurança, isso mantém qualquer Saudades satisfeita, sem sacia-la completamente, mas manter o controle de forma rápida. Há dois fins possíveis a Saudades. O primeiro é a desistência de seu dono de mantê-la. Acontece com frequência. É complicado manter Saudades saudável. E nem todos possuem os alimentos que ela precisa. Alguns abusam, exageram, faltam, somem. Não há Saudades que aguente. Ou dono que suporte. Diante dessa situação, é melhor a morte da Saudades que a desestruturação de seu criador. É triste, porém as vezes é a melhor saída. Nem toda Saudades cresce com boas raízes ou tem uma boa fase filhote. Algumas morrem cedo, ainda sementes, mudinhas. Outras são mal alimentadas durante tanto tempo que os danos causados levam anos a cicatrização. Entretanto, há Saudades que finalizam seu tempo por saciação e, honestamente, é o período mais lindo das estações. Nada como a primavera, flores e frutos frescos e suculentos de uma Saudades bem adubada e muito bem cuidada. Não acredito que haja melhor sensação ao criador do que ver sua plantinha alcançando seu auge, para assim, despedir-se. É lindo! Cada Saudades tem seu tempo, sua alimentação, seus alcances. Cabe a nós observa-la, cuidar e oferecer as melhores condições para o florescer. As vezes a semente realmente não é boa, devemos seguir e não ignorar as pequenas Saudades. Saudades de amigos, abraços, pessoas, lugares, sensações, sorrisos, momentos. Há Saudades que nunca morrerão, e é necessário cuidar com atenção delas. Algumas Saudades nos fazem bem, que é o ponto primordial de se manter ou finalizar uma Saudades. Se não lhe faz bem, siga seu caminho. Não alimente o que não te traz crescimento. Cuidado com Saudades do passado, elas tem um poder enorme de te prender nas memórias que a alimentam, e se não bem vigiadas, elas se rebelam ao domador e os consomem. Saudades não é pra qualquer um. Mas todos vamos encontrar sementes, ou até mesmo arvores enormes, na vida. Saibamos analisar quais valem nosso investimento, sanidade. Se você esta começando agora, eu sugiro um pé de feijão de início. Ou morangos."
--sys
//Faz um tempo que tenho esse ensaio guardado, me tem em uma fatia generosa.
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sketchpadnstuff · 5 years
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Fragmento 30 - Texto Avulso - re-Conhecimento
"Meu reflexo no espelho parecia não me reconhecer, aquele olhar não perdido não era usual dos ultimos tempos. Contei todas minhas perfurações e espinhas. Forcei algumas expressões e pude ver vida ali, em cada ruguinha que se formava, cada experiência vivida exposta ali tão nítida em mim. Um anúncio a tudo e todos, a vida parecia tão clara estampada na minha cara. Arrumei a sobrancelha que minha mãe dizia ser rebelde e estar sempre desarrumada, igual as da minha avó. E ali eu vi mulher. Eu me vi. E um sorriso sincero pediu pra sair dos meus lábios. Tímido, deixei-me ver o reflexo dele no vidro. Quis me acariciar. E o fiz. O caminho árduo passado estava estampado ali, mas apenas para quem soubesse ler. E por mais que minha caligrafia seja difícil, eu sei bem ler o que rascunho. E fez-se suficiente. Fiz me suficiente. E o sou. Sempre fui. E naquele espelho eu me re-conheci. Me admirei. Vi meu reflexo me sorrir e deixando a timidez, sorri de volta."
- sys
//Nesse reflexo eu vi um novo piercing também. Quem sabe. Fica no ar.
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