Tumgik
salforhell · 1 year
Note
burnt: how good a cook are you?
Quando se vive tanto tempo, há poucas coisas que não se conhece ao menos um pouco. Eu costumava cozinhar de maneira improvisada em fogueiras quando viajava ou no vilarejo, e com o passar das décadas, com o aperfeiçoamento da culinária e com a modernidade, pude aprender coisas novas, entretanto... Não tenho muito talento para fazer coisas doces. Arrisco a dizer, inclusive, que consigo fazer muffins letais e cupcakes tenebrosos com possivelmente algum tipo de veneno estomacal próprio.
Tumblr media
8 notes · View notes
salforhell · 1 year
Note
When was the last time you made somebody else cry?
Eu estava sentado ao lado do meu pai (o homem que tenho como figura paterna), e ambos olhávamos o primeiro alvorecer de inverno. O mundo parecia grande demais além das nuvens e da imensidão verdejante que nos cercava. Já havia tomado minha decisão, e acho que ele sabia, pelo modo como apreciávamos o silêncio partilhando uma garrafa de hidromel, pelo olhar levemente marejado, o nó na garganta e a maneira como organizara meticulosamente minhas coisas. Não seria apenas mais uma viagem para caçar. Não sabia se ali era o lugar o qual pertencia e deveria achar o meu próprio além das clareiras e das cavernas que dividia-nos do resto. Havia um sabor amargo e triste, e assim que terminamos a garrafa o sol já havia despontado com seu calor sutil na manhã álgida. Em silêncio, ele me deu um longo abraço, daqueles que só o amor fraterno de um pai pode proporcionar, e as lágrimas eram uma torrente que não pude impedir, nem Ivarr. Deu-me um amuleto de proteção, e pediu-me para não me esquecer de coisas banais como comer e dormir, e nem que possuía um lar. Era um garoto naquela época, e se soubesse como seria o futuro, talvez jamais tivesse partido.
Tumblr media
0 notes
salforhell · 1 year
Text
salazar.
0 notes
salforhell · 1 year
Text
𝚄𝚖 𝚁𝚎𝚝𝚛𝚊𝚝𝚘 𝚍𝚎 𝙼𝚒𝚕 𝙲𝚘𝚛𝚎𝚜 𝙳𝚎𝚜𝚋𝚘𝚝𝚊𝚍𝚊𝚜
Memórias são como pinturas, ou como páginas escritas de um livro interrompido ao sabor do tempo. Este, sempre consegue deixar tudo em tons de sépia, e dele, não se pode fugir; nem mesmo o coelho que se abriga em sua toca para fugir das raposas, ou o cervo que ao menor estalido toma os campos em uma fuga ao sabor do vento, ou quiçá o fugitivo que agarra qualquer esperança de se manter com sua liberdade. O tempo recai sobre todos, em cada segundo, a cada suspiro longo e qualquer ligeiro pensamento. Nos acompanha desde quando ainda estamos tomando a forma de um ser e desde o primeiro sopro de ar nos pulmões, lembrando constantemente a cada caminhar de um ponteiro que aquela narrativa está fadada ao fim em algum momento; e que enquanto saboreamos o doce e o amargo de viver, que enquanto amamos, rimos e somos tomados e preenchidos e desgovernados e governados e dilacerados e reconstruídos pelos sentimentos, pelas sensações e percepções, temos uma data final. Conforme os dias transcorrem como areia, a pintura aos poucos começa a ser corroída e as páginas do livro se tornam amareladas, permanecendo vívidas apenas aos que já apreciaram a obra. Todas são únicas, e acho que isso é o que torna a vida interessante.
Sabe... Aquele âmago que apenas vislumbramos através dos olhos de alguém, o infinito que as pessoas costumam guardar, repleto de nebulosas, galáxias e constelações. Nunca se pode conhecer tudo, mas sempre se pode apreciar o que é mostrado. Eu, porém, sou um livro com mais páginas do que o comum, daqueles espessos com letras pequenas e uma capa de couro que não é tão atraente assim e que certamente parece ser parte de uma enciclopédia. Acho que é uma descrição adequada. O tempo, porém, me acompanha com seus tons terrosos, roubando todas as memórias que se tornam turvas com o decorrer das décadas e dos séculos. Às vezes, esqueço quem sou e me perco dentro dessas constelações, e em algum momento em meio a essa dança initerrupta com a ampulheta, comecei a realmente escrever, para me lembrar de todas as pessoas e todas as memórias que não quero perder. Porque são minhas, e porque fazem parte da experiência bonita e efêmera que é existir, viver, fazer parte do processo criativo de jogar cores em uma tela e transformar em algo mais. Hoje particularmente me sinto melancólico. A bem da verdade, não há uma descrição para o sentimento, mas em toda minha simplicidade humana (ou não-humana), tento explicar em palavras.
Mais do que nos outros dias, sinto o dragão que queima e habita dentro de mim se rebelar, dilacerar meu coração com feridas profundas de um passado que realmente gostaria que o tempo pudesse desbotar. Ele anseia por se libertar, por voar sem rumo algum e isolar-se em qualquer lugar onde não existisse mais nada além da relva, abrigo e uma cachoeira e assim permanecer, ou enervar-se em chamas. Sinto falta de casa, da casa comunal, das noites de ritual, de caçar e de me conectar com o sagrado. Sinto falta do cheiro de especiarias, fumaça e incenso de Ivarr e de sua sabedoria rabugenta. Não sei quando comecei a me sentir deslocado, tão recolhido dentro de mim que lugar nenhum no mundo parece ser um lugar para se chamar de lar, por mais que haja saudade e por mais que goste de Nevermore.
Talvez tudo tenha sido desencadeado por frustração durante as pesquisas sobre o sangue sintético ou em uma solidão por sentir-me incompreendido, ou incapaz de ser compreendido.
Por mais que saiba que não deveria temer tanto, ainda sou reticente em me transformar, em deixar meu dragão emergir ou em assumir a forma crepitante em meu coração. Magin'guk ainda me assombra, bem como os horrores que alguém pode fazer para caçar a minha espécie. Nenhum lugar nunca é seguro. E ainda penso sobre aquele dia em noites insones como essa.
Meu chá esfriou.
5 notes · View notes
salforhell · 1 year
Text
Ведьмак | The Witcher (2019 - ...)
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
18 notes · View notes
salforhell · 1 year
Text
Deu um sorriso compadecido para a amiga, e por mais que gostasse de dias como aquele, sabia que era difícil para os vampiros, principalmente para ela que ainda se adaptava com aspectos de sua vida vampiresca. Ergueu-se e aproximou-se do carrinho de Kym, ainda com o sorriso jocosamente compassivo. "Bem, estou praticando nadismo, a prática de não fazer nada enquanto aprecio a paisagem bucólica." Riu brevemente, com olhos gentis. "Está indo para as aulas? Quer alguma ajuda?"
Tumblr media
@nvmrstarters
Era de sua natureza gostar dos dias quentes e ensolarados de verão, e bastou um olhar demorado pela janela enquanto terminava de organizar suas coisas, para decidir conhecer mais dos arredores de Nevermore e evitar pensar muito no caos que seria o começo do ano letivo. Certamente deveria aproveitar aquela calmaria enquanto ainda tinha a oportunidade de desfrutá-la. A brisa fresca, o cheiro da relva, as clareiras de luz e o som do farfalhar das folhas dissipou toda a tensão que viera com a mudança, que sempre era difícil devido aos seus instintos territoriais e apegado a lugares. Era mais fácil lidar depois de tanto tempo, mas nunca era simples e temia que jamais fosse. Respirou fundo ao recostar-se numa árvore, apreciando a tranquilidade e os sons naturais... pelo menos, era o que deveria ser. Ouviu um som alto, que soava como algum tipo de desastre criminoso contra sua tarde serena. Franziu o cenho, perguntando aos deuses por que Nevermore não dava uma trégua nem por 10 minutos. Tentou ignorar, Bahamut sabe que ele tentou, mas não havia como se concentrar no som das cigarras berrando ou dos esquilos travando batalhas contra as nozes, com o que se desenrolava logo atrás. Em um primeiro momento considerou o quanto valia a pena gastar seu réu primário naquela geração, pesou os prós (paz e sossego) e os contras (não haviam contras), mas, com um esforço homérico deixou suas vontades de lado e virou-se, buscando observar o que acontecia. "Por acaso aconteceu algum tipo de tragédia?" não era possível, só poderia ser isso. "Ou por acaso uma força do caos despertou e devemos nos preparar?"
Tumblr media
Ou comente uma frase aleatória para um starter personalizado. (up to 5)
12 notes · View notes
salforhell · 1 year
Text
Quando seus olhos se viraram para o que acontecia, por um momento não conseguiu entender exatamente o que a menina fazia, já vira muitas coisas em sua longa vida, mas certamente, nada como aquilo. "Ela está dançando, seu tolo" sussurrou Belphegor com seu timbre não-natural em sua cabeça. Quis rir, não da menina, mas do que ela fazia, entretanto, pelo contexto dela estar fazendo aquilo sozinha numa floresta afastada, talvez tivesse esse receio. Repentinamente, sentiu-se intruso num momento que parecia muito pessoal e quis ter voltado no tempo para impedir de ter atrapalhado aquilo. "Não, sou eu quem me desculpo, senhorita. Não quis atrapalhar o que fazia, parecia pessoal."
Tumblr media
@nvmrstarters
Era de sua natureza gostar dos dias quentes e ensolarados de verão, e bastou um olhar demorado pela janela enquanto terminava de organizar suas coisas, para decidir conhecer mais dos arredores de Nevermore e evitar pensar muito no caos que seria o começo do ano letivo. Certamente deveria aproveitar aquela calmaria enquanto ainda tinha a oportunidade de desfrutá-la. A brisa fresca, o cheiro da relva, as clareiras de luz e o som do farfalhar das folhas dissipou toda a tensão que viera com a mudança, que sempre era difícil devido aos seus instintos territoriais e apegado a lugares. Era mais fácil lidar depois de tanto tempo, mas nunca era simples e temia que jamais fosse. Respirou fundo ao recostar-se numa árvore, apreciando a tranquilidade e os sons naturais… pelo menos, era o que deveria ser. Ouviu um som alto, que soava como algum tipo de desastre criminoso contra sua tarde serena. Franziu o cenho, perguntando aos deuses por que Nevermore não dava uma trégua nem por 10 minutos. Tentou ignorar, Bahamut sabe que ele tentou, mas não havia como se concentrar no som das cigarras berrando ou dos esquilos travando batalhas contra as nozes, com o que se desenrolava logo atrás. Em um primeiro momento considerou o quanto valia a pena gastar seu réu primário naquela geração, pesou os prós (paz e sossego) e os contras (não haviam contras), mas, com um esforço homérico deixou suas vontades de lado e virou-se, buscando observar o que acontecia. “Por acaso aconteceu algum tipo de tragédia?” não era possível, só poderia ser isso. “Ou por acaso uma força do caos despertou e devemos nos preparar?”
Tumblr media
Ou comente uma frase aleatória para um starter personalizado. (up to 5)
nem notou que o professor estava por ali, mas quando o escutou, parou imediatamente o que estava fazendo. não costumava fazer isso em público, mas estava se corroendo em curiosidade. como poderia esquecer que música era aquela? de onde vinha aquele ritmo? começou a estalar os dedos, bater palmas, bater os pés, até imitar o som com a boca, mas só porque estava só. ou achava que estava… “depende do que você considera uma tragédia, mas, na minha concepção… não. desculpe o incomodo… eu não sei como, não notei você aí.” considerando que você é praticamente um armário, pensou, mas achou mais seguro não dizer isso.
Tumblr media
12 notes · View notes
salforhell · 1 year
Text
"Outra vez?" Olhou desacreditado para a mulher, esboçando um ar de de riso que não demorou a desencadear uma risada calorosa com as frases que se seguiram. Conhecia a professora pelas reuniões do conselho estudantil e pelo cotidiano, mas não sabia muito sobre a bruxa. Bom, de todo modo, não era do tipo que guardava mágoas, então, internamente a perdoou por interromper sua grande tarefa: fazer nada enquanto apreciava a natureza do dia de sol. Poderia o fazer com a companhia da colega. "Ainda os considero adolescentes, porque eles certamente são forças caóticas, às vezes até faço orações antes de entrar na sala de alquimia, para que ninguém seja transmutado por acidente, se machuque, perca partes, destrua a sala e, vez ou outra, pela minha sanidade mental." Pontuou, se colocando a pensar sobre o caminho que percorrera. "Bem, vindo pra cá não, mas pelas condições da terra, deve ter alguma erva do sonho aqui perto. Precisa para alguma poção? Talvez possa ajudar a procurar."
Tumblr media
@nvmrstarters
Era de sua natureza gostar dos dias quentes e ensolarados de verão, e bastou um olhar demorado pela janela enquanto terminava de organizar suas coisas, para decidir conhecer mais dos arredores de Nevermore e evitar pensar muito no caos que seria o começo do ano letivo. Certamente deveria aproveitar aquela calmaria enquanto ainda tinha a oportunidade de desfrutá-la. A brisa fresca, o cheiro da relva, as clareiras de luz e o som do farfalhar das folhas dissipou toda a tensão que viera com a mudança, que sempre era difícil devido aos seus instintos territoriais e apegado a lugares. Era mais fácil lidar depois de tanto tempo, mas nunca era simples e temia que jamais fosse. Respirou fundo ao recostar-se numa árvore, apreciando a tranquilidade e os sons naturais... pelo menos, era o que deveria ser. Ouviu um som alto, que soava como algum tipo de desastre criminoso contra sua tarde serena. Franziu o cenho, perguntando aos deuses por que Nevermore não dava uma trégua nem por 10 minutos. Tentou ignorar, Bahamut sabe que ele tentou, mas não havia como se concentrar no som das cigarras berrando ou dos esquilos travando batalhas contra as nozes, com o que se desenrolava logo atrás. Em um primeiro momento considerou o quanto valia a pena gastar seu réu primário naquela geração, pesou os prós (paz e sossego) e os contras (não haviam contras), mas, com um esforço homérico deixou suas vontades de lado e virou-se, buscando observar o que acontecia. "Por acaso aconteceu algum tipo de tragédia?" não era possível, só poderia ser isso. "Ou por acaso uma força do caos despertou e devemos nos preparar?"
Tumblr media
Ou comente uma frase aleatória para um starter personalizado. (up to 5)
12 notes · View notes
salforhell · 1 year
Text
A pena tinteiro deslizava com agilidade no pergaminho, desenhando combinações de símbolos de transmutação alquímica. Haviam muitos livros e papiros espalhados pela mesa de carvalho, abertos em páginas amareladas com inúmeras anotações. Havia cheiro de chá e incenso permeando o ambiente, bem como o som das gotas grossas de chuva castigando a grande janela da sala. A xícara ainda fumegava ao lado de um bule, exalando fumaça e trazendo conforto em goles longos para o dia frio de outono, os preparando para a próxima estação batendo à porta. O gramofone possuía um disco que tocava talvez pela sua segunda vez, e geralmente era naquele tipo de ambiente que gostava de trabalhar. A mente de Salazar se conectava melhor quando era envolvido por suas próprias peculiaridades, por seu próprio mundo. Havia tido evoluções nas pesquisas, ótimas evoluções na verdade, entretanto, ainda havia um caminho longo a ser percorrido, felizmente para ele, tinha todo o tempo do mundo. Após seu primeiro século, aquilo se tornou a razão para manter-se com o impulso e a ânsia de viver todos os dias e os apreciar, apreciar a vida e o presente bonito que ela era. Uma existência era parte de uma comunhão de todas as outras que coexistiam uma por causa da outra na natureza. Usar seu conhecimento adquirido e que constantemente buscava para ajudar outros excluídos, para tornar as coisas mais suaves em meio aos dias turbulentos, lhe fazia querer fazer tudo o que pudesse, e isso era uma das razões pelas quais estava ali em Nevermore.
Quem entrou por sua porta, entretanto, não foi o inverno, e sim Mateo, que era um aluno vampiro que o auxiliava provando os soros de sangue sintético e lhe dando informações para que pudesse dar continuidade à pesquisa. Haviam dias agendados para aquilo, e todos eles com as devidas autorizações e sinalizações. Estava tentando utilizar a alquimia para o fazer e tivera resultados positivos, mas aquele, não era um dia de testagem, e ao erguer os olhos concentrados para o jovem rapaz, percebeu tanta perturbação e angústia, que os olhos gentis do dragão se aprofudaram em uma análise rápida do contexto geral, Mateo tinha a pele orvalhada por um suor nervoso e uma postura tensa que se acentuou em sua última frase. Parecia à beira de um colapso, e sua moral jamais o permitiria sair dali alterado daquele jeito, correndo o risco de desencadear algo maior. E então, de analítico, tornou-se preocupado, genuinamente. O que acontecera para o deixar daquela forma? E como professor, por que nunca notara antes que tinha algo errado? Teria sido ele relapso? O pensamento lhe fez sentir uma sensação incômoda, que ignorou para focar no que realmente precisava de sua atenção. Tensionou o responder, porém, as palavras não se conectaram em uma frase. Suspirou, aquiecendo por um momento, mas não para o garoto, e sim pra si mesmo, sobre o que deveria fazer em um misto de preocupação resignada e culpada, sabendo que não deveria lamentar ter deixado de notar aquilo.
Tumblr media
Pousou a caneta no tinteiro e levantou-se o mais suavemente que conseguiu, evitando busquidões para não o deixar mais acuado ou despertar algum instinto defensivo do vampiro. — Está chovendo muito. Hoje. — Iniciou, buscando por uma segunda xícara de chá em um armário com os olhos, fazendo um sutil movimento com a mão e vendo a peça de porcelana adquirir uma espécie de rosto que jamais deixaria de ser cômico para si, e ir caminhando como em desenhos animados infantis para a mesa, seguida pelo bule que dava passinhos desajeitados após escorregar por um pergaminho aberto da mesa até o chão. A cada pequeno passo a tampa batia na borda em um som que lhe fez rir baixo, usando seu dom para o distrair e tirar sua atenção da porta. O bule olhou para a xícara e a cutucou com o bico, a fazendo inclinar o interior vazio e servir o chá de hortelã quente, e então voltar a forma imóvel natural. — Você já tentou provar outras bebidas? Gostaria de tentar chá de hortelã? — Sorriu pequeno, com o mesmo ar bondoso e afável que geralmente o cercava em momentos como aquele. — Se as músicas do vinil estiverem fazendo seus ouvidos protestarem, posso desligar o gramofone para que eles possam apaziguiar suas preocupações.
… i’m fired up and tired of the way that things have been
O sorriso de Mateo não chegava até os olhos, o caminho cortado pelo o que tinha feito noite passada. Tinha sido ontem mesmo? Cumprimentando quem passava ao lado nos corredores com um aceno e aquele inverdadeiro sorriso. Rezando, pedindo aos céus, de que a escuridão das íris normalmente castanhas não entregassem seu real estado de espírito. As mãos estavam limpas, mas carregavam manchas de sangue… Da violência que misturara-se tão bem à noite que deveria ser tranquila. Tanto descontrole… Tanta… Os dentes arderem com a lembrança, forçando a barreira que o González sempre erguia para não cair em tentação. Lutando e negando a nova vida que nunca teve oportunidade de escolher, de fugir… Seus passos ecoavam nos corredores, a mão empurrando o óculos decorativo para cima e esfregando os cabelos. Puxando e ajeitando, nervosismo crescente quanto a palma que caía sobre o peito e empurrava o crucifixo. Uma âncora, sim, Um lembrete do que vinha no final daquela jornada. E talvez seja por isso, pelo desespero naquela efêmera e delicada esperança, que Mateo irrompeu na sala de @salforhell​ sem se apresentar. Ele olhou, confuso e ansioso ao mesmo tempo, olhos vasculhando o que não achou de imediato. “Eu não- Acho que-.” Franziu o cenho e calculou os dias, tinha errado a data do experimento? “Perdoe-me, professor, confundi o calendário. É tanto… Tanta… Desculpe-me por interrompê-lo. Tenha um bom dia.” A pele retorceu por baixo daquele olhar e, se ainda pudesse, suor gélido se formaria na base do pescoço. Alguma coisa estava errada, sussurrou a besta em resposta, incitando-o a sair dali e voltar pelo caminho que veio.
Tumblr media
2 notes · View notes
salforhell · 1 year
Text
Tumblr media Tumblr media
Acolhemos orgulhosamente SALAZAR HELFIANNA em nosso corpo docente! Ele é um DRAGÃO que leciona na Casa APOLLO aos 39 [321] anos. Ele pode passar a impressão de ser PERSPICAZ e ARDILOSO, e talvez você o confunda com o padrão HENRY CAVILL, mas garantimos que é apenas uma coincidência.
CONNECTIONS + OPEN STARTER
About completa no read more ↓
ABOUT
TW: Sangue, violência, citação a antropofagia. 
Era quente. Não pelo verão exuberante ou as fogueiras repletas de histórias dos velhos dragões, mas sim pelas pessoas que constituíam o seu lar, era aconchegante e seguro e sem grandes preocupações. Desde jovem sempre foi habituado com a liberdade, de ser quem era, de se expressar. Vivia com todo o clã, que andavam juntos devido a grande quantidade de caça aos dragões, estes que atualmente eram uma raça quase extinta, e viverem juntos era a melhor forma de sobreviver. Eram remanescentes nórdicos ingleses que se refugiavam dentro de cavernas com passagens para matas e regiões intocadas pelas mãos gananciosas dos humanos. Treinavam desde jovens, aprendendo que o inimigo nem sempre é aquele que espreita na escuridão. Talvez fosse herança dos povos bárbaros, seus antepassados, que deixaram para eles, além de suas tradições, rituais e ocultismo, tinha aquilo, a força bruta. Para se doutrinar a mente, era preciso treinar o corpo, e toda aquela sabedoria pouco a pouco era passada para si através do xamã. Seus pais costumavam ficar muito pouco no clã, tendo em vista que sempre viviam em missões fora, descobrindo como estava o mundo, formando alianças, buscando por saberes que eram trazidos e compartilhados com todos. Nos seus primeiros anos, ficava com sua mãe, depois eles passaram a revezar para ficar consigo entre as empreitadas fora que surgiam; e um dia, se viu sendo deixado na cabana do homem velho com ossos e pinturas tribais na porta, no qual sempre teve medo. Bem, talvez aquela, por mais difícil que fosse admitir, tivesse sido uma decisão acertada. Não que seus pais não o amassem, eles o faziam, mas tinham um dever importante a cumprir, ainda que não soubesse a amplitude do que exerciam e nem todos os seus mistérios. Ivarr, o xamã, lhe ensinou a partir de então tudo que antes somente sonhara em aprender ao ver as crianças mais velhas treinando. Lhe ensinou ritualística e também lhe apresentou o panteão nórdico, bem como o dracônico. Física, química, alquimia, história, astrologia, combate, o princípio da magia… Bem como se conectar com os deuses. 
A primeira vez que participou de um ritual junto com Ivarr, foi no topo de uma montanha em meio ao inverno. Fizeram pinturas, levaram runas e tudo mais que fosse necessário. Ele lhe deu um chá, e ali, sentiu seu espírito se desprender da casca, da matéria, e ele transcendeu. Tocou as estrelas com a ponta dos dedos, e todo o seu ser formigava com o fluxo da magia ancestral. E em meio às nebulosas e a poeira cósmica, viu olhos azulados e uma criatura imensa, um dragão branco perolado que parecia tão grande quanto a serpente do mundo. Suas escamas pareciam diferentes de tudo que já vira, e provavelmente deveria sentir medo, se não fosse a imensa vontade de chorar que lhe acometeu, tamanho o aconchegante calor, a sensação de ser infinito e uma bondade tão pura que era como se toda a crueldade do mundo houvesse desaparecido. Sentiu-se amado, eterno e estelar ao mesmo tempo. Tudo se conectava e quando o grande dragão lhe olhou, seus olhos gentis pareciam sorrir e dizer: “Está tudo bem, pequena cria.” e ali foi a primeira vez que viu Bahamut. Ivarr lhe disse que o esperado do ritual era descobrir quem era seu deus protetor, e que a partir dali, deveria fazer oferendas e conversar com ele, e seria protegido e amparado pelo deus da vida e da bondade. Seu dom também começou a se expandir a partir daí, e às vezes aconteciam alguns pequenos acidentes por conta da falta de controle. Os ensinamentos rígidos e todo aquele treinamento lhe auxiliaram, Ivarr era como um pai, mas nunca soube responder por que os seus pais biológicos nunca retornaram desde a última vez, e simplesmente cansou de perguntar. 
Quando um jovem dracônico alcançava a maioridade, era submetido ao ritual de passagem que marcava ali o alcance da maturidade e lhe atribuía mais responsabilidades dentro do clã. Aquele ritual também servia para despertar seu dragão interior. Diferente de outras espécies, o dragão era um presente dado quando se nascia, e era como se ele estivesse em um ovo dentro do excluído, esperando o momento certo de chocar e se desenvolver. Apenas os descendentes de dragões possuíam um ovo, e essa também era uma das razões para viverem em comunidade, para perpetuar a espécie. Na noite do ritual de Salazar, era esperado que o ovo implodisse e revelasse seu dragão de maneira mística, com toda aquela beleza de se conectar com o sagrado e despertar, renascer de uma nova maneira, entretanto, nada disso aconteceu. Ele se aproximou do interior do círculo, e quando seu elemento se alinhasse, poderia congelar, trovejar ou incendiar dentro dele, para ocorrer seu renascimento. As chamas vieram, mas o dragão que deveria surgir e tomar seu corpo dentro delas, não. Foi um grande choque, e começou a se dizer que os deuses viraram as costas para Salazar, o castigando pelo pecado de seus pais, fosse qual fosse. Ninguém queria se aproximar de um amaldiçoado, somente Ivarr, que nunca lhe deixou. E céus, que ironia, ele se tornou um excluído entre os excluídos
Uma gama de sentimentos se apossou de si, rejeição, raiva culpa, vergonha, humilhação, solidão, angústia e a sensação latente de que não era bom o bastante para receber um ovo. Nessa noite, Ivarr lhe deu sua primeira bebida alcoólica que seria para comemorar sua passagem, e lhe explicou sobre seu pai. Ele era um bruxo, e possivelmente ele poderia ser um também, já que seu sangue não era puro. Aquilo doeu, não porque não gostasse dos bruxos, eles eram admiráveis, mas porque queria fazer parte de seu clã, queria ser aceito, queria voltar a pertencer àquele lugar e não ser o rejeitado pelos deuses. Bahamut, onde ele estava agora? Ele não deveria ser seu protetor?
Toda aquela revolta arrefeceu depois de destruir tudo o que conseguia alcançar, e no auge de seus 16 anos, sentiu-se novamente um menino. Ivarr lhe falou, entretanto, que havia mais uma maneira, apenas uma, de conseguir um ovo. Ele precisaria ganhar um de bom grado, onde seria oferecido para si o coração do dracônico que ainda não tivesse feito o ritual de passagem, era dessa forma que quem não nascia dragão se tornava um e por isso eram tão perseguidos, além dos componentes para poções que poderiam oferecer. Imediatamente recusou. Não queria ser aquele que tiraria isso de alguém. Não era seu para revogar nem nunca seria. Deveria aceitar que aquele era seu destino e procurar seu caminho longe do clã. Ivarr, entretanto, lhe disse que deveria ter um pouco mais de fé, que Bahamut agia de maneiras misteriosas, que não haviam muitos escolhidos por ele e que Salazar deveria perseverar. Passou a buscar compensar o que não tinha, servindo mais ferrenhamente ao clã, os ajudando em suas conquistas, em suas caças, treinando aos mais novos e combatendo lentamente todo o preconceito e a barreira que se formara, munido com sua bondade e coragem. Uma lição foi tirada daí, independente se tivesse ou não um ovo, sempre pertenceria àquele lugar, na verdade, nunca deixou de pertencer. Em uma noite, sofreram um ataque de caçadores, e viu seu lar que sempre foi sagrado sendo maculado pela violência. Se viu quase perecer como muitos dos seus naquele momento, ensanguentado no chão vendo sua vida deixar o corpo pouco a pouco, e ali pela primeira vez em muitos anos orou a Bahamut, se deparando novamente com a visão de quando era menino. Entretanto, dessa vez, além do sorriso afável e olhos gentis do dragão branco, tinha também um ovo estendido para si no centro de sua enorme pata, bem diante de si. “Muito bem.” murmurou ele, e talvez naquelas palavras contivessem muito mais do que pareciam. 
Um a três parágrafos sobre a espécie dele: É um dragão negro, com olhos amarelos penetrantes. Suas escamas parecem ser feitas de pedras preciosas, brilhando em um profundo preto azulado. Tem chifres longilíneos, uma bocarra de presas poderosas e patas com garras letais. Seu elemento é o fogo, e o peito cheio de escamas da criatura acende em luzes avermelhadas sempre que as chamas estão se formando, prestes a serem expelidas por seu sopro. Suas mãos e pele também são extremamente quentes quando em sua forma dracônica. Quando se transforma, se assemelha ao tamanho de um lobisomem, com o diferencial de suas asas. É realmente bom com o vôo, e talvez fossem por todos os anos que passou isolado se acostumando com seu dragão, tentando dominar a transformação e o corpo dracônico que era e não era seu. Era ágil, resistente e forte, e ali, quando estava transformado, sua consciência parecia mesclar-se a da criatura, e eram um só, agiam como um só. Entretanto, quando estava em sua forma humana, ainda que soubesse que estava lá, que queimava de maneira incandescente em seu peito, que era e fazia parte dele, ouvia sussurros ou comentários vez ou outra, o que já havia feito muitos padrões acharem que fosse louco por falar sozinho. 
De certo modo era bom, por sempre possuir companhia, mas por vezes era inconveniente. Nada que não soubesse lidar ou que já não estivesse acostumado. Seu clã, possuía um ritual quando um de seus membros alcançava a maioridade, em que consistia em despertar o dragão interior, que nascia consigo. O caso de Salazar foi diferente, entretanto, aqueles ritos eram sagrados. Seu dragão, quando desperto, era como um presente do panteão dracônico, como se o indivíduo fosse abraçado como filho de um deles de acordo com seu elemento, e Salazar era filho de Bahamut por ser um dragão de fogo. O dragão da bondade e altruísmo, um diplomata que sabe usar o poder das palavras mas se for preciso, também usa de sua força. Tinha um grande respeito e admiração, e ali era traçado o caminho que teria em seu clã, o que iria aprender e o papel que iria desempenhar. 
Uma curiosidade, é que sempre que viaja tem a tendência de buscar dormir em cavernas, como reflexo da maneira como seu clã vive e também por instinto, sendo extremamente territorialista, inclusive com suas próprias coisas e pessoas próximas. Seu dragão possui uma espécie de personalidade que faz parte de Salazar, como se fosse uma espécie de persona do seu self, e em raras ocasiões assumiu o controle, mas quando o fez possui cabelos brancos e olhos amarelados, e Sal lhe chama de Belphegor.
Seu dom único, é a animancia, a arte de dar vida ao inanimado. 
Disciplinas que leciona: Alquimia I e II, Questões Éticas em Criação de Homúnculos, Anatomia Humanoide e Astrobiologia.
6 notes · View notes
salforhell · 1 year
Text
@nvmrstarters
Era de sua natureza gostar dos dias quentes e ensolarados de verão, e bastou um olhar demorado pela janela enquanto terminava de organizar suas coisas, para decidir conhecer mais dos arredores de Nevermore e evitar pensar muito no caos que seria o começo do ano letivo. Certamente deveria aproveitar aquela calmaria enquanto ainda tinha a oportunidade de desfrutá-la. A brisa fresca, o cheiro da relva, as clareiras de luz e o som do farfalhar das folhas dissipou toda a tensão que viera com a mudança, que sempre era difícil devido aos seus instintos territoriais e apegado a lugares. Era mais fácil lidar depois de tanto tempo, mas nunca era simples e temia que jamais fosse. Respirou fundo ao recostar-se numa árvore, apreciando a tranquilidade e os sons naturais... pelo menos, era o que deveria ser. Ouviu um som alto, que soava como algum tipo de desastre criminoso contra sua tarde serena. Franziu o cenho, perguntando aos deuses por que Nevermore não dava uma trégua nem por 10 minutos. Tentou ignorar, Bahamut sabe que ele tentou, mas não havia como se concentrar no som das cigarras berrando ou dos esquilos travando batalhas contra as nozes, com o que se desenrolava logo atrás. Em um primeiro momento considerou o quanto valia a pena gastar seu réu primário naquela geração, pesou os prós (paz e sossego) e os contras (não haviam contras), mas, com um esforço homérico deixou suas vontades de lado e virou-se, buscando observar o que acontecia. "Por acaso aconteceu algum tipo de tragédia?" não era possível, só poderia ser isso. "Ou por acaso uma força do caos despertou e devemos nos preparar?"
Tumblr media
Ou comente uma frase aleatória para um starter personalizado. (up to 5)
12 notes · View notes
salforhell · 1 year
Text
E lá estava mais uma vez, empoleirado tal qual um corvo observando a festa da bancada do bar, munido de sua capacidade de observar jovens fazendo besteira como se fosse uma epopeia, e de seu copo de conhaque, que esperava ter um gosto mais tragável depois do terceiro ou quinto gole. Aquele bar certamente deveria ter boas bebidas, mas aquela certamente não era uma delas. Havia cedido à vontade de ir conhecer um pouco mais da cidade, ainda que as más línguas dissessem que a curiosidade matava, estava confiante de que sairia vivo do meio daqueles seres embriagados e eufóricos. A risada calorosa do homem não foi contida, porém, ao ouvir o múrmurio de um rapaz próximo. “Segundo Freud, o caráter de um homem é formado pelas pessoas que escolheu para conviver, e qualquer um que comporte-se acordado da mesma maneira que se comporta nos sonhos será visto como louco.” pontuou, virando-se com um olhar divertido. “O ponto é, os sonhos podem ser desejos do inconsciente, então, que vida sem graça aquela que se vive à base do pensamento do que é ordinário, estabelecido. O que deve se perguntar é: as pessoas que escolheu para conviver aceitam sua loucura? Ou, sua loucura é realmente uma loucura com elas?” Divagou, bebendo o resto do conteúdo do copo e fazendo um sinal para o barman lhe servir mais uma dose.
Tumblr media
Mesmo que não fosse aconselhável, ali estava ele, no Bar da Bruxa, confraternizando com aqueles dos quais tinha jurado não se aproximar. Ou melhor, confraternizando não era exatamente a palavra, já que Valentin mais os vigiava e estudava do que qualquer outra coisa.   ‘ Devo ter enlouquecido e é bem provável que quando acorde para a realidade esteja em uma camisa de força ’   era ainda difícil para o caçador conceber que tinha acabado no meio daquelas criaturas, sendo que o comentário espontâneo não era direcionado para ninguém em específico.
Tumblr media
23 notes · View notes
salforhell · 1 year
Text
Sherlock Holmes - Dark Academia
Tumblr media
Please like and reblog if you use or save
Requested by @inlovewithhisblueeyes​ for the moodboard challenge
Aesthetics List
71 notes · View notes