Tumgik
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FESTIVAL DE NATAL
Quando a noite se fez presente em Storybrooke, todos os habitantes correram para suas casas em prol de se prepararem para o evento daquela noite. Regina Mills, a Prefeita, não poupou recursos para tornar aquele momento especial para os seus conterrâneos. Toda a Praça principal encontra-se decorada e generosamente iluminada, diversas barracas de lanches, bebidas e guloseimas foram distribuídas pela área, bem como as de prendas e jogos também. A gestora mostra-se cada vez mais esforçada em conquistar seu povo, já que finalmente ela está sendo aceita por muitos deles. Por outros, nem tanto. Emma Swan, a Xerife, junto à David Nolan estão garantindo a segurança do evento, Mary Margareth junto às freias elaboraram algumas atividades para as crianças se manterem entretidas enquanto os pais desfrutam de um pouco de sossego. Uma grande Árvore de Natal foi montada no centro da praça, mas esta mantêm-se apagada e sem destaque, o que ocorrerá apenas quando o relógio marcar meia noite e o início oficial do Natal. Aos poucos os habitantes vão chegando ao festival, muitos deles portando presentes para os entes queridos e amigos. Todos aparentam-se felizes e animados, até mesmo o Sr. Gold deu o ar da graça, mantendo-se quase sempre sentado num dos bancos da praça, observando a tudo e a todos atentamente. Alguém que devia estar transbordando animação, porém não está, é Henry. O filho de duas mães aparenta-se incomodado, como se pressentisse algo ruim. Mal sabe ele, e os demais presentes, que aquela noite será mais longa e agitada do que eles pensam. Informações para o Roleplay: Bom, queridos, como em qualquer início de RPG este evento têm por objetivo permitir que se conheçam. Interajam entre si, troquem presentes com aqueles que possuem vínculos afetivos e se divirtam. A interação está livre até o anúncio de Regina Mills, donde a árvore de Natal será evidenciada. Henry mostra-se inquieto, assim como as Fábulas que já se lembram de quem são (o que não é o caso de vocês). Podem narrar que estão sentindo algo "estranho" no ar, se quiserem, mas o climax deste evento acontecerá depois da meia noite. Por enquanto, sugiro que se divirtam.
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Rowena — Robin Hood — Nevaeh/Praça Principal
Rowena dormiu praticamente durante todo o dia. Por ser véspera de Natal, tanto a escola quanto a faculdade decretaram folga aos alunos e funcionários, e como sabia do trabalho extra que tinha para executar na noite passada, a morena não marcou nenhuma aula particular naquele período. Furtar a casa de Morgan Von Teschen não fora fácil, já que a empresária possui um elaborado e moderno sistema de segurança, além de um cofre de tranca complexa. Mas apesar das dificuldades, a experiente ladra conseguiu escapar sem ser flagrada tanto pela empresária residente da mansão, quanto por suas defesas tecnológicas. Levou consigo dinheiro vivo, que é o que costuma roubar. Jóias e itens de valor exigem venda ou penhor, e considerando que o Sr. Gold é o dono da única loja de penhores de Storybrooke, era um risco que a Harris não estava disposta a correr. "Sempre roube o que puder carregar, e o que não irá te denunciar." é o pensamento que a musicista sempre tem em mente, o que sempre conduziu seus furtos para contra os absurdamente abastados da cidade. A tarefa levou praticamente toda a noite, já que esgueirar-se por uma mansão fortemente monitorada, fora a cidade não tão deserta durante a madrugada, não é simples. Mas Rowena conseguiu chegar em casa pouco antes do Sol nascer sem grandes problemas. Despiu-se dos trajes e acessórios estéticos que lhe ocultam a identidade sem muito cuidado, guardou tudo o que roubou no cofre da saleta oculta de seu Loft e jogou-se na cama apenas com a lingerie. Por sorte Elizabeth havia concordado em cuidar de Sam e Greg durante a noite e dia seguinte, então a ladra pôde dormir sem ter um filhote travesso a atrapalhando o sono. Acordou com o toque do interfone. Letárgica, levantou o fronte e fitou o relógio digital, vendo que já eram cinco horas da tarde, o horário que havia combinado com Elizabeth para receber de volta seus filhos de quatro patas. Vestiu o robe de cetim negro pendurado próximo a cama e desceu as escadas para o pavimento térreo da pequena residência. Conferiu quem era pelo interfone monitorado por câmera, e abriu a porta para a veterinária com o melhor de seus sorrisos, apesar do cansaço ainda reinar sobre suas feições.  — Obrigada por cuidar deles, Elisa. Greg lhe deu muito trabalho ? — Fez questão de perguntar, já que a primeira coisa que o filhote de labrador fez ao chegar em casa foi pular no sofá da sala e começar a morder uma das almofadas. A jovem, como sempre um doce, alegou que ambos se comportaram muito bem. Rowena então pagou pelos serviços da moça, e a agradeceu mais uma vez. Quando Elizabeth partiu, a musicista se agachou para dar carinho a pastor alemão, que encontrava-se sentada e comportada esperando por um pouco de mimo. — Precisa ensinar seus bons modos ao Gregory, Samantha, ou nunca teremos um sofá decente. — Conversou com a cadela, acariciando-a o pelo sedoso com carinho. Virou-se então para Gregory, que agora estava estático em cima do sofá, fitando os dois. — O que você têm de travesso você tem de ciumento, não é ? Vem aqui, sua bolinha atentada. — Chamou pelo filhote, batendo as mãos nos joelhos. Gregory veio eufórico em direção à dona, que o pegou no colo e o aninhou enquanto era enchida de lambidas. — Também senti saudades, seu sapeca. Agora, comporte-se, pois a mamãe precisa de um banho. Sam, fica de olho nele. — Depois de acariciar ambos os cachorros, os deixou na sala e voltou ao andar superior do Loft, seguindo direto para o banheiro. Claro, não sem antes mostrar ao Greg seus brinquedos de morder. Tomou uma ducha fria para terminar de despertar e arrumou-se com calma. Sabia do evento na cidade, na qual ela como professora de vários dos jovens e crianças da cidade, tinha por obrigação comparecer. Fora que tinha alguns presentes de natal para entregar, e que momento melhor para o tal do que um evento natalino público ? Fez toda a higiene e vestiu-se com a roupa que já havia idealizado para aquele dia. Um look delicado, condizente para com a frágil e gentil musicista de Storybrooke. Precisava manter o disfarce impecável, para não prejudicar sua identidade fora da lei, por assim dizer. Fez uma maquiagem leve, afagou os cabelos para que ficassem parcialmente ondulados e passou um perfume doce e suave, diferente do atenuado e amadeirado que costuma usar enquanto ladra. Despediu-se dos cachorros, deixando-os no pequeno jardim privativo do andar térreo, onde tinham água, brinquedos, proteção contra intempéries e suas camas de dormir. Sam poderia ficar solta pelo Loft sem qualquer problema, Gregory por outro lado destruiria tudo depois que se enjoasse dos brinquedos. Então, para ser justa, prendeu ambos com a promessa de soltá-los quando voltasse. Pegou a bolsa tira colo e os presentes, carregando tudo até o Impala estacionado na garagem. Acomodou tudo no banco do carona e dirigiu até o centro da cidade, mais especificamente, para a praça. Esta que de longe era vista, dada a quantidade enorme de enfeites luminosos que a deixavam no clima do feriado. Estacionou o veículo habilidosamente, e pouco depois de ter saído dele, viu Gabriel estacionar seu antigo Camaro um pouco a frente. — Hey Gabe. — O chamou, acenando ao lado do carro. O mecânico da cidade é como um irmão para ela, e é um dos menos afortunados que a ladra ajuda financeiramente. Quando o viu se aproximar, não demorou para abraçá-lo com carinho, o que foi correspondido pelo alto homem. — Feliz Natal adiantado. Sinto muito, mas o seu presente é bem grande e não vou ficar carregando ele pelo evento até a meia noite. — Disse enquanto o abraçava. O rapaz mostrou-se sem graça, já que não tinha comprado nada para a quase irmã, o que a fez tranquilizá-lo com um pequeno soco no ombro. — Deixa de ser bobo, não precisa me dar nada. — Falou a moça, mas como Gabe insistiu em retribuir de alguma fora, Rowena levou uma das mãos no queixo e começou a pensar em algo. Nada que fosse caro e viesse a complicar o rapaz, é claro. — Bom, o Greg roeu um pouco do para-choque traseiro, então ele está precisando de uma pintura rápida. Já que quer tanto me dar algo, faria essa gentileza ? — Sugeriu, e vendo o mesmo concordar animado, ela sorriu. — Então está combinado. Levo o carro na oficina durante a semana. Agora, o seu presente. — Então se afastou do jovem e abriu o porta malas do Impala. Retirou de dentro dele um pacote comprido e relativamente fino, embrulhado, e o entregou para o mecânico. Gabe fitou o presente com expectativa, e estava para rasgar o papel quando a jovem lhe deu um tapinha leve na mão. — Hey, só pode abrir depois da meia noite, senão não tem graça. — Falou, colocando ambas as mãos na cintura enquanto o esperava desistir de abrir o presente. Gabriel o fez e o levou para o Camaro, prometendo abri-lo só no dia vinte e cinco. — Bom menino. Mas sugiro que o abra enquanto ainda estiver de noite. Bom, nos vemos por ai Gabe. — Despediu-se do amigo e seguiu caminho pelo festival, carregando consigo os demais presentes, que por sorte, não eram tão grandes quanto o do mecânico. Caminhava pelo festival, observando cada detalhe das barracas e decorações temáticas. Regina realmente não havia poupado recursos naquele evento, e até mesmo Rowena conseguia enxergar que ela havia melhorado e agora não agia de forma tão egoísta. Claro que isso não fazia a população esquecer o tipo de gestão anterior, mas talvez a Srta. Mills os conquiste com o tempo. Enquanto passeava, pôde ver Henry um tanto distante, seja físico ou mentalmente. A expressão do filho da prefeita, e da xerife, não parecia das melhores. A morena teria ido falar com ele, já que sendo um de seus alunos de música, têm por ele um grande carinho. Mas algo, ou melhor, alguém a fez mudar o curso dos passos. Harris seguiu em direção a Nevaeh, outra pessoa a receber um presente dela. — Boa noite Neva, como está ? — Cumprimentou a amiga, não conseguindo abraça-la pois os pacotes em mãos atrapalhavam. Então, limitou-se a um beijo na bochecha da moça, e em seguida estendeu a ela um dos pacotes. — Meu presente de natal para você e para a vovó. Como eu sei que você é do tipo curiosa, pode olhar, mas seja discreta. — Comentou, pouco antes de piscar de maneira cúmplice para a jovem. Nevaeh e a Vovó são algumas das pessoas que Rowena ajuda financeiramente, já que ela sabe das dificuldades reais que elas passam graças ao aluguel exorbitante cobrado pelo Sr. Gold. A moça seguiu conforme as instruções da musicista, e os olhos arregalaram-se ao ver uma quantidade generosa de dinheiro espalhado pela caixa. — Sei que é mais do que costumo ajudar, mas, bom, é natal né.. — Disse, dando de ombros. — Um envelope seria suspeito, por isso da pequena bagunça aí dentro.. —
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Gabriel — Gênio — Disponível/Praça Principal
Apesar de ser um feriado declarado, Gabriel trabalhou meio período na oficina em prol de adiantar um dos carros. O chefe insistiu que ele trabalhasse, já que a cliente é deveras importante. Bom, não é qualquer um que detém uma Ferrari de última geração na garagem, e ao ver o nome da dona no documento do veículo, não se espantou: Celeste Evan Boguzs. A bela mulher dona de Joalherias não demorou em aparecer no local, próximo a hora do almoço, como sempre finamente trajada e abastada de joias e glamour.  — Senhorita Boguzs, seu carro já está pronto. Só falta um pequeno ajuste na vela. — Anunciou para a dama, meneando o fronte respeitosamente antes de voltar para o último detalhe do conserto do motor. Apesar de não fitá-la diretamente, podia sentir o peso daqueles olhos exuberantes sobre ele, então manteve-se atento ao trabalho para não soar pretensioso. Não queria desrespeitar uma cliente, ainda mais uma daquele "peso", por assim dizer. Mas que homem em sã consciência não a acharia atraente ? Por sorte, Gabe é do tipo focado, então conseguiu conter o floreios masculinos enquanto reposicionava as ultimas peças na máquina. Fechou o capô com cuidado e seguiu para a pia mais próxima, lavando as mãos sujas de graxa antes de pegar os documentos pertinentes ao consertos e entregá-los a mulher. — Não era nada grave senhorita. Mas sugiro que faça a manutenção no motor pelo menos a cada seis meses, para não ter o mesmo contratempo novamente. — Explicou-a em tom firme, porém atencioso. Mostrou ponto a ponto listado na ordem de serviço e disse que o pagamento deveria ser tratado diretamente com o dono da oficina. O que não a poupou de dar a ele uma gorjeta generosa. — Fico honrado, senhorita. — Agradeceu-a, um tanto sem graça. A baixa condição financeira do rapaz não o possibilita negar este tipo de mimo, mesmo que em seu interior saiba que tudo não passa de meios para, quem sabe, um deleite carnal em algum momento. Por sorte, Celeste mostrou-se uma dama e não o incitou de nenhuma forma, apenas arrancou com o veículo e o deixou a fitá-la se afastar enquanto desejava que ela não o viesse a cobrar fervorosamente pelo regalo sob notas de cem. Ele não é este tipo de homem. Depois da partida da cliente, Gabe fechou a oficina e limpou o local. Guardou todas as ferramentas que usou e higienizou-se o quanto possível antes de deixar o ambiente de trabalho e arrancar com o seu veículo em direção a floresta. Ao chegar em casa, retirou a roupa suja e vestiu-se com outra não tão limpa, já que pretendia dar uma boa lavada no Camaro antes de se higienizar e descansar. Almoçou uma verdadeira mistura de sobras de comida, sentou-se numa das pedras envolta da casa enquanto o corpo fazia a digestão do alimento, permitindo-se relaxar ao fitar o céu azul. Pelo menos, o pequenos feixes que as copas densas das árvores o permitem ver. Sentindo-se apto, levantou-se e passou a limpar o carro, jogando água no veículo com abundância. Eis a vantagem de colher do recurso direto de um dos córregos da floresta: não há conta de água para pagar. Com um pouco de detergente e sabão em pó, fez um solução ensaboada e passou a esfregar a lataria cor de ébano, não se importando em molhar toda a regata branca no processo. Estava distraído demais assobiando alguma canção aleatória enquanto limpava os vidros, então acabou por não perceber algumas presenças ao seu redor. Se fossem ameaçadoras, talvez ele perceberia. Deu-se por satisfeito após tirar todo o sabão e ver o brilho ofuscante da lataria, esta que ele também enxugou manualmente, para não deixar manchas na pintura. Quando o trabalho enfim terminou, o homem se permitiu um banho demorado e uma longa soneca durante a tarde. Acordou instintivamente pouco antes das oito da noite. A tarde fora fresca então não viu necessidade de tomar outro banho, apenas fez uma higienização básica. Roupas limpas e passadas, perfume e cabelos penteados. Não é do tipo vaidoso, então o diminuto espelho do banheiro foi o suficiente para ele ter a certeza de estar bem apessoado para o evento na cidade. Trancou toda a casa e seguiu em direção ao Camaro, que continuava limpo e brilhante. Acionou o veículo e dirigiu para o perímetro urbano, sem pressa. De longe pôde ver a praça, iluminada e muito bem decorada. E como um bom pobre, acabou por pensar no quanto de luz a cidade estava gastando com todas aquelas lâmpadas. "Isso é mesmo necessário ?" Era nisso que Gabe pensava antes de uma voz melodiosa, conhecida e muito querida, o chamar e roubar-lhe a atenção. — Hey Gabe. — Disse Rowena, ou Neena, como ele carinhosamente a chama. — Oi, Neena. — Disse, retribuindo o carinho dela de maneira igualitária. Mesmo que as pessoas possam pensar o contrário, entre eles existe apenas um carinho de irmandade. Bom, não quer dizer que ele não tenha tentado algo com ela assim que a conheceu, pois como dito ali em cima, que homem em sã consciência não tentaria ? Mas o sentimento que os dominou desde o início não tinha qualquer apelo sexual ou romântico. Para ele, ela é como uma irmã. — Feliz Natal. Mas...bom, eu não consegui comprar nada pra você. Não devia me presentear. — Respondeu-a nitidamente sem graça. E lá veio o soco no ombro costumeiro, o que ele sempre recebe quando contraria a moça. — Mas é claro que eu preciso. Me diga, deve ter algo que eu possa te dar, ou fazer. Vai, pensa em algo. — Insistiu, já que não achava justo já ser tão ajudado por ela e ainda ser presenteado numa data comemorativa donde ele não tinha nada para oferecer em troca. — Reparo de para choque ? Faço isso com os olhos fechados. — Respondeu-a animado. Apesar de adorar a mecânica, também deveras aprecia o serviço de lanternagem. Ele mesmo refez o Camaro que dirige, então poderia restaurar os danos causados por dentinhos de filhote sem grandes problemas. Acenou em concordância e a esperou voltar com o pacote comprido, que tudo indicava ser o seu presente. O formato o deixava intrigado e extremamente curioso. O que poderia ser ? Sem pensar duas vezes, recebeu o embrulho e já começava a rasgá-lo quando a ouviu protestar. — Sério isso ?! — Tentou reverter a situação com uma expressão surpresa, mas Rowena fora taxativa. — Tá bom...Tá bom.. — Deu-se por vencido e guardou o embrulho no porta malas do carro. — Até mais, Neena. — Despediu-se com um sorriso gentil e um aceno de cabeça, a acompanhando com o olhar de maneira protetora até ela sumir por entre a multidão. Suspirou desconfortável, desejando que mais ninguém o presenteasse naquele dia. Era difícil não poder retribuir da mesma maneira, mas ele não tinha condições de comprar presentes para todos aqueles que tinha apreço. Um tanto cabisbaixo, passou a caminhar pelo festival, se permitindo comprar uma pipoca e um copo de soda, sentando-se logo mais num dos bancos vazios enquanto observava a todos se divertindo. Mesmo que se desse bem com a maioria ali, era apenas o mecânico da cidade. Haviam companhias mais interessantes do que ele por ali.
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Morgan — Malévola — Scarlett/Praça Principal
Definitivamente, Morgan não teve um bom início de dia. Ninguém manteria o humor às alturas ao dar de cara com um cofre escancarado e sem boa parte do dinheiro vivo que ali jazia. A fúria fez com que a mulher quebrasse inúmeros vasos e enfeites do escritório particular, em prol de aplacar a fúria que estava sentindo. — COMO ISSO FOI POSSÍVEL?! — Gritava, enquanto arremessava uma das cerâmicas contra a parede mais próxima. Os empregados da mansão já conheciam tal postura furiosa, e sabiam que o mais seguro no momento eram se manter distante da empresária. Esta que tão logo pegou o celular e ligou para a empresa que a vendeu o sistema de segurança da residência. — VOCÊS ME GARANTIRAM QUE ESTE COFRE ERA INVIOLÁVEL! PELO VISTO O LADRÃO QUE ME ROUBOU NÃO FOI AVISADO DISSO! — Esbravejava com a pessoa do outro lado da linha, mesmo sabendo que nada poderia mudar o que aconteceu. — NEM AS CÂMERAS CAPTARAM O LARÁPIO QUE ME FURTOU! EU ESPERO SER RESSARCIDA DE MEU PREJUÍZO, OU REDUZIREI VOCÊS A CINZAS! — Ameaçou-os, algo que a mulher sabe fazer muito bem. O próximo objeto a ser arremessado longe fora o celular, mas este pelo menos se salvou, já que fora de contra a chaise long que a mulher o jogou com extrema raiva. Fechou os olhos com força enquanto cerrava os punhos, forçando a respiração descompassada a se normalizar enquanto buscava serenidade. Mas pelo visto a concentração causou mais um dos eventos sobrenaturais que a perseguem. Todas as lâmpadas do escritório explodiram, fazendo-a acalmar-se mediante a surpresa que sentiu. Fitou todos os cacos que se espalharam pelo chão e decidiu-se por deixar o local, ordenando que os serviçais limpassem toda a bagunça. A empresária passou o restante do dia averiguando se mais algo havia sido roubado, mas pelo visto o ladrão era esperto e levou apenas dinheiro vivo, deixando joias e demais itens de valor para trás. Seria fácil encontrá-lo caso tentasse vender os pertences da Von Teschen, ainda mais ela tendo um relacionamento vantajoso para com o Sr. Gold, o penhorista de Storybrooke e o único que poderia adquirir peças de extremo valor. Mas isso não diminuía a raiva da mulher para com aquele que ousara lesa-la, e quem quer que fosse, se arrependeria amargamente. Depois de ter certeza de que mais nada em sua casa fora roubada, Morgan partiu para as farmácias, para ver se pelo menos seu negócio fora poupado do ladrão. Fora, pelo menos por enquanto. Contudo, não cometeria o mesmo erro novamente, então passou a tarde recebendo outra empresa de segurança e acompanhou todo o trabalho de refazer as proteções dos estabelecimentos, e depois o mesmo se repetiu na residência dela. Quando os empregados terminaram o serviço, sobrou apenas o resto da tarde para a mulher descansar e estar disposta para o evento noturno. Regina contava com a presença dela, e ela não era tola de decepcionar a amiga e prefeita da cidade. Morgan então se permitiu um sono de beleza e pelo menos afastar o stress para longe. Ao despertar, a mulher se permitiu um generoso banho de banheira, não poupando sais de banhos relaxantes e aromáticos. Aproveitou o momento de calmaria e mandou sms para as amigas (Scarlett, Adara, Celeste e Regina), contando-as sobre o roubo que sofreu. Pelo menos teriam muito o que conversar durante um evento tedioso de natal. Scarlett foi a primeira a responder, marcando de se encontrar com Morgan daqui quarenta minutos. A mulher então apressou a própria arrumação, optando pelo primeiro vestido preto que encontrou no closet. Não estava indo para um evento de gala, muito menos uma reunião de negócios, mas todas as roupas da Von Teschen exalam finesse, então mesmo ela não devotando muita atenção ao look escolhido, acabou sendo algo consideravelmente elegante para a ocasião. Maquiou-se e alinhou os cabelos de maneira comportada, fitando-se pronta no espelho em paralelo à ligação que recebeu da amiga. — Já estou descendo, querida. — Respondeu a Scar pelo telefone, apressando-se então para não deixá-la esperando por muito tempo. Pegou a bolsa com tudo o que precisava e encontrou-se com a bela acastanhada do lado de fora da mansão. Esta que estava tão exuberante como sempre, apoiada em seu carro personalizado. — Scar, um deleite vê-la, como sempre. Como foi a viagem ? — Cumprimentou a amiga com os três clássicos beijos na bochecha e ouviu-a atentamente respondê-la. Mas mesmo que Morgan desejasse manter a conversa por estas vias, pelo visto o assalto que ela sofrera seria o tema da noite. — Deixemos para conversar sobre isso no evento. Preciso beber algumas doses de Whisky para relaxar. — Disse, encaminhando-se para o Aston e dirigindo logo atrás de Scarlett em direção a praça de Storybrooke. Depois de um tempo gasto procurando vagas, ambas as mulheres caminharam pelo local pesado daquele clima familiar que tanto a irrita. — Deus, mal cheguei e já me sinto entediada. — Desabafou com Scarlett enquanto seguiam juntas por entre as demais presenças na praça. Os olhos azuis correram o lugar a procura de Adara ou Celeste, mas ambas ainda não haviam aparecido. Procuraram pelo local mais decente para que pudessem se sentar e beber, ou menos fuleiro, já que os whiskys dali não eram do mesmo nível que ambas estavam acostumadas. — Bom, enquanto nossas amigas não chegam, e antes que essa bebida barata nos cause efeitos indesejados, por que não me conta sobre a sua viagem, Scar ? — Sugeriu, brindando com a colega e bebendo um pouco de álcool. Um bem ruim, considerando o paladar refinado da Von Teschen.
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Agnes — Alice — Disponível/Praça Principal
De um modo geral, o dia de Agnes fora agradável. Tirando o café da manhã frio e silencioso na qual compartilhou com o pai, conseguiu aproveitar o restante da manhã para colocar os estudos em dia. As provas estavam por vir, e ela queria fazer jus à posição de melhor aluna do curso de Direito. Não era bem o que o pai planejava para ela, mas no fundo a loura sabe que ele está orgulhoso de seu desempenho acadêmico. A jovem só gostaria que ele demonstrasse isso de vez em quando. Depois de revisar alguns textos e fazer resenhas para memorização, optou por almoçar no restaurante da vovó, já que passar por duas refeições sem qualquer troca de palavras ou sentimentos costuma desanimá-la. Sendo aquele dia especial para todos na cidade, Agnes queria estar em sua melhor condição, tanto físico quanto mental. Dirigiu o Porsche até o centro da cidade, estacionando-o num local estratégico. Não somente era o restaurante o seu objetivo, e poderia deslocar-se a pé entre um destino e outro e deixar o carro de lado por um tempo. Ao entrar no recinto, como sempre, esbarrou em alguém. Algo costumeiro a uma pessoa desastrada como ela.  — Ainn, me desculpe. Eu.. — Dizia, até a fala ser cortada por resmungos e xingamentos de Pandora Smekh, a morena que adora tirar sarro da McKnight quando tem chance. Para agravar ainda mais a situação, o que era um copo de coca cola acabou despejando todo o líquido na camisa da mais velha graças ao esbarrão. — Eu já pedi desculpas..eu eim... — Resmungou depois de absorver a dose diária de implicâncias provenientes da mulher. Então, enfim conseguiu entrar no restaurante e se acomodar em uma das mesas. Não demorou para que a senhora de idade, a dona do estabelecimento, viesse até a jovem para colher o pedido. E, como sempre, perguntar se ela estava bem, ainda mais depois do pequeno acidente para com a morena esquentada. — Nada que a sua lasanha e seus anéis de cebola não resolvam, vovó. — Respondeu-a, sorrindo abertamente. Sim, aquela lasanha é famosa em toda Storybrooke, e assim como a grande maioria, Agnes a come com o maior prazer. Depois do desjejum, a loura foi direto para a confeitaria de Isabella Bennet, esta que a recebeu animada e com um sorriso radiante. — Boa tarde, Isa. Espero que tenhamos muitos cupcakes para fazer, pois estou animada. — Disse, pouco depois de abraçar a maior e seguir junto a ela para a cozinha. A confeiteira a havia convidado para passar a tarde fazendo doces para serem vendidos durante o festival de natal, e sabendo que isso seria muito mais divertido do que ficar trancafiada num palacete solitário, McKnight aceitou o convite sem pensar duas vezes. Isa repassou com ela as receitas da massa e coberturas, fazendo a jovem bater continência num gesto fofo. — Sim, senhora capitã. Tudo ficará muito gostoso se depender de mim. — Falou, forçando um sotaque militar que, obviamente, saiu bem diferente do real. As duas então passaram a trabalhar juntas no preparo das guloseimas, e por vezes a mais velha saia da cozinha para receber seus clientes. Num destes casos, Isabella demorou mais do que o de costume para voltar, e um instinto injustificável se apoderou da jovem, fazendo-a também ir para a recepção e ver se a loura estava bem. Nem se deu ao trabalho de tirar o avental, e o que viu ao sair da cozinha não fora nada agradável. Era Celeste, uma mulher que é tão bonita quanto maldosa. Como sempre, fizera uma visita em nada amistosa à confeiteira, não poupando-a de sarcasmo e escárnio. — Isa, está tudo bem ? — Agnes se pronunciou, cortando a fala da morena que tão logo a olhou com um mix de deboche e desprezo. A confeiteira então pediu que a jovem voltasse para a cozinha, e mesmo depois de pestanejar um pouco, acabou obedecendo. McKnight nunca entendeu a rixa entre as duas mulheres, ainda mais Isabella sendo o doce que é. Por que Celeste a odeia tanto ? Depois de passar toda a tarde ajudando a confeiteira, Agnes voltou para casa e tirou um cochilo rápido. Despertou pouco antes das nove da noite em prol de se arrumar para o evento. Tomou um banho rápido de banheira, penteou os cabelos e os amarrou num rabo de cavalo, deixando a franja solta. Agregou um arco preto para conter as mexas maiores e escolheu um vestido simples para usar. Azul, como sempre. Fitou-se no espelho, e dando-se por satisfeita, desceu as escadas e deparou-se com o pai silencioso. De robe, lendo jornal ao lado da lareira. — Não vai ao evento, papai ? Sabe, faz bem sair um pouco e.. — Mas logo a abordagem da jovem foi cortada por um aceno negativo de cabeça. Agnes então se aproximou do genitor, e apesar de relutar, o beijou na face com carinho. — Feliz Natal, papai. Prometo não chegar tarde. — Disse, então deixou-o sozinho, da forma como ele prefere ficar. Então, seguiu para a garagem, acionou o Porsche e dirigiu para a praça da cidade. Os olhos verdes brilharam ao ver o quão o local estava iluminado e decorado. De dia não dava para se ter a noção do quão majestoso tudo estava. Estacionou o veículo um tanto distante, já que fora o único local donde encontrou uma vaga fácil disponível, e passou a caminhar pelo evento, tomando cuidado para não esbarrar em ninguém, ou até mesmo tropeçar no próprio salto. — Sem close errado hoje, Agnes. Já basta ter derrubado coca cola na Pands. — Disse para si enquanto continuava a andar com toda a cautela do mundo.
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Celeste — Rainha Vermelha — Morgan e Scarlett/Praça Principal
A mulher estava sentada a mesa, os olhos verdes analisavam o café da manhã enquanto sua mente processava os prejuízos que estava tendo devido ao vários assaltos que sua joalheria sofrera. O punho que segurava a faca encontrava-se cerrado, fazendo com que os nós de seus dedos ganhassem uma coloração esbranquiçada, bem como avermelhada. Um de seus subordinados aproximou-se pedindo-lhe licença, e seus olhos desviaram-se do prato para se fixarem nele. ━━ Pedi para não ser incomodada no café. Então porque está aqui, Norman? ━━ A faca fora deixada de lado, e as mãos cruzaram-se sobre a mesa. O moreno logo pronunciou-se dando-lhe notícias desagradáveis sobre os extravios que ocorreram nos últimos meses. ━━ Não descobrimos quem anda praticando os furtos. A pessoa que o faz é habilidosa à ponto de conseguir desabilitar o sistema de segurança sem deixar rastro algum. ━━ Celeste levantou-se, e a passos lentos aproximou-se daquele que deveria ter competência. ━━ Te dei várias chances, e você me diz que esta pessoa não deixou nenhum rastro para trás? É como se ela não existisse? ━━ A expressão neutra não denunciava seu descontentamento, porém o homem sabia que Bogusz não perdoaria mais uma de suas falhas. ━━ Sua incompetência anda me trazendo tantos desgostos, querido. Me diga, o que devo fazer com você? ━━ O rodeava como um caçador faz com sua presa. ━━ Não posso perdoá-lo por esta falha, não quando coloca em risco meus negócios. Você não é insubstituível, e felizmente, não me serve para mais nada. ━━ A palma de sua mão pousou sobre a camisa de cor branca que ele usava, as unhas pintadas de vermelho deslizaram pelo tecido, e a face ficou a centímetros de distância da dele. ━━ Está demitido, Sr. Rudd. Tem sorte por eu decidir polpar sua vida miserável. ━━ Afastou-se do sujeito com um sorriso estreito em seus lábios, e retornou a mesa, sentando-se para tomar café. ━━ Por favor Celeste, preciso deste emprego! Tenho filhos para criar! ━━ O rapaz exaltou-se aproximando-se da mesa. ━━ Não. O que você precisa é de competência. Quanto a seus filhos, apenas lamento por eles o terem como pai. Digo, será uma decepção quando souberem que perdeu o emprego. ━━ Levou um pedaço de omelete à boca, e focou-se em degustar o alimento ignorando a presença do homem em pé ao seu lado. Vendo que ela não lhe daria ouvidos, Norman retirou-se não somente do salão, bem como da casa que um dia jurou proteger.
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Durante parte da manhã e da tarde, focou-se em arranjar soluções para os problemas que o ladrão misterioso estava lhe causando. Neste meio tempo, contratou outro segurança deixando claro suas prioridades para com a joalheria. Tinha outros para proteger a casa, que até o momento não fora alvo dos furtos. Resolveu diversos assuntos, sendo um deles a importação e exportação de jóias; aqueles que não necessitavam de sua presença, foram deixados aos cuidados de sua assistente. Apesar do feriado, todos trabalhariam normalmente em sua casa e receberiam bônus caso executassem suas tarefas com perfeição. Celeste decidiu sair próximo ao horário de almoço para pegar sua ferrari na oficina, esta que fora escolhida unicamente pela visão agradável que Gabriel lhe proporcionava, e pela boa execução de seu trabalho, claro. Toda vez que adentrava o local arrependia-se um pouco por deixar seu belo automóvel em lugar como aquele, entretanto, o homem que ali estava compensava toda a sujeira e odor que a graxa proporcionava. Assentiu quando o moreno lhe dirigiu a palavra; os olhos percorreram seu físico bem trabalhado, e os braços foram cruzados frente o tronco. Não continha acanhamento nenhum com relação a expor o quão atraente ele era, mas em nenhum momento pensou em fazê-lo, já que jamais envolveria-se com um mecânico. Permitia-se apenas admirá-lo e desejá-lo em silêncio, usando o carro como pretexto para retornar quando conveniente. Analisou os documentos que lhe foram entregues, e concordou com o que ele dissera em um leve e positivo manear de cabeça. Aparentemente, o responsável pela manutenção não estava cumprindo com seu trabalho. Gabriel poderia tomar seu lugar; talvez com uma boa proposta ele aceite o emprego. Apesar dos desejos carnais, seria completa e totalmente profissional. Assim que o rapaz terminou com as explicações, Celeste não hesitou em lhe dar seiscentos dólares de gorjeta. Um gesto generoso de sua parte, se considerarmos que nem os menos favorecidos costuma ajudar. ━━ Tenha uma boa tarde. ━━ Proferiu após o agradecimento, e retirou-se do local.
Sua próxima parada seria a Candy Wonderland, lojinha a qual repudiava assim como a dona. Durante o trajeto recebeu um SMS de Morgan, e ao estacionar o carro em frente a loja de sua irmã, a respondeu: Resolverei um assunto pendente, e logo poderemos nos encontrar. A mulher desceu do veículo e acionou o alarme, adentrando então a confeitaria. Os olhos percorreram o local que para muitos seria considerado aconchegante. Porém, para Bogusz seria cabível se o lugar desmoronasse em cima da proprietária, assim metade dos seus problemas seriam resolvidos com este pequeno incidente. Isabella ocultou de todos sobre serem irmãs, o que não a desagradava em nada, pelo contrário, deveria agradecê-la por fazer algo útil em sua vida. Como parecia estar acompanha, decidiu não chamá-la de "Querida irmã" como de costume, limitando-se a cumprimenta-la com um "Boa Tarde" ao dar as caras na recepção. Sua expressão tornou-se entristecida, o suficiente para convencer a loura de suas boas intenções. ━━ Apesar de você se negar a me aceitar, sempre venho visitá-la, porque... Você sabe o quanto eu a amo. É a única família que tenho, e me entristece profundamente saber que me rejeita de tal forma. Questiono-me sobre os motivos, mas... Não vim tratar de problemas pessoais, e sim de negócios. ━━ Após o pequeno drama, a mulher abaixou o olhar fingindo que as palavras que sairiam de seus lábios não lhe dariam prazer algum. Antes que pudesse dar segmento, uma criatura desprezível surgiu; Agnes. ━━ Isabella, podemos conversar a sós? ━━ Os olhos verdes pesaram sobre a outra que ali encontrava-se, indicando-a para que saísse dali. ━━ Não entendi. Por que teria algo de errado ocorrendo entre nós? Essa garota é inconveniente. Ela realmente acha que eu faria algum mal a você? É essa a visão que as pessoas desta cidade tem de mim? ━━ Agnes era outro de seus problemas, não sabia ao o certo o porque, mas a jovem a desagradava em demasia. Com certeza seria um empecilho com relação a Isabella. ━━ Estou considerando comprar este imóvel para criar outra joalheria, mas, sei que tem apreço por este local, e não quero deixá-lá sem teto. Conversei com o Sr. Golden, e ele me ofereceu um bom contrato, mas decidi lhe dizer antes de tomar qualquer decisão. ━━ Retomou a conversa após a jovem se retirar. A verdade era que não tinha pretensão nenhuma em abrir outra loja, pelo menos não até os furtos serem solucionados. Apenas compraria o imóvel para desabrigar Isabella, tendo plena consciência de que ela não teria o dinheiro necessário para cobrir a oferta dada pelo Sr. Golden, e caso houvesse, daria um jeito de aumentar o valor. ━━ Tenho outros assuntos para resolver. Se quiser conversar sobre isso, tem o meu número. Não leve para o lado pessoal, são apenas negócios. Tenha uma boa tarde, e aproveite a véspera de Natal, Isabella. ━━ Aproximou-se da loura para depositar em sua face o beijo que poderia ser considerado de Judas, e retirou-se do local com um sorriso pretensioso nos lábios.
●●●
Celeste terminou de aprontar-se ao finalizar a amarração em suas madeixas. Deu uma última olhada no espelho, e retirou-se de sua casa não muito feliz. Apenas compareceria ao evento porque iria encontrar suas amigas, caso não houvesse este fato, não tiraria seus pés de casa. Decidiu ir a pé para a praça principal; não iria correr o risco de ter seu belo carro tocado pelos bêbados da cidade, estes que sempre se aproximavam do veículo em eventos como este. Caminhou por entre a multidão presenciando trocas de afeto e presentes, enquanto os olhos procuravam por aquelas que viera ver. Imaginou que estariam no lugar menos insatisfatório, por isso conseguiu visualizar Scarlett e Morgan em um ponto não muito distante do que encontrava-se. Aproximou-se da dupla a tempo de ouvir sobre a viagem de Scarlett, cumprimentou ambas as mulheres com dois beijos na face, e acomodou-se ao lado de Von Teschen. Não demorou para pedir um Martini, este que logo viera, e fora degustado. ━━ Cada ano que se passa, as bebidas deste evento se tornam piores. Achei que não me surpreenderia mais, mas aqui está um bom exemplo do mau gosto dessa gente.  ━━ Proferiu ao analisar o conteúdo em sua taça, voltando então sua atenção para Scar.
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Julian — Caçador — Gabriel/Praça Principal
Julian acordara pela manhã, mais cedo do que gostaria dada a noite que tivera. Passara incontáveis horas lendo e-mails e tentando respondê-los, pessoas requisitando seus serviços de investigador particular. Alguns deles não poderiam ser ao menos levado a sério, estes o moreno apenas ignorava. Era complicado conseguir um caso que o instigasse e ele sentia-se entediado havia meses. Era sempre mais do mesmo, sequestros falsos, mortes aparentemente inexplicáveis, mas que na verdade eram apenas falta de atenção para decifrar o ocorrido. Isso claro, não se resumia a Storybrooke, o homem recebia mensagens de todo o estado. Tinha disponibilizado um e-mail privativo apenas para isso e parecia que sua pequena fama de desvendar mistérios insolúveis tinha se alastrado sem ao menos perceber. Tratou de levantar-se e higienizar-se, preparando sue próprio café da manhã, este que era composto por uma enorme caneca de cappuccino e torradas com muito queijo. Podia ter pedido que fizessem para ele, mas Julian gostava de preparar seu café da manhã. Aproveitou a manhã livre para nadar um pouco na piscina de casa, hábito que estava tendo com frequência e que o ajudava a manter as idéias no lugar e relaxar.  Tomou um pouco de sol também até que decidiu entrar. Deparou-se com uma das criadas levemente nervosa, esta que vinha em sua direção apertando os dedos sem querer encará-lo.  — Está tudo bem? — Perguntou assim que a avistou, fechando o roupão escuro e atoalhado. A mulher parecia meio perdida.  — Ah senhor Fawkes, me perdoe, esqueci de alguns ingredientes primordiais para o almoço que tinha planejado hoje, não sei o que fazer! —O acastanhado deu um pequeno sorriso para ela, tocando-a nos ombros. — Amelie, por favor! Achei que tivesse acontecido algo sério, venha, porque não me diz do que precisa? Estava mesmo pensando em dar uma volta, aproveito e passo no mercado. — A moça o olhou esperançosa, parecendo agradecida por ele não ter ficado enraivecido. A verdade era que ele jamais ficaria com raiva por algo tão banal. Julian ratava todos os que trabalhavam para ele com muito respeito, além do que,  adorava ir ao mercado. Normalmente ele mesmo fazia as próprias compras, apesar de que os criados também o faziam com frequência quando ele estava ocupado demais para isso. Tomou uma ducha apenas para limpar-se da água do cloro e trocou-se dirigindo-se à garagem, donde encontrou o Volvo logo dando a partida e indo em direção ao mercado.  Pegando um carrinho, se pôs a perambular pelo local, tendo em mente as coisas que lhe foram solicitadas por Amelie. Colocou alguns legumes frescos no carrinho, aproveitando para comprar também algumas frutas. Passou pela sessão de cereais e pegou uma caixa para si, daqueles sem muito açúcar. Olhando o que já tinha no carrinho, dirigiu-se então para a sessão dos congelados, um dos pedidos da criada tinha sido peito de frango. Tinha acabado de inclinar-se para colocar a carne congelada no carrinho quando sentiu alguém esbarrar em si. O moreno levantou os olhos quando a voz melodiosa de mulher alcançou seus ouvidos, o sorriso cativante o fez responder automaticamente também com um amplo sorriso a ela. — Ravenna! Oh, não foi nada, de verdade. — Ele tombou a cabeça de lado franzindo a testa levemente. — Suja? Ah, vamos lá, você está bela e cheirosa não há motivos para isso. — Disse num tom divertido. Mas era verdade, ela estava cheirosa. O aroma suave da pele da acastanhada era sutil e floral, como se ela cheirasse a rosas do campo. Obviamente não diria a ela, já que poderia soar como algum tipo de cantada barata e ele a tinha em apreço demais para algo do gênero. Manteve para si a observação mental do perfume da pele  leitosa da amiga.   — Pois bem, a gente se vê. Boas compras! — Seguiu seu caminho, pegando apenas alguns temperos após isso, logo tomando seu caminho para a fila do caixa. Acabou por encontrar novamente Ravenna no local, esta que passava as compras à sua frente. Assim que terminava de pagar pelas próprias compras, viu a leve aflição da mulher ao ver o amontoado de pacotes que teria de carregar. — Ei, calma, me deixa te ajudar. — Ofereceu após pegar os próprios pacotes também. Tendo o aceite da moça, deixaram o ambiente interno do mercado e viu a Walker fazer menção de ir a pé. — De modo algum que vou deixá-la carregar isso tudo até o salão! Eu te dou uma carona, vem. — Ergueu uma das sobrancelhas quando ela hesitantemente tentou negar, sorrindo para ela. — Você não vai sujar meu carro, Ravenna! Vem, eu te levo, não é nada demais. — Disse gentil, e por fim ela aceitou a carona. Julian alocou as compras dela no carro e adentrou o veículo, dando partida. Ambos riram quando a moça fez um trocadilho divertido e logo fizeram caminho para o salão da castanha. Enquanto ela abria a porta, Julian se encarregou das sacolas, sendo também ajudado por ela, depositou-as num canto sorrindo para ela que se despedia. — Tenho certeza que um moicano iria atrair as garotas, não acha? —  Soltou um riso e caminhou de volta para o Volvo, dando a partida para ir para casa. A tarde passou mais tranquila e durante a noite, Jules preparou-se para ir até a praça principal da cidade, onde ocorreria o evento de natal. Uma ducha quente lhe relaxou os músculos e enrolado na toalha, escolheu uma roupa de seu closet, vestindo-a e colocando no pulso um relógio com bracelete de couro. Tinha esperanças de encontrar Gabriel no evento, o fiel amigo que tanto gostava. Pensar no rapaz fez Julian ficar levemente irritadiço consigo, visto que não tinha conseguido pensar em nada para comprar para o moço de presente e se tinha alguém que merecia, era ele. Suspirando, colocou a carteira no bolso, pegando um envelope com algumas notas altas e dirigiu-se novamente a garagem. Havia dispensado os criados pela tarde, afinal era Natal, então travou ele mesmo o sistema de segurança da casa, logo partindo de carro para o evento. Não demorando a chegar, estacionou o veículo e passou a andar pelo local que já estava apinhado de gente. Avistou o mecânico não tão longe, sentado num dos bancos solitário. Ele parecia desolado e Julian odiava vê-lo assim. Tratou de comprar duas cervejas e uma porção de salgadinhos e encaminhou-se até o amigo, abrindo um largo sorriso. — Papai noel chegou mais cedo pra você, uh? —  Brincou indicando o pacote que ele segurava, mas aquilo pareceu o deixar meio desconfortável. — Ei, desculpe. Está tudo bem, Gabe? Você parece meio...Triste. —  Falou, sentando-se ao lado do amigo e lhe dando uma das cervejas. Colocou os salgadinhos entre eles no banco e pegou um, colocando-o na boca seguido de um gole da cerveja bastante gelada. — Há algo que eu possa fazer? —  
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Ravenna — Rapunzel — Disponível/Praça Principal
Ravenna acordou extremamente disposta naquela manhã, ao ponto de jogar os travesseiros pro alto e beijar o despertador. Natal, uma data comemorativa que a mulher deveras aprecia, mesmo não tendo uma família para com quem compartilhar. Mas amigos, isso sim ela têm de sobra, fora as confidentes de seu salão de beleza. Apenas por elas que a acastanhada decidiu por abrir o estabelecimento no fim do dia, caso alguém desejasse um penteado ou maquiagem especial para o festival na praça de Storybrooke. Então a missão diária da jovem é dar uma boa geral no Empire, atender algumas clientes e depois se arrumar por lá mesmo e seguir para a diversão. Tomou um café da manhã reforçado, a base de carboidratos e proteínas, já que a faxina seria pesada. Vestiu uma roupa leve e velha, recolheu tudo o que precisaria para o dia planejado, alocando tudo numa mala pequena e seguiu para o centro dirigindo sua caminhonete Dodge. Abriu as portas do salão, trancando-a logo após. Inspirou o perfume adocicado do lugar com extrema satisfação, um mix de odores dado aos vários cosméticos e produtos expostos. — Mãos a obra! — Disse, extasiada. Para manter-se no clima animado, antes de mais nada, a cabeleireira seguiu para o som e colocou várias músicas dançante para tocar. No período da manhã, se ocupou em varrer toda a poeira do chão, tanto do salão público quanto do atelier particular, e também nos demais cômodos adjacentes. Depois, focou-se em higienizar as áreas molhadas, os banheiros e copa privativa, particularmente adorando esta parte dada a água que a refrescou. Poderia ter mantido o ar condicionado ligado, um dia inteiro sem refrigeração resultaria numa boa economia. Retirava o suor da testa com a costa das mãos, e por vezes pegava uma das escovas e a imaginava como microfone, cantarolando junto a música atual enquanto passava pano nos móveis. Quando a fome apertou, jogou uma água no rosto para tirar o excesso de suor, desamarrou o lenço da cabeça e deixou o lugar em busca de algo para comer. — Hmm, anéis de cebola da vovó ou compro algo no mercado ? Hmm, mercado. Preciso parar de comer aquela maravilha, senão virarei uma bola. — Decidiu-se enquanto caminhava. O mercado era perto, então ela seguiu a pé para lá. Acabou que a decisão se mostrou sábia, pois assim que Ravenna pôs os pés no local se lembrou que precisava comprar alguns itens de limpeza para continuar a faxina durante a tarde. Pegou um dos carrinhos e seguiu para o setor correspondente, perdendo um pouco de tempo escolhendo quais produtos levar conforme o perfume que possuem. Lavanda, como sempre, foi o que ela acabou levando. Em seguida, caminhou em direção a seção de congelados, escolhendo alguns pacotes de verduras a vácuo e também um saco pequeno de peito de frango temperado. Estava distraída enquanto caminhava e alocava os alimentos no carrinho ao mesmo tempo, e acabou por esbarrar em outro. — Ops.. — Exclamou, encarando o dono do carrinho que ela tinha "atropelado" — Ahh, oi Jules. Desculpe por isso, eu estava distraída. — Disse, sorrindo abertamente. — Só não te cumprimento direito, por que estou toda suja e suada. Dia de faxina, sabe.. — Falou, abrindo os braços e evidenciando o próprio estado. Não estava visivelmente suja, mas as roupas simples e o leve brilho de suor na pele branca confirmavam o que ela dizia. — Bom, nos vemos por aí. Desculpa ter te atropelado. — Despediu-se do homem, pois ainda tinha muito o que limpar e provavelmente ele também tinha os próprios compromissos que não o permitiriam ficar tagarelando com ela num corredor de supermercado. Encontrou-se novamente com Julian na fila do caixa, local onde trocaram amenidades enquanto esperavam pela vez. Ravenna estava na frente então se ocupou de empacotar tudo enquanto ele pagava pelo o que havia comprado. — Certo, belo erro de cálculo, Ravenna. — Resmungou consigo mesma ao ver tantos pacotes para carregar sozinha. Já iniciava os malabares e provavelmente teria que equilibrar um na cabeça para conseguir carregar tudo, até Julian se oferecer pra ajudá-la. — Olha, eu não tenho muita escolha, então eu aceito sim. — Agradeceu-o e seguiu junto a ele para o lado de fora. Estava para seguir a pé, quando o homem ofereceu para levá-la de carro. Nitidamente sem graça, logo o respondeu. — Mas é tão pertinho..e, bom, eu estou toda empreguete. Não quero sujar o seu carro. — Vendo-o insistir, por fim se deu por vencida, acomodando-se no banco do carona após alocar as compras no porta mala. — Um herói em seu alazão, ou devo dizer, Volvão ? — Disse, e ambos riram da brincadeira. Em poucos minutos, o ostentoso carro do investigador parou em frente ao salão. Ravenna abriu o lugar e junto a Julian, depositou toda a compra num canto. — Valeu mesmo. Fico te devendo um corte de cabelo. Deixe ele crescer e faremos um moicano, ok ? ok! — Brincou mais uma vez e despediu-se do homem com um aceno de cabeça e sorriso gentil. Quando ele partiu, trancou o salão novamente e se dedicou a preparar o almoço. Findou a faxina pesada logo depois de fazer digestão, e bem a tempo de receber as primeiras clientes. Todas eram amigas, então não se importaram de ver a cabeleireira trajada de maneira tão simples, até porque, isso em nada prejudicou a desenvoltura dela enquanto trabalhava com as tesouras e pincéis de maquiagem. Riu e se divertiu com todas elas, até por fim atender a última e fechar novamente o salão. Sentia-se cansada, e para retomar os ânimos, colocou uma música bem animada e passou a varrer os resquícios de cabelo do chão. Deixou-se levar pela onda e passou a dançar com a vassoura enquanto varria, cantando Single Ladies junto a Beyoncé como se estivessem lado a lado. Animou-se também enquanto organizava os cosméticos e maquiagens que havia usado durante o trabalho, rebolando e batendo o quadril conforme a escala da música se animava. — OH..OH OH OH..OH..OH.OHHHHH! — Cantava animada, e ao retirar o avental, deu um giro completo rindo de si por estar se sentindo a rainha do Pop. E foi neste movimento que Ravenna percebeu que estava sendo observada pela fachada envidraçada por ninguém mesmo que Eugene Fitzherbert. Arregalou os olhos e corou instantaneamente, pelo menos antes de ser tomada pela fúria causada pelo susto. — QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO AÍ ? ABUSADO! — Gritou, arremessando o avental na vitrine como se o tecido pudesse atravessar o vidro e efetivamente acertá-lo. O que obviamente não aconteceu, então o sorriso sardônico do comediante se manteve intacto. Revirando os olhos, a mulher sumiu da vista do rapaz, entrando no atelier privativo. Apesar do pequeno surto, agora ela estava sorrindo. Depois do pequeno "momento" com Eugene, Ravenna devotou a estética agora para si. Tomou um belo banho, vestiu-se, se maquiou e arrumou o cabelo. Escolheu uma vestimenta dourada, que na opinião dela, combina tanto com o Natal quanto verde e vermelho. Perfumou-se e colocou alguns acessórios, fitando o resultado da arrumação por vários ângulos, já que o salão é repleto de espelhos. — Linda, linda. — Disse, não para si, e sim para a roupa que ela mesma havia confeccionado. Pegou a bolsa de mão, bem como dinheiro e os documentos, e trancou novamente o Salão. Não precisou ir de carro até a praça, já que o salão fica a apenas uma quadra do lugar. Caminhou até lá, cumprimentando todos os conhecidos enquanto admirava a decoração luminosa. Parou de frente a estrutura da árvore de natal, que apesar de ainda não estar acessa, já se mostrava bela e imponente. Comprou um algodão doce no caminho, e ficou ali, estática, enquanto o comia.
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Camélia — Cinderella — Agnes/Praça Principal
Camélia acordou disposta a não fazer nada. Era véspera de natal, e nada melhor do que ficar em casa dormindo neste dia de folga. Acontece que os planejamentos para a noite não haviam sido cumpridos ainda, e a moça deveria terminá-los antes de ir festejar sozinha na sala de seu apartamento. Eram exatas nove horas quando o seu despertador tocou pela segunda vez. Sabia que deveria levantar, caso o contrário o presente de Belarius não ficaria pronto. E como sua melhor amiga, deveria entregá-lo na data certa. Ergueu seu corpo e foi até a pequena oficina ao lado de seu quarto, buscando os tecidos certos para o vestido ideal. Sabia que a amiga era sua modelo quase sempre, mas precisava entregar-lhe algo novo, algo diferente. E Camélia nunca havia feito um vestido para a mesma. Colocou a mão na massa e passou a desenhar o modelito. Assim que terminou, notou que estava simples e que seria fácil de fazer. Trabalhou ao menos quatro horas no vestido para Bela sem pensar em parar. Terminou o serviço por volta das duas horas da tarde — colocou o presente em um cabide e deixou-o estendido na cama da mais velha. — Agora posso ir almoçar — disse para si mesma com um sorriso no rosto, satisfeita pelo belo trabalho feito. Almoçou no silêncio confortante — sabia que a amiga estava na biblioteca, ajeitando os enfeites do relógio. Lavou a louça utilizada e guardou os restos de comida na geladeira, então dando a graça de ficar deitada no sofá. O relógio soou 18h da tarde, e Camélia retirou os olhos do livro que estava degustando com os olhos quando a porta da frente abriu. Largou o objeto no sofá e levantou-se, correndo para abraçar a amiga.— Feliz véspera de Natal! — falou com entusiasmo, recebendo algumas cócegas da amiga — Daqui a pouco é a hora de ir para a praça. Você vai comigo, Bell?A resposta da maior fez com que o sorriso no rosto de Stardust diminuísse. "Eu vou com Antoine... Combinamos horas atrás."— Ah, sim... — foi até a cozinha, acompanhada da amiga, e pegou um copo d'água — É... Eu não tava muito afim de ir também, sabe? Acho que vou ficar por aqui. Preciso terminar de ler aquela saga que você pegou pra mim emprestado da biblioteca. Levou uma bronca da amiga por ter dito aquilo, e então Belarius disse que deixaria a menor ir com eles até a praça. E se não fosse, sairia de casa arrastada, porque ela não iria passar o natal em casa. A pequena concordou com a cabeça, e então mudou o assunto. Falou que o presente de Bela estava já em seu quarto, e perguntou um pouco sobre o seu dia. Conversa vai, conversa vem, o tempo passou, e já era quase hora de sair de casa. Buscou em seu guarda-roupas uma de suas mais novas criações e vestiu-a, sentindo-se confortável. Mesmo que não fosse sua cor favorita, Cams adorava usar azul, sentia que o tom contrastava perfeitamente com seu cabelo. Deixou as madeixas soltas, calçou um salto um pouco mais claro que o vestido e colocou seus pertences em uma pequena bolsa. Sentou-se no sofá à espera da carona junto com Belarius. Chegando na praça principal, Camélia logo separou-se do casal. Decidiu ir dar uma volta, apreciar a decoração realizada pela prefeita, Regina Mills. Olhou para um canto e viu três mulheres excêntricas conversando. Conhecia-as muito bem, amigas de sua chefe. Passou com rapidez afim de não ser vista, mas nessa correria acabou por esbarrar em alguém. Balançou a cabeça e pediu desculpas. Ergueu o olhar para ver quem iria lhe dar uma bronca mas, ao ver o rosto de Agnes, um sorriso esboçou em seus lábios, e Camélia abriu os braços para abraçar a amiga. — O mundo dá voltas, não é mesmo? Ontem você esbarrou em mim, hoje eu esbarrei em você — brincou, rindo enquanto ajeitava-se — Olha isso! — ao dizer, deu uma voltinha, mostrando para a amiga o vestido que havia feito — Sua sincera opinião, por favor. Assim como Belarius, Agnes era uma moça a qual Camélia não tinha vergonha de conversar, Pelo tamanho de intimidade que possuíam e o tempo de amizade que lhes eram atribuído.
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Pandora — Gato de Cheshire — Disponível/Taverna
Acordei no começo da tarde, meados da uma hora da tarde. Não é uma hora costumeira para mim, mas hoje era um dia diferente, por conta do natal. Não que eu festeje a data, mas os fregueses sim, e é sempre bom ganhar dinheiro, principalmente para alguém que está tentando juntar dinheiro para comprar um carro. Talvez ele tenha super-molas e quando eu aperte um botão, saia voando. Ou talvez super velocidade seria legal. E se ele se desdobrasse em dois? Minhas insanidades começaram logo de manhã, e minha mente foi queimando gasolina enquanto eu pensava em mil maneiras extraordinárias de se ter um carro. Tomei um banho nesse meio-tempo e me troquei, descendo do meu apartamento, andando até o Restaurante da Vovó. A Vovó é a velha mais gente boa do mundo. E olha que eu não sou muito de gostar de pessoas que não frequentam minha Taverna, mas ela sim é digna de ser legal. Entrei e pedi minha comida. Levei-a até minha mesa e decidi já degustar da maravilha que estava na minha frente. Assim que terminei de almoçar, percebi que não havia pedido nada para beber. Como ainda era cedo, decidi não ingerir nenhum álcool. Quer dizer, eu não saberia lidar com bebidas alcoólicas logo de manhã. Talvez o meu sistema nervoso parasse de funcionar caso eu ingerisse uma cerveja às 14h da tarde. Os nervos virariam bolhas e iriam absorver. Ah...Andando para fora do estabelecimento, senti um esbarrão e logo em seguida tomei um banho de coca-cola. Olhei para a desgraça que causou tal atrocidade, e dei de cara com Agnes. — Porra Agnes, eu sou pequena mas você é mais. Aliás, você tem dois olhos, não consegue enxergar o que tem na sua frente não? Não foi você que pagou essa merda. E agora? Vou ter que torcer no copo e beber o que cair? Até perdi a vontade de me hidratar com refrigerante. Puta merda  — resmunguei com vontade, empurrando a porta com força para sair dali. Quase derrubei Agnes quando sai, mas me importei 0%. Quando coloquei o pé para fora da Vovó, ainda ouvi um babaca rir da minha roupa suja — Tá olhando o quê, babacão? Nunca se sujou na vida? Se não vem cá que eu encho sua camiseta branca de sangue, seu otário. CAI FORA — o homem saiu me chamando de louca ainda. Vê se pode. Voltei para casa afim de me vestir novamente. Tomei outro banho — foi mal, mas eu não consigo ficar com a sensação de melado nos seios. Decidi então colocar uma roupa preta básica e fui para a Taverna, dar uma geral nela. Ajeitei as cadeiras, terminei de arrumar os enfeitinhos de rena e então, lá para umas 21h, fui para a praça principal.  Chegando lá, mordi os lábios. Estava tudo tão bonito, com vários enfeites e frufruzinhos e a caralhada a quatro. Parei em qualquer lugar, então imaginando tudo aquilo pegando fogo. Mesmo que Regina estivesse tentando se esforçar para ser uma prefeita mais legal, eu não vou com a cara dela. E foda-se. Eu vou virar prefeita algum dia, mas antes disso, colocarei fogo nisso tudo. Quer dizer... Se eu colocar fogo, provavelmente ninguém votaria em mim para ser prefeita. Mas a gente nem tem votação. Talvez daria certo um impeachment contra Regina? Ou um golpe civil? Olhei para o céu, notando o visco em cima de minha cabeça. Revirei os olhos e andei até o bar antes que algum idiota aparecesse. Não, eu não acredito e nem sigo nada desses "rituais" natalinos. Chegando na Taverna, a primeira coisa que fiz foi abrir as portas e janelas. Liguei o letreiro de "aberto" e fui para trás do balcão. Coloquei um gorrinho do papai noel na cabeça — preciso atrair a clientela — e me servi com uma bebida exótica que eu acabei criando na hora. Sentei-me na minha banqueta e fiquei à espera dos grilos — até porque, todos estão lá fora, curtindo a árvorezinha enfeitadinha com a prefeitinha servindo água com gás e corante alimentício.
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Scarlett — Hades — Morgan e Celeste/Praça Principal
Os olhos demoraram-se a abrir e ela demorou-se ainda mais espreguiçando-se nos lençóis de seda negros que forravam o colchão macio da cama queen size.  Scarlett retirou a máscara que cobria seus olhos, abrindo-os e deixando-se deslumbrar pela visão do cômodo que jazia escuro e resfriado pelo ar condicionado e sentou-se na cama enquanto prendia as longas madeixas num rabo de cavalo frouxo. Sentou-se na cama, deixando os pés tocarem o tapete macio abaixo deles e colocou-se de pé, desligando o ar e abrindo as cortinas apreciando a vista que a janela do aposento lhe proporcionava. Havia chegado há poucos dias em Storybrooke, mas já sentia o quanto a cidade poderia lhe proporcionar em diversão, ainda mais pelas pessoas maravilhosamente maléficas que tivera o prazer de conhecer na cidade. Higienizou-se com um banho quente e vestiu um maiô preto cobrindo-se com um roupão enquanto dirigia-se para a sala de jantar, local onde seu café da manhã já estava prontamente servido. Os criados sabiam que ela detestava atrasos. Após comer, caminhou lentamente para a área externa, o sol banhava o gramado e ela retirou o roupão, adentrando a água límpida da piscina e mergulhando. A natação fora seguida de duas horas de prática de pilates e também dança. Scarlett possuía muita energia a ser gasta e precisava preencher o dia com algo que a agradasse, visto que à noite teria de marcar presença em um evento da cidade. Durante o período da tarde, logo após o almoço, a Dush caminhou para a parte de trás da casa, onde um espaço recém preparado tinha recebido no dia anterior três visitantes muito especiais. A mulher havia adquirido três dobermans já adultos, estues que agora encontravam-se esparramados no espaço que lhes fora designado. A pelagem negra brilhava contra o sol e assim que ouviram os passos da dona, levantaram-se e sentaram-se um ao lado do outro olhando-a. — Ah, tão comportados! Estão tentando agradar a mamãe, não é danadinhos? — Maliciosa, aproximou-se dos cães dando neles um afago na cabeça. Scarlett era cruel sim, mas já tinha os cães em apreço, principalmente por saber que foram muito bem treinados e poderia obedecer aos comandos mais malignos. — Devem estar com fome, não? Venham queridos, mamãe trouxe carne de primeira qualidade para vocês. — Falou e ouviu o latido fervoroso dos cachorros que logo a seguiram. Scar os tinha carinhosamente dado nomes específicos. O macho maior entre eles era Anúbis, o outro, apenas um pouco menor, chamava-se Azrael e a fêmea era Lilith. ♦ ♦ ♦ Já a noite, recebera uma mensagem de Morgan contando sobre o assalto em sua casa, algo que deixou a morena deveras curiosa. Quem se atreveria a adentrar o locla de moraria de uma mulher como a von Teschen? A gargalhada que escapou de sua garganta era divertida e maliciosa e ela demorou alguns minutos se recompondo antes de responder o sms irritadiço da amiga. "Quanta audácia! Não se preocupe querida, logo descobriremos de quem se trata. Te encontro em quarenta minutos. "Respondeu a deu início à preparação para a noite, esta que pelo visto ia ser longa. Ao menos, ela faria com que durasse muito. Vestiu-se de modo mais simples, já que não se tratava de nenhum evento de gala, o vestido azul não continha enfeites, apenas a fenda lateral avantajada que deixava amostra sua perna. Adornou o pescoço com um maxi-colar de pedras e prata, calçando um salto fino e fez uma maquiagem simples, apenas realçando os olhos, adornando as orelhas com um brinco longo prateado. Descendo as escadas, dirigiu-se à garagem onde já entrou na McLaren e dirigiu até a casa de Morgan que a essa altura já deveria estar pronta. Parando em frente à residência da morena, ligou para ela que não demorou a atender. — Estou aqui, querida. Claro, estou a sua espera.  — Respondeu e desligando o aparelho, recostou-se no veículo, Morgan não demorou a aparecer. A cumprimentou de volta e tombou o fronte levemente de lado. — Não foi ruim, creio que ficar aqui me fará bem. Mas então Morgs, me conta o que houve, como alguém ousa invadir a residência Von Teschen? Algum rastro? — Indagou curiosa, tinha de saber quem haveria de roubá-la, quem sabe a Dush não o parabenizasse pela ousadia pessoalmente depois.  Tendo a resposta da outra, deu de ombros e assentiu.  — De fato, vamos ao tão esperado festival.  — Demoraram um pouco mais que o normal para estacionarem, dado o número de carros e pessoas ali presentes. Scarlett já suspirava e revirava os olhos quando desceu do carro. O clima familiar nuca lhe apeteceu de toda forma. — Argh, não me fale. Ver essa gente toda reunida me dá náuseas. Certamente não mais que as bebidas baratas que servem aqui.  — Torceu o nariz enquanto cmainhavam, a mulher observava todas aquelas pessoas ali, a maioria delas sem nem sonhar com a realidade em que estavam inseridas. Um sorriso malicioso brotou nos lábios femininos quando sua atenção fora chamada pela voz da amiga a seu lado. Sentaram-se no lugar que parecia menos imundo e pobretão, enquanto eram servidas de um whisky que o proprietário denominava "o melhor" da casa. Scar nem queria imaginar qual seria o pior então.  — Não foi de todo tediosa. É difícil encontrar um lugar que realmente me surpreenda, mas encontrei algumas almas muito interessantes no processo. Hoje em dia não é fácil encontrar pessoas com nível suficiente para manter uma conversa interessante. — Enquanto falava, Celeste se fez presente, logo sendo cumprimentada por ela e respondendo-a de maneira igualitária, esperou que a bebida da outra chegasse para então continuar.  —  O que talvez me incomodou um pouco foi o calor, mas as praias resolviam o problema com facilidade, principalmente aquelas privativas. As pessoas naquele lugar sabem dar uma festa dos infernos. —  Soltou um riso baixo, degustando do whyski de quinta que foram servidas. — Se o mau gosto dessa gente fosse apenas para bebidas...Olhem essas roupas cafonas, essa decoração medíocre. Francamente, o que Regina não faz para iludir esses pobres coitados. Pelo menos ela lucra com isso. —  Respondeu e deu de ombros, correndo os olhos pelo lugar e pelas damas a sua frente.
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Gabriel — Gênio — Julian/Praça Principal
Assim que terminou de comer a pipoca e beber a soda, a curiosidade fez com que o mecânico voltasse ao carro e pegasse o presente que ganhou de Rowena. Gostaria de abri-lo no primeiro minuto após a meia noite, então era bom já tê-lo consigo, para facilitar. A quantidade de pessoas no lugar pareceu duplicar em questão de minutos, e um homenzarrão como Gabriel precisou de cuidado para se locomover entre elas sem correr o risco de pisar num pé, ou esbarrar em alguém por acidente. Voltou até o Camaro e retirou o presente comprido do porta malas, e tão logo retornou para o mesmo banco que outrora estava sentado. Desta vez, teve que ter o dobro de cuidado, já que o pacote comprido facilmente bateria em alguém caso ele não tivesse atenção.  — O que será que tem aqui dentro, afinal ? Uma vara de pesca ? — Entoou a suposição para si, enquanto novamente se acomodava no banco vazio. Os dedos titubearam sobre o pacote, gerando um leve batuque dado o choque contra o papelão por debaixo do papel decorativo. Provavelmente o rapaz moveu os dedos propositalmente conforme algum refrão que conhece, e pelo menos conseguiu se manter distraído desta maneira, já que não tinha com quem conversar. Tal panorama logo mudou, ao fitar Julian Fawkes se aproximando. Sorriu pequeno para o amigo, mas logo o semblante murchou ao ouvir a menção retórica sobre o presente. — Ah, sim..pois é.. — Tentou não transparecer desanimo, mas uma coisa que Gabe aprendeu a muito tempo é que não se consegue enganar Jules. — Sim, está tudo bem. Eu acho.. — Respondeu-o vagamente, chegando um pouco para o lado para que o colega tivesse mais espaço para se acomodar. Recebeu a cerveja de bom grado, suspendendo o copo em sinal de agradecimento. Bebeu um gole generoso da cerveja antes de retomar a conversa. — Valeu, eu estava precisando. E respondendo a sua pergunta, não é bem..triste. Tá mais pra deslocado e decepcionado. Comigo mesmo, no caso. — Disse, repetindo o mesmo movimento do amigo e se regalou de um dos salgados. Sabia que a explicação fora subjetiva, e não tardou para que Julian o questionasse e pedisse detalhes da questão. Provavelmente, o lado investigador falando mais alto. — Uma amiga querida me deu este presente. E eu não consegui comprar algo para ela. Pensei até que eu não fosse ganhar nada, já que ela já me ajuda sempre que pode. E como uma pessoa legal que a Neena é, disse que eu não preciso dar nada. O máximo que consegui oferecer em retribuição foi um reparo de para-choque. O que não é muito, natalino, por assim dizer. — Então, explicou o porque dos notórios sentimentos. Meneou em negação quando o colega perguntou se poderia fazer algo. Ele já estava fazendo bastante, estando ali e sendo o amigo prestativo que sempre foi. — Está tudo bem, não esquenta com isso. Enfim, o que fez durante o feriado ? Consertei uma Ferrari hoje de manhã. Isso não acontece todo dia. — Decidiu mudar o rumo da conversa para conseguir deixar o sentimento de impotência de lado e curtir pelo menos um pouco o evento com o amigo.
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Dea-Swyn — Ariel — Disponível/Praça Principal
Dea-Swyn acordou cedo. Era seu primeiro dia de férias, estas que acabariam no dia 02 de janeiro. Ficou feliz por estar "livre" do trabalho por um tempo, mas sabia que precisava voltar a compor. Cedo ou tarde as pessoas cansariam da sua música, não é mesmo? E para manter-se no pequeno mercado de Storybrooke, a menina precisaria de novos hits. — Bom dia, mundo! —gritou de sua janela antes de correr para a cozinha, preparando um café-da-manhã reforçado. Iria às compras, custasse o que fosse. O dinheiro que juntou seria muito bem gasto. Tomou um banho demorado e vestiu-se para ir ao shopping. Comprou os presentes de todos os queridos por ela — até mesmo Pandora Smekh iria receber um presente. Estava para ir embora quando recebeu uma ligação icônica da Prefeita da Cidade, Regina Mills. Dirigiu-se até a prefeitura de ônibus, e quando chegou lá, foi muito bem recebida. Sentou-se em uma das cadeiras confortáveis enquanto ouvia o pedido da mulher mais velha. Pediu para que Dea se apresentasse no festival que ocorreria de noite. Entusiasmada, a ruiva aceitou de primeira, recusando o cachê. Cantaria pela paixão pela música, não pelo dinheiro. Assim já decidida, precisava acertar a segunda parte. Foi para o Estúdio 62, onde organizava sua vida musical, e sentou-se em uma cadeira. Buscou nas pastas arquivadas em uma prateleira músicas natalinas e algumas que estavam sendo muito tocadas pela rádio local. Assim que pegou as letras, organizou uma nova pasta com todas elas. Ligou para seu amigo que tocava violão. Decidiu que faria um show acústico. Com tudo já planejado para a noite, Swyn decidiu que iria para casa se trocar. Vestiu um vestido estilo sereia em uma cor escura, optou pelos cabelos soltou e passou nos lábios um batom extra-vermelho. Sorriu para si mesma no espelho e, desta vez pedindo um táxi, foi para o festival, com a pasta em mãos. Encontrou-se com o amigo na entrada da praça, e então foi com o mesmo até o pequeno palco disponibilizado para eles. Ajeitou sua banqueta e sua estante enquanto o outro testava o som. Assim que as primeiras pessoas foram chegando, começou a cantar uma música natalina de fundo, acenando para os conhecidos que via.
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Agnes — Alice — Camélia/Praça Principal
Agnes decidiu passear pelas trilhas dos jardins enquanto comia um saquinho de pipocas. Dali dava para vislumbrar em mais detalhes toda a decoração luminosa das árvores, e fitar o brilho que elas causavam nas flores dos canteiros. Apesar de estar de noite, as plantas pareciam tão vivas quanto nunca, graça a diversidade de cores que agora as iluminavam. Claro que se tratando da loura, tal ideia a acarretou em um pequeno contratempo: atenção redobrada ao caminhar sobre os seixos. — Na próxima, coloco uma rasteirinha. — Resmungou para si, enquanto se afastava com toda a cautela do mundo da trilha colorida. Continuar ali acabaria a fazendo cair no chão, ou pior, cair em cima de alguém e causar uma bela catástrofe. Não estava a fim de ouvir ofensas e esporro como o ocorrido na hora do almoço. "Papai Noel, tenha dó de mim." Logo pensou. Graças a deus, ou ao papai noel, ou ao Rudoph, Agnes conseguiu sair da trilha de seixos sem cair ou derrubar alguém. Jogou o saco de papel na lata de lixo mais próxima, pronta para ser novamente recebida pelo festival apinhado de pessoas. Mas a recepção que teve a assustou, já que diferente do costume, alguém trombara com ela. "Então esta é a sensação." Pensou, rindo ao finalmente se ver do outro lado do desastre. Obviamente, a postura da jovem seria completamente diferente da de Pandora, então já estava sorrindo e pronta para confortar a pessoa distraída, quando os olhos brilharam ao ver quem era. — Camélia! — Disse, sorridente, não poupando a amiga de um abraço apertado. — Foi o destino, ou uma vingança arquitetada ? Eim, eim ? — Brincou, cutucando a acastanhada nas costelas enquanto desfazia o abraço e arrancava da mesma boas gargalhadas. Ambas se aprumaram, realinhando os vestidos. Não demorou para a jovem questionar a loura sobre a vestimenta que usava, e sendo Camélia uma aspirante a estilista, era um tanto óbvio que aquele ali era uma de suas criações. — Hmm, deixe-me ver.. — McKnight levou uma das mãos ao queixo e fechou o semblante para causar mistério. Passou a fitar cada detalhe da roupa da amiga, chegando a circundá-la para enfatizar a análise minuciosa que nem precisava fazer, mas que agregava divertimento à brincadeira. Vendo uma pontada de apreensão assolar a jovem estilista, logo a loura sorriu enquanto fez questão de tocar o tecido. — Eu amei. É simples, mas a costura possibilitou um caimento incrível. Mas, sugiro um pequeno acessório para complementá-lo. — Anunciou. Afastou-se da acastanhada somente por dois minutos, indo de encontro ao canteiro mais próximo. Arrancou uma pequena margarida e a escondeu atrás das costas, não deixando que Camélia visse do que se tratava. — Agora, feche os olhos. — Apesar de não o ter feito de imediato, a moça acatou o pedido da loura. Sacudiu uma das mãos em frente as pálpebras fechadas para ter certeza de que ela não espiava, então só então tirou a flor do esconderijo, e com muito cuidado, alocou-a na orelha da amiga. Puxou algumas mexas para que estas escondessem o pequeno caule, possibilitando somente que as pétalas e cerne amarelado tivessem evidência. Então, pegou o pequeno espelho dentro da bolsa, o abriu e colocou em frente aos olhos exóticos da moça. Numa distância que possibilitasse a mesma de enxergar a flor por entre os cabelos macios. — Pronto, agora pode abrir. — Estava sorrindo quando Camélia o fez. — Até que eu levo jeito, né ? — Brincou, enquanto esperava pela reação da amiga.
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Angela — Elsa — Disponível/Praça Principal
O som do despertador tirou Angela de seu sono sossegado. O ar condicionado ligado na temperatura mínima fazia um som suave dentro do quarto da moça que espreguiçou-se demoradamente na cama antes de desligar o despertador no criado-mudo. Sentou-se na cama e suspirou,  sabendo que tinha de se preparar, pois abriria a loja de Souvenires hoje no período da manhã. Normalmente, ela não o faria, dado o dia de hoje, mas também sabia que muitos não tiveram tempo para comprar alguma lembrancinha para amigos e parentes ou mesmo deixavam para última hora. Lembrar da data de hoje fez a loura suspirar longamente e quase decidir por ficar mais um tempo na cama. Mas sabendo que não podia, levantou-se amuada e banhou-se na água fria em prol de despertar a mente. Havia dispensado os criados hoje, sendo assim a casa na qual morava encontrava-se dolorosamente vazia. Angie desceu as escadas após atravessar o corredor e caminhou com os pés descalços pela cerâmica fria até encontrar a cozinha. Uma de suas criadas mais gentis havia deixado o café da manhã pronto antes de sair, juntamente a um bilhete desejando-a um feliz natal. A Müller apertou o papel entre os dedos, guardando-o no bolso da calça e sentou-se à mesa, tomando seu dejejum. Não demorou a terminar de se arrumar e logo já dirigia o Audi na direção da loja. Abrindo-a, já notava a agitação da cidade com os preparativos. Girou a placa indicando a abertura do lugar e sentou-se na recepção, coisa que pouco fazia, esperando para ver se alguém aparecia. Enquanto isso, usava do computador da loja para ver vídeos e ouvir música. Distraiu-se a cantarolar quando ouvira o som do sino da porta tilintar e uma senhora simpática adentrar a loja. Corando, cessou o canto e colocou uma mecha do cabelo louro para trás da orelha.  — Ah, desculpe eu...Não vi a senhora entrar. No que posso ajudar?  — A mulher por sua vez deu um pequeno sorriso a ela.  — É uma voz muito bonita, não há pelo que se desculpar senhorita....  —  — Müller,  Angela Müller.  — Apresentou-se e deu continuidade ao atendimento. A senhora terminou por levar algumas peças a mais do que o plano inicial e agradeceu-a com gentileza antes de deixar a loja. Após ela, apenas mais duas pessoas estiveram lá e ela logo pôde voltar para casa. A tarde e início de noite forma tranquilos, a Schneider ocupou-se de esboçar novos modelos de peças e também adiantar alguns trabalhos pendentes, alguns deles projetos especiais e únicos, um deles inclusive encomendado pela própria Regina, prefeita da cidade. Não que fossem íntimas, longe disso, a mulher até chegava a causar certo desconforto em Angela, mas ela havia visto seu trabalho há alguns dias atrás e encomendado uma peça especial para si mesma, coisa que a escultora jamais negaria, ainda mais amando o que faz como ela ama. ♦ ♦ ♦ A hora do Festival se aproximava. Mesmo tendo dito a Mary, sua criada, que iria, a vontade da loura era mínima. Não era uma data que gostava, principalmente dadas as circunstâncias de não ter família alguma. Sempre em datas do gênero costuma ficar em casa e trabalhar até altas horas da madrugada, mas hoje achou que fosse uma boa idéia prometer a criada que não ficaria e tentaria se divertir e aproveitar. — Que idéia mais insensata, Angela.  — Comentou para si mesma. Puxou o ar com profundidade antes de decidir que iria de fato ao Festival.  — Pedaço não vai arrancar.  — Vestiu-se com um macaquinho de seda azul marinho, jogou um salto nos pés e uma jaqueta branca de couro por cima. A maquiagem realçava os olhos extremamente azuis e não era muito pesada e nos lábios um batom rosa salmão. Optou por deixar os cabelos soltos e levou documentos, cartão e dinheiro nos bolsos internos da jaqueta, afinal, não precisaria de muito e não queria usar bolsa. O perfume floral era sutil e não muito doce. Sua vontade era ir a pé, mas como fizera o favor de morar afastada da cidade, pegou o Audi na garagem, logo dando partida e seguindo caminho para a praça onde ocorreria o evento. Estacionou o mais perto que conseguiu, o lugar já estava lotado de pessoas e antes de descer do carro sentiu as mãos suarem frio pela multidão ali presente. Respirou fundo diversas vezes antes de decidir não dar meia volta e ir embora. Não era muito boa em lidar com pessoas, ainda mais naquela quantidade absurda. Procurou não se concentrar na quantidade de gente por metro quadrado e passou a caminhar entre as barraquinhas, comprando para si um algodão doce e afastando-se um pouco da multidão, recostou-se numa árvore comendo o doce comprado enquanto observava o movimento.
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Elizabeth — Jane — Disponível/Praça Principal
Elizabeth não se lembrava da hora que acordou naquela manhã, mas esse não se mostrava um real esforço para a garota, que logo cedo já abria o consultório veterinário onde trabalhava com George, seu crush/amigo/cara-mais-gostoso-que-ela-tinha-visto. Não que deixasse isso óbvio, Eliza geralmente agia o mais normal possível perto do homem, o que não era cem por cento normal, mas já era um avanço. Hoje, no entanto, ela se sentia mais animada, então fugia um pouco de sua presença para não pagar o mico de cantarolar musicas natalinas perto do bofe. Passou assim durante toda a manhã, o chamando às vezes apenas para correr atrás de Greg, um dos filhotes de Rowena, que parecia mais agitado que o normal e até mesmo a derrubou algumas vezes. No fim do dia se encontrava um pouco descabelada e cansada, mas bastante animada.  — Vai ver as luzes de natal hoje? — Perguntou ao colega de trabalho, enquanto colocava os filhotes da amiga em suas respectivas coleiras, recebendo uma lambida de Sam que foi de seu queixo até a raiz do cabelo, uma demonstração de carinho que foi retribuída com um carinho no pescoço do animal. — Então, nos vemos lá! — Se despediu à resposta afirmativa do amigo e já saiu para o fim de tarde daquela véspera de natal, quase sendo carregada pelos animais.O caminho até o loft foi tranquilo, sem outros animais para mexer com os filhotes, até mesmo Greg foi comportado, e quando alcançaram a campainha, Eliza a tocou já sentindo saudade dos animais. Não demorou muito para que Rowena surgisse na porta, sua expressão amigável no rosto bonito, apesar do visível cansaço, deixando Eliza um pouco sem graça, como era comum acontecer. Apesar disso o assunto sobre Greg a descontraiu. — Ele foi um amor. Os dois foram. — Respondeu sorrindo ao ver o labrador correr para dentro, e então pegou o pagamento, o colocando no bolso interno do casaco, já se despedindo.O caminho de volta para a pensão também foi rápido, e assim que entrou no restaurante disse um "Oi" geral e andou até seu quarto lentamente, tentando decidir que roupa deveria vestir. Na verdade, até pensou em sentar por lá e pedir um chocolate quente, mas descartou a ideia pela quantidade de pessoas que estava por lá, preferindo comer na praça depois. Pensar nisso, no entanto, a deixou um tanto nervosa enquanto entrava em seu quarto e fechava a porta, pendurando o casaco atrás da cadeira de sua escrivaninha. A praça claramente estaria lotada, todos os moradores de Storybook estariam lá o que significava multidão, o que costuma deixar Eliza desconfortável. Tentou focar os pensamentos em outra coisa, durante o banho, para não se prender no que via como um problema, e por sorte as musicas natalinas voltaram e as cantarolou até estar completamente pronta para sair, o vestido verde, colado ao corpo, fazendo par com um sapato prateado e a maquiagem básica. Pegou então os pequenos pacotes de presentes, sendo apenas três, e desceu para o restaurante, deixando dois ali, para Nevaeh e para Vovó. Nada muito caro, apenas duas pulseiras simples, como agradecimento pela hospitalidade na pensão.  O outro entregaria depois para George,  uma pulseira de nós que não fazia ideia se ele usaria, mas apenas para não passar em branco. Para entrega-lo, no entanto, teria que encontrar o amigo em meio às pessoas, por isso saiu rapidamente, se misturando na multidão que se espalhava pela praça, buscando com os olhos pessoas mais conhecidas, e comidas que parecessem gostosas.
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Eugene — Flynn — Disponível/Praça Principal
Natal nunca foi o feriado favorito de Eugene. Nunca foi de comemorar já que não tinha uma família, muito menos filhos para poder enganar ao dizer "o Papai Noel está chegando crianças, se preparem!", ou então alguém que se importasse e resolvesse lhe dar um presente. Muito menos dinheiro para comprar o presente para alguém, e sendo sua ceia um sanduíche de atum, optava por não comemorar como todo o resto. Acordou nas vésperas com a grande notícia de que poderia descansar aquela noite, apesar da Taverna estar aberta no período noturno. Eugene volta e meia aparecia lá como mero cliente, assim já conhecia boa parte de seu público, normalmente aqueles que frequentavam a Taverna quase todos os dias. Desceu de sua cama, cuidou de toda sua higiene pessoal, colocou uma roupa confortável e acabou saindo para a rua, observando toda a decoração de natal ainda apagada. Aparentemente todos haviam deixado para fazer suas comprar de natal na véspera mostrando que bizarramente, eram todos desorganizados. Foi a pé meso, porque é a maneira mais econômica de se locomover, não? Seu objetivo da manhã era comprar uma cidra para poder levar na praça e beber sozinho enquanto todos se abraçavam e trocavam afetos para agradecer o nascimento de Jesus. Talvez estivesse mais animado se fosse realmente rolar um banquete de graça. No entanto estava tudo bem, pessoas agradáveis estaria na praça comemorando, não seria de todo o mal. Passou um bom tempo caminhando e enrolando em rumo ao mercado, que se encontrava extremamente cheio. Permaneceu um tempo fingindo escolher outros produtos na tentativa de pegar uma fila menor, no entanto ela só aumentava. Segurou a cidra em baixo do seu braço e correu para a fila, ficando na frete de uma criança e sua avó. A criança insistia em o chutar, por algum motivo, devia ser macio. Eugene não falou nada, porém volta e meia lançava um olhar amedrontador para o pequeno, que fingia não ver e continuava. Seria mais alguns minutos de espera, ou sairia da fila e procuraria outro lugar para comprar sua bebida. Não custou muito tempo para conseguir sair da fila depois de alguns longos minutos aguardando com tamanha paciência. Suas mãos estavam jogadas no bolso de sua calça, e caminhava com tal paciência, afinal não tinha planos para o seu dia, somente sua noite estava reservada para o grande evento promovido pela prefeitura. Eugene sabia os lugares bons para frequentar a esse horário, e aproveitaria o tempo que ainda tinha de sobra para procurar o cidra em outro mercado menos cheio. Algum tempo depois caminhando, notou que o horário de almoço já havia chegado, e então lhe restava ir comer algo no restaurante mais próximo. Se tivesse mais tempo, iria almoçar do Granny's, porém nem mesmo sabia se estava aberto. Assim que almoçou, pediu seu cafezinho de cada dia, ficando alguns minutos a mais sentado na cadeira e observando o bela paisagem de nada. Após o almoço, decidiu passar na praça e ver como estava a decoração oficial de lá, ficando cerca de uma hora, até fazer a digestão e seguindo o caminho logo em seguida, em busca de sua tão almejada cidra. No meio do caminho, não conseguiu deixar passar despercebido a grande performance de Ravenna, a moça do salão a qual o rapaz achava admirável. A morena cantava, e dançava uma música a qual Eugene não conhecia muito bem, porém já havia escutado em outras ocasiões, enquanto arrumava os itens da loja e limpava o local. O áudio da música estava um pouco mais baixo, devido o abafamento, porém conseguia ouvir a voz de Ravenna cantando o refrão com tamanha empolgação. Seria inevitável não deixar a cena passar despercebida, e assim o rapaz permaneceu parado, observando a moça através do vidro que permitia a iluminação do estabelecimento com um sorriso no rosto - gostando da performance, e talvez rindo pela animação que ela sempre esbanjava -.Logo que Ravenna notou a presença do rapaz, a mesma se acanhou, e tomada por uma fúria repentina, demonstrou então lhe questionando de forma nem tanto amigável, com o tom alterado, o que estava fazendo ali, e jogando o seu avental na direção do vidro. Como reflexo, ele tentou desviar, se lembrando de que não seria atingido. Seu sorriso ainda estava lá, juntamente com sobrancelhas arqueadas, em um tom divertido e debochado. Gostava de provocar quando tinha chance, e certamente esse seria um bom assunto o qual poderia puxar assunto, da sua maneira, com a moça. Infelizmente, a mesma adentrou-se em uma sala, restringindo a visão de Eugene a produtos e outras coisas as quais não sabia identificar. Conformado, tirou as mãos de seu bolso, seguindo então em busca a um mercado menos cheio. Sabia que teria um espaço que vendia bebidas mais baratas perto do cais, e foi para lá que seguiu. Assim que chegou no lugar, notou uma fila bem menor, o que lhe deu um alívio. Pegou a cidra, pagou e saiu, indo então em direção a sua casa. Teria um tempinho para descansar, tomar banho, e se arrumar um pouco para quem sabe conquistar alguém para que lhe desse um presente. Logo que chegou em sua pequena residência - que bem como gostava de dizer, não é de um cômodo, e sim uns três, pequenos, mas três -. Deixou a cidra na cômoda e foi direto para o banho, lavando seu cabelo, e suas outras partes até sentir a conta de água lhe falindo e desligando o chuveiro. Vestiu-se apropriadamente com o que tinha de melhor, nada muito sofisticado, porém uma roupa de bom gosto. Vestiu suas botinas e perfumou-se, pegando a cidra que tanto lhe deu trabalho para encontrar e colocando em seu braço. Saiu de sua casa, notando a escuridão natural do céu, que graças as luzes das ruas não eram tão sombrias. Caminhou então em direção à praça principal, acompanhado de alguns outros moradores de Storybrooke que também iam ao festival. Logo que chegou no point guardou um espaço no banco para si, e com a cidra em sua mão, apenas permaneceu observando as caras que apareciam no lugar.
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