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olhos-de-laser · 19 days
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salta um rilke shake com amor & ovomaltine quando passo a noite insone e não há nada que ilumine eu peço um rilke shake e como um toasted blake sunny side para cima quando estou triste & sozinha enquanto o amor não cega bebo um rilke shake e roço um toasted blake na epiderme da manteiga
nada bate um rilke shake no quesito anti-heartache nada supera a batida de um rilke com sorvete por mais que você se deite se deleite e se divirta tem noites que a lua é fraca as estrelas somem no piche e aí quando não há cigarro não há cerveja que preste eu peço um rilke shake engulo um toasted blake e danço que nem dervixe — Rilke Shake, Angélica Freitas [São Paulo: Cosac Naify; Rio de Janeiro: Viveiros de Castro Editora, 2006 — Coleção Ás de colete; 14]
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olhos-de-laser · 2 months
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glasshalfgolden
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olhos-de-laser · 2 months
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 It's that thing when you're with someone, and you love them and they know it, and they love you and you know it... but it's a party... and you're both talking to other people, and you're laughing and shining... and you look across the room and catch each other's eyes... but - but not because you're possessive, or it's precisely sexual... but because... that is your person in this life. And it's funny and sad, but only because this life will end, and it's this secret world that exists right there in public, unnoticed, that no one else knows about. It's sort of like how they say that other dimensions exist all around us, but we don't have the ability to perceive them. That's... That's what I want out of a relationship. Or just life, I guess.
— Frances Ha, written and directed by Noah Baumbach and Greta Gerwig
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olhos-de-laser · 3 months
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Este verão ensina-me a amar as minhas cicatrizes a enfeitar-me com marcas de estrangulamento no pescoço
Este Verão ensina-me a fechar à chave a amargura e fico bem roliça e anafada pareço bem tratada
Este Verão ensina-me a gritar o bel canto
Este Verão ensina-me que a solidão descansa e cresce numa mão
Este Verão ensina-me a não confundir um corpo disponível com o desejo de felicidade
Este Verão ensina-me a ser para cada pedra um espelho de água
Este Verão ensina-me a amar grandes bolas de sabão e pequenas antes de rebentarem
Este Verão ensina-me que tudo sem nós por si continua
Este Verão ensina-me um rosto gelado feliz
Este Verão ensina-me tenho que ser eu a bater no tambor quando quiser dançar
Este Verão ensina-me a ser sem felicidade sem tristeza por uns segundos aliada de Deus
Este Verão ensina-me a acordar de manhã. Grata. Sozinha.
Este Verão ensina-me que a folha do limoeiro só deita cheiro quando a desfazemos entre os dedos.
— Este Verão (in A sede entre os limites), Ulla Hahn [vers. João Barrento, ed. Relógio D’ Água]
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olhos-de-laser · 5 months
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1) O que pode acontecer. 2) Como vão comportar-se as pessoas. 3) Oh, o que quer que seja.
— Nunca se sabe [fragmento] (in Poemas Escolhidos), Ron Padgett
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olhos-de-laser · 6 months
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que nosso beijo, laço de água, absolva tudo.
— Desassombro, Eucanaã Ferraz [ed. 7Letras; 1.ª edição, 2002].
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olhos-de-laser · 8 months
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Já vieram as novas listas telefónicas. O teu número é impossível de encontrar. A tua família, creio, mudou de cidade. Espero que lhes chegue a demorada alegria sem que a tua memória a venha aluir.
Conheci-te num tempo tudo menos inocente com ferozes sobressaltos de ternura. Tu já perdido salvaste-me a adolescência e a vida porventura. Parecias um índio farejando os sulcos e os líquidos humores.
É sabido que os magnetes viajam velozes atraídos pela circulação dos golfos sanguíneos. Os cabelos cobriam-me no teu colo a cabeça e a tua mão respirava sobre o meu desejo num acto solene de xamanismo.
Depois que nos mentiste morreste sem cartas com uma agulha erecta a prumo sobre a veia. Recordo-nos, amor primeiro, boiávamos ao mar um lugre o céu estrelas que eram ímanes que singravam ondas pólos do nosso afecto.
— Parceria Breve (in Mulher ao mar e corsárias), Margarida Vale de Gato [ed. Mariposa Azual]
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olhos-de-laser · 8 months
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sophia chablau e uma enorme perda de tempo @ sesc 24 de maio. yashica mg-motor w/ fujifilm superia 400.
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olhos-de-laser · 8 months
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esse filme é uma porcaria - minidoc
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olhos-de-laser · 8 months
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Para Jim Jarmusch
Os poemas são como o mundo: não rimam. Voltam, desaparecem, tentam dizer o peso da água ou o aroma ténue da cerveja. São uma trela no escuro, depois de termos queimado todos os fósforos. Escrevemos, num caderno vazio, a palavra ausência. Talvez amanhã seja outro dia.
— Patterson (in Shots), Manuel de Freitas [ed. Paralelo W]
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olhos-de-laser · 8 months
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Vida vale vivê-la se, de quando em quando, morremos e o que vivemos não é o que a Vida nos dá nem o que dela colhemos mas o que semeamos em pleno deserto.
— Semente (in Poemas escolhidos), Mia Couto [1ª ed. São Paulo. Companhia das Letras, 2016]
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olhos-de-laser · 9 months
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— a esperança — de que o objeto amado se oferecerá ao meu desejo.
— Adorável (in Fragmentos de um discurso amoroso), Roland Barthes [Ed. Francisco Alves, 1.ª edição 1991]
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olhos-de-laser · 9 months
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Saiba pouco, mas pelo menos saiba isto: que ninguém fala pelos outros. Que, mesmo que queiramos contar histórias alheias, terminamos sempre contando nossa própria história.
— Formas de voltar pra casa, Alejandro Zambra
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olhos-de-laser · 9 months
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pedir à noite o recato da tília e ir, leve de ombros, por entre os dedos do medo.
— Salvo-conduto (in Manual dos dias cavos), Emanuel Jorge Botelho
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olhos-de-laser · 9 months
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I enquanto eu brincava de índio na praia você se transformou em uma maravilha tecnológica
máquina de bolinar máquinas
II enquanto o homem de terno dançava sobre o homem de crachá que dançava sobre o homem de farda que dançava sobre o homem de macacão que cantava músicas para jesus cristo eu estava na praia brincando de índio
quando a polícia chegou
III seu corpo relinchava enquanto a internet forjava o novo formato da sua coluna
meu amor
você se parece cada vez mais com uma cadeira de escritório talvez com rodinhas você rodopie
você queria ser bailarina ou veterinária eu queria ser índio ou astronauta
que bolsa bonita comprei na zara adorei seu cabelo estou fazendo terapia com cristais
enquanto eu brincava de índio na praia você inventava a pólvora
IV eu brincava de índio na praia rezava para os elefantes comungava com os pássaros minha igreja era um chá de gosto ruim ver um elefante era coisa comum como avistar um automóvel
minha vida era uma selva
até que a alegria foi considerada uma forma de selvageria análoga à barbárie tipificada como terrorismo
eu brincava de terrorista na praia quando os americanos chegaram
V meu amor seus seios se parecem cada vez mais com uma tela sensível ao toque enquanto eu bebia sangue na praia você fazia exercícios aeróbicos para salvar sua bunda da morte certa às vezes
tenho vontade de largar tudo comprar um carrinho de coco virar índio ou astronauta você ainda está viva e também pode largar tudo para ser bailarina ou veterinária
precisamos guardar algum dinheiro para pagar a faculdade das meninas precisamos largar tudo ontem nossa caçula viu elefantes nas celas do zoológico
— Monumento ao Jovem Monolito (publicado no Jornal Cândido nº47 Jun/2015), André Dahmer
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olhos-de-laser · 1 year
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"[...] Agora sei: apenas o amor nos rouba o tempo.
E ainda hoje estico os lençóis antes de adormecer."
— Mudança de idade (in Tradutor de Chuvas), Mia Couto
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olhos-de-laser · 1 year
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10.
Amar profundamente mas testar volta e meia se ainda dá pé
— O Livro das Semelhanças, Ana Martins Marques [Ed. Cia das Letras; 1.ª edição, 2015]
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