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#fotinhos #mm #marisamonte #mpb #brasil #musica #cantoras
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Marisa é parceira de Renato em Celeste, embrião de Soul Parsifal, faixa de A Tempestade (96), último CD da Legião (a melodia é a mesma e a letra é quase igual). A tal fita, de 93, estava rompida, o que deixou Fróes “com o coração da mão”, ele conta. Recuperada, ganhou novo arranjo de Marisa e do produtor Carlos Trilha.
Fita avariada Mas alguns dos duetos não foram tão simples de resgatar. “Celeste”, demo que Marisa Monte e o cantor gravaram juntos em dezembro de 1993. Na época, Marisa fazia a pré-produção de seu CD “Verde anil amarelo cor de rosa e carvão”.
“Foi difícil nem tanto pela qualidade da gravação, mas sim pelo do estado de conservação físico da fita DAT, que é uma mídia bem frágil. A própria Marisa a localizou, e estava amassada. Tive que levar para um estúdio em São Paulo e recuperá-la. Ficamos todos com o coração na mão, sem saber se ia dar certo.
Mas deu. Em cima dessa demo, Marisa e o produtor Carlos Trilha trabalharam o arranjo e inseriram novos instrumentos. Mais tarde, essa canção se transformaria em “Soul Parsifal”, lançada pela Legião no álbum ‘A tempestade’, em 1996”, explicou Fróes.
Matéria encontrada no site :http://www.marisadeverdade.com.br/blog/2010/03/26/a-historia-de-celeste-o-dueto-de-marisa-monte-renato-russo/
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MEMÓRIAS, CRÔNICAS E DECLARAÇÕES DE AMOR (2000) - Marisa Monte
ANO 2000
FICHA TÉCNICA
Produzido por Arto Lindsay e Marisa Monte Direção Executiva // Leonardo Netto Ass. de Produção (RJ) // Suely Aguiar   Estúdios de Gravação Ilha dos Sapos (Salvador)   Técnico // Patrick Dillett   Técnico de pro-tools e Ass. de Gravação // Duda Silveira   Ass. de Produção// Alessandra Barreto Roadies Bira, Tiara, Pipinha e Bhia   Mega (RJ): Técnico // Márcio Gama   Ass. de Gravação // Marcito Vianna Roadie // Márcio Barros   Lá Em Baixo (RJ): Técnico Márcio Gama   Pro-tools e Edição Digital Florência Saravia   Ass. de Produção Alessandra Barreto Roadie Márcio Barros Magic Shop, Sear Studios e Kampo   Studio (New York): Técnico // Patrick Dillett   Ass. de Gravação Reto Peter (Magic Shop), Tom Schick (Sear) e Caleb Lambert (Kampo) Gravações adicionais New York // Tom Durak, Tim Latham, Caleb Lambert Mixado por Patrick Dillett Masterizado por Ted Jensen para Sterling Sound (New York)   Fotos capa, contracapa e encarte // Marisa Monte   Ass. de Fotografia // Marcelo Olinto   Cifras // Fernando Caneca
SOBRE O ÁLBUM
“O amor, quando verdadeiro, quer ser proclamado aos quatro ventos, quer ser cantado com a alma e o coração. Por isso o maior elogio que se fez ao amor nas Escrituras judeu-cristãs se chama "Cântico dos Cânticos". O místico São João da Cruz que experimentou o amor radical escreveu as ‘Canções de Amor entre a Alma e Deus’. Aí canta esta verdade universal: ‘olha que a doença de amor não se cura senão pela presença e a figura’.
O amor não pode ser platônico, ele quer sentir a presença e quer tocar a figura. Ele é a exaltação a ponto de levar a ‘fazer um samba sobre o infinito’ e ser a ‘palavra que liberta’. Mas é também o singelo gesto de quem confessa ‘toda vez que saio me preparo para talvez te ver’ porque ’no peito há vazio, há falta de alguém’. É o amor que torna as pessoas importantes, quer dizer, que faz com que nos importemos com a pessoa amada, encontrada ‘no meio de tanta gente’. Mas se o amor não encontra amor, "a vida para mim terminou", mais ainda "é como se perder de Deus". Mas se o amor encontra outro amor sabe ‘isso me acalma, me acolhe a alma, isso me ajuda a viver’.”
- Leonardo Boff
Paixão eterna de minha vida
“O amor romântico é uma invenção artificial e contrária à verdadeira natureza humana. Ouvimos isto o tempo todo hoje em dia e, quanto mais velhos ficamos, mais pensamos acreditar que é assim mesmo. Olhar em torno às vezes também confirma a crença. Existirá, sim, paixão, exacerbação temporária dos sentidos e da razão, mas amor mesmo, do jeito que equivocadamente existia para as gerações de vagos tempos antigos, é ilusa, é no mínimo tentativa voluntarista e neurótica de enquadrar o mundo onde ele não pode encaixar-se. Os felizes para sempre acabaram, a entrega, a renúncia, o arrebatamento, o enlevo perene se foram para nunca mais voltar.
Ah, que coisa chata ficar filosófico ou, pior ainda, ter delírios psicanalíticos, quando se fala em amor. Vale a pena discutir a persistência do amor, não é empresa vã questionar o amor, alguém que sabe da indignação sobre a natureza humana, quando se está encegueirado de amor? Claro que não. Lembro uma história que de vez em quando conto, sobre o dia que um velho amigo meu entrou de surpresa em meu escritório e me encontrou soterrado sob resmas de papel embaralhadas e a ponto de arrepanhar tudo e socá-lo na cesta do lixo. Que diabo estava eu fazendo ali - queixei-me -, escrevendo uma história que nunca havia acontecido, povoada de gente que nunca tinha vivido, que loucura absurda era aquela? Ele respondeu que não sabia, mas que de uma coisa estava certo. Desde que o homem aprendeu a falar, mesmo bem antes de conceber a escrita, sempre houve alguém para contar histórias e outros querendo, ou até precisando, ouvir essas histórias. Portanto, disse ele, não fabrique perguntas inúteis, não adianta perguntar nada. Alguém sempre estará fazendo o que você está fazendo agora e, portanto, para alguma coisa há de servir; sente aí e escreva, cumpra sua sina sem buscar respostas que nunca vai ter.
E me lembro também de quando, apaixonado pela primeira vez e cruelmente ignorado, me via em casa, sentado na poltrona grande do gabinete de meu pai, em devaneios sonhadores entremeados de soluços, tudo na vida, tudo o que me interessava, encarnado na figura loura de sorriso claro que não me queria, que não sabia da grandeza de meu amor, jamais por impossível, sentido assim por qualquer outra criatura, não tinha vontade nem de saber como seríamos felizes juntos, como era puro o meu coração e absoluta a minha devoção. Havia uma música com o nome dela e eu punha o disco na vitrola uma vez atrás da outra e , em verdade lhes digo, nunca ninguém sofreu de amor assim.
Com exceção de todo mundo, é claro. Pois quem não passou por isso? Quem não perdeu o fôlego, não sentiu o corpo inteiro latejar, a cabeça flutuar desgovernada, a paisagem se iluminar e tudo mais perder a importância, às vezes somente por causa de um olhar, uma palavra, um sorriso, um toque leve de mão? Quem não sentiu as pernas desfalecendo e a alma tresvariada, no instante de um primeiro beijo? E quem não se julgou o mais infeliz dos seres, transmutado em raiva, despeito, lágrimas e tristeza inextinguível, por causa de um aceno indiferente, um dito condescendente, uma traição sem remédio, uma despedida sem retorno?
Todos já se sentiram assim, nenhum compreendeu. Se alguém tivesse realmente compreendido, aí, de fato, não haveria mais amor romântico. Mas há. Imperfeito como a condição humana, passageiro como a vida, mas há. O que meu amigo disse sobre contar histórias pode ser dito do amor. Não adianta fazer perguntas, procurar qualificá-lo, tentar desvelar seus segredos, acusá-lo de falso e enganador. Ele apenas é. E por isso, não só entre os gregos, mas em toda parte, sempre houve, há e haverá um Orfeu descendo ao inferno para buscar sua Eurídice. 
         MÚSICAS 
Amor I Love You
Não Vá Emboratocou há 2hRadio 54
O Que Me Importa
Não é Fácil
Perdão Você
Tema de Amor
Abololô
Para Ver as Meninas
Cinco MinutosPLAY
Gentileza
Água Também é Mar
Gotas de Luar
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BARULHINHO BOM (1996) - Marisa Monte.
ANO 1996
FICHA TÉCNICA
Produzido por Arto Lindsay e Marisa Monte Direção Executiva // Leonardo Netto   Mixado por Patrick Dillet-Kampa   Audio/Video (NY) exceto "Tempos Modernos" por Fernando Aponte Auxiliado por Dave Robbins, Jim Macnamara, Alex Du Jonge   A&R EMI // João Araújo  Masterizado por Ue Nastasi-Sterling Sound (NY)  Produção Executiva // Sueli Aguiar (Rio)  Direção de Arte // Gringo Cardia baseado no trabalho de Carlos Zéfiro Assistente de Design // Leonardo Eyer   Assistente de Arte // Bruno Porto  Manuscrito // Gringo Cardia   Símbolos escritos por Fernando Caneca, consultor sobre o trabalho de Carlos Zéfiro Ota  Coordenação Gráfica // Patrícia Fernandes
SOBRE O ÁLBUM "Barulhinho bom, uma viagem musical" começou a nascer como um disco ao vivo, que registraria momento do show "Verde anil amarelo cor de rosa e carvão", e um home vídeo, misturando cenas de palco com encontros de Marisa Monte e convidados. Além das 11 canções gravadas entre Recife (Teatro Guararapes, dias 13 e 14 de outubro de 1995) e Rio (Teatro Carlos Gomes, dia 28 de março de 1996), o projeto produzido por Arto Lindsay e Marisa cresceu, ganhando um cd bônus, com sete faixas gravadas no estúdio.
Dez das 18 canções de "Barulhinho Bom.." são gravações inéditas na voz de Marisa. Três delas foram gravadas no show e estão no CD AO VIVO: "Panis et circenses" (uma das primeiras e raras parcerias de Caetano Veloso e Gilberto Gil, lançada pelo grupo Mutantes, no álbum coletivo e manifesto "Tropicália", em 1968), "Give me love" (George Harrison) e "A menina dança" (Moraes Moreira e Galvão, gravadas pelos Novos Baianos no álbum "Acabou chorare", de 1973).
As outras oito faixas do CD Ao Vivo trazem canções gravadas por Marisa em seus três álbuns anteriores. Do repertório de seu disco de estreia, "MM" (1989), veio o clássico nordestino "Xote das meninas" (Zé Dantas e Luiz Gonzaga). De 'Mais" (1991) estão "De noite na cama" (Caetano Veloso), "Beija eu" (Marisa, Arnaldo Antunes e Arto Lindsay) e " Ainda lembro" (Marisa, e Nando reis). Enquanto de "Verde anil amarelo cor-de-rosa e carvão" (1994) saíram "Dança da solidão" (Paulinho da Viola), "Ao meu redor" (Nando reis), "Bem leve" (Marisa e A. Antunes) e "Segue o seco" (C. Brown)
O CD de estúdio traz as outras sete inéditas na voz de Marisa. Elas vieram das sessões nos estúdios Impressão Digital (Rio, junho de 1996) e Kampo Audio/Vídeo (Nova York, julho de 1996). Carlinhos Brown assina três novas composições, "Magamalabares", "Maraçá" e "Arrepio". Marisa gravou ainda "Cérebro Eletrônico" (lançada por Gilberto Gil em seu álbum de 1969): "Chuva no brejo" (que Moraes Moreira gravou no seu disco solo de estreia, em 1975): "Tempos modernos" (faixa-título e de abertura do primeiro álbum de Lulu Santos, em 1982): e "Blanco" (poema do mexicano Octavio Paz, traduzido por Haroldo de Campos e musicado por Marisa).
O home vídeo, dirigido por Claudio Torres e Lula Buarque de Hollanda, vai além do registro no palco da Turnê "Cor de rosa e carvão". Ao lado de trechos do show são mostrados flashes da vida na estrada de Marisa e seus músicos e promovidos encontros com alguns artistas com quem ela vem trabalhando ou que influenciaram seu trabalho. Dos Novos baianos (Baby do Brasil, Dadi, Moraes Moreira, Jorginho Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Pepeu Gomes), que se reuniram para este projeto, a dois dos parceiros de Marisa, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes, passando pelas pastoras da Velha Guarda da Portela (Doca, Eunice e Surica), Paulinho da Viola e o vionilista Raphael Rabello.
Para a gravação destas reuniões, informais e musicais, foi escolhido o antigo Hotel das Paineiras (na subida do corcovado, no Rio). Hoje abandonado, este local paradisíaco na Floresta da tijuca costumava servir de concentração para a seleção brasileira de futebol nas décadas de 60 e 70. Abertos aos imprevistos e improvisos, sem ensaios, eles passavam a música uma vez e depois gravavam. A inédita "Batom no dente", nasceu na hora em que foi gravada: Brown e Antunes "rap-repentearam" a partir de uma conversa de Marisa com Davi Moraes.
Com 25 músicas, alternando registros dos shows, vinhetas e capella, jam sessions nas Paineiras, o Home Vídeo tem vida independente mas também é umas das peças que compõem o mosaico audiovisual de "Barulhinho Bom, uma viagem musical".
Para Criar a capa do Cd, Gringo Cardia se baseou no trabalho de Carlos Zéfiro. Entre os anos 50,60 e 70, Zéfiro escreveu e desenhou cerca de 860 revistas pornográficas que circulavam na clandestinidade. A partir de 1984, com o livro "O quadrinho erótico de Carlos zéfiro", escrito pelo também quadrinista Otacílio d'Assunção a arte de Zéfiro começou a ser reconhecida. O desenhista que, por motivos óbvios, passou anônimo quase toda a vida, foi homenageado em 1991 na I Bienal Internacional de Quadrinhos do Rio de Janeiro, quando revelou sua identidade - em julho do ano seguinte, o funcionário público Alcides "Zéfiro" morreu aos 70 anos. Agora, com "Barulhinho bom, uma viagem musical", a arte de Carlos Zéfiro ganha outra homenagem.
Marisa Conta:
Novos Baianos - Me identifico totalmente com o jeito de viver a música dos Novos Baianos, que não faziam distinção entre vida e música. Na turnê do "Mais" eu já tinha incluído "Mistério do planeta" e no show de "Cor de rosa e carvão" vinha cantando "A menina dança".
Estúdio - Eu pensava gravar três ou quatros músicas, mas adoro estúdio e acabamos fazendo estas sete. Carlinhos Brown, de quem eu pretendia gravar "Magamalabares", chegou em Nova York com as outras duas músicas, "Maraçá" e "Arrepio". Ele não tinha levado instrumento algum além do violão, e fez as bases rítmicas com objetos que encontrou no estúdio, como caixas de papelão, de madeira e o próprio corpo.
Blanco - Há uns dez anos, fui convidada por uma amigo, o artista plástico Mário Fraga, para ler em off num vídeo este poema de Octávio Paz, traduzido por Haroldo de Campos. Como para mim é mais natural cantar do que falar preferi compor a música na hora.
A Capa - Os shows têm sempre uma intimidade maior do artista com o público, que acaba sendo um pouco voyeur. Como seria um disco ao vivo, resolvemos usar esta ideia, escolhendo os quadrinhos do Zéfiro para ilustrar a capa. Mesmo depois do projeto ter incluído também o CD de estúdio achamos que o conceito continuava valendo. Zéfiro foi um fenômeno pop, no sentido popular mesmo. Ele fez cerca de 860 histórias diferentes, com tiragem que chegavam a 5 mil exemplares cada. Um trabalho ao mesmo tempo underground e popular que no auge do Regime Militar, da repressão, conseguiu circular pelo Brasil inteiro, alimentando o imaginário coletivo.
    MÚSICAS
Panis Et Circenses
De Noite Na Cama
Beija Eu
Give me love
Ainda Lembro
A Manina Dança
Dança Da Solidão
Ao meu Redor
Bem Leve
Segue O Seco
Xote das Meninas
Arrepio
Magamalabares
Chuva No Brejo
Cérebro Eletrônico
Tempos ModernosPLAY
Maraçá
Blanco
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VERDE,ANIL, AMARELO, COR DE ROSA E CARVÃO(1994) - Marisa Monte
ANO 1994
FICHA TÉCNICA
Produzido por Arto Lindsay Co-produzido por Marisa Monte   Gravado e Mixado por Patrick Dillet   Direção Executiva // Leonardo Netto   Coordenação de Produção // Cláudia Puget - Rio, Jeff Young - New York  A&R EMI: João Araújo Estúdio Nas Nuvens - Rio, Skyline - New York    Assistente de Estúdio // Guilherme Caliccio - Rio, Matt Curry e Rick Lamb - New York  Roadie Alexandre Saieg - Rio   Transferência Análogo-Digital // MYTEK Tecnologies, gravado em março, abril e maio de 1994 Masterizado por // Denilson Campos no Promaster - Rio, Scott Hull no Masterdisc - New York  Design Glória e Sula Danowski   Ilustração // Marcos Martins DEMIBOLD   Edições e Projetos Gráficos Versão prática das cifras // Sérgio Benevenuto   Coordenação Gráfica/EMI // Egeu Laus   Piano // Roberto Alves   Bateria // Edu Szajnbrum  Philip Glass Gentilmente cedido por Elektra/Nonesuch Records    Laurie Anderson Gentilmente cedida por Warner Bros. Records Inc   Gilberto Gil Gentilmente cedido por Warner Music Brasil.
SOBRE O ÁLBUM
Seu primeiro disco foi uma contravenção. Depois de fulminar as plateias, que lotavam seus shows nos teatros espalhados por vários pontos do Brasil, com sua voz impressionantemente segura e inaugural, Marisa Monte resolveu gravar seu primeiro disco “ao vivo”. Com um repertório bastante versátil, Marisa criava ao redor de suas influências e preferências. Vastíssimas, diversificadas, até mesmo surpreendentes. Tão surpreendentes como foi o êxito de vendagem de seu primeiro disco, Marisa Monte, produzido por Nelson Motta, para aqueles que não estavam acostumados a presenciar uma outra maneira de iniciar uma carreira, diferente da óbvia. Junto com seu LP, lançava também um especial para TV gravado em 16 milímetros. O espanto tomou conta dos ouvidos boquiabertos.
Seu segundo disco, Mais, na verdade, também foi um primeiro. Primeiro disco de estúdio, primeiro disco seu produzido por Arto Lindsay, primeiro disco com material inédito e principalmente o primeiro disco com composições suas e de novos parceiros, Além do círculo de influências estabelecido em seu álbum anterior, Marisa começava a travar nesse momento relações de trabalho que resultariam numa ampliação da sua ocupação no novo cenário musical do Brasil. A novidade estava não só nas suas parcerias como também nos músicos convidados a tocar em seu disco. Entre eles Ryuichi Sakamoto, Naná Vasconcelos, Robertinho do Recife, Bernie Worrell, Pedrinho Santana, Ed Motta, as Pastoras da Velha Guarda da Portela e muitos outros. Dividindo as gravações entre Rio de Janeiro e Nova York, Marisa Montejá anunciava sua vocação para transitar confortavelmente dentro e fora do Brasil.
O final da turnê Mais marcou o início de um período de um ano e meio com uma série de encontros musicais, que vieram a reverter mais tarde na feitura desse novo álbum.
Em agosto de 92, dividindo um show no Riocentro com os Titãs, apresentaram juntos alguns números como Umbabarauma de Jorge Benjor, Panis et Circensis de Caetano Veloso e Gilberto Gil, ensaiados exclusivamente para essa apresentação.
Numa noite organizada por Arto Lindsay num festival na Alemanha, e novembro de 92, reencontrou no palco o tecladista Bernie Worrel. Nesse mesmo palco também tocou Laurie Anderson, com quem Marisa viria se apresentar meses depois no Knitting Factory em Nova York.
Em abril de 93 participou de 4 faixas do LP Nome, de Arnaldo Antunes, sendo que uma delas, a música Alta Noite, voltaria a cantar num show com o violinista Raphael Rabello e Paulinho da Viola, no Olympia, em São Paulo, em junho desse mesmo ano. Desse convívio nos períodos de ensaio com Raphael e Paulinho, surgiram convites para participar de saraus no Rio de Janeiro, quando teve a oportunidade de conhecer os músicos do Época de Ouro, regional do instrumentista Jacob do Bandolim.
Do show do Olympia já faziam parte do repertório as músicas Esta Melodia de Bubu da Portela e Jamelão e Dança da Solidão de Paulinho da Viola.
Convidada a dividir uma única apresentação com Gilberto Gil em Munique, em novembro de 93, Marisa voltava a cantar Dança da Solidão e incluía Balança Perna de Jorge Benjor, ambas numa versão muito próxima daquela que veio a gravar. A aproximação com Gil e os ensaios para esse show resultaram na sua especialíssima participação no disco, tanto quanto o de sua banda, formada por Jorginho Gomes, Arthur Maia, Marcos Suzano e Celso Fonseca.
Em janeiro de 94, Marisa e Nando Reis se juntaram a Carlinhos Brown e à Timbalada para gravar a música Grite Se Quiser Gritar (C. Brown), que só pôde ser ouvida nas rádios de Salvador durante o Carnaval, pois a música nunca foi lançada em LP. Dessa tríplice parceria com Brown e Reis surgiram 3 novas canções: Na Estrada, que está no disco, E.C.T., gravada por Cássia Eller, e a inédita Seo Zé.
”O Brasil não é só verde, anil e amarelo  O Brasil também é cor-de-rosa e carvão”
Dos versos dessa música, Seo Zé, Marisa extraiu o título do seu novo LP. Muito mais do que qualquer conotação política, esse título traz em si uma consideração estética, exemplificada através de suas 13 canções. Dentre as várias rotas possíveis para a realização de seu novo disco, ela optou por estabelecer uma rota tridimensional, com uma larga margem para misturas e combinações.
Ouvindo o repertório desse disco, percebe-se a sua intenção de agregar os pontos cardeais que já coordenavam a sua trajetória e estilo. Estão reunidas numa mesma hora de audição diferentes escolas. O classicismo carioca do Época de Ouro, arranjando uma composição da própria cantora mais Arnaldo Antunes, soprando dentro dos ouvidos de hoje brisas antigas. A velha Guarda da Portela com seu tesouro tímbrico imprescindível junta-se a Paulinho da Viola e cantam todos com Marisa a alegria comovente e costumeira dos domingos e de todos os possíveis carnavais. E ainda os diferentes sotaques da percussão de Pernambuco, Rio e Bahia dando ritmo à diferença das sintaxes de Reed, Benjor, Antunes, Reis e Brown.
Não se trata mais de saber onde é que termina o Brasil, e sim a partir de onde se começa a ser cidadão do mundo inteiro. Essa alusão a uma nova maneira de colorir a nossa bandeira se ouve na absoluta afinidade que há entre Bernie Worrell e um Carlinhos Brown, entre um Gilberto Gil e uma Laurie Anderson, entre um Naná Vasconcelos e um Phillip Glass e entre tantas outras combinações aparentemente inusitadas, mas todas elas amparadas pelo beiral seguro da vocação de Marisa para o bom-gosto.
Com esse disco ela faz uma afirmação que contraria a compreensão superficial que quer a música dividida entre gêneros, entre regiões. Não se trata da sobreposição do novo sobre o antigo, mas da superposição de todas as idades na convivência surpreendente e drástica das múltiplas tonalidades de seu vasto repertório.
O mesmo Rio de Janeiro da Velha Guarda da Portela guarda em si o Paulinho da Viola e a Marisa Monte também.
   MÚSICAS
Maria De Verdade
Na Estrada
Ao Meu Redor
Segue O Seco
Pale Blue Eyes
Dança Da Solidão
De Mais Ninguém
Alta Noite
O Céu
Bem Leve
Balança-Pema
Enquanto Isso
Esta Melodia
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MAIS (1991)- Marisa Monte
ANO 1991
FICHA TÉCNICA
Produzido por Arto Lindsay Direção Artística // Jorge Davidson   Direção Executiva // Leonardo Netto   Concepção do Projeto + Produção Executiva em N.Y. // Lula Buarque   Técnicos de Gravação // Patrick Dillet + Roger Moutenot  Técnicos de Mixagem // Patrick Dillet + Roger Moutenot   Assistentes de Gravação e Mixagem // Justin Luchter + Dave Shiffman + Mauro Bianchi   Projeto Gráfico Claudio Torres  Fotos // Marcia Ramalho   Coordenação do Projeto Gráfico // Gisele Ribeiro   Escriba // Nando Reis   Pintura do Cenário // Emily Pirmez   Maquilagem // Marlene Moura   Coordenação Gráfica // Egeu Laus   Assistente de Produção no Rio // Wagner "Moreno" Paes
SOBRE O ÁLBUM Nasce a compositora. Eu sei (na mira) traz letra e música de Marisa. E aparecem os parceiros: Ainda lembro foi feita com Nando Reis e tem dueto com Ed Motta. O maior hit dessa safra é Beija eu, dela, de Arnaldo Antunes e do produtor estreante Arto Lindsay, que se tornaria titular nas mesas de estúdio dali por diante.
         MÚSICAS
Beija Eu
Volte Para O Seu Lar
Ainda Lembro
De Noite Na Cama
Rosa
Borboleta
Ensaboa
Eu Não Sou Da Sua Rua
Diariamente
Eu Sei (Na Mira)
Tudo Pela Metade
Mustapha
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MM ( 1989) - Marisa Monte, EMI.
ANO
1989
FICHA TÉCNICA
Produzido por Nelson Motta
Direção Artística // Jorge Davidson  
Produção Executiva // Lula Buarque de Hollanda   Direção Musical // Eduardo Souto Neto   Direção Técnica // Sérgio Bittencourt   Gravação e Mixagem // Sérgio Bittencourt, Renato Luiz e Geraldo Murro   Supervisão de Manutenção // Jorge Nunes    Auxiliares de Gravação // Ricardo e Márcio    Projeto Gráfico // Claudio Torres    Fotos Capa // Fotograma do especial Marisa Monte    Fotos Contracapa // Márcia Ramalho   Arte-final do CD // Egeu Laus    Coordenação Gráfica // Tice Mousinho e Gualter Pupo    Percussão // Marcos Suzano    Baixo // Ronaldo Diamante   Trumpete // Saulo Dansa   Guitarra // Paulinho Muylaert    Piano // Roberto Alves  Bateria // Edu Szajnbrum Backvocals // Letícia Monte, Suzana Ribeiro e Joana Motta   Quarteto de Cordas (Bess you is my woman now):  Violino // Michel Bessier e Bernardo Bessler  Cello // Jaques Morelenbaum  Viola // Marie Christine Bessler  
            SOBRE O ÁLBUM “Conheci a Marisa Monte com 18 anos, no final de 1985, no Rio de Janeiro. Recebi-a, atendendo um pedido de minha irmã, amiga da mãe de Marisa, que queria uma orientação sobre professores e escolas de canto de Roma, onde eu estava morando, e para onde Marisa estava indo estudar. A garota estudava desde os 14 anos e queria ser cantora de ópera, mas gostava e tinha boa cultura de jazz e música brasileira. Dei-lhe alguns nomes e endereços, voltei para Itália e não a vi mais. Um dia em Roma, meses depois, fiquei sabendo dela através da jornalista Monica Falcone. Marisa estava indo estudar em Veneza, passando uns tempos em casa de amigos e me contou que aqueles poucos meses em Roma tinham sido suficientes para ela entender que não seria feliz vivendo fora do Brasil, que para fazer carreira no mundo lírico tinha que viver no exterior, que tinha achado uma chatice acadêmica a sua breve passagem por academias e professores italianos. Ia voltar para o Brasil. Mas no dia seguinte faria uma apresentação, um showzinho meio improvisado, num bar veneziano, acompanhada somente pelo violão do amigo Roberto Bortolucci, simpático dublê de músicos e cameriere, casado com uma Rosa brasileira, apaixonado pela MPB e sabedor de ritmos e harmonias das principais canções de Chico, Caetano, Milton,Gil, etc”.
            MÚSICAS 
Comida
Bem Que Se Quis (E Po' Che Fa')
Chocolate
Ando Meio Desligado
Preciso Me Encontrar
Xote das Meninas
Negro Gato
Lenda das Sereias
South American Way
(I Heard It Through The) Grapevine
Bess You Is My Woman Now
Speak Low
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Marisa e Carlinhos
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Marisa Monte e sua coleção de amigos
Marisa Monte busca a sua brasilidade no mundo. Flerta com diferentes estilos e culturas desde que se entende por musicista. Com quase 30 anos de carreira, apresenta hoje a sua primeira coletânea, para iluminar músicas que foram importantes em sua trajetória, mas que estavam um pouco soltas nas nuvens.
Além da voz forte, Marisa também tem um selo, é produtora, compositora e multi-instrumentista. Começou no final dos anos 80 e desde aqueles tempos já dizia que gostava de Cartola e de Titãs. Foge de rótulos e mantém uma carreira de verdadeiro sucesso. Dona de todas as suas obras musicais, tem a liberdade de ser ela mesma, passeando leve e sábia pelas transformações e modismos da indústria musical.
Você sempre foi reticente em relação a coletâneas. O que te fez mudar de ideia agora? Nunca tive nenhuma coletânea. Quando eu comecei, era época do LP e da fita-cassete. Os artistas lançavam dois discos e em seguida já saia uma compilação, mas sempre achei que isso sucateava um pouco a obra e nunca permiti que acontecesse com o meu trabalho. Mas eu tinha um disco de “best of” previsto para o final do meu contrato com a EMI, que hoje é a Universal. Só que isso foi pensado há mais de quinze anos e nesse meio tempo surgiu toda uma nova realidade digital, então a ideia perdeu um pouco o sentido. Hoje você faz uma playlist das minhas músicas mais tocadas no Spotify e já tem um “best of”. Então eu resolvi pensar em como fazer desse projeto algo mais pessoal. Nos últimos dois anos me dediquei a organização dos meus arquivos, digitalizei toda a minha obra em HD. Em um deles separei só as músicas que tinham participações e cheguei a umas quarenta faixas. Eram músicas que estavam “nas nuvens”, meio espalhadas por aí. O álbum Red Hot (que contém “Nú com a Minha Música”) por exemplo, nunca havia saído fisicamente no Brasil. Achei interessante fazer uma escolha pessoal, que mostrasse esse arco de tempo com equilíbrio e uma atmosfera boa de ouvir. Assim, ao invés de ser só uma série de hits, se tornou um projeto mais autoral, mais desafiador e mais bacana.
São todas versões orginais? “Alta Noite” foi remixada. Em “Cama” e “Fumando Espero” eu regravei as vozes e mixei. Todas foram remasterizadas.
Além das participações, você escolheu músicas de diversos produtores. Como foi trabalhar com perfis tão diferentes ao longo dos anos? Todos eles foram e são grandes parceiros. Sou da diversidade. Apesar de eu ter feito quatro discos com o Arto Lindsey, que é uma grande referência intelecutal… Alguns produtores são mais técnicos, outros são mais estéticos, outros são mais motores. Cada artista e cada projeto precisa de um tipo de produtor. Com todos eles eu trabalharia de novo, são meus amigos. O Arto é meu grande amigo, fizemos um projeto muito legal ano passado juntos em Nova York, chamado Samba Noise. Do Tom Capone eu tenho muita saudade, faz muita falta… Ele formou toda uma nova geração de produtores, era muito generoso também. Deu espaço pra muita gente jovem trabalhar com ele, foi uma escola, um coraçãozão. O Mário Caldato já é outra história, um cara meticuloso, técnico, respeitador da onda das pessoas. Sabe tirar o som certo com uma grandeza e uma beleza… Sempre dizia “tá tudo bom, tá bom!” Outras músicas eu mesma produzi, como a do Argemiro Patrocínio e a da Velha Guarda da Portela. Eu gosto muito de trabalhar com parcerias. Gosto de novidades e também de reafirmar relações já estabelecidas.
Esse é um disco de muitos encontros, com amigos, mas também com os seus ídolos. Sim, alguns eram meus ídolos antes de virarem amigos, como o Arnaldo Antunes, o Paulinho da Viola e o David Byrne. Já de outros eu me aproximei através da música mesmo, como a Carminho e a Julieta Venegas. Há também algumas parcerias com outros tipos de linguagem, como os cineastas Lula Buarque e Breno Silveira, em que a música me levou naturalmente a conhecer.
Você e a Julieta têm trajetórias parecidas. Conversam sobre isso? Nós duas somos da mesma geração e temos muitas coisas em comum. Ela é compositora, cantora e multi-instrumentista também. Falamos bastante sobre a vida de ser mulher na estrada. E nós duas tivemos filhos. Isso faz com que a gente crie uma certa raiz. E isso gera um desafio, porque toda a mulher quer ter sua vida profissional e estar no mundo com a sua sensibildade atuante. Mas ao mesmo tempo não quer abrir mão de algumas realizações, como por exemplo, a materninade. Isso não é diferente pra babá do meu filho que trabalha lá em casa e também tem um filho.
Mas você acredita que hoje as mulheres tenham mais espaço na música? A música sempre foi um ambiente muito masculino. Todos os meus músicos são homens, os técnicos e os produtores também são somente homens. As exceções sempre foram as vozes, porque é algo que o homem não pode fazer (risos). Até que alguns tentam (risos). O papel da mulher na música tradicionalmente foi sempre de intérprete, com raríssimas exceções na composição, como a Dona Ivone Lara. Mas as grandes vozes femininas da música brasileira não eram de compositoras, como a Carmem Miranda e a Dalva de Oliveira. Foi a partir dos anos oitenta que a mulher começou a compor mais e esse papel da sensibilidade e da presença feminina na música passou a se transformar. Ainda há espaço para novas instrumentistas, empresárias, produtoras… Ainda é um mundo muito masculino, mas eu sempre me senti bem, pois o que eu fazia eles não podiam fazer. Talvez se eu tivesse investido na carreira de guitarrista poderia ter sido mais difícil (risos).
Você também toca, produz, e trabalha com cinema. Por sinal, esse disco renderia um documentário bem legal. Na verdade esse disco vai ser divulgado em mini documentários, serão dois por semana, na ordem do disco. Começando com esse, para “Nu com a Minha Música”.
Entrevista disponível no site: http://noize.com.br/entrevista-marisa-monte/#1 postada no dia 29/04/2016 por Marília Feix.
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Tribalistas
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Eu não vejo a hora de lhe dizer aquilo tudo que eu decorei. E depois do beijo que eu já sonhei, você vai sentir, mas por favor, não leve a mal. Eu só quero que você me queira, não me leve a mal, eu só penso que você me queira.
Marisa Monte. (via amor-ao-mpb)
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Photo by Maringas Maciel. 
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