Tumgik
elezersb · 1 year
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Esplendor Cordial
Absorto em fulgor estelar, o cerúleo atmosférico se projetava em minhas íris com brandura, preenchendo meu peito com uma tenra sensação de serenidade.
Palavras mélicas eram proferidas por seus irresistíveis lábios róseos, saturados em cor devido a forte luz solar. Ao ouvir tuas melodias, meus ouvidos aparentavam desfadigar a cada timbre harmonizado com o instrumento de corda qual seus esguios dedos desbravavam sem esforço.
O vento provinha do leste e aveludava o planalto qual nos encontrávamos deitados, ao léu verdejante da grama terna. Observando seu rosto repleto de gáudio vocalizando belas melodias, prestei atenção nos diminutos detalhes dourados de seus pelos faciais, brilhando contentemente como o momento.
Optei por não explanar ou obcecar por nenhum dos detalhes daquela sinfonia orquestral que se apresentava a tarde, simplesmente senti a calidez presente em meu miocárdio em sua totalidade e transcorri feito fluído enquanto repousava minha cabeça em sua perna.
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elezersb · 2 years
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Tormenta Diurnal
Ao açodar minha inércia em um íngrime declive, corto o vento com meu torso pulsante, sentindo o vento contrapondo minhas roupas. Dentro do peito, há uma impressão de estar energizado como o relâmpago que fende o ar.
Os olhos vidrados com adrenalina traçam meu trajeto, atentos a milimétricas oscilações no percurso para que nada me leve ao chão. Quaisquer obstáculos que emerjam tornam-se meros desvios de rumo, ao propelir-me do chão num estrépito coordenado: destôo-me do tempo, fazendo cada segundo ser controlável apesar da velocidade. Visualizando o que se mostrava um empecilho; uma irrevogável e brusca parada, torna-se irrelevante para minha aceleração: somente o chão pode deter descargas elétricas.
Consolido a força presente em minhas pernas para então voltar a descender com a opulência de um coração ferrenho, alvejo o asfalto feito um trovão. O reverberante som denota minha presença ao superar o que antes era insuperável, e minha energia agora é direcionada ao próximo óbice.
E insubmisso à perspectiva dos espreitadores de minha presença, meu peito brada outra vitória privativa, famulento por mais diurnas medalhas de tormenta corriqueira.  
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elezersb · 2 years
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Enfitos Meândricos
Emergidos em penumbra da madrugada, observando-nos em silêncio plácido. Contemplo suas feições por entre o recorrente vislumbrar de íris curiosas, instigando-me a imaginação.
Ao acender o baseado, sua opulente mão (aparentando ser esculpida em marfim) protege a chama do isqueiro, e sua bela face se ilumina em tons quentes, alaranjados.
O brilho reflete em seus instigantes olhos, garridos de volúpia e mistério, mostrando somente uma estrela dentre as miríades que devem existir em seu interior.
Imagino ser um universo turbulento, segundo o que li em suas efêmeras palavras ornadas de pulcritude. Porém além de seu horizonte de eventos, vislumbro uma irredutível formosura e pungente energia, qual facilmente é exercida em seu semblante gravitacional.
Porém galáxias só se formam diante das mais obliterantes turbulências existenciais.
E das mesmas provém as estrelas mais brilhantes, energicamente densas e quentes.
As mesmas estrelas que constelam o brilho lúgubre em seus olhos
Em seu rosto
E provavelmente, em sua instigante alma.
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elezersb · 2 years
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Somente
Somente me reconheço em miocárdios falhos
Quais controlam seus pulsos
Selecionam suas vibrações
E desatam em surtos
Miocárdios seletos em expectativas
Irreais e narcisistas
Somente postergando as belezas
Quais são empíricas e seletivas
Desdenhando os fatos
Idealizando o imaginário
Numa auto percepção e projeção de atos
Através de um ego incomparável
Desvencilhando-se do realístico
Num luxo precisamente interior
Manipulando o incontrolável
Numa tentativa egoica de torpor
Espiralando num impasse
Desprendendo-se do real
Realidade torna-se um passe
Sem um concreto final
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elezersb · 2 years
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"Ég hef teygt mig í ljósið
En alveg eins og það varpar ljósi
Það blekkir líka
Ljósið blekkir
Skerpa mín"
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elezersb · 2 years
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Thunderous Disposition
There is no way to neglect or evade the lightning.
A presence so energetic and brilliant that splinters the foundation of the air, rifting it apart so it can fully manifest itself. Brimming with voltage and opulence, a string of live wire nearly unstoppable when its path is set: only the ground can and will bridle the energy.
Being ultimately made of pure plasma isn't enough, for its presence is far too great to merely rip the air and shine. A boisterous, booming sound follows, uncontrollable. When the thunder rumbles one cannot ignore it, there isn't shielding on an open field. One either waits for the trembling air to settle or go blind and deaf to ignore such a massive presence.
The reverberant nature of the thunder fills the atmosphere with astounding, paralyzing sound waves, convincing anything who's able to hear that it can't be controlled, neither ignored.
The raging electrical storm is far too wild to maintain pace and control; it simply isn't tied to rules and patterns. It just storms and thunders, discharging electrical energy from its core all over the atmosphere, vibrating in rampant splendor.
Great thunderstorms cannot be bound in small, shallow places.
The thunder must rumble, the lightning needs to crackle.
And the storm. Must. Storm.
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elezersb · 2 years
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As cinzas tardias do céu eram serenas, tão fleumáticas que davam forças a meus olhos parcialmente irrigados, me adulando os cabelos curtos com seus dedos brandos, consolando e parecendo ter interesse em desbravar todo o maldito reboliço que ali dentro corria solto, selvagem. Ou a brisa estava com invídia por não ser tão tesa quanto todos os meus tornados internos que me torna e entornam seguidos temporais não muito amigáveis. Os pés fincados como raízes na areia meio molhada pelas ondas que iam e vinham, indecisamente me tocando ou não me fazia refletir sobre a existência, sendo parte das entranhas do mundo. Do mundo exterior, do mundo interior, e a complexa irrelevância que é existir. As sombras languidas em pontos alternados das nuvens ali amontoadas, como se dessem as mãos volatizadas, indicavam que estavam prestes a desabar. Minha cabeça girava com os tornados, agravados pelos mares de álcool bebidos ontem à noite. Girava em torno da lembrança das bermudas jogadas num canto, da fumaça azulada como o rastro de Cheshire que provinha do fôlego de cigarro que fumávamos nus, num colchão de lençóis arrancados pela troca de prazeres e manifestos corporais que tinham acontecido a pouco. Inferno, girava em torno de sua silhueta delineada na luz inebriante da lua e das velas rubras que diferente dela, bruxuleavam alegres enquanto nos observavam, em torno das coisas ditas por meio de timbres graves e de ambas imersões no intelecto do outro, na vastidão de ambas fantasias. O ponto onde parava de devanear era quando a imagem de sua estima por meio das pétalas de rosas mortas esparramadas pela cama, contorcendo em prazer, me dizendo com o abdômen e movimento das pernas o quão bem se sentia. Bati o carro de minha sanidade e me perdi em meio de suas curvas e não faço questão de me achar. Naufraguei nos olhos que pareciam ter sido pintados pelos azuis cobaltosos e celestes de Monet, que mergulhei de cabeça, fingindo não saber como respirar na tentativa de me eternizar ali, submerso. Era um dia de inverno rigoroso na orla, transpondo a utilidade de minha blusa, mas com muita concentração e deslumbro, ainda podia sentir por inteiro o calor daqueles milhares de verões aglomerados em seu corpo viril e acirrante.
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elezersb · 2 years
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Eu me sinto tão pesado! Tão irrelevante! Tento me posicionar com toda a minha sabedoria e tenacidade com os eventos que me acontecem mas é tão difícil! Eu nunca tinha tido pensamentos e sentimentos depressivos novamente. Mas me sinto completamente substituível e desnecessário! Muitos "isso não importa" ou "voce ta querendo demais" ou "ah voce que lide com isso que me faz querer me diminuir. E eu odeio isso. Nunca fui tão preciso e maleável quanto sou e ainda assim tenho que me desdobrar ao máximo para me posicionar na vivência do outro, mesmo que nao seja recíproco.
Repito para todos os cosmos: eu quero ser bom, independente do que isso me custe! Mas me custa tanto que me cansa! A falta de retorno da forma correta e coesa me frustra e eu só me encontro em desapontamento.
Me odeio por ter uma ansiedade descontrolada que sempre me coloca contra as coisas e pessoas, tentando me convencer do pior mas meu coração só quer o contrário! Eu só queria proporcionar experiências prazeirosas, mesmo que dentro da minha estatística de humanidade que permite erros.
Mas como estou exausto das coisas só serem sobre os outros e como eles se sentem. De só ser um troféu interagivel quando conveniente. E de toda a solidão que sinto em meu peito.
Tudo me consome, mas sei que devo me destacar e superar como sempre fiz, e ser forte por mim mesmo no final.
Ninguém. Vai. Estar. Lá. No. Final.
Então sou eu em todo o universo que tem de se suprir interiormente para que isso não aborreça outras pessoas, que estão focadas somente em seus problemas e como os outros são somente anedotas em suas vidas.
Não as culpo. Entendo a naturalidade de cada indivíduo.
Mas como me sinto desgostoso.
Tenho expectativas de posicionamentos muito irreais, como me disseram. Expectativas demais. Idealizações demais.
Acho que nesta existência a sobrevivência e insistência com a força de vontade são muito necessárias, pois o fraco não atinge a meta.
Eu não sei me posicionar internamente em muitos aspectos atuais e isso só me da vontade de não ligar e desvencilhar-me do problema para que suma da minha existência de uma vez por todas.
A vida é loka? Sim, e por isso nois tem que ser mais que ela.
No final somente eu tenho que perdurar por mim, ninguém além terá a mesma disposição que tenho para perdurar por eles.
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elezersb · 3 years
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Gratefulness
In the peak of a raging hot day, once again I get gnawed by the burning teeth of anger. Like a small parasitic insect, it always has its own way to get around.
My heart is heavy with the pulsating substance of anger whenever situations get tight and out of hand. And it almost refuses to beat, contradicted by the brain's commands. It recognizes that this arduous substance ain't good for any inch of my body, so being held responsible for spreading it through my veins sounds like an outrage.
I hate my anger. And this phrase doesn't even make much sense. Hatred is another ravaging feeling, in which cannot be nurtured nor recurrent.
So out of the goodness of my heart (which I hear it's abundant and beautiful) I choose to use my evolutionary advantage in my favor. I decided to rationalize and properly pace my heartbeats and thought incomes.
I am a perfectly sound person. And great, in many aspects. I am grateful for the human being I'm becoming and yet to become. Grateful for having a relationship in which I have so fiercely pursued throughout my darkest days of desolation.
Grateful for my astounding intelligence and cunning. Grateful for being alive in this summer breezes with my woke mother also evolving by my side. Grateful for my nephews, and my sisters.
Grateful for everything yet to be accomplished and fought for, even knowing that anger and hatred will always be there to try to pulverize my legs so I can give up control and both feelings can replace my actions.
Every pain, suffering and negative effects of life are yet to be endured for I have the best and solid positive aspects of it all too.
I have goodness in my heart.
I'm not a saint, nor a beautiful poet.
I am a human being. Ready to learn endlessly until existence reclaims my essence and I finally can not exist in peace again.
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elezersb · 3 years
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Waterborne
My interior moves like water. A big, waving substance which can only be seen in it's true color when in contact with direct light, which sometimes plummets from above, magnificently shedding it's attribute so my body of water can incandesce in a dazzling, mesmerizing cyanic hue.
What I can say is, it is a tricky elemental configuration to have as a body. It is imposing, yet smooth and undisturbed when at peace. But also heavy when it tends to be. And the hardest part of it (even though water has astounding malleability), is that it doesn't naturally have a form. Gravity pulls the ocean's water and flattens it, making it become what the fluid would be at that scale given the planetary attributes. And this lack of form, needs constant attention so it can assume my anthropomorphic form, even if in my epipelagic zone the uncontrollable waving insists in happening spontaneously. Sometimes vertically, in a constant way, untouched, unchanged. Sometimes diagonally, when a threat appears to ascend in the horizon of my sharp eyes.
But constant vigilance about it's form takes its toll, and my true nature manifests, which makes wild, barbaric waves swirl from "head" to "toes", leaving me shapeless. The water body revolves and contorts, beautifully forming myriads of vicious waving patterns which are free (in a three dimensional space) to choose whatever turn it can take to manifest my shapeless nature.
Besides that, another thing that may be equally complex about its purpose, is the volatility. Sometimes, it feels so nimble and almost intangible, cloud nine. Sky high. But it can also turn into something denser (at times, so quick that it trips me), rock solid, ice cold. Abyssal deep. A body of solidified tides tied together rummaging in search of the murky, alien substratum.
The water surface feels like a shell, when form is being claimed as needed. A shell in which clamps me inside a mold, to maintain (and contain) the anthropomorphic form. But when my substantial body is set free to manifest in the way it seeks, I'd say water would be the best element to have as a body.
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elezersb · 4 years
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The Seawater and the Lighthearted
Wild waves began to move. With the pungency of the sea, my once sunken body rose to the air, with them waves circling around me like I was a receptacle.
At first, my head felt like it was alive again. And then, shoulders, limbs, and the tip of my toes. The tingling sensation followed by it made every milimetre of my dermis seemed to sparkle with the glimmering effect of sun rays on salty water.
A symphonic waving around us, the ocean's very voice and idiom, had spoken to me in its elemental voice: open thy eyes, son of ocean foam. Open thy eyes to see thy love, whose you requested so eagerly to the sea tides. See thy love in true light.
For a small piece of time, a part of me refused to open the eyelids. That kiss were utterly filling my being with such a pungent significance that stopping it seemed to be an heresy. A barbaric act, to my very being. But I opened them. I trusted myself. I wanted to see the benevolent light body that indeed I had so long requested with words made of bubbles.
At first, my vision couldn't focus. There was too much light for irises that were used to the deep blue sea illumination. But when the picture began to take form, I couldn't think of anything else. The lover was even more than I could have ever thought of.
Glimmering golden skin which pulsated light beams all around, and eyes so beautiful like a thousand suns shining in their maximum capacity.
Oceanic words could never describe with precision, that burning vision.
The closest I could simply tell is...
Heartwarming.
So, turning my head to the whirlpool of seawater underneath me, my once chosen watery grave, I spoke back to in ocean language:
Winds that shape the water, may we set sail now?
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elezersb · 4 years
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The Seafarer and the Lightkeeper
Within the murky watery womb of a large, staggering stormy ocean, a seafarer had sunken to the dark deep. Craving for his flesh to become one with the tides and for his lungs to collapse. The distant, wavy aquamarine surface began to dim, as the deep kept pulling his anchor body downwards, demanding his solemn devotion in which the seafarer had long promised. He thought for a while that he would never want to see the light of day, for it had become only a hopeless shimmer.
Deeper. Darker. The icy underwater numbed the trickling life struggle produced by his every cell. In his core, he felt comfortable. He wanted to embrace the decision of becoming one with the oceans. As the anchor deepened, the unlit depths conquered his being slowly.
But from an confusing source, it seemed that the surface sparkled intensely.
He refused to understand, but kept looking fiercely with his sunken eyes, as the sparkle seemed to broaden into a larger body of light. The depths began to shift its configuration. Pitch black mutated into deep blue, and then into aquamarine, pricking his iris with vivid colors. He felt wobbly, as the currents puppeted his hopeless body. Was he being sent back? Refused by the tides? All seemed chaotic, until his vision began to sharpen. There was a yellow, sun colored hand diving downwards, causing the water to efervesce all around the light body that reached for him. All he could do or think was to lift his own arm in response. Heat met cold, both beings plumbed into each other like a planetary attraction, and as their fingers clamped, he felt life scorching his once hopeless veins in every inch of his body. The lightkeeper had brought the light, and as the aquatic lips touched the illuminated ones, he was almost blinded. In the following moment, the glory of filling his lungs with ravishing air made him capable of seeing his rescuer. It was precisely the shape of man but filled with a thousand lights of a burning star, and for that moment and forever, that was the most hideous and beautiful thing he could ever lay eyes on.
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elezersb · 4 years
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Interstellar
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elezersb · 4 years
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Swimming In The Tides of the Moon
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elezersb · 4 years
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A Rainha do Relvado
Por entre as verdejantes campinas repletas de fulgência, um plácido trono constituído de vívidas raízes recurvas adornadas por orquídeas saturadas de púrpura jaz complacente, expectando o retorno de sua fatídica realeza.
Fulminantes feixes de luz solar destacam os miúdos grãos de pólen presentes na atmosfera, provenientes das rosas conterritas, quais formam uma vereda rubra até a cimeira da colina esmeralda. Os grãos fulgem com iridescência quando o gentil toque da luz os atinge.
No socairo, verdejos e lâminas de folhas gramíneas convivem harmoniosamente, adornando um aspecto tenro ao monte. Abaixo a um céu despido de nuvens, no meão do cume, encontra-se a Majestade dos Bosques, aquela qual cada pétala, folha, estigma e caule se curvam em sua presença.
Charca em luz cálida e benevolente a vida, a soberania ostenta seu airoso traje de pétalas brancas alongadas, e em sua cabeça de cabelos castanhos como as pinhas jaz uma deslumbrante coroa floral. A mais rubra das rosas no centro de sua testa, duas flores das mais perfumadas orquídeas a rodeiam em cada lado, e perto de suas orelhas, hibiscos tropicais pulsam em cor.
Quando a estrela fumegante pousa preguiçosamente ao centro da anil abóboda celeste, a majestade se encontra pronta para iniciar seus gracejos. O lugar em qual se encontra é onde a natureza fica repleta de júbilo, pois precisamente naquele círculo, a mesma fora coroada de floreios, a rainha do relvado.
Clamando a colaboração da brisa influente, pequeninos gestos graciosos tomam conta de seus membros primaveris, iniciando-se assim um simplório bailado: seus dedos movem-se com astúcia, acariciando cada átomo da alta relva qual deslumbra-se e ondula ao seu reger.
E ao mover-se, diminutos silvos provenientes de suas palavras são ligeiramente carregados pelos ventos para os quatro cantos dos arvoredos, em todos os idiomas mudos conversados dentre cada espécie fotossintética. É momento de folguedo: cada uma delas vibra com a melodia.
"Conheça a ti mesmo, ó, filhos da terra
Não presuma que a mutilação alheia o trará felicidade
Floreios são mais belos na relva
E não na hipócrita sororidade
Respeite o chão qual vos pisa
Por somente esse pode servi-lo de firmamento
Respeite a cada raiz e estigma
E leve tal beldade apenas em vivido pensamento
Pois assim como a rosa, tu és mutuamente filho
De um ventre feminino
De um fértil solo benigno
De um planeta repentino
Tomar um caule nas mãos é indecente
Pois cada um dos ventres desmerece
A outrém esvaece
O zelo da vida nutrir."
Ao seus cânticos finalizar e seu bailar pousar, lágrimas de orvalho são carregadas pela brisa, adornando a majestade com uma fina camada bruxuleante de lubricidade.
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elezersb · 4 years
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elezersb · 4 years
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Abaixo ao sol veraneio, fulgor este adornado à um taciturno céu índigo que, em plena luz diurna, tornei-me um alvo imediato de uma abordagem.
Subitamente, como se meus membros e torso reviraram e transfiguraram-se numa folha tênue de papel, as íris cinzentas daquele rapaz eram dois calibres engatilhados, apontados diretamente para o meu vulnerável peito desvalido. Segundos pareceram derreter lentamente no fulgor da tensão momentânea, e num lapso de segundo antes de ambas mútuas íris defrontarem-se, um vero desejo por ser seu alvo regeu como sinfonia toda a matéria pertencente a mim.
No segundo seguinte, onde a percepção de que ele me dirigia seus olhos de .40 fez-se real, braços estirados foram o comitê para as balas de seu olhar me obliterarem feito papel molhado.
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