everythingsallbytheway​:

ele agachou-se ao lado da morena e respirou fundo, logo soltando o ar pesado dos pulmões. a preocupação corroendo cada partícula de si, mas precisava ser forte para que não desesperasse marisol.

‘‘o médico falou algo?’‘ ele perguntou, com os olhos fixos na expressão alheia. a destra começou a acariciar lentamente os fios de cabelo alheios. ‘’vai ficar tudo bem, não vamos perder os gêmeos.’’

“o médico ainda não veio me ver... acho que logo aparece. a enfermeira me ajudou a acalmar porque não faz bem para os gêmeos eu ficar nervosa.” sentiu os carinhos do pai dos bebês e sentiu uma lágrima escorrer pelo seu rosto. “keenan, eu não sei se consigo aguentar tudo sozinha”

admitiu ela, vendo que ao longe, uma pessoa de jaleco branco que vinha em sua direção com uma prancheta, só podia ser o médico. era um rapaz jovem e bem bonito, mas nenhum pouco simpático. Marisol mantinha os braços na frente da barriguinha. 

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então ele era professor… interessante. talvez história? ele lembrava os professores de história que havia tido no ensino médio; o mesmo tipo que seduzia as jovens burras e apaixonadas. ele era daquele tipo… love só se interessava por caras ruins, afinal, como um carma. seria o professor misterioso mais um? ‘’para viagem ou gostaria de alguma mesa do nosso espaço? temos wi-fi e torres de tomadas em todas as mesas.’’ fica, fica, fica. ela queria que ele ficasse, precisava que ele ficasse. observá-lo era ótimo, assim como o cheiro dele, que mesmo de longe podia sentir. ‘’claro. então será o folhado de palmito, o pão de passas e uma fatia do red velvet?’’ os olhos eram fixos nas comidas, e mudavam de foco para outras na medida que ela falava. ‘’espero que nossos produtos lhe façam ter compaixão com os alunos na hora de corrigir as provas.’’ riu, mostrando interesse na vida dele. ‘’nos meus tempos, eu precisava acordar cedo para preparar tortas para meus professores. agradá-los sempre é bom, hm?’’ a frase teve um duplo sentido subentendido, precisaria ser muito bom para entender love. e ela sabia que ele tinha esse potencial.

"Vou comer por aqui, mesmo. Já que tem todo esse espaço e acho que se eu voltar apra casa, vou ler um bom livro e esquecer desses trabalhos." Joe falou por fim, dando um sorriso maior para a moça em sua frente. Pensava em dezenas de formas de a comer em todos os lugares disponíveis em casa. O inglês dificilmente tinha qualquer fantasia erótica com mulheres, mas algo em Love era diferente. Geralmente contemplava o sexo oposto com indiferença, assim como o mesmo sexo. Não era gay, muito menos hétero, por mera definição, mas não era muito focado nos rótulos. Depois de tanto tempo, algo dizia a Joseph que ele tinha um interesse especial por pessoas bonitas e tão quebradas quanto ele. E Love parecia um belo vaso, que mesmo depois de levar uma queda e ser reparado, ainda podiam se ver as cicatrizes na porcelana. 

Confirmou a sua lista e pensou na moça. Mesmo se a comida fosse péssima, iria lá todos os dias apenas para cortejar a gostosa infiel que haviam falado para si. Bem, ela já era uma viúva mesmo e o ditado dizia que viúvo é quem parte desta para melhor. "Eu seria muito agradado pela senhorita, presumo. Tiraria sempre as melhores notas, meu coração é mole." Mentiroso, Joe era tão certinho para corrigir provas que nem um boquete, como já lhe foi oferecido algumas vezes, faria uma nota baixa virar máxima.

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o caminho para o hospital foi conturbado, keenan dirigia loucamente e fazia diversas imprudências. não estava acostumado a dirigir, mas sim ter pessoas dirigindo para ele. a tensão dominava o corpo masculino por completo e uma aflição começava a aparecer quando pensava em perder os gêmeos e marisol. o alívio ocupou metade dele quando finalmente estacionou na frente do hospital, adentrando sem sequer se identificar. quando o celular tocou, ele prontamente atendeu. ‘’marisol? eu tô aqui. relaxa.’’ foi rápido e logo desligou, seguindo sua intuição de onde ela estaria. ‘’caralho, te achei.’’ suspirou, sentando ao lado da mulher. ‘’o que aconteceu? eu tô aqui agora.’’

Marisol não conseguiu parar de beijar o rosto de Keenan quando finalmente o viu. Estava chorando copiosamente, com medo de que estivesse muito mal com os filhos e que a vida desregrada de antes de engravidar estava cobrando seu preço. Seria efeito das drogas? Na clínica nunca comentaram sobre ela poder ou não ser mãe. 

“Eu não sei... tem sangue e eu estou mal, não quero perder nossos bebês...” A latina sabia que se não tivesse mais os filhos, não teria mais Keenan e a ideia de perder ambos era péssima. Gostava do patrão, mas não achava que era amor, apenas amor de pica e gratidão. Segurou a mão contra sua barriga enquanto esperava pelo médico.

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as noites de keenan não eram tão agradáveis quanto gostaria que fosse, afinal não estava ao lado de quem queria. observar brianna dormir como um anjo, enquanto ele se mexia e ficava em todas as posições possíveis para tentar dormir, falhando miseravelmente. suspirou profundamente quando sentiu o celular vibrar em cima da cabeceira. sua mente já corelacionou ao trabalho, previsível demais. sonolento, atendeu o celular e esperou que a voz soasse do outro lado da linha, se surpreendendo ao ouvir a voz feminina da mãe dos seus filhos; os olhos abriram de imediato. ‘’marisol… é… hm’’ disfarçou, tossindo, ao perceber que a noiva acordava aos poucos. ‘’tô indo pra lá.’’ afirmou em seguida, ao ser noticiado. levantou de imediato e já vestiu qualquer roupa que viu pela frente, pegando as chaves do carro.

A latina apenas mandou a localização do hospital em mensagem e chamou um Uber. Não sabia se ele iria demorar e ainda tinha Brianna como ponto negativo, eles poderiam começar uma briga e ela não queria esperar para ver o que estava acontecendo. Desceu depois de se arrumar, conferindo se tinha tudo em mãos, inclusive o cartão que usaria para pagar as contas de hospital. Keenan pagava a fatura que ela gastava apenas para o pré-natal do bebê. Chegou na recepção, com lágrimas nos olhos e a voz embargada. Ligou para o pai dos seus filhos enquanto esperava pelo médico. “Está chegando? Eu ahco que nunca fiquei tão apavorada na minha vida... Preciso de alguém comigo.” Era a primeira vez em muito tempo que Marisol mostrava algum sinal de vulnerabilidade.

Marisol acordou de madrugada com uma inquietação. O ar condicionado estava ligado, mas mesmo assim a morena suava bicas. Sentia uma dor desconfortável na parte de baixo de seu corpo. Foi ao banheiro e encontrou uma mancha vermelha nas roupas íntimas. Desesperada, se trocou o mais rápido possível. Sabia que tinha de ir para o hospital, mas não fazia ideia de quem chamar. 

Mordeu o lábio e discou o número de Keenan, esperando ser atendida. Eram três da manhã e talvez ele ainda estivesse acordado, trabalhando em um projeto. Quando foi atendida, descarregou as palavras nele. 

“Keenan, eu vou pro hospital, tem um sangramento.”

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os dígitos fizeram um pequeno carinho na pele de marisol e os olhos se voltaram para o semblante dela, atentamente a ouvindo falar. ‘’ah… saquei.’’ assentiu, desviando o olhar para sua mesa, sem muito saber como confortá-la em palavras. ‘’beleza. vou pedir o harry pra organizar isso.’’ deu de ombros. ‘’seu cabelo tá bonito hoje.’’

“Harry sabe? Bem, acho que ele deve imaginar porque trabalhamos até tarde sempre...” A morena confiava no seu amigo e agora que ele estava vendo Shinji, era apenas um bônus. “Meu cabelo está? Você tem certeza? Isso é tão gentil da sua parte, Keenan.” Sentiu o carinho e começou a beijar o pescoço do rapaz, descendo os dedos por seu peito. “Você me deixa com tesão.”

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continuou com o cenho franzido, agora olhando para a mulher. por que diabos ela nomearia uma criança com uma música de red hot chilli peppers? rolou os olhos, respirando fundo e soltando o ar no mesmo instante. ‘’é, mas nós podemos nos virar. o larry devia fazer aulas de espanhol.’’ rolou os olhos. ‘‘é, talvez.’‘ murmurou, mordiscando o lábio inferior. ‘‘seguinte, eu não vou te demitir no papel. em tese, continuaria fazendo serviços para a empresa. mas não quero que se estresse e venha a trazer complicações, talvez? enfim.’‘ deu de ombros. ‘‘o que você quer, exatamente? quer que eu traga alguma família tua? quer uma enfermeira particular?’‘

“Não quer que eu me estresse? Que fofo.” Deu uma risadinha e se levantou, tinham privacidade ali, então a morena ocupou um lugar no colo do homem, pegando a mão dele e colocando sobre sua coxa. Marisol claramente tinha ciúmes de Brianna e sentia algo pelo chefe. Queria ser melhor do que ela. 

“Keenan, eu só tenho os bebês de família. Meu pai é um grandalhão do petróleo no Líbano, mas nunca conheci ele, tem o nome dele e tudo na minha certidão, mas nem importa. Minha mãe faleceu quando eu era adolescente.” Ela explicou, fazendo um carinho no rosto dele. “Eu gostaria de levar minhas coisas para o apartamento, os instrumentos e os microfones...” A latina soltou um suspiro.

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‘‘zephyr e harper… que porra de nome são esses?’‘ ele franziu o cenho, mal conseguindo pronunciar o primeiro nome. ‘’ah, saquei…’’ murmurou, os olhos atentos na imagem. era impossível ver algo, mas disfarçava para não demonstrar a confusão. ‘’já disse que não precisa trabalhar mais, desde o primeiro dia em que falou que estava grávida.’’ deu de ombros.  ele respirou aliviado quando a loira saiu batendo os saltos e balançando, propositalmente, o cabelo. provavelmente passaria na sala do pai de keenan, para reclamar da proximidade com a secretária, mas aquele era assunto para outro momento.  ‘‘enfim… senta aí, preciso bater um papo.’‘

“Você nunca ouviu Red Hot Chilli Peppers? Zephyr é o nome de uma música. E Harper é porque é unissex, então pode ser menino ou menina. Homenagem a Harper Lee.” Ela disse cheia de si, a mão instintivamente indo para a barriga inchada, mas quase imperceptível. “Harry não fala espanhol e ele me pediu para voltar, talvez porque você fica mais manso comigo...” Harry sabia do bebê, ele quem havia pedido para ela fazer o teste quando enjoou depois do almoço dias antes. Mas sobre a paternidade, eram apenas suspeitas. 

Viu Brianna sair e suspirou. Obedeceu o chefe e se sentou na frente dele, mordendo o lábio inferior. “Seu pai vai ficar puto da cara contigo. Ele é gente boa, mas a Brianna consegue dobrar ele em dois, parece eu.” Colocou as mãos na barriga de novo. “Então, o que quer falar?”

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‘‘provavelmente DNA… minha mãe dizia que eu crescia como na velocidade da luz, tiveram até algumas complicações no parto.’‘ não entendia muito bem sobre o assunto, então se resumia em poucas palavras para não acabar falando alguma besteira. ‘’enfim, que bom, hm? saúde e… grandeza?’’ comentou, um pouco tímido. 

brianna arqueou as sobrancelhas, típica bad bitch face. ela sabia do histórico do noivo, que não era nenhum santo. - aham… conheço muitas como você. - brianna, na verdade, era insegura. muito insegura.  era um pouco mais velha que o noivo, então ficava com medo de ser trocada por qualquer uma mais nova e menos plastificada. keenan suspirou fundo, para não perder a razão; a relação com a loira era estranha e bem… agressiva, de ambas as partes. ‘’brianna, sai da porra da minha sala e eu só vou repetir isso essa única vez.’’ ele bateu na mesa e alterou o tom de voz. ‘’marisol, você fica.’’

“Será que o Zephyr e Harper vão crescer assim? Sim, eu escolhi os nomes e depois quem sabe a gente abre para uma discussão sobre o assunto...” Ela fazia para provocar, sabia que Keenan daria um jeito de se intrometer naquilo, afinal os filhos eram dele também e parecia minimamente animado com a ideia de deixar seu legado para alguém. “Saúde e grandeza, do jeito que você gosta. Ainda não dá pra saber o sexo, mas o médico disse que aqui estão as cabecinhas.” Marisol apontou para as duas manchas maiores. “Logo a barriga vai aparecer, acho melhor encontrar outra pessoa para ficar no meu lugar...”

Sim, gostava de trabalhar ali, mas a barriga crescendo iria ser um questionamento que a morena não gostaria de responder. Principalmente depois da cena de Brianna. Gente branca adora dar escândalo por pouca coisa. “Não possuo qualquer interesse no senhor Cohen. Ele é meu chefe, apenas.” Mentiu.

Marisol virou para o homem às suas costas, a expressão claramente surpresa no rosto, quando ele a mandou ficar e só assentiu. Afastou delicadamente a foto da ultrassom para debaixo dos papéis na mesa dele, não queria que ela visse o que estavam escondendo.

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após o anunciado, keenan havia ficado um pouco receoso de qualquer relação, até mesmo com brianna, que estranhava sua falta, suas saídas repentinas e as noites dormidas fora de casa; sempre uma desculpa em cima da outra, já se sentia encurralado e sem saber como continuar vivendo naquilo. talvez seu único momento de paz fosse na sua sala, resolvendo qualquer coisa complicada, que ainda era mais simples que sua vida pessoal.  após finalizar uma reunião com alguns clientes, ele abaixou a tela do notebook e levou as mãos para trás da cabeça, relaxando os músculos e jogando o corpo pra trás. um longo suspiro fora solto. então ele era pai? oficialmente.  quando marisol entrou na sala, ele esboçou um sorriso mínimo; gostava da presença da mulher, gostava de estar começando a gostar dela e começava a se acostumar com a presença e ter o seu espaço invadido pela mesmo. afinal… eles teriam um filho… dois. os olhos se arregalaram e ele logo ajeitou sua postura, olhando incrédulo para marisol. ‘’porra, dois?! sabia que eu era foda, mas nesse nível…’’ riu baixo, tentando quebrar o gelo. soltou uma risada baixa com o beijo na bochecha, mas logo rolou os olhos. no mesmo instante, a noiva entrou na sala. a loira fechou o semblante e cruzou os braços, como uma criança mimada. o olhar o fuzilou de imediato. - o que significa isso, keenan cohen? - o grito estridente. keenan foi até obrigado a fechar os olhos quando a voz invadiu os tímpanos. - eu saio de viagem por uma semana e você se atraca com… - os olhos azuis se voltaram para marisol, da cabeça aos pés, exalando repulsa e desprezo. - qualquer uma? - riu forçada, tombando a cabeça para o lado. ‘’brianna. em casa a gente conversa, vai embora que aqui não é casos de família e nenhum dos meus funcionários precisam saber da minha vida pessoal.’’

Ela não esperava muito de Keenan, com certeza ele se casaria e teria filhos com Brianna e os gêmeos que estavam dentro de Marisol ficariam em segundo ou terceiro plano. O pensamento dela do começo de criar as crianças sozinha tinha sido tirada da sua cabeça por Shinji. “Cacete, Marisol, você não pediu para ser mãe e ele não pediu para ser pai. Faz esse babaca bancar você e os filhos. É o que um homem decente com a grana que ele tem faria. Se fosse eu no lugar, eu ia casar contigo, assumir a bronca como deve ser.” Marisol não esperava se casar com Keenan, afinal qual futuro um casamento sem amor como aquele teria? Pelos filhos? Shinji esquecia que se fosse ele no lugar de Keenan, ela se casaria. Afinal, se davam bem demais.

“Aham, pica de ouro. Mas pior que estão grandes, né? O médico fez as contas e foi a data da casinha dos salva-vidas... Ainda tem aquela blusa feia? Quero colocar ela na caixa de recordação de bebê dos gêmeos.” Se surpreendia com a reação de Keenan às fotinhos. Esperava um desmaio ou algo do tipo, mas dois de uma vez eram uma massagem ao ego de qualquer homem. O beijou no rosto, porque tinha de ter o mínimo de boa convivência com o pai de seus filhos. Aí a praga branca entrou e a latina se colocou na posição normal, ao lado do chefe. “Brianna, não tenho interesse algum em me atracar com o senhor Cohen.” Suspirou.

Finalmente de volta ao trabalho. Era legal não ter de pagar um apartamento, principalmente naquela área de Miami. Só que era terrível saber que só conseguiu aquilo porque estava grávida de Keenan. Já estava com o contrato de demissão assinado quando Harry a ligou desesperado pedindo que voltasse porque não entendia palavra alguma de espanhol e seu chefe havia pedido para ele continuar a se comunicar com os panamenhos. Ela voltou naquela manhã, depois de passar no hospital e trazer consigo uma fotinho preto e branco de duas manchinhas. Keenan ia surtar quando soubesse que eram gêmeos. Diferente de Marisol que adorou a notícia. Sabia que aquela era a única chance dela de ser mãe, então dois era lucro, não. 

Como sempre entrou na sala do chefe sem bater e colocou na frente dele a fotinho de cinco por sete centímetros do seu útero com os gêmeos. “Parabéns, papai viril que me deu dois bebês... Isso é algo a se contar na mesa do bar. Eles são lindos como a mamãe, então não se ache muito.” Se abaixou e deixou um beijo no rosto dele. “Obrigada por tudo.”

"e o que vou ficar fazendo o dia todo?" óbvio que ela podia levar seus instrumentos para lá e passar os dias gravando. Mas não tinha ânimo para isso. Passava o tempo todo dormindo ou comendo nas últimas semanas. "Eu... Acho que vou aceitar. Desde que passe um tempo comigo."

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“Eu vou ficar sozinha lá? Eu não conheço ninguém. Porque não fico na minha casa? Tem o Shinji que pode me ajudar se eu ficar mal.” A ideia de se separar do amigo e estar sozinha a deixava ainda mais em pânico. A latina assentiu com a cabeça. “Não me deixa sozinha lá… Eu posso ficar uns dias, mas prefiro a minha casa…”

‘‘eu posso ficar com você alguns dias até a adaptação. existem alguns quartos extras lá, e pode chamar quem quiser.’‘ confessou, tentando reconfortar a mulher. ‘‘só não posso ficar vinte e quatro horas, afinal eu tenho a… minha vida.’‘ concluiu, um pouco desconcertado. 

"Eu vou ficar sozinha lá? Eu não conheço ninguém. Porque não fico na minha casa? Tem o Shinji que pode me ajudar se eu ficar mal." A ideia de se separar do amigo e estar sozinha a deixava ainda mais em pânico. A latina assentiu com a cabeça. "Não me deixa sozinha lá... Eu posso ficar uns dias, mas prefiro a minha casa..."

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“Eu vou ter o bebê. Não precisa pagar clínica e nem nada. Nem precisa assumir… Só quero que saiba que é seu filho. O Shinji disse que qualquer coisa ele me ajuda a criar junto com o novo namorado dele…” Marisol soltou um suspiro, limpando as lágrimas com as costas das mãos. “Eu não quero mais trabalhar aqui. Dói demais te ver feliz com outra pessoa.” Ela admitiu, mordendo o lábio inferior e apertando a barriga com os dedos. “Eu gosto de você, mas a gente faz mal um pro outro, Keenan. Eu sou brava e teimosa. Você também é babaca para um caralho. sou uma iludida.”

Keenan fechou os olhos com certa força calculada, passando as mãos na barba. Por que ela tinha de complicar tudo? ‘’Marisol… Eu não vou te deixar sozinha carregando um filho… meu.’’ ele suspirou de volta, tornando a abrir os olhos, fitando-a. ‘’Eu vou te pôr num dos meus apartamentos, ok? E você não precisa mais vir trabalhar, não como minha secretária.’’

"Pode? Keenan... Como vai ser? Se seus pais souberem? Brianna... Você tem muito a perder. Eu não tenho nada. Nem ninguém... Esse bebê é a única coisa que eu tenho no mundo." Marisol voltou a chorar, abraçada na própria barriga. Queria sumir dali na madrugada, voltar a Los Angeles e ter uma vida simples, mas com um centelha de felicidade com os filhos. "Você quer mesmo ser pai?"

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“Eu vou ter o bebê. Não precisa pagar clínica e nem nada. Nem precisa assumir… Só quero que saiba que é seu filho. O Shinji disse que qualquer coisa ele me ajuda a criar junto com o novo namorado dele…” Marisol soltou um suspiro, limpando as lágrimas com as costas das mãos. “Eu não quero mais trabalhar aqui. Dói demais te ver feliz com outra pessoa.” Ela admitiu, mordendo o lábio inferior e apertando a barriga com os dedos. “Eu gosto de você, mas a gente faz mal um pro outro, Keenan. Eu sou brava e teimosa. Você também é babaca para um caralho. sou uma iludida.”

Keenan fechou os olhos com certa força calculada, passando as mãos na barba. Por que ela tinha de complicar tudo? ‘’Marisol… Eu não vou te deixar sozinha carregando um filho… meu.’’ ele suspirou de volta, tornando a abrir os olhos, fitando-a. ‘’Eu vou te pôr num dos meus apartamentos, ok? E você não precisa mais vir trabalhar, não como minha secretária.’’

"Keenan... Não sei... Eu seria o que? Sua amante? A mulher que infelizmente você engravidou?" Marisol passou mais uma vez as costas das mãos pelos olhos e os secou. As manchas eram escuras ali, mas sabia que a maquiagem não tinha borrado muito. "Só... Seja um pai." Era pedir demais, sabia que a oferta do apartamento era boa, mas ela precisava trabalhar, ou ia comer como? Não queria ter de depender dele para tudo. Passou os dedos pelos próprios cabelos. "Vou trabalhar no que então? Ser a sua piranha?"

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“Eu vou ter o bebê. Não precisa pagar clínica e nem nada. Nem precisa assumir… Só quero que saiba que é seu filho. O Shinji disse que qualquer coisa ele me ajuda a criar junto com o novo namorado dele…” Marisol soltou um suspiro, limpando as lágrimas com as costas das mãos. “Eu não quero mais trabalhar aqui. Dói demais te ver feliz com outra pessoa.” Ela admitiu, mordendo o lábio inferior e apertando a barriga com os dedos. “Eu gosto de você, mas a gente faz mal um pro outro, Keenan. Eu sou brava e teimosa. Você também é babaca para um caralho. sou uma iludida.”

Keenan fechou os olhos com certa força calculada, passando as mãos na barba. Por que ela tinha de complicar tudo? ‘’Marisol… Eu não vou te deixar sozinha carregando um filho… meu.’’ ele suspirou de volta, tornando a abrir os olhos, fitando-a. ‘’Eu vou te pôr num dos meus apartamentos, ok? E você não precisa mais vir trabalhar, não como minha secretária.’’

"Eu vou ter o bebê. Não precisa pagar clínica e nem nada. Nem precisa assumir... Só quero que saiba que é seu filho. O Shinji disse que qualquer coisa ele me ajuda a criar junto com o novo namorado dele..." Marisol soltou um suspiro, limpando as lágrimas com as costas das mãos. "Eu não quero mais trabalhar aqui. Dói demais te ver feliz com outra pessoa." Ela admitiu, mordendo o lábio inferior e apertando a barriga com os dedos. "Eu gosto de você, mas a gente faz mal um pro outro, Keenan. Eu sou brava e teimosa. Você também é babaca para um caralho. sou uma iludida."

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“Eu sei que é seu porque eu não transei com mais ninguém nos últimos tempos. E quando nos conhecemos, fazia muito tempo que eu não sabia o que era foder.” Ela soltou um suspiro longo. Ele não casaria com ela, ele provavelmente nem assumiria o filho que estava esperando. Lá se vai Marisol repetir a trajetória da própria mãe: solteira e com uma criança nos braços. O pai dela? Provavelmente tinha mais dinheiro que o pai de Brianna e Keenan juntos. Sua mãe sempre havia dito que ele era libanês e que tinha posses, mas que nunca assumiu a única filha além de mandar dinheiro vez ou outra. O nome do pai na certidão era o nome de seu avô, e mais uma bagunça que Marisol não sentia vontade alguma de desvendar. Keenan era muito ambicioso e se um dia tivesse qualquer chance dela lhe dar vantagens financeiras, ele a assumiria em prol dos bens. Não queria estar presa em um casamento sem amor. 

“Você vai casar com ela. E eu vou ficar sozinha. Eu… eu vou pedir demissão. Só quero que saiba que vai ser pai e se um dia quiser algum contato…” Ela respirou fundo e se sentou em uma das cadeiras, começando a chorar. “Por que logo eu? Qual o meu problema?”

Ele abaixou a cabeça, silenciosamente. Onde ele havia se metido? Por que ele havia estragado sua vida a ponto de engravidar uma… secretária. Keenan respirou fundo, puxando palavras para pôr pra fora, mas nada lhe vindo de imediato. Podia jurar que estava pálido naquele exato momento.  ‘‘Eu…’‘ podia jurar que era a primeira vez que estava sem palavras. Se sentia um menino, sem reação e sem palavras. ‘‘Marisol…’‘ a voz saiu num sussurro ao vê-la chorar. Um aperto o pegou no peito, ele não soube identificar o sentimento; talvez princípio de infarto? Balançou a cabeça, afim de se livrar daquilo. ‘‘O que você quer fazer? Eu posso pagar uma clínica. Posso fazer o que você quiser…’‘ mordiscou o lábio inferior. ‘‘Desculpa ter sido um babaca.’‘

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keenan estava feliz, não pelo noivado de noite passada e pelas juras de amor feitas pela noiva, muito pelo contrário; essa parte abominava e fazia questão do esforço para ignorar essa parte. estava feliz pelo contrato de bilhões que faria com o sogro naquela tarde; já estava tudo esquematizado. o olhar orgulhos do pai fora o suficiente para ele entender que estava certo; passaria por cima de qualquer coisa e qualquer pessoa para conseguir o seu.  quando fora convocado por marisol, sua secretária, caminhou até a sala, bebendo um pouco do café, preparado por seu assistente. provavelmente mais uns dos papos idiotas que ela fazia questão de enchê-lo, ou talvez a tão desejada demissão. desde o elevador, mal se falavam, e ele prometeu que ela ficaria com o emprego. bufou, se livrando dos pensamentos.  ‘‘diga, marisol.’‘ jogou o peso do corpo na cadeira, olhando fixamente para ela. pela primeira vez na vida, a latina estava séria. tão séria que um arrepio subiu pela espinha. o arrepio se intensificou com as palavras ditas por ela. keenan se viu imóvel por alguns minutos, mas logo soltou uma risada. uma risada sem gosto, talvez para disfarçar o quanto aquela notícia havia o pego de jeito. keenan não gostava de crianças, não tinha jeito com crianças e não podia ter um filho. tudo iria por água abaixo; seu contrato milionário, suas festas particulares, tudo… ‘‘meu? como você tem tanta certeza que é meu?’‘ ajeitou a postura, enrijecendo a coluna. ‘‘nós usamos cam…’‘ é, eles não usaram. por isso ele parou de falar e levou as mãos ao rosto. ‘‘caralho, como é meu? porra, você transa com mais gente!’‘ o grito histérico sobre sua relação com brianna o fez rolar os olhos e soltar um respiro alto, como quem guardava há tempos. ‘‘marisol, acorda pra vida! você tá grávida e tá querendo se preocupar com a merda de anel que eu uso ou deixo de usar? é, tô noivo. e aí? achou que eu fosse noivar com você? logo você?’‘

“Eu sei que é seu porque eu não transei com mais ninguém nos últimos tempos. E quando nos conhecemos, fazia muito tempo que eu não sabia o que era foder.” Ela soltou um suspiro longo. Ele não casaria com ela, ele provavelmente nem assumiria o filho que estava esperando. Lá se vai Marisol repetir a trajetória da própria mãe: solteira e com uma criança nos braços. O pai dela? Provavelmente tinha mais dinheiro que o pai de Brianna e Keenan juntos. Sua mãe sempre havia dito que ele era libanês e que tinha posses, mas que nunca assumiu a única filha além de mandar dinheiro vez ou outra. O nome do pai na certidão era o nome de seu avô, e mais uma bagunça que Marisol não sentia vontade alguma de desvendar. Keenan era muito ambicioso e se um dia tivesse qualquer chance dela lhe dar vantagens financeiras, ele a assumiria em prol dos bens. Não queria estar presa em um casamento sem amor. 

“Você vai casar com ela. E eu vou ficar sozinha. Eu... eu vou pedir demissão. Só quero que saiba que vai ser pai e se um dia quiser algum contato...” Ela respirou fundo e se sentou em uma das cadeiras, começando a chorar. “Por que logo eu? Qual o meu problema?”