Tumgik
anamneseruz-blog · 5 years
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O presente produto/obra, tem, antes de qualquer outro objetivo, traçar um elo entro memória e espiritualidade através da ancestralidade, dentro de uma visão religiosa, nesse caso em especifico, o candomblé. Sendo este o propósito, proponho levantar a hipótese sobre uma possível “memória espiritual”.
A princípio, os fatores que justificam essa teoria precisam ser esclarecidos para melhor compreensão da obra.
Dentre as diversas explicações referente à origem do candomblé, umas das mais aceitas, segundo George Mauricio (o candomblé bem explicado), afirmam que, devido o fluxo de escravos trazidos da terra mãe, África, o candomblé surge originalmente no Brasil. Aqui, os filhos das enumeras nações, como Bantu, Fon e Yourubá, por questões de sobrevivência, resistência e preservação principalmente da cultura, acabaram por irmanarem por este propósito.
Assim como qualquer outra religião, quando imergida em cultura fora da sua nascente, sofre interferência do meio onde foi implantada, ou reimplantada. Não foi diferente com os costumes e crenças africanas. Na chegada ao Brasil, além da esperada interferência do cristianismo, resultando no sincretismo e consequentemente na criação da Umbanda, o povo africano, mais especificamente os Bantus, aliaram-se aos povos indígenas. Os indígenas, assim como os Bantos e os outros povos, cultuavam e respeitavam a natureza. Essa união foi de grande valia, não apenas pela preservação e enriquecimento da cultura, como por sobrevivência, visto que os quilombos também eram compostos por índios escravizados.
Após esse apanhado e acrescentando que memória, dentre outras determinações, pode ser considerado como algo que ocorre ao espírito como resultado de experiências, tal qual o armazenamento, independente de formatos, de fatos ocorridos, e não apenas um fator mental/psicológico, a descrição é simplificada, porém, ainda é incompleta.  
Desse modo, apresento a construção das mesmas, dentro do âmbito da memória espiritual: a proposta foi elaborar esse elo, utilizando fotografias de rostos negros e atrelando a elementos tribos indígenas e dos povos citados acima, com intuito de reforçar o conceito espiritual de vivências passadas, descendência e ancestralidade. Por este motivo, não foi utilizado fotografias de descendentes diretos dos povos indígenas, por exemplo. O conceito primordial da obra é explicar a relação espiritual, trazida através do candomblé, entre esses povos. A memória como preservação da cultura e como manifestação divina.
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anamneseruz-blog · 5 years
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O presente produto/obra, tem, antes de qualquer outro objetivo, traçar um elo entro memória e espiritualidade através da ancestralidade, dentro de uma visão religiosa, nesse caso em especifico, o candomblé. Sendo este o propósito, proponho levantar a hipótese sobre uma possível “memória espiritual”. A princípio, os fatores que justificam essa teoria precisam ser esclarecidos para melhor compreensão da obra. Dentre as diversas explicações referente à origem do candomblé, umas das mais aceitas, segundo George Mauricio (o candomblé bem explicado), afirmam que, devido o fluxo de escravos trazidos da terra mãe, África, o candomblé surge originalmente no Brasil. Aqui, os filhos das enumeras nações, como Bantu, Fon e Yourubá, por questões de sobrevivência, resistência e preservação principalmente da cultura, acabaram por irmanarem por este propósito. Assim como qualquer outra religião, quando imergida em cultura fora da sua nascente, sofre interferência do meio onde foi implantada, ou reimplantada. Não foi diferente com os costumes e crenças africanas. Na chegada ao Brasil, além da esperada interferência do cristianismo, resultando no sincretismo e consequentemente na criação da Umbanda, o povo africano, mais especificamente os Bantus, aliaram-se aos povos indígenas. Os indígenas, assim como os Bantos e os outros povos, cultuavam e respeitavam a natureza. Essa união foi de grande valia, não apenas pela preservação e enriquecimento da cultura, como por sobrevivência, visto que os quilombos também eram compostos por índios escravizados. Após esse apanhado e acrescentando que memória, dentre outras determinações, pode ser considerado como algo que ocorre ao espírito como resultado de experiências, tal qual o armazenamento, independente de formatos, de fatos ocorridos, e não apenas um fator mental/psicológico, a descrição é simplificada, porém, ainda é incompleta. Desse modo, apresento a construção das mesmas, dentro do âmbito da memória espiritual: a proposta foi elaborar esse elo, utilizando fotografias de rostos negros e atrelando a elementos tribos indígenas e dos povos citados acima, com intuito de reforçar o conceito espiritual de vivências passadas, descendência e ancestralidade. Por este motivo, não foi utilizado fotografias de descendentes diretos dos povos indígenas, por exemplo. O conceito primordial da obra é explicar a relação espiritual, trazida através do candomblé, entre esses povos. A memória como preservação da cultura e como manifestação divina.
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