Tumgik
alivioimediato · 2 years
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Numa carta escrita há mais de 2000 anos, o filósofo grego Epicuro, preocupado em associar a filosofia à vida prática, a serviço da construção de uma existência mais feliz, apresenta a seu discípulo Meneceu o cerne de seus ensinamentos: destemor, prudência e  autossuficiência se tornam importantes ingredientes para se evitar as dores físicas e psíquicas, conduzindo-nos à sensação de prazer e de felicidade.
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alivioimediato · 2 years
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Na coletânea de ensaios sobre a qual trato neste vídeo, a escritora e ativista anarquista Emma Goldman expõe as ligações entre o patriotismo e o militarismo, bem como os problemas que os rodeiam, apresenta seu descontentamento com os rumos tomados pelo governo comunista na Rússia pós-revolução e reitera seu posicionamento antiestatal, propondo uma celebração dos indivíduos e suas livres associações.
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alivioimediato · 2 years
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No segundo vídeo sobre o livro "Por que as pessoas acreditam em coisas estranhas", de Michael Shermer, falo sobre os embates entre criacionismo e Evolução ao longo da história e sobre porque o primeiro deles não pode ser considerado uma ciência. A seguir, um breve olhar sobre o tema da negação do Holocausto nos permite captar as semelhanças entre pseudo-história e pseudociência. Por fim, a pergunta-título do livro é retomada e descobrimos porque até "pessoas inteligentes" podem acabar acreditando em "coisas estranhas".
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alivioimediato · 2 years
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Nestes tempos de pandemia, nos quais a ciência é fortemente reivindicada, mas a pseudociência aproveita para também se apresentar, se torna ainda mais importante saber de que formas as duas se diferenciam. Além de uma defesa da ciência e de um ceticismo saudável, este livro de Michael Shermer nos apresenta uma série de exemplos de como podemos acabar nos desviando do conhecimento científico e acreditando em "coisas estranhas".
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alivioimediato · 2 years
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Encerro a série de 3 vídeos sobre o livro "A potência de existir", de Michel Onfray, apresentando os pensamentos do autor nas áreas da bioética — como utilizar a ciência em benefício do projeto hedonista de uma vida jubilosa e quais têm sido os empecilhos para esse uso? — e da política — como pensar uma política hedonista e libertária, praticável em nossos dias, diante de fascismos sorrateiros, do domínio do liberalismo e do poder micrologicamente disseminado?
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alivioimediato · 2 years
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No segundo vídeo sobre o Livro "A potência de existir", sigo apresentando a filosofia hedonista de Michel Onfray, centrando-me agora nos âmbitos da erótica e da estética. Onfray segue identificando as negatividades diversas produzidas também nessas áreas pela tríade platonismo, cristianismo e niilismo, ao mesmo tempo em que propõe suas alternativas positivas: um "eros leve", uma "estética cínica".
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alivioimediato · 2 years
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Nesse primeiro vídeo sobre o livro "A potência de existir", de Michel Onfray, apresento as principais ideias do autor sobre o grande tema da filosofia e sobre o tema específico da ética. Sucintamente, Onfray nos mostra o que há de problemático em cada um desses terrenos — o domínio do idealismo na historiografia filosófica, a permanência do cristianismo na determinação de valores éticos para os nossos tempos... — e nos sugere possíveis soluções — a escrita de uma contra-história da filosofia, a construção de um ateísmo pós-cristão...
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alivioimediato · 2 years
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Neste segundo vídeo sobre o livro "Desobedecer", de Frédéric Gros, apresento mais algumas das considerações do autor sobre o caso de Adolf Eichmann e suas alegações de obediência ao regime nazista. Trago também os temas do consentimento, da desobediência civil, da obrigação ética e da dissidência cívica e termino com as considerações de Gros sobre as responsabilidades que decorrem da decisão entre a obediência e a desobediência, decisão que ninguém pode tomar em nosso lugar.
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alivioimediato · 2 years
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Por que nos mantemos tão obedientes? Por que insistimos em compactuar com tudo o que mantém a sociedade do jeito como ela está? Quais são as formas como essa obediência acontece? Quais são as possibilidade de se opor a essas obediências? — São algumas das questões levantadas por Frédéric Gros no livro "Desobedecer". Nesse primeiro de dois vídeos sobre o livro apresento as premissas do autor sobre o tema, bem como alguns "estilos" de obediência (submissão, servidão/superobediência, subordinação e conformismo) e seus possíveis contrapontos (obediência a mínima, ironia cética e provocação cínica).
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alivioimediato · 2 years
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Deus é o assunto deste vídeo de retorno do canal Livremo-nos!, deus esse que observado pelas lentes de uma ateologia radical é assumido como invenção humana, demasiado humana, mito concebido à nossa imagem e semelhança. Não se trata de empreender uma busca enfadonha pelas “provas” de sua inexistência, mas sim de abraçar uma sensibilidade nietzschiana que vê a invenção como coisa óbvia, que se recusa a aceitar a complexidade do mundo sendo reduzida a uma “resposta grosseira”. Mais que isso, trata-se, uma vez constatada a fabulação, de se perguntar: “e daí?”, “e então?” O “Tratado de ateologia” de Michel Onfray nos serve de bússola, Nietzsche aparece como complemento necessário, e um desvio pela literatura de Valter Hugo Mãe completa essa introdução à ateologia, esse convite para livrarmo-nos da ideia de deus.
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alivioimediato · 5 years
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Discurso por mim proferido na primeira formatura institucional da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ocorrida em 19 de janeiro de 2019, como orador da turma de Teatro-Licenciatura.
"Cumprimento o reitor, autoridades e todas e todos os demais presentes. E gostaria de destacar os nomes de 3 professoras do curso de Teatro que, pela grande competência do seu trabalho como docentes e por representarem muito bem os valores sobre os quais falarei mais adiante, foram escolhidas pela nossa pequena turma de formandos para receberem as devidas homenagens nessa cerimônia: Professora Marina de Oliveira, nossa patronesse; professora Fabiane Tejada da Silveira, nossa paraninfa; e nossa professora homenageada, Fernanda Vieira Fernandes.
Quero também agradecer aos meus colegas Kellen e Mário por terem aceito minha autoindicação para vir aqui falar em nome da turma.
Como alguém que está recebendo nessa cerimônia o título de professor de teatro, e estando diante de outros tantos formandos de cursos de licenciatura, além de professores e professoras que já exercem a docência há algum tempo, eu gostaria de centrar minha fala nesses dois temas: teatro e educação.
Ao longo dos últimos anos, tive a oportunidade de conhecer as diversas facetas do teatro, essa arte tão antiga, presente nas mais variadas culturas e que desde os seus primórdios tem possibilitado aos seres humanos realizarem reflexões sobre seus próprios comportamentos, suas histórias, práticas, costumes, tradições... Essa arte que se apresenta como uma importante ferramenta de ensino, como rica possibilidade de denúncia das injustiças sociais, dos abusos de poder, essa arte que acaba se constituindo como uma importante promotora de empatia: ao me colocar no lugar de outro, ao presenciar os colegas atores e atrizes representando a outros, eu acabo instruindo a mim mesmo a enxergar mais e melhor esse “outro”, a lançar um olhar mais compreensível, mais tolerante, mais acolhedor sobre esse “outro” e sobre as suas diferenças.
Paralelamente, ao longo desses anos de graduação, tive a oportunidade de estudar, de conhecer, de refletir sobre Educação. Reflexões possibilitadas em parte pelo estudo de importantes autores da área da pedagogia, de pensadores que dedicaram boa parte da sua vida à questão da educação, percebendo o seu poder transformador, que evidenciaram a importância de não apenas aprendermos a ler, escrever e fazer contas, mas também de ter senso crítico, de saber questionar o que parece óbvio, de saber pensar por conta própria, exercendo a autonomia. Falo, a título de exemplo, de pessoas como Paulo Freire, importante educador brasileiro, reconhecido mundialmente por seu trabalho em prol da educação e cuja obra merece ser mantida como exemplo, como inspiração para todos aqueles que se importam com educação.
Os problemas e desafios da educação no Brasil também estiveram entre as pautas recorrentes nesses anos de licenciatura: a constante desvalorização do trabalho docente, as tentativas de censurar o trabalho de professoras e professores, até mesmo de duvidar de sua capacidade de ensinar, de educar...
Enfim, os anos de formação em teatro-licenciatura, me possibilitaram compreender a quantidade de problemas que a educação, o teatro (e a arte em geral) enfrentam frequentemente em nosso país... entretanto, estes mesmos anos de formação me fizeram compreender também o poder transformador que o teatro e a educação podem ter.
Em atividades desenvolvidas ao longo do curso, tive a oportunidade de visitar diversas escolas de Pelotas e região e de encontrar alunos, alunas, professores e professoras claramente necessitados de arte, necessitados da riqueza de reflexões e experiências estéticas, de toda a alegria dos jogos e brincadeiras, das experimentações envolvendo o próprio corpo e suas possibilidades de expressão, de sensibilização, de tudo o que o teatro pode nos proporcionar.
Notei também, ao longo dessas idas às escolas e de outras atividades desenvolvidas no curso, a urgente necessidade de que jamais se deixe de lutar para que esses alunos, alunas, professores e professoras possam desfrutar de uma educação de qualidade, baseada no respeito ao trabalho docente, uma educação laica e livre de qualquer censura, uma educação que não crie nenhuma hierarquia desnecessária entre diferentes áreas de conhecimentos, e que saiba reconhecer o papel da arte na formação das pessoas, uma educação que não tenha como objetivo apenas a formação para um mercado de trabalho, mas que, associada à arte, associada ao teatro, possa promover esse senso crítico de que falei antes e celebrar a empatia, a alegria, a sensibilidade, a beleza...
Penso que, agora mais do que nunca, é nossa obrigação, colegas formandos do teatro (e, dentro de suas possibilidades, colegas dos demais cursos) fazermos a nossa parte para que os benefícios do teatro, da arte, da educação de qualidade se tornem disponíveis a todos, contribuindo assim para a construção de um mundo melhor.
Obrigado."
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alivioimediato · 6 years
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Atividades lúdico-amorosas testadas e aprovadas
# Estabelecer uma meta de abraços a ser dados em um encontro com alguém. 20 é um bom número. É permitido trapacear: a pessoa pergunta se a contagem parou no 15 e você confirma, mesmo sabendo que já estava no 18.
# Caminhando sem rumo (”nós não precisamos saber pra onde vamos, nós só precisamos ir”): dois indivíduos, preferencialmente enamorados, caminham juntos numa cidade quadriculada. A cada esquina em que chegam, um dos dois intercaladamente decide para que direção irão. Abraços poderão ser dados ao longo do trajeto. Lugares mágicos poderão ser descobertos.
# Os enamorados cantam juntos músicas infantis. Durante a cantoria, especula-se sobre qual o gesto a ser feito quando os dedos “do meio” são citados na canção dos dedinhos.
# Os enamorados observam as placas dos carros e tentam atribuir significados às letras. Encontram carros alegres: IUP e EBA; risonhos: KKK. Muitos carros trarão informações curiosas sobre a vida dos Índios.  Muitos carros chamar-se-ão IVO.
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alivioimediato · 6 years
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Por um Pragmatismo Bartlebyano
OPÇÃO 1 (com dor) : Você tem algo para fazer. Você não está a fim de fazer. Mas você tem que fazer. Mas você não quer. Você tem uma semana para fazer. Você deixa para amanhã. O amanhã chega e você ainda não quer fazer. Você deixa para o próximo amanhã. E para o próximo. E para o  próximo. Você tenta fazer; talvez você até consiga fazer um pouquinho. Mas o pouquinho não serve, você tem que fazer tudo. Mas você não quer fazer. Você deixa para amanhã. O amanhã chega e tem uma outra coisa que você quer fazer primeiro. E outra. E outra. Você quer fazer tudo, menos aquilo que você tem que fazer. Para amanhã. Para amanhã. Para hoje. Não tem mais jeito, você tem que fazer! Mas você não quer! Mas você tem que fazer! Mas não quer! Você se desespera. Você sofre. Você se irrita. Você não consegue comer, não consegue dormir, não consegue fazer nada! AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH!!!!!!! As horas vão passando. Você tem que fazer! Você tem que fazer!! Você tem que fazer!!! “E se eu não fizer?”, você se pergunta repentinamente, quase que espantando-se com a própria ousadia. “Acontecerá isso e isso e aquele outro”, você mesmo responde. “Pois bem, eu me responsabilizo pelas consequências” e, aliviado, você toma a derradeira decisão: “Prefiro não fazer”.
OPÇÃO 2 (sem dor) : Você tem algo para fazer. Você não está a fim de fazer. Ciente das consequências, você decide serenamente: “Prefiro não fazer”.
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alivioimediato · 6 years
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Máquinas que Pensam, que Amam e que Comem Maçãs
1
Há não muito tempo atrás, numa ilha lá do outro lá do oceano, nasceu um menino. Porque tinha a pele branca como a neve e porque fez um elaborado cálculo com os dedinhos antes mesmo de soltar o primeiro choro de vida nova, seus pais o chamaram Alan Turing. Era um menino calado, desajeitado, solitário. Esquisito, diriam alguns. Entretanto, desde cedo demonstrou-se dotado de uma extraordinária inteligência. Um gênio, diriam alguns. Um dia esse menino iria usar toda a sua genialidade para ajudar os reis da ilha onde vivia a vencerem uma terrível guerra que estavam travando contra um homem muito muito mau. Um homem de coração murcho e sorriso enferrujado que não conseguia entender que a beleza não existe somente nas peles brancas como a neve e que achava uma barbaridade admitir que o beijo de amor que desperta a princesinha adormecida poderia vir, não somente de um príncipe, mas também de uma outra princesa. O menino ficava muito triste com as ideias desse homem mau e ficava mais triste ainda por saber que até mesmo os reis de sua ilha também não gostavam muito dessa história de príncipe com príncipe e princesa com princesa. E se vem uma bruxa, pensava o menino, disfarçada de velha boazinha, pensava o menino, e me dá uma maçã envenenada, pensava o menino, e eu a como e vem os anõezinhos e encontram meu corpo inanimado, pensava o menino, e me colocam no caixão de vidro e eu fico esperando o príncipe que vai vir me despertar e, por culpa dos homens maus, o príncipe não vem? Pensava o menino. O menino pensava muito. Pensava tanto e tão calculadamente e com tantos gráficos mentais e funções e continhas e se isso é 3 e aquele é 4 eu somo aquele outro e elevo ao quadrado e multiplico pela progressão aritmética do axioma de a+b por x ao infinito e etc etc, que as vezes ficava em dúvida se era um menino mesmo ou uma máquina. Não que as máquinas pudessem pensar, mas ele acreditava que ensinando-as com carinho e dedicação e paciência de bom pedagogo, elas aprenderiam. As máquinas também precisam de amor, dizia. E não só dizia, mas também as amava. E amava não só as máquinas, mas também a matemática e a lógica e a física e a astronomia e a criptologia e até mesmo algumas pessoas. E todos os dias, sentado na cama, antes de entrar em modo de hibernação, comia uma maçã. Meninos-máquinas também precisam se alimentar, pensava. E depois da maçã comida, continuava pensando, pensando e pensando, até tudo virar descanso de tela, com imagens dinâmicas de príncipes encantados, que vinham lhe entregar mensagens de amor criptografadas, escritas ternamente em código binário.
2
Um belo dia, o menino Turing passeava contente pela floresta, colhendo flores e conversando com os animaizinhos, quando avistou ao longe um príncipe. Aproximou-se lentamente, atraído pela singular beleza daquele jovem rapaz, louro, de olhos azuis, e ficou particularmente encantando ao perceber, chegando bem perto, que saíam-lhe números pelos poros da pele e que seu crânio mostrava-se envolto num glorioso halo de luz incandescente, onde enxergavam-se simpáticas equações de terceiro grau. Disse então que oi, sou Alan Turing, e você?, e ouviu em troca um oi, prazer em conhecê-lo, Alan Turing, meu nome é Christopher Morcom. E todos os dias, o menino Alan ia visitar o príncipe Christopher, pois desde que vira aqueles mágicos algarismos emanando de sua pele e desde que notara que as flores da floresta ficavam com inveja do seu cheiro e que cada frase que pronunciava era dividida em intervalos proporcionais à sequência de Fibonacci, não conseguiu mais passar um dia sem vê-lo. E acordava pensando em Christopher e somava pensando em Christopher e multiplicava pensando em Christopher e dividia e fatorava e elevava ao cubo, pensando nele em todos os instantes. Christopher era seu único e melhor amigo, seu príncipe encantado, sua terna paixão, mas por causa dos homens maus e das coisas feias que eles diziam sobre menininhos pecadores que sonham com príncipes ao invés de princesas e que querem inverter a ordem natural das coisas e fazem da porta de saída uma porta de entrada e seguem não os exemplos sóbrios de deus, mas os do diabo, o jovem e frágil Alan não tinha coragem de falar para Christopher sobre todo o amor que sentia por ele. E foi numa segunda-feira de agosto, em que o mundo estava estranhamente silencioso e frio e que os passarinhos não saíram de seus ninhos para o concerto matinal e as orquídeas da varanda pareceram ter esquecido de se perfumar e o café da tarde estava com gosto de guarda-chuva, que Christopher não apareceu. Alan o procurou por todos os cantos da floresta, no oco das árvores e debaixo dos pedregulhos e no fundo do riacho e perguntou à sua amiga raposa e à dona coruja e aos senhores esquilos e a todos os animaizinhos da floresta se por acaso não o tinham visto, mas tudo o que conseguiu obter foram informações imprecisas de um pernilongo que ouvira uma ratazana contar que, senhor, quando acordei para beber água vi um belo moço de olhos azuis tossindo sangue na beira do riacho e em seguida surgiu uma criatura toda de preto, que cheirava a mato seco e que segurava uma enorme foice de aço inoxidável e que disse rapaz, venha comigo, que tenho algo importante a lhe mostrar, e os dois desapareceram por entre as árvores, senhor, e depois disso, tudo o que vi foi que as águas do riacho começaram a subir, pois todos os peixinhos haviam se posto a chorar.
3
O menino Alan, que já não era mais tão menino assim, continuava a encantar-se com o poder dos números e continuava a sonhar com o dia em que as máquinas lhe diriam que olá, Alan, como tem passado? Será que chove hoje? E foi entre um sonho e outro que Alan decidiu fazer um longo passeio, numa terra do lado de cá do oceano, onde falavam a mesma língua que na sua ilha, e onde notavam-se manias muito esquisitas como, vejam só, colocam a direção dos carros no lado errado! E nessa terra distante, longe de sua mãe, longe de sua escola, longe de seu príncipe Christopher, que nunca mais aparecera, Turing se sentia muito triste e sozinho e todas as noites chorava ao perceber que suas maçãs pareciam cada vez menos doces e era chorando que dizia boa noite, escrivaninha, e boa noite, porta, e boa noite, abajur, e deitava e dormia e sonhava com uma criatura de preto que surgia do nada e lhe dizia que olá, Alan, se quiseres posso te levar até o lugar em que seu príncipe está. Turing queria muito ter seu príncipe de volta, mas ao mesmo tempo tinha muito medo de acompanhar a criatura de preto para onde quer que ela o quisesse levar e dizia, então que, não, obrigado, senhora criatura, prefiro continuar aqui mesmo. E passava o dia seguinte calculando, rodeado por homens muito muito inteligentes que lhe ensinavam tudo o que sabiam sobre a mágica arte dos números, e à noite conformava-se em, mais uma vez, comer sozinho suas maçãs cada vez mais amargas, até que um dia os homens inteligentes lhe disseram que pronto, rapaz, és agora um doutor, e voltou para sua ilha. E foi na sua ilha que assistiu um adorável filme sobre uma princesinha que comia uma maçã que parecia bem mais amarga que as suas e que dormia e que era despertada por um belo príncipe no final. E o doutor Turing, que sempre gostara de maçãs e de príncipes e de finais felizes, começou a gostar deles mas ainda e frequentemente pensava em comer uma maçã igual à que a princesinha comera e exclamava contente para todos ao seu redor que oh, fulano, sabe qual a minha cena favorita? É aquela em que a Bruxa Malvada banha a maçã no veneno efervescente e diz mergulhe a maçã na infusão, deixe o sono da morte penetrá-la, mergulhe a maçã na infusão, deixe o sono da morte penetrá-la, mergulhe a maçã na infusão, deixe o sono da morte penetrá-la, e ao longo de todo o dia cantarolava alegremente a fala da maldosa bruxa por todos os lugares onde passava, e à noite, já cansado de cantarolar, fazia o mesmo de sempre: comia sua maçã e deitava e sonhava.
4
O menino Turing não entendia porque, mas os homens maus gostavam de fazer guerras e gostavam de inventar códigos secretos para que os homens maus de um lado não ficassem sabendo dos planos dos homens maus do outro lado e vice-versa, porque assim, diziam alguns, a guerra fica mais divertida. E enquanto diziam isso, explodiam uma bomba aqui, e outra lá, e outra acolá, e todos queriam descobrir onde explodiria a próxima, mas a única forma de saber seria decifrando os códigos secretos. E Turing, que não gostava nada de guerras, mas gostava muito de códigos, foi convidado pelos homens de sua ilha para ajudá-los na difícil tarefa da decifração, antes que mais e mais bombas explodissem. E passou dias e dias estudando um amontoado de letras embaralhadas, que não faziam sentido nenhum, enquanto bombas continuavam explodindo e submarinos eram afundados e os homens maus brincavam de assar pessoas, até que um dia assustou toda a sua equipe ao soltar um grito entusiasmado em meio a saltinhos de contentamento, dizendo Eureca! Vamos construir uma máquina! Uma máquina que possa ser ensinada a pensar numa velocidade muito maior do que a nossa e que possa ler todas as letras embaralhadas e com sua digna inteligência maquinal nos mostrar a forma certa de desembaralhá-las! E construiu-se então uma gigantesca máquina, com milhares de válvulas e tubos e fios e fitas e cabos e botões e manivelas, diferente de absolutamente tudo o que já havia se visto antes, que decifraria magicamente as mensagens criptografadas dos homens maus através de complexos cálculos em números binários, e que não funcionou. Mas Turing e sua equipe eram teimosos e construíram então uma outra máquina, que também não funcionou, e outra, que também não funcionou, e outra, e outra, e mais outra,  até chegarem a uma que funcionava perfeitamente e que foi carinhosamente ensinada a decifrar os códigos secretos dos homens maus, demorando primeiramente horas, e depois minutos, e depois segundos, até que se chegou ao ponto em que não havia mais nada de secreto na guerra, e se diziam explodam uma bomba aqui, a bomba não matava ninguém, pois todos já haviam fugido, e se diziam afundem aquele submarino, o submarino não era afundado pois conseguia escapulir antes que qualquer míssil chegasse perto. E por essas e outras coisas os homens maus não quiseram mais brincar de guerra porque, ora bolas, só é divertido quando a gente ganha, e ficaram todos resmungando numa língua parecida com as mensagens criptografadas, enquanto Turing foi na venda comprar maçãs.
5
O menino Alan não gostava da solidão, mas a solidão parecia gostar muito dele, pois vivia o perseguindo e dizendo ah, Alan, fique aqui comigo, ao que Alan respondia que não, que preciso de alguém para abraçar, alguém para beijar, alguém para amar, alguém para tapar o buraco que o príncipe Christopher deixou em meu frágil coração maquinal. E sentava tristonho num banco qualquer da pracinha da universidade e esperava que algum rapaz agradável se aproximasse e iniciava uma conversa com frases previamente ensaiadas, que sempre terminavam com o mesmo convite: belo rapaz, não queres por acaso subir até meu apartamento, para bebermos uma xícara de chá? E se o rapaz dizia não, Turing continuava na praça esperando por um próximo rapaz, e se dizia sim, os dois subiam ao apartamento e juntos bebiam chás e conversavam e se abraçavam e se beijavam e tapavam os buracos do coração e outros tantos mais. E Turing queria muito arranjar um namorado, mas não conseguia amar ninguém da mesma forma que amou Christopher e mesmo que chegasse a gostar muito de um rapaz ou de outro, sempre acabava voltando para a praça e oferecendo seus chás a quem se dispusesse a amenizar sua enorme solidão. E tinha que fazer tudo isso com o máximo de discrição e cautela, pois devido às tristes leis de sua ilha, poderia até ser preso caso os homens maus descobrissem que andava a tomar chás com outros rapazes. Os homens maus definitivamente não sabem apreciar um bom chá, pensava o menino Turing.
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alivioimediato · 10 years
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2013 Palavras Sobre 2013
Em meados de agosto, enquanto jogava-se pedras em Geni e fazia-se saudações ao sol e quando o mundo estava triste por saber que o homem raramente ajuda o homem e quando o minuano ainda andava a fazer seus escândalos pelas ruas em que passava e frequentemente era preciso se matar um pouco para se sentir mais vivo, apareceu em meu quintal um belo e meigo rapaz de umas asas pequeninas, uns pés bem grandes, a cinturinha fina e um coração enorme. Convidei-o para entrar em minha casa, sem saber exatamente quem eu estava a hospedar e depois de cerca de um mês de análises e exames e testes e estudos e experiências e observações, pude enfim determinar com total precisão a verdadeira natureza de tão singular hóspede: era um anjo. Um anjo que, sem saber, eu já procurava há muito tempo e que, também sem eu saber, me procurava também. Mas o destino, o velho destino, com sua teimosia esquisita e seu rigor matemático insistiu que não, que oras bolas, que vamos sem pressa, que o mês é agosto, que o ano é 2013 e runf runf runf e ele quis dizer outras coisas, mas eu não deixei, porque dá licença, senhor destino, que essa história é minha e portanto faça-me o favor de não vir se achar o dono da cocada preta, pois quer seja uma mariposa multicolorida a bater suas asinhas no extremo oriente, quer seja um velhinho caquético a chacoalhar seu cajado em cima das nuvens, não importa quem ou o que determina as coisas, o que importa é quem as vive e como. E o que agora conto é o que eu vivi. Então, era uma vez 2013. Um ano de 3 semestres, em que amei, arquivei, apanhei, ensaiei, suei, acordei, cantei, dancei, pulei, caguei, mijei, falei, comprei, fumei, transei, estudei, cozinhei, atuei, festei, twittei, chorei, beijei, abracei, improvisei, lembrei, sonhei, noivei, li, bebi, mordi, dormi corri, sorri, curti, cuspi, comi, cai, senti, vi, ouvi, escrevi, etc etc etc e, acreditem, vi um anjo aparecer em meu quintal. Um ano começa onde o outro acaba. 2013 começou com Teatro. Dada a existência tal como se depreendem dos recentes trabalhos públicos de Poinçon e Wattmann, enquanto tocavam sinos na torre da igreja, com rosmaninho e alecrim pelo chão, com a segunda temporada de Alívio Imediato, a criação e apresentação de Ensaio para um Fracasso e El Gran Teatro del Mundo e com os exercícios e apresentações realizados em aulas, o Teatro continuou a trazer-me os seus alívios. Em Maio vieram os bixos. Ganhei dois afiliados, fui atacado por cachorros enquanto os ajudava a conseguir moedinhas pelas ruas e, numa noite mítica de gritos, sussurros, batuques e cânticos escandalosos, discursando com eras na cabeça e vinho por todas as partes, apresentei-os a Deus. Durante meses, o minúsculo ecrã rachado de um Nokia 110 foi minha janela para o mundo. De dentro dele saíram pseudoamores, falsas esperanças, placebo para a carência, indivíduos superficiais como espinhos, que só serviam para me iludir, me machucar, fantasmas de outras épocas que ressurgiam tocando Rachmaninoff em noites chuvosas, seres fantasiosos que nasciam e morriam na mesma noite e que às vezes só duravam o tempo de uma partida de xadrez. As velhas canções do mister Pi de Pijama voltaram a embalar minhas noites solitárias, a abafar meus choros, acalantar minhas angústias. Uma série de fotos de gatos, leões e um outro animal qualquer, capturadas por uma Câmera Quebrada cumpriram a missão de vez ou outra dizer ao mundo que vejam, eu ainda estou vivo, eu ainda enxergo e enxergo assim. Depois de fazer uma prova e mil exames e enfrentar uma médica malvada, com a ajuda de minha família pelotense, finalmente consegui a independência financeira que sempre almejara. Para isso, tive que trocar o Núcleo de Teatro Universitário pelo Departamento de Registros Acadêmicos da UFPel. O novo cenário: um arquivo. A trilha sonora: o melhor do Classic Rock com DJ Pérola e Marcinho Falcatrua. A ação: arquivar, desarquivar, arquivar, desarquivar, arquivar ingressantes pelo SiSU, desarquivar abandonos, arquivar portadores de diploma, desarquivar cancelamentos, arquivar reingressos, desarquivar desligados pela resolução 14/2010, arquivar, desarquivar, arquivar, desarquivar. Pausa para o café. E entre uma coisa e outra, o Teatro sempre andava comigo. Durante alguns meses, voltei a integrar o projeto que em 2011 me apresentou a tão magnífica arte: o Núcleo 2. Já no âmbito da graduação recebemos as ilustres visitas de Brecht, Goethe, Ibsen, Schiller, Meyerhold, Artaud, Dario Fo, Viola Spolin e muitos outros, que ora vinham ao som das canções de Chico Buarque, ora vinham se requebrando com Bom Xibom Xibom Bombom.  Os complicados e às vezes tediosos personagens de Nelson Rodrigues estiveram presentes duas vezes: com Amanda Coutinho fui Olegário, o ciumento pseudoparalítico, e com Gabriel Nogueira fui Herculano, o puritano despuritanado. Voltei a ser assaltado, pensei estar anêmico, deixei de usar somente All Stars, me enturmei um pouco com os colegas de pensionato, tentei voltar a escrever em meu diário, abandonei o Centro Acadêmico do Teatro, passei dias inteiros com uma única refeição, desabafei com sóumapalavra, escrevi historinhas sobre documentos desaparecidos no DRA, estive dentro de um caixão, em cima de um telhado e numa cadeira de rodas. Cantei que Soy Loco Por Ti América, passeei de máscara pelo Calçadão, faltei demais em uma disciplina e acabei sendo reprovado. Tive a cara coberta de gesso, o cabelo coberto de pasta d’água, o corpo coberto por jornais. Ganhei e perdi um filho que nasceu pobre, porém livre, e que se comunicava com choros, mordidinhas e miaus. Através do GEPPAC – Grupo de Estudos e Pesquisas Sobre Processos Criativos em Artes Cênicas – dei continuidade a algumas atividades iniciadas no Núcleo de Teatro. Alívio Imediato teve sua terceira temporada, com direito a show musical, e dos poemas de Pablo Neruda surgiu Quantas Coisas Quisera Hoje Dizer. Pouco depois, as novas rotinas impostas pelo trabalho e pelo amor, obrigaram-me a abandonar o grupo. Vi um esquizofrênico gigante sonâmbulo escrevendo em escandalosos cartazes surreais que estava muito bem acordado e que iria mudar o mundo por meio de desfiles carnavalescos, gritarias e muita balburdia e que, não, claro que não são só 20 centavos. Perguntei-lhe então o que mais era, mas ele voltou a dormir sem me dar a resposta. Dei vida a um apocalíptico pássaro de papel com uma foto de jornal presa ao bico, que com sua indubitável sapiência de origami, anunciava a vindoura decadência de um falso messias, que perdeu seus principais discípulos, após ser provado que ele nunca fora filho de deus. Nome da obra: O Pássaro da Des(re)construção. Com mais um de meus textinhos debochados, que mais tarde se transforou também em cena, brinquei de ativista LGBTTTTTTTTTTTT. Na vida real, porém, quase sempre a mais difícil, tive que ver as fantasias otimistas e espalhafatosas de minha arte sendo substituídas pelas frias falas pré-históricas de eu não quero um filho gay, de, por deus, o que as pessoas vão falar, de cria vergonha nessa cara, de não quero mais te ver, de vá fazer suas baixarias longe da minha casa, etc etc. Identifiquei-me com diversos aspectos das confusas biografias de Paulo Coelho e Vincent Van Gogh e deliciei-me com as histórias de cronópios, famas e esperanças, de Julio Cortázar. Visitei o Memorial do Amor, descobri O Poder dos Quietos e decifrei O Curioso Caso do Cachorro Morto. Com Olhos de Cão Azul, Os Funerais da Mamãe Grande e O Enterro do Diabo, continuei a aumentar minha coleção de Gabriel García Márquez e durante alguns meses voltei a conviver com a sua fantástica estirpe condenada a Cem Anos de Solidão, aos quais, com imenso prazer, dei sim uma segunda oportunidade, contanto que hablasen en castellano. Pus-me a brincar de poeta e aventurei-me no mundo dos concursos literários. Através do 13º Concurso de Poesias da Universidade Federal de Dom João del-Rei, “Das Razões que a Razão Desconhece” foi o meu primeiro poema a ser publicado em uma coletânea. Nos últimos meses do ano, abandonei o meu eu alcoólatra. Um anjo que apareceu em meu quintal me ensinou que não era mais preciso continuar me matando para me sentir vivo e então as bebedeiras, que me acompanharam de janeiro a agosto, ficaram para trás. Emporcalhar os lençóis de vômito cor vinho ficou para trás, pegar carona de um desconhecido e tentar sair do carro pela janela ficou para trás, chamar um frequentador aleatório do bar do Zé de Humberto Gessinger ficou para trás. Ficou para trás declamar do nada a fórmula de Bháskara, ficou para trás passar o dia inteiro com dores de cabeça, sem lembrar do que aconteceu na noite anterior, ficou para trás voltar para casa de pés descalços, fantasiado de grego e tremendo de frio. O coração deixou de ter vários quartos, para ter um só. Derrubaram-se paredes, arrancaram-se portas, demoliram-se vigas e colunas. Entre os átrios, abriu-se uma janela, um buraco, uma chaga, um foramen, onde muitas vezes me debrucei a chorar pelas dores do anjo que apareceu em meu quintal. Aquele, de asas pequeninas e um coração enorme, porém frágil. Coração com buraquinhos, do qual dispus-me a cuidar para todo o sempre com todo o amor que um anjo merece. Vi-o pela primeira vez em 14 de setembro e a certeza de ter encontrado meu complemento, o yang de meu yin, o yin de meu yang, foi tamanha que menos de dois meses depois, em 2 de novembro, já o pedi em casamento e, para meu júbilo, um convicto sim adentrou em meus ouvidos. O mundo se tornou diferente. Alteraram-se as leis sobre tempo e espaço. O espaço sem ele é vazio. O tempo sem ele não passa. Mesclaram-se dois universos. De um lado, perfumes, Lady Gaga, roupas bem passadas. Do outro, livros, Teatro, camiseta dos Ramones. Eu matemática, ele Geografia. Ele Jota Quest, eu Engenheiros do Hawaii. Eu Paris, ele Nova York. Ele nozes, eu damasco. Eu destro, ele canhoto. Ele Coca-Cola, eu água. Eu alface, ele feijão. Ele estressado, eu calminho. Eu ele, ele eu. Juntos, aprendemos um método extraordinário de medir a pressão, enchemos uma parede de novas vidas em giz azul, que só nós sabemos de onde surgem, criamos e experimentamos os mais exóticos sabores de beijos. Com ele, aprendi a descascar cebolas, a fazer ARTPOP com as mãos e a comer com hashis. Aprendi também que não se deve assar pizzas pré-prontas sem antes retirar a rodela de isopor que vem embaixo delas e que não é necessário esperar o óleo borbulhar para ter certeza de que ele está quente o suficiente. Se fossem os anos entidades racionais que fizessem as coisas por vontade própria, teria eu que terminar esse texto agradecendo a 2013 por todas as coisas boas que me trouxe: um novo trabalho, novas experiências com o Teatro, novos amigos, novos conhecimentos, o meu anjinho. Mas como desconfio de que um ano é apenas uma fatia de tempo sem vida própria, deveria eu talvez agradecer àquele teimoso do destino mesmo?  Ou talvez a alguma divindade? Alguma força mágica? A mim mesmo? A ninguém? Talvez deva eu agradecer à vida, à existência das coisas, à capacidade que as coisas tem de mudarem, à capacidade que as pessoas têm de fazer as coisas mudarem, à capacidade que as pessoas têm de querer que as coisas mudem.  Que tais desejos de mudança permaneçam para 2014 e que não sejam apenas desejos. Que as coisas mudem de fato, sempre para melhor. E que permaneçam as coisas boas, aquelas sem as quais é impossível viver. Que permaneçam as dádivas de Dionísio, o amor à vida, à humanidade, os bons amigos, os bons momentos. Que aquele rapaz de asas pequeninas e nome de anjo que apareceu em meu quintal, em minha casa, em minha vida, continue a me trazer suas bênçãos, a alegrar meus dias com toda a sua glória angelical, com seus cuidados de anjinho da guarda, com seus cânticos pop eletrônicos de louvor, e que, nas 2014 palavras sobre 2014, ele esteja tão presente como esteve nas palavras desse virtuoso 2013; palavras que, assim como o ano, acabam mais ou menos por aqui.
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</2013> <2014> ;)
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alivioimediato · 11 years
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“Abastece de óleo os neurônios”, senão o cérebro enferruja, enguiça, buga, mofa, apodrece. Abaixo o cérebro-vitrine-de-antiquário! Quando a máquina é velha demais fica difícil encontrar peças novas que nela se encaixem. Abaixo o cérebro-máquina-a-vapor, o cérebro movido a corda, a manivela, a carvão, pois, ora bolas, estamos na época digital, minha gente! Não há mais espaço para neurônios carcomidos.   De pouco adianta máquinas que imprimem objetos, carros que andam sozinhos, óculos de realidade aumentada, se os cérebros continuam os mesmos. Se é ainda a tradição quem manda. Se o que ainda vale é o é-assim-porque-mamãe-me-disse, o é-assim-porque-deus-quis, o é-assim-porque-todo-mundo-faz. Oras, o mundo já perdeu a razão há tempos.   E não, não é preciso implantar chips em nossos cérebros. Não é preciso transformar ninguém em robô, pois trata-se de algo tão natural quanto a chuva, a brisa, a luz do sol, as marés. Basta saber chegar a essa naturalidade. Jogar fora os microprocessadores programados com regras prontas, que sobretudo as religiões insistem em nos implantar.   Príncipes encantados? É claro que existem, mas VÁRIOS. E não vêm montados em alazões brancos de crinas inverossímeis, Eles vêm sentados nos pedregulhos de nossos caminhos, no meio-fio de uma calçada qualquer, num banco avelhantado de um Benjamim-Cohabpel, nas páginas de uma rede social. Eles arrotam, eles cospem, eles peidam, eles gozam. Eles não são perfeitos (quem o é?), Mas são capazes de nos fazer acordar de sonos seculares, cuspir a maçã envenenada, perder o sapatinho nas escadas, perder o tempo,  o dinheiro, a razão, o medo, a dignidade, só não perder a liberdade.   A LIBERDADE, eis a questão. O mundo insiste em nos ensinar que é preciso tirar a liberdade do próximo e permitir que tirem a nossa, que isso é bom, que isso é certo, que isso é bonito, que isso é amor. E volto a dizer: o mundo já perdeu a razão há tempos.   “Esquece o MONOpólio de hormônios.” Esquece os MONOs, precisa-se de um mundo mais POLI. Polígamo. Polímata. Poli(a)teísta. POLIAMORISTA. Precisa-se compreender que não é preciso deixar de gostar de uma pessoa para passar a gostar de outra. Que podemos gostar de várias ao mesmo tempo, que “el corazón tiene más cuartos que un hotel de putas” e que mesmo que um “gostar” seja maior ou mais bonito ou mais colorido ou mais divertido ou mais prazeroso que outro, nenhum deles deixa de ser um verdadeiro, sincero e legítimo “gostar”.   Então, vamos gostar (não só dos outros, mas de nós mesmos)! Abastecer de óleo os neurônios, lubrificá-los, espaná-los, polí-los, remover o bolor e as teias de aranha de cada dendrito, de cada axônio.   “Vamos ficar, vamos fazer” “Vamos gozar, vamos viver” “Vocês e eu, [tu, ele, nós, vós, eles,] eus e você”  ;)
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alivioimediato · 11 years
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