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wvstergaard · 2 years
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portermore​:
                                                     ⸊’ 𖧵 › PICK & CHOOSE !!                                                   .⸻  ⭑ open starter ⭑ ⸻.                                              *  escolha  um  e  apague  os  outros.
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Ayla tinha certeza de que talvez não devesse estar se escondendo, na verdade só estava curiosa demais para saber o que a outra pessoa tanto fazia e com certa dificuldade mantinha seu corpo escondido atrás da parede, enquanto seu rosto estava um tanto quanto desprotegido para que ela pudesse visualizar a cena. Como adivinhou que ela nunca foi boa com disfarces e sempre perdia quando brincava de pique-esconde? Bem, de qualquer forma, tentava bisbilhotar outrem. “Nossa, facilitaria muito se ela tivesse fazendo isso um pouquinho mais para cá… Como que eu posso descobrir dessa forma?” Sussurrou indicando com a mão onde queria que a pessoa estivesse. Só não contava com a presença de muse, acabando por fazer uma careta cômica em um misto de susto e decepção por ter sido pega.
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Embora parecesse distraído, iWish em mão e a outra enterrada no bolso da calça, Njord atentava-se aos arredores por mera precaução. O hábito de antecipar-se à surpresas havia sido desenvolvido por pura e espontânea pressão; a rigidez de um pai narcisista e a vontade dele de um herdeiro excepcional fê-lo engessado, o que significava que precisava ser cauteloso se quisesse sair o mínimo da linha. Após um conjunto tímido de segundos observando Ayla e a dinâmica com a dita cuja, um sorriso curtinho pendurado nas laterais da boca, o escandinavo pronunciou sua presença, cuidadoso. “O que está fazendo?” arqueou a sobrancelha, lançando-a um olhar jocoso e recolhendo o celular ao bolso. “Desculpe. Sua crush?”
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wvstergaard · 2 years
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yaswmin​.
“Não vai. Você sabe que tem mais benefícios quando fica assim, pertinho.” Provocou, depositando um beijo molhado na lateral da bochecha dele. Não era acostumada com aquilo, o tratamento do silêncio, mas sabia que ele era. A compreensão com as atitudes de Njord lhe vinham sem esforço, pelos anos que se conheciam, e, portanto, lhe dava espaço para que aqueles padrões fossem quebrados, pouco a pouco. Ele era o único que pensava merecer sua paciência. O seu som favorito, a risada dele, preencheu seus ouvidos e foi impossível não sorrir; tampouco se esforçou para impedir o sorriso largo. Se pudesse, passaria o dia em esforços contínuos de fazê-lo rir e, mais importante, fazê-lo feliz. Não sabia quanto tempo ficaria na vida dele, mas queria deixar esse legado, pelo menos — o de ter deixado a vida dele mais leve. “Me importaria, vida.” Respondeu, ignorando a parte que o uso desses apelidos, ali, não parecia tão estranho em sua boca. Não se importaria em ser mais carinhosa, dali em diante, e, também, parou de pensar nisso para que não se assustasse no meio da conversa. “Não sabia que um riquinho sabia fazer café da manhã. Vai colocar grãos importados, my prince?” Perguntou, jocosamente, fazendo uso dos dois apelidos da adolescência, usados apenas para implicar com a diferença de status social dos dois. “Mas me convenceria até sem comida na cama, você sabe.” Sustentou o contato visual, sendo sincera. A companhia dele, num geral, sempre bastava, e a preferia em várias circunstâncias. Após ouvi-lo, soltou outro arfar surpreso, fingindo estar ofendida, dessa vez mais apropriadamente. “Está chamando minhas roupas de farrapos, Njord? É isso?” Dramatizou, mas não se afastou, com as mãos ao redor do pescoço dele. Não era uma pergunta sensata, uma vez que ele comprara uma quantidade significativa de suas roupas (por ter destruído a maioria), mas não se importava. Cogitou perguntar se ele queria visitar o Jolly com ela, mas temeu ser cedo demais ou enchê-lo de expectativas sobre um relacionamento, que, até ali, não sabia se era viável. Ela continuava sendo uma castigada e o pai dele continuava vivo — não teriam paz enquanto Hans desaprovasse o romance. E haviam segredos em excesso entre os dois, não queria recomeçar ocultando partes importantes de sua vida. “Ele sempre pergunta de você, podia ir vê-lo.” Comentou, sendo honesta. James Hook era um homem vivido o suficiente para saber dos sentimentos da filha (e até do ex-genro), e não deixava de sentir afeto pelo jovem que assistira crescer. “Mas ele ainda te chama de merdinha esnobe, achei que pararia a esse ponto.” Pressionou os lábios um no outro, para esconder um sorriso, depois de mencionar o apelido usado por Hook para falar com Njord. Eles ainda tinham quinze quando ouviram aquela expressão pela primeira vez e, bem, a moda pegou. Era um xingamento afetuoso, afinal. “Você tem, mas acho que não adianta de nada.” A amargura estava presente na sua voz, referenciando todas as meninas que tentam flertar com ele, inclusive quando está presente. Não era a namorada dele, de qualquer forma. Umedeceu os lábios ao sentir seu toque, a respiração pesando em seu peito, e expulsou o ar com dificuldade. Seus olhos não deixaram os dele por um mísero segundo.
O notificar do beijo fê-lo arrastar um gemido casto, com as vogais 'hm' impressas no conteúdo, enquanto tinha as pálpebras sobre os olhos em pura manha. Não recusaria a assertiva dela porque força alguma tinha para fazê-lo, tanto quanto possuía tato para resolver ciúmes como um ser humano funcional, em dias com a própria teia de emoções e maneiras de lidar com elas. O desconforto de admitir (e sentir) algo que julgava ser tão ínfimo como o ciúmes lhe soava fantasioso, o suficiente para afastar-se por inteiro antes de digerir toda história e deixá-la se aproximar outra vez. Era teimoso, e, a bem da verdade, lidar com a teima estava muito longe de ser uma caminhada no parque. Yasemin, por outro lado, o tornava mais maleável, mais flexível que jamais conseguiria ser em sua resistência óbvia à qualquer sentimento que lhe parecia indigno de ser experimentado. Curiosamente, sempre era ela a razão do Westergaard senti-los em primeiro lugar. Dissimulou expressão ofendida nos traços faciais ao vincar o cenho, olhando-a primeiro recusar sua sugestão e, então, zoá-lo com o apelido. "Depois dessa sua zoeira, te resta um café expresso da minha máquina e um beijinho de bom dia, só." a irritabilidade era pseudo, óbvio, denunciada no meio para o fim do verbalizar quando mencionou o beijo, logo dissolvendo-a em um sorriso constrito em simultâneo. Fosse cauteloso em verbalizar afeto que ele sabia bem ser demais para um par de amigos, agora parecia ter perdido constância nos gestos, pouco a pouco, até esquecer a possibilidade de existir uma estranheza que o impedisse de ser quem desejava ser com Yasemin ali. Não sabia o que eram, ou o que poderiam ou não se tornar, mas, dessa vez, se sentia confortável o bastante para permitir-se usufruir o que tinham, sem a necessidade constante de esconder. À reação dela, o Westergaard restringiu um sorriso, terno demais para que permitisse fruir e entregasse seu nível de fascínio aos jeitos da loira ali. "Não, não." declinou, um único oscilar em negação com a cabeça sucessivamente. "Quis dizer que suas roupas tendem a virar farrapos quando estamos sozinhos." arqueou as sobrancelhas em simultâneo, numa sugestão que sabia ser óbvia em demasia para que Callie deixasse passar. Os braços envoltos ao redor da cintura fininha dela não perderam compostura e precisou de mantê-los, unindo os corpos e dizimando os centímetros entre os dois ainda sob prerrogativa de tê-la próximo.
Em circunstâncias normais, era o que a dinâmica deles oferecia ao momento sexual dos dois, aliás; a paciência era inversamente proporcional a lascívia, o que tornava qualquer empecilho físico um incômodo para que Njord se sentisse impelido a desfazer-se desse com certa urgência destrutiva. A nova menção do Gancho fê-lo ponderar por alguns segundos, hesitante, e então percebeu o outro comentário com o apelido doado pelo ex-sogro, sepultando a seriedade em instantes mais ligeiros que gostaria. Embora pudesse pertencer ao pequeno arsenal de vontades do Westergaard visitá-lo, não lhe parecia tangível a ideia de apresentar-se ao Jolly após todos aqueles anos de vacância, sem contato com o Hook. Era receoso, — ainda que o adjetivo costumasse não o pertencer em ocasiões triviais — especialmente com o ressentimento do fim do relacionamento. Tinha plena certeza do que queria de e com Yas, mas precisava certificar-se que, dessa vez, não haveriam mágoas e que sucederiam na tarefa de ficarem juntos. "Sinal que ele ainda me suporta tanto quanto suportava antes. Algum dia, talvez." foi o que pôde ofertar ali, assegurando a possibilidade quando direcionou-a um sorriso tênue, recém esboçado atrás do riso curtinho saído dos lábios ao ouvir comentar sobre o apelido. "Quantas delas terminam a noite comigo?" inquiriu, tão ciente da exclusividade cuja pertencia à ex-namorada quanto esperava que ela também estivesse. Não havia indício que escondesse a devoção, menos ainda se esforçaria para não explicitá-la.O sussurro fê-lo cerrar as pálpebras sobre os olhos instintivo e simultâneo ao delinear suave de uma curva preenchendo-lhe a lateral da boca, o toque pela curva do pescoço e o mordiscar do lóbulo arrepiando-o a nuca. "Que bom que é o que acha, Hook, porque é o que você é. Minha putinha. E não estou com vontade de abrir mão de te contar enquanto geme com meu pau na sua boca." o murmúrio saiu carregado, luxúria permeando cada fechamento da sentença e o mero ponderar da cena traçando-o volume na calça. "Deixo você decidir como encurtar." não bastasse o tesão inserto naturalmente em todo contexto sexual entre ambos, os sons da boca e a moção da Hook em seus dedos reverberavam com veemência em cada ligamento de seu corpo e ele retribuía a intensidade das outras írises a medida em que recebia cada incentivo. O novo esboçar de sorriso viera meramente à insolência da ex, em porção diminuta, e ele redirecionou o foco da atenção aos dígitos provocando-o pelo abdômen e início da virilha. Preferiu não respondê-la, a falta de centímetros entre as faces permitindo-o intercalar os olhos entre os alheios e a boca antes de acatar ao pedido dela, os dígitos acentuando o aperto ao redor do pescoço a medida em que ele ameaçava um beijo quando ela o trouxe mais para perto, entreabrindo os lábios e roçando nos alheios, com a língua encostando no ínfero da ex, antes de se afastar minimamente outra vez. Os dígitos perpassando por toda extensão da coxa presa a lateral de seu corpo, suave, até espalmar um tapa leve pela região. "Está me perguntando? Desce a mão e pega nele direito, vai saber se fica duro mais rápido ou não." sugeriu, consciente do pau rígido contra o tecido da cueca e reclamando pela falta de espaço. A outra série de provocações dela — e usando seus dígitos para tal — não contornava sua situação e fê-lo pulsar dentro da calça enquanto assistia o polegar contrastar com a boca e língua da ex, a sua molhando os lábios no meio de um arfar leve com os beijos depositados contra o maxilar e as unhas na derme. "Fala onde você quer que eu te beije." Com o mamilo e o piercing entre seu polegar e indicador, Njord desencadeou uma carícia breve no lugar, ainda restringindo ambos de um beijo, antes de inclinar o torso e deslizar a língua ao redor em uma cinesia circular ágil, chupando o mamilo e soltando-o em sucessão. "Aqui?" provocou, sussurrado, aproveitando a perna em seu quadril para afastar a calcinha úmida para o lado, utilizando o indicador e polegar para arrastar os dedos do clitoris à buceta, masturbando-a devagar, superficial, e melando o par de dígitos nela. "Ou aqui? Porra, que gostosa molhadinha assim," o murmurar em um sopro, introduziu só o início do dedo médio dentro dela, removendo-o e trazendo até sua língua. Sugou o líquido em sequência, o par de íris fixos aos alheios. "mal comecei com você, cachorra."
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wvstergaard · 2 years
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Preso ao diário e às anotações sendo dispersas por ele pelas páginas a medida em que ouvia Calladium, Njord lançou um olhar constrito ao loiro, rapidamente, conjurando expressão leve de asco ao perceber os machucados na outra face e preenchendo os pulmões com um suspiro maciço em sequência, existindo sob a mera pretensão de uma indiferença velada. "Deveria checar esses ferimentos lá na enfermaria antes de querer sair dando uma de mercenário, hm? Essas merdas infeccionam fácil.” sugeriu, o diário reavendo sua atenção a medida em que proferia e rabiscava último tópico no fim da página. Estava indisposto ali, indesejado qualquer assunto de cunho pessoal e que envolvesse Yasemin, se fosse ser honesto.  
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Calle  exibe  leves  escoriações  nos  nós  dos  dedos,  algo  que  não  quis  resolver  com  poção,  da  mesma  forma  que  fez  com  o  inchaço  dos  lábios.  No  castigo,  ferimentos  adquiridos  em  briga  eram  motivo  de  orgulho,  e  por  isso  ele  cuidou  apenas  daquele  que  interferia  em  sua  aparência  antes  de  se  apresentar  em  público.  “―  O  boato  que  eu  aceito  dinheiro  pra  bater  nos  outros  é,  na  verdade,  uma  ideia  muito  boa.  Mas  nah,  dessa  vez  foi  de  graça  mesmo.”  Comenta  com  a  pessoa  que  lhe  mostrou  aquela  fofoca,  antes  de  dar  uma  mordida  na  maçã  que  havia  subtraído  do  refeitório.  “―  Em  quem  você  me  pagaria  pra  bater?”
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Se quiser um starter fechado com o Calle, comente um emoji aleatório ( máximo 4)
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wvstergaard · 2 years
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cwlliope​.
“Não preciso disso, porque você não vai mais fazer isso… não é?” Deu uma olhada de soslaio a ele, depois de rir com a encenação alheia. Não havia nada que aumentasse seu bem estar do que ver Njord num clima leve, onde pode ser ele mesmo sem a rigidez usual ou o medo de desapontar Hans. Se esforçava para deixá-lo confortável em sua presença e ver os frutos era mais que revigorante, sempre sorrindo sem perceber. “É uma delícia, só não mais que você fazendo essa cara e com essa voz, I might have a bone now.” Brincou, revirando os olhos e suspirando, numa dramatização conjunta a dele de prazer. Não era uma inverdade — a visão o deixava mais atraente, sem dúvidas. Poucas coisas eram tão benquistas à Yasemin do que momentos como aquele com o ex, encantada demais com cada minúcia sua. “Ei, não me lembro de ter lhe convidado para o banho. Podemos falar disso outro dia, então. Amanhã, quando acordarmos cinco da manhã.” Sorriu ao proferir a brincadeira e fez uma careta após mencionar o despertador daquela ala, sucessivamente. Não era uma pessoa matinal, nem de longe, e acordar uma hora mais cedo do que acordaria era uma das maiores provas de amor já feitas no mundo. Observou bem o rosto de Njord, uma sobrancelha erguida, e desejou, outra vez, que ele se visse como ela o via. Suas imperfeições o tornavam mais bonito e interessante, e não havia mentido quando dissera que não mudaria nada nele. Nem mesmo a teimosia. Gostava de cada detalhe, e, mesmo que discutam frequentemente, nunca deixava de admirar a pessoa que Njord era: muito diferente do pai. Não havia espaço para dúvidas em seu cerne quanto a isso. “Estou falando sério. Quem não quer mechas gratuitas e automáticas? Além de lhe deixar um charme. I should know, escuto muito isso das meninas no bordel.” Falou com convicção, embora sorrisse, sugando o lábio ínfero dele por curtos segundos. Entendia a insegurança alheia, porém, especialmente quando se encontrava sem poções e a pele apresentava semelhanças com a de cobras. Soltou um som surpreso, ainda que jocosamente, ao ouvi-lo, franzindo o nariz quando sentiu o beijo, de bom grado. “Excuse me? Minhas roupas coloridas estão lhe atrapalhando? Você não se incomoda quando elas estão no chão do seu quarto…” Estalou a língua, como se o julgasse, acompanhado de um balançar de cabeça sutil. Não se importava em ter uma gaveta — sentia-se importante, decerto —, mas a diversão em provocar o Westergaard era maior. A resposta sobre o pai fê-la rir, de novo, e revirou os olhos pelo drama alheio. O pai tinha uma expressão rígida e poderia parecer bastante durão, mas bastava conversar com ele para saber que não passava de uma fachada. James Hook era um doce de homem, e o melhor ser humano que Yas conhecia. “Jamais, ele te adora.” Ironizou, lembrando-se da vez que o pai se sentira na obrigação de fornecer uma aula de educação sexual para que não engravidasse do primeiro namorado. A situação toda (desde ser pega no flagra nos amassos até o papo sobre métodos contraceptivos) foi constrangedora, mas, agora, se divertia com as recordações. Aproveitou a posição que estava, de costas para ele, para sorrir discretamente ao ouvir sua pergunta. Demorou alguns segundos para lhe responder, num mistério necessário apenas para deleite próprio, antes de assentir. “Bem, tive cinco anos para pensar. Eu já disse que sou sua, não faço questão de outros em minha cama. Ou minha vida.” Encolheu os ombros, balançando o quadril para que a peça caísse no chão e, com o pé, chutou para longe dos dois, sem muita delicadeza. O toque alheio em sua pele a pegou de surpresa, roubando-lhe um suspiro curto e abafado. “Estou aqui sendo romântica e você tentando me provocar?” Questionou, retoricamente, girando o calcanhar para ficar de frente para ele. Não se importava com a sensação de estar seminua (coberta apenas por uma calcinha) ali, mas os dígitos começaram a desabotoar os primeiros botões de suas casas, mantendo o contato visual. “Chamar para o quê, exatamente?” Inquiriu, umedecendo os lábios. Perdeu a paciência na metade da peça e, com a facilidade de alguém com o hábito de destruir as roupas alheias, forçou a abertura da roupa, deixando que alguns botões fossem comprometidos. Removeu a camisa do corpo dele, sem pressa, sem se importar com o atrito de peito com peito ao colar os corpos e tomar o rosto dele para si, a mão agarrando o maxilar e o polegar arranhando o pomo de Adão. “Tive que aguentar ver um monte de filhas da puta te secando a noite toda e nem podia dizer que tem dona.” O comentário veio num sussurro, possessividade brilhando em seu olhar. “Você é só meu, repete.” Ordenou, em tom autoritário, antes de ficar na ponta do pé para nivelar os rostos e desliza a língua na boca masculina. “Me conta o quanto você quer só a mim, mais ninguém. Tô morrendo de vontade de mostrar o quanto sou só sua, de todos os jeitos.” Roçou os lábios nos alheios, soltando um arfar proposital ali. “Mas acho que você está muito cansado, deixo para outro dia. Não vai aguentar…” Provocou, ameaçando se afastar.
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Libertou um riso frágil, débil em veemência pelas narinas, mais uma vez, com o questiono da ex-namorada e a olhou, devagar. A afabilidade era quase tangível, fácil demais para quem há muito admirava os jeitinhos alheios. “Não vou.” prometeu, contrastando a última conversa cujo conteúdo só permitiu a Yas um comprometimento de tentativa ao pedido dela. Evitaria apartar-se dela, a partir de então. Odiava a distância e mais ainda forçá-la aos dois por sua imaturidade. Pela primeira vez na noite, — e em uma porção generosa de dias  — Njord autorizou a saída de um riso genuíno, embora fosse baixinho, assistindo-a entrar e acompanhar a brincadeira. Jurava ter tido a impressão que jamais seria feliz minutos atrás, a mercê de uma influência deturpada de um baile bizarro, cheio de segregações estúpidas, e o pico da lua, para agora testemunhar a sensação cair inteira por terra tão somente, a energia, pouco a pouco, revigorando-se por seu cerne a medida em que o Westergaard fazia apenas existir ao lado dela. Nomear o que Yasemin significava para ele seria em vão — qualquer vocábulo seria insuficiente, inegavelmente  — mas a loira ocupava espaço de única ressalva em cada partícula benfeitora de suas atitudes. Sempre havia ocupado. E embora fosse retraído, imperito por infelicidade no mérito para não reconhecer, de pronto, amor quando sentia cada minúcia de seu corpo vibrando dele, se esforçava para que a Hook soubesse que existia, e que era em razão dela. “Se importaria se me juntasse a você numa ducha, meu bem?” utilizou o termo pseudo exclusivo às provocações de cunho sexual com o elevar de suas sobrancelhas, as laterais da boca arqueadas em um sorriso pequeno, quase imperceptível, ao esperar pela resposta dela. O esboço dele, entretanto, acentuou o tamanho e Njord cedeu quando notificou a careta, reproduzindo-a consecutivamente ao remeter-se às manhãs em seu dormitório. “Capricho um café da manhã, na cama, para melhorar seu humor depois de acordarmos.” ofertou, o par de íris escaneando-a a medida em que ele proferia. Ia pouco a pouco conjurando porção de gentileza à ela cuja existência o próprio sulista havia visto e usado raras vezes em sua vida. Não o pertencia adjetivos delicados, não era comum a seus jeitos, e, ainda assim, via-se ir contra a natureza torpe com Yasemin. O mais surpreendente ali, porém, era que por mais inusual que lhe parecesse aquela logística inteira, não se sentia estranho por ela. Havia entendido, e não há muito tempo, que a dançarina era faísca que o apartava de uma personalidade muito parecida a de Hans. Não fosse pela ligação criada entre ambos durante a adolescência e estendida na vida adulta, estaria bem distante de quem era hoje; a influência alheia não falhara em abrandar seus cantos mais afiados, permeando seu espírito sem que Njord fosse capaz de discernir a intervenção. "Bom, eu não saberia. Não presto atenção nas meninas do bordel, apenas em uma." cerrou as pálpebras sobre os olhos pelo breve conjunto de segundos em que o chupão sucedia-se e ele sorria, selando os lábios logo após e selando de novo, devagar, em ambas as vezes, antes de beijar o inferior. A próxima reação e o uso das palavras alheias fê-lo rir novamente — fácil demais à Hook àquela altura, se fosse ser sincero — , inclinando suave a cabeça para trás a medida em que o fazia e devolvendo sua atenção a face bonita outra vez por entre o verbalizar dela. "Adoro suas roupas coloridas, Yasemin. No chão do meu quarto, na gaveta do meu closet, aos farrapos... como for, não sou de recusá-las." murmurou a fala, próximo suficiente do rosto feminino para se sentir confortável ao diminuir os decibéis, outra vez, com o rouco da voz. O revirar dos olhos e o pressionar dos lábios, em nuance jocoso, vieram em decorrência imediata à informação sobre James e um pseudo apreciar do pirata que Njord sabia bem não mais existir nesse plano. O término havia sido impossível de ruim, rompendo não apenas o laço entre os dois, mas também o que tinha com a família da ex-namorada, incluindo o patriarca Hook. Sentia falta. A companhia do vilão era mais bem-quista por ele que o Westergaard poderia admitir, ou arriscaria, por medo de retaliação do seu patriarca. Não tivesse tido a chance de integrar a dinâmica da casa dos Hook e experimentado uma paternidade saudável, o escandinavo pensaria quão utópico era o hype envolta do homem e a criação mais que exímia dele. As írises claras seguiam devagar a movimentação alheia, primeiro no descartar do vestido e, então, no desfazer dos botões de sua camisa; as fibras de seu corpo mantiveram-se inertes, em expectativa, durante o processo, e Njord transferiu sua atenção dos dígitos aos olhos dela, os seus apropriando-se da cintura em um aperto sutil após auxiliá-la a remover o resto da camisa, cujo uso havia acabado de se tornar impossível. "Gosto de ter sua posse." intrínseca à entonação havia nuance de possessividade que o sulista fez nenhuma questão de corrigir, descendo as mãos moroso para a outra lombar ao juntar mais os corpos, e deslizando-as para dentro da lingerie quando alcançou a bunda, movendo as mãos de volta para a cintura em um estalo suave do tecido da calcinha a medida em que fitava-a, ínfimos centímetros entre as duas faces. "Te disse que queria ficar só com você," elevou a destra, usando as costas dos dígitos para afastar os fios loiros dela para atrás de seu ombro, olhando os próprios movimentos. "que queria sua exclusividade. Romântico suficiente, amor? Se não tivesse me chamado para comer você, poderia ter sido mais." fez inexistir pudor na última pronúncia, aproveitando a impressão gostosa dos peitos dela contra seu peitoral e o maxilar preso entre as unhas dela; adorava a violência compartilhada, atada ao sexo dos dois, e por isso, as esquinas da boca delinearam um sorriso presunçoso, miúdo, com o lábio inferior capturado suave entre os dentes ouvindo-a verbalizar a possessividade. Soava sexy para caralho nela. "Próxima vez deixa a coleira mais curta, e eu deixo mais claro para quem se interessar que sou só seu." orientou a confissão à ela, o timbre da voz diminuto enquanto cedia à submissão e acentuava o aperto ao redor da cintura feminina; os olhos cerraram ao constatar a língua, automatizando o próximo gesto no instante em que Njord mordeu-lhe o lábio, puxando-o e liberando-o sucessivamente enquanto a olhava. Outra vez sublevava a destra, posicionando-a na nuca da ex-namorada e descansando os dedos ali ao prendê-la ao toque ainda sutil a medida em que sentia o arfar, interrompendo-lhe a fuga em consequência. "Não me provoca," advertiu, redirecionando a mão e introduzindo a ponta de dois dos seus dígitos por entre os lábios da Hook, só para, então, realocá-los à parte da frente do pescoço alheio e ele apertar ali, escorando as costas alheias contra a porta, os anéis contrastando à pele branquinha dela. "sabe que não funciona assim." primeiro encaixou os lábios em um beijo, breve, apenas para que pudesse tocar a pontinha da língua na dela e a chupar devagar, antes de afastar centímetros as faces outra vez. "Te mostro como funciona, só parar de gracinhas."
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wvstergaard · 2 years
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Desprendeu um som curtinho da garganta, rouco, mais próximo que conseguiu de riso quando a irmã mencionou o príncipe das Ilhas do Sul, e ele preencheu seus pulmões em desconforto, negando tênue com a cabeça um par de vezes. Hans sempre havia sido um tópico denso entre eles, os traumas compartilhados tornando-os suscetíveis ao desconforto que era o pai e toda criação débil dele. "Adoraria lembrá-lo que ele e a ralé só estão em posições contrárias da equação porque lambeu os pés do David e casou com a mãe." autorizou casualidade permear a pronúncia, finalizando o pergaminho sobre os sereianos antes de girar o corpo na cadeira e ceder a atenção à irmã. Conhecia o patriarca, sabia que seria a última coisa que faria em sua vida se o desafiasse assim. Já o desafiava em suficiência apenas sendo visto com Yasemin, só não estava disposto a abrir mão dela outra vez por influência dele. "Eu não vou parar de vê-la. Achei que à essa altura ele já teria cansado de sempre bater na mesma tecla e nada. Você também, bonitinha. Não se preocupe." assegurou, embora incerto da própria fortuna quanto ao pai e sua rebeldia. À menção da mãe, entretanto, fê-lo hesitar, a frequência cardíaca falhando constância em ansiedade. "Não a visito há algumas semanas, poderia tê-la acompanhado. Você a viu ou só ouviu?" detestava remeter-se à mãe, por melancolia indevida preenchendo-lhe cada lacuna de seu ser à mera memória da genitora em sua doença. Os últimos estágios dela haviam sugado a vida da arthuriana e a deixado vazia, frágil. Mal conseguia deixar seus aposentos e explorar a mansão e seus jardins, debilitada da anemia e desnutrição.
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onde e com quem: dormitório do man out of you & @wvstergaard​
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❛   hans ligou hoje. você provavelmente estava ocupado.   ❜ o shade, que referencia a preferência do homem ao herdeiro, reverbera pelos lábios da sulista, ainda sem que olhe o irmão mais velho. não é seu assunto favorito, o pai, mas gosta de manter njord ciente de todas as alucinações que passam na mente do líder dos westergaard. o dobermann, grande demais para um cubículo como aquele dormitório, repousa sereno em seu colo. ❛   me parabenizou por ter dançado com arthurianos e não ter me sujado com a ralé. sounded personal.   ❜ em sua entonação, não há espaço para julgamentos. ele é ciente de suas crenças — influenciadas por uma criação narcisista — e continua sendo aquele isento de todo o seu criticismo quanto a arthurianos se envolvendo com castigados. mesmo que seja estupidez. ❛   tome cuidado, måneskin. você sabe como ele pode ser. não quero que se arrependa depois.    ❜ o medo do pai ressoa na advertência e o cachorro, loki, levanta as orelhas pela entonação usada. ela acaricia a pelagem do canídeo para acalmar e certificar que o irmão não é uma ameaça. ❛   enfim. visitei o túmulo da mamãe hoje, eu meio que tive uma visão dela na valsa. como se chamasse meu nome.    ❜
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wvstergaard · 2 years
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Embora tivesse tido a precaução de tentar assimilar toda estranheza dispersa na noite do baile e retida em seus modos durante valsa antes de arriscar um diálogo com Aspen, Njord falhou em compreender as vertentes dentro do prazo; seus esforços haviam sido nulos, fugia de seu alcance todo argumento que justificasse o desejo homicida rente à melhor amiga, e, em simultâneo a esse, a vontade de resguardá-la de todo mal, a qualquer custo. Era incapaz de fundamentar seus anseios naquela noite e receava que ela fosse alvo de toda sua ira outra vez. Agora, não saberia se teria forças para comedir-se e evitar um desastre. Sutil, o escandinavo aproximou-se da Boo, ocupando as narinas com um absorver enfático do aroma disperso pelo ambiente quando encostou as laterais dos dois corpos, de levinho, e só porque não gostaria de alarmá-la com sua presença. Havia acabado de deixar seu dormitório, preparado café da manhã para Yasemin e se juntado à ela na refeição antes de sairem juntos, mas se sentiu seguro suficiente para abordar a melhor amiga. “Oi.” cumprimentou, os lábios pressionados juntos em um sorriso constrito à ela. Eram águas desconhecidas àquelas, deixou-a sozinha no baile e não tinha certeza do quanto estaria chateada, se estaria. Julgou melhor sair a mensurar a dimensão de um possível estrago se ficasse. “Achei que tinha parado com a falsa modéstia, Aspen Boo. Seus chás são espetaculares. Tenho passe livre para dizer, sabe o quanto detesto chá. Como está se sentindo?” inquiriu, interessado genuinamente.
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७  ་   ♡  ་        this 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓 is〘 𝒐𝒑𝒆𝒏 〙   —  𝒍𝒐𝒄𝒂𝒍: salão principal da Academia. ⊱
Aspen separava delicadamente as pétalas brancas do centro redondo e em cor amarelada das flores de camomila, encontradas no jardim mais cedo. O aroma doce e forte preenchia o recinto enquanto ela prosseguia no serviço com certa concentração. Mesmo com magia à seu dispor, e uma mãe aparentemente capaz de tudo, ela recorria ao conforto daquele chá sempre que sentia-se adoecer, lembranças infantis de quando um dos irmãos lhe dava fazendo-a se sentir reconfortada. E era exatamente o que precisava, depois de tudo o que havia vivido no baile. Ainda sentia os pelos do corpo arrepiarem quando a lembrança de seu desejo por ver Njord contorcer-se de dor preenchia sua mente. ❛ Eu não sou a melhor infusora de chás do mundo, mas garanto que este é minha especialidade. Venha, junte-se à mim, talvez a camomila traga efeitos maravilhosos! ❜
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wvstergaard · 2 years
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“Entendi porquê a ênfase do meu pai no telefone para que viessemos juntos, no meu carro. Sequer desconfiei das intenções, I’ll give that to them.” o risinho liberto súbtil por entre os lábios era depreciativo, quase como se Njord desacreditasse nos esforços doados pelos genitores para que ficasse à sós com Eleanor. Se soubessem a quantidade de vezes que havia, de fato, estado sozinho com ela e o que faziam nos encontros costumeiros depois dois treinos de magibol... decerto, perderiam o incentivo dos padrinhos e reprovariam o casal pela lascívia. Hans, por outro lado, insistiria para o herdeiro tentar com uma Charming e descartar Yasemin, cuja sua atenção verdadeiramente pertencia, de seu futuro e corpo de uma vez. “Meu desempenho no treino de ontem? Não entendi, Charming. Quis dizer que quer elogiar meu ataque excepcional, não?” dissimulou uma ignorância só para que existisse desculpa para que ficassem e aproveitassem o jantar presenteado pelos mais velhos, ao menos; já estavam ali de qualquer maneira, que mal faria? Njord sublevou o indicador e médio, juntos, sinalizando para que o garçom trouxesse o típico Dom Perignon da mesa quando vinham com os pais, antes de direcioná-la um esboço pequeno de sorriso. 
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“Serei a primeira a aceitar que fomos enganados.” Comentou, enquanto acomodava-se na cadeira do Tiana’s Place, após serem colocados numa mesa de casal. Já era rotineiro que ela e Njord se juntassem com Snow, David e Hans para um jantar no restaurante de Tiana, mas, ao que parecia, não iriam comparecer — Snow sempre chegava com antecedência. Foi quando a hostess avisou que a mesa destinada a eles, na verdade, era uma reservada e a dois. A notícia foi recebida com certa revolta por Eleanor e não foi complicado unir as informações: foram forçados a terem um encontro pelos pais. “Eu até ia te chamar pra ir embora, mas quer saber? Não.” Balançou a cabeça, sorrindo travessa. Não havia se arrumado para nada e estava bem confortável, com uma companhia agradável. “Temos morangos com chocolate de aperitivo, comida boa e uns vinhos caros. I say we stay and have fun. Tenho até umas críticas a fazer do seu desempenho no treino de ontem.” Brincou, pegando um dos morangos espetados e molhando no chocolate; se estava comendo, sabia que acabaria passando alguns dias evitando chocolate (e qualquer coisa, exceto salada).
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wvstergaard · 2 years
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cwlliope​.
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A brincadeirinha foi a confirmação do que Yasemin já sabia: Njord sempre seria capaz de converter qualquer humor negativo em um mais leve. Após ouvi-lo, soltou um risinho nasal, revirando os olhos, cada aspecto de sua feição demonstrando um carinho crescente pelo homem à sua frente. “Dá pra acreditar? Sorte sua que não estava lá ou estaria sendo feito de escravo até agora. Eu adoraria.” Brincou, umedecendo os lábios, e o sorriso se manteve no rosto. Sabia que ele esperava uma explicação mais detalhada, mas não sabia se sentia-se preparada para reviver o esgotamento que seu corpo presenciou. “Preciso de um banho antes de tentar lembrar de algo. Prometo que vou contar.” Garantiu, encolhendo os ombros. Seria o único com quem se sentiria confortável o suficiente para compartilhar sua experiência, ainda que ocultando partes importantes da cena. Não queria que ele soubesse de sua condição, não ainda, porque sabia que ele teria preocupações exacerbadas e tentaria encontrar uma cura, bem, inexistente. A repreensão não causou nenhum hesito na loira e os dígitos foram aos fios albinos, sorrindo. “Combina com você.” Brincou, franzindo o nariz. “Vamos entrar, então, para você ficar melhor, melhor e melhor até que esteja bem. Só descanso quando estiver ótimo.” Meneou a cabeça, resistindo à tentação de beijá-lo. A fala alheia, porém, lhe distraiu de seu desejo, a forçando a olhar para baixo. Sequer notara os pés cortados, embora tenha lembranças das vezes que pisou em cacos de vidro. “Isso? Não é nada que valha sua atenção, estou bem agora. Mesmo. Mas aceito um banho, acho que deixei umas roupas da última vez que dormi aqui.” Deu de ombros, ainda muito próxima dele, sem se importar muito com o signo da expressão. Dormir ali, para eles, era bem mais que o ato de descansar. Também não era apenas o sexo. Quando dormiam juntos, na mesma cama, se permitiam uma vulnerabilidade quieta, nas conversas e carícias trocadas. A junção do beijo, o apelido e a frase deixou o corpo da Hook quente, como deveria ser, e quase não conseguiu responder. Momentos como aquele, onde diziam que se amavam fora de um contexto lascivo, eram raros. “Não é uma competição. Se fosse, eu ganharia.” Provocou, apoiando a lateral do rosto no ombro alheio enquanto acariciava a nuca dele. “Qualquer coisa? Se eu pedir pra ir no Castigo e ter uma conversa de uma hora com meu pai, você vai? Teenage you would never. Não julgo se negar, nem todos têm a bravura de encarar aqueles fios ruivos sem se apaixonar.” Brincou, desalinhando a posição que estava e o puxando para dentro do dormitório. Não foram necessários passos largos antes que estivessem no conforto do quarto do Westergaard e Yas, como se morasse ali, jogou-se na cama, barriga para cima. “Eu também faria o que quisesse, aliás. Inclusive, o que falamos mais cedo… eu quero tentar.” Comentou, casualmente, enquanto assistia Pandora sair do cômodo no meio de um deboche sobre como tinha pena dele. “Não sei se sei ser a pessoa que espera, mas consigo ficar com uma pessoa só, se ela for você.” Encolheu os ombros, murmurando tudo como se não fosse nada demais ou um verdadeiro avanço para ela. Talvez fosse o alívio em ver a cobra viva, a conversa ou até o pó de fada, usado sem moderação, mas queria experimentar. Colocou-se de pé e ficou na frente dele, de costas, mantendo certa distância entre os corpos. “Tira meu vestido? Tem um zíper atrás, escondido.” Indicou com a mão, jogando-a para trás e batendo na lombar e na lateral do corpo masculino antes de chegar no local certo. “Não é um convite, mas se quiser…” Jogou a cabeça para trás, batendo no ombro alheio, e deslizou a unha no maxilar dele.
Adorava vê-la assim, de pertinho, indicando-o afeição que ele bem sabia que era nada, mas ternura, vindo dela. O revirar de olhos, o risinho, o sorriso... entendia a vontade crescente de qualquer um que pusesse a atenção nela de desejá-la, era o mínimo que poderiam sentir por Yasemin. Ia além de um apelo sexual, decerto, embora a Hook fosse absurdamente atraente, mas poder conhecê-la... era um jogo perdido se já sentisse uma atração. Acabariam em paixões, os quatro pneus arriados. Njord, inevitavelmente, e há mais tempo que admitiria, era perdido por ela. “Sei que sim. Já pensou me ter sob controle só suficiente para me proibir de te ignorar, por ciúmes? Porra... que delícia.” seguiu a brincadeira, puxando a lateral dos lábios em um sorriso pequeno, os lábios pressionados juntos, após o franzir do cenho ao dramatizar expressão de prazer quando proferiu o último conjunto de palavras. “Adoraria escutar. Tanto quanto um banho com você, na verdade, mas não precisamos falar disso ainda, se não se sentir confortável. Podemos esperar até se desintoxicar da loucura que foi o baile.” assegurá-la era a única opção disponível em seus modos, julgando a mínima vontade de explicar o que havia passado, minutos antes, no baile, e o quão vulnerável fisica e emocionalmente Yas parecia estar. Percebeu o toque em seus fios e o acompanhou, libertando um risinho miúdo pelas narinas com um acenar em negativo com a cabeça, uma única vez. “Claro.” ironizou, bem humorado. Fosse honesto? Desgostava mais do que jamais verbalizaria aquela coloração substituindo o dourado dos fios, denunciava uma inconsistência e vulnerabilidade que Njord não suportava exibir em seus jeitos. Culpava Hans, afinal, pela insistência constante em parecer inabalável, sob quaisquer circunstâncias. Narcisista filho da puta. “É a única coisa que vale a minha atenção agora, Hook, você inteira. Separei umas peças que achei no meio das minhas numa outra gaveta, com suas coisas. Estavam atrapalhando minha organização.” aproveitou a proximidade, com os braços ainda ao redor do corpo dela,  — e a diferença entre as alturas  — para pressionar um beijo tênue sobre a ponte do outro nariz, do meio para o final da sentença, metódico o bastante para escorar sua motivação inteira na organização do closet. Não era uma total inverdade, porém. Havia se tornado tão constante a presença dela em seu dormitório durante as noites que seria fora do comum não ter nenhuma peça de bobeira por ali, e não seria ele que as devolveria, decerto. Conjurou uma careta sutil com a menção de James Hook, autorizando o toque feminino e seguindo-a porta adentro. “Não sei se posso com o Capitão me fuzilando com os olhos, igual aquela vez no escritório dele. Faria um esforço por você, porém.” remeteu-se à uma das primeiras vezes deles, ligeiramente, só porque havia sido traumático em suficiência para o Westergaard não se esquecer do cenário pouco convencional cuja necessidade não havia, de verdade, era capricho de dois adolescentes no auge de seus hormônios. Bateu a porta atrás de si com delicadeza, desfazendo-se do sobretudo e jogando-o sobre a cama, ao lado de Yas, consecutivamente, a medida em que a ouvia mencionar a conversa posterior a valsa. Quieto ficou, e permaneceu, com o delinear de uma curva nos lábios, sutil, até que ela se aproximasse dele com o zíper. “É mesmo o que quer? Tudo bem se não estiver disposta, não fico chateado.” as orientações guiadas fê-lo descobrir o zíper com mínima atenção requerida ao ato, deslizando-o para baixo e, síncrono com as unhas em sua face, ele escorregou a mão, recém ocupada com o fecho, para dentro da vestimenta, alcançando-lhe o abdomen e o ínicio da virilha em sucessão. “Se eu quiser...? Se me chamar, vou mais rápido, Callie. Ainda pretendo olhar esses ferimentos, não vai fugir dos cuidados.” 
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wvstergaard · 2 years
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cwlliope​.
A experiência com seu poder de manipulação viperina havia sido assustadora e, ao mesmo tempo, libertadora. Nunca havia se sentido daquela forma — tão poderosa — e, por mais que detestasse admitir, a sensação de mandar nos animais havia lhe autorizado uma superioridade inédita. A preocupação com Pandora foi a única coisa capaz de fê-la ir embora dali e desencantar os animais, antes de ir para a única pessoa que poderia ajudá-la. Mais que isso, era a única pessoa que queria perto de si, num momento tão vulnerável; sua âncora desde a infância. Esperou a chegada dele por alguns minutos, em pé, mas, ao aceitar que não apareceria tão cedo, deslizou o corpo pela parede até que sentasse no chão, com a serpente delicadamente em suas mãos. Algumas lágrimas escorreram pela face, desesperada, e ao ver a presença do ex, sucessivo a reconhecer seus passos, levantou-se rapidamente; só então percebeu que estava sem os saltos. “Segure ela.” Ofereceu a cobra, fraca, num tom suplicante. “Ela não… é culpa minha. Ela precisa de frio, está morrendo. Eu sei, consigo sentir. Só pegue nela, por favor, eu preciso de você.” Pediu, embora não estivesse muito melhor que Pandora. Estava febril e fraca, mas a mera presença de Njord conseguia lhe dar energia para lutar contra seus sintomas. Sem esperar uma resposta, colocou a píton nas mãos dele. A pergunta dele roubou um risinho irônico dela, mordendo o lábio em seguida. “Senti tanto que montei meu próprio exército de cobras. Ela tentou me tirar do transe, e agora está assim.” Franziu o nariz, odiando a si mesma. Era a primeira vez que seu poder saía de controle. E, então, olhou bem para ele, preocupação ameaçando atingir seu cerne; sentia o frio. “Você está bem?” O questiono veio involuntário, esquecendo dos próprios problemas para analisar o rosto dele. Deu alguns passos à frente e, antes que ele reclamasse ou recuasse, ergueu o braço. “Eu estou fervendo, tocar você vai me fazer bem. Talvez melhore pra você também.” Afirmou, antes de posicionar os dígitos nas bochechas alheias. “Posso dormir com você hoje? Eu não confio em mim pra ficar sozinha, não depois de hoje. E obrigada.” Afirmou, ao ver Pandora se mexer com mais ânimo, e sentir a energia vital dela se reerguer. Tomou a cobra para si, um sorrisinho frágil, porém contente, aparecendo. “Não faça isso de novo, porra. Tá maluca? Eu podia morrer, mas não se arrisca assim.” Não obstante o tom fosse arisco, deu beijinhos na pele, agora gelada, e permitiu que ela se enroscasse no braço. Aliviada, jogou-se nos braços dele, indiferente ao frio, num abraço apertado. “Obrigada por existir, obrigada, obrigada. Eu te amo muito.” Foi sincera nas palavras, e, apesar de não ser a primeira vez que o abraçava depois do término, era a primeira vez que o fazia enquanto dizia que o amava. Normalmente, era um ou outro.
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Antes que desse por si e organizasse a preocupação para articular qualquer questiono rente ao pedido e o havia acontecido, o foco trocou objeto das írises marejadas da ex-namorada ao réptil inanimado, sucessivamente, as sobrancelhas unidas em genuína confusão. Os dígitos acolheram o corpo esguio da serpente e ele permitiu o frescor de suas habilidades penetrarem suave a pele do animal, reanimando-a pouco a pouco a medida em que a assistia e ouvia a Hook, a esquerda pairando cima a baixo do corpo pequeno da píton enquanto aumentava a área de alcance do frio. “Um exército de cobras? Me parece badass suficiente para deixar qualquer um em transe, mesmo. Não acredito que perdi você tocando o terror no baile da Fada Madrinha.” preferiu o conforto de uma brincadeira à preocupação instingando-o com o acentuar do poder de Callie, olhando-a com um esboço frágil de sorriso. Conhecia o uso das porções, sabia que a circunstância de seu uso não era benigna e achava estar longe de ser. Ainda notificava a ex-namorada com dificuldades quanto a troca de pele, por exemplo, quando faltava alguns dias de uso dela. “Estou bem. Melhor.” apressou-se em corrigir-se, e, por mera e justa precaução, ele recuou, quase resistindo ao toque alheio com um ‘Yasemin’ deixando-lhe os lábios em advertência murmurada. Desconhecia o nível de perigo que o toque à própria derme poderia causar, a última coisa que queria era um acidente com Yasemin, em especial naquela noite, cuja estranheza era bastante para colocá-lo em alerta excedente. Somente relaxou quando constatou o calor da outra mão e ela assegurar-lhe, autorizando o toque enquanto as írises azuis observavam-a, em carinho. “Deve dormir comigo hoje. Não deixaria você ir embora sem antes cuidar desses pés, e de você.” potencializou a ênfase nas últimas letras do proferir, as esquinas da boca repuxando um pouco mais o sorriso, comprimido, quando ele a olhou, por último, e cedeu a atenção à uma Pandora mexendo-se em seu colo e o ânimo das duas ao permiti-las a reunião quando devolveu-a à Yas. Pensou no quanto adorava tê-la em sua vida, ambas, e ser capaz de presenciar cenas assim. A teia afável de pensamentos fora diluída no abraço, porém, e Njord, por meio segundo, hesitou antes de envolver a cintura da ex-namorada e juntar os corpos, ainda por medo, pressionando um beijo casto sobre a derme exposta do ombro alheio. “Eu a amo ainda mais, älskling¹.” tão somente, intuitivo quanto poderia ser, o Westergaard devolveu a imensidão das três palavras, raramente utilizadas e compreendidas por ele. “Já sabe que faria qualquer coisa para você, não sabe? E que não precisa me agradecer por isso. Jamais. Vamos?” 
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wvstergaard · 2 years
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snoballtuberoses​.
“Não, não é.” Uma risada escapou dela, achando muita graça, mas a verdade é que já estava cansando-se daquele comportamento cheio de superioridade alheia. Selene não tinha muita paciência e, mesmo com o corpo incendiando e bêbada, ainda possuía muita consciência. Poderia suportar muita coisa durante o fingimento, mas ser chamada de burra de forma tão velada… Oh, aquilo com certeza não era uma delas. Mesmo com o vestido aos pés, aproveitou o momento para caminhar com passos lentos e leves em direção ao homem que achava que poderia insinuar qualquer coisa a respeito da Snoball. Estalou a língua, balançando a cabeça logo após a fala do homem. Ainda tinha a ousadia de falar da autoestima… Pelo amor, que pessoa insuportável! “Que homem sábio! Compartilhando tanto conhecimento com uma jovem tão ingênua e bobinha quanto eu.” Piscou os olhos facilmente, os olhos brilhando com a raiva presente ali, deixando a ironia explícita pelo tom de voz utilizado. “Você é exatamente igual ao seu pai, no final das contas.” Um sorriso de escárnio brilhava nos lábios de Selene, que tinha perdido qualquer leveza na expressão anteriormente. Tinha voltado a ser a mulher de sempre: impiedosa. Odiava quando julgavam-na por algo que não era, mesmo que tivesse consciência que a máscara tinha caído com facilidade. ”Pense pelo lado bom! Pelo menos, vai ter o mesmo fim que ele: vivendo na sombra de outra pessoa, mas sem receber um julgamento apropriado. Deixe-me adivinhar: está dormindo com alguma princesinha, principezinho ou pretende fazer isso em breve. Um Charming, um Dubois…” Mais uma risada saiu dos lábios de Snoball, mesmo que não contivesse nenhuma graça. Aquela breve conversa só provava que a mãe tinha sofrido de livramento ao não ficar com um Westergaard. O corpo ainda estava quente, fazendo com que pequenas gotículas aparecessem pelo corpo. “Pelo menos inclui o vossa alteza. O esperado de um robô.” 
Detestava cada nova aplicação de riso forçado ao meio, por ela, e mais ainda a velocidade em que aquela interação havia decaído. Em questão de segundos. Em toda sua honestidade, esperava que, ao menos, pudesse regir um diálogo pacífico com um legado de sobrenome Snoball, embora ele também soubesse, em toda rivalidade e inevitabilidade da questão, que o êxito ali fosse pequeno. Mas sequer havia insultado-a, oras, fosse diretamente ou não. “Você está de brincadeira? É sensível assim? Relaxe, Snoball, não estava sendo rude. Só explicitei um fato. Um que, genuinamente, achei que soubesse sobre o lago, inclusive.” pronto para ignorá-la e interessar-se, outra vez, no iWish, pronto para esquece-se do mal entendido, Njord achou ter sentido a própria frequência cardíaca ser interrompida, à menção de uma semelhança com Hans, e trincou o maxilar, engolindo em seco. Outra vez o mau-humor tomando-lhe as rédeas, outra vez a paz indo para o espaço. Que ótimo. “Como seu pai, imagino. Na sombra de Anna.” não havia requinte que escondesse a arrogância permeando-lhe a entonação ainda tênue na voz, outra vez um revirar de olhos preenchendo a expressão do escandinavo. “Se te interessa com quem eu durmo, deveria fazer uma lista de possibilidades, para passar o tempo, o que acha? Coloca seu nome no final dela, além dos Charming e Dubois, claro, e talvez eu chegue nele. Tenha santa paciência. Não faça presunções ridículas assim por despeito, Selene, ou vai acabar fazendo mesmo esse papel de boba que tanto teme.” advertiu, indiferente. 
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wvstergaard · 2 years
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cwlliope​.
“Ah, sim… dois dias antes do baile. E à noite. Njord, você é tão cavalheiro.” Despejou acidez em sua fala, esforçando-se para manter a voz neutra e falhando. Por mais que se ache autossuficiente, ainda esperava por um grande romance ou, pelo menos, por grandes gestos; se ele tivesse pedido, do jeitinho dele, teria aceito. Calle acharia outra pretendente, de qualquer forma. Tudo que queria era que ele lhe mostrasse que, se tentassem de novo, pra valer, as coisas seriam diferentes. Naquele momento, com a raiva tomando conta de seu ser, não sentia segurança em se abrir para ele. “Mas se quer tanto saber, um cara estava dando em cima de mim. De um jeito não muito legal, Calle estava me ajudando.” Explicou, ainda a contragosto, o que havia acontecido. Ele não era seu namorado — não mais — e não lhe devia satisfações, por menor que fossem. Não imaginava que ele tivesse parado de se envolver ou flertar com outras, também. Ainda assim, detestava que ele tivesse outras opiniões sobre fatos. “Mas se você perde o interesse em mim tão fácil, fico feliz que não tenha pedido.” Não escondeu a mágoa, ainda que estivesse mais visível em seu olhar. Percebeu a risada dele, mas não se atreveu a falar nada; não quis prolongar o assunto. Sabia a opinião dele e imaginava que provavelmente estava certo, mas não queria outro problema em seu colo. “Eu não me sinto culpada.” Respondeu, áspera, e já conseguia sentir a irritação outra vez. Tinham coisas não resolvidas em excesso e parecia que a cada vez que jogavam para baixo do tapete, mais problemas e rancores apareciam. Em resposta à fala de Njord, apenas assentiu e foi sua vez de soltar um risinho ácido. A veemência em que ele defendia aquele relacionamento fazia o sangue da Hook borbulhar e soltou ar pelas narinas. “Bom, depende da pessoa, mas fico feliz que tenham achado um jeito de lidar com a tensão sexual.” Não havia qualquer indício que estava incomodada, mas estava. Sempre percebeu os olhares entre os dois e isso que a incomodava, o fato que Westergaard desejou tanto outra. Ele não havia dito nada sobre não estarem mais juntos e aquela insistência em mostrar que não são parentes não descia bem em seu palato. Não se atreveu a dizer nada a respeito, porém; ele era tão livre quanto ela e não começaria agora a cobrar uma exclusividade que não lhe pertencia. “Você gostaria?” Inquiriu, um tanto aflita com o rumo daquela conversa. Tinha medo de compromisso, a verdade é essa, e mais ainda de um compromisso com ele. Sua autopreservação lhe dizia para correr dali, e dele, depois de tudo que viveram, mas os pés estavam estagnados e os olhos, presos nos dele. O comentário mencionando o amigo fê-la rir, baixinho, com a lembrança, balançando a cabeça. “Gostou? Foi especialmente para você.” Sorriu, mexendo no tecido do terno, e aproximou a boca perigosamente do ouvido alheio. Deixou à mostra o que aconteceu entre ela e o Le Fou, era tudo para provocar. “Particularmente, achei sexy o seu maxilar trincando.” Sussurrou, a coxa levantando para deslizar no interior da dele até chegar perto da virilha. De volta à posição inicial, mordiscou o lábio alheio, numa provocação contida. “Vou me comportar, eu prometo.” Uniu os dois indicadores à boca, beijando, em sinal de promessa. Não se sentiria confortável em sequer beijá-lo de verdade ali, com Hans tão perto, imagine qualquer coisa além. “Deve ser por isso que ele me detesta.” Comentou, jocosamente, por ser a última razão pela qual o ex-sogro não simpatizava com Yas. Era uma castigada, vulgar e dançarina de bordel. Não servia para o filho dele  não era boa o suficiente. Em eventos como aquele, acabava concordando. Os mundos eram diferentes e não sabia se conseguiria se acostumar com tudo aquilo, enquanto garotas como Aspen eram naturais à classe e elegância. O sorriso alegre que surgiu em sua primeira resposta logo sumiu ao ouvir o resto. Grunhiu, num revirar de olhos, mas assentiu. Passos de tartaruga. “E se eu não quiser?” Questionou, arqueando as sobrancelhas, em desafio.
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"Não quero tanto saber, Callie. Conhecer o motivo para a cena não vai diminuir o incômodo que senti assistindo-a, ou que continuo sentindo três dias depois. Não queira amenizar algo assim, não ache que perdi o interesse, garanto que você odiaria me ver nas mesmas circunstâncias com outra garota. Desistiria tanto quanto eu." a entonação era baixinha, suficiente para o nível do diálogo não exceder estresses indesejados para ambos; queria te tido a chance de convidá-la antes, genuinamente e, em verdade, e àquela altura, Njord queria não ter aceitado participar da reunião com os Charming e encarar, de estômago vazio, o que a dita noite havia presenteado-o de péssimo gosto, se o perguntassem. Ainda preferia ser inteiramente alheio ao martírio de ver a ex-namorada com outro como ela estava. "Que bom que não se sente culpada." confessou, por fim, sua renúncia ao assunto explícita no timbre da voz quando o fez. À reação amarga percebida quando entraram no mérito Eleanor Charming, Njord a olhou, demorando uma porção de segundos para voltar verbalizar outra vez. Havia tido tempo suficiente com a Hook — toda sua vida praticamente — para conhecer suas minúcias, uma a uma, e saber discernir entre uma frase despojada e outra menos benigna quando eram pronunciadas; não acreditava nem por um decreto que Yasemin estivesse confortável com sua relação com Eleanor. "Não precisamos continuar tocando um assunto que incomoda. Serve para nós dois." o pedido velado enlevava cada letra de sua pronúncia, e sob uma conjuntura silenciosa, ele assegurava a trégua e uma maturidade que, a bem da verdade, ainda não era capaz de manear com tanta destreza quanto gostaria, mas a disposição de ao menos remota de dar uma chance às tentativas existia, certamente. "Não te diria que sim sendo honesto porque sei que fugiria de mim no instante em que eu fechasse minha boca," potencializou a ênfase arqueando o par de sobrancelhas a ela, as irises escaneando as alheias. "também não diria não mentindo porque jamais seria desonesto com você. Pesa o que você prefere e tem sua resposta." a solução era simples, na teoria, e ele não poderia ter optado por outra saída ao questiono se não aquela; um pouco menos expert nos comandos da mente da ex-namorada e ele teria respondido, de pronto, que não excluiria uma exclusividade entre eles e a amedrontaria. Não havia sido fácil o passado de seu relacionamento com a Hook, conhecia todos as vertentes de erros e omissões que, a bem da verdade, seriam suficientes para aterrorizar o consciente de alguém. Ele compreendia. Partilhavam da mesma mágoa, no mesmo núcleo; ele próprio. Corrigir a postura frouxa e a submissão cega de um Njord de anos atrás ao pai seria impossível, embora a ideia fosse terrivelmente tentadora para ele. "Foi, é? Saiba que detestei a coisa toda." inerte estava e inerte permaneceu enquanto autorizava as provocações, de ótimo grado, em sua pele, especialmente o escorregar da coxa no meio de suas pernas e para cima. Utilizou todo o seu autocontrole para não materializar a vontade de colocá-la contra a parede e tomar aquela boca, só sua, em um beijo, com a quantidade menos casta de língua, quando notou o mordiscar, restringindo-se apenas às costas da mão esquerda removendo os fios castanhos para detrás do ombro dela e seus quatro dígitos alcançando-lhe a nuca, o polegar tocando o maxilar dela, para melhor apoio enquanto ele aprisionava o lábio inferior entre os seus e permitia a língua passear pela superfície, pausadamente para que ela o sentisse, antes de afastar as faces outra vez com um selar curtinho. "Se você diz," removeu o sobretudo do próprio torso, invertendo a posição do caimento para que o tecido grosso se ajustasse sobre os ombros menores dela e auxiliasse com a sensação de frio. A peça era um acessório, em verdade, Njord nunca sentia frio. Privilégios de manipular gelo. "vou cobrir algumas porções de pele. Já que não vou mais te esquentar como gostaria de estar esquentando." a ausência de um pedido de permissão para ofertá-la o casaco era parte de uma culpa internalizada, por mexer com a temperatura ao redor dele quando desestabilizado, e ele ajustou seu toque, levinho, ao quadril dela mais uma vez. "Eu, em contrapartida, adoro você. Tanto que te levaria lá para dentro agora para dançar aquela valsa comigo." outro selinho e o Westergaard sorriu em decorrência ao grunhido, interrompido pelo contato do beijo, da ex, reorientando os lábios ao maxilar e pressionando mais um beijo, e outro na curva do pescoço. "Se não quiser, posso cobri-la de beijos aqui mesmo."
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wvstergaard · 2 years
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A atmosfera ainda lhe era tóxica, dilacerando e impregnando nociva até o último resquício de sua essência, sem uma única chance de retaliação. A autopreservação o induzira a fugir, o mais rápido que pôde, antes que fosse capaz e cedesse a vontade de destruir até a última partícula de calor dentro daquele espaço e congelar tudo que ousasse existir ao seu redor. Seu pai, os arthurianos, até a melhor amiga, caíam em ira, borbulhava ódio e desprezo e os emanava em puro gelo. Reconhecer e afastar as sensações havia se tornado tarefa árdua ao Westergaard porque via vermelho mesclado a fúria, discernir era difícil quando sentia o poder rugir para ser liberto. Queria liberá-lo, sentia que podia se tentasse. Não poderia. Em mera tentativa desesperada de escapar de tudo que ele era, tudo o que faria se permitisse, direcionava a sequência ininterrupta de passos à torre cinco, a ala de seu dormitório, sentindo a repetição de batimentos cardíacos desascelerar quanto mais distante do brilho lunar, e a constância da respiração estabilizando, por fim. A incidência da habilidade parecia não findar, porém, irradiando frio ao piso rústico do corredor a medida em que o Njord marchava, à pisadas veementes, e através das plantas de seus pés. Alcançou o corredor das acomodações um par de segundos após, só para, em seu destaque, enxergar Yasemin rente à porta de seu quarto. O vinco delineado na testa denunciava a dubiez do que via, e ele cessou os passos, reduzindo a velocidade deles. “Callie?” chamou, cauteloso com as sílabas de seu nome, a medida em que aproximava-se lento e Pandora passava a aparecer em seu campo de vista, inerte no colo da ex-namorada. “O que aconteceu?” queria tocá-la enquanto fitava-a a face, com toda ternura dedicada a somente ela, e por muito pouco ele quase o fez, mas sentiu-se inapto no lugar: não arriscaria um contato se não tivesse certeza que não a machucaria. “Você... sentiu?” arriscou a pergunta, enleando a curiosidade e desconfiança de que não poderia ter sido o único a sentir quão nefasto havia sido a valsa às letras.
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wvstergaard · 2 years
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crystalquinn​.
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                                                    um  certo  teor  nostálgico  domina  a  sensação  de  agora  .  onde  não  há  a  atmosfera  embebida  em  rancor  ,  moldando-os  a  duas  criaturas  repelidas  por  seus  próprios  egos  .  por  um  momento  permite  que  sua  psiquê  esqueça  ,  ainda  que  de  forma  instável  ,  do  desfecho  melancólico  da  amizade  que  um  dia  jurou  ser  eterna  .   o  presente  é  um  quão  mais  ameno  ,  quiçá  tragável  do  que  a  convivência  impelida  por  asco  e  comentários  ariscos  .   adoro  como  você  finge  que  sabe  onde  estamos  ,  westergaard  .   rolou  as  írises  azuis  em  suas  órbes  em  um  tom  jocoso  ,  amansado  pela  própria  voz  que  não  ressoa  áspera  como  sempre  .     de  fato  é  uma  lembrança  quase  familiar  ,  pois  o  observa  não  com  a  aversão  ,  mas  com  o  olhar  de  quem  um  dia  lhe  foi  um  irmão  .   em  outra  situação  ,  por  exemplo  ,  a  crystal  estaria  pronta  para  rebater  em  demasiada  arrogância  a  citação  à  ex-namorada  .   o  assunto  não  mais  lhe  machuca  como  antes  ,  quiçá  uma  parte  dentro  de  si  tenha  aceitado  o  óbvio  .    é  uma  pena  que  você  não  a  tenha  convidado  ,  de  toda  forma  .  deu  de  ombros  por  saber  que  no  fundo  não  seria  possível  ,  visto  a  regra  pretenciosa  da  fada  madrinha  em  desagregar  os  castigados  .  você  o  teria  feito  ?  se  pudesse  ,  claro  .  questiona  quando  se  põe  ao  lado  do  mais  alto  ,  seguido  o  caminho  à  direita  ao  que  um  riso  derrama  da  boca  .    sua  ajuda  sempre  é  bem  vinda  .    aposto  que  você  vai  me  levar  para  mais  uma  armadilha  do  labirinto  . alfinetou  em  tom  bem  humorado  em  sua  fala  ,  as  írises  que  buscam  reconhecer  algum  ponto  familiar  naquela  bagunça  . duvido  que  exista  aquela  merda  de  verdade  ou  sei  lá  o  quê  .  mas  ,  veja  só  ,  aposto  que  você  também  está  aqui  por  isso  .  réplica  o  pensamento  em  voz  alta  ao  deduzir  o  motivo  dele  estar  ali  .  ou  só  estava  escapando da  visão  deles  ?
Lançou-a o olhar mais agradável dentre todos que já havia dado a ela há algum tempo, dadas as circunstâncias e o quanto se repeliram nos últimos anos, e fez menção de reprimir um sorriso miúdo, constrito entre um dar de ombros tão pequeno quanto. Sentia falta da leveza entre os dois. “Tenho um senso de direção impecável, Crystal.” devolveu a brincadeira tão somente, mais que certo de que jamais conseguiria se achar dentro daquele quebra-cabeças se sua vida dependesse disso. Não atreveria-se a querer mudar a dinâmica e estragar o instante de paz, com Quinn era um êxito e tanto, a bem da verdade, e ficar sozinho havia se tornado opção que Njord preferia não cuidar por enquanto, não se sentindo extremamente colérico com o andar de sua noite, ao menos. O unir das sobrancelhas ao questiono fora automático, e o escandinavo autorizou-se gastar mais segundos ponderando a questão que necessário quando suspirou. A resposta era óbvia, para si. “Não precisaria pensar uma segunda vez.” admitiu, orientando o foco das irises primeiro ao chão e, sucessivamente, ao caminho torturoso do labirinto, a medida em que andavam por ele. “E sei que estou implorando por um martírio desse jeito, mas não conseguiria me sentir de outra maneira se tentasse.” encaminhou a atenção a próxima ramificação de caminhos e e examinou as possibilidades, antes de olhá-la. A sinceridade era quase espontânea ali, táctil demais e automático suficiente para pouco importar-se com a exposição dos sentimentos. Era Quinn, pelos deuses. Se alguém pudesse entender o que ele queria dizer, seria ela. “Quanta fé em alguém que você costumava confiar treinando suas habilidades mortais com, Quinn. Só quero seu bem, já que está comigo. Vicent odiaria que eu fosse maldoso com a melhor amiga dele.” o tom era jocoso, claro, e denunciava toda comicidade que pusera na brincadeira quando a verbalizou a ela. “Acredito em profecias, piamente. E videntes. Embora eu não ache que a magia fosse facilitar para nós, meros legados, uma resposta e um agrado de um ancião, gosto do desafio.”
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wvstergaard · 2 years
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eleanzr​.
“Longe de mim, apesar que prefiro quando faz os dois, fica uma gracinha.” Provocou, pressionando os lábios num sorriso fechado. Àquele ponto, já sabia identificar uma comicidade por trás dos trejeitos sérios e não se abalava mais com tamanha rigidez. Gostava, porém, de tirá-lo dela; sabia que ele merecia mais leveza do que Hans lhe permitia. A relação que tinham poderia ser de difícil compreensão para aqueles que não testemunharam suas nuances, mas Nellie era deveras grata por cada parte dela. A atração, que antes era o núcleo deles, deu espaço para um companheirismo e uma amizade genuínos, que transpassava qualquer rótulo. Descobriram, juntos, formas de amenizar os poderes um do outro e isso, para ela, representava uma conexão muito maior que eles. “E o rosto mais bonito, para completar.” Passou os dígitos no próprio rosto, em egocentrismo exacerbado, em pura brincadeira. Sorriu mais abertamente ao ouvir a risada dele, um dos seus sons favoritos, assentindo. “Bem, eu xinguei a menina e ela concordou. Onde já se viu, tocando e falando no ouvido?!” Havia tomado as dores de sua grande amiga e não perdoa a chance de maldizer alguém, especialmente quando as características apontadas eram verdade. “Claro que não! Eu estava seguindo o seu comando, que culpa tenho se não aguenta o tranco, Solsken?” Sequer conseguia manter a expressão neutra ao rebater, divertindo-se em demasia com as provocações. Ao fim de cada golpe, após uma comemoração e de notar que havia machucado o Westergaard, cuidou dos machucados. Já com os patins nos pés, nivelou o rosto ao dele, em pura provocação, e soergueu as sobrancelhas. “Então, quer dizer que está sob meus encantos? Um perigo, Njord, cuidado.” Repetiu sua palavra de antes, jocosa, e tocou nos fios alheios.  “Mas você tem um ponto, perdi a conta de quantas vezes disse que foi a última vez e voltava atrás. Estamos em mais uma dessas vezes, pelo visto,” E, dito isso, se afastou para esperá-lo do lado interno da pista. “Se ficar com medo, pode segurar minha mão.” Zombou, erguendo o palmo.
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Outro risinho nasalado e Njord negou, devagar, com a cabeça, expulsando um suspiro pequeno por entre os lábios antes de segui-la pista a dentro, deslizando suave através da magia atrelada às nuvens debaixo de seus pés. “Uma gracinha.” reproduziu as sílabas do elogio dela, franzindo leve o cenho em leve estranheza. Esse era novidade para seu arsenal interminável de adjetivos, em verdade. Ouvira e sabia que poderia ser muitas e várias coisas, decerto, mas uma gracinha não estava exatamente de acordo com seu porte usual, ou seus modos em um todo. “Já ouvi muita coisa na minha vida, mas é a primeira que ouço um desses de alguém.” comentou, em timbre tênue suficiente para deixar permear a pseudo surpresa, denunciando a comicidade cujo tal atributo cedia ao Westergaard quando utilizado para referir-se a ele. Havia levado de ótimo grado, aliás, todo elogio dela era bem-vindo e jamais seria recusado pelo sulista em nenhum tempo próximo ou distante demais, tanto quanto a beleza superior da caçula dos Charming. Seria incapaz de negá-la, fosse honesto, e não porque sua opinião era, a certo nível, enviesada, pois somente um cego seria incapaz de ver o etéreo nela inteira. Preferiu resguardar-se de uma resposta verbal, porém, limitando-se ao olhar de soslaio à ela e restringindo aquele delinear inevitável de sorriso em circunstância alheia. Outro sorriso. Ao comentário sucessivo, Njord remeteu-se à ex-namorada e a expressão azedou, fechando-a quase de imediato. “Íntimo demais, não? Quase uma traição de tão desrespeitoso.” sua critica era distorcida, óbvio, e dadas as circunstâncias, o Westergaard era inapto a qualquer opinião outra se não essa. A casualidade dissipada ao conjunto de letras fora dissimulada, calculada suficiente para não tornar público o motivo de sua irritação e convencer-se, piamente, de que já havia esquecido a cena. “Não é questão de aguentar tranco, princesa, é de subestimar sua coordenação motora. Não esperava que fosse pegar o jeito tão rápido, com duas aulas. Serviu de aprendizagem, ao menos. Tem certeza que nunca lutou krav magá antes?” uniu as sobrancelhas, e o questiono era genuíno; não havia tutorado defesa pessoal a muitas pessoas antes, mas Eleanor havia se destacado com mais destreza que os outros, em técnica. “Não seja tão convencida, Eleanor.” advertiu, alcançando a outra mão e pondo-se em revés, patinando de costas para ela, enquanto a trazia para ele, deixando uma distância agradável entre os dois corpos. “Seus encantos são tão convincentes quanto os meus em você. Consegue me alcançar, bonitinha?”
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wvstergaard · 2 years
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yaswmin​.
Antes mesmo de notificar a mudança no semblante alheio, arrependeu-se de ter mencionado o frio. Por serem próximos, sabia o quanto aquele tópico incomodava Njord e praguejou a si mesma por ter sido tão ríspida. Deu-lhe um olhar arrependido, ainda que tivesse se mantido calada, mas não demorou naquela cena; vendo que ele estava a encarando, preferiu observar, ao longe, as fadas dançantes. Sempre quis visitar Neverland, mas nunca teve a oportunidade para tal. Sentiu o rosto enrubescer por perceber o olhar alheio em si por tanto tempo e agradeceu pela escuridão do local, tornando qualquer detalhe em seu rosto mais difícil de ser visto. “Não parece, mas seu par não está aqui. Deve ser isso.” Não admitiria estar errada para ele, ainda com vestígios de ciúmes, mas sabia que ele não estava contente pela separação. “Mas poderia ter vindo comigo, a regra é só para a dança.” Deu de ombros, um sorriso melancólico aparecendo em seus lábios. Queria que ele tivesse a convidado — ou pensado em convidar —, e foi inegável a decepção ao ouvir os comentários (aumentados, decerto) sobre ele e Poppy. Revirou os olhos à menção óbvia de Benjamin, e quase se arrependeu de ter lhe contado a respeito. Num momento de revolta, pelo tratamento bruto e repentino que recebera, acabou desabafando com o Westergaard; sempre lhe contou tudo. “Acho que esse é mais hater que fã.” Estalou a língua, indiferente, pensando na carona que recebeu do Hawkins e não teve a oportunidade de contar. Agora, sequer tinha vontade. Percebeu a temperatura aumentar, mas não disse nada. Certas coisas, entre eles, não precisavam ser ditas, porque se entendiam com um simples olhar — até menos que isso. “Desculpe.” O tom foi baixo, arrependida em demasia, e quase não conseguiu manter contato de íris com íris. “Eu sei que quis.” Foi sua resposta, agachando para sentir o cheiro de uma das flores, e se sentiu segura por ter mantido o verbo no passado. “Que flerte, Njord? Nós só gostamos de brincar, não vou me desculpar por isso. E é interessante que, de tudo que disse, isso foi o que mais prestou atenção. Mas lhe respondendo: foram criados juntos, mas se acha isso tão sério, Westergaard, não toco no assunto.” Continuou mexendo nas flores, resistindo à tentação de arrancá-las, e não se deu ao trabalhar de olhar para trás. Não ter recebido hesitação foi um bom sinal, e, embora a mão dele em sua derme estivesse gelada, arrepiando pelo tronco até a nuca, não soltou nenhuma reclamação, além de um arfar curto — que poderia ser confundido pela nova aproximação de corpos. “Eu paro quando não precisar de distrações.” E quando me sentir segura que o que aconteceu cinco anos antes não vai se repetir, pensou. Depois do término, seu espírito livre aflorou e não dava confiança sem uma garantia que não será feita de boba; ainda que tenha consciência dos motivos dele. Motivos esses, inclusive, que os encaravam com curiosidade, mas preferiu não deixar o Westergaard tenso. Egoísmo puro. “Você e a Poppy ficaram fofos de braços enlaçados e conversando juntinho.” Rebateu, dando um selinho casto nos lábios alheios. “É o máximo que vai receber, tenho medo de cruzar a linha e o príncipe Hans, das Ilhas do Sul, matar minha cobra.” O tom era jocoso, mas perpassava uma verdade. Tinha medo da figura do homem, de como parecia tão gentil quanto amedrontador, e por saber que ele havia pesquisado sobre si. “Sei que só falo quando estamos transando, mas…” começou, os lábios puxando e sugando o inferior masculino, antes de depositar outro selinho. Queria dizer as outras três palavrinhas, mas não conseguia ainda. “eu sou sua. Ninguém é como você, temos uma história.” A voz suave combinava com o carinho na nuca, deslizando as unhas na região, e fechou os olhos, com a cabeça, agora, deitada no peito dele. “Escuta.” Posicionou o indicador na boca dele, para que não falasse, e ouvisse a música clássica dentro do salão; talvez ele sequer conseguisse escutar, uma vez que ela era a única com sentidos aguçados quando se concentrava.
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O rolar de olhos fora involuntário à ela, em decorrência à memória de uma Poppy quase saltitante despedindo-se dele para ficar com quem ele sabia que era seu verdadeiro par ali. A ironia da circunstância 'ciúmes' de Yasemin seria cômica se não fosse trágica em demasia ao Westergaard; não existia resquícios de interesse partindo de nenhum dos dois lados na equação, ele e Poppy, em brincadeiras de cunho romântico. Portanto, não negaria a estranheza que vibrava em seu cerne com o relacionamento dela com o melhor amigo. "No mesmo dia que iria convidá-la, vi vocês juntos no bar. Perdi a vontade de pedir." elevou os ombros breve, em falsa indiferença, enquanto escaneava a movimentação alheia pelo jardim e expulsava um suspiro maciço ao ar gélido. Não quis prolongar-se no tópico por puro desgaste, cansaço emocional cuja incidência havia excedido seus próprios limites. No lugar, ele desprendeu seus esforços para amenizar a veemência da habilidade em seus modos e ascender a temperatura do corpo a um ponto pouco mais maleável ao menos. Outro riso depreciativo e o Westergaard o reprimiu o suficiente para que esse saísse em um sopro, entre os lábios entreabertos, a medida em que negava uma única vez com a cabeça. Coagiu outra opinião, naturalmente. Achava que nada tinha a ver com hate aquela história quando ela o contou, se interpretou correto. Sempre interpretava. "Não precisa." amaciou o pesar, embora também estivesse recusando o pedido em decorrência à próxima frase dela. "Não entendo seu relacionamento com seu amigo e não pretendo entender, não se preocupe. A última coisa que desejo é que se sinta culpada por ser livre para fazer o que quer, com quem quer, só porque fui insensato e senti ciúmes." a sentença possuía mais nuances de uma autoconfirmação velada, do que ele gostaria que acontecesse, que uma assertiva genuína a ela, se fosse sincero. Desautorizou qualquer indício que mostrasse o inverso daquilo, porém, inserindo pseudo casualidade na própria entonação. "Não acho sério, Hook. Apenas estou dizendo as coisas como elas são, não somos parentes. Crescer juntos não quer dizer coisa alguma." franziu os lábios sutilmente e as esquinas puxadas para baixo em uma curva, a medida em que a olhava e sublevava os ombros. Descendeu os dígitos da lombar à curva da bunda dela, descansando o toque em um lugar mais coberto quando notou o pequeno arfar. Dispensava outro comentário, dessa vez sexual. "Touché." cedeu a ela, um esboço minúsculo de um sorriso ocupando o canto da boca masculina. "Diria que já não precisa, mas não sei se acreditaria. Ou gostaria." o tópico era delicado a certas instâncias, e o recuo de Njord tratando sobre era natural, ainda que preferisse ser mais solto cuidando do assunto quanto ele era agora, pisando em ovos ao redor da ex-namorada. "Você achou? Só não mais que você e seu namorando trocando sussurros no ouvido e risos de felicidade, com os corpos colados." o sorriso dissimulado, quiçá venenoso, se assemelhava a todos os outros que era acostumado a oferecer aos mocinhos, antes dele retribuir o selinho e posicionar a outra mão no mesmo nível da outra nas curvas femininas. A expressão azedou com a menção do pai, e Njord franziu a ponte do nariz em uma careta ligeira. "Ele tem medo de cobras." confidenciou a fobia do pai a título de tranquilizá-la sobre o homem, o par de íris fitando-a as minúcias da pintura na face. Adorou a mescla das cores, aliás, e o formato delas ao redor dos olhos bonitos da Hook. O foco, porém, fora reduzido quando teve o lábio preso entre os dela, e, quando ela o liberou, a língua deslizou devagar sobre o resquício do último contato. Não pôde retrucar como gostaria, com os dígitos impedindo-lhe no pescoço e a boca e o pedido dela, além da delicadeza inteira do momento; atentou-se ao som, mas foi incapaz de discernir os sons da pista com tanta facilidade quanto ela parecia fazer dali. Queria aprovar tanto seus sentimentos que o mero acesso a eles o tornasse inteiramente apto a tratá-los com naturalidade; não poderia se tentasse.  Pensava que Yasemin tinha sorte que ninguém teve o infortúnio de ser como ele. Era egocêntrico e egoísta, jamais confessaria em alto e bom som que talvez houvesse alguém melhor, que ele, para ela… mas a obviedade se tornava tão densa que poderia tocá-la caso quisesse. Qualquer um, qualquer uma, seria melhor. E talvez fosse o ciúmes deixando-o extremamente melancólico, mas vê-la parecendo tão feliz nos braços de outro fê-lo ponderar mais que gostaria. Ao desfazer-se da série ácida de pensamentos, ele pressionou os lábios por entre os fios castanhos dela, escutando-a devagar, em um beijo terno, e só afastou-se ao perceber a outra moção para olhá-lo. Permitiu-se estender o olhar sobre a face feminina e as írises com um sorriso afável ocupando-lhe as linhas usualmente retas da boca, pequeno em tamanho, após o tocar tênue dos narizes. "Prometo," começou, os lábios tocando a pontinha do outro nariz em mais um beijo. "que tentarei ao menos. Me daria a honra dessa dança?"
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wvstergaard · 2 years
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snoballtuberoses​.
Quando viu o lago transformar-se, um sorriso apareceu em seus lábios, genuinamente feliz naquele momento. Mal tinha notado quem era a pessoa, o que com certeza era um erro da sua parte. Teria grandes arrependimentos disso na manhã seguinte, mas era algo com qual a Selene do futuro teria que lidar. “Você é uma ótima pessoa, Westergaard.” A voz saiu em um tom melódico, uma risada saindo dos lábios da Snoball. A verdade é que o corpo ainda queimava com o vestido, que era mais pesado do que tinha pretendido. A dificuldade da beleza, não é mesmo? “E você sabe o que eu quero? A não ser que eu pule de roupa, o que é uma péssima ideia, porque eu teria que ficar ensopada o resto da noite e arruinaria completamente minha noite.” As mãos foram de forma insistente para a cintura, mas aí percebeu um erro que estava cometendo. Uma gargalhada saiu dos lábios dela, precisando limpar o canto dos olhos com o indicador, lágrimas brilhando sob a luz. “Ah, você pensa que irei ficar completamente nua? Oh, sweet. Eu estou com roupa por baixo. Vai precisar mais do que um lago para alguém me ver pelada.” Começou a aproximar em passos lentos do lago, pensando o que faria primeiro. Não pensando muito sobre assunto, começou a desenrolar o tecido dourado do corpo até que o pequeno zíper se revelasse, o qual puxou para baixo.
"Parece que sou." preencheu os pulmões com o ar gélido dos arredores, pausadamente, pressionando os lábios juntos em um sorriso dissimulado, as esquinas da boca repuxadas forçando a bochecha a diminuir as pálpebras sobre os olhos em consequência a medida em que o fazia. A leveza da expressão, entretanto, logo dissolveu-se e Njord devolveu à face o semblante usual de seriedade. Uniu as sobrancelhas de maneira sutil, por poucos segundos, posto inteiro em alerta ao gargalhar súbito da Snoball; julgou o teor da resposta dela exagerado suficiente para desperdiçar sua cautela, fazendo-o revirar os olhos com a presunção da loira. "De onde é que você tira essa autoestima toda? Pelos deuses... Não, não penso. Não tenho interesse em vê-la nua e quero acreditar que me pouparia do constrangimento porque o lago não molharia seu vestido. Está encantado." disse, o filtro desgastado o bastante para o Westergaard convencer-se de que seria inútil utilizá-lo ali e olvidar a baboseira de presentear gentilezas que o pai sugeriu ao vê-lo no início do evento. Não havia sido seu dia até então, decerto, e duvidava que teria paz em algum ponto de sua noite. "Mas se insiste em ficar em suas vestes de baixo... quem sou eu para impedi-la, hm? Vossa alteza.” o par de irís escanearam a movimentação alheia, e Njord a cumprimentou, por fim, dramatizando uma reverência mínima quando inclinou suave o tronco para frente antes de refazer o caminho de volta ao seu assento.
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wvstergaard · 2 years
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esrasoul​.
“ —— em todos os meus mais deliciosos pesadelos“ replicou, a voz carregada em um sarcasmo complementado pelo sorriso visivelmente falso. seria demais dizer que sequer se recordava do westergaard no dia a dia, quem dirá tê-lo invadindo sua mente durante o sono. ela riu; porque era o que tinha a se fazer naquele momento mesmo. “ —— o clássico. “ apesar da fala simplista, aquele mesmo tom irônico deixava claro que ela via a resposta alheia como algo negativo. aquele comum ‘nada contra, até tenho amigos que são!’. acontecia que ela bem sabia (ou no mínimo presumia) que aqueles tais contatos do castigo não passavam de mulheres com quem ele poderia se envolver em segredo. pendeu a cabeça, analisando o rapaz de cima abaixo. “ —— nah.” respondeu os próprios pensamentos, quando chegou a ponderar que ele talvez também tivesse alguns contatos de castigados que faziam certos negócios por storydom. mas ela não apostaria que njord era do tipo que arriscaria a imagem comprando drogas da cidade de baixo. não se importou em explicar do que se tratava aquela sua breve análise e negativa que seguiu, apenas prosseguindo o assunto. na verdade, ainda o encarou alguns segundos, esperando para ter certeza de que ele não se afastaria mesmo. “ —— poxa, westergaard. cadê a gentileza arthuriana? não é você que está sempre com o melhor dos sorrisos estampados no rostinho bonito?” o rei do carisma, tal qual o próprio hans. o que ela queria ali? não era nada específico, senão incomodar o primeiro arthuriano que via pela frente. e qual melhor que aquele que há tempos a soul tentava desestabilizar? “ —— vamos, njord, sorria pra mim” pediu, inconveniente como bem sabia ser, enquanto tomava das mãos dele o copo de rum e bebia o resto em um só gole.
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Desprendeu uma pequena porção de ar por entre os lábios em um riso curto, pouco ácido, em decorrência ao gracejo alheio e o acompanhar inesperado da própria ironia. "Apenas neles. Don't go creaming your pants, hm?" a sugestão torpe pareceu inteira desinteressada quando explícita na entonação de voz, findando, ali, uma comicidade que começava a achar demais para seu gosto. Todo diálogo com Esra era presumido sem um tato, estranho por inteiro a Njord e a cada nova interação ele obstruía mais suas frestas, deixando-a ainda alheia ao que quer que fosse que procurasse dele. "Estava esperando que eu fosse mais inclusivo? Não mentiria para você, Soul, mas posso prometer que sou ao menos altruísta com meus semelhantes." ladeou um sorriso quase imperceptível a Esra e, mais outra vez, o Westergaard era cínico no teor dele e em todo resto da verbalização do raciocínio dissimulado. Inexistia uma única fibra de seu ser cuja essência era altruísta, e, a bem da verdade, jamais existiria, preocupado demais com o próprio bem estar para cogitar o dos outros, fosse do Castigo ou não. O semicerrar breve dos olhos à mais nova viera mais em curiosidade que outra coisa, ainda de postura fixa e os músculos imóveis rente a ela; seria desonesto se dissesse que não desejava conhecer a mente da Soul, ou, se fosse ser honesto, apenas a porção que o instigava a saber algumas pretensões dela. Preferiu ater-se aos próprios pensamentos e deixou os mais vocais da morena para ela, por ora, limitando-se a um pequeno ‘ok’ e um franzir ligeiro do lábio à negativa verbalizada por Esra. O confiscar do drink de sua mão e o ingerir quase instantâneo dele pela morena fê-lo pausar um pouco, pseudo atordoado com a surpresa da cinesia alheia antes dele recuar, finalmente. “Eu até sorriria, mas como poderia se perdi meu drink e parte da minha motivação? Tenta mais tarde e eu te digo se estou disposto a entretê-la.” 
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