“Eu não posso ser plantada em qualquer lugar. Nem todos os solos me fazem criar raízes. Mas um dia por descuido eu criei, eu cresci, rendi lindas flores. Um dia você passou por lá e eu chamei a sua atenção, eu sei que sim. Seus amigos continuaram caminhando, bebendo e rindo como idiotas, e você parou, ficou ali, observando as minhas flores por muito tempo, eu até fiquei envergonhada, e você sorriu, tirou uma foto, e seu rosto deixou escapar outro belo sorriso ao observar a imagem na câmera. Seus amigos gritaram, e você se foi. Caminhando até eles e vez ou outra olhando pra trás, olhando pra mim. Eu senti um aperto no peito, achei que nunca mais veria você. No dia seguinte você voltou, e me observou novamente, por horas. Você me tocava, cheirava, sorria, era gostoso te observar, mas você sempre partia. E todos os dias eu te esperava e você voltava, hora tomando cerveja, hora café, hora sozinho, hora acompanhado, horas com a câmera, horas com um caderno de desenho… Mas você vinha todos os dias. Eu me apaixonei pelo jeito como você me admirava, como parecia gostar de mim, poderia ter sido qualquer um, mas foi você, e eu gostava da poesia que era te esperar. O outono veio, e suas visitas ficaram menos frequentes, era estranho. Quando você vinha, passava rapidamente, não me olhava muito, estava sempre pensativo e com pressa. E dias depois você não voltou mais pra me olhar. Às vezes, eu até te via do outro lado do parque, com os mesmos amigos, as mesmas garotas, as mesmas risadas idiotas. Hora ou outra eu te pegava dando um olhada em minha direção, mas você não sorria mais, não vinha até mim, e nem desperdiçava muito tempo me olhando. Fiquei sem entender o que tinha mudado pra você, porquê pra mim nada havia mudado. Mesmo com seu mau humor, mesmo com a sua falta de tempo, ou mesmo com o seu desinteresse de sorrir pra mim. Eu sentia falta do seu sorriso. Me dei conta que você não me amava, não me admirava, não me achava mais tão bonita. Notei que você amava minhas flores, o meu cheiro. Mas com a chegada do outono eu tinha perdido todo aquele brilho e sem ele, eu não era interessante, não pra você. Era como se eu tivesse falhado e isso fosse imperdoável pra você. Você amou os meus bons frutos mas não aprendeu a amar minhas raízes. E na ausência da minha beleza exterior você ficou confuso, perdido. Não soube o que fazer. E eu fiquei ali, sozinha, e em vez de esperar por você, eu decidi não chorar, decidi aguardar o mau momento passar, esperar pela primavera novamente… Quando eu poderia ficar atraente de novo. Talvez você até voltasse, mas aí, talvez eu já tivesse aprendido a criar raízes em outro lugar, talvez eu tivesse tido tempo o bastante para florescer em outras pessoas, outros sorrisos, me apaixonar por outras poesias… E esquecer você.”

— Carpinejando.

““Eu sou daquelas pessoas inseguras que volta pra ver se fechou a torneira, se a porta está trancada, se o fogão está desligado. Eu sempre fui assim, sempre precisei reafirmar minhas certezas – então não me culpe se eu ficar perguntando se você ainda gosta de mim umas dez vezes ao dia.””

— Caio Augusto Leite.

Faz um ano que eu me perdi. 365 dias inteiros desde que olhei para o meu interior e me vi em meio ao limbo. 8760 horas que parei de esbarrar comigo mesmo pelos cantos do quarto e não me vejo mais no reflexo do espelho. Eu mudei. Não foi de um momento para o outro, nem por conta de uma única decepção, ou sentimento de amor, não. Eu apenas sumi, simples assim. A mudança veio como uma onda, primeiro atingindo meus pés e molhando-me aos poucos, sem que eu percebesse. Subindo por meu corpo, arrepiando-me com a água gélida da mudança, gerando medo, vontade, prazer, agonia. Fazendo-me perguntar se deveria dar um jeito de me salvar, ou simplesmente afundar. Quando na verdade, não havia mais o que fazer, eu não tinha mais escolhas. A onda de mudanças já tinha me carregado. E é estranho conversar com pessoas que você admirava, e não conseguir mais digerir suas palavras da mesma maneira. Procurar significados há tempos perdidos, e desistir quando não os encontrar novamente. Não rir quando repetirem sua piada favorita. Esquecer de cantar a música que você sempre considerou sua, ou enjoar de assistir o filme que antes marcava sua vida. Eu me perdi e honestamente, não sei se quero me encontrar. Já foi, já fui. Talvez eu seja apenas uma sombra do que eu era. Ou talvez, o que já fui fora apenas uma sombra de mim. Quem sabe um dia eu acabe esbarrando comigo mesmo em uma rua qualquer, apenas para me perder uma última vez.

Eduardo Cilto. (via eternue)

“Vou ficar legal. E você vai sentir minha falta.”

— Gabito Nunes.

você não pode abrir uma ferida em mim

e depois beija-lá.

[não dá para voltar atrás quando o sangue já está escorrendo]

“Amores vãos precisam ir.”

— Eu me chamo Antônio. 

“Talvez seja melhor seguir em frente, em vez de se agarrar em coisas que não podemos mudar.”

— The originals. 

eu sei que tô mudando

mas continuo sendo eu

as pessoas precisam evoluir

sem se perder de si.

“Ele é o sorriso depois do beijo. O abraço apertado depois da briga. A ligação na madrugada. A companhia, a cumplicidade, a amizade, a intimidade. Ele é a segurança. A certeza. O passado, o presente e o futuro. Meu futuro. Ele é o simples. É o que encanta. É o que me ganha todos os dias de uma forma diferente. É o que me tem. O que me guarda. O que me leva sempre, e para sempre, em teu coração.”

— Plenitude.

embora eu queira muito, não posso querer por dois e se um dia doer demais, lembre-se: fui embora com uma vontade enorme de ficar

“Fui para o meu quarto, fechei a porta e coloquei minha cabeça no travesseiro. Deixei que o silêncio colocasse as coisas no lugar em que elas deveriam estar.”

— As Vantagens de Ser Invisível.

“Escolher a pessoa com quem você quer dividir a sua vida é uma das decisões mais importantes que, qualquer um pode fazer, sempre. Porque, quando dá errado deixa a sua vida cinza, e as vezes, as vezes você nem nota, ate você acordar numa manhã, e perceber que anos se passaram. Nos dois sabemos o que é isso, Alex. Sua amizade trouxe um colorido novo a minha vida, e esteve comigo nos momentos mais difíceis, e eu sou a pessoas mais sortuda do mundo por essa dádiva. Espero ter sabido dar valor, mas talvez, não tenha dado, porque as vezes você não vê que a melhor coisa que já aconteceu a você esta ali, debaixo do seu nariz. Mas tudo bem também, é tudo bem, por que eu percebi que…Não importa onde esteja, ou o que esteja fazendo, ou com quem esteja… Eu vou sempre, com toda força, verdadeiramente, completamente, amar você!”

— Simplesmente Acontece.

você foi

e ficou traumas aqui

[nenhum causado por saudade]

você perdoa tanto, se doa tanto, que no final só dói em você.

mudar dói mas não tanto quanto ficar preso em um lugar que não é seu.