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#maquinascomoeu
cristianemagalhaes · 7 months
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Máquinas como eu - Ian McEwan
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Um livro que trata do relacionamento homem  e máquina, em que num passado bem diferente do real, após a questão das Malvinas, um homem que ganha a vida em pequenas transações na bolsa recebe uma herança e resolve comprar um androide, um dos poucos vendidos e que já conta com inteligência artificial, que lhe proporciona não só uma "quase" perfeita interação com os humanos como também sentimentos, julgamentos éticos etc.
Eu estava longe de ser o primeiro a pensar nisso, mas era possível ver a história do amor-próprio humano como uma série de rebaixamentos rumo à extinção. No passado, ocupamos um trono no centro do universo, com o Sol, os planetas e todo o mundo observável girando a nosso redor numa eterna dança de adoração. Depois, desafiando os sacerdotes, a impiedosa astronomia nos reduziu a um planeta que orbitava em volta do Sol, apenas uma em meio a outras pedras. Mas ainda nos colocávamos a parte, brilhantemente únicos, designados pelo criador para sermos os senhores de tudo que vivia. Mais tarde, a biologia confirmou que éramos iguais ao resto, compartilhando ancestrais com as bactérias, os amores-perfeitos, as trutas e as ovelhas. No começo do século XX penetramos ainda mais fundo no exílio quando a imensidão do universo foi revelada e mesmo o Sol se tornou um entre bilhões em nossa galáxia, em meio à bilhões de outras galáxias....”
“Resolver problemas de matemática constitui uma fração diminuta do que a inteligência humana faz. Aprendemos, de uma nova perspectiva, como o cérebro é uma coisa estupenda. Um computador tridimensional com um litro de capacidade e refrigerado por meio de líquidos. Inacreditável poder de processamento, inacreditável capacidade de compressão, inacreditável eficiência energética, incapaz de superaquecer. A coisa toda funcionando com vinte e cinco watts – suficiente para acender uma lâmpada bem fraca.”
Não dá vontade de largar!
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