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#geraldo de barros fotografia
idaofinfinity · 2 years
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Retrospect
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Recreate the first
shape, the house that once contained
the world out of reach.
Musée d’art moderne et contemporain (MAMCO), Genève
@creativepromptsforwriting : September Prompts
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retlir · 1 year
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blogdojuanesteves · 11 months
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FORMA REFORMA > Fernando Santos
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O fotógrafo paulista Fernando Santos, após experiências passadas com pintura, marchetaria, cerâmica, escultura, conservação e restauro de obras de arte, como escreve o editor e curador paulista Eder Chiodetto "segue criando instâncias de reflexão sobre a faculdade do olhar, desta vez centrado na forma como deciframos a ilusão construtiva das imagens pelos aparatos fotográficos." É o que ele mostra em seu primeiro livro Forma Reforma (Fotô Editoral, 2022). Explica também o curador, que o artista busca fundar novas percepções visuais ao rearranjar a lógica que move objetos ordinários e suas representações performativas.
Forma Reforma é uma síntese de imagens que nos levam diretamente ao corolário modernista brasileiro, com certa dose construtivista, entre outros movimentos, onde podemos encontrar filigranas de autores como o carioca José Oiticica Filho (1906-1964) entomólogo e fotógrafo, Geraldo de Barros (1923-1998), fotógrafo, pintor e designer paulista ( a nos lembrar de sua série Formas e Fotoformas. leia aqui review  https://blogdojuanesteves.tumblr.com/post/150170667411/geraldo-de-barros-fotoformas-e-sobras) igualmente nos aproximando dos clássicos surrealistas como o americano Man Ray (1890- 1976) com suas experiências sem câmara e arranhando as projeções e sombras da artista gaúcha Regina Silveira, além do húngaro László Moholy-Nagy (1895-1946), mestre da Bauhaus  e também construtivista, artista ao qual Chiodetto faz referência em seu texto.
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Na perspectiva do curador, esmiuçando alguns de seus detalhes:  " Uma apara de papel fina, longa e com dobraduras imprecisas, interceptada a caminho do lixo pelo artista, ganha o protagonismo num plano horizontal monocromático - esse local inerte, o ponto zero a partir do qual espocam os gatilhos criativos de Santos. A apara, amparada pelo plano, vê seu corpo esguio e desleixado sensualizar-se. Formas rebeldes que ora tocam, ora se distanciam do plano reto, ganham volume e volúpia. Figura e fundo criam artífices e segredam deleites formais. O artista entra em jogo e habilmente lança um foco de luz."
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Fernando Santos com seu belo livro consegue manter um perfil autoral, ainda que identifiquemos estas inúmeras referências, o que é intrínseco à boa arte fotográfica. Em seu progresso enxergamos uma função ontológica calcada nos metadados que insere em suas imagens, ora com papéis cortados em formas geométricas, esculturas de arame, certas assemblages ou fusões quiméricas.
É preciso lembrar que a retomada mais ampla dos modernos  dá-se a partir de 2006, com a exposição Fotoclubismo Brasileiro, no Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo, que mostrou recortes como a Retrospectiva Fotoclubistas Brasileiros dos anos 1940 a 1970, a exposição do acervo do Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB) no Museu de Arte de São Paulo (MASP) em 2016 com curadoria da artista mineira Rosângela Rennó e seu respectivo livro; o aumento da coleção Moderna para sempre do  Itaú Cultural, depositados no livro Foto Cine Clube Bandeirante: Itinerários globais, estéticas em transformação publicado pela Almeida & Dale Galeria de Arte,em 2022,  com curadoria do paulistano Iatã Cannabrava e o curador cubano José Antonio Navarrete, fundamentais para a legitimação da fotografia mais abstrata, distante dos perfis mais convencionais e essencialmente como prática artística. 
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Neste sentido o trabalho de Santos dá continuidade a este movimento adicionando outras interpretações de sua lavra trabalhando com suas próprias referências e mantendo sua independência autoral, "investigando as fissuras das representações imagéticas visando desconstruir um jogo ilusório" como bem escreve Chiodetto em seu texto no livro. Uma busca por novas percepções visuais que rearranja a lógica que move objetos ordinários e suas representações performativas.
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Na sua performatividade enxergamos o mover e ser movido por pulsões espaciais, entre matéria em movimento e imobilidade, amoldando-se a  princípios somáticos, uma espécie de alegoria quando o autor cria suas abstrações primárias, como a formatação da escultura de arame para depois ser fotografada. O elemento estático destes que ganham movimento em suas estruturas, refletidas nas fotografias ou nas inúmeras representações gráficas que compõem o livro, onde vemos certo pluralismo proposto pelo autor.
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Para Santos, escreve o editor,  a fotografia é um veículo paralisante que visa cristalizar os movimentos que ele impulsiona entre eventos escultóricos e gestos performáticos. Por meio do jogo fotográfico, o artista gera mutações que impactam e problematizam ao mesmo tempo três linguagens com as hipóteses que ele propõe em seu palco de representações: aplaina a tridimensionalidade do objeto-escultura, furta o movimento coreográfico e performático que anima seus personagens ordinários (aparas de papel, arames, pedaços de vidro etc.) e, por fim, o processo finaliza-se com a criação de fotografias que se esgueiram entre ser um documento da experiência ou obras acabadas que encapsulam todos esses movimentos. Movimentos esses que surgem na ressurreição dos objetos já cancelados em seus usos na sociedade e findam, sem acabar, no momento em que são iluminados na ribalta planificada do artista para, assim, saltarem do ordinário para o extraordinário."
Mesmo não sendo mais possível considerar a natureza em si como um objeto da fotografia, a necessidade de discuti-la e manuseá-la engendra o caminho do autor. O que nos leva a pensar no livro Ponto e linha sobre o plano (WMF Martins Fontes, 2012)  publicado em 1926 pelo artista moscovita Wassily Kandinsky (1866-1944) não somente por algumas imagens de Fernando Santos serem assemelhadas a do autor russo, mas porque está conectado a sua teoria da Forma, que concebia, como necessidade, a elaboração de uma estrutura lógica para atingir a ressonância interior na construção da abstração. Embora o genial artista não tenha pensado exatamente na fotografia, podemos fazer esse paralelo com a pintura e suas referências que deságuam nas suas significâncias subjetivas.
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Voltando a Chiodetto, "Ainda que as câmeras fotográficas tenham desde sua origem adotado os parâmetros da perspectiva renascentista e com isso criando ilusões especulares que nos levam a intuir distâncias entre planos e pontos de fuga em um suporte bidimensional, as fotografias são um constructo que tentam em vão mimetizar a experiência do olhar." Entretanto é notável que o autor subverte essa ordem ao propor uma diferente ótica em suas construções, como suas figuras que formatam camadas óticas sustentadas por um diacronismo expresso em suas tessituras cujos elementos plásticos são o resultado mais evidente.
Por meio do jogo fotográfico, escreve o curador, "o artista gera mutações que impactam e problematizam ao mesmo tempo três linguagens com as hipóteses que ele propõe em seu palco de representações: aplaina a tridimensionalidade do objeto-escultura, furta o movimento coreográfico e performático que anima seus personagens ordinários (aparas de papel, arames, pedaços de vidro etc. e, por fim, o processo finaliza-se com a criação de fotografias que se esgueiram entre ser um documento da experiência ou obras acabadas que encapsulam todos esses movimentos."
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Mas, estas experiências mais do que interessantes, ainda assim propõem ao leitor o lugar do fotógrafo: testemunhar suas cenas ou ceder à ilusão de contemplar a proposta do autor e seus efeitos. Se no conceito abstrato a representação das imagens é distanciada da realidade, interpretamos aqui a "forma" como a capacidade da obra permitir observações diversas em relação a sentimentos e emoções. Vemos no livro elementos cuja formatação é regida pela figuração, com objetos reconhecíveis e uma proposta mais objetiva, que paradoxalmente nos levam ao modelo renascentista ressignificado por artistas na vanguarda de escolas como Vkhutemas e Bauhaus, com artistas que reconhecemos neste livro, como o russo Aleksandr Rodchenko (1891-1956) ou na obra do já citado Moholy-Nagy.
Imagens © Fernando Santos.   © Juan Esteves
Infos básicas:
Concepção e fotografias: Fernando Santos
Edição: Eder Chiodetto e Fabiana Bruno
Coordenação: Elaine Pessoa
Projeto gráfico; Rafael Simões
Tratamento de imagens: José Fujocka
Impressão: Ipsis Gráfica e Editora
Edição de 500 exemplares
como adquirir: https://fotoeditorial.com/produto/forma-reforma/
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prrrisz · 3 years
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série "sobras", Geraldo de Barros.
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garadinervi · 6 years
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Geraldo de Barros, Fotoformas. Fotografias = Photographies, Raízes, São Paulo, 1994
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blogdavania · 3 years
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Geraldo de Barros
Fui ao Itau Cultural ver a exposição do múltiplo artista Geraldo de Barros.
Desenhista, pintor, fotógrafo, ( integrou o vanguardista Foto Cine Clube Bandeirante , olha os bandeirantes aí de novo ), e designer de móveis.
Adoro fotografias e as experimentações abstratas desse artista sempre me impressionaram, mas foi na sala do mobiliário que meu coração quase parou.
Foi como se tivesse entrado em um túnel do tempo e saído do outro lado, na minha casa da General Eloi Alfaro.
As estantes, cômodas, penteadeiras, aquele banco com a mesinha para o telefone, o carrinho de chá, o porta revistas ...
Foi como se tivesse entrado nos espaços daquela casa de tantas recordações.
Os anos sessenta e setenta, a vida voltando e me arrebentando o peito de tanta emoção.
_ A menina chegava da escola e sempre entrava em casa pela cozinha.
Passava pela copa, pela sala de jantar e subia as escadas de mármore em direção ao seu quarto.
Lá, jogava o material escolar em algum lugar e deitava na cama para descansar e esperar a hora do almoço.
Enquanto esperava, pensava nos amores platônicos, nos segredos trocados com a melhor amiga, no resto do dia que preguiçosamente iria passar e suspirava aliviada.
Escola de novo só amanhã, se preocupar em passar de ano, sonhar com as férias tão esperadas e cochilar feliz.
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fase 3
LEITURA DE OBRAS E A ARTE DA PERFORMANCE
Ao estudarmos os conceitos de beleza relacionados à estética percebemos que qualquer tipo de obra estabelece uma relação com o espetador, uma troca de sentido e significado, um testemunho histórico, social, cultural e religioso. Dessa forma, ao apreciar uma obra de arte é importante saber analisar os elementos presentes nela para que ocorra essa troca da melhor maneira possível e o espectador compreenda, então, o que o artista quis transmitir. 
Como analisar obras de Arte: Ao estudarmos os conceitos de beleza relacionados à estética percebemos que qualquer tipo de obra estabelece uma relação com o espetador, uma troca de sentido e significado, um testemunho histórico, social, cultural e religioso. Dessa forma, ao apreciar uma obra de arte é importante saber analisar os elementos presentes nela para que ocorra essa troca da melhor maneira possível e o espectador compreenda, então, o que o artista quis transmitir. 
 Por que é importante? A leitura de uma obra é uma atividade tão importante quanto a produção artística, pois possibilita a interpretação das imagens, compreensão e apreensão de informações.
 Então, como analisar uma obra de Arte? 
 Pra falar a verdade o título da postagem não está correto! Vimos em Estética e Arte que uma mesma obra pode despertar diferentes sensações em cada pessoa. Então não existe uma receita de como ler uma obra de arte. Mas é possível levar em consideração a época, a técnica, o tema e os recursos usados pelo artista para melhor compreender sua função. Eu gosto de seguir alguns passos básicos ao analisar uma obra:
 PRIMEIRO: leia as informações do rodapé da obra (os créditos): título, autor, época, dimensão e técnica. O título quase sempre já é uma indicação do tema da obra, mas muitas obras simplesmente não têm título (lê-se Sem Título), justamente pra não influenciar sua interpretação, e aí é preciso pesquisar um pouco mais.
 SEGUNDO: analise o objetivo da execução da obra (sua função). Para isso, busque informações sobre o artista, sua época e características do seu trabalho. Em algumas obras é preciso decifrar códigos e significados de símbolos apresentados, e isso só é possível por meio de pesquisa.
Função artística: através da organização dos elementos que compõem a sintaxe artística, cria composições que atraem a atenção do espectador.
Função pragmática: apresenta um caráter educacional. visa transmitir conhecimentos de todas as ordens: científicos, espirituais, políticos e culturais através da produção artística.
Função religiosa: objetiva divulgar preceitos, dogmas e eventos de uma determinada religião, para referenciar os fiéis da mesma.
Função ambiental: visa exaltar e/ou denunciar aspectos relacionados com o meio ambiente: sua beleza, preservação e, também, sua exploração.
Função individual: através da produção artística, o compositor, motivado pelos acontecimentos que o rodeiam, expressa seus sentimentos.
Função histórica: registra e retrata fatos relacionados com uma determinada época relevantes para uma civilização.
Função política: tem objetivo social ao representar eventos da ação política de uma comunidade, um povo ou nação.
Observação: além dessas funções existem outras, e todas podem coexistir em uma só obra ou projeto artístico.
 TERCEIRO: perceba os elementos que a compõem (as cores, linhas, texturas, etc.) e examine o direcionamento da luz. Já falei sobre os elementos básicos da composição visual aqui. Sabemos que esses elementos são capazes de comunicar sentimentos, e isso ajuda na interpretação da obra.
 Tipos de análise de obra (ou leitura, interpretação, apreciação):
 OBJETIVA (ou visual): descreva o que todo mundo vê, sem especulações.
SUBJETIVA (ou simbólica): descreva o que você sente ao visualizá-la.
FORMAL (ou estética): analise a composição visual – a sintaxe visual -, seu contexto histórico, seu tema, sua organização.
 A ARTE DA PERFOMANCE
 A performance é uma modalidade artística híbrida, isto é, que pode mesclar diversas linguagens como teatro, música e artes visuais. A performance seria quando o artista apresenta uma cena em que normalmente utiliza seu corpo como suporte enquanto os espectadores observam; já no happening o público costuma participar também da ação. Etimologicamente, a palavra performance deriva do francês antigo performance, e significa "dar forma", "fazer".
Características da arte performática
·     Linguagem híbrida: mistura elementos do teatro, artes visuais, instalação, música, entre outros;
·     Não tem lugar "apropriado" para acontecer: pode ocorrer tanto em museus, galerias e instituições, quanto em ambiente urbano e/ou público;
·     Registros da ação podem ocorrer por meio de fotografias e vídeos, mas o caráter da obra é efêmero, passageiro;
·     Corpo como instrumento de ação artística.
 Origem da performance na arte
No universo das artes, esse tipo de fazer artístico surge a partir da segunda metade do século XX, em decorrência de desdobramentos da pop art e da arte conceitual nos anos 60 e 70. Contudo, pode-se dizer que a performance tem relações com movimentos modernistas mais antigos, como o dadaísmo e a Escola de Bauhaus.
Artistas na Performance
Na década de 60, surge na Alemanha o movimento Fluxus, que inicia proposições performáticas inovadoras. Muitos artistas importantes de diversas partes do mundo fizeram parte do movimento, alguns deles são:
·     Joseph Beuys (1921-1986) - alemão
·     Wolf Vostell (1932-1998) - alemão
·     Nam June Paik (1932-2006) - sul-coreano
·     Yoko Ono (1933) – japonesa
·      
Outros artistas que se destacam na arte da performance são:
·     Marina Abramović (1946) - sérvia
·     Chris Burden (1946-2015) - americano
·     Ana Mendieta (1948-1985) - cubana
·     Valie Export (1940) – austríaca
Performance artística no Brasil
No Brasil, já na década de 50 a arte da performance dava sinais. Isso por conta de Flávio de Carvalho (1899-1973), precursor do movimento e integrante do modernismo brasileiro. Mais tarde, com o Grupo Rex (1966-1967), os artistas Wesley Duke Lee (1931-2010), Geraldo de Barros (1923-1998) e Nelson Leirner (1932) realizam diversas ações artísticas, dentre elas, performances. Há ainda outros nomes no Brasil, como Carlos Fajardo (1941), José Resende (1945), Frederico Nasser (1945), além de Hélio Oiticica (1937-1980).
Na arte, chamamos de instalação um tipo de obra que utiliza o espaço como elemento fundamental. É uma linguagem relacionada à arte contemporânea e, na maior parte das vezes é montada em espaços de arte, como museus e galerias. Entretanto, pode também ser realizada ao ar livre.
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gdbot · 6 years
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Geraldo de Barros, Fotoformas. Fotografias = Photographies,... http://ift.tt/2p6rAhH
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laizalbazoni-blog · 7 years
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Geraldo de Barros
22/05
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Geraintor, gravador, artista gráfico, designer de móveis e desenhista. Estuda desenho e pintura, a partir de 1945, nos ateliês de Clóvis Graciano, Yoshiya Takaoka e Colette Pujol. Em 1946, faz suas primeiras fotos com uma câmera construída por ele mesmo. Inicialmente, fotografa jogos de futebol na periferia de São Paulo. Ainda nesse período, realiza experimentações que consistem em interferências no negativo, como cortar, desenhar, pintar, perfurar, solarizar e sobrepor imagens. É um dos fundadores do Grupo 15, ateliê instalado no centro da cidade em 1947, onde constrói um laboratório fotográfico. No mesmo ano, ingressa no Foto Cine Clube Bandeirante, principal núcleo da fotografia moderna brasileira. Em 1948, por intermédio do crítico Mário Pedrosa, conhece a Gestalt Theorie [Teoria da Forma]. Com Thomaz Farkas, em 1949, cria o laboratório e os cursos de fotografia do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp. Realiza a exposição Fotoformas em 1950, cujo título é referência à Gestalt. Sua trajetória artística o coloca na linha de frente da fotografia experimental. Em 1951, com bolsa do governo francês vai para Paris, onde estuda litografia na École National Superiéure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], e gravura no ateliê de Stanley William Hayter. Freqüenta a Hochschule für Gestaltung [Escola Superior da Forma], em Ulm, Alemanha, na qual estuda artes gráficas com Otl Aicher e conhece Max Bill, na época um dos principais teóricos da arte concreta. Volta para São Paulo em 1952, e participa do Grupo Ruptura, ao lado de Waldemar Cordeiro, Luiz Sacilotto, Lothar Charoux, entre outros. A partir de 1954, atua na área do desenho industrial e da comunicação visual: funda a Cooperativa Unilabor e a Hobjeto Móveis, para a produção de móveis, e a Form-Inform, empresa de criação de marcas e logotipos. Em 1966, participa da criação do Grupo Rex, com Wesley Duke Lee, Nelson Leirner, Carlos Fajardo, Frederico Nasser e José Resende.
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julia-machado-blog1 · 7 years
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Data:17/04/2017 Aula: Nossos artistas Geraldo de Barros nasceu em 1923 em Chavantes.  foi um pintor e fotógrafo brasileiro. Além da fotografia e da pintura, sua obra se estende também à gravura, às artes gráficas e ao desenho industrial. Foi um dos pioneiros da fotografia abstrata e do modernismo no Brasil, além de ser considerado um dos mais importantes artistas do movimento concretista brasileiro. As imagens de Geraldo de Barros se formam a partir da desconstrução, onde o efêmero, o fragmento, o tempo, o descontínuo, e a ação estão presentes. A partir da reordenação de elementos, o artista cria uma nova composição. Em seus trabalhos, estão sempre presentes as questões sociais e urbanas, além da inquietude diante da relação entre a arte e a sociedade.
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idaofinfinity · 2 years
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Memento
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The blurred edges mean
I kept the angle of light,
slipped it in my purse.
Edited original photo, MUSÉE D’ART MODERNE ET CONTEMPORAIN, Geneva
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Dia 17/04/2017
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Hoje apresentou Filipe, artista Geraldo de Barros.
Geraldo de Barros nasceu em Xavantes, no interior de São Paulo, no dia 27 de fevereiro. Iniciou-se nas artes em 1946. E em 1946, convidado com Athaide de Barros, descobre as técnicas da fotografia, fotografando times de futebol amadores. Compra sua primeira máquina em 1939, uma Rolleiflex. Começa a fazer superposições de imagens das estruturas metálicas das estações de trem, captando detalhes em uma parede ou uma sombra nas ruas que lhe parecia interessante.
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blogdojuanesteves · 3 years
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AS METAMORFOSES travestis e transformistas na São Paulo dos anos 70 > MADALENA  SCHWARTZ
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Nascida em Budapeste, Hungria, Madalena Schwartz (1921-1993) chegou a  Buenos Aires, Argentina, em 1934, escapando da perseguição dos nazistas aos judeus, lá vivendo até 1960, quando mudou-se para São Paulo, lugar que ficaria até o fim de sua vida e onde aprenderia a fotografar, começando aos 45 anos, no icônico Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB). Um interesse que se prolonga por muitos anos, em um registro personalíssimo de retratos do eclético mundo cultural e social paulistano, dentro e fora do stablishment.
   Com uma produção fotográfica importante, até mesmo no que hoje poderíamos pensar em termos de uma antropologia visual, essencialmente no início de retratos de intelectuais, artistas plásticos, políticos e escritores, mostrados em seu primeiro livro Personae (Funarte-Cia das Letras, 1997), Madalena Schwartz seguiu por outros caminhos mais ousados, retratando travestis e transformistas, trabalho publicado no livro Crisálidas (IMS, 2012) e agora com uma nova edição As Metamorfoses Travestis e Transformistas na São Paulo dos anos 70 (IMS, 2021), que mostra imagens da publicação anterior acrescidas de capítulos que trazem pesquisas, ilustrações e fotografias sobre as experiências trans no Brasil, na Argentina, Bolívia, Peru, Chile, Cuba, México e Venezuela.
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Os portfólios latino-americanos promovem um processo dialógico com as imagens de Madalena Schwartz, com  fotografias que registram as culturas travestis e transformistas em sincronismo com a dela. As fotografias são oriundas do trabalho de coletivos como o Archivo Quiwa, da Bolívia e o Archivo de la Memoria Trans, da Argentina, dois grupos que buscam o resgate e valorização da memória trans em seus países, formando acervos fotográficos constituídos por imagens vernaculares. Só este último tem cerca de seis mil peças do início do século XX até os anos 1990.
   Com uma exposição e o livro, o Instituto Moreira Salles (IMS) comemora o centenário de nascimento da fotógrafa, cujas imagens foram adquiridas para seu acervo em julho de 1998. São cerca de 16 mil negativos em preto e branco e 450 cromos, que se dividem em três núcleos: Personalidades; Povo do Norte e Nordeste e Travestis e Transformistas. Madalena Schwartz é um dos nomes decisivos, dizem João Fernandes, Diretor Artístico e Marcelo Araújo, Diretor-Geral do IMS, quando pensamos nas grandes fotógrafas emigrantes como a polonesa Stefania Bril (1922-1992); a alemã Alice Brill (1920-2013); a belga, Lily Sverner (1934-2016); a inglesa Maureen Bisilliat e as suíças Claudia Andujar e Hildegard Rosenthal (1913-1990), esta última considerada por muitos a primeira fotojornalista do Brasil.
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A trajetória da fotógrafa é peculiar. Quando chegou a São Paulo, com o marido e os dois filhos, abriu uma lavanderia com o nome de Irupê, no centro da cidade, na rua Nestor Pestana, uma via conhecida por muitas casas noturnas. Em meados dos anos 1960, um de seus filhos ganhou uma câmera fotográfica pela qual é atraída imediatamente e que a levou ao já conhecido FCCB, que tinha como sócios seu conterrâneo Thomaz Farkas (1924-2011), e os paulistas German Lorca (1922-2021) e Geraldo de Barros (1923-1998) entre outros consagrados nomes. Sua prática seria nas poucas quadras do percurso entre seu trabalho e sua residência, no Edifício Copan, de Oscar Niemeyer (1907-2012) e Carlos Lemos, onde fotografaria os travestis e transformistas na década seguinte.
   Sua habilidade com os retratos ganha notoriedade, indo trabalhar para várias revistas da Editora Abril e para a Rede Globo de televisão, consolidando o que era apenas um hobby. Segundo seu filho Jorge Schwartz, diretor do Museu Lasar Segall em São Paulo: "minha mãe não resistia a um rosto interessante." Embora tenha retratado com extrema perícia inúmeras personalidades, como o pintor japonês Manabu Mabe (1924-1997); o compositor baiano Caetano Veloso; o arcebispo cearense Dom Helder Câmara (1909-1999) e a escritora ucraniana Clarice Lispector (1920-1977) entre tantos, é no recorte trans que este livro apresenta seu trabalho mais exclusivo.
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Madalena se profissionalizou como fotógrafa no início da década de 1970, impulsionada por prêmios nacionais e uma medalha de ouro  em uma exposição de fotoclubes em Cingapura. Apesar de continuar a trabalhar em sua tinturaria (cuja renda amenizava os altos e baixos da profissão) publicou em importantes revistas da época, como a Íris Foto, Claudia e Status, entre outras. Fez a primeira de suas muitas mostras individuais em 1974, no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Em 1983, recebeu o prêmio de fotografia da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
   Apaixonada pelo teatro, Schwartz fotografou personalidades do palco e das telas de televisão entre eles os integrantes do grupo Dzi Croquettes* nos camarins e palco, o cantor mato grossense Ney Matogrosso durante uma performance, a atriz alemã Elke Maravilha (1945-2016); o performer e multiartista argentino Patrício Bisso (1957-2019), seu vizinho no Copan, entre tantos outros. Ela avançou além dos personagens mais conhecidos e fotografou os trabalhadores de salões de cabeleireiro ou que atuavam nos palcos de boates, uma boa parte deste retratos realizados em seu estúdio improvisado, em sua própria casa, em um ambiente de troca e cumplicidade, como dizem seus editores.
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Além das imagens de Schwartz, o livro exibe exemplares dos periódicos  Lampião da Esquina** e Chana com Chana, jornais de vanguarda produzidos pela comunidade gay e lésbica da época, cartazes de filmes, como A rainha diaba e O beijo da mulher aranha, clipes de televisão e fotos de acervos pessoais, dentre outros itens, que registram um universo contestador dos padrões conservadores da época. Há um infográfico do centro de São Paulo na década de 1970, com os principais pontos alternativos da capital no período e um conjunto de papéis efêmeros com cartazes e cartões de visita.
   O escritor argentino Gonzalo Aguilar e o brasileiro Samuel Titan Jr., que organizam o livro e a curadoria da mostra homônima, refletem que ainda há muito o que estudar sobre a fotógrafa, principalmente sobre seus primeiros tempos "pois muito rápido a fotografia se impõe como vocação longe do hobby domingueiro." Embora ao participar de eventos, seu nome passe a ser conhecido, e, sem romper as relações familiares, a vida doméstica e prática, ela passe a achar um lugar seu para sua arte, explicam eles.
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Já em 1974, expondo no MASP, sua série de retratos de travestis e transformistas - uma pequena amostra extraída de cinco anos de trabalho -  fotografados em estúdio, a iluminação preferida da fotógrafa, chama atenção por sua produção cenográfica e teatral. Para os organizadores, Madalena Schwartz neste momento cruza um limiar, que seria de ordem estilística, ao ingressar em um território que foge "de um certo bom gosto, seja ele pictorialista ou vanguardista, haurido no Foto Cine Clube Bandeirante." Suas imagens trazem uma retórica do excesso e da ambiguidade que se irriga contínua e alegremente de signos colhidos nas searas do pop e do popular, do "alto" e do "baixo", do camp e do kitsch."
  Outro limiar, de ordem humana e social, em sua produção de uma cultura estabelecida, com personagens como escritores, professores, intelectuais, ligados ao lado mais culto, que, como afirmam Titan Jr. e Aguilar, eram do gosto moderno e de simpatias políticas à esquerda que se distanciaram da ditadura militar como cultura de massa,  são confrontados com um número considerável de figuras "mais ou menos anônimas, mais ou menos célebres" que podia se ver em suas folhas de contato, dedicadas ao universo travesti e transformista.
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Chico Felitti escritor e jornalista paulista, autor do livro Ricardo e Vânia: o maquiador, a garota de programa, o silicone e uma história de amor ( Ed.Todavia, 2019) conta que depois da exposição no MASP, as sessões do Copan ganharam uma aura ainda maior de prestígio nos círculos da noite LGBTQ. Transformistas e travestis apareciam em seu apartamento e nem sabiam como chegaram lá.  Figuras que trabalhavam em salões de cabeleireiros famosos em São Paulo, que às vezes adotavam como sobrenome, o nome do salão em que trabalhavam, como o De La Lastra, que atendia a elite paulistana.
   Curiosamente, esta elite não frequentava as grandes boates da época como a Medieval ou como Felitti escreve "não passeava pelo Largo do Arouche às duas da manhã." Para ele, "criaram teorias sobre o mergulho underground daquela mulher já com mais de 50 anos." Entretanto, seu filho Jorge Schwartz explica que a escolha de seus trabalhos era muito orgânica. "Ela tinha uma certa insegurança de pessoas muito intelectualizadas.", diz ele. Para a fotógrafa, não havia nenhuma elaboração teórica nas tardes do apartamento do Copan.
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Madalena Schwartz, para seu filho, que nunca chegou a presenciar alguma das sessões, era uma espécie de ser humano que se entusiasmava com as pessoas. Havia uma atitude ingênua de afeto, de abertura e também de querer falar. Isso fazia com que as pessoas mais jovens estivessem ao redor." O que explica a singularidade de suas imagens, algo de certa forma inocente, buscando apenas a possível estesia que ela sempre encontrava, algo que não existe mais na fotografia contemporânea, cujo objetivo se tivesse esse mesmo elenco como tema, seria apenas a problematização do assunto ou a cansativa verborragia política e pseudo ativista.
   Imagens ©  Madalena Schwartz  Texto © Juan Esteves
 Ficha técnica básica:
Imagens de Madalena Schwartz; coordenação editorial de Gonzalo Aguilar e Samuel Titan Jr.; Tradução de Samuel Titan Jr., projeto gráfico de Raul Loreiro e Victor Kenji Ortenblad; digitalização e tratamento de imagens  de Kelly Polato e Núcleo Digital IMS, impressão e acabamento gráfica Ipsis
# Infelizmente algumas imagens do livro não podem ser publicadas nesta plataforma devido a censura.
* Os Dzi Croquettes se destacaram pelo seu visual exuberante, com maquiagem pesada e trajes femininos.  Estrearam com Gente Computada Igual a Você, com texto de Brunna Ribeiro Maciel.
Andrógenos, o grupo chocou as autoridades da ditadura militar e seus espetáculos foram censurados. A trupe se exilou então em Paris, onde estreou a peça e se apresentou no Le Palace, onde foi um sucesso. Seus principais personagens são o coreógrafo novaiorquino Leonardo La Ponzina, conhecido Lennie Dale (1954-1994), o capixaba Cláudio Tovar, o gaúcho Ciro Barcelos e o paulista Paulo César Bacellar da Silva (1952-1999), o famoso Paulette, entre outros bailarinos e atores.
** O jornal Lampião da Esquina, mais conhecido apenas por Lampião, nasceu na casa do pintor paulistano Darcy Penteado (1926-1987), com uma série de amigos como o dramaturgo pernambucano Aguinaldo Silva e o crítico cinematográfico belga Jean Claude Bernardet. Foi um tablóide alternativo, que circulou no período da ditadura militar entre 1978 e 1981, destinado aos leitores da então comunidade gay. A publicação representou um grupo que até então não possuía voz na sociedade, mostrando-se importante para a construção de uma identidade nacional pluralista. O subsídio para a circulação veio por meio da criação de uma editora também chamada de Lampião e de colaboradores. No total teve 38 edições, incluindo o número zero. Inicialmente, cada edição, teve uma circulação aproximada de 10 a 15 mil exemplares em todo o país.
* nestes tempos bicudos de pandemia e irresponsabilidade política com a cultura vamos apoiar artistas, pesquisadores, editoras, gráficas e toda nossa cultura. A contribuição deles é essencial para além da nossa existência e conforto doméstico nesta quarentena *
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julianablumck · 7 years
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17/04/2017 - Geraldo de Barros
Geraldo de Barros estuda com Clóvis Graciano (1907 - 1988), Yoshiya Takaoka (1909 - 1978) e Colette Pujol (1913 - 1999)de 1945 a 1947, ano em que funda com este último o Grupo 15, composto de quinze pintores em sua maioria de origem japonesa. Inicialmente sua pintura se aproxima de tendências expressionistas, período que entra em contato com reproduções de obras de Paul Klee (1879 - 1940) e Wassily Kandinsky (1866 - 1914), o que o leva a se interessar pela Bauhaus e pelo desenho industrial.
Inicia pesquisa em fotografia em 1946 e no ano seguinte passa a freqüentar o Foto Cine Clube Bandeirante, principal núcleo da fotografia moderna no Brasil. Geraldo de Barros, junto com Thomaz Farkas (1924), German Lorca (1922) e José Yalenti, cada um com uma pesquisa individual, questionam a fotografia de tradição pictorialista amadora e acadêmica no Brasil que valorizava regras de composição clássica. Sua experiência investiga os limites do processo fotográfico tradicional ao realizar intervenções diretamente no negativo, múltiplas exposições da mesma película, sobreposições, montagens e recortes das ampliações que questionam o formato retangular da fotografia. Em 1949, organiza, com Farkas, o laboratório fotográfico do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, o que lhe possibilita uma pesquisa fora do clube. A partir de então sua produção se aproxima de pesquisas formais em o que interessa são os ritmos e planos que muitas vezes se projetam para o espaço além da moldura. No ano seguinte, realiza no próprio Masp, a antológica exposição Fotoformas, em que funde completamente gravura, desenho e fotografia, inaugurando a abstração na fotografia brasileira.
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osanecif · 7 years
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Exposição com fotografia radical do artista Geraldo de Barros inaugura hoje
Um conjunto de séries de fotografias de Geraldo de Barros, dos anos 1940/1980, período marcante da obra radical do artista brasileiro, vai estar em exposição a partir de hoje, no Museu Arpad Szenes-Vieira da Silva, em Lisboa. Exposição com fotografia radical do artista Geraldo de Barros inaugura hoje
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fefefernandes80 · 4 years
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Leilão do Banco Santos fatia coleção de arte e desconsidera investimento público
Circo de cavalinhos, German Lorca, 1949. Obra cedida ao MAC USP pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, nos termos dos autos nº 2005.61.81.900396-6.
De 2005 até o começo deste ano, o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) abrigou parte da coleção de arte do Banco Santos, amealhada pelo ex-banqueiro Edmar Cid Ferreira. A coleção, transferida para a massa falida do banco, reúne 1597 obras de arte moderna e contemporânea, incluindo preciosidades fotográficas, como o portfólio feito por Man Ray para a companhia de eletricidade de Paris em 1931.
Pelo acordo firmado com o poder Judiciário, o MAC foi responsável por cuidar da coleção durante quase 15 anos. Nesse período, conservou, restaurou, pesquisou e expôs as obras, realizando investimento estimado em 20 milhões de reais. Com o término da guarda e a notícia de que a coleção seria leiloada, o museu pleiteou o reembolso do valor investido ao longo dos anos por meio da incorporação de obras da coleção. O juiz responsável autorizou o reembolso de apenas 37 mil reais em dinheiro.
A seguir, Helouise Costa, docente do MAC e vice-diretora do museu de 2006 a 2010, conversa com Thyago Nogueira, coordenador da área de fotografia contemporânea do IMS, sobre a importância da coleção, o investimento público feito pelo museu, a decisão judicial que restringiu o reembolso do dinheiro, e os problemas de leiloar obras de arte sem levar em conta a integridade de seu valor cultural.
  Moça com Leica, Alexander Rodchenko, 1934. Obra cedida ao MAC USP pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, nos termos dos autos nº 2005.61.81.900396-6.
Quais são os destaques da coleção do Bancos Santos preservada pelo MAC durante 15 anos?
O segmento destinado ao MAC reunia 1597 obras de arte moderna e contemporânea, sendo que cerca de 1000 eram fotografias. Esse era um núcleo importante por oferecer um panorama da história da fotografia, desde o final do século 19 até a década de 2010, não contemplado em nenhuma instituição museológica no Brasil. Havia fotógrafos e conjuntos de imagens muito representativos, incluindo oitocentistas como Edward Muybridge e Étienne Jules-Marey; pictorialistas como George Seeley; fotógrafos de vanguarda como Alexander Rodchenko, Dora Maar, Man Ray, André Kertész e Brassaï; humanistas franceses como Robert Doisneau e Henri Cartier-Bresson; norte-americanos modernos, como Edward Steichen, Margaret Bourke-White e Berenice Abbott; modernos da Escola Paulista como Thomaz Farkas, Geraldo de Barros e German Lorca; japoneses modernos e contemporâneos como Shoji Ueda, Nobuyoshi Araki; além de contemporâneos de diversos países como Thomas Ruff, Cindy Sherman, Andres Serrano, Joel-Peter Witkin, Chris Bierrenbach, Rafael Assef, Cássio Vasconcelos, Vicente de Mello, entre muitos outros.
  Por que o MAC foi escolhido para abrigar a coleção?
Com a apreensão da coleção pela justiça, o juiz Fausto de Sanctis, então encarregado do processo, escolheu sete museus e instituições da cidade de São Paulo para receberem diferentes grupos de objetos e obras de acordo com suas especialidades. O requisito principal era que fossem instituições públicas, como forma, segundo De Sanctis, de devolver à sociedade os recursos desviados em operações contra o sistema financeiro que teriam servido para a aquisição das obras. O MAC foi escolhido para receber as obras de arte moderna e contemporânea por ser o único museu de arte de São Paulo cuja gestão é integralmente pública.
  Que tipo de investimento especializado foi feito para preservar uma coleção de tamanho importância e escala?
De 2005, quando o MAC passou a abrigar a coleção, por determinação judicial, até o final do ano passado, quando a coleção foi entregue para o leilão, o museu procedeu à guarda das obras em reserva técnica climatizada, realizou trabalhos de documentação e catalogação informatizada, conservação preventiva e restauro, troca de embalagens danificadas ou inadequadas, além de pesquisa e curadoria de exposições. Todas essas atividades foram realizadas pelo corpo técnico especializado com orientação dos docentes/curadores do museu. O MAC optou por cuidar das obras da coleção do Banco Santos do mesmo modo que faz com o seu próprio acervo, tendo em vista a responsabilidade legal que lhe foi atribuída.
  Coleção Bravie, Brassaï, s.d.. Obra cedida ao MAC USP pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, nos termos dos autos nº 2005.61.81.900396-6.
Quais eram as expectativas do MAC em relação a essa coleção?
A expectativa era integrar a coleção às atividades de pesquisa, ensino e extroversão realizadas pelo museu. Isso de fato aconteceu após o período inicial de inventariamento das obras e estruturação de um banco de dados informatizado. Por exemplo, algumas das disciplinas ministradas pelos docentes do museu incluíam a apreciação das obras com o acompanhamento da curadoria e da equipe de conservadores. Chegamos também a receber visitas de professores e alunos de outras instituições. No que se refere à extroversão, realizamos duas grandes exposições da coleção em diálogo com o acervo do MAC. A primeira foi Fotógrafos da Vida Moderna, em 2008, e a segunda Fotógrafos da Cena Contemporânea, em 2012. Ambas exigiram pesquisas, inclusive sobre a procedência das obras, e mobilizaram também nossos alunos de graduação e pós-graduação em diferentes atividades, numa rica experiência de ensino e aprendizagem. Além disso, inúmeras obras da coleção passaram a integrar as mais diversas mostras do museu como resultado de uma ação sistemática de dar acesso público ao patrimônio sob sua guarda. Para o MAC, o mais importante foi preservar o valor cultural e artístico da coleção, como conjunto, e a possibilidade que ela oferece de produzir conhecimento. É por essa razão que o museu pleiteou na Justiça o ressarcimento de seus gastos através da incorporação de obras da coleção, para que essas atividades não fossem interrompidas e pudessem se expandir.
  Com anos de experiência acumulada, profissionais altamente qualificados e infraestrutura própria, o MAC não só preservou como valorizou a coleção, que agora volta às mãos privadas. Quais são os equívocos embutidos na decisão judicial que deliberou sobre o pedido de ressarcimento do museu?
Para fins de ressarcimento do MAC, o juiz considerou apenas os gastos que o museu pôde comprovar por meio de nota fiscal, que somaram trinta e sete mil reais. Acontece que o museu não tem como apresentar nota fiscal do uso do espaço que a coleção ocupou em suas reservas técnicas climatizadas ao longo de todos esses anos, dos salários das equipes especializadas que trabalharam no tratamento da coleção, bem como dos insumos e materiais gastos na limpeza das obras, embalagens, molduras, etc., porque são gastos compartilhados com todo o acervo do MAC. O cálculo dos gastos apresentado pelo museu considerou todos esses fatores, levando em conta que a coleção passou a representar cerca de 15% do montante de obras abrigado em suas reservas técnicas. Profissionais da área de arte sabem os valores altíssimos cobrados pelo mercado para guarda de obras de arte em reservas técnicas climatizadas, o que significa que um perito poderia facilmente avaliar esses custos para subsidiar o processo. Lembro, ainda, que o museu não contabilizou o valor de seguro que seria exigido nesses casos. É importante reforçar que o museu buscou o ressarcimento de suas despesas por meio de obras da própria coleção, especialmente daquelas já exibidas em mostras que organizou e que, por isso, demandaram mais investimentos do que as demais sob sua guarda.
  A brisa, Man Ray, 1931. Obra cedida ao MAC USP pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, nos termos dos autos nº 2005.61.81.900396-6.
Obras raras e seriadas, como o portfólio de 10 fotografias de Man Ray comissionado por uma empresa de eletricidade, estão sendo vendidas de forma desmembrada. O leilão vem sendo conduzido de forma adequada?
Numa consulta rápida ao catálogo do leilão, me chamou atenção o fato de que as séries e portfólios estão sendo desmembrados para venda individual das peças. O caso do Man Ray é particularmente grave. Trata-se de um dos raros exemplares do portfólio Eletricidade (1931), trabalho encomendado a Man Ray pela companhia de distribuição de energia elétrica de Paris para presentear clientes especiais. No projeto, Man Ray produziu 10 de seus mais memoráveis fotogramas (que ele chamava de “rayogramas”), impressos em fotogravura, numa edição de 500 exemplares. Nesse trabalho, o artista materializou as pesquisas experimentais que vinha realizando desde a década anterior no contexto da fotografia surrealista. Desmantelar esse portfólio, na melhor das hipóteses, significa falta de entendimento do valor artístico-cultural de uma obra dessa envergadura ou, quem sabe, uma opção deliberada pelo lucro a qualquer custo, a despeito da integridade da obra de arte. O mesmo raciocínio vale para as outras obras seriadas que estão sendo levadas a leilão e submetidas ao mesmo tratamento.
  Como o público e outras instituições devem se posicionar diante de uma situação como essa?
É importante ressaltar o caráter público e universitário do MAC, museu que pertence à Universidade de São Paulo e cujas atividades em torno do acervo visam a extroversão, a pesquisa e o ensino. O apoio das instituições culturais, dos museus, do público em geral e da imprensa é fundamental para o museu nesse momento. É preciso enfatizar o valor cultural e artístico dessas obras para além da simples mercadoria. Aos profissionais do MAC que zelaram por elas durante todos esses anos causa profundo desconforto vê-las agora reduzidas nesses termos. ///
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Revista Zoom
Via: Blog da Fefe
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