Tumgik
#de que vale um corpo que perambula
chocofck · 2 months
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
#⃞♰❤︎✿ིུ͠ ᭢ຶ⵿༺ ✢ ༻
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
252 notes · View notes
ricobrugi · 2 months
Text
Se algum dia eu não falar de você
O que mais poderia fazer? Verifico o solo, às cegas. Apalpo as paredes. É difícil encontrar a luz no fim de algo que sequer reconheço.
Eu costumo mentir que desejo respostas e, silente, julgo que já as tive. Tão rápido quanto vieram, fumei o papel de seda com medo do que teria lido. Se tentassem o resgate, a corda subiria suspeitosamente cortada enquanto grito sobre atos divinos.
Um diálogo poupado; eis o que queria.
Há uma fala — creio nisso que cessaria essa angústia que sinto. Em sua forma abstrata, imaginada, ela me enreda feito colo maternal; relaxa como anestesia. Cada vez que teus lábios torcem, fito atento esperando que a pronunciem. Nunca ocorre. Nos últimos tempos, nem tem sido parecido. Eu consigo perdoar a ausência de capacidades clarividentes, mas morro com a subversão das sílabas.
É assim sempre, acredite.
Naquele domingo eu saí da estação apressado pelos teus acenos, pronto para jamais estar tão triste e feliz. Vendo a serra em movimento, sentimentos derradeiros se opunham ao início que vivi. Simultaneamente, as ilusões quebraram e recompuseram quando enxerguei os dois lados da cerca; em todas as métricas, você me confinou à vã metade. Por isso pendo com frequência entre o ressentimento e a gratidão pelo presente cultivado.
Logo, então, imploro: não me impute qualquer tipo de expectativa nobre.
Ignorando as vergonhas súbitas, de que vale um corpo que perambula sem a centelha poética na alma?
O que eu seria se não espremesse as curtas horas da tua resplandecência nesses anos de versos intermináveis?
4 notes · View notes
Text
04 de março de 2020 - 4ª feira
Sol e céu limpo Início de vento Sul Maré começando a vazar
Eu estava bastante empolgado e inspirado para o campo. O sol estava brilhando e a temperatura fresca. O vento sul diminuía a umidade do ar, tornando-o menos carregado e denso. Após as primeiras anotações e o café da manhã na padaria da av. Hercílio Luz, me dirigi caminhando para a Pedro Ivo. Nunca deixo de notar a aleatoriedade do caminho até lá. A necessidade de se estar habituado a modos táticos de perambulação pela cidade. Existem caminhos "oficiais", vias e ciclovias que levam até a rampa de acesso. Mas seu trajeto é limitado. Quem vem do centro pela rodoviária, como eu nesse dia, encontra sinalizações e equipamentos de trânsito para chegar até a avenida Beira Mar. Para atravessá-la a fim de chegar à passarela, é preciso ter as pernas ligeiras para correr entre algum intervalo aleatório no trânsito. Imagino o semáforo fechando para os carros há centenas de metros, lá onde ainda há Beira Mar com prédios de bacanas e, quando a folga entre veículos ocorre, é pernas pra que te quero. Certamente a minha tia ou a vó da Gabi teriam dificuldade em atravessar por ali. Para elas há os caminhos oficiais: o calçadão da Beira Mar Norte ou a passarela Nego Quirido. A primeira opção é bastante inviável para quem vem do centro. A passarela Nego Quirido é a menos inviável, apesar de ainda exigir um contorno enorme para quem está a pé, ou mesmo de bicicleta. Mesmo assim,apesar de tanta ausência de facilidades - grosso modo: dificuldades - um número significativo de pessoas perambula por ali. A pé ou de bicicleta, exercitam diversos usos da passarela. Mesmo após a reinauguração da Hercílio Luz, pude notar nesse dia que o fluxo de ciclistas e pedestres não sofreu decréscimo significativo. Aliás, a olho nu, arrisco dizer que sequer sofreu decréscimo. Essa percepção encontra guarida quando combinada a percepções experienciadas durante perambulações minhas na Hercílio, que serão melhor detalhadas adiante.
Logo que atravessei a avenida Beira Mar, corri os olhos pelo estacionamento dos clubes de remo, depois pelos prédios dos clubes, e então mais além, para os vãos das pontes, o canal, a Hercílio Luz ao fundo, no lado direito, e senti o impulso de perambular por ali. Mas minha curiosidade pela passarela foi maior. Parte pelo tempo que não andava por ali - desde dezembro passado -, parte pela soma da familiaridde com a passarela e estramento com as margens debaixo da ponte. Começo a perceber como as familiaridades com alguns ambientes da paisagem vão se manifestndo em conforte, ao passo que ambientes aos quais não acessei com a mesma intensidade e frequência se tornam como becos desconhecidos e escuros. É como se no próprio campo eu fosse abrindo clareiras e trilhas conhecidades e isso me impelisse a desconsiderar outros ambientes. Percebendo isso, me cobro o impeto de lançar o corpo a esses lugares para não deixar de experimentar perspectivas totalmente novas e que podem me dizer muito sobre a paisagem. Nesse dia não acessei esses novos lugares, mas noutras incursões sim. O relato desses novos acessos farei mais adiante.
Me dirigi a passarela. Subindo a rampa de acesso, percebi uma aglomeração de humanos na escadaria da ponte Colombo Salles. Mirando o olhar, pude notar que eram bombeiros. Dois grupos de cerca de 15 a 20 unidades cada. Estavam em sua maioria sentados, alguns em pé, aparentemente em um momento de descontração pós, pré ou entre etividades de treinamento. Embaixo, no chão, estavam deitados equipamentos que faziam parte do treinamento. Me impressionou a diversidade de affordances que as pontes, mesmo com tantas partes arruinadas, pode propiciar. Me ocorre agora que seja justamente seu estado de ruína uma condição indispensável para certos affordances. Estariam essas e esses bombeiros considerando o estado lastimável e decrépto da parte da ponte a qual realizavam o treinamento como um fator de treinamento? E quais affordances as pontes em ruínas e sem qualquer interesse de mercado propiciam ao andarilhos, em situação de rua ou não, que se deslocam por ali e dali fazem morada ou abrigo provisório, seja para dormir, pescar, se entorpecer ou descansar? Certamente essas perguntas precisam ser parte do meu roteiro de percepções sobre a paisagem.
Ao acessar a parte superior da passarela, passei a buscar por pescadores com os quais pudesse conversar. Logo avistei e me aproximei de um pescador solitário. Vestindo calças e camiseta de mangas cumpridas e um chapéu que lembrava São Tomé das Letras, Varão - nome informado por ele - pescava com vara e molinete. A vara tinha cerca de 1,6m e o molinete era 3000, para propciar agilidade, uma vez que Varão pescava com isca artificial. Segundo ele, era mais barata, por isso a escolha. No tempo que eu estava ali com ele - cerca de quase 2h -, vi ele perder dois anzóis por enrosco. Segundo ele, em redes de pesca descartadas por pescadores embarcados. Essas redes podem ter sido abandonadas ali pelo canal, ou trazidas pela correnteza das marés. Varão falava em tom de desaprovação sobre alguns hábitos dos pescadores embarcados. Segundo ele, a pesca com rede de afundo, além de poluir o fundo do mar e atrapalhar a pesca com anzol, causa a morte de diversas espécies de animais marinhos. Relatou ainda que ocorrem constantes desentendimentos entre pescadores da ponte e embarcados. Varão me cedeu valiosa informação, de que o trânsito de abrcações, de qualquer tamanho, deve ser realizado pelo vão central, mas que jetskis e pescadores embarcados não seguem essa norma, resultando em enroscos nas linhas dos pescadores da ponte. Preciso chegar essa informação certinho. Se assim for, é uma informação com grande relevância para incrementar na discussão do IC sobre a proibição arbitrária da pesca na ponte.
Varão ainda foi bastante solicito em me dar dicas sobre material para pescar ali na ponte. Falou de seu ponto de vista, a partir da técnica que mais lhe estava apetecendo no momento: pesca com isca artificial. Com um equipamento como o dele - vara de 1,6m, molinete 3000, linha multifilamentada, jig de sapo ou camarão - seria possível pescar peixes de até uns 5kg. Começamos a conversar sobre a variedade e o tamanho dos peixes pescados no canal. Ele disse que quando passava por ali na década de 90, antes de passar a praticar a pesca, notava que a quantidade e o tamanho dos peixes pescados era muito maior. Que atualmente puxam menos peixes e a maioria de peixes jovens. Ainda há peixes grandes, mas quando são muito grandes, arrebentam a linha dos pescadores. Falou do Barriga, que teve a linha arrebentada pouco tempo atrás.
Decidi caminhar até a cabeceira continental da ponte para ver se encontrava mais algum pescador, e também para ver se havia mudado algo no lugar. Não encontrei mais pescadores, mas pude perceber alguns grafites novos, cobrindo antigos. Mas me chamaram mais a atenção aqueles pichos sem compromisso com a estética do status quo do muralismo. Escritas na parede com bastante referência ao falo e ao ato sexual masculino hétero e homossexual - "Vanessa, hoje você vai chupar minha rola", "Na ilha sobra dinheiro mas falta pica" - ou ainda com referências ao deus judaico cristão ou ao messias. Em suma, as paredes da passarela são muito mais do que telas para grafites: são superfícies que convidam à manifestações e comunicações diversas. Ainda deu tempo de notar a ausência de um equipamento que já foi significante em outras incursões: as câmeras da polícia. Restavam apenas vestígios de sua existência pretérita.
Antes de desembarcar da passarela, fui ter mais um dedo de prosa com Varão, que me informou que havia um grupo de whatsapp dos pescadores da ponte do qual ele não fazia parte. Guardei essa informação para tentar entrar nessa rede. Já se passava do meio dia e eu estava com fome. Sem comida e sem um banquinho ou cadeira de praia para sentar, não me senti impelido a desenhar. Fiz apenas esboços rápidos com linhas que me ajudaram a fazer anotações sobre a dinâmica das marés no canal. Varão me explicou que, quando a maré corre para o norte, é a vazante, a maré está descendo; e quando ela corre para o sul, é a enchente. Em tese, é na enchente a maior probabilidade de "ferrar" o peixe. Mas, para o Varão, não tem como ser preciso. Diz ele que você pode ir pescar com todos os dados atmosféricos favoráveis a pesca e não ferrar nada; como acontece de ir em dias em que, em tese, não são bom para pesca, e sair de lá com seu filão. O que me faz lembrar do Rafa dizendo: "peixe tem rabo". Para o Varão, essa incerteza e incoerência é o que confere graça à pesca. Suas práticas estavam condizentes com suas ideias naquele momento: era dia de maré de quarto crescente da lua. Dia em que, segundo Varão, a maré fica mais "besta". A enchente e a vazante não ocorrem em horários tão precisos quanto nas luas cheias e novas. E a força da maré é fraca. Por isso  maré fica besta: qualquer vento mais forte pode mudar su direção. Vale destacar que Varão estava lá mais em busca de robalos, e que havia pegado dois pequenos.
Já em direção ao centro a procura de um lugar pra almoçar, passei em frente a uma loja de equipamento de pesca próximo ao Tri Bikes. Lá falei com o senhor Brás. Homem com sotque mané, bigode de respeito, corte de cabelo impecável como seu bigode e um olhar rígido. Foi um verdadeiro instrutor ao me indicar equipamentos. Informei o arsenal que Varão havia me sugerido, confessando que era quase que totlmente noob na arte. Ele me perguntou onde eu iria pescar. Estranhamente fiquei com receio /  vergonha de dizer que seria na passarela e me apressei em dizer que pescaria na curva dos bombeiros, ali na Beira Mar. Ele me sugeriu então uma vara maior de cerca de 215m e que usasse linha monofilamentada com isca viva. A vara maior seria mais versátil: facilitaria o arremosso em costões e margens, podendo ainda ser usada em trapiches. Disse que não era a melhor para isca artificial, mas que eu poderia usá-la ainda assim para iniciar. Suas dicas buscavam me orientar a partir das informações que lhe dei: de que era iniciante, que procuirava equipamentos com bons custos benefícios - nem o melhor, nem o pior - e que a pesca fazia parte da minha pesquisa. Vi no senhor Brás um interlocutor de muito valor, que poderá ser um excelente professor na arte. Certamente terei ali uma base de aprendizado.
2 notes · View notes