Tumgik
#cropped prateado
maximeloi · 4 months
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                   𝐅𝐄𝐒𝐓𝐀 𝐃𝐎𝐒 𝐋𝐈𝐃𝐄𝐑𝐄𝐒
ミ ♡ ˊˎ˖ ࣪ ʿ                                     como de costume em dias de festa elói de sente mais confortável em explorar todas as possibilidades de seu guarda-roupa, se esbaldando em esbanjar mais explicitamente sua expressão de gênero não conformista. dessa vez a escolha consiste em algumas peças: uma jaqueta, um cropped verde de malha que deixa um pouco à mostra as tatuagens do torso, uma saia preta com pregas, unhas pintadas com o mesmo verde do cropped, uma meia arrastão com desenhos de coração e botas preta.
de acessórios elói tem seu fiel escudeiro os óculos que talvez nem podem ser considerados acessórios, já que sem eles o semideus não enxerga direito. seu chicote prateado enrolado no braço direito, um chocker branco com o coração vazado que fica na frente no centro de seu pescoço, brincos de prata de coração cravejados com diamentes... que ele comprou com @olwvia claro.
Maxime é CONSELHEIRO DO CHALÉ DE AFRODITE, então está contente em comemorar essa noite e espera encher a cara até cair no meio do bosque. quando bêbado fica mais solto e animado, o sotaque francês mais presente também do que o normal, costuma dizer que seu eu bêbado se chama Otto. e Otto faz muitas merdas sem ligar para as consequências. preocupações são problemas para maxime no dia seguinte.
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bycannagirl · 2 years
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WiFi OG - the legendary beast is back! . Essa planta veio de uma seed (filha única, auto produção involuntária da casa). Ela foi encontrada num bud meu quase 1 ano depois de ter sido armazenada nos potes. Quase foi quebrada pelo grinder porque eu juro que não sabia da existência dessa seed, afinal eu não lembro de ter visto nenhum sinal de hermafroditismo não planta originária e por isso foi a última a ir pra terra (eu nem achei que fosse vingar!). Mas olha ela hoje aí, a WiFi OG é atualmente uma das plantas maiores do grow mesmo assim. Digo e repito desde 2019 que essa genética é top demais e motivos não me faltam pra continuar afirmando isso. Lembro-me de ter tido 3 phenos (o preto-roxo bem mentolado, as de folhas vermelhas com aroma de menta e notas terrosas e as dos buds cinza prateadas lotados de resina com aroma fresco cítrico e levemente mentolado). Essa planta ainda não mudou de cor e sinceramente não parece que vá mudar…suspeito então que seja o pheno “cinza prateado” apesar de que o aroma está mais terroso e levemente mentolado, veremos no final. Minha felicidade em novamente ter a chance de cultivar essa genética é enorme, nenhum sinal de hermafroditismo foi visto até agora e eu estou rezando literalmente pra não ter pois quero muito manter ela ainda de alguma forma, não sei ainda se revegetando ou através de um monster crop… Essas fotos foram feitas quando a flora contava 32 dias, igual as outras. Alimentação sempre orgânica, vocês já sabem disso mais eu insisto em repetir sempre e as luzes um oferecimento da @marshydro_aliexpress @marshydro_aliexpress_backup atualmente em 100% da potência máxima com cerca de 40/45cm de distância. Eu não curto aproximar muito as luzes não, só mesmo no final quando não tem mais pra onde subir. No mais é isso, ótimo dia pra nós. https://www.instagram.com/p/CW7t2Y9sbxA/?utm_medium=tumblr
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Oi oi gente! Capítulo dois postadíssimo, como prometido. Vocês podem ler o primeiro aqui ou no próprio tumblr da história. Espero que gostem! 
CAPÍTULO 2
E nós saímos a pé, sem avisar o meu pai, sem dizer que estávamos vivos, sem verificar se ele estava bem.
Da última vez que eu apareci na casa de Done, foi uma catástrofe. Mas não estávamos mais namorando e eu não estava indo sozinha. O que poderia dar errado?
Eu carregava o único par de sandálias que minha mãe havia esquecido para trás. Não havia carta para mim. Mas a verdade é que sim, eu encontrara algo entre os meus sapatos. Vesti um vestido repleto de lantejoulas pretas na altura da coxa e por uma noite, apenas naquela noite, eu tiraria os saltos finos da bolsa e veria como era ser como ela.
A Casa Número 1 do Done ficava perto da minha e, por isso, fomos andando. Era uma construção branca de dois andares em frente a um gramado adorável. Simples, se comparada à Casa Número 2.
A Número 2 era enorme, próxima aos limites da cidade e era para onde ele ia com a família nos feriados e fins de semana. As festas na Casa Número 2 eram incríveis porque ela ficava às margens do Oceano Atlântico. Done decorava o píer com luzes pisca-pisca e todos se jogavam na água ou simplesmente não faziam nada, recostados nas lanchas dos vizinhos, ancoradas por ali. A festa só terminava quando um deles percebia a confusão e resolvia ligar para a polícia.
Toquei a campainha da Casa Número 1, tentando identificar a música que vinha de dentro. Porém, dezenas de vozes se amontoavam sobre o som, tornando isso impossível. Done abriu a porta, rindo para alguém dentro da casa, com uma lata de cerveja aberta em uma mão e uma bacia cheia de Doritos na outra. Seu sorriso se desmanchou ao me ver diante de si.
“Oi.” Eu disse a ele.
“Oi.” Ele disse a mim. Suguei o canto do lábio.
“Eu não queria deixá-lo esperando hoje, no colégio. Houve um imprevisto.” Apertei a mão de meu irmão ao pronunciar a última palavra. O anfitrião olhou torto para nossas mãos e me apressei em completar: “Este é Caribe, meu irmão. Você já o viu, acho. Lá em casa? Nós, hum, podemos entrar?”
O garoto permaneceu petrificado por alguns segundos, a aparência meio chocada, as sobrancelhas unidas e um pouco de cerveja pingando da mão esquerda. Ele olhou para o rosto de Caribe como se percebesse pela primeira vez que ele era uma pessoa, e não um chaveiro gigante pendurado na minha bolsa ou um gnomo de jardim que havia sido arrastado até a entrada. Então, como se finalmente assimilasse minhas palavras, sorriu o sorriso que sorria para as garotas.
“Ah, claro! Caribe. Entrem, por favor!” Cérebro pequeno, me lembrei, enquanto ele largava os Doritos no colo de um garoto sentado no fatídico “sofá da Jennifer”, apertava a mão de Caribe e, com o braço em torno de meu pescoço, me conduzia casa adentro.
Cerca de uma dúzia de adolescentes se empoleirava na bancada da cozinha, o que era genuinamente perigoso. Eu podia prever o final trágico do calouro sentado na ponta da mesa de pedra.
Havia dezenas balões vermelhos de gás hélio flutuando na sala de estar e o objetivo de metade das pessoas que estavam lá era estourar cada um deles, jogando para cima talheres prateados de todas as formas e tamanhos.
Novamente, isso não me parecia nada seguro. Eu não me importava com essas coisas quando eu estava sozinha. Mas Caribe estava bem ali comigo, e eu não conseguia evitar o enorme desejo de protegê-lo.
“Tem cerveja na geladeira e um barril no segundo andar. Uns caras estão jogando pôquer no banheiro de baixo e, até agora, só um quarto foi ocupado. A casa tem sete; estão à sua disposição.” Ele piscou para o meu irmão, que sorriu por educação, meio contrariado. “Um pessoal está fumando no porão. Caribe, você fuma?”
"Hum, não.” Respondeu.
"Ei, Noah!” Done gritou para um de nossos amigos, que estava escorado contra a geladeira. Quando Noah olhou para nós, Done lançou sua lata aberta para ele, que se assustou e a pegou no ar desajeitadamente, deixando sua camiseta encharcada.
“Porra, Done!” Ele reclamou, mas acabou rindo e virando o resto na boca.
Nós três fomos até ele e o resto dos nossos amigos, ao redor da mesa da cozinha. No fim dessas festas, quando a maior parte das pessoas já tinha ido embora, nós costumávamos jogar Twister de Roupa Íntima sobre esses mesmos azulejos alaranjados. Eu não curtia muito o jogo, mas brincava de vez em quando, quando namorava Done. Eu ficava de sutiã e deixava ele se divertir um pouco antes de perder de propósito quando Noah chegava perto demais do meu corpo.
Apresentei Caribe, que apenas acenou com a cabeça.
“Ele é do nosso ano?” Perguntou Noah, cujo cabelo loiro raspado há algumas semanas começava a crescer. Shelby, com quem namorava desde que eu podia me lembrar, vestia uma camiseta justa que terminava acima do umbigo e insistia em se agarrar no seu ombro como um chimpanzé.
Estreitei os olhos e percebi que ela usava a blusa horrível que minha mãe me deu uma semana após o meu aniversário, na tentativa de se desculpar por ter esquecido. Eu não tinha interesse em ficar com ela, então a levei até a casa de Shelby, que usou a tesoura da cozinha para cortar a estampa feia da bainha e transformá-la em um cropped. Era exatamente na área cortada, que expunha a pele clara de Shelby, que Noah posicionava os dedos.
Noah não era uma pessoa muito legal. A única coisa sobre a qual ele falava era esportes, assunto no qual eu sempre fui leiga. Shelby e eu éramos amigas há muito tempo, e uma das razões pelas quais comecei a namorar Done é porque ela ficou radiante quando comecei a ficar com o melhor amigo do seu namorado.
“Nós somos gêmeos.” Gritei de volta para Noah, afastando os meus pensamentos. Noah ergueu as sobrancelhas para Avedis, um garoto cuja pele escura da testa se deformava em rugas, em resposta.
“Eu nunca o vi.” Ele falou em sua voz ainda mais grave que a de Done. Dei de ombros. Shelby soltou Noah e me puxou para o canto da cozinha.
"Pensei que estivesse evitando Donovan.”
Olhei para ele, de relance. Done abria mais uma lata de cerveja, já que derramou a sua no amigo.
“Eu estou.”
"Então por que veio até a casa dele?”
Soltei um suspiro.
"Problemas com a minha mãe. Preciso ficar bêbada.”
Por um minuto, seus olhos assumiram um brilho preocupado, mas então ergueu uma das sobrancelhas bem feitas e me entregou sua própria bebida.
"Veio ao lugar certo.”
"Vocês são gêmeos idênticos?” Noah continuou, depois que Shelby voltou a se pendurar em seu pescoço.
"Querido, é impossível ser idêntico a uma pessoa do sexo oposto ao seu.” Shelby disse, a voz melosa.
Os outros caíram em gargalhadas e forcei uma risadinha, olhando para os lados com atenção. Queria sair dali, mas nenhum outro grupo me chamava a atenção. Talvez algo interessante estivesse acontecendo do lado de fora.
“Tome cuidado.” Sussurrei para Caribe, quando Done colocou o primeiro copo plástico em suas mãos.
“Com o álcool?” Não gostei de seu tom satírico, mas resolvi ignorar.
“Com tudo. É uma festa do Ensino Médio. Há garotos que podem quebrar os seus dentes e garotas que podem quebrar seu coração.”
Comecei a me afastar, mas Caribe me segurou pelo pulso.
"Allie.” Ele chamou e, por um momento, vi em seus olhos um monte de dor. “Como você pode não estar completamente devastada?”
A pergunta me deixou meio atordoada. Por que ele pensaria isso?
“Eu estou.” Murmurei, mas a afirmação soou mais como uma pergunta.
"Não, não está. Você está chateada. Só isso. Como?”
Respirei fundo.
"Caribe, você vem alimentando uma imagem da mamãe como um ser humano perfeito. Quando ela foi embora, provou a você o contrário. E eu sempre a vi como uma pessoa que ia me decepcionar então acho que, quando isso aconteceu, ela estava simplesmente comprovando uma teoria já existente na minha cabeça, entende?”
Ele demorou a responder, como se tudo fosse muito complicado.
"Você faz isso com todo mundo? Olha para as pessoas e vê o pior?”
"Quase todo mundo.” Abri um sorriso amarelo. “Em você, eu nunca vejo coisas ruins.”
Apertei sua mão antes de soltá-la.
Havia pessoas na piscina. Como pareciam menos barulhentas do que as do lado de dentro, caminhei até o lado de fora. E então, a música ficou alta demais. Eu estava ao ar livre, pois sentia a chuva, havia perdido Caribe de vista e bebido o bastante para ficar zonza ao olhar na multidão a sua procura.
A próxima coisa da qual me lembro é do beijo.
Seus lábios eram frios como se o garoto fosse desoxigenado, um espécime de hipóxia humana cujas mãos feitas de água me seguravam com uma firmeza encantadora; a correnteza forte saturada em oxigênio dissolvido.
Qual era mesmo seu nome? Leonard, Liam, Landon? O nome garoto de gelo certamente começava com “L”. É claro que o toque gélido poderia também ser um mero resultado da chuva grossa que encharcava meus cabelos, mas eu gostava de acreditar que era algo maior. Talvez fosse. Eu sempre subestimei todas as coisas.
Sorri sob o rosto de “L”, o garoto de gelo. Quando eu era criança, costumava amar o fato de que, quando molhados, meus fios loiros atingiam um ruivo semelhante ao da Pequena Sereia. Era como se, por aquele momento em que meus olhos estavam fechados e o frio me abraçava acolhedoramente, eu tivesse todo um oceano só para mim.
O garoto de gelo passou a mão pelas minhas costas e me puxou para mais perto. Não sei se ele havia percebido que estávamos embaixo de uma tempestade, enquanto o beijo álgido se tornava cada vez mais feroz.
A minha vida parecia se personificar em uma balança, equilibrando o ‘certo’ e o ‘errado’. Ou os desequilibrando. A questão é que, por alguma razão, o lado ‘errado’ sempre pesava mais. Eu tomava as escolhas erradas, beijava os garotos errados, seguia os caminhos errados e, por causa ou consequência, todas as coisas sempre davam errado.
Mas quando as coisas davam certo, eu acabava com o cabelo ruivo debaixo das gotas de uma chuva extraordinária, afinal, após meses de sol ardente. Com certa frequência, quando as coisas davam certo para mim, talvez eu terminasse me agarrando com um desconhecido de quem nem o nome eu conseguia me lembrar além da primeira letra. Mas lá estava eu. Lá estava a chuva. Lá estava “L”. E eu devia saber que havia algo errado porque, bem, as coisas não estavam dando certo para mim.
“Não me deixe enlouquecer.” Supliquei a “L” em segredo, e foram as últimas palavras que proferi antes do meu mundo desabar.
Foi Avedis quem me trouxe de volta. Ele tocou o meu ombro gentil e timidamente, desconfortável pela missão à qual foi incumbido.
“Allie.” Ele chamou. Meus lábios pararam de se mover. Eu mal podia respirar tão perto da face de “L”. Ou enxergar. Ou qualquer coisa. “Australia, houve um acidente.”
Olhei para ele, não me preocupando em reparar no rosto do garoto de gelo. O que poderia ter acontecido? Alguém teve uma overdose? Encontraram um corpo na piscina? A chuva inundou a casa por um buraco no teto?
Mas um toque de particularidade em seu olhar descartou todas as outras opções. Done havia se machucado? O que isso tinha a ver comigo? Ele estava bebendo pra caramba, mas havia colocado um fim na época em que eu me importava com a sua saúde quando me traiu nessa mesma casa, e eu acho que Avedis sabia disso. Então, que diabos estava acontecendo?
De repente, me lembrei de que não havia ido sozinha. “Eu vim com Caribe”. Caribe.
O simples pensamento de que algo ruim pudesse ter acontecido com meu irmão me deixou tonta. Não podia ser. Ele não sofria acidentes. Até mesmo seus erros pareciam propositais.
E, bem, era Caribe. Ele ficava em casa e trocava mensagens de texto com Samantha ou assistia a filmes de terror de péssima qualidade com o meu pai.
Mas, ainda que eu tivesse uma enciclopédia de motivos para Caribe não estar presente no acidente, Avedis me puxou por entre o formigueiro humano com pressa. Queria perguntar o que estava havendo, mas não tinha força, não tinha voz, não tinha coragem.
Aparentemente, ele e o meu irmão conversavam com uns caras do time de futebol quando “Caribe enlouqueceu”. Ele disse que ia ao banheiro, mas seguiu em direção ao barril de cerveja. Avedis achou esquisito.
Ele havia bebido de um barril.
Deus, o que foi que eu fiz?
Alcancei a ambulância estacionada diante do jardim apenas a tempo de ver seus tênis novos desamarrados desaparecendo dentro do veículo.
Era a primeira vez que ele os usava, ainda que houvesse ganhado de presente da vovó no nosso aniversário.
Eram tênis incríveis, azuis e de cadarços de poliéster firmes e impecáveis. Eram tênis incríveis que Caribe nunca usou, temendo sujá-los de terra. Eram como o maior adesivo daquelas cartelas que vêm no caderno de espiral da Barbie, no Jardim de Infância. Você espera uma ocasião especial para usá-lo mas, como essa ocasião nunca chega, você cresce, perde o interesse e o joga fora.
Mas os tênis estavam bem ali. Frouxos em seus pés; talvez dois tamanhos a mais do que ele usava e quase caindo para fora do carro.
Um homem negro usando óculos retangulares bateu a porta da traseira do veículo e se virou para mim. Encarei, horrorizada, sua expressão tranquila, notando o guarda pó branco sobre a camisa social, o aparelho de pressão na mão direita e o crachá em algum ponto da roupa. Tentei ler seu nome, mas minha visão estava embaçada. A letra não contribuía. Parecia escrito à mão, em letras cursivas traçadas por canetinha amarela.
“É ela.” Avedis falou. Suas palavras soavam secas, vazias; como se ele me entregasse para a polícia por assassinato à sangue frio.
“O que está acontecendo?”
Foi tudo o que minha voz estrangulada de quem já sabe a resposta conseguiu balbuciar. O homem apenas me olhou de cima a baixo e, por um momento terrível, pensei que não diria nada, confirmando as minhas suspeitas: ele estava morto. Havia tido um ataque, uma aneurisma, um curto circuito, qualquer coisa. Minha mãe o matou.
Não, não, não. Eu o matei. O meu irmão. Meu irmãozinho, ainda que fosse mais velho. Cinquenta minutos mais velho. Os médicos chegaram a imaginar que eu não iria nascer. Bem, eu nasci. Para a desgraça da vida de todos.
“Australia.” Disse, por fim. “Seu irmão tentou se matar.”
Todo o meu corpo parou de funcionar. Na minha cabeça, tudo ficou silencioso, como nas cenas pós-apocalípticas de filmes de ficção científica, nas quais não há ninguém vivo para produzir um ruído sequer.
Eu não podia respirar, eu não podia me mover, eu sequer podia chorar. Até mesmo as minhas glândulas lacrimais pareciam ter se autodestruído ou pegado fogo ou explodido como fogos de artifício. Pane no sistema, erro 404.
Tudo o que eu fiz foi piscar, completamente incapaz de pronunciar uma palavra.
Eu deveria ter percebido, não deveria? Ele é o meu irmão e eu deveria ter percebido que algo estava muito errado. Eu deveria ter evitado tudo isso, cuidado dele. Deveria ter percebido o quão ferido Caribe estava para tentar se matar.
Voltei a realidade quando o homem estendeu um telefone celular em frente dos meus olhos paralisados. O brilho súbito fez com que pontos pretos dançassem em meu campo de visão.
Estava em choque. O aparelho era de Caribe. Eu sabia pela foto de fundo que reluziu na tela. Eu estava lendo no sofá da sala, naquele dia, e ele assistia à televisão com a Samantha. Quando Caribe bateu a foto dos dois, eu apareci no fundo, confusa e incomodada pelo flash.
O desconhecido sacudiu a cabeça e, mexendo na lista de contatos do meu irmão, encontrou o número da minha mãe. Tomei o telefone de suas mãos.
“Ela não.” Balbuciei, digitando o telefone do meu pai com dificuldade.
Ele atendeu no quarto toque e, diante de sua voz exausta, concluí que eu o havia acordado. Não tenho certeza, mas acho que foi aí que eu comecei a chorar.
“Papai.” Proferi, entre os soluços que estavam por vir. “Eu sinto muito. Eu não queria que isso acontecesse.”
“Allie?” Perguntou, repentinamente desperto. “É você?”
“Desculpe, desculpe, desculpe. Eu não queria que ninguém se machucasse. Que ninguém se machucasse ainda mais… Eu não queria. Desculpa.”
O médico, vendo que o diálogo não daria em nada, tomou o aparelho dos meus dedos trêmulos, e deixei que fizesse isso. Eu ouvia tudo o que ele dizia, imaginando a expressão de meu pai ao ouvir, nas palavras do médico, como Caribe havia tirado um canivete do bolso e o apontado contra o próprio umbigo. Como ele ficou tão frustrado quando alguém tentou impedi-lo que acabou ferindo outra pessoa. Como o médico sugeria que ele fosse internado em um hospital psiquiátrico por pensamentos suicidas e ameaça a vida e bem-estar das pessoas ao seu redor.
“Ele está a caminho.”
Declarou o homem de guarda-pó, desligando o celular e o devolvendo a mim.
Então, fugi. Fugi como uma criança assustada. A verdade é que eu sempre fui excelente em fugir. Aquela não era a primeira vez, e não seria a última.
Praticamente atravessei o ombro de Done ao me esbarrar com o garoto no meio do corredor e disparei para fora da propriedade. Filtrei as palavras do homem e me dirigi ao Hospital Psiquiátrico St. Lawrence. Se eu corresse, poderia chegar lá antes da ambulância.
Corri como a personificação do monstro que eu era: infinita, infinitamente destruidora; infinitamente destruída.
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professoraevelyn · 5 years
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New Year: the look
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Inspirações para o look do Ano Novo é o que não falta. E, se a questão é falar de cor e suas simbologias, há quem leve à risca a tradição do visual monocromático branco, metalizado ou quem tope a ideia de inovar – se você ama uma tonalidade e usou ela os outros meses do ano, por que mudar agora? Afinal, um toque vibrante sempre é bem-vindo. Aqui, selecionei algumas referências para criar produções contemporâneas, elegantes e que tragam todas as boas energias para o próximo ano.
All white
Acredite: você não está sozinha se está pensando em chegar à festa de Reveillon toda de branco. É leve, puro e sofisticado na medida certa. Nos cinco looks que escolhi para ilustrar o mood, alguns detalhes em comum. A textura deve ser um ponto a ser explorado. Pense em combinar plissados, babados, transparências, franjas ou, até mesmo, aquela alça com bordado dourado. Se há um truque para inovar nos monocromáticos, sem dúvida, é brincar com materiais.
Mais cor!
Do verde petróleo às tonalidades pastel, o segredo é optar pelo que não é óbvio. Mangas recortadas, alfaiataria, amarrações, pele em evidência na cintura e tecidos transparentes tornam o visual ainda mais interessante. Entre as apostas, o amarelo é um dos queridinhos para quem está pronta para começar o novo ano com aquela dose poderosa de alegria. Afinal, tons solares têm sua força por natureza!
Astronauta fashionista
Entre os metalizados, o prata é opção certeira para inovar no quesito dress to impress. Nas passarelas, uma série de propostas que já dão a ideia de que é possível ir além do acessório metálico. Isabel Marant, Talbot Runhof e Saint Laurent já apresentaram modelos ideais para diversos estilos – do girlie ao moderno/urbano. No F*hits team, a carioca Luiza Sobral elegeu o longo plissado para um jantar superespecial. Já Paulinha Sampaio investiu em um conjunto cool de cropped +calça esportiva. Tudo prateado, claro!
Blog da Alice Ferraz http://bit.ly/2ELwslK Publicado primeiro em Alice Ferraz"
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sigavalemais · 7 years
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MULHER - 10 shorts jeans que são um desbunde
Com poás, com apliques metalizados, rasgados, puídos, com bordados. Uma peça verdadeiramente feminina que não pode faltar no seu guarda-roupa. E aqui tem uma boa seleção. #short #jeans #shortsjeans #moda #mulher #estilo
Shorts, roupa oficial do verão feminino. Neste ano, a peça que reina na na gaveta é confeccionada em jeans. Resultado: tem shorts jeans em tantos estilos e acabamentos que ficou fácil, gostoso e criativo combinar com a parte de cima. Shorts arrasadores: bordado em tom escuro, ou com apliques prateados, tá! Dá para combinar não só com regata ou cropped, mas com camiseta, camisa de manga longa, com…
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