apesar de te evitar, eu sempre quis te fazer ficar.

acho que a minha versão favorita de você é a que existe dentro da minha mente; a que eu criei.

evy

devo respeitar o meu limite e normalizar o “hoje, eu não estou bem e sem disposição para fazer qualquer coisa”.

não devo ser cruel comigo mesma.

evy

tentar mas, desde o princípio, saber lidar com tudo que não vem para ficar.

evy

pessoas morrem por terem as suas dores invalidadas; desmerecidas; consideradas irrelevantes.

• sinto muito por este livro, página 44

evy

tão poderoso; precioso é aquele que vê a chuva como a razão pela qual os jardins existem e, não, como um empecilho ao se molhar quando se esquece o guarda-chuva.

evy

recomeçar a rotina; vida mesmo ainda estando presa no passado.

domingo

evy

• página 21, sinto muito por este livro.

todos os dias, em qualquer momento, eu estive lá “movendo os palitinhos”; dando o sangue pelo que, no fim, não valeu metade do esforço nem das crises.

evy

a fumaça que se despede dos meus lábios é o resquício do último cigarro que queimei te imaginando.

cinzas

evy

não há mais espaço livre no coração, nos pensamentos nem relatos, inúmeras vezes, contados aos outros por mim...

o jeito, agora, é te encaixar, aos poucos, nas linhas que escrevo em silêncio.

tudo continua sendo sobre você.

eu sou a grande culpada por toda essa bagunça já que sempre volto a descascar a ferida antes que ela se torne cicatriz;

o sangue volta a escorrer com as lágrimas e a dor me causa ódio e prazer.

o que mais eu sei fazer além de voltar a reviver os nossos fantasmas?

evy

— promete que não vai desistir?

— sim, prometo.

— …por mim?

— não, pela garotinha que viveu e suportou muitas coisas no passado para que a mulher que sou, hoje, pudesse continuar tentando.

uma carta do passado: nós chegaremos lá!

evy

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pés sobre pés na grama ardente; o inverno é quente dentro do seu abraço.

evy

não há mais hora para deitar nem atos dos quais devo me orgulhar; o meu cérebro está podre de vícios e memórias de momentos fictícios.

eu estou, apenas, existindo.

evy

a garota perdida que habita em mim procura um lugar seguro dentro dos seus braços firmes sempre que o vento, como uma lâmina, corta o horizonte; sempre que as ondas, como espadas, se tornam violentas.

seu abraço me prende, como correntes, e seu peito me afoga num conforto ardente.

evy