A APARÊNCIA DE JESUS
Ultimamente vemos o empenho de pessoas para denegrir a imagem de Jesus. Por que? O que acontece é que, na frustração de não conseguir chegar a elevação espiritual de Jesus, muitos querem traze-Lo a seu grau de evolução. Pois, achando que Ele era um homem comum com desejos de um homem comum, justificaria suas próprias fraquezas. Incomodam-se também com sua aparência. Vivem questionando como ele era como se isto mudasse sua grandeza. Nós espíritas não nos importamos qual era a aparência de Jesus. Como disse Chico Xavier:
- Jesus é como o Sol num dia de céu azul, e nós somos apenas palitos de fósforo acesos, à hora do meio-dia. O que é importante saber, e discutir, são sobre os seus ensinamentos e sua Vivência Gloriosa.
De fato, a Humanidade tem deixado de lado os Ensinamentos Morais do Cristo, para discutir coisas que em nada nos modifica as disposições interiores.
Foi encontrada uma carta do senador Publius Lentulus Cornelius (Emmanuel em uma de suas encarnações) nos arquivos do Duque de Cesadini na cidade de Roma, enviada pelo senador em Jerusalém na época de Jesus, que havia sido endereçada ao imperador romano Tibério César.
Nela, há uma descrição física e moral de Jesus feita pelo senador. O texto original encontra-se na biblioteca do Vaticano. Um trecho da carta é a seguinte: (...) ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra: é um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto, e há tanta majestade no rosto, que aqueles que o veem são forçados a amá-lo ou temê-lo. Tem os cabelos da cor amêndoa bem madura, são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes.
Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso nos nazarenos, o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis. A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, mas separada pelo meio, seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, o que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar; faz-se amar e é alegre com gravidade. Tem os braços e as mãos muito belos...É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo, jamais, visto por estas partes uma mulher tão bela..."
Devemos lembrar que, o Espírito que vai encarnar, pode escolher a cor dos olhos, a altura, a beleza ou feiura, doenças etc, conforme a necessidade de aprendizado ou missão. Basta ler o livro Missionários da Luz, de André Luiz, onde um espírito, que falhou no papel de mãe, pediu um corpo físico que não atraísse os olhares masculinos para que ela não se desviasse da missão de mãe novamente. Então, por que Jesus não poderia ter escolhido sua aparência? Talvez ele precisasse vir diferente dos demais para chamar a atenção junto com seus feitos e ensinamentos. Isto mostra que ainda nos apegamos ás coisas da matéria e não as do espírito, senão saberíamos que a beleza mais importante é a da alma. E isto ele tinha de sobra. Sua beleza interior reluz até hoje e é ela que não deixa que denigram sua imagem. Pensemos nisso!
Texto de Rudymara
(Por Grupo de Estudo Allan Kardec)
8 notes
·
View notes
Era sexta feira. Tinha acabado de conhecê-la. Bom, para você que não viu o que eu vi, explico: Ela tinha uns 1,70 de altura - ou mais; sei que eu a via de baixo para cima. Seu cabelo era preto, todo cacheado e ia até o meio de suas costas, desses que você vai fazer cafuné e a mão se perde dentro. Seus olhos eram castanhos claros, que estranhamente - ou incrivelmente - combinavam com sua camiseta bege estampando algum desenho aleatório, seu all star branco e sua calça jeans manchada. Sua boca era obra divina e seu sorriso era a própria divindade - eu nunca fui de crer nessas coisas místicas, mas tive que mudar meus pensamentos depois de vê-la. Sua pele morena complementava toda a escultura que era seu corpo. O local era inapropriado: estávamos em uma festa de um amigo em comum e curiosamente estávamos socorrendo uma amiga - a qual estava ajoelhada de frente a um vazo, colocando tudo o que tinha pra fora, inclusive suas memórias com seu ex. Era quase 1 hora da manhã e parecia que aquela cena não ia terminar e eu não ia ter a oportunidade de conversar com ela.
Estávamos, então, assim: Ela em pé na porta do banheiro, com um olhar preocupado e me perguntando diversas vezes se eu não queria sair dali que ela ficaria com a Bia - a amiga que tinha crise existencial e gástrica ao mesmo tempo; e eu, acocorado ao lado da coitada, segurando seu cabelo e o riso. Então, subitamente, como uma boa bêbada, a Bia se recupera, se levanta, enxágua a boca, lava o rosto e decide ir até o centro da festa. Estava tocando algum funk antigo - provavelmente alguma de Mc Marcinho, visto que eu lembrava alguma coisa da letra. Olhei para ela - nessa altura do campeonato a gente ainda não havia se apresentado formalmente, até que então ela disse "Isabela". "Impossível... essa mulher é 'bela' até no nome" eu pensava. Extendi minha mão, "Bernardo, prazer", disse eu. E pronto. Contraí meus lábios inferiores, sorri com o canto da boca e desviei o olhar logo em seguida, morto de vergonha. Esse era um passo muito grande, espero que entenda. Vou explicar o motivo: Algumas semanas atrás meu amigo tinha me mandado o perfil dela no Instagram. Não deu outra. Achei uma das mulheres mais lindas que já vi - e olha que no instagram o que não falta é gente arrumada pra tirar uma boa foto. Mas ela era o contrário de tudo o que existe nessa rede social: A cada foto dela, duas eram de seu gato, outras duas era de alguma poesia que ela tinha escrito e outras três era de alguma paisagem que ela sempre editava em preto e branco. Eu sempre fui apaixonado por fotografias em preto e branco, por poesias, por gatos e, aparentemente, também estava apaixonado por Isabela.
Bom, saímos daquele lugar terrível. Já não aguentava mais ficar acocorado, e com certeza a Isabela não aguentava mais presenciar aquela cena. Ela logo me perguntou se eu queria algo para beber - afinal, tínhamos que beber para esquecer a cena da nossa amiga bêbada passando mal. Ela pegou uma cerveja para ela e uma pra mim. Sentamos em um banco que havia do lado de fora do salão de festas. Era um lugar mais silencioso. O vento vinha direto para os nossos rostos, o que fazia com que seu cabelo começasse a dançar. Ela então o coloca atrás da sua orelha, olha para mim e me fala alguns elogios relacionados ao que eu fiz para a Bia. Eu só sabia sorrir. E ela só sabia retribuir o sorriso - mas aí é que tá... Não era qualquer sorriso. A cada frase parecia que ela me abraçava com as palavras. Cada pausa era uma eternidade e me causava tanta ansiedade... Meu Deus eu só queria ouvi-la. O som de música ao fundo parecia dar um certo clima a nossa conversa. Era uma mistura de pagode e sertanejo - então o clima estava propício para falar do passado. Começamos a conversar sobre os casos de Bia - tanto das diversas bebedeiras em outras festas, quanto dos relacionamentos amorosos. Uma coisa levou a outra e ela começou a me contar do que se passara com ela alguns meses antes.
Começou a me contar de um cara. Tinham se conhecido na faculdade, ido à alguns bares e se apaixonando aos poucos. Me dissera que o primeiro beijo foi na casa dele. Era uma quinta-feira, o céu tinha acabado de escurecer; ele fizera um jantar e comprou um vinho só para eles. Fez do início da noite o início de uma história - que não duraria tanto tempo. Ele trabalhava num bar e ela era professora de uma escola pequena no bairro onde morava. Depois de algumas semanas ela conheceu os pais dele e vice-versa. Fizeram e refizeram planos. Um deles se concretizou. Alugaram um apartamento pequeno perto do trabalho dela e decidiram dividir suas vidas em 30m². Adotaram duas gatas, compraram um colchão e a geladeira ficava semana cheia, semana vazia - como o amor deles. Depois de alguns meses juntos, sabe como ficam as coisas... Era um casamento. E casamento não são fáceis. Os interesses começaram a divergir, as noites eram feitas para discussões e só dividiam a mesma cama por obrigação. O amor se foi com o tempo - e a paciência foi junto. As brigas se tornaram constantes. As pazes, nem tanto. Três meses antes de termos essa conversa, ela teve a última com ele.
Eu até achei engraçado a maneira como as coisas acontecem no amor. Abrimos mão da nossa liberdade para sermos livres em pares. Mas, para continuar sendo par, alguém teria que abrir mão de alguma coisa. Na história dela, só abriram a mão na hora de um soltar a do outro. Quando ela acabou de contar ficamos em um silêncio absurdo. Aparentemente ela ainda estava tentando digerir a história. Ela tinha acabado de estilhaçar seu coração e eu só queria catar caquinho por caquinho, juntar e entregar pra ela de volta. Ela me olhava com um olhar de ternura. Se tivéssemos contado o tempo, ficamos sem falar por uns dois minutos mais ou menos. Pode não parecer nada, mas ali parecia uma eternidade. Ela finalmente olha, sorri pra mim e diz "acontece, né?". Em um impulso um tanto que infantil a abracei. Eu achei que ela ia fazer tudo, menos me abraçar de volta. Se eu achei dois minutos uma eternidade, agora eu não sei o que eu acharia. Naquele instante ela tinha aberto o peito para eu poder estar. Não sei se ela foi com a minha cara, com meu papo ou com minhas incessantes piadas. Mas ela estava completa naquele momento. E eu também estava.
Depois da história eu só fiquei mais apaixonado por quem ela era, por tudo o que passou e por onde estava. Naquele período ela era professora em uma escola maior, tinha seu canto e ainda conseguia ajudar a família - eu não me apaixonei só pelos olhos incrivelmente charmosos e o sorriso divino, mas também por esses detalhes; interessante seria se ela se apaixonasse por mim, só que tudo o que eu tinha era um violão e uma Caloi. Ela estava ainda meio abatida após ter se exposto pra mim. Então, fiz o que deveria ser feito: Chamei ela para dançar - era uma noite quente de verão, não sei se foi a melhor escolha. Coloquei no som a sua música preferida - 'Veja só', de Tibério azul - a peguei pela mão e juntei seu corpo ao meu. De dois pra lá, dois pra cá a gente ia se entendendo. Pisamos diversas vezes um no pé do outro e gargalhávamos toda vez que isso acontecia. A minha camisa continha pingos do seu suor e meu coração continha enxurradas de paixão por ela. Minha mão direita estava na sua cintura, a sua mão esquerda estava nos meus cabelos. Meus olhos olhavam os seus e os seus olhos olhavam os meus. A boca dela sorria e a minha ia de encontro a dela. Era um sábado e o céu já tinha escurecido há muito tempo. Aproveitamos até o sol nascer. Fiz do início do dia o início de uma história - que duraria o tempo certo.
Sim, mainha. Eu estava bem.
3 notes
·
View notes
Pamukkale, Turquia: como visitar as famosas piscinas termais
As piscinas termais de Pamukkale, na Turquia, são um daqueles destinos de sonho que a gente coleciona nos boards do Pinterest. As formações rochosas branquinhas que contrastam com a água das termas azul turquesa, criam um visual extremamente fotogênico, que fez o lugar ficar famoso na internet e atrair milhões de turistas de todas as partes do mundo.
Mas o que pouca gente sabe é que existe muita história por trás desse belíssimo parque natural turco, que inclui também o sítio arqueológico da antiga cidade greco-romana de Hierápolis. Na realidade, Pamukkale e suas águas termais já era um local muito procurado desde o século II a.C., quando era considerado um Spa pelos romanos e personagens ilustres como a Cleópatra.
Um pouquinho de história
O parque natural de Pamukkale foi declarado Património Mundial pela UNESCO, em conjunto com o sítio arqueológico de Hierápolis, em 1988. E não foi à toa que ganhou o título de patrimônio da humanidade, afinal tem mesmo muita história e cultura guardada ali debaixo daquelas pedras todas.
Hierápolis foi uma antiga cidade grega, fundada no início do século II a.C por Eumenes II, rei de Pérgamo. A região já era conhecida na antiguidade como um spa termal, próximo à Frígia clássica, no sudoeste da Anatólia. Mais tarde, sob o domínio do Império Romano, a cidade se tornou um famoso centro de cura, onde os médicos usavam as fontes termais como tratamento para seus pacientes.
No ano 17 d.C., durante o governo do imperador Tibério, um grande terremoto arrasou toda a cidade. Hierápolis foi então reconstruída e teve transformações significativas nos séculos II e III d.C. que a fizeram perder todo o seu antigo caráter helenístico (grego) para se tornar uma típica cidade romana. Nesse período, tornou-se um importante centro de descanso de verão para os nobres de todo o império, que visitavam a cidade atraídos pelas águas termais.
Mais tarde, sob o domínio bizantino, o imperador Justiniano elevou o bispo de Hierápolis ao posto de metropolitano. Em 531, os banhos romanos foram transformados em uma basílica cristã e durante todo o período bizantino, a cidade continuou a florescer e permaneceu como um importante centro do cristianismo.
Em 1210, Hierápolis caiu nas mãos dos seljúcidas, um império islâmico sunita medieval, de origem persa. Em 1354, a cidade foi novamente atingida por um forte terremoto, que desta vez, a destruiu por completo. Suas ruínas foram lentamente cobertas por uma espessa camada de calcário, que acabou sendo descoberta apenas nas escavações arqueológicas realizadas no século XIX.
O que é o Pamukkale?
A palavra Pamukkale (pronuncia-se “pamúcale”), em turco, significa "Castelo de Algodão". E não é para menos! As gigantescas formações naturais de origem calcária são de um branco reluzente, que de longe poderiam facilmente ser confundidas com uma montanha de neve ou, quem sabe, um castelo de nuvens de algodão.
Essa lindíssima formação geológica é um conjunto de fontes termais que despejam carbonato de cálcio pela montanha abaixo. Com o passar dos séculos, esses minerais se solidificaram em mármore travertino e formaram bacias gigantescas de água quente, que descem em cascata pela colina. No total existem 17 fontes termais com temperaturas que variam de 35°C a 100°C. A água que emerge da nascente é transportada por 320 metros para o topo dos terraços e deposita carbonato de cálcio em uma seção de 60 a 70 metros de comprimento.
Como chegar?
Pamukkale fica próximo à costa oeste da Turquia, a 573 km de Istambul, e a cidade mais próxima é Denizli, a apenas 18km de distância. Saindo do Brasil é possível pegar um voo direto para Istambul e depois outro para Denizli ou Izmir, uma importante cidade da região. Também é possível ir até Denizli de ônibus ou trem, partindo de várias regiões da Turquia.
O ideal é tentar encaixar o passeio em um roteiro de mais dias pela Turquia, aproveitando para conhecer outras cidades e regiões interessantes. Muitos tours pelo interior da Turquia já oferecem o passeio de Pamukkale em seus pacotes, alguns saindo de Istambul e outros da Capadócia. Nós fizemos um pacote de 5 dias, saindo de Istambul, que incluía Capadócia, Pamukkale e Éfeso e valeu muito a pena!
Onde ficar?
Como a visita pelo complexo de Pamukkale, mais as ruínas de Hierápolis, leva praticamente o dia todo, o ideal é se hospedar em Denizli por pelo menos uma noite. Além de ser a cidade mais próxima do complexo, é também uma charmosa cidade típica do interior da Turquia.
Ficar uma noite hospedado por lá é uma experiência bem interessante e ainda ajuda a movimentar a economia local do interior da Turquia. Nós ficamos em um hotelzinho bem simpático no centro de Denizli, que estava incluso no nosso Tour da Capadócia, mas existem muitas outras boas opções.
Booking.com (function(d, sc, u) { var s = d.createElement(sc), p = d.getElementsByTagName(sc)[0]; s.type = 'text/javascript'; s.async = true; s.src = u + '?v=' + (+new Date()); p.parentNode.insertBefore(s,p); })(document, 'script', '//cf.bstatic.com/static/affiliate_base/js/flexiproduct.js');
Melhor época para visitar
A melhor época para viajar para Pamukkale é no verão, quando os dias estão quentes e há menos probabilidade de chuvas. Nesse período, o céu costuma estar muito azul e quase se nuvens! Tais condições climáticas favorecem a apreciação das paisagens e, é claro, permitem que as fotos fiquem mais bonitas. Porém, é preciso ter em mente que esses são também os meses mais movimentados, atraindo milhares de turistas todos os dias.
Julho e agosto são a alta temporada e com certeza você encontrará as piscinas bem lotadas. Nós estivemos lá no meio de junho e já encontramos uma bela multidão! Ainda assim, com um pouco de paciência, é possível apreciar a paisagem. O segredo está em fugir das piscinas do topo e descer para as piscinas mais distantes, lá embaixo, onde a maior parte dos turistas tem preguiça de chegar.
De abril a junho e setembro a outubro, a chuva é mínima e as temperaturas vão de amenas a quentes. Nesta época do ano, o número de turistas que visitam o Pamukkale ainda é baixo e o sol se põe um pouco mais tarde. Nessas épocas, as horas de fechamento tardio dos terraços já permitem que você aprecie o pôr do sol lá do alto.
Durante o inverno, entre dezembro e março, as temperaturas podem chegar a 2°C, o que torna o banho nas piscinas um pouco mais desafiador! Por outro lado, é um período bem mais vazio do que os meses de calor e os preços dos pacotes e hospedagens são bem mais convidativos. Além disso, a paisagem também fica linda no inverno, com o vapor das termas intensificado pelo ar frio.
O que visitar?
O complexo do Parque natural de Pamukkale, na Turquia, compreende as Piscinas Naturais, o Sítio Arqueológico da antiga cidade de Hierápolis e a Piscina da Cleópatra. O ingresso dá direito à visitação de todas as atrações do complexo, com exceção ao mergulho na Piscina da Cleópatra.
OS TERRAÇOS E PISCINAS NATURAIS
Os terraços brancos de calcário, que despejam águas quentes pela montanha abaixo, são sem dúvida a parte mais famosa do conjunto. Essas piscinas naturais são termais e a água chega a 35º, atraindo muitas pessoas em busca do efeito curativo dessas águas até os dias de hoje. Para pisar nas rochas brancas você precisa estar descalço ou pode deixar seu calçado separado num deck que existe antes das piscinas. O ideal é ir com roupas de banho, pois há algumas piscinas maiores onde é possível se banhar.
Para uma maior conservação das termas, há uma rotatividade das áreas liberadas para acesso do público. Por isso, existem sempre algumas partes delimitadas por uma corda, que não deve ser ultrapassada. Existe também uma variação no fluxo de água dependendo da época do ano, criando piscinas mais rasas ou mais profundas.
AS RUÍNAS DE HIERÁPOLIS
O Sítio Arqueológico de Hierápolis guarda as magníficas ruínas da antiga cidade greco-romana e merece ser visitado com calma. O edifício mais impressionante é certamente o do Antigo Teatro Romano, erguido no reinado de Adriano, em 60 d.C. Sua fachada de 91 metros de comprimento, construída em mármore travertino, continua de pé, como uma imponente testemunha da passagem dos séculos.
As ruínas da antiga cidade guardam os vestígios de seu período greco-romano, quando era organizada por um plano quadriculado, composto por dois portões monumentais ligados por uma rua principal de cerca de 1 km. Em ambos os lados dessa grande avenida havia inúmeras arcadas, edifícios públicos, lojas e oficinas, que compunham uma viva sociedade antiga. Fora das muralhas da cidade ficava a necrópole, a maior do sudoeste da Anatólia, ocupando os lados norte, sul e leste da cidade.
O MUSEU ARQUEOLÓGICO
O Museu Arqueológico de Hierápolis foi aberto aos visitantes em 1984, após o restauro das termas romanas, realizada na década de 1970. Os artefatos exibidos foram desenterrados nas escavações de Hierápolis e trazidos das ruínas de Laodikeia, Tripolis e de outros lugares próximos na Turquia.
Os artefatos do museu são exibidos em três salas diferentes: a Galeria de Túmulos e Estátuas, a Galeria de Pequenos Artefatos e a Galeria das Ruínas do Teatro. Todas elas estão instaladas nos edifícios dos antigos banhos romanos abobadados, construídos com blocos de mármore travertino.
A PISCINA DA CLEÓPATRA
A Piscina da Cleópatra, também conhecida como Piscina Antiga, está localizada em Hierápolis e fica a apenas 5 minutos a pé dos terraços de travertino de Pamukkale. Reza a lenda que a rainha do Egito teria mesmo nadado nessas águas quentes, onde agora é permitido que nós, meros mortais, mergulhemos também.
A entrada para o local é gratuita, mas se você quiser nadar tem que pagar um ingresso à parte de cerca de 30 liras turcas. O ingresso também dá direito ao uso dos vestiários, banheiros e armários. Não é permitido mergulhar com câmeras, inclusive GoPro, mas é permitido fotografar de fora da água.
Eu não perdi a chance de jogar meu corpinho nas mesmas águas que Cleópatra nadou, mas confesso que a experiência não foi das melhores. Além da piscina ficar super cheia de gente e relativamente caótica, ela ainda por cima é bem rasa e repleta de pedaços de rochas e colunas das ruínas de Hierápolis, que eu acidentalmente acabei chutando várias vezes e machuquei o pé. Não foi muito agradável, mas ainda assim valeu a experiência. Afinal, não é todo dia que você nada em volta de um pedaço de coluna de mais de 2000 anos.
Expectativa x Realidade
Todos os anos, o complexo de Pamukkale e Hierápolis recebe em média 2 milhões de visitantes. Isso é muita gente mesmo! E com esse povo todo, geralmente vem também muita gente sem noção que desrespeita as regras básicas de visitação, entrando em lugares proibidos ou ainda escalando partes das rochas onde não era permitido pisar. Infelizmente, esse turismo massificado, que tomou conta de Pamukkale e Hierápolis, acabou prejudicando em muito a qualidade do local e a experiência da visita como um todo.
Ao ver as fotos perfeitas de pessoas solitárias se banhando nas deslumbrantes piscinas naturais, não se engane! Na internet nós nunca vemos a realidade que existe por trás: uma enorme quantidade de gente que lota a atração todos os dias e acaba prejudicando em muito a sua preservação.
Apesar disso, ainda considero que a visita ao parque natural e ao sítio arqueológico valha a pena, principalmente pela experiência de se conhecer ao mesmo tempo uma formação geológica extremamente rara no planeta e um sítio arqueológico greco-romano tão importante. O banho nas águas das termas também é uma experiência super válida, mas cabe a nós nos esforçarmos para não sermos esses turistas horríveis e contribuir para a preservação desse patrimônio maravilhoso.
Dicas gerais!
Mantenha-se sempre nas trilhas indicadas para os visitantes e nunca suba ou ande por lugares proibidos.
Seja respeitoso e siga sempre as instruções dos funcionários do local.
Para visitar as piscinas naturais é preciso tirar os sapatos, então leve uma bolsa grande, uma mochila ou uma sacola para carregar seus sapatos. Lembrando que também não é permitido colocar a mochila ou a sacola na parte branquinha! Então carregue tudo sempre com você.
Prepare-se para sentir o pé doendo, porque não é assim tão fácil de andar sobre aquelas pedras duras e com medo de escorregar ao descer pelas cascatas.
Se for no verão, lembre-se que o sol estará forte, então prepare-se com protetor solar, chapéu e roupas largas e confortáveis.
Traga roupas de banho se quiser nadar nas termas ou na Piscina da Cleópatra. No local também existem vestiários e banheiros onde é possível se trocar e tomar banho.
Existem alguns armários à disposição de quem usa a Piscina da Cleópatra, incluídos no preço da entrada dessa atração. Pode ser útil para guardar tudo o que você não quiser carregar no restante da visita também.
Ao lado da Piscina da Cleópatra há uma lanchonete com algumas opções limitadas de comida e uma lojinha de presentes.
E boa viagem! ~MV
Blogagem Coletiva
Este post faz parte de uma ~Blogagem Coletiva~ realizada pelo grupo Viajando por Escrito, com o tema “Parques”. Quer conhecer outros parques imperdíveis pelo mundo? Então confira os outros posts do grupo:
+ Experiência Bárbara > Parque Nacional do Itatiaia: o que fazer na parte alta
+ Se Joga no Roteiro > Recanto das Cachoeiras em Brotas
+ Voyajando Blog > O que fazer no Phoenix Park, o maior parque urbano da Europa
+ Classe Turista > 10 parques para visitar em Brasília durante a pandemia
1 note
·
View note