Tumgik
#Eckartshausen
pathofregeneration · 10 months
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Bruce Harman, Water of Life
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The Teachings of the Adepts, part III
“They are not to be confounded with speculative philosophy, that reasons from the known to that which it cannot know, trying by the flickering light of logic to grope its way into the darkness, and to feel the objects which it cannot see. These doctrines were taught by the children of light who possessed the power to see. Such men were the great religious reformers of all ages, from Confucius and Zoroaster down to Jacob Boehme and Eckartshausen, and their teachings have been verified by every one whose purity of mind and whose power of intellect have enabled him to see and to understand the things of the spirit.
Some of their doctrines refer to morals and ethics, others are of a purely scientific character; but both aspects of their teachings are intimately connected together, because beauty cannot be separated from truth. They both form the two pages of a leaf in the book of universal Nature, whose understanding confers upon the reader not merely opinions but knowledge, and renders him not only learned but illuminated with wisdom.
Among those who have taught the moral aspect of the secret doctrine there are none greater than Buddha, Plato, and Jesus of Nazareth; of those who have taught its scientific aspect there have been none more profound than Hermes Trismegistus, Pythagoras, and Paracelsus. They obtained their knowledge not merely from following the prescribed methods of learning, or by accepting the opinions of the ‘recognised authorities’ of their times, but they studied Nature by her own light, and they became lights themselves, whose rays illuminate the world of mind.”
— Franz Hartmann, The Life of Paracelsus
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ECKARTSHAUSEN - GERMANY
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talonabraxas · 2 months
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Man was deified by God who became man, and Earth was transformed into Heaven as Heaven united with it.
However, for these divine transformations to occur, a complete and absolute overturning of our being is required, known as re-birth.
To be born means entering a world where the senses dominate, but to be re-born is to return to a world governed by the spirit of wisdom and love, where animal-man obeys.
Re-birth is triple, consisting of the re-birth of our intelligence, heart, and will, as well as our entire being. The first and second types are known as spiritual re-birth, while the third is corporeal re-birth. --This excerpt is from "The Cloud Upon the Sanctuary" by Karl Eckartshausen, circa 1909.
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santoschristos · 2 months
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Man was deified by God who became man, and Earth was transformed into Heaven as Heaven united with it.
However, for these divine transformations to occur, a complete and absolute overturning of our being is required, known as re-birth.
To be born means entering a world where the senses dominate, but to be re-born is to return to a world governed by the spirit of wisdom and love, where animal-man obeys.
Re-birth is triple, consisting of the re-birth of our intelligence, heart, and will, as well as our entire being. The first and second types are known as spiritual re-birth, while the third is corporeal re-birth.
This excerpt is from "The Cloud Upon the Sanctuary" by Karl Eckartshausen, circa 1909.
Origin Post: David Crawford
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claudiosuenaga · 1 year
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A Era de Hórus, a Era de Crowley
Por Cláudio Tsuyoshi Suenaga
Nascido em 12 de outubro de 1875 em Royal Leamington Spa, no condado de Warwickshire, Inglaterra, o ocultista, mágico cerimonial, poeta, pintor, romancista, viajante e alpinista inglês Edward Alexander Crowley, mais conhecido como Aleister Crowley, foi indiscutivelmente o personagem mais importante do cenário do ocultismo mundial do século XX e uma das mais influentes culturalmente, bem como uma das mais temidas e execradas.
Como muitos daquela época, Crowley era uma espécie de lutador intelectual militante determinado a quebrar as convenções da moralidade social aceita. Não seria exagero dizer que grande parte da revolução cultural e dos costumes que passou a ocorrer já a partir dos frementes anos 20 e mais fortemente nos turbulentos e contraculturais anos 60, deve-se a ele, principalmente por ter fundado a religião e a filosofia da magia sexual, “Thelema” (palavra grega para “verdadeira vontade”), em cujo papel ele se identificou como o profeta encarregado de guiar a humanidade no Aeon de Horus no início do século XX.
Seu pai Edward Crowley (1829-1887) era engenheiro de formação mas nunca trabalhou como um, pois era um abastado dono de uma fábrica de cerveja, o que o permitiu se aposentar antes mesmo que Crowley nascesse. A mãe de Crowley, Emily Bertha Bishop (1848-1917), vinha de uma família com raízes em Devon e Somerset, e como a maioria das mulheres da Era Vitoriana, era uma fanática religiosa. Ambos pertenciam a uma seita de nome Irmandade Reservada, uma vertente ainda mais conservadora de uma comunidade cristã fundamentalista conhecida como Irmãos de Plymouth, que defendia uma interpretação literal do texto bíblico, o que dava margem a todo tipo de superstição e fanatismo.
Para essa seita, o Apocalipse era iminente e eles precisavam preparar o caminho. Apesar da intolerância da família, o que lhe causou profundo distanciamento das afeições maternas, Crowley já manifestava em seus primeiros anos de vida um acentuado caráter de independência intelectual, o que sempre lhe trouxera fama de rebeldia. Suas ações e pensamentos, “terríveis” na opinião de sua família phymouthiana, fizeram com que sua mãe o cognominasse de “A Besta 666”, epíteto que assumiria bem mais tarde uma importância enorme em seu caminho iniciático.
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Aleister Crowley aos 13 anos. Foto: Ayay.
Com a morte de seu pai em 1887, ficou sob tutela de seu tio, também elemento ligado àquela seita protestante, impondo ao sobrinho terríveis maus tratos e intermináveis leituras da Bíblia cristã. Este período de sua infância foi denominado por Crowley como a “Infâmia do Inferno”.
Durante sua adolescência praticou alpinismo, e no período de 1902 à 1905 participou das escaladas aos picos do K2 (também conhecida como Chogori, Dapsang ou Qogir Feng, a segunda montanha mais alta do mundo, depois do Monte Everest, com 8.614 metros) e Kanchenjunga (a terceira montanha mais alta do mundo, com 8.586 m de altitude), ambos localizados nas montanhas do Himalaia.
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1902: Aleister Crowley (segundo da esquerda, sentado na fileira do centro) com companheiros durante uma expedição. (Foto: Picture Post/Hulton Archive/Getty Images)
Estudou no Trinity College, formando-se em Química. Destacou-se em todas as matérias. Conheceu as literaturas Inglesa, Francesa e outras em Latim e Grego. Destacou-se também nas artes da alquimia, canoagem, montanhismo e tornou-se mestre em xadrez.
Interessado em tudo que fosse fora do comum e elitista, em 1896 dedicava-se a leituras relacionadas a magia e empenhava-se decididamente no ocultismo. Em 1898, Crowley escreve ao místico inglês Arthur Edward Waite (1857-1942), o primeiro a empreender o estudo sistemático sobre o ocultismo do Ocidente, após ter lido sua obra The Book of Black Magic and of Pacts (O Livro da Magia Negra e dos Pactos, 1898). Waite lhe recomenda a leitura de Die Wolke über dem Heiligtum (A Nuvem sobre o Santuário), do ilustre filósofo, alquimista e cabalista alemão Karl von Eckartshausen (1752-1803), que havia pertencido a uma irmandade cristã oculta, relacionada com a Fraternidade Rosacruz, mas nada revela sobre seus membros, exceto que são uns “privilegiados”. Frustrado, Crowley escreveu novamente a Waite, perguntando-lhe de que outra seita poderia participar. Waite recomenda a que tivesse paciência, que os grandes chefes das sociedades secretas, “seres quase divinos que governam o mundo”, aceitariam-no ou rejeitariam-no no momento certo, e ele não tinha mais nada a fazer senão esperar.
Crowley decide então que faria parte da Ordem Branca descrita naquele livro, e por volta de 18 de novembro do mesmo ano conhece o ocultista Samuel Liddell “MacGregor” Mathers (1954-1918), fundador em 1887, junto com o legista William Wynn Westcott (1848-1925) e o médico William Robert Woodman (1828-1891), da sociedade esotérica Hermetic Order of the Golden Dawn (Ordem Hermética da Aurora Dourada), uma das mais poderosas da Europa, sendo iniciado por Mathers e treinado em magia cerimonial.
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Samuel Liddell MacGregor Mathers, em traje egípcio, realiza um ritual na Ordem Hermética da Golden Dawn em 1918. Foto: Wikipédia.
Pela privacidade necessária que ela ofereceria à execução da operação de Abramélin, presente no grimório Livro da Magia Sagrada de Abramelin, O Mago, obscuro tratado de magia escrito por volta do ano 1600, cuja autoria é atribuída a um mago e taumaturgo egípcio que usava o pseudônimo de Abramélin (1362-1458), em fins de 1899 Crowley interessou-se pelo castelo de Boleskine House, a 34 km ao sul de Inverness, no lado sudeste de Loch Ness, nas Terras Altas da Escócia, construída na década de 1760 por Archibald Campbell Fraser de Lovat (1736-1815), cônsul britânico em Trípoli e Argel e, posteriormente, coronel da 1ª milícia local de Inverness, no local de uma igreja erguida no século XIII que, segundo a lenda, pegou fogo durante a congregação e matou todos que estavam lá dentro. Corriam outras lendas de que uma pessoa tinha sido decapitada na casa e que suicídios tinham ocorrido ali antes. Em suma, não faltavam naquele castelo relatos de eventos estranhos e histórias assustadoras.
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A Boleskine House em 1912. Fonte: Crowley, Aleister. Manifest of the M.M.M., London, O.T.O./Ballatyne Press, 1912, p. 21.
Crowley alegou ter realizado ao menos cem invocações na Boleskine House, o local escolhido para a invocação de seu sagrado anjo guardião por meio do ritual de Abramelin. Durante a execução do ritual de Abramelin, que durou meses, Crowley teve conhecimento de pessoas enlouquecendo e tentativas de assassinato no povoado vizinho. Seja pelas energias da casa ou as que o ocultista invocava, provavelmente uma junção das duas coisas, o próprio Crowley não passou incólume. A sua primeira filha, Lilith, morreria na casa de febre tifoide com pouco menos de 2 anos de idade, algo que ele mais tarde atribuiu ao crescente alcoolismo de sua esposa Rose.
Mais tarde, em 1914, quando Crowley, já quase falido, buscava novos ares nos Estados Unidos, a Boleskine House seria doada à Ordo Templi Orientis (O.T.O.), uma ordem iniciática da qual era um dos líderes e ensinava a Thelema, com o intuito de criar uma espécie de plano de seguro para os membros. Ao longo dos anos, a casa foi mudando de dono, colecionando falências, mortes de animais por inanição, prisões e o suicídio de um ex-comandante do exército no antigo quarto de Crowley.
O guitarrista britânico James Patrick Page, mais conhecido como Jimmy Page (1947-), no início da década de 1970 era dono da livraria e editora ocultista The Equinox Booksellers and Publishers, sediada em Kensington High Street, Londres.  Com o crescente sucesso do Led Zeppelin e pela falta de tempo suficiente para se dedicar a ela, Page acabaria por fechá-la.  Admirador e colecionador de artigos ligados a Crowley, Page resolveu comprar a Boleskine House em 1970 enquanto a banda gravava o disco Led Zeppelin III, mas efetivamente nunca morou lá. Page passava períodos de no máximo três dias na casa e algumas partes do filme-concerto The Songs Remais the Same (1976), do Led Zeppelin, chegaram a ser gravadas na Boleskine House.
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Jimmy Page na Boleskine House no Lago Ness. Foto: The Scotsman.
Coincidência ou não, o fato é que ao mesmo tempo em que o Led Zeppelin ascendia de forma vertiginosa, tragédias começaram a cercar seus integrantes. Jimmy Page chegou a declarar que “fenômenos estranhos aconteciam na casa”, mas que nada tinham a ver com Crowley. Segundo ele, “as energias ruins já estavam lá”, energias essas que pareciam pairar sobre a banda, fazendo com que o baixista e tecladista John Paul Jones (1946-) caísse de cama e interrompesse as gravações do álbum Physical Graffiti (1975). O vocalista Robert Plant (1948-), que gravaria o sétimo álbum da banda, Presence (1976), em uma cadeira de rodas em decorrência de um grave acidente de carro que sofreu em 1975 em Rhodes, na Grécia, com sua então esposa Maureen, perderia em 1977 seu filho Karac (nascido em 1972), vítima de uma infecção no estômago causada por um vírus raro, o que interrompeu a turnê da banda nos Estados Unidos. John Bonham (1948-1980), eleito em 2011 pelos leitores da revista Rolling Stone como o “melhor baterista de todos os tempos”, mergulharia no vício das drogas e do álcool, morrendo afogado no próprio vômito [assim como tinha acontecido com o guitarrista Jimi Hendrix (1942-1970)] enquanto dormia, após beber o equivalente a 40 doses de vodka.
Até vendê-la em 1992 por 225 mil libras, Jimmy Page contou com os serviços de um caseiro, Michael Dent, que após deixar seu posto na casa, contou histórias de satanistas tresloucados, visões, barulhos e assombrações. Como num clássico roteiro de filme de terror, a Boleskine House foi destruída por um incêndio em 23 de dezembro de 2015 enquanto seus donos faziam compras. Dessa vez não houve vítimas e a perícia conclui que o incêndio não foi deliberado. Um outro incêndio em 31 de julho de 2019 destruiu o que havia restado da Boleskine House, que talvez tenha se transformado em uma espécie de portal para outros mundos. Curiosamente, as aparições do Monstro do Lago Ness começaram logo depois do ritual de Abramelin praticado por Crowley.
Como o Led Zeppelin bem o demonstra, o rock e os movimentos beat, hippie, punk, bem com toda a rebelião da contracultura, foram fortemente influenciados por Crowley.
O famoso lema de Crowley, "Faça o que quiser", foi gravado no vinil de Led Zeppelin III.
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Fonte: feelnumb.
Os Beatles fizeram questão de colocá-lo na capa de Sargent Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967). John Lennon disse uma vez: "A coisa toda dos Beatles era fazer o que você quer, sabe?"
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Fonte: philosophy for life.
Os Rolling Stones e Marianne Faithfull (1946-) aderiram à magia crowleiana por meio do cineasta underground californiano Kenneth Anger (1927-), daí o álbum Their Satanic Majesties Request (1967), nos quais os rostos dos Beatles aparecem camuflados entre as flores, e a música "Sympathy for the Devil". Jagger também fez a trilha sonora do filme de Anger, Invocation to my Demon Brother (1969-), enquanto Marianne Faithful apareceu em Lucifer Rising (1972-), de Anger, estrelado por um futuro membro da Família Manson.
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Fonte: feelnumb.
David Bowie (1947-2016), que também era um grande fã de Crowley, o menciona na música "Quicksand" (do álbum Hunky Dory de 1971), muito influenciado pelas técnicas mágicas, simbolismo e filosofia da Thelema. Bowie mergulhou profundamente no ocultismo na década de 1970, particularmente durante a produção de Station to Station (o seu décimo álbum de estúdio, lançado pela RCA Records em 1976), quando temeu ter invocado um demônio maligno e que bruxas estivessem tentando roubar seu sêmen para produzir um filho satânico.
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Fonte: philosophy for life.
No heavy metal, o Black Sabbath e o Iron Maiden, entre muitas outras, senão quase todas as bandas, tinham Crowley como fonte de inspiração.
No Brasil, seu seguidor número um era Raul Seixas (1945-1989), que o citava de forma explícita.
Nas artes plásticas, o pintor suíço Hans Ruedi Giger (1940-2014), mais conhecido por suas imagens retocadas que misturavam humanos com máquinas, um estilo conhecido como "biomecânico",  pode ser citado como um de seus inúmeros admiradores.
Na literatura podemos citar a obra de Aldous Leonard Huxley (1893-1963), que o conheceu em um jantar em Berlim, em outubro de 1930, William Somerset Maugham (1874-1965) e Robert Anson Heinlein (1907-1988).
Em 1900, com o cisma ocorrido na Golden Dawn e a expulsão de Crowley da Ordem, este resolveu viajar pelos quatro cantos do mundo e visitou o México, Havaí, Japão, Ceilão e China. Na viagem ao México ele foi iniciado no rito escocês da Maçonaria e ascendido ao 33º em poucos dias por um obscuro Don Jesus Medina, com quem criara uma ainda mais obscura ordem iniciática com apenas os dois como membros, a Ordem da Lâmpada da Luz Invisível. Nos demais países, principalmente na China e Japão, aprendeu todos os sistemas da yoga, encontrando-se por lá com seu antigo amigo e conterrâneo, o místico Charles Henry Allan Bennett (1872-1923), que se tornou um dos grande divulgadores do budismo no mundo ocidental e o iniciou nas práticas de assana e pranayama, conseguindo atingir a dharana, uma das principais etapas à samadhi, a grande experiência espiritual dos orientais.
Casou-se com Rose Edith Kelly (1874-1932) em agosto de 1903 quase como uma brincadeira, uma travessura. Um casamento de aparências no início, de amor em certo momento, e de tristezas em seu fim, em 1909. Enquanto passavam a lua de mel no Egito, na Grande Pirâmide, entre os dias 8 e 10 de abril de 1904, Crowley conduziu um ritual oculto com a intenção de acessar poderes sobrenaturais e contatou seu “sagrado anjo guardião”, uma entidade espiritual (“praeter-humana”) desencarnada chamada Aiwass, uma das várias formas de Hórus, que declarou: “Eu sou um deus da guerra e da vingança”, e então ditou a Crowley uma obra em forma de poema em prosa blasfemo e estranhamente belo chamada Livro da Lei (Liber AL vel Legis), a pedra fundamental de todo o sistema que anunciava o colapso das civilizações cristãs e o fim da Era (Aeon) dos “deuses escravos” (Osíris, Maomé e Jesus) e o início do alvorecer da Era de Hórus, “da Criança Coroada e Conquistadora”. Sua esposa que jamais demonstrara nenhum interesse especial pelos estudos de Crowley sobre o oculto, começou a receber estranhas mensagens. Várias vezes ela levantava-se de noite gritando para Crowley: “Eles estão esperando por você, por que você não vai encontrá-los?” Rose chegou a proclamar que “o Equinócio dos Deuses chegou”.
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Liber AL vel Legis, o Livro da Lei.
De acordo com o Livro da Lei que ele transcreveu, o governo de três deuses exerceu uma força determinante no destino do mundo ao longo da história humana. Primeiro foi o Aeon de Ísis, cujo reinado foi matriarcal e estimulante. Em seguida foi o Aeon de Osíris, seu consorte, cuja influência era patriarcal, destrutiva e cheia de turbulência. O Aeon de Hórus, filho de Ísis e Osíris, introduzido por Crowley, é a era em que vivemos hoje. Hórus, como governante, é apenas uma criança, “e ao longo desta era testemunharemos o amadurecimento da criança e, portanto, a estabilidade do mundo se solidificando gradualmente em novas formas de pensamento mais harmoniosas”. No entanto, o Aeon de Horus seria precedido por uma era de guerras e revoluções, de grande violência, destruição e fogo.
A “bíblia” de Crowley também proclama a Lei de Thelema, geralmente resumida em três versos semelhantes a mantras: “Faça o que tu queres há de ser toda a lei”, “Amor é a lei, amor sob vontade...” e “Todo homem e toda mulher é uma estrela”. De acordo com outro aluno de Crowley, o mágico cerimonial inglês Kenneth Grant (1924-2011), Aiwass é um extraterrestre de Sirius, a representação estelar da deusa egípcia Ísis.
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O Hexagrama Unicursal, um dos mais importantes símbolos em Thelema, o equivalente do Egípcio Ankh ou a Rosa Cruz dos Rosacruzes, derivada primeiramente em 1639 pelo Hexagrammum Mysticum de Blaise Pascal.
Thelema é uma palavra grega que significa “Vontade”. Esta Vontade é a manifestação ativa da parte divina do ser humano, aquilo que a Golden Dawn chamava de Gênio Superior. Todo processo de iniciação teria por objetivo único revelar ao homem esta sua natureza divina, permitindo-lhe cumprir sua determinação particular na presente encarnação. Este processo para Crowley era idêntico ao objetivo da Operação de Abramelin, o conhecimento e conversação com o Sagrado Anjo Guardião. O Livro da Lei é representante legítimo de toda a tradição gnóstica que coloca a ênfase da conduta humana, não em um sistema de regras morais, mas em um estado de plenitude interior. Esta plenitude é a integração com o deus interior.
O Aeon de Hórus seria "um tempo de liberdade pessoal irrestrita", em que um punhado de super-homens (liderados por Crowley) aperfeiçoariam suas vontades e se tornariam deuses. "Faça o que tu queres será tudo da lei" para os super-homens, assim como todo tipo de excesso sexual. Enquanto isso, o resto da humanidade, "os escravos", seriam manipulados para servir os super-homens. "Compaixão é o vício dos reis", Aiwass disse a Crowley. "Esmague os miseráveis e os fracos".
Crowley, o Messias Anticristo, a Besta 666, tentou inaugurar a Nova Era com rituais mágicos, tanto privados (longas orgias de sexo, drogas e magia) quanto públicos. O mais famoso, um "Rito de Elêusis" que ele organizou em Londres em 1910, verdadeiro precursor de Woodstock, onde os participantes tomaram peiote, dançaram ao som de bongôs e ouviram Crowley declamando sua poesia mágica.
Viver o tempo todo para quebrar regras e tabus, livrar-se da repressão, praticar todos os excessos e ir além de todas as convenções, era algo que Crowley já fazia décadas antes de roqueiros como Jim Morrison (1943-1971). Assim como os artistas do show business que estão sempre em busca da fórmula mágica que lhes tragam sexo, dinheiro e poder, Crowley já almejava ser uma estrela, um deus, um membro da elite sobre-humana.
A filosofia do "Faça o que quiser" de Crowley tornou-se uma das filosofias dominantes de nosso tempo de vazio moral e espiritual. Crowley venceu e vivemos nesta distopia, no qual a Nova Ordem Mundial é ditada por uma alta elite de "super-homens amorais".
Crowley estava convencido de que buscar contato com seres sobrenaturais oferecia a única salvação para a raça humana: “Minha observação do Universo me convence de que existem seres de inteligência e poder de uma qualidade muito superior a qualquer coisa que possamos conceber como humanos; que não se baseiam necessariamente nas estruturas cerebrais e nervosas que conhecemos; e que a única chance para a humanidade avançar como um todo é que os indivíduos façam contato com tais seres.”
A ufologia mais tarde adotou os mesmos preceitos e objetivos, tanto que relatos dessas entidades associadas a OVNIs se tornaram predominantes na cultura popular da década de 1980 com livros como o best-seller de Whitley Strieber, Comunhão, bem como com muitos filmes sobre “alienígenas” de Hollywood que se seguiriam.
Entre janeiro e março de 1918, Aleister Crowley iniciou outro ciclo de cerimônias de magia sexual e de visões chamadas “Amalantrah” em um apartamento no Edifício Dakota, em Central Park West, na cidade de Nova York (o mesmo em que o filme O Bebê de Rosemary foi rodado em 1967 e na frente do qual John Lennon foi assassinado em 8 de dezembro de 1980). Para abrir intencionalmente um portal e permitir que entidades demoníacas e outras entidades semelhantes (“chefes secretos” ou antigos deuses egípcios) acessassem a nossa realidade terrestre, desta vez ele se valeu da “Scarlet Woman” (“Mulher Escarlate”) Roddie Minor (1884-1979), uma mulher de origem alemã que havia se formado na Columbia University em 1911 com PhD em Farmácia. Ela esteve envolvida no movimento sufragista em Nova York e quando atuou como uma médium para Crowley, era casada e vivia separada do marido.
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Uma foto de 1906 de Roddie Minor com sua irmã Jessie (1882–1962). Roddie se formou na Columbia University em 1911 com PhD em Farmácia e esteve envolvida no movimento sufragista em Nova York. Ela ajudou Aleister Crowley em seu trabalho Amalantrah de 1918, ganhando o título de "Mulher Escarlate". Fonte: Gwinnett Historical Society.
Foi pela fenda “entre os espaços das estrelas” criada pelo ritual Amalantrah, que uma entidade chamada Lam – por sinal de tipologia muito aproximada a dos ETs greys (cinzentos) que décadas depois viriam a ser apontados como os responsáveis pelas abduções – e sua coorte passaram para este plano.
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O retrato da entidade Lam feito por Crowley, apareceu pela primeira vez em 1919, como um frontispício de seu comentário sobre "A Voz do Silêncio" de Madame Blavatsky.  O desenho original Lam foi dado por Crowley a Kenneth Grant (1924-2001), um escritor e mágico cerimonial inglês, defensor da religião Thelêmica e fundador de sua própria organização Thelêmica, a Typhonian Ordo Templi Orientis. Não há, no entanto, nenhum comentário de Crowley sobre Lam que se tenha notícia, exceto o que foi publicado por Grant. Publicação original: The Equinox, vol. III, no. 1, suppl. p. 3, Liber LXXI "The Voice of Silence", Detroit 1919.
Crowley estava convencido de que “existem seres de inteligência e poder de uma qualidade muito superior a qualquer coisa que possamos conceber como humanos; que não se baseiam necessariamente nas estruturas cerebrais e nervosas que conhecemos; e que a única chance para a humanidade avançar como um todo é que os indivíduos façam contato com tais seres.”
Discípulos subsequentes de Crowley da O.T.O. tentaram entrar em contato com Lam e relataram sucessos consideráveis. O protegido de Crowley, Kenneth Grant, chamou essa corrente de Culto de Lam e descreveu suas técnicas como Lam Workings.
Os cultuadores de Lam querem abrir mais portais do tipo que foram abertos por Crowley para trazer muito mais seres tipo Lam para a Terra. Eles acreditam que Lam é uma nova forma de deus que está tentando conquistar este plano, derrubar os antigos deuses e estabelecer seu reinado sobre a humanidade. Para os Lam Templars (Templários de Lam), o Fenômeno OVNI faz parte de um fenômeno metafísico maior, de uma “mudança dos deuses” eônica, que eles às vezes simbolizam com um Sol Negro.
O Templo de Lam está localizado no deserto de Mojave, na propriedade de um rico empresário com grande interesse em OVNIs e ocultismo. O Templo é construído para se assemelhar a um disco voador, com uma forma de disco baixo e afilado. Em um estrado no topo está um busto de pedra de Lam, ao qual os templários fazem oferendas e meditam durante seus trabalhos. Na base do templo há dois obeliscos com a palavra “Lam” no alfabeto Harzâd pintada nas laterais. No topo dos obeliscos estão duas grandes pedras de obsidiana em forma de ovo, que refletem a importância do ovo como um símbolo de viagem no tempo astral e tântrico no sistema mágico do culto.
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Fonte: Wiki.
Os templários de Lam desenvolveram todo um mito em torno de Lam, alegando que ele é um dos alienígenas “cinzentos” que se tornou famoso por casos de abdução por OVNIs a partir da década de 1950. De fato, como vimos no esboço feito por Crowley em 1919, Lam tem uma forte semelhança com os greys. Os Templários de Lam acreditam que Crowley realmente convocou os greys – que foram retratados em templos antigos, mas não vistos nos últimos tempos –de volta à Terra. Os Templários acreditam que Crowley treinou seu protegido Jack Parsons, junto com L. Ron Hubbard, para continuar seus Trabalhos de Lam. Em 1946, Parsons e Hubbard conduziram o Trabalho de Babalon, que se acredita ter reaberto e ampliado o portal aberto por Crowley, trazendo uma onda de seres Lam para o nosso plano que se materializaram na forma de avistamentos massivos de OVNIs e abduções por greys a partir de 1947.
No Templo, os templários procuram invocar Lam em sua presença e recebem orientação sobre como podem ajudar em sua campanha para que ele se torne um deus do novo Aeon. Ao iniciar o ritual de contato, o sacerdote que o preside traça um nonagrama (estrela de nove pontas) ao redor da estátua de Lam com sua adaga, entoando “Lam” em cada um dos nove pontos. Este rito "abre o portal" para a dimensão de Lam.
Neste ponto, os templários estão sentados em posição de lótus de frente para o retrato de Lam acima do altar do Templo, olhando em seus olhos. Eles repetem mentalmente o mantra “Lam” por alguns minutos, tentando invocar Lam pelo seu nome. Se receberem uma resposta positiva, eles se visualizam entrando na cabeça em forma de ovo de Lam e vendo o mundo através de seus olhos alienígenas. Em seguida, eles "selam o ovo" visualizando os olhos de Lam se fechando e aguardando os desenvolvimentos. Os templários frequentemente experimentam o contato com o ser Lam neste estágio. Quando o contato é perdido, ou o templário é perturbado, ele deixa a cabeça do ovo de Lam e retorna ao mundo mundano. Quando todos os presentes retornam à consciência mundana, o sacerdote toca um gongo nove vezes, realiza outro ritual de banimento para fechar o portal e o trabalho é concluído.
Em 1919, apenas um ano após o ritual “Amalantrah” de Crowley na cidade de Nova York, membros de um grupo ocultista na Alemanha chamado Sociedade Vril (do qual faziam parte todas as altas patentes do Partido Nazista) afirmaram ter estabelecido contato telepático, através do transe mediúnico de uma linda e misteriosa loira de Viena chamada Maria Orsitsch (também conhecida como Maria Orsic, 1895-1945), com seres do sistema estelar de Aldebaran na constelação de Touro, a 65 anos-luz de distância. Esses alienígenas que teriam visitado a Terra e se estabelecido na Suméria – daí que a palavra Vril teria sido formada a partir da antiga palavra suméria “Vri-Il” (“como deus”) – teriam realmente presenteado a Sociedade Vril com a tecnologia de discos voadores.
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A belíssima e misteriosa médium Maria Orsic, a fonte dos primeiros discos voadores nazistas e humanos na Terra. Foto: Kinopoisk.
O termo Vril apareceu pela primeira vez em 1871 no livro Vril, o Poder da Raça Futura, do escritor e político inglês Edward George Bulwer-Lytton (1803-1873), um dos primeiros romances a questionar os modelos de perfeição social figurados na literatura utópica. Provavelmente influenciado por Viagem ao Centro da Terra (1864), de Júlio Verne, Bulwer-Lytton narra a aventura de um protagonista que, ao explorar a profundeza de uma mina, ingressa sem querer em pleno domínio de uma civilização avançada que ali se refugiara de uma catástrofe, desde o período antediluviano, e cuja existência fora garantida pela fonte inexaurível de uma energia ainda desconhecida na superfície – o vril. Com ela, todos são supridos de luz, força motriz, meios de defesa e, sobretudo, de uma fonte de vigor e juventude. Ficando praticamente refém dos vril-ya – como eles se autodenominam –, o curioso egresso da superfície vai conhecendo, de surpresa em surpresa, o avançado modelo social daquela cultura que prosperou sob a crosta terrestre sem a interferência das comunidades da superfície, uma sociedade igualitária, sem classes, com direitos superiores garantidos às mulheres (algo impensável à época de Bullwer-Lytton), sem escravos, sem pobres, e com um sistema modelar de educação. Um extraordinário modelo para o mundo do futuro e que remete, por efeito de espelhamento – mecanismo retórico fundamental da literatura utópica –, a questões sociais prementes não apenas para o período da publicação do texto, mas também para a contemporaneidade. No desfecho da narrativa, a personagem faz uma longa preleção sobre os aspectos ditatoriais e homogeneizadores que subjazem à organização daquela comunidade em particular e de todo projeto utópico em geral. A utopia social de Bulwer-Lytton descortina terrores ocultos sob o manto do idílio, incluindo alguns daqueles que viriam a se concretizar nos regimes totalitários.
Os nazistas da Sociedade Thule, provavelmente influenciados pela obra de Bullwer-Lytton, encaravam o Vril como uma  forma de energia eminentemente telúrica que ansiava alcançar e que capacitaria aos seus seguidores o poder de curar ou ferir pessoas, levantar objetos e por fim de elevar seus próprios seres para outra dimensão de nível superior. O Vril consistia para eles em uma espécie de “quinto elemento” (além dos conhecidos terra, fogo, água e ar), uma energia dinâmica que se manifestaria pela “inversão do eixo gravitacional” de elementos materiais. A partir de uma indução energética, seria possível erguer pesados blocos de rocha como se fossem monólitos de isopor. Esta energia Vril era alcançada através da meditação e orgias sexuais. Quando os nazistas se aperceberam deste suposto poder, apoderaram-se do conceito da seita e de suas práticas. A Ariosofia servir-se-ia da energia Vril a qual os faria voar até o infinito e tornarem-se deuses, o que facilitaria ou garantiria o sucesso em alcançar o poder absoluto e metafísico para governar o mundo. Por isso chegaram a medir os crânios dos tibetanos, convencidos que eles eram os ancestrais dos arianos.
A Sociedade Vril era formada por um grupo de médiuns psíquicas lideradas pela médium Maria Orsic, que havia liderado a “Sociedade Alemã de Metafísica” (Alldeutsche Gesellschaft fr Metaphysik) fundada no início do século XX como um círculo feminino de médiuns que estavam envolvidos em contatos telepáticos extraterrestres. Mais tarde, a sociedade foi renomeada como “Sociedade Vril” ou “Sociedade das Mulheres Vrilerinnen”. Tanto Maria quanto as demais, eram todas jovens lindas e de cabelos muito compridos, com  longos rabos de cavalo, um penteado muito incomum naquela época. Isso se tornou uma característica distintiva de todas as mulheres que integraram a Vril, baseada na crença de que seus longos cabelos agiam como antenas cósmicas para receber comunicações alienígenas do além. Em público, porém, quase nunca exibiam o cabelo estilo rabo de cavalo.
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Maria Orisc atuava como um “canal psíquico” para a transferência de dados extraterrestres, algo hoje chamado de “visão remota”, uma ciência legítima usada por nossas próprias agências nacionais de inteligência.
Cabe lembrar que o notável inventor Nikola Tesla (1856-1943) afirmou que muitos de seus projetos geniais, como o gerador elétrico de “corrente alternada”, vieram a ele “telepaticamente”, e até o pioneiro da astronáutica Hermann Oberth admitiu que o sucesso dos avanços tecnológicos alemães durante a guerra se deveu, em parte, às “pessoas de outros mundos”. E, mais tarde, após a Segunda Guerra Mundial, desenvolveu-se uma curiosa convergência de tecnologias americanas e nazistas dentro dos programas de desenvolvimento de foguetes espaciais da NASA. A simples construção de foguetes superiores aos russos foi a motivação para uma aliança deveras estranha. Ou era algo mais profundo, mais escuro e muito mais oculto?
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Nikola Tesla e Maria Orsic estavam relacionadas com a construção de uma máquina voadora anti-gravitacional e contatos com extraterrestres. Fonte: Tô no Cosmos.
Em 1919, a suíça-americana Leah Hirsig (1883-1975) procurou Crowley em seu apartamento em West 9th St. em Greenwich Village, Nova York, devido ao seu interesse pelo ocultismo. Juntos tiveram uma filha, Anne Leah, apelidada de Poupée.
Em 14 de abril de 1920, Leah ajudou Crowley a fundar a Abadia de Thelema em Cefalù, na ilha italiana da Sicília, que logo tornou-se conhecida como um “antro de insanidade”. Durante sua estada na abadia, Leah era conhecida como Soror Alostrael (o "útero", o "santo cálice de Deus"), a "Mulher Escarlate" de Crowley, o nome que ele usava para suas praticantes de magia sexual em referência à consorte da Besta do Apocalipse, cujo número é 666.
O vício de Crowley em heroína e cocaína mostrou-se fora de controle. Ali ele escreveu o livro Diary of a Droug Fiend (Diário de um Viciado), onde conta sua luta contra o vício. Foi lá que a tragédia abateu-se novamente sobre ele com a morte de Poupee enquanto Crowley viajava por Londres e Paris.
Em 16 de fevereiro de 1923, um de seus seguidores, o estudante não graduado de Oxford Raoul Loveday, morreu em consequência da ingestão da água contaminada do local. Com isto, o destino da Abadia de Thelema estava selado. A esposa de Loveday, Betty May, vendeu a história ao tabloide londrino The Sunday Express, que em um artigo de primeira página na edição de 4 de março de 1923, pintou Crowley como "um viciado em drogas, autor de livros vis, o disseminador de práticas obscenas" e " uma das figuras mais sinistras dos tempos modernos".
Na mesma época, o jornal semanal John Bull publicou uma série de artigos anti-Crowley com títulos como "O rei da depravação" e "O homem mais perverso do mundo". A última frase permaneceu como a sua mais afamada reputação desde então.
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A edição de 24 de março do jornal John Bull chama Crowley de "O homem mais perverso do mundo".
Os jornais encheram-se de reportagens sobre magia negra e outros rituais satânicos realizados na Abadia. Estas reportagens levaram o ditador fascista Benito Mussolini (1883-1945) a expulsar Crowley da Itália naquele mesmo ano, chamando-o de “bárbaro”.
De lá Crowley mudou-se para a Tunísia e depois para a França, onde lutou bravamente contra seu vício de anos em heroína. Da França mudou-se para a Alemanha, voltando depois para a Inglaterra, onde passou seus últimos quinze anos.
Em 1925, deu-se a eleição de Crowley como líder mundial da O.T.O. A não aceitação desta liderança – e da implantação de Lei de Thelema na Ordem – levou muitos membros a fundarem uma dissidência, conhecida como O.T.O. Antiqua (não Thelêmica). Em 1929, Crowley publica o livro Magick: In Theory and Practice.
Em dezembro de 1928, Crowley conheceu a nicaraguense Maria Teresa Sanchez (Maria Teresa Ferrari de Miramar), filha de pai italiano e mãe francesa. Crowley, juntamente com seu amigo e secretário, o ocultista e escritor inglês Francis Israel Regudy, mais conhecido como Israel Regardie (1907-1985), foi deportado da França pelas autoridades, que não gostavam de sua reputação e temiam que ele fosse um agente alemão. Para que ela pudesse se juntar a ele na Grã-Bretanha, em agosto de 1929 Crowley se casou com aquela que ele chamava de “A Alta Sacerdotisa do Voodoo”.
No ano seguinte encontrou-se, em Portugal, como o poeta Fernando Pessoa (1888-1935), que havia lido seu livro Confessions of Aleister Crowley: An Autobiography, que abrange os primeiros anos de sua vida até meados da década de 1920, e que A Mandrake Press publicou as duas primeiras seções como volumes separados sob o título The Spirit of Solitude em 1929.
Em 1934, na tentativa de fazer algum dinheiro, Crowley iniciou uma série de processos judiciais contra aqueles que, conforme alegava, o haviam caluniado, entre eles a Constable & Co. por publicar o livro Laughing Torso (1932), da artista e escritora galesa Nina Hamnett (1890-1956), que se referia à sua prática oculta como magia negra, mas perdeu o caso. O processo judicial aumentou os problemas financeiros de Crowley, e em fevereiro de 1935, ele foi declarado falido. Durante a audiência, foi revelado que Crowley gastou três vezes sua renda por vários anos.
Quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu, Crowley percebeu que suas profecias sobre o início da Era de Hórus estavam se cumprindo à risca conforme as entidades o haviam revelado. Ele escreveu para a Divisão de Inteligência Naval oferecendo seus serviços, mas eles recusaram. Crowley então se associou a várias figuras da comunidade de inteligência da Grã-Bretanha na época, incluindo o escritor ocultista Dennis Wheatley (1897-1977), autor da série Gregory Sallust (1934-1968), uma das principais inspirações para James Bond de Ian Fleming; Roald Dahl (1916-1990), autor de A Fantástica Fábrica de Chocolate (1964); o próprio Ian Fleming (1908-1964); e Maxwell Knight (1900-1968), um espião britânico, naturalista e radialista que serviu de modelo para James Bond.
Embora ele não tenha sido a primeira pessoa a levantar dois dedos no ar em sinal de alguma ideia ou insulto, Crowley demonstrou que foi o primeiro a usar o “sinal de V da Vitória”, consagrado pelo estadista e primeiro-ministro do Reino Unido Winston Leonard Spencer Churchill (1874-1965), como um contraste mágico para o uso da suástica pelos nazistas. Crowley passou essa ideia para amigos da BBC e para a Divisão de Inteligência Naval Britânica por meio de suas conexões no MI5, eventualmente obtendo a aprovação de Churchill.
O simbolismo do “V de Vitória” refere-se à história de Ísis, Apófis e Osíris, conforme ilustrado no Ritual Menor do Hexagrama, publicado pela primeira vez por Crowley em The Equinox I, nº 3 , em 1910. Nesse ritual, a suástica é usada para representar o luto de Ísis, e o “V” é usado para simbolizar Apophis ou Typhon, o destruidor. Este simbolismo explica o uso de Crowley do "V" como uma antítese para a suástica, uma vez que Apófis mata Osíris, causando o luto de Ísis.
O símbolo “V” também ecoa o triângulo apontando para baixo, um símbolo de Hórus, a Criança Coroada e Conquistadora do Novo Aeon.
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O símbolo do V de Vitória usado pelos thelemitas, com direito ao 666. In hoc signo vinces é a tradução latina da frase grega en touto nika e significa "com este sinal vencerás".
Para ajudar no esforço de guerra, ele escreveu uma proclamação sobre os direitos da humanidade, Liber OZ, publicado em 1942 na forma de um manifesto da O.T.O. Junto com a artista indiana Marguerite Frieda Harris, conhecida, por sua própria insistência, como Lady Frieda Harris ou Lady Harris (1877-1962), cria seu baralho de Tarot (com design de Frieda), o Livro de Thoth, que só foi publicado em 1944 em uma edição limitada de 200 exemplares.
Crowley morreu em 1º de dezembro de 1947, vítima de bronquite crônica e problemas cardíacos em sua casa na cidade de Hastings. A lenda que diz terem sido suas últimas palavras “eu estou perplexo”, não passa disso, uma lenda, pois Crowley morreu sozinho em seu quarto. No dia 5 de dezembro seu corpo foi cremado em Brighton, em uma cerimônia assistida por amigos, admiradores e discípulos.
E foi um discípulo de Crowley tão feérico, excêntrico e lascivo quanto, que percebeu igualmente que certas revelações profundas poderiam ser obtidas de trabalhos e rituais mágicos, revelações tão profundas a ponto de serem secretamente incorporadas a projetos específicos de exploração espacial, ampliando os portais que haviam sido abertos para trazer para esta dimensão os seres que inaugurariam a chamada Era Moderna dos Discos Voadores. Mas isso, como diria Rudyard Kipling (1865-1936), já é uma outra história que irei abordar na próxima oportunidade.
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L'UOMO SI E' LASCIATO IPNOTIZZARE DALLA MORTALITA' DIVENENDO COSÌ MORTALE
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In questa frase del Filosofo Ignoto si percepisce quanto l'uomo si sia lasciato incantare dalla materia fino a perdere la nozione completa della sua immortalità per fissare la sua realtà solo in ciò che è transitorio e caduco. Scopri di più su:
LA NUVOLA SUL SANTUARIO – KARL V. ECKARTSHAUSEN
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nostridoniinteriori · 10 months
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L'UOMO SI E' LASCIATO IPNOTIZZARE DALLA MORTALITA' DIVENENDO COSÌ MORTALE
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EL HOMBRE SE HA DEJADO SER HIPNOTIZADO POR LA MORTALIDAD, HACIÉNDOSE ASÍ MORTAL
#martinismo #martinistas #ordenesmartinistas #filosofodesconocido #luzmartinista #saintmartin #pensamientovivo #filosofiamartinista #doctrinamartinista
En esta frase del Filósofo Desconocido, percibimos cuánto el hombre se ha dejado encantar por la materia hasta el punto de perder la noción completa de su inmortalidad para fijar su realidad sólo en lo transitorio y perecedero. Obtenga más información en:
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martinismyourreach · 10 months
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MAN HAS ALLOWED HIMSELF TO BE HYPNOTIZED BY MORTALITY, THUS BECOMING MORTAL
#martinism #martinists #martinistorders #unknownphilosopher #martinistlights #saintmartin #livingthought #martinistphilosophy #martinistdoctrine
In this phrase from the Unknown Philosopher, we perceive how much man has let himself be enchanted by matter to the point of losing the complete notion of his immortality on fixing his reality only on what is transitory and perishable. Learn more at:
THE CLOUD OVER THE SANCTUARY – KARL V. ECKARTSHAUSEN
E-BOOK: https://www.amazon.com/dp/B09WM58STK
PRINTED BOOK: https://www.amazon.com/dp/B09WM2R928
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martinismouniversal · 10 months
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O HOMEM SE DEIXOU HIPNOTIZAR PELA MORTALIDADE, COM ISSO SE TORNOU MORTAL
#martinismo #martinistas #ordemmartinista #filosofodesconhecido #luzmartinista #saintmartin #pensamentovivo #filosofiamartinista #doutrinamartinista
Nesta frase do Filósofo Desconhecido, percebemos o quanto o homem se deixou encantar pela matéria a tal ponto de perder a completa noção de sua imortalidade para fixar sua realidade apenas naquilo que é transitório e perecível. Saiba mais em:
A NUVEM SOBRE O SANTUÁRIO – KARL V. ECKARTSHAUSEN
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LIVRO IMPRESSO: https://www.amazon.com/dp/B09VZRDDRB
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pathofregeneration · 9 months
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Children of Light
“These sages, whose number is small, are children of light, and are opposed to darkness. They dislike mystification and secrecy; they are open and frank, having nothing to do with secret societies and with external ceremonies. They possess a spiritual temple, in which God is presiding.
They live in various parts of the earth, and do not meddle with politics; their business is to do as much good to humanity as is in their power, and to drink wisdom from the eternal fountain of truth. They never quarrel about opinions, because they know the truth. Their number is small. Some live in Europe, others in Africa, but they are bound together by the harmony of their souls, and they are therefore as one. They are joined together, although they may be thousands of miles apart from each other. They understand each other, although they speak in different tongues, because the language of the sages is spiritual perception.
No evil-disposed person could possibly live among them, because he would be recognized immediately, for he would be incapable of being illuminated by wisdomm, and as a mirror covered with mire cannot reflect eh light, likewise his soul cannot reflect the truth. But the more the soul of man grows perfect, the nearer does it approach to God, and the more will his understanding grow, and his love be exalted. Thus may man elevate himself into sanctification; he may communicate with perfect beings in the spiritual kingdom, and be instructed and guided by them. He will be a true child of God. All Nature will be subject to him, because he will be an instrument to carry out the will of the Creator of Nature. He knows the future, the thoughts and the instincts of men, because the mysteries of eternity are open before him.
But the plans of the worldly-wise will come to nought. That which took the followers of false science centuries to accomplish, will be wiped out by a single stroke of the finger of God, and a nobler generation will come, which will worship God in spirit and in truth.”
— Karl von Eckartshausen, Disclosures of Magic
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Hans Georg Leiendecker, Cosmic Supper
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O HOMEM SE DEIXOU HIPNOTIZAR PELA MORTALIDADE, COM ISSO SE TORNOU MORTAL
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misticismopratico · 10 months
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O HOMEM SE DEIXOU HIPNOTIZAR PELA MORTALIDADE, COM ISSO SE TORNOU MORTAL
Nesta frase do Filósofo Desconhecido, percebemos o quanto o homem se deixou encantar pela matéria a tal ponto de perder a completa noção de sua imortalidade para fixar sua realidade apenas naquilo que é transitório e perecível. Saiba mais em:
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santoschristos · 4 months
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Two Prayers for Alchemists
by Karl von Eckartshausen (1752-1803)
I. 1. Light Supreme, who art the Divine in Nature and dwellest in its innermost parts as in Heaven, hallowed be thy qualities and laws!
2. Wherever thou art, all is brought to perfection; may the realm of thy Knowledge become subject unto thee.
3. May our will in all our work be only thee, self-moving Power of Light! And as in the whole of Nature thou accomplishest all things, so accomplish all things in our work also.
4. Give us of the Dew of Heaven, and the Fat of the Earth, the Fruits of Sun and Moon from the Tree of Life.
5. And forgive us all errors which we have committed in our work without knowledge of thee, as we seek to turn from their errors those who have offended our precepts. And leave us not to our own darkness and our own science, but deliver us from all evil through the perfection of thy Work, Amen.
II Hail, pure self-moving Source, O Form, pure for receiving the Light! The Light of all things unites itself with thee alone.
Most blessed art thou among all receptive forms, and blessed is the Fruit that thou conceivest, the Essence of Light united with warm substance.
Pure Form, Mother of the most perfect Being, lift thyself up to the Light for us, now as we toil and in the hour when we complete the Work!
Illustration by Karl von Eckartshausen (1752-1803), Prayer, Nd.
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ourinnerwers · 10 months
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MAN HAS ALLOWED HIMSELF TO BE HYPNOTIZED BY MORTALITY, THUS BECOMING MORTAL
In this phrase from the Unknown Philosopher, we perceive how much man has let himself be enchanted by matter to the point of losing the complete notion of his immortality on fixing his reality only on what is transitory and perishable. Learn more at:
THE CLOUD OVER THE SANCTUARY – KARL V. ECKARTSHAUSEN
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