Tumgik
#Bomba para galão
dgldaniel · 4 days
Video
youtube
Bomba de Água para galão é bom? Review Completo
0 notes
ofertasilimitadas · 1 month
Text
Tumblr media
Dê uma olhada em Bomba Elétrica De Galão Universal Com Carregamento USB Para Galão Garrafão De Água
Por R$15,99.
⬇️COMPRE AGORA⬇️
#bombaeletricadegalão #bombadegalao #galao #agua #promocao #promocaoimperdivel #promocaodehoje #promocaododia #achadinhosdashoppe #shopeeachadinhos #achadinhosshopee #achadosshopee #shopeebrasil #reelsinstagram #reelsbrasil #reelsviral #reelsfacebook #reels
1 note · View note
guiajato-line · 3 months
Text
Bomba Elétrica De Galão Universal Com Carregamento USB Para Galão 
0 notes
abbiamo · 1 year
Text
Cansado de virar galão?
1 note · View note
mariliarizzi · 1 year
Video
youtube
Capa para Galão D'Água com Guardanapo e Crochê Galão com Bomba
0 notes
lizzybby · 1 year
Video
Comprinhas Top - Dispenser com Bomba Elétrica para Bebedouro Galão Água ...
0 notes
scanplay · 2 years
Video
Bomba Elétrica Universal com Carregamento USB para Galão Garrafão de Água
1 note · View note
ferragemrayanne · 3 years
Text
Tumblr media
Bomba para galão de até 20l, item prático, leve e de simples instalação. Você pode encaixar em qualquer galão. Produto recarregável, podendo ser carregado em qualquer carregador de celular.
0 notes
burnitff · 4 years
Text
Cap. 13- Thais Valero
-Ei, por onde você andou?-  a pergunta fez com que Lizzy revirasse os olhos, não estava no clima para perguntas, não queria Ravena bancando sua mãe. – Liz, faz quase uma semana que você não aparece na faculdade e não atende o celular.
-Eu estava cansada, precisava de um tempo e por que diabos voce está agindo como se fosse minha mãe?
Por um segundo Ravena não respondeu, então Lizzy respirou fundo.
-Minha mãe nada, porque ela não se importa, enfim, não seja chata, estou de volta, não estou? Fique feliz.
-O Yoongi perguntou por você.
-Eu sei que perguntou.
-Como você sabe?
-Porque ele me ligou, uma vez, a noite, acho que tinha bebido ou sei lá, estava com a voz diferente e bem, deixou uma mensagem idiota na minha caixa de mensagens.
-Na caixa de mensagens?
-Uhum, eu não atendi ele também.
-E por que não?
-Primeiro porque eu não quis e segundo porque eu estava ocupada naquela noite, na verdade passei todas essas noites bem ocupada.
-Com quem?
-Quem? Achei que a pergunta mais óbvia seria com o que.
-Seria sim, caso eu não te conhecesse.
-Você está certa, enfim, quer ouvir a mensagem?
-Tá bom.
Lizzy retirou o celular do bolso e o estendeu em direção a Ravena, a garota se aproximou mais para escutar.
-“Lizzy eu sei que não tenho o mínimo direito de te mandar mensagem alguma, mas eu gostaria de saber se você está bem, se aconteceu alguma coisa... Enfim, dá sinal de vida.”
-Não me pareceu uma mensagem idiota. – Ravena disparou. –ele pareceu preocupado.
-Não deveria porque não devo nada a ele.
-Liz...
-Pra começo de conversa eu nem sei como diabos ele descobriu meu número.
-Por que isso está te irritando tanto? É apenas uma mensagem de um amigo preocupado com você.
-Yoongi não é meu amigo, eu não tenho amigos.
-Obrigada pela parte que me toca.
-Você entendeu o que eu quis dizer.
-Pior que sim. Enfim, você deveria falar com ele.
-Não acho que deveria. Acho que deveríamos ir logo antes que os remédios da minha mãe percam o efeito e ela decida socializar.
-Não fala assim da tua mãe. Ela é sua mãe e bem você disse que seu pai está viajando, ela deve estar com saudades dele.
Lizzy riu, sim riu assustando a melhor amiga, Ravena nunca tinha escutado um riso como aquele vindo da amiga, parecia de certa forma... Desesperado.
-Eu acho que minha mãe está tendo um caso, na verdade as lágrimas de crocodilo que ela solta pelos cantos é de culpa e não de saudades.
-Como você pode dizer algo assim?
-Eu sei que é, mas parece que eu sou a única que vê os fatos, ela está sim tendo um caso, não sou imbecil, falei pro Ian e ele disse “ não, mamãe nunca faria isso”, todo mundo é capaz de qualquer coisa Ravena contanto que lhe dê prazer, eu vejo porque não consigo colocá-la num pedestal como minha mãe, ela é humana como todo mundo e TODO MUNDO FAZ MERDA quando prazer está envolvido.
-Isso foi um desabafo?
Lizzy respirou fundo e sorriu.
-Por que seria? Só porque eu estou dormindo com o Jungkook?
Ravena arregalou os olhos, Lizzy sorriu com a cara de espanto da amiga.
-O que foi?
-Você está? Você dormiu com ele?
-Quem você acha que estava me mantendo ocupada todas essas noites?
-E você fala isso assim tão simplesmente?
-Qual o problema? Espera você não acha que eu era virgem antes de conhecer ele, acha?
-Não, eu só...
-Você só superestima as coisas Ravena, vai por mim, não é importante.
-Ama dele?
Ela riu alto novamente.
-Quem? O Jungkook?
-Sim.
-Claro que não, não seja ridícula. O amor não existe.
-E porque está com ele?
-Eu não estou com ele, eu fiquei com ele, ai Ravena para de pergunta idiota.
-Você nunca gostou de ninguém?
-Não!
-Nem um pouco?
Lizzy parou para pensar.
-As pessoas só são legais na minha cabeça, quando adquirem vida própria sinto vontade de atirá-las da minha janela.
-Já quis me atirar de lá?
Lizzy sorriu ao ver o olhar da amiga.
-Testemunhas demais na rua...
Ravena seguiu caminho visivelmente assustada demais para perguntar qualquer outra coisa.
-E então, festa hoje à noite, estamos dentro, não estamos?- Lizzy ergueu os olhos para ver que Jay se aproximava com aquele sorriso zombeteiro de sempre, Yoongi estava ao seu lado.
A garota o encarou, ele a olhou por um segundo depois desviou o olhar e aquilo de certa forma a deixou intrigada, já havia algum tempo que estudavam juntos e saiam juntos, a turma inteira, ela, Ravena, Jay, Yoongi, Inês e o stripper que morava em frente à casa dela, Jungkook.
Tumblr media
-Bom dia Yoongi. – ela arriscou, o garoto pálido apenas deu de ombros. Lizzy ficou olhando-o firme, ele a estava ignorando? Parecia que sim.
Que merda era aquela? Por que o fato de Yoongi ignorá-la estava de certa forma a incomodando? Por que as coisas a incomodavam quando se dizia respeito a ele?
-Vem Ravena. – falou rapidamente na tentativa de se afastar. – vamos pra aula.
Quando enfim o dia letivo acabou ela resolveu que iria direto para casa sem dar resposta sobre a balada daquela noite, se tivesse vontade iria, se não tivesse, bem, não iria.
Saiu praticamente correndo da sala e quando estava passando no corredor esbarrou em alguém, a pessoa a atirou de costas no armário e ela sentiu a pancada na cabeça mais forte do que esperava que fosse.
-Mas que diabos foi isso? Garota você é cega?
Ela se esforçou para abrir os olhos e ver que um cara estranho a encarava de perto.
-Você viu que esbarrou em mim? Peça desculpas.
-Desculpas? – ela falou atordoada. – você que esbarrou em mim, seu imbecil.
O cara deu um passo na direção dela com o punho cerrado e erguido na altura da cabeça, Lizzy fechou os olhos esperando o que estava por vir, mas nada aconteceu. Nada? Quer dizer, nada com ela, Lizzy abriu os olhos rapidamente ao escutar uma pancada no armário ao seu lado e ao fazê-lo viu que Yoongi tinha pego o cara pelo colarinho e o empurrara de costas no armário fazendo um estrondo gigantesco.
-Eu espero sinceramente que você não estivesse erguendo essa sua maldita mão para acertar ela seu filho da puta. – ele falou firme.
-Me desculpa cara, desculpa.
Yoongi apertava ainda mais a mão no colarinho do garoto o que estava fazendo com que a camiseta começasse a sufocá-lo.
-Yoongi! – Lizzy começou ao notar aquilo. – Yoongi já chega, está bem?
Mas ele não se moveu, Yoongi tremia inteiro enquanto ainda encarava o garoto.
-Yoongi está bom, já chega porra, já chega! Está matando ele.
Ele enfim pareceu notar e soltou o garoto que saiu correndo de uma forma tão desesperada que levou uns três tombos antes de conseguir sumir no corredor.
-Yoongi? – Lizzy deu um passo em frente para se aproximar mais dele, Yoongi respirava fundo tentando se controlar. – Yoongi?
-O que você quer? – ele falou visivelmente furioso.
-Te agradecer. – ela falou receosa.
-Pelo que? Por quase sufocar aquele garoto? De nada!
-Por que está tão irritado?
-Você me deixa irritado, você me tira do sério Lizzy, viu só o que eu quase fiz? Você é problema, problema dos grandes e ficar perto de você me faz mal.
-Yoongi eu não quis...
-Você nunca quer fazer nada, você não quer provocar os caras, não quer usar drogas demais na balada não quer dar em cima com o meu melhor amigo, não quer dormir com o Jungkook...
Aquele comentário bateu como uma bomba na cabeça dela e mesmo sem saber o motivo Lizzy se sentiu enjoada.
-O-Oque? Quem te contou?
Ele riu, um sorriso de desprezo.
-Pensei que você fosse pelo menos negar.
-Por que negaria? Não te devo explicações, nem a você e nem a ninguém! – olha a imagem severa voltando.
-Pois é, não deve e continue assim Lizzy, quem sabe sua vida melhore, não é?
E sem dizer mais nada ele saiu deixando-a sozinha.
-Lizzy? – Ravena se aproximou enquanto ela encarava o nada. – vamos?
Ela seguiu a amiga sem discutir e as duas foram direto pra casa. Quando chegaram lá Ravena resolveu entrar para saber o que havia de errado, afinal Lizzy estava quieta desde que deixara a faculdade.
-Mãe? – ela chamou ao abrir a porta, Ravena em seu encalço. – mãe?
Lizzy seguiu pelos cômodos, notou que parecia não ter ninguém em casa, resolveu ir para o quarto da mãe e lá, ao abrir a porta teve uma surpresa, sua mãe estava lá, mas não estava sozinha, o novo vizinho estava na cama com ela, os dois embolados, uma sensação de impotência a atingiu ao ver a cena, sua mãe e o pai de um dos seus amigos, sua mãe e o pai de Jungkook transando na cama em que seu pai dormia...
-Lizzy? – a forma com que sua mãe a encarou a fez ter vontade de ir na garagem, pegar um galão de gasolina, voltar naquele quarto e atear fogo nos dois. – Lizzy meu amor.
-Não olha pra mim, não fala comigo.
Ela se virou e saiu correndo, um ódio incomum tomando conta de si, não apenas por ter visto aquilo, mas por ter se importado, se importara com duas coisas naquele dia, sua mãe e a merda da opinião do Yoongi a seu respeito. Quem eram eles para atingi-la daquela forma? Quem eles pensavam que eram para ter um mínimo sequer de importância em sua vida?
Ravena viu a amiga passar feito uma bala e a seguiu, Lizzy correu até o cais e sentou encarando a água, um cigarro em mãos e os pensamentos em tudo o que estava acontecendo. O que diabos estava acontecendo?
-Que droga Lizzy, não sai correndo assim. – Ravena falou ao se aproximar, mas ela não pareceu ouvir, ainda encarava o nada. – o que houve?
-Peguei minha mãe transando com o pai do Jungkook.
Ravena deixou o queixo cair.
-O que?
-Pois é, no fim das contas ela deveria mesmo ter ficado dopada.
-Não fala assim.
-Por que não? Por que se importar com as pessoas se elas fodem com você na primeira oportunidade que têm? Que se fodam todos, mãe, Ian, meu pai, Yoongi...
-Yoongi? – quando Ravena falou o nome Lizzy enfim percebeu o que tinha dito, ela tinha mesmo dito Yoongi? – o que o Yoongi fez?
-Nada, ele não fez nada. – Lizzy ergueu a mão e enxugou uma lágrima que ousou tentar cair.
-Não chora Liz.
-Não estou chorando.
-Ok, então vamos a essa festa hoje à noite, não vamos?
Lizzy respirou fundo e a encarou, o sorriso estranho voltando a seus lábios.
-Claro, por que não? Vamos foder com tudo!
1 note · View note
escritacriativaunip · 4 years
Text
Honra por Beatriz Rodrigues
A estação estava vazia, ainda não estava no horário de pico. Os lances de escadas não estavam aglomerados de trabalhadores desesperados para retornarem para suas casas. Desciam juntos cada degrau, evitaram a escada rolante, talvez quisessem aproveitar os últimos minutos. A cada degrau que desciam, podiam sentir seus corações acelerando, as respirações ficando frenéticas e as nucas suarem.
As paredes eram cinza, as escadas eram cinzas, a poeira era cinza e o momento era cinza. 
Cinza.
Quem via aqueles dois homens descendo as escadas, jamais imaginaria que estavam condenados. 
Desviaram de uma poça de refrigerante e avistaram a funcionária responsável pela limpeza da estação se aproximando. Função cinza. Evitaram tocar nos corrimãos, com certeza se sujariam se tocassem, não que naquele momento aquilo importasse, mas desejam manter a dignidade pelo menos naquele momento. Dignidade cinza.
O mais jovem tremia, sentia um calafrio percorrer pela espinha até o último fio de cabelo castanho. Olhou para o lado, uma propaganda azul e amarela lhe chamou atenção e o fez parar no meio do percurso. Era a única cor presente naquele mundo subterrâneo, vazio e cinza. 
"Faça sua pós-graduação na melhor universidade do país."
Engoliu o choro.
— Eu sinto muito. — O mais velho parou alguns degraus abaixo. Olhou nos olhos castanhos do rapaz acima dele e respirou fundo. — Eu realmente sinto muito.
Passou a mão esquerda pelos cabelos grisalhos, voltando a descer a escadaria cinza. Passos firmes e decididos, era reflexo de sua personalidade forte e dominante. Ajustou os óculos de grau, escondendo as mãos nos bolsos do casaco verde musgo que vestia. Era seu casaco favorito. 
Apesar dos cabelos serem grisalhos, o homem tinha apenas quarenta anos, se vestia como um jovem e ouvia música de jovens. Talvez não aceitasse que o tempo estivesse passando mais rápido do que gostaria.
— A gente precisa mesmo fazer isso? — Perguntou o mais novo, assim que conseguiu alcançar seu colega.
— Você sabe que sim.
Faltavam apenas mais cinco degraus para finalmente chegarem na plataforma e aguardarem o próximo metrô. Se dirigiram até a ponta da plataforma, onde lá pararia o último vagão. Um relógio digital declarava um minuto de espera para o próximo metrô chegar. O mais novo tentou não pensar em nada, mas sua cabeça estava prestes a explodir como uma bomba nuclear. Já o mais velho se manteve calmo. 
Ouviram então o barulho do metrô se aproximando. O som metálico era ameaçador, infernal e agudo. Aumentava a cada segundo. O rapaz olhou para o colega que retribuiu o contato com um olhar sereno. Seus olhos pretos brilhavam e um leve sorriso surgiu em seus lábios.
Com o trem cada vez mais próximo, o barulho ficava cada vez mais alto e o desespero cada vez maior. Firmou o corpo no chão e fechou os olhos castanhos, em seguida sentiu gotas quentes se chocaram em sua face, junto de um barulho bizarro que bateu diretamente em seu tímpano. Abriu os olhos, colocou as mãos sobre a boca.
— Não! — Gritou histericamente. — Não! Não! — Agarrou seus cabelos e deixou-se cair de joelhos na poça de sangue.
Olhou para o que sobrou do amigo, um par de pernas presas entre o trem e a plataforma. O tecido do jeans preto completamente ensanguentado, os vagões com borrões vermelhos manchando o metal e as janelas. As pernas continuavam rodando como hélices de helicóptero até o metrô parar. Os passageiros gritavam horrorizados com a cena.
Não se conteve, vomitou assim que percebeu que o sangue de seu amigo escorria pelo seu rosto. Olhou para o lado e vomitou de novo. Dois segundos atrás seu amigo estava vivo e agora estava a dois centímetros de distância do que sobrou do colega, um par de pernas destruídas e uma poça de sangue.
As pessoas corriam, algumas não sabiam o que acontecia, apenas temiam o pior.
Levantou-se para se aproximar do cadáver, mas escorregou no próprio vômito sujando sua bermuda e seu joelho. Apoiou a mão no chão e sentiu tocar em algo mole, levantou a palma e notou que estava se apoiando nos poucos miolos que estavam espalhados pelo chão. 
Chão cinza… com vermelho. 
Limpou as mãos no moletom azul royal de zíper e engatinhou até o que sobrou do mais velho. O jeans estava retorcido, completamente sujo de sangue e um pouco queimado. As botas estavam raladas. Tirou o moletom e cobriu seu amigo.
— A área está sendo evacuada, o senhor precisa sair da plataforma. — Disse o funcionário do metrô, um senhor que trajava o típico uniforme com o colete verde-limão. — Eu sinto muito, mas você precisa sair da plataforma.
...
— Então vocês estavam voltando do trabalho mais cedo, pois havia terminado tudo, certo? — Perguntou o delegado.
Era o dia seguinte do suicídio. Foi encaminhado para a delegacia para prestar depoimento. A família do homem não entendia o motivo do suicídio e a única testemunha presente era o jovem.
— Sim… 
A sala do delegado era semelhante a estação, cinza. Chão cinza, paredes cinzas, teto cinza.
— Preciso que você me conte de novo como foi o dia desde o primeiro momento que o viu.
— Ele chegou no horário de sempre, por volta das oito horas da manhã, deu bom dia para todos — caminhou pela sala e olhou o mais jovem nos olhos, era aquele dia — Sentou na sua mesa, trabalhou como sempre, nada de anormal. Por volta do meio dia ele foi almoçar, nós não almoçamos juntos, então não sei nada sobre este período. — durante o almoço, sacou o celular e digitou em seu e-mail pessoal: "é hoje, como o combinado. Sinto muito, mas é necessário que façamos isso." — Quando todos voltamos pra sala, ele parecia normal, continuava fazer seu último relatório. O setor inteiro estava terminando os serviços para poder ficar de recesso do Natal até o Ano Novo. Logo foi minha vez de finalizar tudo, então ele me chamou pra irmos juntos, já que não tinha ido de moto. 
— E durante o trajeto até o metrô? — Questionou o senhor.
— Durante o trajeto... — o silêncio melancólico acompanhava a dupla até a estação de metrô, nenhuma palavra dita, nenhuma troca de olhares. — Ele me perguntou sobre as festas de final de ano, comentou que viajaria para a cidade dos sogros para os filhos matarem a saudade dos avós. Disse que a esposa estava muito empolgada com isso.
— Ele parecia empolgado? 
— Parecia, as crianças o deixavam animado. — O único comentário dito saiu da garganta do mais velho: "eu sei que é covardia fazermos isso perto do Natal." 
Esse depoimento foi repetido por pelo menos três vezes, porém o delegado o liberou para descansar e passar pelo processo de luto. Atravessou o corredor estreito e cinza, parando para beber água de um filtro de galão. Bebeu dois copos. Terminou o trajeto até a porta e pegou um táxi até sua casa. 
Sentou no banco atrás do motorista e encarou a vista. A cidade cinza corria uma maratona contra o carro, os edifícios se distorciam como monstros e as únicas cores vistas eram as poucas árvores nas calçadas, que na velocidade que o carro se movimentava, se tornavam apenas borrões verdes que flutuavam na paisagem. 
O céu estava nublado, cinza. As nuvens, cinzas, carregadas. Aparentava estar anoitecendo, mas o relógio na rua marcava duas horas da tarde. Era verão, mas pessoas na rua usavam casacos e carregavam guarda-chuva. Vultos, em meio aos monstros e aos borrões verdes, as pessoas eram pinceladas em meio ao quadro que o jovem observava com angústia. 
O carro entrou em uma rua sem saída com casas e sobrados em cor creme acinzentado, estacionou em frente a penúltima casa, o imóvel era coberto por um grande portão cinza. Um gato cinza descansava na calçada, era o gato do vizinho ao lado. Uma casa menor, também coberta por um portão cinza. 
Assim que a porta foi aberta, o gato se espreguiçou e deixou sua barriga exposta para receber carinho, porém foi ignorado. O jovem apenas desceu do carro e observou o táxi dar ré, olhou para as casas de arquitetura infantil, não poderia abandonar o lugar de onde veio, não tinha essa coragem.
Entrou na casa e viu sua avó assistindo televisão. Não queria conversa, subiu as escadas de madeira e entrou no quarto. Ligou o computador e apagou o e-mail daquele dia. Sua avó apareceu na porta observando o neto aflito e perguntou:
— Não é estranho como os dias ficaram cinza de repente? Talvez isso tenha sido um sinal de que a hora dele tinha chegado. Não podemos ir contra os planos de Deus. — Notou que não iria obter respostas, então apenas beijou o topo da cabeça do rapaz e partiu para outro cômodo da grande casa creme acinzentada.
Ficou no quarto por dois dias. Dois dias sem conversar, sem tomar banho, sem comer uma refeição decente, apenas deitado coberto com cobertores cinzas, encarando o teto cinza. Pegou no sono sem saber que horas eram, não fazia diferença, os dias pareciam eternos. Se manteve preso na sua rotina cinza, no luto cinza.
— Por que você não pulou, seu covarde? — Gritou ferozmente. 
— Cara, me desculpa, eu não consigo! — Levantou da cama em um pulo.
— Olha só, eu larguei tudo, como prometemos! Eu mantive minha honra. E você? Você foi um covarde! — Ele estava ali parado, vestia seu casaco favorito e usava suas botas pretas. Estava intacto. — Olha só como eu estou!
Automaticamente sua pele do rosto começou a descolar e cair em pedaços, seus olhos estouraram e os braços escorregaram da manga do casaco, então o tronco explodiu como um balão d'água e jorrou sangue pelo cômodo, a cabeça bateu no teto e caiu no chão como uma bola de praia. As pernas ficaram ali, firmes e cinzas.
...
Acordou suado, estava claro do outro lado da janela. Levantou preocupado, tonto, ansioso. Pode ouvir uma voz vinda do térreo, não era de seus familiares, porém soava conhecida. 
— Me desculpe incomodar logo cedo, sei que amanhã é véspera de Natal, mas precisamos conversar com seu neto. — O delegado estava ali, um homem alto que cobria a porta toda, vestia um casaco cinza.
— Eu vou acordá-lo. Entre, aguarde um pouco.
Atordoado com o que ouviu, entrou em pânico, sua honra estava em risco. Era um traidor covarde e não poderia viver com isso. Agarrou os cabelos e olhou para aquela imensidão cinza que vivia, sentia o vômito subir pelo esôfago, engoliu. Olhou a janela, a salvação da sua honra.
Abriu a janela, espiando o minúsculo jardim e o muro com lanças cinzas. Sentou na janela, não conseguiria ficar de pé. Era arriscado, poderia não dar certo e viveria com seus erros para sempre. 
Fechou os olhos, soltou o corpo e deixou-o cair, foi tudo rápido.
Seu corpo pesado estava preso na lança pelo pescoço, mas o peso era muito maior do que o corte poderia aguentar, então o corpo se soltou e a sua cabeça ficou ali, morta, presa, no muro como um enfeite de Halloween. O sangue sujava o muro cinza e se misturava com o vermelho das rosas espinhosas que abraçavam o morto. Morto. Dividido em dois pedaços, espetado como um churrasco, largado como carne podre. Carne podre, cinza arroxeada.
Dois homens, duas famílias, duas honras, duas mortes.
1 note · View note
mariliarizzi · 1 year
Video
youtube
Capa para Galão D'Água com Guardanapo e Crochê Galão com Bomba
0 notes
cristianecoach · 2 years
Photo
Tumblr media
https://www.magazinevoce.com.br/magazinecrislutur Venha visitar a minha loja! Aqui você encontra as maiores ofertas do Magazine Luiza, e garante um atendimento personalizado de acordo com o que você procura. Bebedouro Bomba Elétrica Para Garrafão Galão Água Recarregável - 123 Util Só R$21,90 Código eke0b12f10 https://www.instagram.com/p/CXqsw0eLM6S/?utm_medium=tumblr
0 notes
grupogen · 2 years
Text
Bebedouro Bomba Elétrica Para Garrafão Automática Galão Água Recarregável Led + Cabo Usb
Bebedouro Bomba Elétrica Para Garrafão Automática Galão Água Recarregável Led + Cabo Usb
Especificações do Produto: – Bateria Forte: Dura até 8 galões de água de 20 Litros. Carga: 3 Horas. – Pode ser usada quando estiver carregando. – Uso Universal: Serve todos os tamanhos de galões e garrafões, 5L, 10L, 20L e similares – Materiais seguros: Aço Inox 304, Plásticos (PP, ABS, EVA), Silicones, Alumínio, Bateria de Li-Ion, Circuito eletrônico – Voltagem: Bivolt 110V – 220V – Peso leve:…
View On WordPress
0 notes
superdescontostop · 2 years
Text
BOMBA ELÉTRICA PARA BEBEDOURO DE ÁGUA MINERAL - RECARREGÁVEL - PARA GALÕES DE ATÉ 20 LITROS
BOMBA ELÉTRICA PARA BEBEDOURO DE ÁGUA MINERAL – RECARREGÁVEL – PARA GALÕES DE ATÉ 20 LITROS
Vantagens do Produto: Quer uma solução rápida e eficaz para os seus dias de viagem, como camping, praia, e até mesmo sítios e festas de confraternizações? Leve o seu galão de água para onde quiser, com a bomba elétrica você poderá usá-lo de uma maneira simples e eficaz. Deixe o galão de água visível e disponível a todos, pois com seu cabo drenador de água e seu sistema automatizado permitirá usar…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
blog-valterponte · 2 years
Video
Bomba Elétrica Universal com Carregamento USB para Galão de água
0 notes
iona-edelweiss · 2 years
Video
youtube
BOMBA ELÉTRICA PARA GALÃO DE ÁGUA RECARREGÁVEL USB FUNCIONA?torneira ele...
0 notes