You’re a match! 🥚x ?

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Ou seu @ no true love ou finder para algo específico ( 0/5 )

P.S.: a bio delah

Ocasião: Maldição da Bruxa

Como Rylina Tully conseguiu um papel ninguém sabia responder, mas a velocidade que ela escrevia HELP com um dedo de chocolate... Aquilo sim era surpreendente. Ela espremia o recheio marrom conforme desenhava as letras, os ombros tão tensos que poderiam ser confundidos com blocos de concreto. A presença da bruxa pairando, insistente, lembrando que tudo poderia virar uma grande desgraça num piscar de olhos. E, diga-se de passagem, quem consegue aproveitar uma festa com uma ameaça dessas fungando no cangote? A aprendiz de guardiã finalizou a plaquinha e levantou na altura dos olhos, só sacudindo quando @malika-malyeek​ voltou seu olhar para si. Ajuda. Ela falava sem imitir sons, chamando com a mão e apontando para cima, para a desgraçada da bruxa que tinha a marcado também.

Localização: BEM-VINDAS À 76º EDIÇÃO DOS JOGOS VORAZES

Rylina tinha a vaga lembrança de abrir a porta com @hella-hofferson à tiracolo, as duas rindo de se acabar com a fantasia de um outro convidado. A mão ainda estava quente do contato, as bochechas doloridas do sorriso enorme, mas.... A escuridão a envolvia como um cobertor, os olhos tão arregalados quanto pires. E a sensação opressora, de estar subindo para algo grandioso demais. Tão enorme e absoluto que o poder a deixava diminuta, temerosa. Uma luz. Uma tampa arrastada para o lado mostrou um raio de sol e a luz forte cegou-lhe por um momento, mãos cobrindo o rosto para proteger. Vozes eram ouvidas, resmungos ecoavam de várias bocas e Hella... Hella estava ali. A visão se ajustou e por pouco, por muito pouco a aprendiz de Toothiana não virou adubo. A cornucópia brilhava num ponto distante do semicírculo de pessoas na mesma faixa etária. Eram em duplas, roupas combinando, e olhares ferozes dispensados à torto e direito. Rylina nem olhava o chão, não precisava quando conseguia ouvir o tictac suave do funcionamento. Lia aqui desmontaria a bomba em três tempos. O pensamento floresceu e morreu com a angústia, sua desvantagem óbvia destoando nos corpos esguios e atléticos. E de tão ignorável, ninguém ficava muito tempo a olhando. Hella. Os lábios torceram ao vê-la e seu foco cravou nos claros da irmã de coração. Não. Mover. Boom. Avisou, todo cuidado sendo pouco, contornando e exagerando as sílabas para a mensagem não se perderem no processo. E foi isso. Logo depois de terminar a mensagem que os números começaram a aparecer no céu dando início a contagem regressiva.

10. 9. 8. 7. 6. 5. 4. 3. 2. 1.

As mãos pressionaram os ouvidos antes do som ensurdecedor, seus pés pulando para grama e desatando numa corrida desembestada para a cornucópia. Sim, vocês leram direito. De temerosa, Rylina se tornou mais concentrada, os braços livres para ajudar no balanço do corpo até a maior das mochilas dispostas na entrada da maior armadilha do mundo.

 you know, you can always come here when you’re in need.

“Porque você é a melhor irmã que os guardiões poderia me dar?!!” Respondeu de um jeito doce, antes de caminhar pelo caminho da porta até a cama da aprendiz de Toothiana, se acomodando sobre ela enquanto deixava a bandeja sobre ela com o pudim que havia aprendido a fazer mais cedo. “Você não vai acreditar em quem me ensinou isso daqui. Vou dar uma dica, o sabor é de cenoura” Era meio óbvio saber quem tinha feito o doce com o legado de North. Se acomodou de uma forma que a irmã e dona da cama, pudesse ficar confortável o suficiente para se acomodar ali ao seu lado e poder ter a liberdade de se movimentar como bem entendesse. “Isso tudo é só pra saber como você está hoje? Faz um tempo que a gente não conversa assim e, bem, eu precisei de uma desculpa” Disse ao apontar para o pudim novamente e era sempre um incentivo que recebia dos guardiões depois de preparar os doces, estava tão bom que era um pecado não dividir com os meninos, como dizia o Sr. Coelhão. “Me conta qualquer novidade e eu te conto que levei o Sun e a Jade na Disney… e chamei o Maple pra sair comigo… romanticamente falando”

@ncrthzin​

Rylina franziu o nariz numa caretinha adorável. “Por que eu sou a única que é aprendiz de Toothiana na mesma época que você? Tenho vários motivos.” Recolheu a maioria dos seus itens numa pilha mais ou menos organizadas, o peso quase a tombando para fora da cama quando ergueu e colocou em cima da mesinha de cabeceira. Entre tantas plantas e decorações do quarto Encanto, faltava espaço naquela Casita aconchegante. “Foi Gian, não foi? Eu diria Benigne, mas ele não exala coelho toda vez que a gente passa do lado.” Estreitou os olhos e esperou a confirmação, afinal, com o poder captando trezentos tipos de fofoca chegava um momento que não tinha mais certeza de nada. “Você sabe que não precisa fazer isso tudo só para entrar aqui, não sabe? E eu sei que você sabe mas vou reforçar mesmo assim porque eu sou esse tipo de irmã que pega no pé quando tem espaço pra pegar.” Estendeu a mão para o lado e ergueu a voz só um pouquinho: Casita, talheres e pratos por favor. Uma portinha se abriu na parede e uma rampa esticou com os itens pedidos. “Tenho novidade nenhuma não, Klaus. A missão de Toothiana no nosso mundo foi bem complicada, mas deu para resolver. Uma noite e um bairro inteiro! Com aquelas asas de treinamento? Sério, ainda bem que não existe pessoa acordada na madrugada para me ver zanzando feito abelha bêbada.” Cortou uma fatia generosa para si, o cortador sobre o pudim esperando o Klaus indicar qual o tamanho que ele queria. “E eu encontrei meus pais.” Falou tão baixinho que rezou para que a ventilação cobrisse o ruído. “O Maple? O bonitinho da Fada Madrinha com péssimos dotes culinários? O com o rostinho mais izi malia que existe? ME CONTA MAIS!”

FLASHBACK

Localização: Dormitório Atenas quarto 411

Duas semana tinham se passado sem que Rylina Tully tivesse dado grandes notícias. Uma ou outra básica, para dizer que estava bem; outra mais entusiasmada na forma de áudio. Até que o mundo virou de cabeça para baixo e tudo o que conseguia fazer era digitar mensagens simples... Segurando o choro que impedia a visão da tela reluzente em sua frente, muito estranha nos padrões normais de seu mundo. A aprendiz de Toothiana nem sabia muito o que fazer quando pisou no portal para dentro da réplica da torre na academia, olhando para trás como se esperasse um milagre e duas pessoas viessem correndo buscá-la. Nada. O vazio e a solidão a receberam como um abraço gelado, o horário diferente em Storydom piorando ainda mais seu estado de espírito. Era tarde da noite, todos estavam dormindo ou em seus quartos... Rylina não conseguia ouvir um som que não fosse de relaxamento e distração. Eu não posso perturbá-los com isso... Pensou consigo mesma, a mão enxugando as lágrimas que caíam sem perceber. Porém, entre um fungar e outro, a voz de @hella-hofferson atravessou as paredes e chegou na porta do quarto Encanto. O xingamento soando tão doce quanto a canção mais bonita. Rylina não perdeu tempo desfazendo as malas, o coração desesperado pedindo um tipo de consolo que somente a amiga conseguiria dissolver. Enviou uma mensagem de aviso antes de chegar à porta e não deu muita opção para a Hofferson que não fosse dar espaço para que entrasse e sentasse na cama... As mãos sobre o colo, os cachos todos caóticos, e o rosto vermelho de choro. “Eu descobri tudo, Hella. Eu-... Eu descobri.”

Manda a localização Passagem Secreta para o Castigo para @hella-hofferson

Rylina ia e voltava, hesitava e tomava coragem, ultrapassava a linha e recuava com o rabo entre as pernas. Dançava, incomodada, no limite invisível daquele lugar secreto e confidenciado por um amigo do Castigo. Quer dizer, não necessariamente. A pessoa, sim, era sua conhecida, mas a informação foi ouvida ‘sem querer querendo’ quando ela conversa com outro familiar. Combinando horários e datas para não se desencontrarem. A Tully só fez pegar um dos horários ignorados, começando a planejar o que levaria logo em seguida (o que, no final, não foi grande coisa). Agora estava ali, encoberta e protegida dos outros, incapaz de dar o passo final para completar seu plano. “Você consegue... É só... Ir.” Jogou o queixo pra frente, mas o corpo não foi junto. Nem mesmo as tranças gêmeas bem apertadas no couro cabeludo. A aprendiz de Fada limpou o olho com a mão e quase o perdeu com o susto que a fez sair do próprio corpo. Aquilo eram passos? Desesperadamente correu para trás de algumas caixas, os joelhos encostado no chão por ser grande demais para ficar apenas curvada.

Manda a localização Nuvens na Torre para @ncrthzin

Os olhos vermelhos ainda perduravam nas feições da aprendiz de Fada do Dente. Inchados e doloridos, o choro só interrompido quando precisava falar com alguém. Ou quando que tinha que dar alguma satisfação aos outros integrantes das atividades extracurriculares. Sem aula, Rylina tinha se internado na Torre dos Guardiões até segunda ordem, andar arrastado pelos andares sem realmente encontrar ânimo para fazer nada. Wendy tinha morrido. A Tully gostava de dizer que cada princesa era sua preferida, que cada conto de fada era o perfeito em seu coração. Tinha crescido com ela, tinha amadurecido com ela. Por Deus, seu primeiro crush de filmes foi o Capitão Gancho daquele filme! Ela tinha persistido na crença de um outro mundo por causa da Wendy e que precisaria acordar quando não mais precisasse, tal qual Babá McPhee. O pulso esfregou a parte de baixo e encontrou a pele seca, sensível - alívio momentâneo daquele ciclo interminável de tristeza. E com a garrafa de água embaixo do braço, a ruiva adentrou o andar destino ao Guardião dos Sonhos. Conforto, descanso, paz. Um lugar que podia enfim dormir com um pouco menos de medo dos próprios pensamentos. “Ah, Klaus! Eu não te vi aí.” Porque ela tinha colocado o anel para se poupar da audição e o irmão estava encoberto pelas nuvens fofinhas de algodão-doce. “Co-como vai o braço?”

Localização: Portal para o mundo non-maj

"Não é como se da última vez que eu fui pra lá passei pelo momento mais caótico da minha vida, né? Daqueles que os livros vivem falando, a mudança da personagem principal de secundária para protagonista.” Sua fala poderia estar cheia de pontuações e flexões, quebradas em pontos de interrogação e pausas dramáticas; mas só ao fim que Rylina puxou o ar para dentro dos pulmões. Respirava com dificuldade, como se tivesse corrido demais durante as aulas de preparo físico - e o focinho não estava ajudando em NADA. A mão apertou a joia que fechava o echarpe cor-de-rosa de pelúcia, e logo começou a dar batidas que combinavam com o coração. “A gente precisa fazer isso mesmo, @eyesofhoruszorak​? Eu vou ser uma fada do dente! Não posso traumatizar ninguém! E se eu assustar alguém que vai ter um filho e esse filho lembrar de mim e acabar morrendo de medo e eu não conseguir pegar o dente? E se foi isso que aconteceu com Toothiana para aquelas fadas do dente cheias de dentes de um filme de terror? A gente pode passear não? Por favor?”

Manda a localização Restaurante Linguado’s para @killallourfriends​

Rylina fez questão de sugar além com o canudo, o suco acabado fazendo barulho pelo vazio do plástico. Seus olhos passeando pela silhueta de Samael, esperando ter atraído atenção o suficiente sem parecer carente demais. “Você prometeu, Tio Sam.” Murmurou por baixo do fôlego, olhinhos piscando pidões para o aprendiz de Breu. A refeição já tinha sido paga por ela, com muita insistência - depois de ter perdido, claro, fugido para o banheiro e passado o cartão às escondidas. Não tinha mais nada os segurando ali além de sabe-se lá o quê. “Você prometeu que nós íamos nadar com as sereias! Eu nadei até aqui, forcei meus bracinhos! Esperei a comida digerir! Vamos!” Mordeu o lábio, aguardando a resposta. Contudo, a própria animação dava soluções e desvios no plano infalível. “Se me rebocar até a praia, eu até jogo fireball, só vamos!!!”

Manda a localização praia de seatopia para @gonedead​

Talvez fosse por estar cercada de amigos que a seminudez não incomodasse tanto. Ou a canga envolvendo a cintura cobrindo as pernas, os cabelos compridos servindo de véu. O que importava era o sol clareando o tom ruivo dos fios, a risada dela misturando com a dos outros e os braços erguidos naquela brincadeira só dela. Eles iam para um canto, Rylina queria continuar andando pela areia e num mudar de pés ela os deixava no bar Starfish. Quer dizer, ela tentava ir se não fosse ele. Os olhos reconheceram antes mesmo de processar quem era e a aprendiz travou no lugar. Piscando, perdida. O que- O que faria? Dava oi, fingia que não conhecia, surtava e gritava? E o silêncio chamou atenção dos amigos, achando estranho o comportamento da Tully. Rylina? Rylina jogou o cabelo para o lado e acenou duramente, passando pela lateral de Zeno sem nem sequer dirigir o olhar. Meu Deus, Rylina agora era mal-educada! De forma robótica, os ombros rígidos feito tábuas, ela prosseguiu com o nó no estômago aumentando em gênero, número e grau.

Manda a localização dormitório 509 para @malika-malyeek​

Rylina tirou o robe de seda luxuoso do quinto dos infernos para fazer aquela cena. A barra perfeita e macia arrastando pelo chão enquanto ela flutuava, melhor, deslizava até o quarto da amiga. Óculos escuros de dondoca equilibrados bem na pontinha do nariz para completar a cena, os lábios em semi bico de socialite podre de rica. Ela abriu a porta com nojinho forçado e abriu bem os braços ao adentrar o quarto. “Calma, calma, meus fãs. Tenho tempo para todos hoje!” Uma pose segurando uma taça de vinho imaginário, segundos para as fotos de imaginação e a Tully quebrava. Destruía. Voltando a bola de nervos e animação e fogos de artifício de sempre. Pulou sobre a cama e expôs o que carregava, as fotos recém reveladas sendo espalhadas em ordem cronológica. “Essa sou eu dançando com Benjamin Hawkings. Essa sou eu sendo levantada por Benjamin Hawkins. Essa sou eu indo chamar Jim Hawkins para dançar. Essa sou eu convidando Jim Hawkins. Essa sou eu dançando uma valsa com Jim Hawkins. MALIKA! ENCONTRE UMA FANFIC MELHOR QUE ESSA E FALHE MISERAVELMENTE!” O tom de voz era mais alto, diferente do normal, e isso era sinal explícito de que... Meu Deus, Rylina Tully alcançou o nirvana.

Manda a localização dormitório 203 para @lennoxhood​

Rylina Tully nasceu com o bumbum virado para a lua. Primeiro motivo, o óbvio, era aprendiz de Toothiana e ela foi escolhida pelo homem da Lua. Segundo motivo, seus pijamas nunca pareciam pijamas. Então nada vergonhoso foi sentido quando pulou da cama e saiu correndo pela academia. Terceiro motivo, os abafadores de ouvido mais extravagantes estavam bem perto da porta, facilitando mil vezes a procura. Extravagância significava proteção e ela estava preparada para gritar hoje. “LENNOX!” Ainda era baixo para os padrões normais de grito e absurdo de estranho para o da aprendiz. Ela abriu a maçaneta com cuidado, destrancou a porta, só para dar um chute vergonhoso e a abrir de supetão. O susto a fazendo pular em resposta naquele segundo. “Eu acabei de acordar. Sim, acabei de acordar a essa hora da manhã, e eu preciso saber- Lennox! Presta atenção em mim!” Praticamente se jogou em cima da amiga, as mãos sacudindo os ombros alheios com a força da sua explosão. “Me diz que ontem não foi um sonho. ME DIZ QUE NÃO FOI UM SONHO E EU- E eu e J- Eu e- Lennox, Lennox. Lennox. Eu vou repetir seu nome até parecer estranho se você não me disser que- Lennox!”

Manda a localização Residência dos Boo para @mequiboo​​

Mentirosa seria se não admitisse que tinha revisitado aquela cena algumas vezes, pelos mais diversos motivos. Estava claro na forma como enrolava o cacho no dedo ou hesitava momentaneamente na calçada a caminho da imponente residência. Deveria ir ou voltar? Seria intrusão demais da sua parte? E se ele não quisesse vê-la? De todas as justificativas e alternativas mirabolantes que apareciam, a certeza de que devia prosseguir se tornava mais evidente. Tanto que... Um piscar e estava no que parecia ser a janela do seu MC preferido. Vasculhando o chão a procura de pedrinhas, Rylina selecionou as que mais se assemelhavam a dentes (veja bem... ninguém sabe explicar esse pormenor da aprendiz da fada do dente) ((Oh, espera um segundo-!)) Uma. Duas. Três. E um áudio enviado às pressas com um videozinho maroto de anexo. Joga os cabelos, Rapunzel, eu estou na janelinha.

Localização: Halloween Town

"Eu estava pensando em comprar um controlador de hálito para o Nick Fury, meu Flerken, porque o pobrezinho pode fazer o maior ato de caridade da história devorando lixo, mas o resultado... Não tem tentáculo que escape do mal cheiro.” Rylina simulou um enjoo, os dedos apertando a prótese do focinho de porco enquanto a outra mão abanava o rosto todo maquiado. “Mas aí eu penso... Essa pode ser nossa última chance aqui. Porque vai acabar, não é? O Halloween? E depois dessa festa, do que eu vi e ouvi, Drácula não vai sediar nada da Academia por centenas de séculos.” E ela tinha feito questão de usar o poder dos brincos de pedra para reduzir sua habilidade ao mínimo aceitável (sem provocar a quebra instantânea do dispositivo). Os barulhos de mordida e corte e sucção já tinham dado material suficiente para a imaginação quando lia seus romances +18. “O que falta para você aqui? Já viu a Múmia? O Museu? Perdeu um sapato no pântano? Ou a parte de baixo do biquini no parque da Nessie? Pra mim só falta gastar todo o dinheiro nas lojinhas de souvenir e comprar presentes para todo mundo. Inclusive você, @zexilong​. Surpresa!”

Localização: Agência de Monstros S.A.

"Por favor, Nicky, ela não está aí.” O gato miava determinado para a porta da agência, cada aberturinha de boca felina uma visão dos infernos dos tentáculos presos naquele corpinho. Rylina gostava de conversar com seu novo familiar, disparando por diversos assuntos em curtos períodos de tempo. O último tinha sido sobre sua frustração com os ícones que tinha crescido... Por que Úrsula não era mais Queen Latifah? Por que a Fada Madrinha era mais Diabo Veste Prada do que Melissa McCarthy? “Eu sei que passei horas falando dos tentáculos dela, de como foi perfeita a fantasia que eu fiz no Festival do Salvador, mas ela não é um monstro. Ela não vai estar aí, numa entrevista de emprego.” E ela voltava a baixar pra tentar carregá-lo, só que o pestinha escapava no último segundo e ficava cada vez mais para frente. Mais para a porta. “Úrsula está presa no Castigo, homi, e o Davy Jones só tem na Disney! Aqui você não vai encontrar numa desses, só- Vamos pra casa, que tal? Você não come desde manhã...” A fantasia do dia era uma homenagem ao deus preferido da Marvel, Thor (versão Jane Foster), e ela considerava arremessar o martelo para nocautear o pet. Só para-. “Não! Ei! Não! Não é pra comer!” Ajoelhou no instante que viu a boca abrindo e os tentáculos saindo, a falta de medo total quando enfiou os braços no meio e começou a enrolar nas proteções da fantasia. “É um pet que nem você, seu brutamontes! É da @goldiehook​.”

Localização: Quarto Encanto

O que Rylina Tully fazia quando passava a semana inteira vendo filmes de terror? Isso mesmo, meus nobres colegas, a ruiva adiantava a próxima grande época do ano e escolhia as melhores comédias românticas natalinas que existiam no catálogo da Netflix. Sim, Netflix, o canal nom-maj que podia ser acessado nos quartos da Torre. Rodeada de cobertores bem quentinhos, o ar-condicionado no máximo. Pipocas, doces, salgados, pizzas, croissants, uma variedade tão grande de comida quanto de bichos de pelúcias. Guardiões fieis desde o dia que foram adquiridos no último festival do Salvador. O casal na tela se aproximava espumando, princesa Mia brigando e caindo nos encantos. “Meu Deus eles se beijaram! Olha a perninha dela subindo!” Rylina já tinha visto esse filme trezentas vezes, mas reagia como se fosse a primeira. Ela se levantou da posição sentada, uma mão buscando a de @guerraepaz​ e apertando com força. “Eles se gostam, cara! Não tem como! Ela até fica toda-” Imitou o suspiro e um um falso desmaio, o rosto ficando rosado com a imaginação. “ E pra completar, temos os dois caindo na fonte e se molhando. Sério, sério, tem como um casal se formar mais perfeitamente do que isso?” Deu um pause no pior dos momentos, mas os braços estavam esticados e as mãos englobando a tela do retroprojetor na parede toda. “É tão difícil encontrar um homem assim, meu deus!?” ( a cena do filme )