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sorenotsoren · 4 years
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F L A S H B A C K — dia do amor verdadeiro.   
A noite havia sido recheada de altos e baixos, melhor dizendo: baixos e mais baixos. Não que pudesse culpar as festividades ou as poucas interações que tivera durante ela. Não. O problema não havia sido outro senão ele mesmo. Há dias que não tinha humor para trivialidades, afundando-se numa faceta taciturna com frequência alarmante — e ali não fora diferente. Claro, ainda tentara manter as aparências; obtendo algum sucesso no processo, posto que a ação se via como uma segunda natureza. Tanto que somente os mais próximos pareciam notar a mudança sutil em seu agir, passando a observá-lo com cautela no decorrer da comemoração. 
Foi justamente para se afastar de olhos conhecedores que deu o Dia do Amor Verdadeiro por encerrado mais cedo. Bastava de conversas profundas ou leituras de tarô. Soren desejava deixar de pensar e que, por um minuto, todas as preocupações e receios secretos lhe fossem retirados dos ombros. E talvez, apenas talvez, a floresta tenha se compadecido do aprendiz, pois um flash de cabelos avermelhados sob a iluminação escassa das velas, acomodadas magicamente entre as árvores, fora captado. Não tomara a decisão consciente de se aproximar — nunca o fazia pra falar a verdade —, porém, quando deu por si, o rosto familiar de @xxxstyria​ já dominava seu campo de visão. " Com pressa, meine süsse? Não me diga que as crianças da noite estão exigindo sua atenção logo nesse feriado. Perverso demais, até para elas. "
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sorenotsoren · 4 years
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O peito subia e descia num ritmo tranquilo, não dando indício da bagunça em que se encontrava minutos antes. Preso no estupor proporcionado pelo corpo a seu lado, deliciado na sensação lânguida que pesava em seus membros, sequer se importava com o vento frio contra a pele. De fato, não se importava com nada além do calor de Saxa sob seus dedos, os quais movia num carinho preguiçoso, íntimo. Graças a duquesa, sua mente perturbada agora encontrava-se agradavelmente vazia, longe dos pensamentos que ultimamente o mantinham no limite. Uma verdadeira dádiva, diria, mas se limitou a um suspiro satisfeito, que logo seguiu o farfalhar de folhas ao se mover para encarar olhos de um verde sedutor. “ Será que te roubei por tempo demais ou... ” murmurou, ao passo que as mãos outrora posicionadas na cintura estreita, seguiam com familiaridade até as coxas desnudas, puxando-as sobre o próprio quadril. “ Temos mais alguns minutos antes de seus pretendentes enlouquecerem? ” O tom permeado de provocação combinava com o sorriso lascivo do príncipe, que muito deliberadamente inclinou a face para acariciar os fios dourados, absorvendo seu aroma singular. No entanto, a despeito de suas ações, sabia que o encontro furtivo, para continuar assim, não se estenderia por muito mais. “ Você anda tão requisitada como sempre, schatz. ”
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sorenotsoren · 4 years
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prssycat​:
Durante a pausa para o banheiro, supunha, de um dos membros do clube de interpretação de sonhos, Selina não perdeu a oportunidade: transportou-se magicamente para o assento da barraquinha, disposta a um pouquinho de diversão. O ar neblinoso e a luz baixa, necessários para criar aquele clima esotérico, faziam o favor de dar credibilidade a qualquer um que sentasse atrás da mesa, fosse ou não parte do clube. Quando seu primeiro “cliente” chegou, ocupando a cadeira à frente, ela abriu um sorriso cheio de dentes e começou: —— Seja bem vinde, bem vinde! Fique à vontade! O que sonhou ontem, hm? Ande, me conte rapidinho. Sonhos longos são mais caros! —— Eles cobravam? Não sabia. De qualquer modo, não poderia demorar muito ali ou correria o risco de ser pega no flagra.
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Não costumava acreditar muito em interpretações de sonhos, isto é... Até os acontecimentos dos últimos meses. Agora, tendo a estranheza de Autumn, a lembrança do inferno das vozes e pesadelos atormentando parte de suas noites, estava um pouco mais propenso a escutar aquele tipo de leitura. Não que precisasse de algum tipo de direcionamento, apenas... Perguntar uma coisa ou outra dificilmente o mataria. Assim, andou despretensiosamente até a barraquinha dos sonhos, somente para ser recebido por uma voz muito familiar. Qualquer sinal de apreensão sumiu do príncipe ante a patifaria da colega. Com os olhos entrecerrados e a cabeça meneando levemente, ouviu-se dizer: “ Garota mau caráter! ” Não que pudesse passar sermão na anilena — não com seu histórico pesando nas costas —, mas ela estava tentando tirar vantagem logo dele? Tsc. O estalo da língua acompanhou o cruzar dos braços, ao passo que relaxava o corpo contra a cadeira. “ O que você 'tá aprontando, Selina? Desde quando tu se interessa por sonhos? Não sei dizer se está entendiada ou tentando me assaltar na cara dura. Tá arriscando mesmo suas sete vidas. ”
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sorenotsoren · 4 years
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atlashvnds​:
“Parece piada de mau gosto, né?” Atlas comentou para a pessoa ao lado, sem sequer dar atenção a quem era de fato. Só precisava de um par de ouvidos para ouvirem suas reclamações, pois reclamar era como um esporte para o feiticeiro amargurado. “A pessoa vai lá e me lança uma maldição que diz que nunca encontrarei o amor verdadeiro, aí eu venho pro Instituto e com o que me deparo? Um feriado pro amor verdadeiro. É como se o Narrador cuspisse na minha cara e dissesse ‘volta pra floresta, musgo de pedra’. Por isso que só rindo, sabe, rir pra esquecer da desgraça.” E assim virou a garrafa de hidromel em mãos, ironicamente rotulada como Poção do Amor. Mesmo se fosse uma poção do amor verdadeira, Atlas duvidava que mudaria alguma coisa em sua situação. “Enfim, chega de arrastar meu chifre por aí, não quero ser o estraga-prazeres da noite. E você, veio com acompanhante?”
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Os lábios em contato com o gargalo da garrafa, curvaram-se ante o desabafo, o vidro não encobrindo em nada o sarcasmo da expressão. “ Achei que ‘volta pra floresta, musgo de pedra’ fosse o lema do nosso grupinho, mein freund, o OMN. ” Entendia melhor do que gostaria a revolta do amigo, compartilhando com ele uma ira saudável contra os planos do Narrador. Trocando a bebida de mão, voltou-se de corpo inteiro para o feiticeiro com determinação estampada nos olhos. Sem hesitar, ergueu a destra para acomodar o queixo alheio entre o polegar e o indicador, obrigando-o a o encarar. Adepto a atos teatrais, ostentava falso semblante contemplativo, tendo o cenho franzido e os lábios levemente projetados. “ Mas que riso é esse que mais parece que ‘tá sentado em um prego, meu querido. Vamos dar conta primeiro dessa desgraça de humor e seguir para as outras eventualmente ” declarou, mudando o controle sobre Atlas para dar um leve tapa em sua face. “ Baby steps. ” Não seria fácil, principalmente por ser um talento inato do anileno estragar muitos prazeres, contudo, pela amizade, tentaria. “ E não importa se vim acompanhado ou não, estou aqui com você agora. ” Conforme as palavras eram ditas, o braço se moveu para envolver o outro num abraço de lado. “ Posso não ser seu amor verdadeiro, mas me disponho a ser o dessa noite, se quiser. ” sugeriu, sorriso exageradamente lascivo esticando-lhe a boca.
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sorenotsoren · 4 years
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cruclprince​:
‘ qual é, você já deve ter jogado sete minutos no paraíso certo? ’ questionou de forma descrente ao outro, apenas por não acreditar qual parte da sua proposta não havia sido entendida. ‘ no jogo comum, rodamos uma garrafa e vemos que casal vai passar sete minutos num lugar privado dando uns amassos, neste caso não temos garrafa e nem outros participantes, então seriam sete minutos no paraíso apenas comigo, não é uma proposta tentadora? ’ abriu um sorriso embriagado para a pessoa a sua frente, ao menos tinha seguido o conselho do irmão e estava usando o álcool para poder aproveitar o baile como ele gostaria.
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A cabeça fora jogada para trás assim que o riso lhe ultrapassou os lábios. Criaturas engraçadas os Westergaard. De fato, quanto mais os observava, mais tinha certeza que nenhum dos frutos havia caído longe da árvore. Primeiro Njord, agora... “ Estou bastante familiarizado com as regras, a quebra-las também, se preciso. Sete minutos podem passar muito rápido... ” confidenciou, assistindo a confusão embriagada do rapaz. Não o julgava, é claro, visto a quantidade de vezes que já fora vitima do próprio ego. No entanto, embora apreciasse abordagens diretas — sendo ele mesmo um adepto e apreciador ferrenho delas —, não podia cair na do sulista. Questão de princípios, diria. “ E apesar da proposta ser tentadora, meine liebste, do que adiantaria eu te proporcionar um dos melhores momentos da noite e você não lembrar de nada? Já passei por isso antes, não ‘tô muito a fim de repetir a experiência. Difícil superar um baque desses no meu ego novamente. Mas boa sorte com o próximo. ”
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sorenotsoren · 4 years
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itsautumnstein​:
(𝐅𝐋𝐀𝐒𝐇𝐁𝐀𝐂𝐊) — 𝐚𝐟𝐭𝐞𝐫 𝐭𝐡𝐞 𝐦𝐚𝐭𝐜𝐡 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐜𝐞𝐧𝐭𝐮𝐫𝐲.
❝Venha até mim, Autumn Rose.❞
❝Me deixa em paz!❞ Suas palavras agitadas irromperam no silêncio absoluto que pairava na enfermaria, tarde demais da madrugada para qualquer aprendiz estar conversando ou mesmo acordado naquele lugar. Ela própria repousava até uma voz desconhecida lhe invadir em sonhos — conturbados demais devido aos acontecimentos do dia —, o terror em ter algo ou alguém em sua cabeça fazendo-a acordar num sobressalto, a respiração acelerada. Tendo plena noção de como funcionava o seu poder, Autumn sabia que vozes surgindo inesperadamente não se incluíam no pacote. O que estava acontecendo? Pensou por um instante enquanto se desfazia da confusão mental em despertar bruscamente, recordando-se das poucas cenas vivenciadas consciente durante o ataque — já eram o suficiente para entender o motivo de estar ali. A dor de cabeça também entregava, claro. Numa poltrona ao seu lado, encontrava-se um @sorenotsore​ alerta, muito provavelmente devido ao seu grito repentino. Sequer lembrava do seu estado no ocorrido de horas atrás, mas já era um enorme alívio vê-lo ali. Vivo. ❝Te acordei?❞ Um questionamento óbvio, mas vale lembrar a condição mental da aderense ainda um tanto quanto vacilante. Sua voz nada mais era que um sussurro e, ignorando qualquer relação meramente de provocações e poucas conversas reais que ambos se faziam ter, soltou: ❝Eu… eu tive um sonho muito esquisito agora.❞
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Talvez tivesse batido a cabeça mais forte do que dera crédito a princípio ou, quem sabe, fossem os remédios para dor a afetá-lo daquela maneira. Qualquer que fosse a razão, os sonhos de Soren fugiam do comum naquela noite. Ao invés das habituais cenas desconexas, misto de lembranças e imaginação, eram os contos de ninar da avó que ocupavam a mente adormecida, embora maculados por interferências medonhas. Os cenários grotescos eram tão nítidos que o corpo reagia fisicamente, retraindo-se em espasmos ante o terror inventado. O pior, no entanto, era a voz sombria, como o sibilar de várias criaturas, que sussurrava uma cantiga agourenta repetidamente. Por sorte, o sono agitado fazia com que a poltrona na qual dormia rangesse, os pequenos ruídos ajudando a afastá-lo gradualmente das cenas perturbadoras, ainda que não rápido o bastante. 
" Mostre-me o que deseja, príncipe. "
Despertou do pesadelo sobressaltado, o murmúrio soando cada vez mais venenoso conforme pairava no limiar da sua consciência. Caralho, que tipo de poção tinham lhe dado? Sentia os membros pesados, duros, e ainda ouvia vozes? A mão enfaixada foi até o rosto, os dedos pressionando os olhos ao tomar uma respiração profunda. Não sabia como o medicamento havia sido aprovado, mas certamente não o tomaria novamente… Ou sim, com certeza, pensou, trincando o maxilar ao tentar mudar de posição na poltrona. Servir de saco de pancada pra ogro, afinal, tinha suas consequências. De todas as coisas que podiam ter acontecido durante o jogo… O suspiro que deixou seu lábios exprimia frustração e cansaço. Dar uma de herói realmente não era para ele, porém, não podia se dizer arrependido ao lembrar de Saxa ou encarar o corpo na cama a seu lado — corpo esse que, aparentemente, vivia para assustá-lo com seus despertares súbitos. A destra automaticamente se moveu para o peito, como se o toque pudesse diminuir a dor que o movimentar repentino causou. “ Puta merda, Autumn ”, repreendeu em voz baixa. Não conhecesse melhor a princesa e seus apagões, diria que criara gosto por surpreendê-lo daquela forma — uma estratégia peculiar para desconsertá-lo por um instante. “ Não, não me acordou ” sussurrou de volta. Apesar da intenção tranquilizadora por trás da resposta, não lhe escapou como poderia soar estranha. Já esperava um “ o que estava fazendo então? Me observando dormir, bonitinho? ” como réplica, dado o tipo de provocações que costumavam trocar, contudo, fora pego de surpresa novamente. O tom sério e incerto da Stein atiçou algo em seu interior — uma curiosidade mórbida —, incitando-o a se inclinar rigidamente sobre sua cama. “ Vindo de você, Soneca, chega a ser preocupante. ” As íris escuras estavam focadas na face apreensiva, a voz saindo mais suave ao questionar “ Com o que sonhou? ” Não tinha dúvidas de que não vinha de um sono tranquilo, assim como ele. Seria possível terem tido o  mesmo tipo de sonho?
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sorenotsoren · 4 years
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. 𝐭𝐚𝐬𝐤 𝟎𝟎𝟓  —  𝒕𝒉𝒆 𝒉𝒆𝒓𝒐'𝒔 𝒋𝒐𝒖𝒓𝒏𝒆𝒚 .
Depois de muito debater, decidi postar esse pov. Ele é uma continuação do que aconteceu com o Soren após ele e Saxa se separarem aqui. Peço perdão de antemão por qualquer confusão que o texto possa causar, mas o que vale é a intenção.
Agradecimentos especiais a @itsautumnstein, @lleroisoleil, @yourhghness e @sxweselton por me aguentarem e incentivarem a criação... Disso kkkkkk Bem, boa leitura! 
                                                                       Saxa.
A palavra ainda ecoava em sua mente, tendo sido a última coisa que havia dito antes de perder completamente o rastro na duquesa. Não por displicência ou covardia, simplesmente não podia ir atrás da Weselton.
                                                         ✦ ✦ ✦
Ao murmurar sobre a energia caótica emanando da floresta, seguramente não esperava receber um muro de hera como réplica. Um muro alto, vivo, extremamente determinado e rápido. Muito rápido. Entre xingamentos e longas tragadas de ar, Soren começava a cogitar a possibilidade da avó ter previsto seu futuro, já que realmente morreria pela boca. Sim, sim, havia escutado todos os avisos sobre as árvores esconderem não somente ouvidos, como garras e presas — contudo, escutar e absorver o que se era dito, eram coisas distintas. Além do mais, como poderia imaginar que o preço de deslize tão insignificante, seria ser perseguido por um amontoado de folhas?
Puta que pariu.
Precisou somente de um breve olhar sobre o ombro para testemunhar, embora preferisse que não, a implacabilidade daquela manifestação mágica. Não existiam conceitos como desvio ou obstáculos no vocabulário da floresta, aparentemente. As gavinhas agitadas simplesmente envolviam e tomavam tudo, não permitindo que nada permanecesse em seu caminho, fosse isso inanimado ou não. E elas o estavam perseguindo. Não podia ressaltar o bastante aquele absurdo. Perseguido, acossado, caçado, acuado. A lista se repetia uma e outra vez em sua mente, enquanto mantinha-se em movimento constante. A distância entre Fitzherbert e a ameaça inesperada não era muita, visto que só um deles se tratava de ser inesgotável — e os músculos queimando na coxa, deixavam claro que aquele não era ele. Ah, sua sorte... Ela nunca haveria de mudar, huh? E, como se para provar os melindres do destino em sua fatídica vida, um trecho de mata fechada surgiu bem à frente.
Obviamente, Soren sempre fora dado a atitudes e declarações dramáticas, mas não estaria exagerando ao assegurar que encarava a viva imagem da morte no concentrado de árvores. Sua morte, para ser exato. Sabia em seu íntimo que entrar ali seria seu fim, embora não houvessem muitas opções disponíveis além daquela. A respiração entrecortada, se possível, tornou-se ainda mais irregular. Não podia se deixar cair, não quando tinha que encontrar Saxa --- e ele ia. Recusava-se a pensar que a duquesa… Não. Não.
A mera sugestão de pensamento fez com que uma nova onda de adrenalina se alastrasse por suas veias, incitando-o a acelerar apesar do corpo fatigado. Seu plano até o momento se resumira a manter distância do muro, estratégia fadada ao fracasso. Não conhecia seu inimigo, pelo Narrador, não fazia ideia do que aquilo era. Uma pequena parte de Soren lhe dizia que estava condenado, entretanto, o rapaz não tendia a dar ouvidos sequer a própria razão — o que se mostrou deveras útil, pois só então lembrou das palavras do pai durante um de seus treinamentos. Quando deparado com um beco sem saída, crie uma. Claro, Eugene se referia a algo mais simples na época, ocupado em ensinar furtividade a ele e Louis, porém, a lição lhe serviria bem ali. Virando-se com uma mão estendida, o herdeiro de Corona encarou a parede de hera indo em sua direção e, dedicando cada partícula de ar remanescente em seus pulmões, proferiu um desesperado encantamento.
“Redigendum Cinis!”
A magia cortou a distância entre o príncipe e o arbusto com um silvo crepitante, queimando tudo em seu caminho até o alvo. Subitamente, o som de galhos, folhas e gavinhas sendo ferozmente consumidos por fogo invisível, para Soren, tornou-se a personificação do alívio. Finalmente, pensou, ao se permitir cair de joelhos, já não suportando o próprio peso. Se sentia tão, tão exausto… Criar sua própria saída havia o esgotado, mas pelo menos tinha funcionado. A Criatura havia parado. Um arfar particularmente sôfrego deixou seus lábios, as palmas encontrando o chão quando o corpo de curvou. Provavelmente aquela era toda a sorte que teria no dia — não que estivesse reclamando. Talvez pudesse descansar um pouco ali, recuperar o fôlego, esperar que seus membros quisessem obedecê-lo novamente.
No entanto, um sibilar colérico preencheu a noite. Por um átimo de segundo, desejou que se tratasse de cobras e não do ruído de mil folhas se agitando. Abrindo os olhos que sequer percebera ter fechado, encarou irado a parede sobrenatural sacudir, assemelhando-se mais a um animal que qualquer outra coisa. Um animal furioso. Bom, aquilo fazia dois deles.
Dessa vez não teve forças ou tempo para reagir. Numa retaliação medonha, o muro avançou sobre o aprendiz, cuja última visão fora um desprezível tom de verde salpicado do laranja cintilante das chamas.
                                                        ✦ ✦ ✦
A primeira coisa que notou foi a dor insuportável em sua cabeça. O latejar incessante parecia vir de todos os lados, embora a mão tenha se erguido para pressionar as têmporas num esforço inútil, visto que nenhuma melhora viria do gesto. Estava além de qualquer tipo de raciocínio lógico, tendo sequer decidido se estava vivo ou não. Uma ingestão aguda de ar e um franzir de cenho depois, decidiu que sim, estava bastante vivo e sangrando — bem, sangrando mais do que antes. Com dificuldade, abriu os olhos, sentindo até mesmo os cílios doerem. Claramente, uma ressaca mágica era mais potente que as de dez Calanmai juntos. Soltando um longo suspiro, Soren tentou relaxar o corpo contra a árvore, inclinando a cabeça para trás e... Calma, o que!? A percepção tardia de onde estava veio com um sobressalto, as orbes quase saltando para fora ao se ver sentado comodamente contra um tronco milenar — do qual se afastara como se queimado pelo contato, chegando a sentir uma leve vertigem devido a velocidade do movimento.
Ah, grande coisa... De fato! Para alguém que fora literalmente engolido por uma montanha de plantas, despertar daquele modo era enervante, revoltante mesmo. Estava desnorteado o suficiente para não conseguir formar uma teoria objetiva, porém, tinha plena convicção de que estavam o provocando. Como poderia pensar de outro jeito? Um olhar para as roupas intactas e seu posicionamento não deixavam dúvidas: havia sido arrumado tal qual uma marionete. Ou uma presa, corrigiu-se, ao desviar a atenção para seu entorno.
A clareira se abria num círculo quase perfeito, sendo pontilhada por pequenos amontoados de rocha aqui e ali. Não conseguia discernir um padrão na disposição, apesar do empilhamento certamente não ser natural. As irises castanhas logo passaram a analisar tudo com cautela, tanto quanto a luz da lua lhe permitia. Da relva curta às macieiras ladeando todo o espaço, tudo irradiava... Morte, putrefação. Soren contraiu as mãos em punho com o pensamento. Teria ele…? Não. Não era forte o bastante para criar algo tão mórbido e assombrado. Não seria capaz. Uma risada histérica ameaçou tomar seus lábios, mas um menear o impediu, a dor na cabeça se mostrando incrivelmente eficaz na contenção de qualquer ato além de um gemido baixo. O ruído mínimo, no entanto, revelou a altura do silêncio que o envolvia, ganhando novamente seu foco. Estranho. Por instinto, alcançou a bota, encontrando conforto na textura fria da sua adaga. Pelo menos aquilo tinha permanecido consigo, pensou, erguendo o corpo com dificuldade. 
O barulho da folhagem seca esfarelando sob seus pés a cada passo lentamente dado, denunciavam sua incapacidade de seguir ritmo mais acelerado. Além dos cortes oferecidos de boa vontade pelos nagas e o muro de hera, suas costelas pareciam ainda piores do que no after ogros, a pressão exercida no peito dificultando que se movesse com agilidade ou atingisse uma posição ereta. Precisava urgentemente de um bom descanso, no mínimo --- o que, infelizmente, não deu certo da última vez. Assim, decidiu que enfrentar a dor era uma alternativa melhor a ficar desprotegido em campo aberto, à mercê do quer que habitasse aquela terra estéril. Como era típico de sua natureza, o pensamento mal havia se formado e já se embrenhava floresta a dentro. Não tinha tempo a perder, não com Saxa e Aurae perdidas em algum lugar daquele matagal infernal. 
Uma ingestão de ar repentina marcou o momento em que um espinho cravou sua palma. Como se já não tivesse perdido sangue o suficiente ali. 
"Criatura vingativa", murmurou sob a respiração, irritado. Não podia falar nem pensar enquanto no terreno assombrado? Ótimo. Perfeito. Reprimindo outro xingamento, redobrou os esforços para não tocar em arbustos ou troncos, evitando árvores e cipós igualmente. Sua recém adquirida animosidade em relação ao verde não o ajudava em nada. Decerto, alguém mais sábio teria aprendido a partir dos erros com os duendes, não se arriscando uma segunda vez na mesma noite --- era uma pena, realmente, que o conceito nunca pudesse ser associado ao Fitzherbert. 
Pressionando a ferida para interromper o fluxo pegajoso contra os dedos, continuou seu caminho apenas para parar bruscamente após poucos metros. Podia não ser sábio, mas possuía uma visão treinada para o escuro --- habilidade que lhe valia muito mais agora, pois se não estivesse enganado, o pequeno amontoado de roupas encolhido nas raízes grossas era…
"Aurae", o nome deixou seus lábios num sussurro angustiado, sua intensidade tornando irrelevante se fora gritado ou não. O suéter creme e dourado da irmã era inconfundível. 
Não pensou que podia ser um equívoco ou uma armadilha, sua mente fatigada só poderia lidar com uma alternativa por vez, e essa era que estava certo. Entre tropeços e ofegos, aproximou-se da gêmea o mais rápido que pôde. Já não ligava sobre ter sido engolido por espécie semelhante às que o cercava, sempre e desde que o ajudassem a chegar ao seu objetivo. Aurae. Aurae. Aurae. Pelo Narrador, não conseguia pensar em nada além de seu nome, se estava bem, viva. A aura funesta do pequeno bosque nublava sua percepção, deixando-o depois de 19 anos, sem saber se algo ou alguém ainda respirava; se ela respirava. Portanto, foi num frenesi ansioso que alcançou o corpo delicadamente encolhido, virando-o para si. Só então a respiração presa foi solta num arquejo dolorido, o som refletindo a angústia de ver sua outra metade inconsciente e fria, os lábios perdendo a cor conforme ela perdia a vida.
"Aurae", repetiu, sem ar. "Aurae, meine schwester, wach auf", implorou, não recebendo resposta. As mãos puxavam o corpo gélido contra o seu, aninhando-a, tentando inutilmente aquecê-la ao esfregar as palmas sobre cada canto que conseguia. Era uma ação frenética, desajeitada, puramente ligada a incapacidade de manter a calma. Como podia!? Achava estar preparado para tais momentos, acreditava ser forte o suficiente… Ledo engano. Nunca estaria pronto para encarar perda tão definitiva. Com delicadeza destoante ao comportamento mostrado, tocou a face da princesa, depositando leves batidas contra a tez macilenta. “Ich bitte sie, wach auf.” E, talvez, ainda houvesse em si resquício dos poderes da mãe, pois ante o último contato, as pálpebras outrora imóveis, tremularam.
Alívio foi algo que sentiu ao dar cabo dos naga ou mesmo quando pensou ter se livrado da Planta Mortífera; a emoção o inundando a medida que assistia Aurae despertar, entretanto, era indescritível. Como um torno solto de uma só vez, seu peito fora liberado do agarre impiedoso da angústia. A lógica já escassa, escapou-lhe por completo ao encarar irises de um raro e límpido tom de verde. Embora desbotados, arrancaram um ruído surpreso de sua garganta.
"Aurae!" Exclamou, envolvendo-a num abraço apertado, aconchegando o próprio rosto nos fios loiros. Tinha certeza que sua expressão se via tão torturada quanto se sentia — não que tivesse importância. Ela estava viva.
“Sor-” a voz enrouquecida falhara, o som áspero enviando um arrepio espinha abaixo.
“Sssh, não se esforce… Pelo Narrador, não se esforce. Irei tirá-la daqui, schatz” prometeu, repentinamente ciente do seu estado. Aos poucos, partes subjugadas do seu cérebro voltavam a funcionar, tornando-o novamente capaz de raciocinar. Afastando-a, segurou seus ombros com delicadeza, os olhos passando pelo corpo diminuto e, finalmente, assimilando sua condição deplorável. “O que fizeram com você?” 
O sussurro do anileno morreu no instante que delineou um fino corte na têmpora alheia,
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sorenotsoren · 4 years
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yourhghness‌:
Ele ainda não tinha decidido sobre sentir nada além de pavor em relação ao que havia acontecido com Alizayd. Mesmo que tivesse uma amizade instável com o rapaz, baseada em puro interesse, Njord não cogitaria tirar a vida do mesmo nem nos piores dias. Não duvidava que isso não tivesse passado pela cabeça de Ali, no entanto – era visível que tinha se despido de qualquer remorso há bastante tempo. O Westergaard era um homem de palavras, muito antes de ser um homem de ação. Sua reputação vilanesca certamente seria incrementada se o ocorrido viesse a público, mas a interferência da Diegese, uma prisão e uma pena bastante dura também viriam a galope, algo que preferiria evitar. Enquanto ele era a prole de um vilão que sequer existia para protegê-lo, Soren era o brilhante filho da rainha-sol Rapunzel. Estava evidente quem levaria a culpa, e era o que levava o príncipe a tomar medidas drásticas, desesperadas. O outro era mais forte do que tinha se permitido reparar, e enfraquecido pela doença, Njord sentiu seu aperto ceder enquanto os pulsos eram envolvidos. Ter o Fitzherbert constatando, em primeira mão, como sua pele estava fria, apenas daria mais munição para que espalhasse o relato de que, além de um assassino, o filho de Hans era também um moribundo. Para completar, o desgraçado estava… sorrindo? O herdeiro gostaria de arrancar aquele sorriso do rosto dele a socos, enquanto encarava a boca alheia fixamente, dois segundos antes de explodir. “ Você me pede calma? ”  perguntou com indignação, deixando escapar breve riso histérico. Por mais que o sulista fosse conhecido por seu controle e frieza, nos últimos dias tudo vinha desabando ao ponto de fazer com que se equiparasse a um qualquer em termos de planejamento.  “ Puta que pariu, Soren, ao menos está levando isso a sério? A gente tá fodido! ” chacoalhou uma vez, finalmente soltando a gola alheia para passar a mão no cabelo, exasperado, por ter apontado que tinha outras intenções com o contato — o que talvez não fosse mentira, mas naquele momento, não era preciso que o Westergaard tivesse isso a atravessar a mente. Respirava com dificuldade enquanto pensava, mas ganhou tempo suficiente para deixar que o herdeiro de Corona esquecesse que tinha presenciado pelo menos dois momentos de fragilidade seus. Seria melhor se focasse no principal, garantindo que ele não contaria nada a Merlin durante o interrogatório.  “ Se alguém ficar sabendo… Depois disso… Dele não ter voltado para as carruagens… ”  frisou, levantando o olhar   “ Acabou ”  mesmo que estivessem sozinhos na sala, Njord mantinha o tom baixo, aproveitando-se da proximidade, e torcendo para que ninguém decifrasse suas falas. Talvez não fosse minimamente útil ameaçar o Fitzherbert, já que isso apenas arrancaria mais de seu deboche, mas o olhar era intenso enquanto fixado no mais novo.  “ Vão pensar que sumimos com os outros. Caramba, não que a gente tenha sumido com ele, você sabe, você estava lá, mas —”  se interrompeu, bufando, o ar pesado enquanto ele engolia em seco, apenas para se assegurar de que estavam na mesma linha de pensamento. “ Não tenho certeza se estava respirando na última vez que o vimos ”
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Era uma inversão de papéis absurda que experimentava no momento. Ao passo que Njord explodia, o anileno mantinha sua posição com tranquilidade forçada — comportamento deveras atípico para ambos. Em anos de uma amizade superficial, baseada em interesses e elos em comum, não recordava já ter testemunhado tamanho destempero no outro. Não era mera revolta que via nas írises gélidas, era medo. A constatação o pegou de surpresa, fazendo sua confiança vacilar. Nunca teve o Westergaard como exemplo de honra e benevolência, pelo contrário, via-o pelo que era: o epítome da arrogância e egoísmo. Achava-o interessante exatamente por isso — inclusive, preferia aquela versão, pois detectar o mínimo de consciência em sua face, provou-se desconfortavelmente inquietante.  A súbita preocupação do sulista funcionava como um holofote projetado sobre seus defeitos. Se Njord estava tendo uma reação mais adequada à situação, o que poderia dizer de si mesmo? O aperto sobre os pulsos alheios estreitou então, o sentimento de raiva aumentando a cada segundo que passava naquela posição cativa. A calma autoimposta e mal disfarçada pelo sarcasmo, teve fim no instante em que foi liberado com uma sacudida, como se fosse a porra de um moleque. “ Só vamos estar fodidos se continuar com esse show, porra! ” As palmas foram de encontro ao peito arfante a sua frente sem perder tempo, empurrando-o para longe de si. Quem diria. Não mentira ao dizer que imaginara cena semelhante os envolvendo, embora sob contexto diverso, no qual afastá-lo não era prioridade. Contudo, a faísca em seus olhos ao encará-lo não era em nada parecida com a que ostentava em imaginação, e Soren teve que conter o ímpeto de rosnar para as palavras ditas. Tinha plena ciência do que fizeram, do que fizera; e o que fez, a seu ver, fora o necessário. Os dedos longos se ocuparam com a própria gola, enfim a ajeitando com pouca delicadeza — traço que talvez devesse adotar para lidar com o surto do príncipe, mas que era incapaz. “ Quem nos deduraria? O Ali? Bom, aqui ele não ‘tá. A não ser que você dê nos dentes, ninguém vai descobrir nada. ” A rispidez e ironia fazia com que soasse insensível até para os próprios ouvidos, porém, não deixava de ser verdade. Na Ilha, as opções tinham sido bastante simples: era Ali ou eles. Não se arrependia da escolha feita, não podia se forçar a tanto, principalmente quando sabia que não haviam ido tão longe quanto o imrense parecia acreditar. Queria dizer que o desaparecimento do filho de Aladdin estava mais a favor deles que contra, entretanto, novamente se segurou. Havia visto a fragilidade em seu olhar, o temor tingindo suas palavras trôpegas — algo alarmante em alguém reconhecidamente eloquente —, e apesar de genioso, o Fitzherbert não era um completo idiota. Engolindo parte de sua irritação, aproximou-se novamente do moreno, travando seus olhares. “ Nós não matamos ninguém, corte essa merda agora ” disse, resoluto. “ Ele nem era humano, Njord. Uma surra não ia matar alguém como ele, pelo Narrador! Estou lisonjeado que tenha nossas habilidades em alta conta, mas ele estava bastante vivo quando o deixamos lá. ” Claro, tinham deixado o aprendiz desacordado em meio a um parque que distribuía brinquedos amaldiçoados, vulnerável a vingança de qualquer uma de suas vítimas que desejassem tirar proveito da oportunidade e... Os pensamentos não ajudavam em nada seu estado de espírito, assim, dispensou-os com um menear. Já se encontrava num humor instável pelos questionamentos do príncipe, não se deixaria afundar naquilo. Portanto, foi num impulso que adicionou. “ Eu senti que ele estava vivo, então faça um favor a nós dois e esqueça esse assunto. Isso nunca aconteceu. ” A exposição, mesmo que sutil, da sua estranha e mórbida ligação com a morte, fez com que procurasse as írises em busca de compreensão. Não costumava falar de seus dons singulares, e não começaria ali, mas esperava que a sinceridade imposta na fala o convencesse — bem, pelo menos no momento. Felizmente, prolongar a conversa estava fora de cogitação, visto que a voz de Merlin começou a tilintar em sua mente, avisando da proximidade de seu interrogatório. Com a destra, segurou o ombro do Westergaard num gesto enganosamente camarada, depositando um breve tapa em seguida. “ Agora que já estamos conversados, talvez seja melhor procurar algo para lhe aquecer ” sugeriu, permitindo-se vocalizar detalhe outrora ignorado. “ Eu me ofereceria, mas tenho algumas perguntas despretensiosas a responder. Bis später, meine liebe. ”
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— ENCERRADO.
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sorenotsoren · 4 years
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F L A S H B A C K — game of the century.
itsautumnstein‌:
Competitividade era algo que corria pelas veias de Autumn — o que tornava imensamente mais decepcionante o fato de não poder praticar esportes em sua infeliz totalidade. Talvez, quem sabe, o Narrador tenha feito de propósito: lhe desgraciado com tamanho sono para que toda sua vida fosse rodeada de drama e impedimentos. Não poderia negar que renderia um bom conto, mas precisava ser o dela? Merlin, no fundo, deveria agradecer todos os dias pela quantidade de coisas que a garota era impossibilitada de fazer devido aos seus apagões. Sejamos sinceros, seriam confusões demais para dar conta se pudesse aprontar sem a chance de dormir repentinamente. Levando em conta todos esses fatores, não era difícil imaginar que a aderense era um tanto quanto boa torcedora quando aquela época do ano chegava nos ares do instituto, fazendo seus aprendizes inspirarem e expirarem rivalidade. E, por boa torcedora, leia-se: gritar nas arquibancadas e alimentar discussões triviais e momentâneas naqueles jogos eram sua especialidade. Naquele dia, inclusive, estava especialmente feliz, considerando a vitória de sua casa sobre a Ralien, o que arrancou gritos exaltados da arquibancada, os aderenses e qualquer um a torcer contra os ralienos tomados pela empolgação da partida bem-sucedida.
Estava pronta para acompanhar o restante do torneio naquela tarde, ainda decidindo se deveria torcer pelos seus colegas da Imre ou da Anilen, quando o absurdo, o inacreditável, aconteceu. Os jogadores se transformaram em ogros horrendos diante dos olhos de todos os espectadores, a torcida incrédula por um momento antes dos gritos de empolgação darem lugar à gritos desesperados — o de Autumn incluso. Precisava fugir e, no meio de todo aquele caos, sequer teve tempo de se aproximar de alguém específico para saírem juntos dali. Bom, estava ela por ela naquele momento. Desatou a correr e tudo que podia esperar era que no castelo estaria segura — e encontraria seus amigos todos bem. Qual foi sua surpresa, então, a de topar justo com @sorenotsore​ assim que pôs os pés no local? Justo a pessoa de quem estava fugindo pelo sonho que teve, Narrador? Sério? ❝Ai, mas tinha que ser você, né?❞
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Não era hora e nem lugar para pensar naquilo, obviamente, mas não conseguiu conter o próprio choque ao refletir novamente sobre o teor do sonho e na situação que estavam vivenciando ali. E se… algo acontecesse a Soren? No meio daquele caos… seria essa a sua premonição? Fitou o anileno por um instante, absorvendo os próprios pensamentos, antes de dizer: ❝Escuta aqui: você não tem autorização de morrer hoje, ‘tá me ouvindo?❞ Óbvio que eram palavras inúteis de se dizer, dado o cenário atual e estarem impossibilitados de tomar qualquer atitude funcional a respeito, entretanto era inevitável a preocupação. Ela não queria acreditar que poderia estar sonhando com mortes reais. Podia provocar o herdeiro de Corona e encherem a paciência um do outro, mas vê-lo morrer não estava nos seus planos. ❝Trate de ficar vivo, Fitzherbert.❞ Seu tom sequer disfarçava a própria apreensão e, tendo desviado a atenção momentaneamente para o príncipe, não percebeu o ogro que se aproximava dos dois. Digamos que o susto da garota foi tamanho que, bom, vocês já sabem: ela apagou.
Após quase duas décadas amaldiçoando seus poderes, Soren se via vergonhosamente dependente deles no momento. Ah, a ironia… Podia viver muito bem sem ela, obrigado. Infelizmente, o Narrador não parecia compartilhar do mesmo pensamento. Monstros resistentes a magia? Era pra acabar com qualquer príncipe de armadura brilhante — e ele sequer possuía uma. Enquanto atravessava os jardins de Dillamond com dois ogros em seu encalço, quase sentiu uma centelha de simpatia pelos ralienos e seus futuros atormentados por criaturas como aquelas. Claro, o lapso não demorou a passar. Sua mente tinha coisas mais importantes para lidar, como por exemplo, encontrar algo afiado e pontiagudo para imobilizar os pés incrivelmente rápidos que o seguiam. Puta que pariu, aquilo não fazia o menor sentido, nada fazia!
Contudo, não era hora de questionar as leis da física. Uma breve olhada para trás, que lhe causou uma pontada dolorida na altura das costelas, foi o suficiente para confirmar o que seus ouvidos já alardeavam: seus perseguidores se aproximavam. Esticando uma das mãos às costas, permitiu-se liberar um pouco do seu poder, os lábios delineando a palavra " Germinare ", um segundo antes da magia atingir a terra atrás de si num borrão escuro. Ao invés de florescerem belas e delicadas plantas, do encantamento de Soren ergueram-se ramos secos, de galhos grossos e espinhosos. Os jardineiros de Aether teriam muito com o que trabalhar quando — se —, tudo voltasse ao normal, considerando que aquela estava sendo sua estratégia de retardamento desde que pisara em solo gramado.
Talvez devesse começar a pensar nos marceneiros, também, pois ao voltar a correr, as portas laterais do castelo entraram em seu campo de visão — e não havia chance alguma de que fosse abri-las gentilmente. Sua respiração vinha sofregamente e a lateral do corpo protestava com cada movimento, ainda assim, impulsionou-se com mais afinco em direção a entrada, os dedos já formigando pelo que estava por vir.
" Aperire! " O estrondo que seguiu as palavras geralmente significava uma longa detenção, porém, agora era o prenúncio de um aumento exponencial da sua expectativa de vida. Estilhaços de vidro e madeira se espalharam pelo terraço e além, não demorando a serem espatifados sob o peso das botas de Soren.
Raros eram os momentos em que mente e instinto trabalhavam em harmonia com o príncipe, mas agora pareciam uma sofisticada melodia: clara e precisa. Sabia para onde ir, como chegar e, uma vez no local, o que pegar. Cruzava com rapidez e naturalidade os corredores, não alheio aos eventuais gritos e baques que vinham de lugares próximos, quando deslizou numa parada abrupta. A sua frente, bloqueando o caminho, estava um ogro. Ótimo. Grandes, ligeiros, resistentes e silenciosos.
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" Porra! " soltou entredentes, voltando-se sobre o calcanhar para correr na direção em que viera. Sua má sorte ultimamente estava pegando turno duplo, horas extras e tudo mais que tinha direito, era quase ilegal. Apressou-se, então, pela primeira entrada livre a sua direita, fechando a porta ao passo que exclamava " Petrefactum ", as mãos espalmadas contra a madeira. Logo era em pedra que tocava, dura e espessa, espalhando-se também para as paredes. Tinha que servir, pensou, já se movendo para o portal oposto. Sem perder tempo, repetiu o encantamento, tendo como som de fundo batidas surdas, insistentes. Certo, aquilo retardaria o avanço do monstro, mas ainda tinha meio castelo para atravessar até que pudesse chegar ao ginásio. Uma breve inspeção foi o suficiente para perceber que estava próximo do saguão principal. Sem mais empecilhos, estaria empunhando uma espada dentro de instantes. Uma visão bastante otimista e improvável, dado quem era; a voz que escutara em seguida apenas comprovando isso.
“ Sempre um prazer, Tonton ” retrucou, o trejeito galante falhando miseravelmente na rispidez do tom — ser charmoso e buscar por ar simultaneamente não estava se mostrando tarefa fácil. Confiante da resistência do encantamento, afastou o corpo da parede recém criada, indo em direção a Autumn de forma semelhante à que fizera no Calanmai. A ação, junto com o uso do apelido adotado desde então, trouxera lembranças da noite — que, inclusive, recordava detalhadamente. Assim, não deveria estranhar as palavras incoerentes da Stein, conhecida por sua tagarelice ímpar. Contudo, o cenho teimava em franzir, confuso ante a formulação do aviso. Soava muito específico, como se… E então veio a desconfiança, sentimento sempre presente nas últimas interações entre eles. Sonhara com ele novamente? O que exatamente ela sabia? As perguntas o perturbavam, mas se forçou a uma parada ao chegar perto da figura diminuta, limitando-se a sorrir com picardia mesmo naquele tipo de situação. " Não está nos meus planos fazer o contrário. " Mas talvez estivesse nos do Narrador, pois a próxima coisa que soube, foi que tinha uma bela bastante adormecida caindo aos seus pés. Ah, ele nunca perdia o toque.
Instintivamente, precipitou-se sobre a aderense, segurando-a contra o próprio peito firmemente, apesar do disparo de dor sentido nas costelas. Os dentes trincaram com o movimento repentino, rangendo ao ver a causa do apagão. Soltou o ar num bufar irritado, adrenalina sendo liberada em sua corrente sanguínea a cada passo que a criatura dava para onde estavam. " Fuck. Me. " amaldiçoou sob a respiração. Aquilo era apenas ótimo. Quantas daquelas coisas estavam no castelo, afinal? Não importava o número, fora ingênuo ao pensar que enfrentaria somente três. Com sua sorte, toparia com todos os transformados até o fim do dia — isso é, se chegasse a vê-lo, é claro. Não obstante os pensamentos pessimistas e a tensão causada pelos hematomas adquiridos anteriormente, jogou o corpo de Autumn sobre o ombro, erguendo-se sobre os pés com presteza. Sem perder tempo, enrolou um braço contra as pernas alheias, estendendo o livre enquanto dava passos em direção a escadaria. “ Liquefiat ”, proferiu, mirando o chão à frente da besta. O mármore não demorou a ceder, chiando ao ser consumido pela magia. Uma armadilha de pedra derretida. Esperava que o ogro não fosse tão inteligente quanto era rápido, porém, não esperou para ver se seu plano daria certo. Correu pelo saguão, seguindo a estratégia momentaneamente esquecida. Sem armas, com uma garota sobre o ombro e incapaz de usar feitiços mais eficientes… Suas chances não eram boas, muito menos as da Stein. Que bom, então, que pela segunda vez ouviu uma voz inesperada.
“ Parece que você precisa de uma mãozinha, mon cher. ”
— ENCERRADO.
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sorenotsoren · 4 years
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                                 . 𝐭𝐚𝐬𝐤 𝟎𝟎𝟏 — 𝐰𝐡𝐨 𝐚𝐫𝐞 𝐲𝐨𝐮 .
                                                           𝐡 𝐞 𝐫 𝐞
                                                       𝐜  𝐨  𝐦  𝐞  𝐬
                                                  𝑻  𝑹  𝑶  𝑼  𝑩  𝑳  𝑬
𝑸𝑼𝑬 𝑻𝑨𝑳 𝑫𝑬𝑺𝑪𝑹𝑬𝑽𝑬𝑹 𝑶 𝑭𝑰𝑺𝑰𝑪𝑶?
Voz: Profunda, com um toque relaxante na forma que envolve as palavras. Ciente que seu timbre é atraente, Soren criou o costume de combiná-lo com um ar de malícia (reflexo também de sua personalidade), tornando seus discursos frequentemente sugestivos. Geralmente, mantém o tom de voz moderado, alto o suficiente para ser escutado com clareza, embora passe uma impressão sussurrada por vezes. Outro traço interessante da sua voz é a leve rouquidão que adquire quando sorri através dele, ainda que seus lábios não esbocem a mesma ação. Obviamente, há outras particularidades em relação a forma que fala, todas diretamente ligadas às suas emoções, mas essas são as que mais se destacam a seu ver — bem como as que menos lhe entregam. 
Idade: 24 anos.
Gênero: cis masculino.
Peso: 82 kg.
Altura: 1,84cm.
Sexualidade: bissexual.
Defeitos físicos: Nunca foi do tipo quieto, então embora tenha nascido perfeito, seu corpo carrega algumas cicatrizes e deformações adquiridas ao longo dos anos. Entre pequenas cicatrizes de infância (de um corte próximo ao joelho e outro, menor, no queixo) e as ganhas em seus treinos, ostenta uma bela coleção de marcas pelo corpo, principalmente nos braços e tronco. Também já quebrou mais de um dedo das mãos (e mais de uma vez), o que fica bem claro na forma que o dedo médio e anelar direitos se inclinam estranhamente para trás. Na mão esquerda, o que mostra ter sofrido mais é o mindinho. Afora os frutos de seu estilo de vida, tem a pele bronzeada marcada por leves sardas.
Qualidades físicas: Soren é ágil e forte. Sua figura musculosa, mas esguia, ajuda a enfatizar tais qualidades. Também tem um equilíbrio perfeito, devido a esgrima e o boxe, esportes que pratica desde menino. Em questão de aparência, porém, poderia citar… Bem, tudo. Do que vale traços individuais bonitos se o conjunto não prestar? E até onde sabe, o seu é mais que satisfatório.
É saudável? Desde o incidente com seu cabelo, a resposta se tornou permanentemente negativa. Após o período que a magia o consumiu e alterou por inteiro, que resultou numa intensa fase de tentativa e erro com poções para melhora de seu estado, Soren passou a apresentar um estranho tipo de alergia. Magias de cura, como emplastos mágicos e feitiços, além de alguns encantamentos mais fracos, causam uma reação adversa no rapaz. Desmaios, fechamento das vias respiratórias e irritação cutânea são apenas uns dos sintomas. Ah, além disso, sempre tem crises de espirro quando próximo a pó de fadas e apresenta uma leve intolerância a lactose.
Maneira de andar: Confiante. Não há outra forma de descrever a certeza que transmite com cada passo. Apesar de tal fato ter a ver com sua origem real, não acredita que ser um plebeu mudaria muita coisa. Sua passada é determinada, vacilando somente em momentos de pura confusão, momento que perde a graça usual. As pernas longas resultam num ritmo rápido sem muito esforço — o que, curiosamente, não acaba com a impressão de que o tempo está a sua mercê.
𝑸𝑼𝑬 𝑻𝑨𝑳 𝑫𝑬𝑺𝑪𝑹𝑬𝑽𝑬𝑹 𝑶 𝑷𝑺𝑰𝑪𝑶𝑳𝑶𝑮𝑰𝑪𝑶?
Práticas / Hábitos: Alterna seus dias entre os treinos de boxe e esgrima, intercalando conforme lhe convém sessões adicionais. Encontra grande prazer nas atividades físicas, nos picos de adrenalina que proporcionam e a exaustão subsequente. Aliás, por atividades físicas também compreende o sexo. Felizmente, esse aspecto de sua vida é bem satisfatório, mesmo nos terrenos de Aether. O amor por cavalos foi incutido em sua criação desde cedo, de modo que costuma cavalgar ao raiar do sol diariamente, não sendo imune a ilusão de liberdade e selvageria que exercício parece causar em tantos. Além da rotina que o mantém ativo, apresenta também alguns trejeitos fixos, como o fechar das mãos em punhos na menor dica de perda de controle, e o sorriso de lado, sempre seguido de uma decisão impulsiva. Fora isso, só lhe resta a péssima fama de mau paciente, já que quando enfermo, torna-se insuportavelmente manhoso e resmungão.
Inteligência: Apesar da estupidez com que a impulsividade o agracia, não pode ser classificado como burro. De fato, suas notas sempre foram boas e a ótima memória, junto com uma tendência terrível a curiosidade, ajudaram a formar um interesse saudável por histórias em geral. Claro, seu estilo de aprendizado nunca foi muito convencional, dada sua necessidade de estar em movimento. Prefere escutar a ler, ainda que não esteja acima de fazer o último, e aprecia abordagens mais práticas de assuntos — literalmente aprender fazendo. Aprecia coisas dinâmicas e é bastante observador, o que talvez explique o porquê da sua inteligência emocional ser mais destacada que a intelectual. A despeito de suas emoções caóticas, ou por causa delas, o rapaz é bastante sensível ao que se passa num ambiente, compreendendo bem os sentimentos alheios… Embora tenda a escolher ignorá-los.  
Temperamento: Intempestivo. Soren é um belo Cavalo de Troia, de certa forma: você nunca sabe o que vai sair dali, mas tem certeza que não será nada de bom. Impulsivo, emotivo e genioso, não é atoa que sua personalidade é parcamente contida por seu sentido de autocontrole, arduamente adquirido com o passar dos anos.
O que te faz feliz? Soren é uma criatura bastante sociável, e como tal, sente-se feliz quando rodeado por pessoas. Mas não por qualquer um ou muitas. Prefere lidar com grupos pequenos, que detenham sua total confiança e apreço, ou seja, seus amigos. Outra coisa que lhe traz conforto e, consequentemente, felicidade, são as atividades físicas — momentos em que se sente excepcionalmente vivo. 
O que te faz triste? Humilhação gratuita, seja sofrida por ele ou por outrem, a quem julgue não merecedor. Sofreu bastante bullying quando criança, então é uma questão que o afeta profundamente. Sua tristeza ao se deparar com cenas do tipo, no entanto, manifesta-se de forma mais caótica que melancólica, já que há muito aprendeu que uma abordagem mais dura apresentava maior eficiência — e tal dureza equivale a solidez de seu punho. Deve-se ressaltar, porém, que apesar de se entristecer com esse tipo de situação, não está isento de protagoniza-las também, embora tenha para si que as vítimas de suas palavras cruéis sejam tudo, menos inocentes.
Esperanças: Com o tipo de personalidade que tem, Soren alimenta esperanças sobre muitas coisas, embora saiba que dificilmente alcançará tais metas. Para citar algumas, há seu desejo de se tornar um fardo mais leve para a família. A avalanche de problemas que causa, seja em Aether ou Corona, é motivo de frequentes reuniões entre seus avós, pais e os cabeças políticos do reino — contando com não raras participações de Merlin. Não se afastando muito dessa linha de pensamento, espera demonstrar ser capaz de dar continuação ao legado dos Fitzherbert como bons governantes, acabando com as dúvidas que a corte nutre sobre o assunto.  
Medos: Teme sucumbir a sua magia, permitir-se ser completamente consumido por ela. Num recorte mais direto, seu temor reside no fato de ter certeza de que prejudicaria quem afirma amar até então, embora prefira ignorar esse conhecimento. O tipo de criatura cruel e desumana que poderia chegar a ser, tendo em vista do que já é capaz agora, não é algo que qualquer um deseje manter em mente. 
Sonhos: Refazer suas escolhas do passado, especificamente o corte dos seus cabelos. Infelizmente, como nem mesmo a magia permite esse tipo de milagre, resigna-se a ideia de que será capaz de reparar seus erros um dia. Anseia pelo momento em que seu dia não será tomado pelo azar, que um simples feitiço não passará disso e que suas escolhas não resultarão em desastres. Em outras palavras, sonha com o controle total de suas habilidades — a partir de então, acredita piamente que conseguirá superar todos os obstáculos em seu caminho.
𝑸𝑼𝑬 𝑻𝑨𝑳 𝑫𝑬𝑺𝑪𝑹𝑬𝑽𝑬𝑹 𝑨𝑺𝑷𝑬𝑪𝑻𝑶𝑺 𝑷𝑬𝑺𝑺𝑶𝑨𝑰𝑺?
Família: Dizem que há dois tipos de família: a que você nasce e a que você escolhe. Esse talvez seja o único ponto real de sorte na vida de Soren, pois ambos núcleos familiares são tudo que poderia desejar. O primeiro, formado por seus avós (rainha Arianna e rei Frederic), seus pais (Rapunzel e Eugene) e sua irmã gêmea (Aurae), é uma confusão muito bem vinda a qualquer momento. Apesar do status de realeza, todos são muito próximos e barulhentos, fato que Soren ama. O segundo núcleo familiar é menor, mas tão importante quanto o oficial: Louis e Saxa. Dizer que são praticamente irmãos seria um tanto problemático, dado o viés íntimo que a relação entre o trio toma vez por outra, mas é inegável a ligação entre eles. O nível de lealdade, entendimento e carinho que compartilham, não pode ser facilmente descrito.
Amigos: O príncipe é uma pessoa sociável, como já foi dito, mas não é do tipo que possui 50 amigos próximos. Na verdade, com sua tendência a causar brigas e se meter em confusão, o número é bem baixo. Não que se importe. Os amigos que tem, são os que precisa, pessoas que sabe poder confiar e que tenta retribuir da mesma maneira. É bastante intenso em suas amizades, mergulhando de cabeça, o típico amigo pro que der e vier (ilegalidade sendo ponto flexível também).
Estado Civil: Noivo de Amy Encantado há 6 anos, com previsão para o casamento ocorrer pouco após sua saída de Aether.
Terra Natal: Reino de Corona.
Infância: A infância foi o ponto chave da formação de Soren, mais do que é para a maioria das pessoas. Foi nesse período que inadvertidamente se agarrou a um destino mais sombrio, tão diferente do que poderia ter sido antes. Sofreu com brincadeiras de mau gosto e com suas próprias reações a elas, aprendeu que podia impactar negativamente quem amava e experimentou um pouco da loucura que ainda pode vir a sucumbir. No entanto, ainda mantém lembranças boas dessa fase. Recorda-se das brincadeiras com sua irmã, de como conheceu Louis (um garotinho tão esquisito quanto ele), do tempo passado com Punzie e Eugene viajando, dos soldados que se revezavam para fazê-lo sorrir durante seu treinamento precoce (principalmente para distraí-lo de machucados)... Boa ou ruim, não sabia dizer, porém, tinha que admitir que sua infância tinha sido no mínimo interessante.
Crenças: Crê no poder do Narrador, na magia e que há muito mais no mundo além de bem e mal, certo e errado. Embora aparentes peões nas mãos de um ser maior, não acredita — e inclusive se recusa a aceitar — que todos os contos sejam tão rasos a ponto de caber em definições dualistas. Existe muito em Mitíca, coisas que sequer Merlin possui conhecimento, para que se contentem com explicações e soluções simples. Ou pior: acreditar na impossibilidade de praticamente tudo. 
Hobbies: Equitação, boxe, esgrima, “arte da fuga” (também conhecida como parkour, ensinada pelo pai), dardos e escalada.
𝑸𝑼𝑬 𝑻𝑨𝑳 𝑫𝑬𝑺𝑪𝑹𝑬𝑽𝑬𝑹 𝑷𝑹𝑨𝑻𝑰𝑪𝑨𝑺?
Comida favorita: Eisbein, um prato feito com joelho de porco. Ah, ele também nunca nega uma wurst, ou seja, uma boa salsicha.
Bebida favorita: Divide-se entre o café e a cerveja.
O que costuma vestir? Costuma dar preferência a calças ajustadas, combinadas com camisas mais soltas que poderiam parecer desleixadas em seu caimento, não fosse a forma que os tecidos, comumente leves, acentuam a figura bem definida do Fitzherbert. Geralmente, complementa seus looks com botas e casacos/jaquetas, os quais sempre usa abertos. A paleta de cores é clássica, sendo composta por tons que vão dos neutros aos terrosos. Não é fashionista, longe disso, mas se veste com bom gosto e discrição sem abrir mão do seu próprio estilo. No mais, há as roupas que usa para treinar, que apesar de serem feitas com conforto e praticidade em mente, não deixam de ter uma ótima qualidade e corte.  
O que mais o diverte? Soren tem um humor implicante, mas está longe de ser mal humorado, assim não sendo complicado ver graça no que o cerca Tem um fraco por irritar os amigos e provocar qualquer ser pensante com que cruza, divertindo-se imensamente com o que tira de suas reações. Também gosta muito de assistir histórias com a irmã e os integrantes do seu trio, além de ver o circo pegar fogo ao vivo e a cores, prazer que geralmente compartilha com Clio.
Por último, liste PERSONAGENS FICTÍCIOS que serviriam de inspiração para o seu atual personagem.
James Potter (Harry Potter), Achilles (mitologia grega), Luiza (vida), Claudia (O Príncipe Dragão), Dorian Havilliard (O Trono de Vidro), Cassian (Acotar, Flynn Rider (Enrolados).
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sorenotsoren · 4 years
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Se deveria ou não estar ali, era mera questão de opinião — e na dele, obviamente, devia. Garantir a vitória da Anilen fazia parte do seu código de honra, de modo que o salpicar da poção residuam nas luvas dos receptores era atitude mui digna. Havia até permanecido no vestiário, escondido num canto fedido, para garantir que tudo ocorresse como planejado, denotando o tamanho de seu esforço. De maneira nenhuma que sua Casa perderia para a Imre, ainda mais quando os Mauricinhos já tinham perdido para Aderem. Nenhum golpe atingiria o orgulho anileno naquela tarde, certificaria-se disso. Então, foi com satisfação que observou o time adversário gritar um péssimo discurso motivacional e irem a campo, luvas enfeitiçadas e tudo. A vontade de rir era quase incontrolável, mas se contentou em ostentar sorriso arrogante enquanto saia discretamente pela porta lateral do vestiário, muito cheio de si para fingir inocência. Não importava que lhe apontassem o dedo ou taxassem de infantil, caso sua interferência fosse frutífera, encararia a detenção com a tranquilidade de quem havia sido vitorioso. Eram tempos de jogos, nenhuma artimanha estava fora de cogitação. E aparentemente, não era só ele que pensava assim. Já na intersecção que ligava os vestiários e a entrada para as arquibancadas, disposta bem no meio da arena, seu trajeto deixou de ser solitário. O sorriso convencido caiu por terra, dando lugar a uma expressão confusa, logo substituída por raiva e ultraje. Como ela se atrevia!? Pois, de conduta tão suspeita quanto a sua, não era difícil para Soren adivinhar o que @sxweselton​, vindo em sentido oposto ao seu, devia estar fazendo. Parando quase de imediato, cruzou os braços, tendo os lábios crispados e os pés afastados. “ Você. O que está fazendo aqui, Sax? ”
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sorenotsoren · 4 years
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— F L A S H B A C K.
margaerythings‌:
O choque de cair no chão só não foi maior do que sua raiva. Se ela pudesse, matava Soren ali mesmo naquele momento, sem se importar com o que os outros pudessem falar. Como ele ousava fazer isso com ela? Pouco importava na cabeça de Margaery que ela havia começado. Oras, ela estava se divertindo e ele estava provocando. Eram coisas totalmente diferentes! – Eu vou te amar seu safado! – xingou a Pedragon, o que arrancou algumas risadas das pessoas ao seu redor. – É melhor você sair correndo porque quando eu levantar eu vou te transformar em um inseto! – ameaçou a princesa enquanto tentava se colocar novamente sob os pés, mas caia toda vez que se movia, o que a deixava ainda mais irritada. Seu pai havia dito algum dia que o feitiço sempre se virava contra o feiticeiro e essa era uma daquelas situações, porém a anilena odiava quando Arthur estava certo e estava realmente decida a transformar o príncipe em um animal qualquer. Com um orgulho totalmente ferido, pensou em negar a mão que Soren oferecia, porém pensou melhor e aceitando a oferta, puxou-o novamente para o chão ao mesmo tempo em que se levantava, desvencilhando-se do feitiço. – Acho que o gatinho borralheiro aqui é você, vossa alteza. – dando foco no final de sua fala, Margaery fingiu fazer uma referencia quase que teatral. – Mas não sei pra que essa cara! Vou melhorar seu dia, ok? – usou seu sarcasmo apenas para dar inicio ao movimento de sua mão direita, que se mexeu fazendo um circulo no ar. Murmurou o feitiço – pluviam – e assistiu satisfeita uma nuvem preta começar a nascer em cima da cabeça de seu adversário. Acenou para ele em despedida no mesmo tempo em que a água começou a sair da nuvem com estrondoso relâmpago.
Conhecia bem o temperamento intempestivo da Pendragon e, apesar dos indícios contrários, tinha plena ciência do que provocava ao atiçá-la. Bom, talvez não plena, mas essa não era a questão. A verdade é que as consequências de suas ações pouco lhe importavam, de modo que não havia nada para impedi-lo de debochar da princesa que o ameaçava. “ Você não deixa de surpreender, schatz. Já escutei declarações feitas nas alturas, mas gritadas do chão é a primeira vez. ” Que sua risada estrondosa se juntasse a de outros estudantes pudesse irritá-la, não fazia diferença alguma para Soren. Se muito, a possibilidade de retaliação servia apenas para incentivar um comportamento ainda mais imprudente. E como não seria assim? Vivia pelos desafios que surgiam em seu caminho. Pelo menos, de covarde não poderia ser taxado — um dos erros principais na insinuação de Mae, que deveria ter apostado todas as fichas em sua estupidez. Até mesmo ele tinha que admitir a burrice de seu ato de gentileza para com a garota. Que inferno, já não havia aprendido que cachorro maltratado sempre mordia a mão que lhe era estendida? A risada cheia de antes foi substituída por uma seca, destituída de graça, porém repleta de irritação. “ Foda-se ”, respirou. Ela literalmente o tinha sobre os joelhos. Por um segundo, limitou-se a encarar o chão, sentindo o peito oprimir e a visão embotar. Estava perdendo o controle, sabia disso, contudo, não conseguia refrear a onda de raiva que engolfava qualquer pensamento racional. Estava furioso. Mais que isso: revolto. Uma reação perigosa, e completamente desmedida, impulsionada por um gatilho há muito esquecido e inadvertidamente disparado. Não tinha culpa, é claro, seu corpo simplesmente agia por instinto e seu poder, ansioso por retaliar a suposta ameaça, agitava-se em resposta. Em outro momento, seria certo dizer que jamais usaria seu poder contra alguém, contra Mae, de forma tão direta. Entretanto, certezas não poderiam, nem deveriam, ser consideradas em relação a ser tão imprevisível quanto o Fitzherbert. Ao erguer novamente a face para encarar uma sorridente Margaery, cujo os lábios teciam outro de seus feitiços, algo mudara no príncipe. Os traços que denotavam irritação relaxaram, tornaram-se inexpressivos… A não ser pelos olhos, lentamente consumidos pela escuridão outrora restrita às profundezas de sua magia. Como num mau agouro, o castanho fora engolido pelo negro, alastrando-se para além de suas bordas. Foi uma sorte, realmente uma sorte, que o professor finalmente tenha se aventurado para fora da sala de aula, motivado pela comoção criada. " O que está acontecendo aqui!? " A voz forte, juntamente com o trovão soando acima de sua cabeça, foi o suficiente para atravessar o transe que Soren havia sucumbido. Tão rápido quanto havia lhe tomado, seu poder retrocedeu, deixando-o ofegante. Que merda tinha acabado de acontecer? Só poderia esperar que a água ensopando sua camisa, colando-a a seu corpo, não só justificasse sua reação, como distraísse sua plateia dela. Foco, era disso que precisava, surtos teriam que ficar para depois. Assim, ergueu-se sobre seus pés, forçando o mais descarado dos sorrisos em seus lábios ao dar um passo em direção a anilena que tratava de fugir, puxando-a para seu lado. 
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" A minha querida Mae estava frustrada com o clima ensolarado de hoje, muito avesso ao humor dela, e resolveu me usar como solução, não é? " Indagou, pressionando-a contra seu flanco, satisfeito por compartilhar a pequena tempestade. Voltando-se para o docente, continuou em tom de camaradagem. " Eu que não me oporia aos desejos de uma dama. Então como pode ver estamos bem e decentes… Por pouco tempo. " De fato, chuva, roupas brancas e pudor nunca formaram uma boa parceria. " Se nos der licença, temos que… " disse, fazendo menção de ir embora, entretanto, fora interrompido antes de dar um passo sequer. " Parados, os dois. Não ousem subestimar minha inteligência, altezas. Me acompanhem até a diretoria. "
—  ENCERRADO.
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sorenotsoren · 4 years
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No momento em que se conheceram, ficara claro que nada seria como o esperado naquela relação. A amizade firmada num único olhar, apesar de vista com cautela e muitas vezes desgosto, ligava-os de forma irremediável e singular, muito além do que mera afinidade poderia. Amavam-se, é claro, mas não da maneira romântica que quem os via arriscaria dizer. Eram amigos, morreriam um pelo outro, matariam até — e com sentimentos tão intensos os envolvendo, compartilhar um beijo seria realmente um problema? Para Soren, era apenas natural que não se acanhassem em suas vontades, já que tinham a certeza absoluta de que suas emoções não seriam mal interpretadas --- não mais. Além disso, com o Calanmai sobre eles, a magia e o vinho dos sonhos correndo em suas veias, os beijos de @lleroisoleil​ se tornavam simplesmente irrecusáveis. Não que tal possibilidade tenha perpassado a mente do Fitzherbert num primeiro momento ou nos seguintes, não enquanto seus lábios acariciavam intimamente os do francês, numa familiaridade que denunciava todas as vezes que protagonizaram cena semelhante. Extasiado, provava da bebida diretamente da língua do outro, a destra mantendo-o exatamente onde queria ao envolver sua nuca. Entretanto, aquilo não parecia suficiente. Estava ligado, agitado, e embora as habilidades linguísticas do Bourbon fossem deliciosas, precisava de mais. Não sabendo do que exatamente, cortou o espaço ínfimo que ainda mantinha entre seus corpos, sentindo a totalidade do calor do outro. O que, surpreendentemente, não o excitou. O que queria, então? Do que precisava? O que era, o que era, o que era... A questão se repetia em sua mente embriagada, frustrando-o. Aproveitando-se dos dedos entrelaçados nos fios longos do príncipe, puxou-o para trás, separando suas bocas com um suspiro. " Eu preciso de mais " murmurou, fechando os olhos ao juntar suas frontes, tentando organizar os pensamentos erráticos, ordenar o caos que chamava de mente. E talvez fosse o Calanmai ou algo torcido e inerente seu, mas a distância imposta, vagarosamente, começou a se mostrar eficiente. " No offense, mon ami, mas acho que estamos desperdiçando nosso potencial aqui " declarou, soando tão sóbrio quanto poderia --- o que não era muito. " Quer dizer, podemos nos pegar a qualquer momento, não somos bem um desafio. " A risada, então, foi inevitável. De fato, não poderiam ser mais fáceis. " Onde está a graça de ficar no que já é certo? Essa noite deveria ser imprevisível… " ponderou, embora a ideia já tivesse se formado. Afastando seus rostos, segurou o de Louis entre as mãos, encarando-o. " Não prometemos agitar isso aqui, huh? Soltar nossa pior versão? " Nesse ponto, os olhos escuros do filho de Rapunzel cintilavam em antecipação. " Por que não começamos com uma pequena aposta? "
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sorenotsoren · 4 years
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As silhuetas dançantes em volta do lago pareciam pertencer a outra dimensão quando refletidas sobre sua superfície negra. Uma dimensão sombria, entregue a prazeres proibidos e perigosos. Tentadora. Contudo, Soren sabia que não era somente impressão, pois uma daquelas formas escuras, sem traços reais, aproximou-se quando resolveu dar um passo em direção à água. A princípio, a criatura copiara seus movimentos — um tipo estranho de saudação, como viera a saber depois —, mas logo o entreteve numa conversa interessantíssima. De fato, ficara tão entretido que se agachou para trazer seus rostos mais próximos, embora o contorno no lago tenha se tornado um tanto turvo — se é que tal característica poderia ser aplicada a algo sem face. Havia um segredo ali, um modo de usufruir daquela vida sem amarras e julgamentos para sempre, bastava alcançar o fundo do… Ah, não. “ Você está falando do outro lado, cara? Errou de história, hein, meu querido ” disse, levantando, não dando chance para que a sombra terminasse de falar. “ I might be high but I’m not crazy yet. ” Depois de escapar por pouco da armadilha, caminhou para a música, como uma boa criança do Flautista. As batidas iam ficando cada vez mais altas, combinando com o ritmo dentro do próprio peito, quando avistou uma figura diminuta e ainda rígida. “ Jane! My darling, dearest... 'Tá linda com esse cabelo vermelho, até parece divertida ” riu, chocado com a própria fala. Devia estar fora de si àquela altura, não importava que as palavras fossem verdadeiras. “Ei, sabe o que? Tem uns carinhas ali no lago super engraçados, talvez eles animem teu humor. Só não dá pra aceitar ir com eles, entende? Porque dali em diante é só pra encontrar a luz e eu ainda não tive minha revanche contra você. Preparei uns movimentos ótimos, você não vai ter chance. ”
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sorenotsoren · 4 years
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Posso te proporcionar uma noite inesquecível, só tem que prometer que ela permanecerá assim. Posso te proporcionar uma noite inesquecível, só tem que prometer que ela permanecerá assim. As palavras soavam totalmente inofensivas, fazendo com que franzisse o cenho em desconfiança. Nem a mais forte das drogas poderia fazer um fae aparentar inocência — e o anjo pairando sobre o ombro da criatura, pelo jeito, concordava com seus pensamentos. Tinha que haver alguma pegadinha ali, sabia disso, por mais que a raposa a seus pés afirmasse o contrário. " Porque está oferecendo isso logo a mim? " indagou pela terceira vez, questão para a qual recebeu a mesma resposta de antes. Por que você tem potencial. Que estranho, ninguém nunca disse que tinha potencial para qualquer coisa além de destruição. O que nem sempre era ruim, apontou a raposa. Inclinando a cabeça, ponderou. De fato, sua tendência a causar confusão pelo menos era divertida --- exatamente o que desejava que a noite fosse. A discussão entre ele e suas ilusões durou por mais alguns segundos antes que finalmente voltasse a encarar seu gênio de orelhas pontudas. " Se eu disser sim, você vai voltar para pegar meu primogênito? Ninguém gosta da vibe Rumple, entende? Mas se a criança for como eu, talvez não faça mal entregá-la… " A destra foi de encontro ao próprio rosto, acariciando o queixo em profunda reflexão. Estava tão absorto na troca que sequer notou o brilho malicioso nos olhos do feérico ou @gcrotaverde​ se aproximando.
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sorenotsoren · 4 years
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Até aquele momento, não havia percebido o quão desconfortável o tecido da camisa se sentia sobre a pele. Um efeito do vinho, certamente, que o tornava sensível ao menor estímulo sensorial… Mas não era como se Soren lembrasse ou mesmo se importasse com tal fato. Estava além desse tipo de noção enquanto o linho, embora macio, fazia-o formigar. Com uma mão ocupada por uma taça de vinho dos sonhos, há muito vazia, tentava passar os pequenos botões pelas casas minúsculas. “ Porra, quem diminuiu esse negócio!? Brincadeira sem graça do caralho ” resmungou, deixando as peças de tamanho padrão escaparem novamente. Obviamente, precisava mudar de método. Levantando o olhar, parou a primeira pessoa a passar do seu lado, segurando-a pelo braço. “ Ei, você pode segurar isso aqui rapidinho? Não deixa ca- Njord!? ” exclamou, o pedido e a taça ficando momentaneamente esquecidos ao perceber quem havia puxado. A surpresa de ver o rosto de @yourhghness​ fez com que um riso inesperado deixasse seus lábios e, ainda que não transmitisse muita alegria, também não era de todo seco. Mesmo sob o efeito do álcool feérico, tinha ciência de que os sentimentos entre eles não eram completamente amigáveis, mas estavam ligados, não estavam? E isso, por si só, deveria ser o suficiente para se permitir gostar de vê-lo, como o fazia agora. “ E aí, meu cúmplice! Espero que não tenha feito nada muito errado sem mim. ”
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sorenotsoren · 4 years
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O adocicado do vinho parecia particularmente luxurioso quando oferecido diretamente dos lábios dispostos de um fae. Num estado mais sóbrio, Soren teria considerado a oferta por mais de um segundo antes experimentar o líquido de ser tão malicioso, talvez por dez segundos inteiros. Um descuido gravíssimo, muitos diriam, mas não para o filho de Rapunzel. Claro, nada disso significava que os riscos de aceitar qualquer coisa provinda do povo das fadas estavam sendo ignorados, de maneira alguma. Estava bastante ciente do efeito do vinho e da everapple, que vinha evitando, porém, mesmo ele — principalmente alguém como ele —, precisava ter uma noite em que o medo não atrapalhasse, apesar de ainda se manter nas bordas da sua mente. Assim, o plano era claro: beber, se divertir e esquecer qualquer bobagem no dia seguinte. E estava se saindo muito bem nos dois primeiros; isto é, até seu olhar captar o de Autumn observando-o. Fazia dias que a princesa o encarava de forma estranha — desde a visita a Ilha dos Prazeres, na verdade —, o que o enervava... Embora agora não lembrasse bem o porquê. Contudo, ser assistido por razões que não fossem causar prazer, nunca lhe caiu bem, e agora não seria diferente. Portanto, via-se obrigado a consertar esse pequeno equívoco. A sugestão de um sorriso apareceu em seus lábios enquanto mantinha o olhar fixo na garota, afastando o fae para seguir em sua direção. “ O que tanto olha, @itsautumnstein​? Se não parar logo, vou começar a pensar que está louca para me beijar ” disse a poucos metros, continuando a se aproximar. O tom naturalmente alto não seria difícil de ouvir, de modo que o flerte não ficaria perdido ao vento. “ É isso que quer? ” 
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