@sleepinbeautyy​

“One gift, beauty rare, Gold of sunshine in her hair, Lips that shame the red, red rose, She’ll walk with springtime wherever she goes” My take on Princess Aurora from the 1959 movie “Sleeping Beauty”. In general I am more of a fan of her pink dress but in this one I wanted to paint her in blue! I know most people prefer her in the blue version anyway. I had a lot of fun with this one!

Brianna usava de uma das cadeiras da sala para dar-lhe altura, estendendo algumas decorações feitas pelos seus alunos para colar na parede vazia ao lado dos armários, um sorriso orgulhoso estampando sua faceta. Dispersa, sequer notou que passara longos minutos observando o trabalho das crianças, olhando em volta para procurar quem havia chamado sua atenção; por um minuto quase esquecendo que estava um pouco mais alta. “Ei! Desculpe.” Pediu de antemão, apoiando-se nas hastes da escada para descer e, quando finalmente estava no chão, bateu uma mão na outra para espantar qualquer sinal de poeira. Então, sua atenção fora direcionada até abóbora, estreitando os olhos, como se estivesse analisando friamente o trabalho do outro. “Está ótima! Você é muito bom nisso! É artista plástico?” Foi a única profissão que passou pela sua cabeça àquele momento. Brianna se inclinou ao ver o papel nas mãos alheias, quase ficando na ponta de seus pés, incapaz de manter a curiosidade. Por fim, quando o homem leu em voz alta o que jazia ali, permitiu-se sorrir, mesmo que minimamente. “É a pequena Lilian, ela tem pavor de aranhas. Acredito que tenha sido Amèlie, a outra professora, que escreveu esse bilhete para evitar que outras crianças se aproveitem disso.” Explicou brevemente, sem se dar conta de que o outro muito provavelmente não saberia de quem estava falando. “Talvez podemos repor com mais morcegos de papel? Que tal?”

@sleepinbeautyy​​

Vincent tinha que admitir que abrir uma abóbora e tirar todo o conteúdo de dentro era semelhante demais com o seu trabalho no necrotério. Tirando a parte que teve que cortar alguns buracos ali para formar um rosto, e Vincent estava empenhado em desenhar os olhos triangulares e a boca cheira de dentes pontudos com linhas retas e perfeitas. Quando terminou, colocou uma vela dentro para dar o efeito desejado, saindo da sala para encontrar a moça que o ajudava por ali. A escola estava ficando muito bem decorada, graças aos voluntários daquele dia, e geralmente Vincent não faria algo assim, mas não queria ter que voltar pra casa tão cedo. Principalmente quando poderia dar de cara com alguma outra visão de seus pais. “Então, como ficou?” Mostrou sua obra de arte pra outra, lendo o papel de tarefas que lhe entregaram mais cedo. “Hum, alguém escreveu aqui para não colocar aranhas nesse andar. Parece que alguma criança tem mais medo delas que o normal.”

Quando Brianna bateu os olhos nas crianças correndo para longe do estacionamento com baldes nas mãos e gargalhadas sem fim, um suspiro escapou dos lábios da loira. Ela sabia que era mais uma que aprontavam, principalmente por serem alunos dela, e tais brincadeiras costumavam se intensificar na temporada de Halloween. Assim, Brianna deu meia-volta, girando em seus calcanhares para caminhar calmamente para onde eles saíram, ouvindo murmúrios de alguém que parecia bastante frustrado com alguma coisa ao se aproximar. Bingo. “Oh!” Soltou em surpresa antes de levar a destra até a boca, esquadrinhando o carro com compaixão em seus olhos. Pobre homem. “Céus, como essas crianças são sem limites! Me desculpe, moço.” Suplicou sutilmente por se sentir culpada, de certa forma, embora não pudesse estar sempre de olho nas crianças. Fora do ambiente escolar eles não eram sua responsabilidade, mas Brianna não conseguia evitar se sentir responsável por eles. “Não é sangue! Verdadeiro ou falso. Eles não tem dinheiro para isso...” Logo lembrou-se das tintas vermelhas que sumiram do armário da sala de artes mais cedo, e não demorou muito para a mulher juntar uma coisa com a outra: “É água misturada com tinta.” Meneou a cabeça negativamente, respirando fundo. “Eu sinto muito. Se você quiser, podemos ir até o Granny’s. Prometo que arco com todas as despesas, inclusive para limpar o carro.” Brianna faria qualquer coisa para livrar seus alunos das consequências alheias, mas ela daria uma boa advertência neles no dia seguinte. Talvez os amedrontaria com alguma história de terror adjunto à uma lição de vida, isso sempre funcionava.

“Ah, isso é ótimo.” Luke sabia que as pessoas odiavam o seu pai — já ouviu poucas e boas por aí nos quatro meses desde que chegou, mas vandalizar o seu carro? Ele nem sequer votou em Pierre! Não que o mais velho Daggers saiba disso, afinal, Luke ainda devia ser o filho exemplar que perdoou o pai… pelo menos queria poder mantê-lo longe de tanto poder, mas Pierre era o Dark One, ia conseguir isso de qualquer jeito. Tudo bem, pensou antes de respirar fundo. Ele podia viver com o seu carro ensopado com aquele líquido vermelho. “Agora eu espero que isso seja sangue falso.” Disse pra ninguém em especial, passando o dedo no para-brisa. Não poderia nem sequer dirigir agora, já que podia perceber que não seria fácil limpar todo o sangue que cobria a maior parte do carro e ainda respingava pela rua. Deixou isso de lado para não se estressar, voltando-se para a pessoa mais próxima. “Poderia me mostrar um restaurante aqui perto? De preferência que eu não precise de um carro pra chegar.”

Brianna preocupava-se em demasia com seus alunos. Eram inúmeras tentativas da professora de tornar o ambiente escolar um lugar divertido e aconchegante, dissuadir o mito que fora perpetuado ao longo dos anos de que a escola não é um lugar agradável. Poderia ser um trabalho a parte, até mesmo um pouco desanimador, afinal, não são todas crianças dispostas a darem o braço a torcer e disso ela bem entendia; seus alunos eram irredutíveis. Independente, ela ainda nutria um enorme sentimento por todos eles e desejava que estivessem sempre evoluindo e melhorando seus níveis de conhecimento, muitas das vezes não medindo esforços para tal. Thomaz, por exemplo, que começou como um de seus alunos modelo, tornou-se bastante descuidado com suas atividades e comportamento ao longo dos últimos meses. Talvez fosse alguma coisa acontecendo na casa dele, longe dos olhos atentos da professora, ou até mesmo os alunos mais velhos influenciando o pobre menino; de qualquer maneira, estava decidida que falaria com o responsável por ele àquele dia. Quando o sino tocou, arrumou seus pertencentes rapidamente ao pedir para que Thomaz esperasse por ela, que concordou com um murmúrio irritadiço. Em menos de cinco minutos estavam fora do estabelecimento, as orbes azuladas de Brianna varrendo o local em busca do responsável de seu aluno, que tinha se soltado de sua mão e ido em direção até um homem. Fumando. E ignorando todas as placas que pediam, exclusivamente, para que não praticassem tais ações perto das crianças. Talvez àquele momento tenha sido o primeiro que fizera o sangue da mulher ferver, mas acalmou-se na mesma rapidez que sentiu a repulsão, rumando até Thomaz e o seu provável responsável, meneando a cabeça para espantar qualquer tipo de julgamento que vagueava sua mente. “Boa tarde.” Cumprimentou na intenção de se fazer presente, alternando o olhar entre o homem e a criança. “Senhor, é proibido fumar nessa área, há muitas crianças. Não quer dar o mau exemplo, não é?” Não queria fraquejar nesse momento, portanto levantou o queixo para soar firme e ao fixar o olhar no do desconhecido, fez um enorme esforço para não desviar, como de costume. “E precisamos conversar sobre Thomaz. O senhor é o responsável dele, presumo?”

@isebastianotphillip​​

SLEEPING BEAUTY (1959)

“Eu entendo, Leyla.” E entendia com todas as palavras, sendo Brianna portadora de insônia crônica e ultimamente nenhum dos remédios receitados pela tia faziam efeito. Sequer lembrava-se da vez em que repousara a cabeça no travesseiro e tivera uma boa noite de sono, sem ter pesadelos envolvendo dragões e rocas. “Mas a moça do mercado só estava fazendo o trabalho dela.” Esclareceu com um sorriso suave. “Bem, talvez ela não deveria ter dito que você estava exagerando.” Embora não fosse uma completa mentira, conhecendo a melhor amiga como Brianna conhecia. “Sabe que pode dormir na minha casa quando tiver que ficar sozinha. Minhas tias adoram seu jeitinho singular, não seria problema algum.” Disso Leyla provavelmente sabia, tendo em mente que as tias da Schäfer não eram as mais discretas do mundo. Contudo, reiterou para que ficasse claro que a Yildiz poderia contar consigo. “Quer me contar sobre o sonho?”

❝ — Eu juro! Tive o pesadelo mais esquisito possível. Você sabe, eu sempre tenho pesadelos e eu sempre durmo mal nesses dias que eu tenho que ficar em cada sozinha, mas nossa… esse foi tão diferente, tão real.” Os olhos claros de Leyla refletiam o medo, assim como a preocupação que havia sentido naquela manhã quando abriu os olhos ao ouvir gritos intensos demais. E sua casa? Parecia bagunçada, revirada, suja em muitas partes. Como se algo tivesse passado ali, ela apenas não tinha ideia do quê. ❝ — E você acredita que quando eu contei para a moça do mercado, ela disse que eu estava exagerando? Eu fiz essa cara para ela” fechou a expressão por alguns segundos, fazendo um bico irritado ❝ — Ela não tem nem ideia do quão assustador foi. Mas você me entende, né?”

Elizabeth Lail as Quinn Harris Countdown (2019)

SÓ UM BEIJO DO AMOR VERDADEIRO consegue acordar nossa nova habitante quando ela deita pra dormir. Ela costumava se chamar AURORA BRIAR, do conto SLEEPING BEAUTY, e antes da névoa da maldição arrastá-la até Storybrooke, ela estava no REINO DE BRIAR, lá na FLORESTA ENCANTADA. Aqui na cidade você talvez a encontre se procurar por uma tal de BRIANNA WEBER SCHÄFER que trabalha como PROFESSORA DO ENSINO FUNDAMENTAL.

꒰             𝐚𝐛𝐨𝐮𝐭 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐥𝐞𝐭𝐨        .           𝐰𝐚𝐧𝐭𝐞𝐝 𝐜𝐨𝐧𝐧𝐞𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧𝐬   .

“Books, she has found, are a way to live a thousand lives–or to find strength in a very long one.”

— V.E. Schwab, The Invisible Life of Addie Larue