Tumgik
sheerbienergy · 2 years
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[ TILT ] : sender tilts receiver’s head to the side to kiss their neck.
Se Selina não o conhecesse bem (e não o conhecia), diria que Batman estava com ciúmes. O que era não apenas engraçado como irritante, visto que a garota nunca havia falhado em demonstrar seus interesses. Tudo bem que, nos últimos tempos, a atenção da jovem estava dividida entre o vigilante e o órfão mais conhecido da cidade. Certamente era uma piada cósmica que ela se sentisse dividida daquela maneira entre o homem das sombras, que de algum modo estava em um mundo muito mais familiar (mesmo que a Kyle não fosse nenhuma heroína), e um bilionário que praticamente vinha de outro mundo. E não só isso, como daquele mundo que ela normalmente odiava e que havia se tornado o alvo dos seus delitos. Não que tivesse roubado Bruce Wayne, claro — mas também não o hesitaria em fazê-lo. Mas ainda que Batman demonstrasse incômodo quando ela mencionava demais o Wayne, sua aparente preocupação recaia sobre outro riquinho: Dario Ricci. A mulher gato não ficaria com alguém como ele nem em um milhão de anos, mas nunca havia sido tão explícita diante de Batman apenas porque gostava de ver a escuridão profunda em seus olhos todas as vezes em que ela precisava de alguma forma estar envolvida com o rapaz. Como naquele instante, em que ela terminava de se arrumar para ir a um jantar como sua convidada. Era um restaurante desnecessariamente caro e luxuoso, que sequer parecia fazer parte de uma cidade tão escura e podre como Gotham. O vestido que abraçava seu corpo era muito acima de seu orçamento, e mesmo se tivesse roubado recentemente, não poderia tê-lo adquirido. Presente de Dario, dizia o bilhete. Selina tinha seu orgulho e jamais se permitiria ser comprada; mas enquanto o Ricci não soubesse daquilo, continuaria aproveitando a situação e retirando o máximo de informações possíveis quando perto dele. Aquela noite vinha em perfeito timing, inclusive, já que precisava descobrir mais sobre a família do amante de Holly. Kyle sorriu de lado de repente, quando notou que não estava mais sozinha no cômodo. Batman apareceu atrás de si logo em seguida, frente ao espelho, e silenciosamente se ofereceu para fechar o colar que ela tentava ajustar no próprio pescoço há alguns segundos. Selina o observava pelo reflexo, o rosto pouco visível como sempre, mas já havia aprendido a capturar o máximo do que lhe era visível para interpreta-lo. Girou nos calcanhares ainda descalços, o que a fazia precisar erguer demais o queixo. “Talvez você queira uma cópia da chave? Já que, pela quantidade de vezes que está aqui, qualquer um diria que moramos juntos” Provocou, mas ele não deu seu costumeiro pequeno sorriso. Estava bravo, mesmo. Ela sabia que era arriscado sair por aí quando a mulher gato estava sendo procurada, culpada por assassinato. Mas ela não poderia ficar parada daquele jeito por um mísero contratempo — logo resolveria a situação, tinha certeza. Ele abriu a boca para falar algo, e a Kyle tocou os lábios do homem com o indicador. “Você sabe que não tem nada que possa me dizer para me convencer a mudar de ideia” Relembrou, porque ele também já a conhecia razoavelmente bem. E justamente por isso que ele sabia que não havia o que falar; o que não queria dizer que não havia o que fazer. O polegar do rapaz tocou sua bochecha, e a mão segurou o pescoço da mulher, que tinha a expressão um tanto calma e curiosa. Normalmente, era ela quem demonstrava alguma atitude por ali (ou que o irritava a ponto de fazê-lo tentar calar sua boca de algum modo). Ele se inclinou devagar, e os olhos de Selina desceram na direção dos lábios que se aproximavam. Já havia passado o batom vermelho; mas não viu problema algum em tê-lo espalhado. Ele agia devagar, quase em uma tortura, mas que ele a beijasse, fez com que a mais nova inclinasse a cabeça e escondeu o rosto na curva de seu pescoço. A mulher gato fechou os olhos, sentindo o corpo arrepiar, e ele beijou mais uma vez. Sentiu os dentes do homem rasparem levemente contra sua pele, e ele distribuiu alguns selares por seu maxilar até seu queixo. Ao chegar nos lábios, no entanto, se afastou um pouco.
Selina não pôde controlar um arfar frustrado, e foi o único momento que viu a sombra daquele conhecido sorriso sacana que ele ocasionalmente demonstrava. ‘Estarei por perto’ Avisou, e mesmo sem detalhes, ficou bem claro que ele a estaria vigiando durante o jantar. Batman ainda tocou o local em seu pescoço que, há meros instantes, seus lábios encostavam. ‘Lembre disso’ E ele não havia explicado se ela devia se lembrar que o vigilante estaria observando, ou dos beijos que havia acabado de receber. Mas pôde notar, no brilho do olhar do homem, que a ambiguidade era proposital.
@brucewxyne
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sheerbienergy · 2 years
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o ponto de outrém a respeito dos segredos era bastante justo. parecia mesmo a ordem natural das coisas, se dado os exemplos que podia pensar; o mais explícito deles sendo justamente os pais do homem a sua frente. era ingenuidade imaginar que absolutamente ninguém poderia descobrir algum segredo, independente do esforço o aplicado para mantê-lo secreto. a própria kyle tivera a sua identidade descoberta pelo vigilante de gotham em uma única noite. não que ela precisasse se esforçar tanto assim para ser invisível, considerando que selina kyle não era ninguém naquela cidade. as únicas pessoas que ligavam em algum grau para sua existência eram sua mãe e anika, ambas mortas. também havia holly, que ela não sabia se ainda se lembrava da kyle. e tinha batman. a mulher gato não podia ter certeza do que ele pensava dela, mas gostava de pensar que se importava. e em meio aos pensamentos, voltou a focar no rosto de bruce, conforme ele continuava a brincadeira a respeito dos segredos serem instigantes. é, parecia funcionar assim para selina, considerando o quanto o ar misterioso do wayne a atraía; de uma forma muito parecida com a sua atração por batman. sorriu de lado com o pensamento, percebendo o quão boba a garota era. parecia fisicamente incapaz de gostar de coisas fáceis. e se ele já havia caído em seu radar naturalmente, a sua frase pareceu a cereja no topo para que selina adicionasse um sobrenome na lista de prioridades de investigações. logo ao lado, inclusive, do exagerado ricci que atrapalhava a agradável conversa que tinha até então. e dario não estava completamente distante do tipo de homem com quem selina se envolvia - na verdade, ele tinha a mesma energia que a maioria deles, mas uma hora uma garota aprendia com seus erros, não? ‘e você pode começar a exagerar’ ele respondeu, quase como um conselho para o amigo, que fez com que a kyle deixasse um pequeno riso escapar. eles eram tão diferentes! como conseguiam ser amigos tão próximos? quando ele sucedeu em fazer dario se retirar por ao menos mais alguns minutos, não tardou a se virar para o wayne. “dessa vez eu deixo passar. na próxima, senhor wayne, espero um tratamento digno” levou a mão ao peito para complementar o drama de sua fala, e então aguardou enquanto ele lhes conseguia novas taças de champanhe. surpreendeu-se, então, quando o mais velho deu um jeito de enfiar na conversa o pedido por seu telefone celular. selina sorriu, os olhos semicerrados como quem achava graça. deu um pequeno passo em sua direção, estendendo a mão, em um pedido silencioso pelo aparelho eletrônico do outro. assim que bruce entregou, a kyle digitou seu número com agilidade. “o próximo evento pode ser um que você me convide, quem sabe?” o tom de voz foi mais suave conforme colocava o celular de volta no bolso do homem, precisando ultrapassar alguns limites do espaço pessoal alheio, mas antes de conseguir fazer algo mais, natalia knight - a jornalista de nariz em pé - se aproximou, ignorando completamente a presença de kyle ao direcionar a palavra a bruce wayne como se selina não existisse. fora a primeira vez que a proximidade de dario de si fora vista com alguma positividade, pois se precisasse ficar ali enquanto a garota a ignorava acabaria cometendo um crime. ‘a dança, então?’ ele relembrou, e ela finalmente aceitou. além de tudo, seria útil mesmo uma conversa com o rapaz embriagado. o ricci a levou para o meio da pista, tão logo colocando as mãos em sua cintura enquanto começavam a dançar. selina apoiou as mãos nos ombros do homem, aproveitando que estavam tão perto para puxar assuntos que podiam aproxima-la da situação com os grayson e os calabrese.
sheerbienergy​.
ah, como conhecia. vivia rodeada pelos tais homens de negócios desde muito nova, aprendido a lidar com estes ainda em tenra idade, e principalmente passado a detesta-los também naquela época. talvez por isso se sentisse confortável com bruce de um modo pouco comum: porque o wayne não parecia, no fim, exalar aquela mesma energia da maioria dos tais homens de negócio. “alguns, sim. sou dançarina” respondeu, daquela forma, a fim de observar a reação alheia primeiro. e então, explicou melhor a falsa ocupação. “dou aulas de dança para a esposa de muitos aqui” uma mentira que nenhum dos engravatados seria capaz de reconhecer, considerando que pouco se importavam com as mulheres. normalmente estavam mais ocupados em bares e boates, com jovens em seu colo. também era uma mentira fácil de levar para frente, considerando a paixão que ela tinha sim por aquela arte. em algum mundo em que sua vida fosse menos complicada, teria seguido aquela carreira. “não tenho tanta certeza. alguns se escondem bem demais” afinal, via também desde nova toda a impunidade dos hipocritas criminosos. não era nenhuma mocinha; mas por aquele lado, realmente apreciava o trabalho de batman. era como se a primeira vez que gotham via algo mais próximo de justiça em décadas. uma justiça simplista as vezes, claro, pois selina tinha sua própria visão do certo e errado que por vezes podia ser um tanto… complexa. era uma ladra, no fim. para o comentário dos segredos, ela apenas sorriu. e não por pensar na sua identidade secreta ali, mas sim em como absolutamente tudo em gotham era pautado em mentiras e segredos. os políticos, os criminosos (por vezes ambos ao mesmo tempo), os influentes. até mesmo o maldito herói daquela cidade era uma grande incógnita. “mas você não pode dizer que alguns segredos às vezes são instigantes.” piscou-lhe um dos olhos, e dessa vez se referia ao próprio wayne. o bilionário misterioso do qual se sabia tão pouco. seria mentira dizer que ela não estava curiosa e interessada. gostou mais ainda de perceber o jeito que pareceu ter efeito sobre o outro, os olhos escuros da mulher gato analisando a expressão do mais alto quase que com entusiasmo. então ele se aproximou, lançando-lhe o elogio com tamanha sinceridade que a pegou desprevenida. estava acostumada a receber elogios, e sabia que era uma mulher bonita. ainda sim… a genuidade dos dizeres alheios a deixaram sem reação por alguns segundos, que antecederam um sorriso pequeno. alguns atrevidos poderiam ainda arriscar classificá-lo como tímido. quando ele continuou, a kyle nem havia reparado como o seu corpo instintivamente se inclinava na direção de wayne, como quem buscava por mais. mais proximidade, mais contato, mais conversa. lembrou-se porém do seu objetivo ali, e por mais interessante e agradável que bruce wayne fosse, não era flertar com ninguém. não com sinceridade, pelo menos. “sim. pela esposa dele, sabe? a aula” justificou, e se bruce wayne quisesse perguntar ao próprio, este já estava muito bem avisado do que deveria responder. deixou uma risada escapar com as palavras seguintes, e logo ela estava envolvida naquele papo que trocavam, esquecendo suas prioridades. “e você está incluído nisso, senhor wayne?” levou a ponta do indicador até o queixo dele, a unha arranhando levemente a pele, e quando encarou seus lábios e mandíbula na meia luz, teve a impressão de uma forte familiaridade. seus pensamentos não puderam seguir qualquer caminho no entanto, já que os fogos chamaram sua atenção (inclusive a fizeram se sobressaltar, e finalmente conseguir algum auto controle para se colocar há alguns passos de distância de wayne. não era hora para aquilo). girou em direção à multidão que cantava, sorrindo para os dizeres do homem. “acho que deveria ir até lá, aniversariante” constatou, batendo palmas no ritmo do restante dos convidados, instigando o homem a ir para perto de dario.
o parabéns foi cantado duas vezes, por influência do animadíssimo ricci que não se contentou com uma só, mas eventualmente todo o circo acabou e champanhe foi estourado com extravagância enquanto os garçons se espalhavam servindo pedaços de algum bolo que estava na cozinha, pois o da mesa com as velas sequer havia sido cortado. “todos os aniversários de vocês são assim?” a pergunta saiu tão instintivamente que mal pesou as palavras — tudo bem, já tinha dado a entender que não fazia de fato parte da alta classe. o fato, porém, era que ela nunca havia comemorado seu aniversário com uma festa. antes que bruce pudesse dizer algo, porém, ricci se enfiou na conversa. ‘só as que tem um organizador tão dedicado!’ fez piada, colocando-se entre a kyle e o wayne, tomando a mão da moça e a beijando. ‘nem conseguimos nos falar antes, senhorita lynx. que bom que veio. está me devendo uma dança, desde a última festa. não pense que esqueci’ selina sorriu em resposta, mesmo que ele não fosse o seu tipo favorito de pessoa, seria útil a aproximação. não tinha escolha. “claro, senhor ricci. isso se não estiver cansado demais, depois de todo esse trabalho em manter a energia da festa” poderia parecer que ela estava impressionada, e… bom, tinha de parecer mesmo. ‘ah, sabe como é, alguém tem que ser a alma da festa. já que mesmo que o coração seja o nosso aniversariante-‘ ele deu alguns tapas no peito de bruce antes de prosseguir. ‘- esse cara aqui as vezes age demais como cérebro’ não que a metáfora fosse algo ruim exatamente, mas o tom utilizado era a mistura perfeita de brincadeira e arrogância, colocando-se de algum modo acima do wayne não apenas com as palavras mas a postura.
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Bruce agradeceu aos céus quando conseguiu se manter sem expressão assim que Selina mencionou ser uma dançarina. Com todo aquele papo sobre homens de negócios e conhecendo a verdadeira história dela, era fácil deixar a mente vagar para um lado diferente do que a mentira dela realmente queria dizer. Quando ela mencionou que era professora, no entanto, Bruce assentiu quase que aliviado ao saber que isso não significava que ela estava de volta à boate de Pinguim. Falando nisso, o tópico sobre segredos ainda mexia com o homem; haviam muitas camadas de segredos em Gotham. A situação com o Charada devia ser um alerta pra isso. Ser Batman era diferente. Um segredo diferente, no caso. Queria ser mais que isso; precisava ser um símbolo de esperança para a cidade que já estava começando a se perder… até mesmo Selina. Se pudesse pelo menos mostrar pra ela de alguma forma que a cidade poderia mudar… bem, ela não teria que partir quando acabasse com seus assuntos pessoais de novo. “Mas não escondem por muito tempo… quanto mais segredos, mais pessoas ressentidas aparecem para desmascará-los.” Estava falando de Charada, e outros que acabou mandando para Arkham. Era por isso também que Bruce trabalhava sozinho. Seu segredo estava consigo e com Alfred apenas; não precisava trazer mais ninguém para fazer esse segredo se voltar contra ele, como aconteceu com o segredo de Thomas. Acabou sorrindo com o próximo comentário de Selina, voltando a deixar outros pensamentos preocupantes de lado para se lembrar de que estavam em uma festa no fim das contas… queria que Selina se divertisse pelo menos em sua presença. “Nisso você tem razão… desvendar segredos também pode ser instigante, não é?” Sabia que agora ela estava curiosa sobre a vida do Wayne, mas ele também quis se referir ao segredo dela. Ainda havia algo que Selina não estava lhe contanto e, se fosse pela perspectiva de Bruce Wayne, tinha muito o que descobrir sobre a vida falsa da mulher, mas pela perspectiva de Batman… precisava saber mais sobre o objetivo dela ali. Sua mão deslizou pela cintura alheia quase que automaticamente enquanto a mulher se aproximava. O coração do Wayne bateu mais forte em seu peito, em uma mistura de preocupação, achando que ela poderia a qualquer momento o reconhecer, mas também havia um fascínio por ter Selina tão próxima, de uma forma íntima que Batman nunca conseguiria. Aquilo também era uma forma de perspectiva, quando Batman conhecia a verdadeira Selina, ainda não podia tocá-la como Bruce fazia. “Humm, vou deixar essa pra você descobrir.” Lançou-a um sorriso ladino, quase que a desafiando ali para que a Kyle realmente fosse atrás dos segredos do Wayne. Não podia se aproximar, mas ainda havia uma parte de Bruce que gostava daquele jogo de segredos para se colocar em teste.
Os fogos acabaram fazendo Selina se distanciar, e logo o parabéns foi repetido. Bruce ainda estava tentando se acostumar com toda aquela atenção voltada pra si, mas se queria conhecer a cidade, então devia se misturar entre aqueles que a destruíam. Não dava pra evitar ficar um pouco constrangido, é claro, ainda mais quando era seu aniversário e aquela atenção parecia dobrada desde que voltou a aparecer na mídia. “Nem sempre…” Começou a responder Selina, mas não demorou muito para Dario se aproximar. Observou-o ter um momento com a Kyle, tentando não rolar os olhos pra cena. Uma cena que já testemunhou diversas vezes nos tempos da escola e da universidade, já que Dario fazia questão de jogar seu charme descaradamente para quem quer que fosse o alvo dele. Selina não parecia comprar isso, mas ainda era irritante assistir. Bruce fez uma careta quando um dos tapinhas amigáveis em seu peito acertou um dos hematomas que Batman ganhou naquela noite, mas apenas comprimiu os lábios, aproveitando a proximidade de Dario para tirar a garrafa de champanhe das mãos dele. “Acho que você pode ser a alma da festa sem exagerar na bebida.” Comentou, fazendo uma nota mental de checar o mais alto depois. Dario não estava totalmente errado, já que a distancia entre os dois começou quando Bruce parou de ir à festas com o Ricci para começar a se focar mais em se tornar Batman. “Por que não vai pegar o primeiro pedaço de bolo, Ricci? É seu.” Disse, esperando que o amigo saísse, já que uma das garçonetes começava a cortar o bolo principal… com os pedaços saindo de forma desproporcional do jeito que também parecia meio bêbada. Voltou-se para Selina novamente, agora estendendo a garrafa de champanhe que tinha em mãos. “Então… infelizmente, acho que você vai ficar com o segundo pedaço.” Bruce brincou quando uma garçonete passou ali com o novo bolo cortado, conseguindo novas taças também. O bilionário pigarreou, tomando coragem para se aproximar de novo em meio a toda aquela barulheira e pessoas começando a voltar a dançar conforme a música ficava mais alta. “E talvez… você possa me dar seu telefone depois? Não sei quando vai ser o próximo evento pra gente se esbarrar de novo.” 
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sheerbienergy · 2 years
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❝  i’ve seen what ‘bad’ looks like.  you’re one of the good ones,  trust me.  ❞ @brucewxyne
continuava tão impossível quanto sempre prosseguir suas investigações sem que batman estivesse em sua cola, e no início havia se estressado. ora essa! não tinha direito de ter seus assuntos particulares? tudo bem que roubar o cartão de acesso da funcionária da limpeza, invadir o prédio e utilizar o elevador de serviço para alcançar o terraço e instalar sua tocaia ali não era bem o mais adequado tipo de situação privada. depois de alguns bons minutos, porém, acabou vendo a raiva inicial se esvair enquanto passava a apreciar a presença alheia. não era tão difícil mesmo de acontecer; selina gostar da proximidade do vigilante, isto era. a kyle não estava ali para roubar nada dessa vez. havia seguido holly após perceber que ela fazia um caminho estranho em algumas ocasiões da semana, e agora, naquela altura, observava a janela do quarto de hotel em que ela parecia esperar alguém. selina não sabia bem o que estava aguardando, mas continuava ali, quieta, atenta. até o vento se intensificar, e as vestes de mulher gato não parecerem suficientes para lhe esquentar. primeiro abraçou o próprio corpo, mas mesmo a tentativa não aliviou quando a boca passou a tremer tal qual o restante da figura feminina. os dentes batiam, e ela tentava se forçar a parar, inutilmente. de repente, um calor se fez presente atrás de si, conforme o vigilante a abraçava. a capa estava envolta nela, bem como os braços do homem maior que si. tão de repente quanto começaram, as tremedeiras cessaram e o corpo relaxou em alívio. selina não disse nada, por algum tempo, e então se ajeitou um pouco mais contra ele antes de abrir a boca. “por que gosta de mim?” a pergunta cortou o silêncio, e a demora por parte do homem era esperada. “porque eu sei que gosta. só... não entendo o motivo” deu de ombros, sincera. “não deveria estar me tratando como os bandidos maus que você sempre prende?” havia um quê de provocação, uma tentativa de deixar tudo leve o suficiente para que ele ao menos respondesse. quando batman falou, não havia um esclarecimento para sua dúvida. como sempre, ele desviava das perguntas. mas selina apreciou ouvi-lo. olhou o homem por cima dos ombros, encarando seu rosto de perto. estava sempre escuro demais quando se viam, mas isso não a impedia de tentar observar o rosto alheio com cautela. girou alguns graus para a direita o corpo na direção dele, enquanto a canhota foi até o rosto alheio. “gosto de te ouvir falar.” admitiu, enquanto a ponta do polegar acariciava de leve o queixo do homem, e em seguida o lábio inferior. “gosto da sua boca” complementou, tamanha serenidade na voz deixando bem claro que a moça não flertava como de costume tanto quanto escolhia ser honesta sem qualquer rodeio. então apoiou a mão na lateral do rosto do homem, como quem se preparava para beija-lo — até o som de um carro lhe chamar atenção. selina virou-se para a rua, e todo o seu foco foi para a situação assim que viu quem encontraria holly: matteo ricci.
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sheerbienergy · 2 years
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ROBERT PATTINSON, ZOË KRAVITZ 2022 | Ellen von Unwerth ph. for Wonderland Magazine
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sheerbienergy · 2 years
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“ is… is it mine? ”
quando decidiu guardar aquele segredo, estava bastante definida para si a complexidade de toda a questão. não podia simplesmente voltar atrás, não poderia deixar aquela farsa ser descoberta. impactava tantas vidas! a sua, a de seu marido, a da sua filha… e claro, a do pai desta. sabia que não deveria ter retornado à gotham, não quando ele ainda estava lá, tão malditamente atraente quanto sempre, pronto para mexer com ela com um mero olhar. selina tinha se convencido de que após tudo o que sofrera, seu coração havia cicatrizado com amargor, endurecido. o pobre do rapaz que dividia a cama consigo tinha conhecido uma frustrada e machucada kyle, que construira um muro ao redor de si que ele jamais poderia quebrar. e por isso pensou que aquele muro, aquela proteção estava fixa, forte. pareceu até piada pensar assim por tanto tempo apenas para ter bruce wayne quebrando cada uma de suas barreiras logo na primeira ocasião em que se esbarravam. via seu coração quebrar de novo, a alma doer uma vez mais. e agora? agora ela tinha o peso da mentira que carregava, adicionando mais um motivo para tentar se manter completamente longe do milionário enquanto na cidade. em uma piada irônica do destino, quase como se o universo quisesse lhe ensinar uma lição, fora justamente tentando ficar longe dele que se enfiara na maldita floresta com o homem. o plano brilhante do seu marido de acampar na reserva nos limites da cidade já tinha sido recebida com desgosto por selina, e descobrir no meio do caminho que ele se atrasaria para a atividade que propôs quase a fez desistir. se não pela filha, animada demais com tudo aquilo, teria dado meia volta. gostaria de dizer que havia ficado surpresa ao esbarrar com bruce na entrada do lugar, mas era mesmo comum dele a perseguir por aí. ficava bastante complicado evitá-lo quando helena tinha se afeiçoado com facilidade de wayne, e o chamava com animação para acompanhá-las. e foi ali que a discussão começou, enquanto selina dizia que ele deveria ir embora e o homem argumentava que não poderia deixá-las sozinha. em algum momento nos cinco inteiros minutos que gastavam brigando, a menina decidiu iniciar a aventura sozinha e sumiu em meio às árvores. os vinte minutos seguintes foram como um terrível pesadelo, e selina achou que teria um ataque do coração a qualquer momento. o alívio ao ver a garota durou pouco mais de instantes, pois assim que viu o que ela tinha nas mãos, o cenho franziu e a kyle correu até a figura pequena. a tosse começou, causada pela fruta comida pela metade. a outra garotinha ao lado de sua filha, que estava no acampamento, não parecia compreender o que era tão ruim em compartilhar sua fruta, mas selina não perdeu tempo explicando — ergueu helena nos braços e correu para fora dali, na tentativa de chegar ao carro o mais rápido que fosse humanamente possível. e tudo parecia como um sonho, uma lembrança distante. bruce pegando helena nos braços, correndo entre as árvores até o carro, dirigindo como um transtornado entre o trânsito de gotham até o hospital. o tempo que levava e a falta da epinefrina fizera com que o caso da menina fosse razoavelmente grave. seu marido chegou no momento em que selina explicava ao médico que não poderia doar sangue pela recente anemia que lhe acometera, e pareceu pronto para doar em seu lugar. “não… ele não pode” corrigiu, para estranhamento do homem. “o sangue dele é AB” explicou. uma hora teriam de descobrir, certo? e ela já nem se importava com aquilo tanto quanto ver sua filha bem. olhou para bruce, que havia decidido não ir embora até que helena estivesse bem. “ele pode” disse, e então sabia que nada seria muito simples à partir dali. o marido não precisou de tanto para compreender, saindo do hospital a duros passos. o doutor se retirou, após explicar para onde deviam ir a fim de fazer a doação. wayne não havia falado uma só palavra, mas sua face demonstrava que tinha compreendido tudo. enfim a pergunta veio, mais como realização que como dúvida. selina não podia mais fugir. “sim. helena é sua filha”
@brucewxyne
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sheerbienergy · 2 years
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ah, como conhecia. vivia rodeada pelos tais homens de negócios desde muito nova, aprendido a lidar com estes ainda em tenra idade, e principalmente passado a detesta-los também naquela época. talvez por isso se sentisse confortável com bruce de um modo pouco comum: porque o wayne não parecia, no fim, exalar aquela mesma energia da maioria dos tais homens de negócio. “alguns, sim. sou dançarina” respondeu, daquela forma, a fim de observar a reação alheia primeiro. e então, explicou melhor a falsa ocupação. “dou aulas de dança para a esposa de muitos aqui” uma mentira que nenhum dos engravatados seria capaz de reconhecer, considerando que pouco se importavam com as mulheres. normalmente estavam mais ocupados em bares e boates, com jovens em seu colo. também era uma mentira fácil de levar para frente, considerando a paixão que ela tinha sim por aquela arte. em algum mundo em que sua vida fosse menos complicada, teria seguido aquela carreira. “não tenho tanta certeza. alguns se escondem bem demais” afinal, via também desde nova toda a impunidade dos hipocritas criminosos. não era nenhuma mocinha; mas por aquele lado, realmente apreciava o trabalho de batman. era como se a primeira vez que gotham via algo mais próximo de justiça em décadas. uma justiça simplista as vezes, claro, pois selina tinha sua própria visão do certo e errado que por vezes podia ser um tanto… complexa. era uma ladra, no fim. para o comentário dos segredos, ela apenas sorriu. e não por pensar na sua identidade secreta ali, mas sim em como absolutamente tudo em gotham era pautado em mentiras e segredos. os políticos, os criminosos (por vezes ambos ao mesmo tempo), os influentes. até mesmo o maldito herói daquela cidade era uma grande incógnita. “mas você não pode dizer que alguns segredos às vezes são instigantes.” piscou-lhe um dos olhos, e dessa vez se referia ao próprio wayne. o bilionário misterioso do qual se sabia tão pouco. seria mentira dizer que ela não estava curiosa e interessada. gostou mais ainda de perceber o jeito que pareceu ter efeito sobre o outro, os olhos escuros da mulher gato analisando a expressão do mais alto quase que com entusiasmo. então ele se aproximou, lançando-lhe o elogio com tamanha sinceridade que a pegou desprevenida. estava acostumada a receber elogios, e sabia que era uma mulher bonita. ainda sim… a genuidade dos dizeres alheios a deixaram sem reação por alguns segundos, que antecederam um sorriso pequeno. alguns atrevidos poderiam ainda arriscar classificá-lo como tímido. quando ele continuou, a kyle nem havia reparado como o seu corpo instintivamente se inclinava na direção de wayne, como quem buscava por mais. mais proximidade, mais contato, mais conversa. lembrou-se porém do seu objetivo ali, e por mais interessante e agradável que bruce wayne fosse, não era flertar com ninguém. não com sinceridade, pelo menos. “sim. pela esposa dele, sabe? a aula” justificou, e se bruce wayne quisesse perguntar ao próprio, este já estava muito bem avisado do que deveria responder. deixou uma risada escapar com as palavras seguintes, e logo ela estava envolvida naquele papo que trocavam, esquecendo suas prioridades. “e você está incluído nisso, senhor wayne?” levou a ponta do indicador até o queixo dele, a unha arranhando levemente a pele, e quando encarou seus lábios e mandíbula na meia luz, teve a impressão de uma forte familiaridade. seus pensamentos não puderam seguir qualquer caminho no entanto, já que os fogos chamaram sua atenção (inclusive a fizeram se sobressaltar, e finalmente conseguir algum auto controle para se colocar há alguns passos de distância de wayne. não era hora para aquilo). girou em direção à multidão que cantava, sorrindo para os dizeres do homem. “acho que deveria ir até lá, aniversariante” constatou, batendo palmas no ritmo do restante dos convidados, instigando o homem a ir para perto de dario.
o parabéns foi cantado duas vezes, por influência do animadíssimo ricci que não se contentou com uma só, mas eventualmente todo o circo acabou e champanhe foi estourado com extravagância enquanto os garçons se espalhavam servindo pedaços de algum bolo que estava na cozinha, pois o da mesa com as velas sequer havia sido cortado. “todos os aniversários de vocês são assim?” a pergunta saiu tão instintivamente que mal pesou as palavras — tudo bem, já tinha dado a entender que não fazia de fato parte da alta classe. o fato, porém, era que ela nunca havia comemorado seu aniversário com uma festa. antes que bruce pudesse dizer algo, porém, ricci se enfiou na conversa. ‘só as que tem um organizador tão dedicado!’ fez piada, colocando-se entre a kyle e o wayne, tomando a mão da moça e a beijando. ‘nem conseguimos nos falar antes, senhorita lynx. que bom que veio. está me devendo uma dança, desde a última festa. não pense que esqueci’ selina sorriu em resposta, mesmo que ele não fosse o seu tipo favorito de pessoa, seria útil a aproximação. não tinha escolha. “claro, senhor ricci. isso se não estiver cansado demais, depois de todo esse trabalho em manter a energia da festa” poderia parecer que ela estava impressionada, e… bom, tinha de parecer mesmo. ‘ah, sabe como é, alguém tem que ser a alma da festa. já que mesmo que o coração seja o nosso aniversariante-‘ ele deu alguns tapas no peito de bruce antes de prosseguir. ‘- esse cara aqui as vezes age demais como cérebro’ não que a metáfora fosse algo ruim exatamente, mas o tom utilizado era a mistura perfeita de brincadeira e arrogância, colocando-se de algum modo acima do wayne não apenas com as palavras mas a postura.
sheerbienergy​.
talvez se alguém conhecesse selina (o que ela nunca permitia que acontecesse), saberia que estava genuinamente interessada no assunto bobo sobre as vestimentas. não porque dava a mínima para moda, mas porque lhe parecia interessante saber mais sobre o wayne. assentiu em resposta, prolongando o olhar no fundo dos olhos escuros e bonitos dele. “pois eu prefiro assim. homens normais, isto é. homens de negócios são pouco confiáveis” opinou, muito embora ela não estivesse mesmo disposta a confiar em qualquer um, bem vestido ou não. aqueles que sustentavam a pompa, porém, tinham um lugar especial na lista de desconfiança da kyle. “tendem a tratar tudo da mesma forma, e… bom… nem tudo é negócio, certo?” retrucou, com um sorriso ligeiramente malicioso em sua direção. não que se referisse a algo específico naquele momento, simplesmente achava que nem tudo podia ser visto como um negócio. como uma situação para se obter vantagem. as coisas eram mais complexas que isso, exigiam um olhar muito mais cauteloso. mas também seria uma utopia presumir que a maioria das pessoas se dava ao trabalho daquilo. era bem mais conveniente buscar pela própria vantagem em tudo. “é engraçado. como se houvessem dois extremos: pessoas que não conseguem sair dos holofotes, e aquelas que morrem nas sombras” comentou, com um tom de voz que beirava ligeiramente o amargo. nada direcionado à wayne especificamente, apenas uma constatação óbvia de como o sistema funcionava naquela cidade. os dizeres alheios a fizeram sorrir, principalmente por lembrar do que ela própria pensava em relação a um certo alguém. batman sabia muito sobre ela, por outro lado… bom, não importava. não era hora de permitir que o vigilante ocupasse seus pensamentos. “e o que tanto gostaria de saber, senhor wayne?” em sua expressão havia um óbvio ar de entretenimento, que se intensificou com a pergunta seguinte. o sorriso no rosto da moça era provavelmente o maior em semanas. “sinceramente?” na ponta dos pés, preparou-se para sussurrar. “prefiro roupa nenhuma” e tão logo se afastou, buscando se atentar ao olhar do rapaz e qualquer efeito de sua frase. “mas gosto de me arrumar assim. me faz sentir… poderosa. não por estar vestindo qualquer coisa cara, só por me sentir bonita” explicou, até porque o vestido podia ter sido adquirido pelo dinheiro roubado, mas provavelmente era o mais barato dentre todos daquele evento. “acha que estou bonita, bruce?” emendou a pergunta, o resquício do sorriso concentrado na lateral dos lábios fartos. não era como se selina tivesse muita vergonha na cara mesmo, e gostava de assistir as reações do tímido bruce wayne. “entendi. suas famílias são próximas, então?” não que a família do homem fosse muito mais do que simplesmente ele, mas poderia haver algo importante no passado. “imaginar? não tanto quanto ver” apontou com o queixo para o lado de dentro da festa, onde ainda podia-se ver um animadíssimo ricci conversando com convidados. “na verdade, o conheci no mesmo evento em que conheci você” explicou, sem muitas ressalvas. aquele meio era de contatos, afinal. não devia ser nada estranho que ela fosse convidada para algo após conhecer um dos importantes membros da nata. “sou uma amiga de lewis pembroke” e com isso queira dizer que tinha fotos do homem nos 44 negativos e utilizara como chantagem. “fui sua convidada na festa do senhor smith, e conheci dario, que fez questão de me convidar para hoje”
Bruce desviou o olhar do de Selina, adivinhando que seria melhor não arriscar muito naquela aproximação, apesar das luzes que vinham da festa esconderem bem a cor de seus olhos naquele momento. No fim, assentiu para a fala dela sobre negócios, afinal, ele passou a vida inteira observando como tudo em Gotham era mesmo tratado como um negócio, mas o jovem bilionário tinha o privilégio de apenas observar sem realmente ver o quão problemático isso era para o futuro da cidade, enquanto Selina realmente era quem vivia naquele meio e via Falcone tratar sua mãe e até ela mesmo como um de seus negócios. Não era à toa que estava preocupado com o que ela estava tramando agora; não queria que ela fosse sugada para aquele meio de novo. Era fácil para o Wayne, que podia usar a máscara de bilionário para se livrar de qualquer enrascada. Selina, por outro lado, estava sempre na beirada de um precipício, e um tropeço poderia colocá-la em um grande perigo com aqueles tais homens de terno. “Então você conhece muitos homens de negócios? Com o que trabalha, exatamente?” Ele quis saber, curioso com a história que ela inventaria, e teria que se esforçar para não deixar tão na cara que ele sabia que o dinheiro da mulher gato vinha de roubos. “Não parece ter um meio termo, não é? Quem está nos holofotes sempre vai estar. Até mesmo seus segredos um dia vão ser forçados pra fora das sombras de alguma forma.” Ele sorriu, voltando o olhar para a Kyle. “Talvez o problema de Gotham seja ter segredos demais.” O que era hipócrita pra ele dizer, mas ei, Selina também tinha os seus segredos ali. Claro, ele sabia que seu nome não era exatamente Katherine, mas a mulher não estava o contando muito sobre o seu plano… o que de alguma forma irritava Batman, e ao mesmo tempo o intrigava. Algo nele ficava ansioso para tentar descobrir sozinho, procurar por si só pela resposta que desejava. Selina sempre teve aquele efeito nele por ser alguém que Batman não conseguia prever e nem ler tão fácil, cego demais pelo modo que ela o distraía com um simples toque. E foi isso que aconteceu agora, quando Bruce não estava esperando pelo jeito que ela sorriu pra ele, percebendo agora que ele sentiu falta daquilo. Tinha a encontrado como Batman na semana passada, mas apesar de terem se aproximado no fim do reencontro, ambos ainda se moviam com precaução e medo de revelarem demais os próprios segredos. Ali, no entanto, ela parecia se divertir, mesmo que estivesse o usando como alguma forma de se camuflar pelo evento. Mas o que o surpreendeu foi a aproximação quando Selina se colocou na ponta dos pés para sussurrar próxima de Bruce. O homem piscou algumas vezes com as palavras dela, e foi um pouco automático o jeito que seu olhar caiu um pouco pra baixo, analisando de novo o vestido que acentuava suas curvas. Colocou um sorriso no próprio rosto e balançou a cabeça, achando graça de si mesmo e do jeito que Selina ainda lhe trazia arrepios e trazia um certo rubor em seu rosto como se fosse a primeira vez que a mulher flertava com ele. Não era, por mais que ela não soubesse disso, mas Bruce ainda se via ficando completamente hipnotizado por Selina. Era disso que falava quando pensava no jeito que a Kyle facilmente o tirava de foco. Sabia que a resposta para a pergunta dela era sim, ela estava linda, mas não havia palavras que traduziam como ela era mais do que esses elogios que qualquer um poderia dar. Bruce se aproximou de novo. “Eu acho que você está perfeita.” Ele sussurrou como ela fez antes, aumentando um pouco o sorriso em seus lábios mesmo com o jeito que seu coração falhava algumas batidas. A última vez que estiveram tão próximos… bem, foi quando dançaram na última festa. Mesmo com a aproximação de Batman, parecia que estavam de alguma forma distantes. Queria consertar isso também. “E algo me diz que isso não muda mesmo se você se livrar desse brilho todo.” Falou, referindo-se ao vestido chique dela. O que ele estava fazendo? Precisava se relembrar que não podia se aproximar dela demais. Só o suficiente para descobrir o que Selina estava tramando. Por sorte, ou azar, a conversa mudou para Dario de novo, assentindo conforme ela revelava como conheceu o Ricci, voltando a atenção para o amigo que andava pela festa, parecendo chamar um dos garçons para pedir por alguma coisa. “Lewis Pembroke… O novo promotor?” Ele perguntou, voltando a se recostar de lado no pequeno muro, observando tanto a noite quanto Selina. “Você está fazendo umas amizades muito ruins desde que surgiu por aqui, senhorita Lynx.” Brincou novamente, mas uma nova luz no céu chamou a atenção de Bruce, que notou as faíscas dos fogos explodirem pelas nuvens de Gotham naquela parte da cidade. Provavelmente já era meia noite, e Dario estava levando seu aniversário como se fosse uma festa de ano novo. “Ah, ótimo. Ele pensou em tudo mesmo.” Bruce fez uma careta, mas logo uma risada escapou seus lábios quando todo mundo começou a cantar parabéns do lado de dentro, bêbados demais para arrumar uma boa sincronia. Por mais que Bruce estivesse ali do outro lado, todos estavam ao redor do bolo imenso em cima da mesa, perto de onde Dario subia em uma cadeira para cantar apontando para Bruce. Ele acabou se inclinando para Selina de novo, falando por cima de todo aquele escândalo. “Eu deveria fugir? Ele tem uma péssima mania de afundar a cara do aniversariante no bolo.” 
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sheerbienergy · 2 years
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[ MOUTH ]: sender notices the receiver’s distress from across a crowded room, and silently mouths “are you okay?” to them.
katherine lynx tinha uma história simples, mas bastante divergente de selina kyle. havia crescido no bairro humilde de gotham com ambos os pais carinhosos em uma família estável. estudou e se formou na faculdade de dança (exatamente o que a kyle gostaria de ter feito), e seguiu por alguns anos dando aulas disso e eventualmente conseguiu alguns contatos naquele meio. aulas de alguma das esposas daqueles velhos ricos, era desculpa suficientemente crível para os maridos que pouco ligavam para suas cônjuges. mas era tudo completamente falso e distante da realidade difícil pela qual selina de fato havia passado. realidade essa que, naquele momento, parecia atingir a mente em fortes flashbacks diante da cena. aquele não era dos mais formais eventos em que comparecia nos últimos tempos, mas esbarrava outra vez em algumas figuras conhecidas como dario e bruce. seu foco naquela noite, porém, era nas poucas figuras calabrese que se atreviam à comparecer no mesmo ambiente que os ricci. ao menos fora por um bom tempo, até a atenção desviar para uma pequena criança angustiada que dizia ter perdido a mãe. a menininha tinha lágrima nos olhos e o rostinho virava de um lado para o outro, buscando. selina encarou a cena, o cenho franzido enquanto se recordava… bem, de si mesma. na noite em que a polícia apareceu na boate, no mesmo tempo em que sua mãe sumiu. na noite em que ela havia morrido, e uma selina jovem demais não podia compreender o que acontecia. não conseguiu se mover, apenas ficou ali, parada, acompanhando a agonia da pequena menina até que enfim a figura da criança relaxou, e correu na direção de sua mãe para abraçá-la. a kyle sentiu o peito arder, bem como sua pele, como se de repente ficasse insuportável ser quem era. ah! como queria ser katherine lynx. a garganta parecia prestes a fechar pelo enorme nó que ela lutava para que não a fizesse chorar. quando finalmente foi capaz de tirar os olhos da cena, o olhar esbarrou em bruce wayne do outro lado do salão, que havia notado sua instabilidade. a pergunta, então, deixou ainda mais difícil que ela mantivesse a postura. selina pressionou os lábios e respirou fundo, reunindo todas as forças para que não desabasse, e então assentiu com dificuldade. segundos depois, praticamente correu para o lado de fora do ambiente, em busca de ar, tentando fugir de toda aquela gente. encarou a sombra no jardim, desejando que uma figura específica estivesse ali. batman sabia sobre sua mãe. talvez… talvez a abraçasse, a fizesse se sentir melhor. sentir acolhida? besteira, decidiu em seguida. talvez fosse melhor ir embora, não era como se luca calabrese ou holly estivessem por ali, tampouco outro nome poderoso daquela família.
depois de enxugar o rosto, selina caminhou para a saída, mas antes que pudesse dar mais alguns passos alguém a segurou pelo braço. se fosse dario, ela cometeria um crime. quando viu bruce, no entanto, os olhos semicerraram enquanto notava a preocupação no rosto alheio. talvez a pudessem chamar de carente, derretendo-se com demonstrações simples, mas não se lembrava de ver um olhar daquele em sua direção. tão… genuinamente interessado, preocupado. wayne a puxou para perto, sem exceder qualquer limite, mas o suficiente para que selina precisasse erguer o queixo para buscar seu rosto. e então não disse nada. acariciou seu rosto, em silêncio, e com a outra mão o seu braço. e assim, a kyle se sentiu… protegida. amparada, de algum modo. o que só revirou seu interior ainda mais, fazendo a vontade de chorar aumentar. “desculpa” murmurou, sem graça, ao ter de enxugar uma e outra lágrima rebelde que escapava suas tentativas. “é só… sabe, hormônios, tpm, coisas… de mulher” a voz falhou um pouco, até que ele finalmente disse algo. ‘vem. vamos sair daqui’ anunciou, passando o braço em torno da cintura da kyle e a acompanhando para a saída, até o carro onde seu motorista aguardava. wayne indicou que fossem a uma lanchonete há bons quarteirões dali, que fez com que a moça achasse graça na coincidência. “é minha lanchonete favorita” comentou, a voz até um pouco mais animada ao pensar no estabelecimento com temática dos anos cinquenta, onde havia o melhor hambúrguer e milkshake de gotham. ‘eu sei’ ele respondeu, para o que a kyle estranhou. ‘digo, eu… sei que é um lugar muito bom, imaginei que fosse gostar’ explicou-se em seguida. ainda atordoada por tantos sentimentos fortes nos últimos minutos, mal pôde analisar os dizeres alheios. estava simplesmente agradecida pela presença de bruce naquele momento.
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sheerbienergy · 2 years
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“you deserve better than this… better than me.”
era verdade que selina não queria ver bruce nem pintado do mais fino ouro, mas era impossível deixá-lo naquelas condições sem no mínimo permitir que ele entrasse. sabia que o wayne não estava tão acostumado a exagerar do álcool (e fazia irritante sentido que tivesse ficado tão mal na ocasião em que a visitara como batman após beber como bruce), mas para que estivesse naquele estado, era óbvio que o milionário tinha ultrapassado e muito os seus limites. “que inferno.” chegou a reclamar, mas ainda agarrou o homem pelos braços a fim de arrasta-lo até o seu sofá. depois de jogar o homem no estofado sem qualquer delicadeza, bruce tentou de um jeito desengonçado se sentar, puxando a mão de selina para que ela se aproximasse. ele o fez, porém, com tamanha indelicadeza que a mulher gato caiu em cima dele, que se deitava com os músculos relaxados demais pelo efeito do álcool. “bat.” repreendeu, percebendo o quão estranho soava usar aquele codinome enquanto encarava a face exposta de bruce wayne. tentou escapar, mas mesmo bebado, ele era mais forte. “me solta. isso não tem graça, eu não quero saber mais desse circo todo. já disse que não quero saber de você” reforçou as palavras duras que o havia falado há semanas, apenas para ver verdadeira magoa nos olhos agora escurecidos do homem. ‘espera… deixa só eu te ver mais um pouco…’ ele pediu, com a ingenuidade característica da bebedeira. não teve coragem de tentar se afastar, apenas ficou ali. encarando o rosto do homem que a havia usado e enganado, que a havia feito se apaixonar por ele duas vezes, e ter seu coração quebrado em dobro. não saberia dizer em qual lembrança estava exatamente sua mente quando os próprios olhos encheram de lágrima, mas perceber que a mulher chorava foi suficiente para que wayne a soltasse enfim. selina se afastou, ficando em pé e passando as costas das mãos no rosto, antes de ouvi-lo. a kyle riu de si mesma, assentindo. assim que se estabilizou o suficiente para voltar a olhá-lo, ele parecia ter dormido. “é, bruce. eu realmente mereço” concordou, antes de trancar a porta do apartamento e colocar a manta que estava no sofá por cima do homem ainda deitado. ele não tinha a menor condição de voltar para casa, e mesmo com tudo o que havia acontecido, não queria que algo ruim lhe acontecesse. bom, não tão ruim. agachou-se ao lado dele, acariciando levemente os fios escuros que em algumas ocasiões havia adorado sentir. “eu não sei se você quis me usar. ou achou que eu contaria. ou que eu não entenderia, ou… que usaria isso contra você. de qualquer forma, você não confiou em mim. e eu mereço alguém que confie” retrucou, muito embora os olhos fechados de outrem indicassem que ela falava sozinha. ficou ali um bom tempo ainda, algo próximo de dez minutos, até finalmente ir para seu quarto. se o conhecesse bem (e agora duvidava), ele iria embora antes que ela pudesse despertar.
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sheerbienergy · 2 years
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Zoë Kravitz as SELINA KYLE The Batman (2022)
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sheerbienergy · 2 years
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( sms ) : so… the drunk voicemails i left you last night… you totally listened to them, didn’t you.
📲: estou atualmente gravando em um cd para ter uma cópia física
📲: se eu soubesse que só precisava de uísque para te fazer falar tanta coisa bonita eu já tinha te embebedado antes
📲: e sobre o casamento, eu aceito
📲: [três minutos depois] é brincadeira bruce, pode respirar
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sheerbienergy · 2 years
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talvez se alguém conhecesse selina (o que ela nunca permitia que acontecesse), saberia que estava genuinamente interessada no assunto bobo sobre as vestimentas. não porque dava a mínima para moda, mas porque lhe parecia interessante saber mais sobre o wayne. assentiu em resposta, prolongando o olhar no fundo dos olhos escuros e bonitos dele. “pois eu prefiro assim. homens normais, isto é. homens de negócios são pouco confiáveis” opinou, muito embora ela não estivesse mesmo disposta a confiar em qualquer um, bem vestido ou não. aqueles que sustentavam a pompa, porém, tinham um lugar especial na lista de desconfiança da kyle. “tendem a tratar tudo da mesma forma, e… bom… nem tudo é negócio, certo?” retrucou, com um sorriso ligeiramente malicioso em sua direção. não que se referisse a algo específico naquele momento, simplesmente achava que nem tudo podia ser visto como um negócio. como uma situação para se obter vantagem. as coisas eram mais complexas que isso, exigiam um olhar muito mais cauteloso. mas também seria uma utopia presumir que a maioria das pessoas se dava ao trabalho daquilo. era bem mais conveniente buscar pela própria vantagem em tudo. “é engraçado. como se houvessem dois extremos: pessoas que não conseguem sair dos holofotes, e aquelas que morrem nas sombras” comentou, com um tom de voz que beirava ligeiramente o amargo. nada direcionado à wayne especificamente, apenas uma constatação óbvia de como o sistema funcionava naquela cidade. os dizeres alheios a fizeram sorrir, principalmente por lembrar do que ela própria pensava em relação a um certo alguém. batman sabia muito sobre ela, por outro lado… bom, não importava. não era hora de permitir que o vigilante ocupasse seus pensamentos. “e o que tanto gostaria de saber, senhor wayne?” em sua expressão havia um óbvio ar de entretenimento, que se intensificou com a pergunta seguinte. o sorriso no rosto da moça era provavelmente o maior em semanas. “sinceramente?” na ponta dos pés, preparou-se para sussurrar. “prefiro roupa nenhuma” e tão logo se afastou, buscando se atentar ao olhar do rapaz e qualquer efeito de sua frase. “mas gosto de me arrumar assim. me faz sentir… poderosa. não por estar vestindo qualquer coisa cara, só por me sentir bonita” explicou, até porque o vestido podia ter sido adquirido pelo dinheiro roubado, mas provavelmente era o mais barato dentre todos daquele evento. “acha que estou bonita, bruce?” emendou a pergunta, o resquício do sorriso concentrado na lateral dos lábios fartos. não era como se selina tivesse muita vergonha na cara mesmo, e gostava de assistir as reações do tímido bruce wayne. “entendi. suas famílias são próximas, então?” não que a família do homem fosse muito mais do que simplesmente ele, mas poderia haver algo importante no passado. “imaginar? não tanto quanto ver” apontou com o queixo para o lado de dentro da festa, onde ainda podia-se ver um animadíssimo ricci conversando com convidados. “na verdade, o conheci no mesmo evento em que conheci você” explicou, sem muitas ressalvas. aquele meio era de contatos, afinal. não devia ser nada estranho que ela fosse convidada para algo após conhecer um dos importantes membros da nata. “sou uma amiga de lewis pembroke” e com isso queira dizer que tinha fotos do homem nos 44 negativos e utilizara como chantagem. “fui sua convidada na festa do senhor smith, e conheci dario, que fez questão de me convidar para hoje”
sheerbienergy​.
selina permitiu que seu olhar escorregasse de bruce wayne para o organizador da festa, que se divertia não somente com as garçonetes pouco vestidas e as strippers fantasiadas, mas principalmente com o depoimento que natalia knight gravava. a mulher gato não saberia dizer a importância jornalística de um rico gastando dinheiro em uma festa enorme para chamar atenção, mas o que ela sabia, não é? voltou-se ao mais alto, um sorrisinho no canto dos lábios de quem obviamente se divertia com toda a situação. “já o ricci aposto que não lembrará de muita coisa se continuar assim” pois para além de sua animação com as mulheres, já devia estar na quinta taça de champanhe em pouquíssimo tempo. diante da menção alheia das próprias roupas, selina analisou a figura do milionário (que, ironicamente, não pareciam vestes de alguém tão bem endinheirado). e ela preferia assim, mesmo. claro que no evento em que vira wayne pela primeira vez, não tinha deixado de perceber o quão atraente ficava em vestes formais. mas… de algum modo, as peças escuras e razoavelmente casuais caiam-lhe bem demais. “eu acho que está ótimo. preto combina com você” garantiu, sincera. para alguém que mentia, enganava e escondia, selina tinha grande facilidade em ser honesta. “parece mais confortável assim do que da última vez que nos vimos” ainda acrescentou, percebendo que após tanto tempo longe da midia, bruce provavelmente havia se desacostumado a usar as roupas pomposas. não pôde segurar o riso que lhe escapou os lábios, antes de beber um pouco do líquido borbulhante em sua taça. “não há muita discrição em gotham. certamente não nesse meio” como se esperassem que todos aqueles ricos agissem exatamente como dario. “me surpreende que tenha conseguido ficar nas sombras por todo esse tempo” complementou, sem que sequer se desse conta da piada interna que soltava. ou, bem, que soltaria se soubesse quem ele realmente era. arqueou uma sobrancelha ao ouvir a pergunta, entrelaçando o braço no dele para que caminhassem juntos. “não teria muita graça se eu lhe desse essa informação assim de bandeja, não acha?” a brincadeira era uma boa forma de se desviar da questão, mas também de observar como ele reagia à kyle. era bom que não precisasse lidar unicamente com homens como dario naquele meio, ou acabaria arrancando cabeças em algum momento. talvez não conseguisse tudo que precisava em suas investigações com o órfão milionário, mas ficava aliviada de ter a presença ali. não que tivesse tanto em comum com bruce wayne também, claro — como poderiam? o que apenas tornava um tanto mais curioso que se sentisse de certo modo confortável com ele. “mas posso lhe garantir que não foi de um lugar tão bonito quanto você” o sorriso em seu rosto fazia a frase soar leve, como se fosse um passado já esquecido e distante. não era o caso. se bruce havia crescido em berço de ouro, ela havia crescido em uma boate suja com homens nojentos, em lares temporários com família disfuncionais, nas ruas e em apartamentos tão minúsculos que mal havia espaço para si. em algum ponto precisaria alinhar a mentira que inventaria sobre seu passado, para que ele também não se interessasse demais a ponto de investigá-la. mas por enquanto a resposta inespecífico tinha de ser o suficiente. ao chegar do lado de fora, ergueu o queixo e fechou os olhos por alguns instantes, aproveitando a brisa. a festa exagerada e toda a extravagância podia ser sufocante as vezes. “mas me diga” falou, afastando o toque de seu braço e voltando seu olhar para ele. “é amigo de dario há muito tempo?” olhou por cima do ombro do mais alto, onde o ricci seguia fazendo seu circo. “quer dizer… parece que ele te considera bastante.” e queria saber o quão próximas eram as famílias. seria bastante útil.
Bruce voltou o olhar para Dario, que já estava exagerando na bebida. De novo, Dario era um idiota, mas era melhor que Bruce fizesse uma anotação mental sobre isso para checar no amigo mais tarde. Seu trabalho como vigilante realmente havia decaído naquela noite. Bebeu um pouco mais de sua própria bebida, e sabia que não iria exagerar, mas se sentiria melhor depois de alguns copos, principalmente quando voltou sua atenção para Selina. Era difícil ser Bruce Wayne sob os olhares de Selina Kyle; muitas vezes sentia que a conhecia e muitas vezes sentia que ela era um mistério até para Batman. Temia que a mulher pudesse descobrir seu segredo a qualquer tropeço que fizesse, tinha que tomar cuidado com o quanto se aproximava dela ali, mas também precisava descobrir o que Selina pretendia naquele meio. Voltou-se para as próprias vestes, sorrindo com o comentário dela. Pelo menos estava mais leve com uma conversa que vinha naturalmente, e isso era algo que não podia fazer como Batman, quando precisava esconder seu tom de voz, suas feições, sua postura… agora ele podia pelo menos se deixar reagir àquela aproximação. “Eu prefiro assim também, mas não vou mentir, eu gosto dos ternos. Me sinto mais como um homem de negócios.” Bruce se permitiu brincar, mas não era totalmente uma mentira, já que era aquela máscara que precisava usar ultimamente para entrar em eventos importantes e para as reuniões nas indústrias Wayne. Conforme dava um último gole no champanhe, quase se engasgou na bebida quando Selina mencionou as sombras, mas não parecia exatamente uma piada de duplo sentido vindo dela. O rapaz pigarreou, colocando a taça vazia em cima da bandeja de um garçom que ali passava. “É, hum… é meio difícil ficar escondido pra sempre nessa cidade.” As revelações do Charada também obrigaram Bruce Wayne a reagir. Os podres de seu pai tiveram um efeito na cidade que ele precisava desfazer, e sua mãe… bem, ela não merecia ter sido arrastada pra isso. O toque de Selina ao segurar o seu braço o despertou daqueles pensamentos, fazendo-o suspirar em alívio quando o ambiente mudou e finalmente estavam na sacada. Bruce se afastou dela para ficar de frente para a mulher enquanto se recostava no parapeito do local, mas sua mão ainda deslizou pela dela, como se tentasse dar aquele conforto para Selina agora que percebeu que ela estava pensando no passado também. Batman já sabia de onde Selina vinha, e do ambiente onde ela cresceu, e era por isso que temia o que ela estava planejando o se enfiar naquele meio. Não queria que acabasse do jeito que aconteceu pouco antes da Kyle deixar Gotham. Ele a ofereceu um novo sorriso, passando a admirar as feições da mulher sob a luz da noite, como sempre fazia quando se encontravam em um telhado qualquer ou no apartamento de Selina, mas agora era diferente. “Eu só acho que não é nada justo que você saiba tanto sobre mim e eu não saiba nada sobre você.” Disse, apesar de estar ciente que Selina não lhe entregaria nenhuma resposta sobre Katherine Lynx tão fácil. “Tipo… você gosta das roupas que usa em eventos ou prefere as mais confortáveis? É um fato importante que eu preciso saber.” Fez menção à conversa que tiveram momentos antes, sentindo o próprio sorriso aumentar. Era curioso pensar que Selina tinha se aproximado de Bruce mesmo sem saber que ele era o Batman. Claro, ela poderia só estar puxando conversa para se infiltrar melhor naquele meio, mas ainda assim… era de certa forma reconfortante pensar que mesmo se Batman não conhecesse Selina, o universo ainda daria um jeito de se aproximar dela, mesmo com outra identidade. Uma nova garçonete apareceu na sacada, o que fez Bruce se lembrar que estava em uma festa. Não só uma festa, mas uma festa pra ele, o que era óbvio pelas letras B e W bordadas na camisa da garçonete, que os oferecia novos copos de champanhe. Bruce pegou o seu, ainda podendo sentir certos olhares na sua direção ali. É claro; provavelmente algumas fotos já haviam sido tiradas. Acabou dando de ombros quando o assunto voltou-se para Dario. “Acho que conheço Dario desde que nasci.” Não havia razão para mentir sobre aquilo, já que todo mundo já conhecia aquela história, tanto que o aniversário de Dario também nem estava tão longe assim. “A gente se afastou um pouco pela adolescência…” Aos onze anos, pra ser exato. Quando os pais de Bruce morreram. Não que isso fosse um segredo também. “Mas ele sempre visitava quando podia.” Dario não era um amigo ruim, só… tinha ideias péssimas de diversão. Enquanto Bruce estava treinando para ser Batman, Dario estava frequentando os clubes que o vigilante fazia questão de fechar depois de expor os podres desses lugares. “Então você pode imaginar a animação dele quando eu contei que queria frequentar mais eventos.” Voltou o olhar para Selina então, comprimindo os lábios de uma forma que, se não tivesse cuidado do jeito que fosse soar agora, ela provavelmente descobriria que ele era o Batman. “E você? De onde conhece Dario?” 
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sheerbienergy · 2 years
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selina permitiu que seu olhar escorregasse de bruce wayne para o organizador da festa, que se divertia não somente com as garçonetes pouco vestidas e as strippers fantasiadas, mas principalmente com o depoimento que natalia knight gravava. a mulher gato não saberia dizer a importância jornalística de um rico gastando dinheiro em uma festa enorme para chamar atenção, mas o que ela sabia, não é? voltou-se ao mais alto, um sorrisinho no canto dos lábios de quem obviamente se divertia com toda a situação. “já o ricci aposto que não lembrará de muita coisa se continuar assim” pois para além de sua animação com as mulheres, já devia estar na quinta taça de champanhe em pouquíssimo tempo. diante da menção alheia das próprias roupas, selina analisou a figura do milionário (que, ironicamente, não pareciam vestes de alguém tão bem endinheirado). e ela preferia assim, mesmo. claro que no evento em que vira wayne pela primeira vez, não tinha deixado de perceber o quão atraente ficava em vestes formais. mas... de algum modo, as peças escuras e razoavelmente casuais caiam-lhe bem demais. “eu acho que está ótimo. preto combina com você” garantiu, sincera. para alguém que mentia, enganava e escondia, selina tinha grande facilidade em ser honesta. “parece mais confortável assim do que da última vez que nos vimos” ainda acrescentou, percebendo que após tanto tempo longe da midia, bruce provavelmente havia se desacostumado a usar as roupas pomposas. não pôde segurar o riso que lhe escapou os lábios, antes de beber um pouco do líquido borbulhante em sua taça. “não há muita discrição em gotham. certamente não nesse meio” como se esperassem que todos aqueles ricos agissem exatamente como dario. “me surpreende que tenha conseguido ficar nas sombras por todo esse tempo” complementou, sem que sequer se desse conta da piada interna que soltava. ou, bem, que soltaria se soubesse quem ele realmente era. arqueou uma sobrancelha ao ouvir a pergunta, entrelaçando o braço no dele para que caminhassem juntos. “não teria muita graça se eu lhe desse essa informação assim de bandeja, não acha?” a brincadeira era uma boa forma de se desviar da questão, mas também de observar como ele reagia à kyle. era bom que não precisasse lidar unicamente com homens como dario naquele meio, ou acabaria arrancando cabeças em algum momento. talvez não conseguisse tudo que precisava em suas investigações com o órfão milionário, mas ficava aliviada de ter a presença ali. não que tivesse tanto em comum com bruce wayne também, claro — como poderiam? o que apenas tornava um tanto mais curioso que se sentisse de certo modo confortável com ele. “mas posso lhe garantir que não foi de um lugar tão bonito quanto você” o sorriso em seu rosto fazia a frase soar leve, como se fosse um passado já esquecido e distante. não era o caso. se bruce havia crescido em berço de ouro, ela havia crescido em uma boate suja com homens nojentos, em lares temporários com família disfuncionais, nas ruas e em apartamentos tão minúsculos que mal havia espaço para si. em algum ponto precisaria alinhar a mentira que inventaria sobre seu passado, para que ele também não se interessasse demais a ponto de investigá-la. mas por enquanto a resposta inespecífico tinha de ser o suficiente. ao chegar do lado de fora, ergueu o queixo e fechou os olhos por alguns instantes, aproveitando a brisa. a festa exagerada e toda a extravagância podia ser sufocante as vezes. “mas me diga” falou, afastando o toque de seu braço e voltando seu olhar para ele. “é amigo de dario há muito tempo?” olhou por cima do ombro do mais alto, onde o ricci seguia fazendo seu circo. “quer dizer… parece que ele te considera bastante.” e queria saber o quão próximas eram as famílias. seria bastante útil.
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aquele era um evento que definitivamente não esperava que acontecesse tão cedo. provavelmente não havia um cidadão de gotham que não conhecesse bruce wayne, e se o homem achava que se esconder durante tantos anos o faria ser esquecido, aquilo nunca foi bem um fato. era como se ele tivesse se tornado um objeto de ainda maior interesse, e ainda multiplicado diversas vezes após os acontecimentos com charada. mas uma festa de aniversário daquele tamanho? chamar a situação de ‘festa surpresa’ não passava de uma mera palhaçada, visto que dario ricci o havia transformado basicamente no evento do ano. bastante ativo nas redes sociais, provavelmente até o maldito charada devia ter tomado conhecimento daquele circo. claro que selina não conhecia bruce ou dario, mas não apostaria muita coisa naquela amizade. simplesmente porque não apostaria na amizade de ninguém daquele meio. mas lá estava ela, pronta para se enfiar no ninho de cobras um pouco mais e revirar tudo que fosse preciso. não foi tão difícil comprar o vestido bonito, não depois de roubar algumas coisinhas enquanto invadia a casa dos smith. mas eram meios para um fim! não o fizera por simples capricho. trajada a rigor, caminhava pelo espaço analisando os convidados, ponderando se holly estaria no local. ainda não sabia como abordá-la, e começava a ficar um pouco ansiosa. duvidava, porém, que os calabrese fossem convidados. algum tempo depois do início da noite o aniversariante finalmente chegou, sendo recebido com exagero por dario que sorria para as câmeras como se fosse para ele todo o evento (e no fim, era mesmo). a kyle aguardou que toda a comoção diminuísse, sem deixar de notar como wayne parecia experimentar seu inferno pessoal, até finalmente caminhar até ele. com um sorriso entretido, tinha duas taças de champanhe na mão. ofereceu uma a ele antes de se colocar na ponta dos pés para beijar a bochecha do homem. não que houvesse intimidade suficiente para tanto, mas justamente por isso achava útil instigar aquela dinâmica. podia precisar dele eventualmente, mesmo. e era, por enquanto, o único daquela gente que não a fazia querer vomitar quando falava consigo. “feliz aniversário, wayne. posso ver que essa festa é mesmo a sua cara, deve estar feliz com seu melhor amigo” o leve sarcasmo deixava claro que reconhecia que ambas as coisas eram falsas, como se ela dissesse que o entendia. “então decidiu voltar de vez ao olho público?”
Batman encontrou-se com Gordon naquela tarde para trocar informações sobre os Calabrese, avisando-o sobre as falcatruas que os boatos diziam que a família estava envolvida. Sendo só boatos, Bruce não podia fazer nada além de investigar por baixo dos panos, e por isso pedia para o policial ficar de olho também, já que muitos outros fardados vinham trabalhando para as famílias corruptas da cidade também. Estava indo pra casa no carro do vigilante quando uma mensagem de Dario apareceu no visor conectado ao celular do Wayne. ‘Emergência’  — estava escrito — ‘Venha antes que a polícia chegue.’ Bruce franziu o cenho, já que aquela mensagem era diferente do que estava acostumado vindo do antigo amigo. Provavelmente deveria deixar a palavra antigo de lado, já que Dario estava de volta na sua vida agora e, por mais que o loiro fosse insuportável, parte de Bruce queria proteger a família Ricci da mira dos Calabrese e descobrir mais da rivalidade que parecia vir de gerações. Já em casa, tomou um banho e arrumou-se rapidamente antes de sair em seu carro normal para dirigir rapidamente até o endereço indicado. As luzes do local estavam totalmente desligadas, fazendo os instintos de Batman tomarem conta de si. Abriu a porta com ansiedade, até um movimento o chamar a atenção ao seu lado: Dario estava acendendo as luzes, revelando uma multidão que tentava se esconder atrás dos móveis que decoravam o salão. ‘SURPRESA!!’ todo mundo gritou junto, jogando confetes, serpentinas e até acendendo velas estreladas. — Está atrasado, meu chapa! A polícia já chegou!! — Dario falou ao se colocar ao lado de Bruce, apontando para as garçonetes vestidas de policiais sexys que piscavam na direção do Wayne. O rapaz levou a mão até o próprio rosto, massageando a testa como se lidar com isso fosse pior do que lidar com os bandidos nas ruas de Gotham. “Não acredito que você fez a única coisa que eu pedi pra você não fazer.” Foi o que Bruce disse ao se voltar para o Ricci. As pessoas convidadas que o aniversariante nem conhecia já tinham voltado a atenção umas para as outras, aproveitando o champanhe e os outros comes e bebes no grande bar montado do outro lado. — Claro, se você pedisse, não ia ser uma surpresa! — Essa foi a desculpa do antigo amigo. Tudo bem que o pedido veio um mês atrás em uma conversa com um tom cômico, já que não foi algo que Bruce realmente achou que ele faria. “Meu aniversário é amanhã.” Bruce insistiu, mas nem sua teimosia foi capaz de tirar o sorriso no rosto de Dario, que deslizou o braço pelos ombros de Bruce, trazendo-o pra perto do corpo alheio. — E por isso vamos ficar até depois da meia noite! Vamos, Bruce! Se anima e pose para a foto com seu amigo. — Natalia Knights se aproximou com uma câmera em mãos, e Bruce foi obrigado a colocar pelo menos um mínimo sorriso no rosto. Odiava admitir que talvez Dario estivesse certo. Precisava pelo menos fingir que estava animado ao se enfiar naquele meio, já que agora não tinha muito o que ser feito. “Tudo bem.” Concordou com o Ricci para escapar daquilo mais rápido. “Obrigado.” Agradeceu, o que trouxe um sorriso ainda maior nos lábios de Dario que puxou Bruce para um abraço e tapinhas nas costas, mas Bruce ainda não estava imerso na ideia de ter uma festa só pra si, muito menos a atenção das famílias importantes de Gotham. Claro, ele já chamava a atenção quando resolveu comparecer a festas chiques, mas ter uma festa de aniversário com seu nome por todo lado era pior, além da pilha de presentes que começava a se formar perto da entrada, os balões decorando o salão, as conversas constrangedoras que trocava com renomados influenciadores, e… tinha um stripper em um pole dance no segundo andar vestido de Batman. Deus, ele já queria ir embora e pedir para Alfred o enterrar no próprio jardim. Depois de um tempo, se viu livre para respirar um pouco, deixando que a música começasse a incentivar as pessoas a dançarem agora que já estavam bebendo demais. Estava indo em direção ao segundo andar para aproveitar a noite pela sacada, quando Selina Kyle se colocou em seu campo de visão. Seu coração pulou algumas batidas, e provavelmente não aguentaria mais nenhuma surpresa por aquela noite, mas a mulher causava aquele tipo de reação nele mesmo antes de conhecê-lo como Bruce Wayne. As intenções da mulher ainda eram um mistério pro homem, mas podia adivinhar que ela precisava de um disfarce para se infiltrar em festas de ricaços, por mais chiques que fossem, ou por mais caóticas, como o estilo de Dario. Deixou que ela se aproximasse e beijasse seu rosto, recebendo a taça de champanhe com um sorrisinho. Por mais que seus movimentos como Bruce fossem mais livres fora do uniforme, era notável que ele ainda tinha receio de tocá-la demais… de se aproximar demais. Suspeitava que ela pudesse o reconhecer a qualquer momento, mas ao mesmo tempo… não conseguia se afastar por completo, desejando poder estender os momentos com Selina o quanto pudesse. Além disso, tê-la em seu aniversário, parecia… estranhamente mais íntimo do que qualquer coisa que já tiveram. Ela não conhecia Batman de verdade, pelo menos não conhecia grandes detalhes de sua vida, mas agora estava ali para comemorar seu aniversário, por mais que aquela festa não fosse exatamente algo que Bruce desejou. “Com certeza eu vou me lembrar disso por muito tempo.” Ele não disse isso como se fosse algo bom, levando a taça até os lábios para dar o primeiro gole da noite. “Eu não estou nem vestido pra isso.” Abaixou o olhar para as próprias vestes: uma blusa preta de manga comprida e uma calça da mesma cor. Apenas os sapatos eram novos; um presente de Alfred, mas era notável que tinha se arrumado às pressas para atender o chamado de Dario. Aproveitou para deixar seu olhar cair sobre o vestido de Selina também. Ela sempre foi uma mulher muito bonita, é claro, mas agora ela estava deslumbrante enquanto ainda conseguia se misturar por entre os convidados. Se não a conhecesse antes, poderia muito bem cair na sua conversa. “Digamos que sim. Eu só planejava ser um pouco mais discreto com essa ideia.” Ele sorriu por fim, dando mais um gole no champanhe. “E você, Katherine?” Perguntou, dando um passo na direção alheia antes de estender seu braço com a intenção de que Selina o segurasse para Bruce a guiar até a sacada. “Se me permite perguntar, de onde você saiu?”
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sheerbienergy · 2 years
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aquele era um evento que definitivamente não esperava que acontecesse tão cedo. provavelmente não havia um cidadão de gotham que não conhecesse bruce wayne, e se o homem achava que se esconder durante tantos anos o faria ser esquecido, aquilo nunca foi bem um fato. era como se ele tivesse se tornado um objeto de ainda maior interesse, e ainda multiplicado diversas vezes após os acontecimentos com charada. mas uma festa de aniversário daquele tamanho? chamar a situação de ‘festa surpresa’ não passava de uma mera palhaçada, visto que dario ricci o havia transformado basicamente no evento do ano. bastante ativo nas redes sociais, provavelmente até o maldito charada devia ter tomado conhecimento daquele circo. claro que selina não conhecia bruce ou dario, mas não apostaria muita coisa naquela amizade. simplesmente porque não apostaria na amizade de ninguém daquele meio. mas lá estava ela, pronta para se enfiar no ninho de cobras um pouco mais e revirar tudo que fosse preciso. não foi tão difícil comprar o vestido bonito, não depois de roubar algumas coisinhas enquanto invadia a casa dos smith. mas eram meios para um fim! não o fizera por simples capricho. trajada a rigor, caminhava pelo espaço analisando os convidados, ponderando se holly estaria no local. ainda não sabia como abordá-la, e começava a ficar um pouco ansiosa. duvidava, porém, que os calabrese fossem convidados. algum tempo depois do início da noite o aniversariante finalmente chegou, sendo recebido com exagero por dario que sorria para as câmeras como se fosse para ele todo o evento (e no fim, era mesmo). a kyle aguardou que toda a comoção diminuísse, sem deixar de notar como wayne parecia experimentar seu inferno pessoal, até finalmente caminhar até ele. com um sorriso entretido, tinha duas taças de champanhe na mão. ofereceu uma a ele antes de se colocar na ponta dos pés para beijar a bochecha do homem. não que houvesse intimidade suficiente para tanto, mas justamente por isso achava útil instigar aquela dinâmica. podia precisar dele eventualmente, mesmo. e era, por enquanto, o único daquela gente que não a fazia querer vomitar quando falava consigo. “feliz aniversário, wayne. posso ver que essa festa é mesmo a sua cara, deve estar feliz com seu melhor amigo” o leve sarcasmo deixava claro que reconhecia que ambas as coisas eram falsas, como se ela dissesse que o entendia. “então decidiu voltar de vez ao olho público?”
@brucewxyne
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sheerbienergy · 2 years
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❝  just let me look at you for a little bit.  ❞ @brucewxyne
se selina ganhasse um real a cada vez que era interrompida em suas tentativas de sexo em situações envolvendo o batman, ela teria dois reais. o que não era muito, mas extremamente incômodo que houvesse ocorrido mais de uma vez. não havia bebido tão menos que bruce, mas sua resistência era maior que a do milionário — o que devia demonstrar o quão ‘certinho’ ele podia ser, visto que o físico de kyle em comparação ao dele não era uma vantagem. ao menos estava com a consciência clara o suficiente para saber que precisava sair da mansão e encontrar o homem morcego, porque tinha plena certeza de que a notícia anunciada na televisão era falsa. ja não haveria absolutamente nada em dario que indicasse qualquer boa índole, algo completamente intrínseco do batman. se fosse um disfarce, seria o melhor deles. e ainda ele não anunciaria assim na televisão algo que lutava tanto para não contar à mulher gato. se aqueles detalhes não fossem suficiente, claro que havia a lógica, considerando que o homem a havia visitado justamente quando estava sentada no colo no vigilante. então o que o ricci queria? precisava lidar com aquilo. depois de sair da mansão e pegar um táxi até seu apartamento, ligou para o morcego ainda no carro. “oi. me encontra em casa” disse apenas, já que não podia elaborar muita coisa com o taxista escutando. a kyle logo chegou, mas cada minuto que esperava na sala parecia uma eternidade. enfim algo na janela lhe chamou atenção, e pode notar que batman adentrava o espaço com muito menos cuidado e agilidade que o comum. é! ele parecia mesmo abalado. “ei… o que porra tá acontecendo?” perguntou de uma vez, aproximando-se e chutando para longe alguns objetos no caminho a fim de que o herói pudesse entrar. “sabe, você podia ter vindo pela porta” chegou a sugerir, mas balançou a cabeça. “enfim. o que dario quer? que ideia é essa agora? ele tem, sei la, algo sobre você?” não que não pudesse compreender a intenção de chamar atenção para si, mas… parecia uma forma arriscada. “hm… você tá bem?” franziu o cenho, vendo que ele parecia esquisito. normalmente tinha uma postura imponente, agora estava quase… casual. como se o seu corpo pesasse demais. “não sabia que era tão sensível” murmurou, indo até a cozinha para colocar água quente no fogo e fazer um chá que pudesse acalma-lo. “você tem que pensar em algo. uma forma de desmentir isso. talvez aparecer em algum evento em que dario está? não tem como os dois estarem ao mesmo tempo no mesmo lugar.” pensou, voltando para perto dele após colocar a chaleira no fogão. “ou vai deixar que acreditem por um tempo? talvez seja útil. não sei, não consigo pensar em alguma coisa específica agora. mas talvez os ricci relaxem? achando que o vigilante está do lado deles?” após divagar, voltou a olhá-lo. ele tava muito esquisito! será que estava a observando com bruce mais cedo? e agora estava daquele jeito? ou era porque até então a mulher sequer queria ouvir sua voz, e agora havia lhe chamado para sua casa? “você tá prestando atenção no que eu tô dizendo?” foi até bem mais perto dele, só então pensando no quão devia estar pouco apresentável. a roupa amassada, a maquiagem gasta, a boca inchada (culpa de bruce), os fios desgrenhados. e sem os saltos, precisava olhar para cima ao falar com ele. “tá. vou pegar chá, você toma, depois conversamos” decidiu, mas ao se virar, o homem morcego segurou seu braço. selina olhou para ele, o cenho franzido, mas a expressão relaxou aos poucos assim que ele pediu que ela o deixasse olhar mais alguns instantes. a mulher gato sentiu os ombros relaxarem, e lembrou-se imediatamente do jeito que haviam se tocado no seu sofá há algumas semanas. antes dele pirar e sair correndo. piscou um par de vezes, tentando se forçar a ficar brava de novo, e então puxou seu braço. “pronto. agora deixa eu pegar esse chá pra você voltar aos seus sentidos”
@brucewxyne
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sheerbienergy · 2 years
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“é. não dá pra sentir falta disso aqui” o olhar fugiu para a janela por um momento, pensando na cidade de situação terrível. mas principalmente, em como havia retornado para o mesmo bairro, nas mesmas condições. ao sair de gotham, mesmo com a sensação ruim de deixar alguém para trás, havia esperança. havia a sensação de que finalmente aproveitaria um novo capítulo em sua vida, conquistaria melhores coisas e condições. mas… lá estava ela. de volta à cidade assombrosa, violenta, afundada em tudo que havia de ruim. repleta de pessoas corrompidas. era por isso que lhe era tão importante salvar holly de tudo aquilo. não somenre a mulher era uma irmã para selina, mas depois de observá-la nos últimos dias (ainda apenas de longe), pudera notar o quanto continuava uma pessoa boa demais para um lugar sujo como aquele. um dos motivos, ainda, para que estranhasse o envolvimento dela em todas aquelas famílias poderosas. quando retornou os olhos ao batman, porém, torceu o lábio levemente, quase que de maneira imperceptível. se tudo na cidade era ruim, não apenas holly se destacava como um oposto, mas o vigilante também. quando decidiu voltar, fora impossível não pensar nele de imediato. não pensar em como haviam trabalhado juntos, no quanto eram parecidos mesmo diante de tantas diferentes. no quanto ele a envolvia, a atraia. sabia que era recíproco, e a forma que o batman permitia que a mulher gato lhe tocasse só comprovava aquilo. sua maior surpresa aquela noite não fora a invasão do homem morcego, nem o varal contra sua parede, nem toda a conversa que ameaçava expor suas intenções na cidade. fora ouvi-lo admitir, como ambos vinham evadindo até entanto, que simplesmente queria vê-la. selina observou os poucos traços descobertos do herói, pausando nos lábios que tanto lhe tentavam. a provocação sobre sua altura a fez revirar os olhos, um pequeno sorriso entretido nos lábios. a piada já antecipou para ela o afastamento que se seguiu, pois mesmo com poucos encontros, já o conhecia bem demais. para alguém corajoso, ele estava sempre fugindo. “eu te disse. ainda tenho algumas vidas para gastar” brincou, sem se atrever a se aproximar muito mais. afinal, ela até podia manter a pose, mas ficava tão difícil para a mulher quanto para o outro. aquilo pareceu suficiente para que o homem decidisse ir embora, mas antes que escorregasse pela janela, selina elevou um pouco o tom de voz para ser ouvida. “eu também queria te ver.” e então, ele a olhou, para prestar atenção no que a moça dizia. “digo, eu… me perguntei onde estava. queria te ver. só não tive tempo.” era um dos motivos, sim, de não lhe ter procurado antes. embora não o único. ela foi até ele, as mãos indo até o cinto agilmente, onde já havia visto um telefone antes. era simples, até onde pôde notar. gravou seu número ali, antes de devolver o aparelho. “na próxima, não precisa me ajudar com as renovações” fez piada, quanto ao varal na sala, e observou conforme o homem morcego sumia na escuridão da noite.
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deu de ombros ao ouvir o comentário visivelmente debochado em relação às pessoas presentes no evento, e ela não se incomodou de qualquer maneira — afinal, também enxergava todos os riquinhos de lá daquele mesmo jeito. havia algo, porém, em wayne. algo diferente, que ela não saberia dizer, e que também nem tinha certeza se era apenas alguma impressão ingênua sua. não diria ao homem morcego, é claro, até porque não precisava defender suas opiniões para ele. não lhe devia nada, certo? e não trabalhavam juntos. fora o próprio batman quem negara aquela proposta, ainda. depois de guardar as credenciais e fazer uma nota mental de talvez deixar para invadir a mansão uns dias depois do originalmente planejado, para despistar o vigilante, os olhos passaram a seguir a figura que caminhava por sua residência. ainda que ela não tivesse uma quantidade exagerada de móveis, não era como se o espaço fosse amplo o suficiente para que ele andasse por ali com tranquilidade demais. ficava engraçado, até, o homem enorme naquele traje pesado contrastando com o apartamento claustrofóbico de tons rosa. “bom, sabemos que promessas demais não adiantam muita coisa por aqui” e com isso, fazia menção também à thomas wayne, tão famoso justamente pelas promessas feitas à gotham antes de morrer. e que, em vista das notícias antes da kyle deixar a cidade, tudo indicava que ele teria sido tão corrupto quanto qualquer outro que se encontrava na posição de poder. selina não duvidava que bella real era somente mais uma daquele tipo. “deve ficar difícil lembrar do que prometeu quando se está ocupado com caviar e champanhe” acrescentou, ainda. a pergunta seguinte dele a fez erguer discretamente o canto dos lábios; seus braços estavam cruzados ainda, e os olhos fixos no homem morcego. “por que? eu deveria voltar por outra pessoa?” muito embora os dois soubessem muito bem a arte de utilizar palavras pouco específicas, o tom nunca falhava em deixar mais do que claro o que queriam de fato dizer. será que batman gostaria de saber se a mulher gato tivesse retornado por ele? fora algo que se questionara algumas vezes em bludhaven. se ele sentia alguma falta dela. ainda era uma questão sem resposta, mesmo ali. porque ele poderia estar ali por querer revê-la, claro, mas… também poderia apenas ser um interesse em descobrir o que ela procurava. batman se aproximou, e a kyle mal notou conforme os braços caiam ao lado de seu corpo, como se a proximidade a deixasse menos resistente. “quer dizer que você soube que eu estava de volta, me seguiu, descobriu onde eu estou morando, invadiu meu apartamento… e vai embora se eu pedir com jeitinho?” a provocação foi meramente uma forma de evitar que precisasse dizer que não, ela não queria que ele fosse embora. sustentou o olhar dele alguns instantes, e então levou a mão até o rosto do rapaz, tocando com a ponta das unhas a parte exposta pela máscara. “o que veio fazer aqui, bat-boy?”
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Batman baixou o olhar com a menção às promessas não cumpridas. Não queria ligar aquilo a Thomas Wayne; a visão inocente do pai ainda estava presa na sua memória, incapaz de culpá-lo cem por cento da bagunça que a cidade se tornou, imaginando que o falecido mais velho apenas confiou nas pessoas erradas… mas agora se pegava imaginando que se o pai estivesse vivo, ele iria se afundar ainda mais nos esquemas sujos de Gotham. Olhando para as famílias que atenderam o evento do Smith, era isso que eles esperavam de Bruce também. Por sorte, a decisão mais correta de Thomas foi confiar em Alfred como mordomo, que criou Bruce longe daquele tipo de influência que um dia manchou o nome da família. Estava deixando os pensamentos divagarem enquanto Selina falava mal dos ricaços, sem se importar se Bruce estava no meio deles, mas a pergunta que seguiu o pegou de surpresa. Não esperava que ela fosse voltar por ele, afinal, se fosse fácil assim ela nunca teria partido. Sem contar que ela não fez questão de procurá-lo desde que chegou. “Duvido que tenha voltado porque sentiu falta da cidade, então…” Então tem que ser alguém, ele constatou, percebendo que também estava dançando em volta das perguntas dela, sem responder diretamente o que realmente queria. Sim, desejava que ela tivesse voltado por Batman. Sim, desejava que ela pudesse ficar em Gotham, mas as coisas eram mais complicadas. Não podia admitir a saudade, deixando que ela fosse traduzida apenas no olhar de preocupação que lançava a cada minuto, ou distraindo-se quando varria os olhos pra qualquer lugar que não fosse Selina, focando-se em deduzir o que estava acontecendo com ela ultimamente. “A não ser que tenha encontrado um lugar pior.” Continuou, percebendo então que mais uma de suas perguntas não foram respondidas quando Selina o acusou de segui-la até ali, o que não deixava de ser verdade, mas foi mais fácil a encontrar do que ela pensava quando teve a vantagem de esbarrar com a Kyle no evento da noite passada. “Talvez.” Foi curto em sua resposta, deixando que Selina passasse a mão pela parte de seu rosto exposta. A pouca iluminação sempre ajudou Bruce esconder seus traços, dependendo das sombras para fazê-lo parecer diferente, e sempre mantinha-se afastado quando precisava conversar com alguém, mas Selina o deixava vulnerável. Temia agora que se aproximavam fora daquele disfarce que ela pudesse um dia reconhecê-lo apenas pelo toque e o modo que Bruce o correspondia. “Só queria te ver.” Falou em um sussurro, sentindo o próprio coração falhar algumas batidas com o jeito que soou sincero. Estava ali para investigar também, mas Selina era sua prioridade. “Percebo agora…” Começou de novo, voltando o olhar para o estrago que fez na parede alheia quando chegou. “… Eu deveria ter apontado um pouco mais pra baixo.” Foi uma tentativa de Batman em fazer uma piada sobre o ‘varal’ estar muito alto para Selina, mas o que ele precisava era desviar a atenção dela de si mesmo, voltando a se afastar de seu toque. “Não que promessas adiantem muita coisa por aqui…” Continuou, usando as palavras dela. “… Mas me prometa que vai tomar cuidado.”
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sheerbienergy · 2 years
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“ you’re hiding something from me… ”
o local estava escuro, deserto. entrar na mansão dos smith havia sido muito mais fácil, mas a dos grayson era bastante vigiada. não podia se contentar com a ajuda das sombras para se esconder, então deixou algumas [muitas] gotas de sonífero na xícara do segurança que observava as câmeras da portaria. seria suficiente que ele pensasse que havia caído no sono, até porque evitaria contar a qualquer um algo do tipo — a não ser que quisesse ser demitido. passar pelos outros funcionários que vigiavam alguns pontos específicos da casa foi menos desafiador agora que o ponto focal já não podia apontar sua presença nas câmeras espalhadas, e eventualmente a kyle se encontrava caminhando pelos corredores de maneira gatuna. tomava cuidado para não fazer qualquer som, enquanto desbravava o local em busca da sala que servia como um escritório para o homem que outrora havia adotado holly. algumas conversas com a mulher e, ao menos, soubera que os grayson haviam sido bons pais. rígidos, e exigentes, mas amorosos. selina estava feliz por ela, mesmo que uma pequena parte (que ela ignorava) sentir uma leve inveja. mas no fim, a mulher gato nunca havia desejado pais adotivos, mesmo que pudessem lhe oferecer o mundo. não queria que absolutamente nada substituísse a memória de sua mãe. holly, por outro lado, sempre quisera ser parte de uma família. era impossível que não ficasse aliviada em saber que, pelo menos, a garota havia conquistado aquilo. ainda sim, selina não estava inclinada a acreditar tão prontamente na boa índole dos grayson, independente das memórias felizes de sua amiga. até porque, bem, eles estavam muito envolvidos com os calabrese. já estavam, ainda, antes da adoção da garota. algo não lhe cheirava muito bem em toda aquela história. talvez fosse uma teoria muito fora da curva, mas o quão útil havia sido uma filha cujo casamento praticamente assinasse o contrato entre as duas famílias? finalmente adentrou o escritório, quase sendo pega por um segurança que passava pelo corredor, escondendo-se atrás de uma das paredes do lugar. quando ele passou por ali enfim, voltou a caminhar pelo espaço, os pés mal fazendo ruído. aproximou-se da mesa, cuidadosamente abrindo as gavetas, procurando por algo. uma delas estava trancada, e tão logo a mulher gato retirou um grampo de cabelo para tentar destrancar. agachada, o foco estava completamente em fazer o pequeno objeto encaixar na abertura, quando o toque em seu ombro a fez erguer rapidamente, as mãos posicionadas como quem se preparava para uma luta. isso, pelo menos, até notar quem era. o corpo relaxou um pouco — como se ele não fosse um vigilante com contatos na polícia. àquele ponto, duvidava que batman a prendesse em qualquer cenário. ‘o cofre deve estar por ali’ o homem apontou para uma parede ao lado da estante de livros, claramente pescando alguma informação.
“o que esta fazendo aqui?” ela reclamou, como quem tinha direito para tanto. selina não estava ali para roubar, mas tampouco poderia dizer o que de fato buscava. ‘o que você está fazendo? tenho certeza que tem lugares mais fáceis para roubar’ bat insistiu, mas ela sabia — ele era inteligente o suficiente para entender que a kyle fazia algo mais por ali. “gosto da emoção.” mentiu, sorrindo como se o provocasse. ‘você está escondendo algo’ finalmente ele se atreveu a dizer. “como se você tivesse alguma moral para falar de segredos.” devolveu, o sussurro um pouco mais alto pela irritação. batman a encarou algum tempo, atento, desconfiado. eventualmente, aproximou-se da gaveta e a destravou. fora rápido demais, a mulher gato mal conseguiu ver o instrumento usado. selina continuou parada, observando, ela mesma tão desconfiada quanto ele. cedeu após alguns segundos, vasculhando ali apenas para descobrir um fundo falso. olhou por cima dos ombros, apenas para ver batman observando os documentos que ela prontamente pegava em mãos. não sabia o que podia achar ali, mas precisava entender a ligação entre as famílias. depois de tirar fotos de cada papel, a kyle devolveu os documentos para a gaveta. encarou o homem morcego, que não havia ido embora. “que você era uma sombra eu sabia. mas não que era a minha” murmurou, impaciente, sem deixar de notar o pequeno sorrisinho entretido do rapaz. ótimo! bom saber que pelo menos o divertia.
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sheerbienergy · 2 years
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@brucewxyne
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The Batman (2022) dir. Matt Reeves
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