Tumgik
sem-mais-ilusoes · 3 years
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Mais uma noite em branco, cada vez mais distante, ficas no teu canto eu fico no meu.
Como é que isto é Amor?
Não é possível que aches que isto é o que sempre procuraste, eu não consigo deixar a minha felicidade continuamente em segundo plano ou a exclusividade.
Tenho de organizar a minha vida, desbastar um novo caminho, criar independência, criar um futuro para mim.
A solo. Sem facadas. Sem solidão. Sem submissão. Sem romance. Sem silêncios. Sem ausências virtuais. Sem inexistência.
7:20 quase não dormi esta noite, será uns 40 minutos? Quando se vai sonhar e a mente acha que não há espaço nesta realidade para sonhos.
Começam a surgir planos, começam as pesquisas de como fazer isto bem. Ainda é um esboço, mas em breve irei viver a minha vida e não a dependência de uma que não quer viver comigo a dois.
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sem-mais-ilusoes · 3 years
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Definitivamente, o passo materializa-se
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sem-mais-ilusoes · 3 years
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I won't accept it any longer
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Keşfedilmemiş yalanlarla ilgili gerçekten korkutucu olan şey, bizi ifşa olanlardan daha fazla küçültme kapasitesine sahip olmalarıdır. Gücümüzü, öz saygımızı, temelimizi aşındırırlar.
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sem-mais-ilusoes · 3 years
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Já não há mais crença
Já se perdeu a vã filosofia
Que éramos um para o outro
Que eu era tudo para ti.
Eu vi, palavras que ofuscam,
Uma dor tão grande que não consegui continuar a ler.
A tesão que sentes por outra,
A tua crescente indiferença comigo,
O teu crescente apontar de defeitos em mim.
Uma bola de neve que não dá para ignorar.
Uma dor surda que apenas ataca a minha estima,
Esmagada.
Sei que mereço melhor,
Sei que sem dor infligida ficava estável.
Uma tristeza que luto para esconder.
Uma desilusão que me deixa oca
Oca de emoções, oca de sonhos.
Este estado prejudica-me
Fico sem energia, sem motivação.
A verdadeira desilusão é comigo própria.
Deixei o meu destino cegamente nas tuas mãos,
Achei que era possível dar a um desconhecido o benefício da dúvida
Cada dia te conheço menos
Cada dia descortino a duplicidade da tua máscara
Não és real
Não és total
Não és meu, não te dás.
Vives no teu trono, na tua bolha.
És exigente comigo
És distante, despreocupado
Fechado no teu mundo virtual
Não és feliz nesta realidade comigo
Ficas a fascinar com tudo o que têm para oferecer.
Não queres comigo, não queres de mim,
Como um frete, ocasionalmente lá me dás atenção.
Não me queres, não me dizes o que gostavas de mim.
A princesa que te poderia satisfazer.
Eu perguntei, insisti, desesperei
Mas já não dá mais
Vou começar a recuperar a minha vida
Vou recomeçar, criar um novo caminho.
Largar o conforto de uma existência insignificante e infeliz
Uma existência sem futuro, sem interesse.
Já fui tanto mais,
Já não me contentei com tão pouco.
A minha fraqueza de coração só me prejudica.
Cega-me, minimiza-me.
A culpa é minha, mas eu aceito isso.
Aliás aceito-te também
Aprender com os erros é o que a vida tem de bom
Ter um futuro melhor, escolher melhor.
Aceito a tua triste maneira de ser,
Mas não me vou meter debaixo do carro que desnorteaste
Nunca quis que mudasses, queria lealdade e sinceridade
Não tens para mim
Hás de ter para alguém do teu mundo,
Do mundo antes do meu
Das vidas duplas que te estimulam superiormente.
Essas vidas que te poderão dar o que realmente procuras,
Que te poderão satisfazer realmente como preferes.
Eu não te vou largar ao desamparo,
Sei que dependes de mim
Eu não sou indiferente,
Ainda te amo, apesar de já não acreditar
Ainda te amo apesar de saber que te sou indiferente
Ainda te amo apesar de saber que não temos futuro
Guardo uma secção de Amor no meu enorme coração
Vou fazer tudo com muito carinho
Respeito
Atenção
Que mesmo que não tenhas por mim
Eu sei que precisas e dou de bom grado
Até me recompor
Até elevar a minha pessoa
Até conseguir uma minima estabilidade
Aproveitar estes últimos meses,
Contigo.
Ajudar-te,
Estar cá para ti como se não soubesse.
Não soubesse a ilusão, a tua falta de respeito e atenção por mim, a tua avidez por casos sórdidos, a tua incapacidade de criares comigo.
Dói, dói imensamente, mas estou a aprender
Que mereço melhor
Que quero amar e ser amada,
Confiar, e receber o que dou.
Que não é saudável ter dores no coração e facadas nas costas
Vindas de ti, são mesmo inviáveis
Bloqueiam a minha mente,
Bloqueiam a capacidade de viver a minha vida.
Para isso tenho de te amar um pouquinho menos,
Para deixar de me importar
Faço esse sacrifício para não sofrer tanto,
Das tuas ganâncias alheias, as tuas distâncias, os teus temperamentos, a tua incapacidade de comunicar abertamente, a raiva subjacente, o desespero à superficie da pele
Vou assim poder recomeçar
Finalmente poder no espelho olhar
E gostar do que vejo da vida que levo
Da posição em que estou
E começar a desenhar um caminho melhor
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sem-mais-ilusoes · 3 years
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Eu quero voltar ao idílio
Eu quero viver nas nuvens outra vez
Tal como o anjo caído
Deixei-me levar pelo hediondo, pelo obsceno
Pela lama preta que permeia as brechas do ideal
Uma lama densa como o grude
Que se infiltra nos poros, nos olhos, nos ouvidos
Conspurca a minha alma e deixa o meu coração entranhado
Essa matéria espalha-se por todo o sistema
Entope os pensamentos normais, deturpa a realidade
Eu quero voltar ao estar a pisar as nuvens só de te ver
Libertar-me de todos os perniciosos fragmentos de dúvida
Sentir a paz
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Eu tenho de ser capaz
De acreditar a 100%
De me atirar de cabeça
Viver o amor, os sentimentos, a intensidade
De me amar por aquilo que sou e o que tenho a trazer
De aceitar as minhas falhas e trabalhar nelas
Acreditar no meu valor
Apostar na minha felicidade, meter as fichas todas nessa possibilidade
Embarcar no teu Amor na sua totalidade
Agradecer tudo o que me consegues dar
Ser feliz por me suportares em tudo o que preciso
Reconhecer
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Os teus olhos desviam
Quando só peço o teu Amor como eu mereço
Quando peço que não me faças perder tempo
Uma faca trespassa-me a alma
Ao vislumbrar a culpa na tua cara
Faz-me sentir anónima
Insignificante, incapaz e insuficiente
Torna-me oca e sem ambição.
Revela a tontice e inconsciência
Que assumi ao querer este Amor
Um Amor em part time
Que fora de serviço tem vida própria
Uma vida que só me motiva
A largar tudo
A começar a minha história
A encontrar a minha verdade
A minha felicidade
Como jurei procurar
Quando te segui
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Quero ser feliz
Quero ter paz
Quero poder fechar os olhos e sentir que está tudo bem.
Mas não consigo deixar de vislumbrar
O precipício que se aproxima
A decisão de começar
Um novo recomeço
Meter o conta kilómetros a zero
E fazer o meu caminho
Um caminho que me posso orgulhar sem medos
Que posso ostentar sem dúvidas
Que é difícil mas saboreado
Que é solitário mas construtivo.
Não preciso de regalias,
Não quero facilitismos,
Eles só me trouxeram a becos de tristeza
Que o meu coração desencaminhou.
Não vale ouvir o coração mais,
Vou antes ouvir a minha auto estima
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sem-mais-ilusoes · 3 years
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24/3
Já passaram mais uns dias desde a última entrada, e se normalmente durante esse tempo houve declarações afectuosas da tua parte, que me fizeram quase ter vergonha do que já escrevi aqui. Muitas vezes era seguido de acções da tua parte que me asseguravam que não estou errada. Mas não me posso queixar desta situação, aliás eu devo admitir que levo uma vida confortável, sem grandes entusiasmos mas também não estou nada mal, começo a perceber que sou alguém que se contenta com pouco. A minha lembrança vai para a rotina que tinha ainda há algumas semanas, e havia no teatro um senhor que vinha sempre assistir à revista, não havia semana que faltasse e ficava sempre no final a querer fazer conversa connosco, as bailarinas e restante elenco. O senhor era bastante inofensivo, mesmo que por vezes tivesse olhares gulosos para as pernas das bailarinas e fosse um pouco desesperado no seu interesse em criar conversa, da nossa parte sentíamos sempre um pouco pena da senhora que o acompanhava sempre. Sim, o senhor na sua idade tinha uma dama de companhia que lhe fazia isso mesmo, e ela normalmente mantinha-se à distância no final da peça para o deixar fazer o seu pequeno número. Perguntei e sim confirmaram que não tinha nenhuma ligação oficial com esse senhor, chamado León por acaso, mas que acompanhava tudo à distância. Eu cada vez me reconheço mais nela, sinto-me uma dama de companhia, até porque já me cansei de confrontar com exigências de atenção ou carinho, ou frontalidade, então estou a deixar as coisas passarem, até porque ele reage sempre tão ostensivamente e dramaticamente que não vale a pena, eu apenas gosto de dizer as coisas e chamar por aquilo que são. Ele não há um dia que não se masturbe, dia e noite na realidade, mas já não tem a iniciativa de me tocar de forma sensual ou até só carinhosa há dois dias, começo a aceitar esta condição de lágrimas a escorrerem porque não estava nada à espera eu sempre achei que ele tinha essa tusa por mim. Sim porque das duas uma ou já não tem desejo sexual por mim, ou não tem desejo sexual por mim e já só consegue ter por prostitutas e influencers, no fundo por miúdas que se exibem nas redes sociais. Passo a relatar que são 5 da manhã e ele diz sempre que tem insónias, isto com a televisão ligada ele a fumar cigarro atrás de cigarro e a ver as redes, ouvi nomeadamente uma miúda a ensinar toda uma dança, sim eu não estava sequer a controlar, estava mesmo com sono e pouco a pouco perdia mais, até porque sei que são pessoas que eventualmente ele conhece, o que consegue ser mais insidioso para quem está a tentar dormir, para não dizer que eu própria talvez conheça, mas pronto e depois minutos depois foi ver um porno lésbico e satisfez a sua tesão. Eu já percebi, fico mesmo triste, sinto-me um pouco acessória e desnecessária, e já nem tento comunicar com ele estas coisas porque começa a dizer que questiono a sua honestidade, e é capaz de não reconhecer nada, mudando o foco em mim e vitimizando-se com tal veemência e exasperação que questiono se não me vai abandonar ali. E só por eu tentar falar, fazê-lo desembuchar, porque eu própria acho que posso aceitar muita coisa, vinda dele porque eu realmente o amo imensamente, talvez demasiadamente, mas consigo aceitar uma realidade que seja assumida e explicada se não passa de uma coisa ou mesmo se é verdade que não lhe causo os mesmos interesses, já me tem no papo, ou eu sou a cocota e ele gosta é de gado novo. Enfim seja lá o quão sórdido são as intenções dele, mas falar com ele sobre esses temas, é como questionar um menino de coro, eleva-se no seu cavalo e questiona a minha intenção e perspectiva sobre ele, pode ser só mesmo a forma de ele ver as coisas que lhe permite reagir assim, como uma pessoa que, fazendo um polígrafo, acredita tanto na sua versão que não reconhece a realidade, e que assim passam com veracidade, visto acreditarem piamente que só estavam a fazer bem.
Mas fico triste e um pouco morta por dentro admito, sinto-me a dama de companhia do León que observa à distância tudo e já desistiu de dizer algo.
Mas eu não nasci para ser assim, não nasci para ser amada a meio gás, sou mulher de emoções fortes e que deseja de forma carnal, total, quase insana. Gosto de desancar os meus namoros com imensa tesão, surpreender e de repente lhes saltar à espinha, de os cavalgar até baterem com a cabeça na mesa de cabeceira, gosto de os chupar até revirarem os olhos, sou mesmo tarada pelo meu homem, pelo homem que por norma recíproca o que faço e quer sempre me apalpar, me agarrar, sentindo-me uma Gabriela e seus Dois Maridos, mas com um único só.
Agora com ele é definidamente diferente, eu sinto-me uma chaga que ele trata com alguma indiferença,, tento fazer-lhe festas, iniciar seja o que for, dar beijos, roçar-me contra ele, acariciá-lo, beijar o seu pescoço, fazer cafuné, e até agora a única maneira de o fazer reagir é mesmo mostrar as mamas e mesmo assim maioria das vezes é para não repreender mas até agir com alguma indiferença ou que agora não pode, que tenho de ter calma. Bem, já são seis da manhã, daqui a umas horas começo um novo dia, hoje vou ser mais produtiva para não sentir tanto a tua falta de tesão, pelo menos por mim.
20/3
Ontem foi decretado estado de Emergência.
Um pânico e igualmente pessoas a tranquilizar, eu já não quero saber, estar em reclusão não me incomoda, por vezes incomoda só o sentir que vivo uma vida um pouco solitária, fico na minha vidinha a me entreter enquanto fazes o mesmo, e o que fazemos em conjunto por vezes é na companhia do teu filho, não me leves a mal, não é má companhia, mas por vezes fico na dúvida se és feliz e se sou realmente feliz, na prática parece que não convivemos muito juntos. Vivemos sob o mesmo telhado, sim, mas conversas melhor com outros do que comigo, se for preciso discutes os mais variados temas da actualidade e falar das possibilidades de futuro, e do meu lado é um bom dia, dormiste bem? Conversas curtas e banais com pouco desenvolvimento, aprendo mais de ti nos lives que fazes do que aquilo que me dizes directamente, acho que conversávamos melhor online, e agora como é ridiculo comunicar dessa forma, limitou muito esse tipo de tertúlias estimulantes. Sim, o nosso Amor é muito nos silêncios e carinhos suaves, tenho de compreender que és mesmo assim, não será que me amas menos, é um amor mais de lume brando, e esta situação apenas me esfrega de forma gritante as diferenças do que me habituei.
18/3
Após uma pequena alteração, fico acalmada, que será que no fundo não me queres incomodar, ficaste cheio de dores no ombro e insónias e afinal não me querias incomodar. Mas sabes que isso é ridiculo para mim, sempre fui um amparo dos meus namoros, e dói pensar que preferes passar pelas coisas sozinho. Eu já passei noites em branco seguidas, já segurei bacias na cama para o outro vomitar, já trouxe compressas, e nunca questionei, bem pelo contrário, adoro sentir que somos uma unidade, um pelo outro. Não me afastes mais por favor.
18/3
Acordei sozinha, na tua cama. Após imenso tempo a questionar o que devia fazer, mensagens não enviadas no WhatsApp, fui até à sala onde deverias estar, e lá estavas a dormir. O cenário atual é que me vais dizer que não conseguias dormir e preferiste dormir na sala para não me incomodar, a verdade será, tiveste algumas insónias e foste para a sala ver uns pornos e bater umas para te vir o sono. A verdade custa, pode não ser, mas nada de outro faz sentido, a cama é grande para os dois, eu não roubei o cobertor, aqui está mais escuro e não estás com a cabeça a centímetros de um caixote do lixo. Começo a perceber que a nossa vida sexual é pouca e cada vez mais sinto que não te excito, que pouco a pouco vais te embrenhar no mundo do sexo virtual e o físico não é suficientemente forte, eu não sou suficientemente gostosa, ou putinha, ou até gostas mais de ver os outros do que desenvolveres comigo a narrativa que te dá tesão.
Mas o pior para mim nem é isso, porque aparentemente eu não dou tanto interesse à masturbação, (e não é que não dê pela sua necessidade) pior é sentir que vivo uma vida solitária num relacionamento,. Nunca vivi assim, sempre tive pessoas realmente apaixonadas por mim, a quem eu não sentia que lá no fundo eu era apenas um adereço. Dizes que me amas, mas por vezes questiono se sabes o que é amar, ou se é mesmo assim viver contigo, ser dispensável e só quando te apetece temos direito de antena. Dizes que abominas a mentira, aliás exaltas-te sempre que te questiono, mas essa mesma reação faz ver que algo não bate bem, como me atrevo a questionar as tuas intenções, ou o que acontece, mas acho que se não questionasse era mesmo porque não queria saber.
Eu nunca vivi uma relação assim, será mesmo só por seres mais velho e já teres desenvolvido esta forma de amar às prestações dos teus relacionamentos anteriores, com senhoras que não eram assim tão carentes do teu amor e que tinham lá a vida delas e tu a tua? Será assim que se ama entre os nobres? Numa mesa longa cada um na sua ponta? O senhor com o seu escritório e as suas amantes de tempos livres que come com os olhos e as consome com a tesão que não pode demonstrar mas que os outros sim e a consomem perante os seus olhos gulosos, e a senhora do seu lado com os seus boys platónicos idas ao cabeleireiro e manicure, e aí tou a falhar porque deixei de falar com mais ninguém, mas começo a achar que essa será a solução?
Eu não sei se aguento, não sei mesmo, porque pior para mim é quando se descobre que não há verdadeiro amor, vim de uma situação oposta, era a fixação, o controle, a possessão, o carinho constante, o sexo louco, a penetração apertada nos braços dele, a tesão que ele tinha por mim era inquestionável, agora aqui é quase triste, eu odeio ter peninha de mim, mas até mete dó, um homem que se distancia constantemente, seja para ver o seu telemóvel, seja simplesmente para estar na outra sala, como se eu cheirasse mal ou não tivesse interesse. Será que tenho de começar a fazer vídeos online para o interessar? A ser assanhada para o mundo e assim conseguir o interesse dele? Mas porque tenho de ser eu a me mexer, até porque isto pode ser uma causa perdida, não valer de nada tentar mudar as regras de um jogo com mais de três décadas. Explica muita coisa, não explica o que a ex me disse de que ele era um bom namorado, um bom partido talvez, mas ou ela teve o que eu não tive (que também é uma dor que fica no ar) ou para ela o amor também é assim, sem grandes proximidades, uma coisa platónica e ocasional. Eu honestamente começo a dar com a cabeça nas paredes porque não sei se a resposta é esta, se vou ficar indefinidamente nesta situação enquanto durar, se vou deprimir emocionalmente cada vez mais, se não deveria cancelar as mudanças, voltar à minha vidinha, aprender a viver só, e dar atenção aos boys que sempre vão rodeando há mais tempo que o conheço e que sei que me querem completamente, mesmo se há algum tempo que ignorei essa gente. Eu não tenho tempo a perder, a vida é tão curta, e já perdi tanto tempo com outros, será que estou a tomar novamente a decisão errada? Será que não vou ser feliz neste amor, que me sinto simplesmente acompanhante? Ou pronto, este amor vai mesmo se reduzir a isso e é a única forma de conseguir viver esta realidade diariamente, sentir que tomo conta de um senhor. Talvez assim não custe a falta de reciprocidade, mas custa sentir que me reduzo a isso, eu não quero viver uma vida assim.
Mas parece ser a única solução de não me magoar com tudo, ir à minha vidinha e viver no mesmo telhado que um homem que até gosto muito.
Bem, chega de deprimir no quarto sozinha com a cadela, bora lá assumir o papel que me é incumbido. Porque agora já tomei as decisões, agora tenho de me aguentar à bomboca, e eu na realidade amo-te muito muito muito muito muito mas tu é algo ocasional. Fiz esta cama agora deito-me nela.
17/3
Por vezes questiono o que nos une, será mesmo amor, será o mesmo que já vivi no passado? Será aquela união que respira uma da outra? Aquela ânsia de corrermos para os braços um do outro sempre que nos víamos, os momentos em que parávamos embasbacados a olhar um para o outro, o estarmos sempre a querer partilhar momentos e fazer coisas em conjunto. Parte de mim não acredita muito, nem que seja, pensando friamente claramente viveste 40 vidas antes de me conheceres, e quando eventualmente te encontrei, estavas farto de estar só. Eu atirei-me de cabeça, nunca tinha conhecido ninguém como tu, estava completamente embevecida por tudo o que fazias, a tua segurança, a tua sabedoria, e o quanto tínhamos gostos em comum, não pensei muito, realmente estava farta de viver uma situação ingrata, e conhecer-te foi uma lufada de ar fresco, em especial não me querias só de forma passageira, coisa que a mim me dava muita segurança, não sentir que estava a dar um salto para o escuro, tinha uma rede que me queria salvar deste marasmo. Será que me atirei à toa? Será que me meti numa situação ainda pior?
São imensas as dúvidas, não por te amar menos, mas por estar a sentir que este momento de clausura forçada, me deixa conhecer o que é viver contigo, e não entre trabalhos e no meio das tuas saídas e vindas, mas da manhã à noite, e da madrugada até ao dia seguinte. Sinto que vivo com alguém que não tem o mínimo interesse em me conhecer, tenho tantas histórias por contar que nunca te deste muito ao trabalho para elaborar, começo a achar que vives uma relação primária com o teu telemóvel e as 40000 pessoas que a habitam, sendo a maior parte gajas que são o meu oposto. Gajas sim, porque sinceramente não dão uma para a caixa.
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sem-mais-ilusoes · 3 years
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15/3
QUARENTENA
Nasce um novo dia, um dia que vai ser marcado pelo isolamento de toda a população. Já estamos há alguns dias nesta situação, numa mobilização em massa que passou por diferentes fases, primeiro houve um minimizar do governo, em que quem vinha da China ficava incrédulo com a falta de medidas nos aeroportos, depois vieram os primeiros casos confirmados, e aí o Governo lá se deu conta, falou em quarentena e logo se entupiram as linhas do Saúde 24 mas do outro lado foi um dia tão quente e solarengo que os lisboetas invadiram as praias de Carcavelos, mais um dia e foi o início de encerramento de espaços públicos, foi um dia repleto de indignação seja pelos trabalhadores que viram os espaços de trabalho encerrados e tinham de voltar para casa, dando nascimento a inúmeros vídeos de pessoas a insultarem o mundo por esta situação, seja pela leviandade que parte da população mostrou no dia anterior ao se irem banhar ao sol. Mais um dia, mais um dia de polémica, falaram em fechar escolas e a população a questionar como iriam manter os filhos em casa, a decisão foi adiada para a semana seguinte e foi avançado um apoio para pais de crianças com menos de 12 anos, e também para os trabalhadores públicos que não conseguiam estar em regime de teletrabalho, sim que o Governo urgiu as empresas a adaptarem essa forma de trabalho. Ora se um apoio é para uns, o que fazer aos recibos verdes? Mais uma indignação que o Estado está a tentar resolver, porque sim, se há quem mais fica prejudicado neste país de recibos verdes e precários, são os chamados freelancers. Ficou uma comunicação que iria haver uma medida de apoio, mas formas de aceder à mesma, nem por isso. É aguardar que passe o fim de semana para que essa burocracia possa ser criada, porque o estado precisa de fim de semana, claro. Mas mais caricato foram as notícias de que graças a uma operação stop uma brigada inteira da GNR está de quarentena desde que um dos polícias ter testado positivo, e um quartel dos bombeiros de Ovar também seguiu pelo mesmo caminho, e isto sendo pessoas que contactam fisicamente com imensas pessoas, resta esperar que fique tudo por aqui.
Os últimos dias são de revolta, mas neste tempo de redes sociais, vá que há pessoas que apelam à calma, recolhimento e apoio ao serviço de saúde, ainda ontem às 22h foram milhares a se mobilizarem às varandas para aplaudir, um gesto de apoio aos profissionais de saúde em Portugal que têm de lidar com toda esta situação de pânico geral.
A indignação é diária, as vozes de vamos lá ter calma e aguentar em casa também martelam todos os dias, programas de televisão são suspensos e apenas passam repetições de programas da semana anterior, em que não existia qualquer preocupação, que vistos nos dias de hoje são gritantes pela falta de preocupação com o que viria aí. Ajuntamentos, beijinhos e abraços com fartura, a vida social portuguesa a meter inveja ao povo que actualmente está recolhido em casa feito doente de Ébola, mas não se pode levar a mal, penso que só com disastres é que nos mexemos em Portugal, porque o Estado não está para gastar dinheiro a não ser quando estritamente necessário. Ah e entretanto o nosso Presidente está de quarentena.
15/3
Chega a noite na cidade, fria e inóspita, as ruas vazias ecoam a desolação de toda a população. Ficamos recolhidos com quem nos encontramos, afastados dos hábitos mais simples e há um ligeiro desespero de que a vida não será mais a mesma. Portanto agarramo-nos ao mundo virtual, observamos aqueles que se vangloriam ou se vitimizam desta situação. Há de tudo, pessoas que se mostram como porta-vozes, e apelam ao que começa a soar como um disco riscado, pessoas que exibem como esta situação lhes permite criarem mais conteúdo, a se exporem a fazer as mais diversas actividades, treinar com roupa reduzida, a mostrarem que vêm filmes, que dançam para o mundo ver, como o louco que dança no fim do mundo, e por fim há os desesperados que se vitimizam e desabafam como este recolhimento forçado lhes faz sentir ainda mais a superficialidade das suas próprias vidas. Não é fácil, para ninguém, mas pior ainda para mim que apenas me questiono em que sociedade me inscrevo. Não me identifico com ninguém, não me considero um exemplo ou vejo esta como oportunidade de me vangloriar ou vitimizar, quero só mesmo sentir continuamente o abraço do meu amor. É verdade, se pudesse miniaturizava-me e vivia bem colado à sua pele, numa prega do seu corpo, no sovaco ou assim, apenas para sentir constantemente o seu aperto em todo o meu corpo. Ele é o fármaco do meu abatimento, ele dá-me ânimo, nem que seja pela minha incessante vontade de estar junto dele, de o agradar, de lhe fazer sorrir, de lhe fazer gargalhar. Sou mesmo lamechas, mas não há mais nenhum interesse neste momento, o riso dele é orgásmico para mim, o seu olhar apreciador enche-me de contentamento. Podia acabar o mundo, podia desabar o prédio, podia vir o terramoto milenar de Lisboa, que seria o único corpo encontrado com sorriso de orelha a orelha.
16/3
Acabaste de transmitir em live, foi um momento mágico, partilhaste a tua voz ao mundo e sem dúvida fizeste sonhar. Eu sei que sou um pouco suspeita, mas mesmo assim não me interessa, mesmo que a paixão que sinto por ti me faça embasbacar com tudo o que és. Tens o coração na voz, quando cantas sente-se a intensidade da tua paixão, a tua paixão pelo público, as palavras ganham sentido por as modulares com toda a tua força e sensibilidade. Desvendas a poesia das letras mantendo o fascínio que as palavras criam. Vibrei com cada nota sustida, emocionei-me com cada vibrato sentido, a tua presença magnetizou-me até ao fim, o teu à vontade fez-me sentir o abraço que me acarinha, as tuas farpas e histórias animaram a ponta de marasmo que sinto nestes dias sem sentido.
Percebo cada vez mais o que me fez atrair por ti mesmo que não seja um entendimento traduzido por palavras, porque as emoções são primitivas e físicas, mas a paz interior e o conforto que sinto contigo é aquele que sempre procurei e nunca encontrei, aquela ligação silenciosa que descreve cada expressão de mim. És quem amo por inteiro, que me faz sentir completa e verdadeira, não há recatos, não me censuro, deixo tudo na mesa para poderes mediar e o melhor é que aceitas sempre quem sou. Admiro-te, amo-te, quero-te, desejo-te, sonho-te, idealizo-te e quero que o futuro seja sempre na tua companhia.
Meu rouxinol apaixonado, meu comediante doce, meu amor intenso e devasso, quero ser a tua eterna mulher terei sempre abrigo para as tuas inseguranças e medos porque eu irei sempre atracar em ti para me abandonar no mais negro de mim, porque és a luz da minha vida.
17/3
Sometimes I can't really get you
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