A geração Z e a tal "frustração"
Recentemente vi um psicólogo no Instagram comentando sobre a "incapacidade da geração Z de lidar com a frustração". Também, em outras ocasiões, vi conteúdos desse tipo com muito engajamento, mas a única coisa que passa pela minha cabeça é: um profissional assim realmente consegue olhar para a REALIDADE? Para a violência crescente que condena os jovens negros? Para o preço dos aluguéis? Para o custo de vida em geral? Para a falta de garantia de uma aposentadoria a longo prazo? Para a precarização e o processo de uberização do trabalho, além da crise climática que afeta muito mais as famílias periféricas?
É muito mais fácil individualizar esse assunto porque assim o profissional se apega a resoluções simplistas e de poucas reflexões. Faz-se uma associação a uma suposta característica intrínseca de uma geração, apagando o recorte de classes, citando supostos "aspectos culturais" de maneira vaga (só para não apontarem determinismo, mas colocando o uso excessivo de tecnologia como uma das raízes e não uma das consequências para uma parcela da classe média jovem). Assim, adota-se uma postura do tipo "olha só como você, jovem frustrado, desempregado e sem muita perspectiva no capitalismo tardio, precisa aprender a ter RESILIÊNCIA". Acho que esse é mais um dos exemplos que entra na categoria da "massa de conteúdos" produzidos por Psis de maneira irresponsável em redes sociais.
A "resiliência" que tantos profissionais têm abordado ultimamente parece só mais um assunto sem muitas implicações, mas o que há por trás disso é um discurso que quase se assemelha ao estilo "coach": busca-se adestrar o indivíduo "reclamão", que não pode apontar as adversidades e violências cotidianas sem ganhar o rótulo de "pessoa tóxica" ou "fraca".
É claro que não vou conseguir atingir uma parte da população em situação de maior vulnerabilidade com esse post, mas com o pouco que posso fazer, digo a você que está lendo isso: você, jovem, tem o direito de estar frustrado, tem o direito de sentir raiva diante de tanta insegurança! Sei que é impossível não se sentir culpado diante de tantas cobranças e julgamentos, mas saiba que isso não tem a ver com uma suposta "inabilidade" para a vida. Estamos vivendo tempos difíceis.
➡️Psicóloga Joyce Severo Soares | CRP 07/40411
➡️Atendimento online para todo Brasil
➡️Voltado às mulheres
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A MASSA DE CONTEÚDOS PSI EM REDES SOCIAIS
É possível observar, com alguma frequência, conteúdos produzidos por psicólogues em redes sociais que, geralmente, vão na direção de propor estratégias, soluções e/ou cuidados de saúde mental, de forma universalizante, em uma espécie de check list, deixando de lado o que a materialidade da vida e das relações, com a sua gama de diversidade, nos apontam. Dito de outra forma, estas costumam ser soluções e dicas que apenas se enquadram em um determinado padrão de vida, em que as urgências não representam um risco à integridade, em que a realidade vivida com dificuldades relacionadas ao trabalho assalariado, dívidas, desigualdade e violência, não se presentificam diariamente. É importante nos atentarmos e questionarmos o que há por trás desses conteúdos que procuram homogeneizar o humano.
Seguir de maneira mecânica uma sequência de frases prontas sobre cuidados com a saúde mental, não vai mudar magicamente uma vida. Aliás, "mudar magicamente uma vida" não é o papel de uma Psicologia que se diz crítica e socialmente engajada. Vale lembrar que não é a Psicologia que irá nos salvaguardar e resolver temáticas estruturais da sociedade, como se só o fazer clínico pudesse, de maneira ilusória, acabar com a violência, com o preconceito, etc. Esta, além disso, é uma perspectiva individualista.
A Psicologia que defendo é aquela que vai na contramão do "padrão check list", possibilitando, dentro do possível, movimentos, reflexões e ressignificações que fortalecem o indivíduo para o seu agir e esse, por óbvio, é um trabalho conjunto em que, no contexto psicoterápico, o indivíduo é, também, ativo quanto as problemáticas que o interrogam. Dar voz àqueles silenciados e sobrecarregados pelas contradições do sistema é uma Psicologia pela qual vale pena lutar.
➡️Psicóloga Joyce Severo Soares | CRP 07/40411
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Masturbação. Às vezes eu faço porque estou com tesão Às vezes eu faço isso para evitar ficar com tesão Às vezes eu faço porque tenho tempo Às vezes eu faço isso porque por que não Às vezes isso me faz dormir Às vezes isso me deixa com mais tesão Às vezes eu faço isso para começar meu dia Às vezes isso termina meu dia Algum dia é qualquer hora Merda, algum dia é agora.
Masturbation
Sometimes I do because I’m horny
Sometimes I do it to avoid being horny
Sometimes I do because I have the time
Sometimes I do it because why not
Sometimes it puts me to sleep
Sometimes it makes me more horny
Sometimes I do it to start my day
Sometimes it ends my day
Sometime is any time
Shit sometime is right now
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Me priorizar parece escolher te perder
— Baco
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Eu fui a pessoa que mostrou que ele podia ser amado de verdade, e ele foi a pessoa que me mostrou que eu precisava me amar de verdade.
- BENNETT
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é meio triste entender que já não tenho para onde voltar, ao mesmo tempo que é libertador saber todas as possibilidades e caminhos que eu tenho a partir de agora.
voarias
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Difícil entender porque não lutei pra que você não desistisse de mim, se tudo que tínhamos era um ao outro...
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sometimes i fuck you in my head
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