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revistamelodrama · 3 months
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revistamelodrama · 2 years
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The importance of Sappho
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by Flora Cunha d'Almeida
                Sappho was the most outstanding poetess of Ancient Greece. Often called the Tenth Muse, she has a work that she carries with regret, of countless destructions of her work, that culminated in the loss of nine books, reducing it to fragments and to just two complete poems.
                In a field dominated by male writers, Sappho never remained in a shadow that completely covered her. Her lyrics have always been appreciated, linked to the bucolic, the accidental tenderness and the eagerness to see her beloved. Coming from Lesbos, Sappho turned out to be the den of the creation of the word for women who love other women, the word lesbian, like the term Sapphic, with a double meaning, both in the affectionate sense, as the designation of the stanzas (eolian verses of four lines, originally quantitative – based on the number of vowels – and without rhymes).
                Sappho's performance continues to be extraordinary, due to the culture in which she was secluded, as Mediterranean cultures were not known for female emancipation – the normalization of little education, submission, poor education and walled up. That was how nature separated these two genders, and it was something scandalous if a woman was possessed by a “masculine spirit” if she contradicted such tasks, it was something unnatural.
                However, the importance of this figure goes beyond the challenges it presented to the structure and normality of society. The content of her poems is perhaps what most distinguishes her from other classical poets: her narration in the first person. Most poems in Ancient Greece were described in an epic and glorious tone, supported by polytheistic gods, something unattainable. In this perspective, Sappho's poems and fragments are closer to the contemporary reader than something written by Homer or Virgil, they are also more touching and prone to understanding, in their simplicity and genius. Sappho bet on eclogue imagery: beauty, caresses and murmurs. Just as the common memory of Hellenic beauty is based a lot on these topics that cover youth, where dances around the fire, scents (not only florals, but other balms) and wreaths are invoked. Sappho's poetry is an obvious devotion to Aphrodite: privileging love and beauty, rejecting the masculine themes of battle and war, something that makes her powerful.
                In addition to all the technical and thematic innovations he represented and created, Sappho was a great pillar for immortal souls in mortal bodies and mere baneful commons. Writers like Virginia Woolf (who had even honored the poet by naming one of her cats Sappho) had Sappho as a deity. The existence of the writer, the speculation of her identity, was a source of hope for thousands of women who did not see themselves in the heteronormativity of the society that surrounded them, with dreams and daydreams of a place that was safe to love who their heart demanded. References to Sappho and the giving of flowers – especially violets – has become a ritual for women who love other women. It is an irrefutable reference.
                So, Sappho was undoubtedly one of the most important figures of antiquity, with a notorious revolution of ideas, someone who was not remembered in her time, but who achieved immortality while her body lay already dead.
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revistamelodrama · 2 years
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"Mar, engole-me" - a poetização do crescimento e do final da adolescência
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 por Baltazar Pais
                Tal como a música incoerente dos Cocteau Twins, o final da adolescência é um tema bastante retratado em termos de representação na media, tais como livros e filmes. O final da adolescência é tido como um grande feito, um grande obstáculo a ultrapassar, algo extraordinário, uma nova etapa, algo, que não é uma fábula, contudo, não um estigma tão grande como o fazem parecer.
                O que é o coming of age? Bem, o ato de experimentar uma mudança definitiva na sua perspetiva, uma maior compreensão de seu lugar no mundo e uma maior compreensão de como as ações e reações pessoais estão, integralmente, ligadas. As seis principais características deste estilo são: ritos de passagem (tanto pessoais como religiosos) testar limites, epifanias, a perda da inocência, uma jornada e um conflito. Numa tradução mais livre, coming of age significa a obtenção da maioridade, ou, simplesmente, maioridade. Este género sempre teve um toque repetitivo: de uma algazarra quase de natureza, uma ingenuidade de ser, uma criancice ainda nos comportamentos. Normalmente, este período ocorre quando o indivíduo em questão está perto de completar 18 anos. A essência deste tipo de conteúdo está na forma como este é concretizado, ou seja, quem o confeciona, a visão que pretende demonstrar da dita infância que se está a observar a ser desmanchada. Muitas dessas histórias que estão no género, se denominam de bildungsroman (um exemplo claro é o livro Emma da Jane Austen): romances que giram em torno das contendas que a protagonista enfrenta em sua vida: passa por sua jornada, onde o personagem surge como imaturo e egoísta, fazendo a transição para um personagem amadurecido, ciente e altruísta. As transformações são radicais, para se tornarem conscientes e alcançarem a conquista da identidade. Eles passam por armadilhas e marcos que os moldam na pessoa que se tornam, e isso ajuda a tomar consciência de seu lugar na terra. Também, o protagonista pode passar por quesitos que envolvem algo relacionado ao seu estatuto socioeconómico e até devido à sua sexualidade.
                Esta idade é um pouco atípica de se descrever, é um sentimento controverso: os jovens que se encontram neste impasse. Tidos como adultos, vistos como crianças, o seu tratamento, na maioria das vezes é variante, mas acaba sempre por se repetir, incessantemente. De uma ignorância infantil, os indivíduos são confrontados com novas tarefas cuja mão não conseguem medir, algo que nunca experimentaram, algo que lhes é forçado pela idade que atingem.
                Num período de tanta incerteza, sobressaem-se os sentimentos que advém com tal estado de espírito. Embora o coming of age não tenha que ser necessariamente a transição da adolescência para a idade adulta pode ocorrer, noutras idades mais maduras, desde que haja crescimento, o intuito principal é haver uma mudança drástica no modo de ver e pensar da personagem em questão. A poetização dessa fase da vida advém dos sentimentos ao rubro que cada indivíduo sente. É de uma incompreensão absoluta, com acento de frustração e raiva injustificada. Estas são palavras-chave para o sucesso poético, já que este, apenas é composto de emoções que movem o sujeito que as escreve. Uma idade de tanta mudança, seria expectável que fosse uma idade fértil para a criação.
                Ou seja, vemos que o coming of age é uma coisa complicada que nunca poderia ser definida por palavras, as emoções humanas são assim, sendo esses, apenas os elementos básicos que entram na vida dos seres humanos ao longo dos anos de transição. Não exatamente uma criança, não exatamente um adulto, os problemas que acompanham essa crise de identidade podem ser esmagadores e podem ultrapassar sua vida. Também podemos ver que a definição por si só não faz justiça ao espectro de diferentes lutas e fatores que se enfrenta ao passar pelo processo de se tornarem adultos. No fundo, é um estado de mudança, onde se preferia ser engolido pelo mar.
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revistamelodrama · 2 years
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A importância de Safo
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por Flora Cunha d’Almeida
                Safo foi a poetisa mais saliente da Antiguidade Clássica. Muitas vezes chamada de Décima Musa, possui um trabalho que carrega com pesar, de inúmeras destruições do seu trabalho, culminando numa perda de nove livros, reduzindo-o a fragmentos e a apenas dois poemas completos.
                Num âmbito dominado pelos escritores masculinos, Safo nunca se manteve numa sombra que a cobrisse por completo. As suas líricas sempre foram apreciadas, ligadas ao bucólico, a ternura acidental e a ânsia de ver a sua amada. Oriunda de Lesbos, Safo acabou por ser o antro da criação da palavra para mulheres que amam outras mulheres, o vocábulo lésbica, tal como o termo sáfico, com duplo sentido, tanto no sentido amoroso, como a designação das estâncias (versos eólicos de quatro linhas, originalmente quantitativo – baseado na quantidade de vogais – e sem rimas).
                O desempenho de Safo continua a demonstrar-se extraordinário, devido à cultura onde estava enclausurada, já que as culturas mediterrânicas não eram conhecidas pela emancipação feminina – a normalização da pouca educação, da submissão, pouco letradas e emparedadas. Era assim que a natureza separava estes dois géneros, sendo algo escandaloso se a mulher fosse possuída por um “espírito masculino” caso contrariasse tais incumbências, era algo contranatura.
                Contudo, a importância desta figura vai mais além que os desafios que apresentou à estrutura e normalidade da sociedade. O conteúdo dos seus poemas é, talvez, o que mais a distingue dos restantes poetas clássicos: a sua narração na primeira pessoa. A maioria dos poemas n’Antiguidade eram descritos num tom épico e glorioso, suportado pelos deuses politeístas, algo inatingível. Nessa perspetiva, os poemas e fragmentos de Safo são mais próximos do leitor contemporâneo que algo escrito por Homero ou Virgílio, são, também mais enternecedores e propensos à compreensão, na sua simplicidade e genialidade. Safo apostava na imagística écloga: beleza, afagos e murmúrios. Tal como a lembrança comum da beleza helénica se baseia muito nesses tópicos que abrangem a mocidade, onde se invoca danças à volta da fogueira, aromas (não só florais, mas outros bálsamos) e grinaldas. A poesia de Safo é, uma óbvia, devoção a Afrodite: privilegiando o amor e a beleza, rejeitando os temas masculinos de batalhas e guerra, algo que a torna poderosa.
                Para além de todas as inovações técnicas e temáticas que representou e criou, Safo foi um grande pilar para almas imortais em corpos mortais e meros funestos comuns. Escritoras como Virginia Woolf (que até tinha homenageado a poeta ao nomear uma das suas gatas) tinham Safo como uma divindade. A existência da escritora, a especulação da sua identidade foi uma fonte de esperança para milhares de mulheres que não se reviam na heteronormatividade da sociedade que as rodeava, com sonhos e devaneios de um local que fosse seguro para amarem quem o coração lhes demandava. As referências a Safo e o ato de dar flores – especialmente violetas – tornou-se um ritual para mulheres que amam outras mulheres. É uma referência irrefutável.
                Então, Safo foi, indubitavelmente uma das figuras mais importantes da Antiguidade, com uma revolução de ideias notória, alguém que não foi lembrada no seu tempo, mas que conseguiu a imortalidade enquanto o seu corpo jazia já morto.
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