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O Eu e o Tu — Lygia Clark (1967)
O Eu e o Tu
É a filosofia do diálogo
São palavras-princípios que seriam a base de toda relação humana
O Tu representa o mundo de cada sujeito que o Eu representa
É a experiência em si
É o relacionamento de dois seres com o todo um do outro
É encontro e responsabilidade
Eu-Tu Tu-Eu nos reconhecemos mutuamente
…
Foi quando eles entraram na sala
Ela pelo lado direito
Ele pelo lado esquerdo
Pararam no centro da sala e colocaram seus trajes
Era como um macacão que cobria todo o corpo
Inclusive um capacete que cobria os olhos
Eram como dois mergulhadores dos anos 1950
Vestidos começaram a se tocar
E se entregaram a mútua exploração
Ele jurava que o tecido era de borracha
Ela tinha certeza que era algum tipo de plástico
…
No fim eles não estavam tocando tecidos, eles estavam tocando alteridades
Era a constituição do corpo coletivo
Enquanto ele passava a mão por sua cintura encontrou um zíper e ao abrir havia água
Ao passo que ela tocava sua cabeça quando encontrou um zíper e ao abrir havia espuma
E então o tempo se suspendeu
Eles entravam cada vez mais na pele um do outo para entender a própria pele
Era descobrindo o outro que se descobria
E por aquele instante o ser era inteiro
O ser era o Eu e o Tu
-gfg
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Safety Cycling Poster #5: Cyclists Can Be Hard To See
Taking into account that cyclists are among the most vulnerable road users, we have launched a series of poster campaign to create awareness of road safety targeting cyclists and motorists in Singapore.
The campaign is supported by the Singapore Road Safety Council, the Singapore Traffic Police and a host of Singapore-based cycling communities, including cycling clubs, retailers and race organisers.
To request for this hi-resolution poster to print out, CLICK HERE
If cycling safety is important to you and your loved ones, please do help to reblog and share.
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pupilas dilatadas sangue correndo veias coração pulsa corpo grita louco viagem cérebro inquieto o poeta em formação dentro
Por Ricardo Soares
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“Satanás fue el primer rebelde, el primer librepensador y emancipador de los mundos.”
— Bakunin
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"El llanto más antiguo de la historia del hombre es el llanto de amor".
(Gabriel García Márquez)
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On the Road - resenha
“Que tipo de sentimento é esse, quando você esta se afastando das pessoas até que delas, ao longe, na planície, você só consegue distinguir mini partículas se dissolvendo na vastidão do infinito? - é o mundo nos engolindo, é a despedida. Mas nos inclinamos à frente, rumo à próxima aventura louca sob o céu”
(Kerouac, J. On the Road 1957)
Normalmente identificado como um dos livros mais inspiradores dos anos 60, On the Road (L&M Pocket, 2010), de Jack Kerouac, foi responsável por uma das maiores revoluções culturais do séc. XX. Publicado em 1957, o livro tornou-se o “manifesto da geração beat” rompendo os costumes até então estabelecidos pelo american way of life, o que foi se aprimorando com os movimentos de contracultura que viriam a surgir nos anos seguintes.
O livro é narrado por Sal Paradise, um jovem escritor de Nova York, que influenciado por seus amigos, especialmente seu ídolo Dean Moriaty, deixa sua cidade e parte por viagens nos Estados Unidos. Percorre o país de leste a oeste, pegando caronas em carros ou caminhões, de ônibus ou até mesmo a pé, muitas vezes sozinho ou com a companhia de alguns amigos e conhecidos da estrada. Os cenários variam entre o deserto, cidades pequenas, plantações, florestas, todos ligados a estrada e ao desejo de libertar-se.
A narrativa é simples, fluída e rápida, como as viagens de Sal. Kerouac procura demonstrar a espontaneidade e a liberdade ao escrever, acabando por ter uma obra não muito descritiva e presa nas características dos personagens. O livro é como um diário, tem uma escrita bem objetiva e o autor escreve o que vem a mente, pensamentos muitas vezes irrelevantes para o fluxo da história, mas importantes para o conhecimento do narrador. Sua maneira inovadora de escrever fez com que o livro fosse rejeitado em várias editoras, sendo necessário para Kerouac fazer inúmeras correções ortográficas e eliminar quase 120 páginas do original.
De todos os personagens do livro, Dean Moriaty é a representação da liberdade do espírito descrito por Kerouac. Sua espontaneidade, felicidade, rebeldia, inconsequência e o desajuste do sistema é uma das marcas das gerações seguintes. O desafio ao Sonho Americano de Dean é a maior inspiração do protagonista e acaba por contagiar o leitor com sua personalidade forte e mostra o que Kerouac gostaria de ser, enquanto Sal é o alterego do autor, se transformando com o passar das páginas em Dean.
A geração beat da década de 60 buscava a liberdade dos padrões da sociedade, indo em busca da liberdade de pensar e de viver em experiências únicas presenciadas por eles mesmos. Esse despertar foi tão intenso que percorrer a famosa Rota 66, por exemplo, passou a ser objetivo de muitos até os dias de hoje. A única ideologia dessa geração era viver, como Sal postulou no livro: a vida é sagrada e cada momento é precioso (KEROUAC, J. 1957). Não se conformavam com o materialismo do Sonho Americano, libertados do perfil da ambição, sempre em busca de lições que poderiam aprender com a vida.
On the Road é um livro sobre experiências. Relata os mais peculiares personagens evolvidos nas mais diferentes situações, todos convictos em aproveitar o máximo que puderem, para poderem morrer sem medo a qualquer momento. Apesar de relatar os anseios de uma geração reprimida pelo estilo de vida americano e propor uma revolução nos costumes dos anos 60, o livro permanece atemporal, pois em sua essência procura destacar a amizade e a busca de vida por aí, e não na sala de casa.
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