Produtora Elm Filmes
Direção Geral
Gabriel Henrique Cardoso Benedetti
Assistente de Direção
Renato Guido e Figueiró
Direção de Fotografia
Diogo dos Santos Sobral
Assistente de Direção de Fotografia
Gabriela Leite Maciel dos Santos
Câmera
Diogo dos Santos Sobral
Gabriela Leite Maciel dos Santos
Renan de Azevedo Dias
Direção de Arte e Maquiagem
Ana Flávia Braga Guimarães
Assistente de Arte
Gustavo Guido e Figueiró
Direção de Atores
Giulia Leandro Pettenazzi Camara
Direção de Produção
Rodrigo Monteiro da Silva
Produção
Gustavo Guido e Figueiró
Produção Executiva
Jacqueline Shibata de Barros
Rodrigo Monteiro da Silva
Assistentes de Produção
Joaquim Antonio da Silva
Maysa Gonçalves Santos
Roberto Blanco Neto
Roteiro
Gabriel Benedetti
Jacqueline Shibata
Edição
Renan de Azevedo Dias
Som direto
Angélica da Silva Ronconi
Giulia Câmara
Trilha sonora
Bruno Vallim
Paulo Penov
Edição de Áudio
Fábio Dias
Atores
Natalia Zakia como Barbara
Lisi Andrade como Cátia
Douglas Barbosa como Carlos
Jorge Maricato como Pedro
Gabriel Angelo como Felipe
Natasha Catrópa como Diana
Atores convidados
Armando Filho como Armando
Jamile Haydée como Apresentadora
Participação especial
Marcelo Chittos como Padre
Whintney Polato como Doutora Candida
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Família
- Papai eu não to te ouvindo direito - dizia uma voz infantil chorosa do outro lado da linha - Papai, eu to com medo.
- Matt, presta atenção, papai já mandou alguém te buscar - respondeu um homem pelo telefone, ele tinha um leve sotaque americano, e em suas mãos ele segurava uma foto. Era dele, Henry Beckett e seu único filho, Matheus Beckett, ambos de cabelos loiros, os de Henry arrepiados e do garotinho de seis anos cortados em formato de “tigela”, pai e filho seguravam em mãos suas raquetes de tenis, na quadra do condominio onde Henry morava. - Matt eu vou te buscar, eu prometo. Papai já quebrou uma promessa?
-Não... mas se voce vir vai ter coisas… - A voz da criança era tremula, Henry andava de um lado para o outro em sua sala, Priscila, a governanta que cuidava de sua casa parecia aflita. - Papai, um homem mordeu outro na rua! Ae a mamae correu..
-Confia em mim, Matt, logo logo você estara comigo. - disse tentando parecer seguro - Deixa eu falar com sua mãe, papai ama voce... - Pediu colocando o porta retratos na mesa da sala, ouviu o filho gritar pela mãe entao uma voz feminina atendeu - Vitória?
-Oi, Henry, sim sou eu. - Respondeu ela, Henry mal falava com Vitória, entre eles havia apenas algumas noites durante o Pan Americano do Rio em 2007, depois os inumeros processos desde DNA,pagar penção, obriga-lo a ficar com a criança nos finais de semana… Enfim, Henry era rancoroso pelo trabalho que Vitória um dia lhe deu, mas no fundo, sentia-se grato, Matheus foi a melhor coisa que aconteceu em sua vida.
-Vitória, é o seguinte, estou arrumando um helicoptero. Fala com a sua mãe, veja quem voce quiser levar. Arruma suas coisas e do Matt que eu vou dar um jeito de buscar voces!
- Henry que ta acontecendo? Não te falaram nada na Tv? - A voz da garota era aflita, Henry era comentarista esportivo de um grande canal de TV, mas desde os ultimos acontecimentos ele resolveu que nao era muito boa ideia ir até la.
- Não falaram nada... - respondeu triste - Mas presta atenção, eu falei com o Lucas, o píloto que faz serviços para mim, disse para ele pegar a familia, buscar voces e depois me buscar, vou ter que ir até o Campo de Marte encontrar vocês porque aqui no condominio ta tudo tomado pelas “coisas”, mas eu vou pegar o carro e vou até la - Henry fez uma pausa, Vitoria tambem parecia aflita - Vai dar certo, Campo de Marte é proximo, quantas vezes não busquei o Matt la? Lembra quando voce veio? - Disse tentando acalma-la - Vamos nos encontrar e vamos para minha chacara. So o cazeiro mora la, nem a noticia da doença deve ter chego ainda.
-Mas estou com medo de sair, parece que o começo foi aqui no Rio e está um caos aqui! Estou jogando bomba nas ruas, o exercito entrou em Santa Tereza.
-Então, talvez São Paulo esteja menos pior se ai começou a zona toda. Vitória, so desta vez, pode confiar em mim?
- E minha familia? - Perguntou tambem nervosa - So porque voce não tem familia nao vai condenar a minha!
-So dessa vez, Vitória, não vamos brigar. - Henry suspirou, sabia que Vitória ia fazer alguns dramas ele ia perder a cabeça, a velha ladainha de sempre - Eu não posso salvar todo mundo, O Lucas so vai com a mulher, sobra lugar para voce, sua mãe, o Matt e mais um - Henry fez uma pausa -Me desculpa Vi, mas eu não sei o que fazer, mas não mata nosso filho, sai dai, por favor…
Vitória ficou em silencio, Henry tambem resolveu não falar.
-Ta bom - disse minutos depois - Eu vou. Estarei la no Heliporto do predio.
-Obrigado - disse Henry, que involuntariamente abriu um sorriso comemorando - Presta atenção, Lucas esta no Rio, creio que em uma hora ele chega ai. Depois ele vem me buscar. De acordo
-Sim - respondeu com uma voz exausta e derrotada. Talvez um dos motivos dos quais os dois não deram certo, era porque Henry a achava teimosa, e ele, era o dobro.
-Me ligue quando voces se encontrarem - Henry fez uma pausa esperando respostas e Vitoria continuava muda - Vic? - sussurrou
-hum?
-Vocês são minha família... - Henry disse pegando novamente o porta retratos na mesa , Vitoria não respondia. Ele tinha certeza que havia convencido-a - Até ja e me ligue quando ele chegar - Pediu, Vitoria entao desligou o telefone do outro lado.
Henry virou-se para Priscila que olhava o patrão
-Olha não temos muito tempo, pega tudo de comida que voce achar arruma sua mala, vamos embora. - disse apressado enquanto ia para seu quarto - Por favor, veja quanto do analgesico tem e pegue tudo. Se este maldito braço doer eu tenho que ter algo… - dizia em meio a reclamações.
Henry pegava algumas roupas dobradas no armario, coberta, travesseiro, um tenis mais confortavel que usava para correr, revistas de carro, uma revista… bem.. uma revista, um revolver que estava atras das gavetas (crianças em casa), um caderno em branco e sua bolsa de raquetes. Saiu do quarto, Priscila enfiava algumas latas e não pereciveis em uma mala grande. Henry olhou o faqueiro e pegou tres grandes facas
-Senhor... - Disse Priscila, ela era jovem, tinha tracos indigenas, heranca de seus avos Colombianos, cabelos lisos presos a um rabo de cavalo, era baixinha, Trabalhava para Henry desde que o ex-atleta se mudou para o Brasil. Henry lhe pagava a faculdade de enfernagem, morava na casa , podia receber visitas da mae, e visita-la, mas o unico pedido era que Priscila estivesse presente no fim de semana que Matheus o visita-se.
-Voce viu aquilo Priscila, não vamos poder ter pena se nao eles nos matam! - respondeu, era claro o quanto a jovem estava assustada, quem nao estava? Henry olhou cada gaveta da cozinha atras de facas. Pegou dois espetos de churrasco, mais umas facas, um canivete que havia ganho do pai antes de vir para o Brasil. Jogou tudo em sua raqueteira, menos o canivete, que colocou no bolso.
- Priscila, fique com isso facil - disse dando-lhe uma faca - agora vai arrumar suas coisas - a empregada pegou a faca, sua expressao era de medo, mas guardou em um bolso lateral na mochila. Henry sentou-se em uma poltrona na sala ao lado.
Tivera uma vida boa, divertida. Nasceu no Canada, foi um jogador Olimpico de Tenis, um vasto quadro de medalhas exposto ali naquela sala, mas aposentou-se depois de uma lesao no pulso. Sua ultima competicao foi no Pan Americano do Rio. Seus pais morreram em um acidente de carro e para viver longe dos holofotes, depois que se aposentou veio morar no Brasil. Quando Matheus tinha tres anos Vitoria o fez assumi-lo depois de varios processos judiciais, contratou Priscila principalmente para cuidar do garoto. Foi um periodo complicado para ele, nao poder jogar mais tenis, a morte dos pais, assumir o filho. Mas Matheus havia trazido algo bom em sua vida, o filho gostava dele como pessoa, nao como os interesseiroa que sempre o cercavam, gostava de
tenis e ensinar-lo virou um prazer. Abriu sua academia e fazia projetos sociais nela, foi contratado na ESPN Brasil para comentar jogos de tenis e comecou a faculdade de jornalismo. "Nao era hora ainda para o fim do mundo". Resmungou sentado na poltrona e pegando o revolver. Henry apontava a arma para um vaso. Queia saber se ainda saberia usa-la, entao mirou o vaso e atirou. Acertou, foi um bom tiro, mas Henry xingava de varios palavroes em ingles e portugues. O barulho fez com que Priscila corresse do seu quarto.
- Senhor Henry?? - perguntou assustada pelo barulho. Henry massageava o pulso, Priscila pegava uma tala e o enfaixava
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