you better work, bitch, 𝑎 𝑐𝑙𝑜𝑠𝑒𝑑 𝑠𝑡𝑎𝑟𝑡𝑒𝑟 𝑓𝑜𝑟 @princemaxwll 🧜

A vida financeira de America estava um desastre e a última coisa que ela queria era que sua família soubesse. Já bastava ser a filha que “deu errado” por não estudar, não ter emprego fixo e nem nenhuma das coisas que uma mulher de 26 anos teoricamente deveria ter, ainda teria que enfrentar a humilhação de contar a eles que estava devendo horrores ao banco por gastar demais em maquiagens Fenty Beauty e roupas Calvin Klein? Ultimamente ela simplesmente não estava conseguindo se controlar e quando se dava conta já havia feito um milhão de compras desnecessárias. Ugh, muitas vezes os produtos nem mesmo a faziam feliz!

Mas a questão era: estava devendo e precisava de um emprego que não fosse muito fora da realidade dos Waller (afinal, como explicaria para o pai? Não podia, de jeito nenhum, deixá-lo desconfiar!) Então, depois de duas semanas entregando currículos em salões de beleza, lojas de roupas e coisas do tipo, ela decidiu recorrer ao seu lugar favorito de Storybrooke: o The Lakes. Chegou até lá do mesmo jeito de sempre, animada, bem vestida e feliz pelo ambiente familiar. Então procurou Maxwell e ao encontrá-lo o cumprimentou, mas não demorou para ir direto ao assunto. “Então…” começou “Na verdade hoje especificamente eu vim até aqui pra saber se está precisando de mais uma recepcionista. Sei que é de repente, mas eu juro que sou boa lidando com pessoas, conheço o Lakes como a palma da minha mão e adoraria trabalhar aqui.” disse, tentando manter a postura confiante. “Mereço uma chance de entrevista?”

após resolver um desentendimento, maxwell respirava fundo e agradecia mentalmente por ter conseguido conter sua ansiedade. detestava quando lidava com clientes agressivos, mas tudo sempre se resolvia quando escutava, explicava, pedia desculpas e ainda oferecia uma sobremesa de graça — ou bebida, nesse caso. 

passou a mão pelo rosto, pronto para seguir até o escritório quando foi interrompido por uma das irmãs waller. “oi.” cumprimentou, oferecendo um sorriso levemente cansado. antes que fizesse qualquer pergunta, escutou tudo um tanto surpreso, piscando ao final. “ahm... claro?” pigarreou. “vamos conversar no meu escritório, por favor.” apoiou a mão nas costas dela, a guiando consigo para o escritório enquanto pensava se precisavam mesmo de uma recepcionista. ao chegarem na sala, fechou a porta e foi atrás da mesa, quase se jogando na cadeira de rodinhas. respirou fundo, e então focou nela. “ok, me deixa ver seu currículo... você tem ele aí, né?”

ㅤㅤa closed starter for @princemaxwll​!

ㅤㅤ⋆.ೃ࿔*🌙 Era um pouco estranho para Grace visitar o The Lakes, afinal era meio que impossível ela se tornar vegana (bem que tentaria se ainda fosse humana!), mas achava o estilo do lugar divertido e, mais importante, uma de suas melhores amigas costumava comandar o espaço. A Sra. Batson era sua grande companheira de papos e se não fosse aquela maldição infeliz  Heffner bem que estaria viajando o mundo assim como ela. Mas sem a mãe, sobrou para o filho a tarefa de aguentar a vampira tagarela, então ela aparecia no pub de vez em quando. — Maxweeeeell!!!!! — chamou, com uma animação desproporcional ao que a noite pouco movimentada pedia. — Estava entediada e resolvi encher seu juízo. Tem alguma novidade da sua mãe? Ou sua mesmo? Como anda a vida da juventude de Storybrooke? — brincou, ainda que teoricamente fosse um ano mais jovem que ele. 

nunca entendeu bem como funcionava a amizade de sua mãe com grace, mas assim como herdou o restaurante, também herdou tal relação. ainda bem que sua mãe nunca chegou a tentar bancar uma de cupido com eles, ou seria bem constrangedor conversar com ela no começo. “ei, grace!” virou assim que ouviu seu nome ser chamado, oferecendo um sorriso para a loira. “novidade? talvez ela adote um cachorro com o namorado...” revirou os olhos. “copiou minha ideia. agora vou ser obrigado a adotar outro animal.” parecia uma criança birrenta, e provavelmente estava sendo birrento. “juventude? eu não sei! esses dias citei hannah montana e o pessoal não sabia mais o que era. tô me sentindo velho... crise dos 30 tá vindo.”

Olhou para figura masculina ainda sem muita reação, apenas assentindo, ainda assustada com a situação, ela não era aquela mulher, ela não se curvava, ela lidava com suas batalhas de frente, mas seu corpo parecia não se lembrar disso. O braço alheio sobre seus ombros deram mais conforto do que ela gostaria, mas não estava em posição de ser critica consigo mesmo, então apenas seguiu o direcionamento alheio e agradecendo pelo gesto. “E…eu nunca havia sido tratada assim” quer dizer, havia, há muito tempo atrás na floresta encantada, o fato que precedeu o momento que a tornou na Feiticeira. “O-obrigada, eu não sei o que deu em mim”

“acho que isso foi até um evento raro... nunca vi o pessoal tão irritado por... o que você fez?” deu uma olhada nela, franzindo de leve sua testa, mas logo voltando a atenção para trás. algumas pessoas ainda os seguiam, gritando coisas e vaiando. não entendeu bem o motivo disso. “de nada. só vamos sair daqui, ok?” ao chegar em seu carro, parou para tirar a chave e destrancar as portas. “entra...” abriu a porta do passageiro, ainda ficando na frente dela para caso atirassem outra coisa nela.

FLASHBACK.

“Com isso. Com isso, Maxwell, com isso. Eu não sou boa tendo que… sabe? E fazendo o que a gente… fez? E ai tendo que saber como lidar com… essa situação…?” Ela não falava nada por completo. Não sabia se era o álcool na cabeça ou apenas o nervosismo de ter que lidar com uma transa sem compromisso. Não era boa em coisas sem compromisso, não era boa com casualidades. Quando finalmente secou as mãos no vestido, arregalou os olhos com o que ele disse “Eu… eu fui honesta, eu não… eu fui honesta! Eu só… cacete.” Ela falou o palavrão e logo em seguida arregalou os olhos, levando as mãos à boca para cobri-la pela palavra suja que dissera. “Desculpa, eu não quis ser grosseira” ela murmurou e levou os dedos a cabeça “Eu nunca tinha feito isso.” Ela falou agora o encarando “Dormir com alguém sem… ter nada.”

continuava sem entender absolutamente nada do que ela queria dizer, nem escondendo em suas expressões o quão confuso estava. chegava até se irritar um pouco com isso. com o palavrão, no entanto, ergueu as sobrancelhas, surpreso. não lembrava dela xingando, mas não a condenou por isso. “ah.” soltou ao entender o que holly queria dizer. “é... pode ser novo para você, mas tem pessoas que fazem isso. ficam e depois se conhecem... e talvez tenham algo.” mas, você nunca deu chance para nós dois. “você acha que o que fez foi errado?”

“Tá ótimo, eu faço uma ideia de como deve ser trabalhoso organizar esse monte de papel.” Ofereceu um sorriso ao outro enquanto se aproximava da cadeira. Na verdade ela nem fazia ideia, a não ser que organizar os trabalhos da faculdade contasse como organização. Mas tinha que estabelecer simpatia com seu futuro chefe de algum lugar, não? “Primeiro, boa noite! Meu nome é Chariya, mas eu costumo ser chamada de Riya. Tenho vinte e quatro anos, e eu já canto a mais de cinco anos produzindo minhas próprias letras, melodias, o marketing por trás delas, enfim, o que uma cantora independente costuma fazer.” Ou uma cantora sem empresa e que muitas vezes ficava sobrecarregada com as diversas funções, mas isso a morena nunca contava. “Pop e indie é o que eu costumo cantar bastante. E também outros ritmos como música latina, clássica. Não são ritmos, mas sei manter como ambientação e segunda voz também.” Ainda estava treinando os dois últimos, mas já inseria em seu currículo. “Tenho um horário adaptável. Depende de quando precisar de mim.”

“é...” assentiu, sorrindo em agradecimento por ela ter sido compreensiva. depois, focou em sua apresentação, voltando a assentir levemente, mostrando que prestava atenção. até ergueu as sobrancelhas com o tanto de coisas que ela fazia sendo artista independente, não entendendo bem como era, mas imaginava que dava trabalho. “certo... você trouxe alguma gravação? vai precisar de banda de apoio?”

storybrooke in love.

Ao ouvir a animação na voz do rapaz, já sentiu mais feliz. Tinha conseguido alcançar seu objetivo. Contudo, o sorriso gentil em seu rosto transformou-se em uma feição surpresa e um pouco envergonhada, as bochechas rubras entregavam isso de cara. “Meus Deuses, eu não sabia que você era o dono… Que vergonha.” Mesmo com os lábios curvados para cima, ainda tampava o rosto bonito com as mãos, tento esconder o constrangimento. “Desculpa, eu fui muito incoveniente com você? Deve ter sido por isso que você achou que a música era só pra conseguir o drink. Tô me sentindo meio boba agora.” Deitou a cabeça, ainda contaminada pelo álcool, sobre o balcão, mantendo seus olhos no outro rapaz. “Você tem um nome bonito, Maxwell. Eu me chamo Delilah, mas pode me chamar de Lilah, se quiser.” Ainda com a cabeça encostada, estendeu a mão ao outro em um cumprimento mais adequado para apresentação. “Então, você não é um pouco jovem pra ter um bar assim? Qual foi a ideia de abrir um lugar legal assim?” Tinha que admitir, não dava mais de 23 para o rapaz, que mesmo muito alto e parrudo, ainda tinha um rosto bonito e jovial. “Óbvio, não precisa responder se não quiser, afinal, você ainda tá trabalhando, mas queria poder te conhecer melhor. O que me diz?”

“não! não precisa ficar com vergonha...” acenou rapidamente com as mãos para que ela não se preocupasse. “é bom não ser tratado como o dono às vezes... ser apenas um cara comum.” falou, como se o título de dono fosse tão pesado quanto uma coroa da idade média. “não precisa se preocupar... mesmo que fosse só pela bebida, fico feliz que cantou algo. mas, agora isso ficou mais legal ainda por você ter feito sem pensar nessas coisas.” sorriu, mostrando que não tinha problema e realmente ficou feliz com a dedicatória. “obrigado, seu nome também é bonito... me lembra uma música.” comentou aleatoriamente, esticando a mão para cumprimentá-la. “tenho vinte e sete anos... se você achar isso novo, é... acontece.” riu fraco. “foi ideia da minha mãe. um lugar com duas ambientações, dois horários diferentes... ela era muito boa nisso.” forçou um sorriso, fingindo não ficar um tanto nostálgico com a memória da mulher. “acho que ainda tenho um tempo... e as bebidas estão prontas! experimente. quero ver sua reação.”

FLASHBACK.

▽☠―――――― ✴⥽ A latina não caiu e nem fingiu ter caído na humildade, seu olhar indicando tanto para o homem, mas não comentou nada, até porque ela tinha quase certeza de que ele estava sob efeito da maldição e não fazia ideia de como ele era bom naquilo.  “———Se prepara, vou soltar alguns em sequência, não vou avisar o tempo do tiro agora. Você vai ter que calcular com a intuição ” ou suas lembranças enraizadas, já que memória muscular era algo forte - terminou mentalmente antes de começar a jogar o alvo para o alto. 

“ok! ok...” arrumou sua posição, sentindo até os ombros um pouco mais tensos por saber que seria algo surpresa, mas logo focou em sua respiração para relaxar. com o olhar atento, assim que viu o primeiro alvo, já posicionou a flecha e atirou, continuando o movimento de pegar uma nova flecha e posicionar de maneira quase natural — era como se tivesse aprendido anos atrás. somente o último alvo recebeu uma flechada, mas em sua parte superior, quase saindo pra fora. assim que acabou, notou sua respiração levemente acelerada, abaixando os braços e consequentemente o que estava usando. a cabeça parecia atordoada, e não sabia se isso era afeito da adrenalina ou de focar demais em algo. piscou rapidamente. “é... acho que tenho facilidade nisso.” concluiu, mesmo que fosse algo bastante óbvio. “ahm... é normal sentir um mal-estar? desculpa, eu acho que vou precisar parar um pouco...”

☕ ☕

@msmorrible​ + starter fechado

max saiu de seu restaurante, pronto para aproveitar aquela tarde, até dar de cara com sua ex-professora. ainda lembrava do sonho maluco que teve com ela, um dueto romântico, causando uma vermelhidão enorme em seu rosto. virou para entrar de novo no lugar, mas deu de cara com outras pessoas. “ah-, eu-, foi mal.” pediu desculpas um tanto sem jeito, depois focando na mulher que provavelmente viu a cena. “oi... quanto tempo.” sorriu meio forçado. “como vai a vida?” 

Era óbvio que evitava alguns pontos específicos da cidade. Desde que sofrera o acidente no passado, Ivanna havia mudado - da água pro vinho, alguns diriam. E nessas mudanças, ela havia magoado pessoas demais. Pessoas um dia haviam se importado com ela - e vice versa -, mas agora ela não tinha ideia de como suas vidas estavam. E apesar de muitas vezes se considerar impulsiva, Ivy não era das mais corajosas. Preferia evitar encontrar a ex namorada, os amigos antigos, qualquer um que remetesse àquela época. E era por isso que não ia ao The Lakes, era simples!! Não queria correr o risco de esbarrar com Maxwell. Mas naquela tarde? Não teve escolha. Iria fazer uma entrevista de emprego para trabalhar em outro lugar - e quem sabe finalmente sair do clube - bem ali, no meio do restaurante. E a pior parte? Já estava esperando há uma hora, tentando evitar encontrar os olhos do antigo amigo, e ficando cada hora mais irritada.

fazia uma hora que ela estava ali, mas maxwell ainda não conseguia acreditar. evitou ao máximo, porque não queria ser obrigado a tratá-la como cliente apenas, mas os funcionários chamaram sua atenção. foram apenas dois, e o conteúdo sempre sendo o mesmo: ela só estava ocupando mesa. se era birra deles ou não, não tinha como adivinhar, mas isso não colaborava com sua tentativa de ser imparcial. no fundo, bem no fundo, não conseguia deixar de notá-la e de querer conversar, porém, seria algo bastante humilhante para si. no fim das contas, decidiu checar as intenções dela antes que outro garçom aparecesse. “boa noite.” anunciou sua chegada, forçando um breve sorriso. “está tudo bem por aqui? digo... ahm... está esperando alguém? precisa de ajuda para decidir seu pedido?”

FLASHBACK.

Socou a porta uma última vez, batendo bem em cima de um chiclete. Incrível. Revirou os olhos e tirou o pedaço da goma que ficou grudada em sua mão e foi logo para a pia, lavar as mãos. Mas é claro que não antes de dar uma encarada no mais alto, ao perceber a alfinetada. “Eu não… o quê?? Eu não estou te ignorando, tá legal? Não tem nada a ver.” quer dizer, havia deixado a casa dele antes dele acordar no dia seguinte da noite fatídica, além disso nunca mais respondido mensagens ou ligações. E quando o via na rua fazia questão de dar meia volta para evitar o encontro. Mas ignorar? Não, claro que não. “Olha só, eu só acho bem complicado, quer dizer, essas coisas sabe? Tipo o que a gente fez. Tipo… entendeu? Eu não sou muito boa nisso, e ai eu acho melhor só… não sei, sabe? Quer dizer, enfim” ela esfregava as mãos com a sua vida e assim que enxaguou percebeu que não havia papel e foi logo secando na roupa, deixando marcas de mãos molhadas no vestido.  “Eu não estou te ignorando! Inclusive! Que saudades! Uau. Vamos conversar né? Como você é? Digo, como é que você tá? Hein?”

cruzou seus braços, já ficando na defensiva enquanto ela negava o óbvio. seria mais bonito se assumisse que o ignorava, assim poderia seguir e perguntar o motivo disso. mas, parecia que o problema era gigantesco... “não é boa com o que?” questionou, sem entender nada, mas desconfiando de algo. no fundo, queria que holly o explicasse as coisas, não que ele deduzisse. “eu sou idiota por achar que você seria sincera.” murmurou, nem disfarçando mais seu descontentamento. “mas, tudo bem. eu não quero te incomodar mais, então... deixa pra lá. a gente não precisa fingir que se interessa um pelo outro.”

FLASHBACK.

▽☠―――――― ✴⥽  Observou curiosa o tiro, e mesmo que ele não tivesse acertado, ela sabia que tinha sido muito mais próximo do que qualquer principiante que realmente tivesse começado agora seria. “———Ia acontecer em algum momento. Mas foi bem perto. Quer tentar de novo? ” Mira precisava se policiar lembrando que não estava treinando sua tripulação, com quem teria sido muito mais rígida e repetiriam aquilo até que não tivesse mais erro. Era o que vida ou morte fazia com você.

“foi? eu nem notei...” comentou com um leve dar de ombros, tentando parecer humilde, até mesmo desentendido. estava estranhando bastante a facilidade em atirar flechas e nada parecia explicar o suficiente tal habilidade. “quero, por favor.”

Aceitou a garrafa de volta, ainda que o olhasse preocupada, realmente não fazia ideia de como agir com pessoas passando mal, anda que se esforçasse para ajudar ao máximo que conseguia. ❝Hum… Eu acho que ainda tenho sachê de sal em algum lugar da minha bolsa…❞ Disse ela prontamente abrindo a bolsa e a revirando em meio a bagunça, até achar o sachê de sal intacto e o estender pra ele. ❝Talvez isso ajude? Não sei, mas me disseram que se colocar um pouco debaixo da língua pode fazer a pressão subir… Se isso não ajudar, pode ser hipoglicemia também…❞

“serve! serve sim...” concordou rapidamente, agradecendo mentalmente ao ver o sachê. “eu tenho pressão baixa... acho que só preciso disso. e aí vou procurar algum lugar para comer também.” explicou brevemente, ainda com a cabeça pesada enquanto abria o pacotinho e jogava um pouco debaixo da língua. “obrigado por isso e... você se importaria de me acompanhar até algum lugar por aqui? só pra caso eu passe mal... acho que tem uma cafeteria aqui perto.”

✧ ˚ 　· 　　 .  “Para você também?”, arqueou uma das sobrancelhas assim que ele mencionou o dia estar sendo fora do comum. Se perguntava se algo parecido com a noite de Halloween poderia estar acontecendo, e esperava que não. Não tivera muitas respostas sobre aquela vez, e tinha conseguido um problemão, não queria que nada do tipo acontecesse novamente. Queria insistir mais no assunto, mas sua mente dizia que não, que focar na triste melodia e na presença de Maxwell ali era mais importante. Sua atenção focou completamente nas habilidosas mãos dele que tocavam o piano em seguida, esquecendo qualquer assunto de antes disso. Assim que ele parou, sorriu de forma delicada. “Você toca muitíssimo bem, poderíamos até fazer um dueto.”, e havia coisa mais romântica que aquela?, era o que a Andrews pensava no momento, mas não ousou dizer em voz alta. Em seguida, deu levemente de ombros com a pergunta dele. “Ah, é só que… já aconteceu com você de nunca se sentir o suficiente para qualquer pessoa que você cogita sentir algo a mais?”, ela não queria dizer se apaixonar, porque ainda não havia se apaixonado. “Eu só acho que não sou boa o suficiente para isso, romance, digo. E a culpa é minha, é claro, não dos outros. Parece que eu não me esforço nesse sentido…”, não queria fazer um drama, é claro. “Enfim, deixa para lá. É só uma paranóia por causa do dia dos namorados.”, eu espero.

“pra mim também.” concordou rapidamente, esperançoso de continuar o assunto e até começar a levantar hipóteses do que poderia ser, mas não conseguiu. era como se sua língua tivesse feito um nó e nada era possível de se pronunciar. “um dueto? eu não-” interrompeu sua fala, até porque ele sabia um único para tocar e cantar. “você gosta de city of stars? da trilha sonora de la la land?” definitivamente, ele não sabia como tocar ou cantar essa música. fazia anos que não a escutava. só esperava que não pagasse o maior mico de sua vida ali. conforme o desabafo acontecia, max assumia uma postura de atenção, mas também consolo. entendia o que ela queria dizer, mesmo que no seu caso fosse um pouco diferente. “é... às vezes me sinto assim. parece que eu nunca estou aberto o suficiente para deixar as pessoas realmente me conhecerem.” suspirou baixo, não entendendo porquê disse aquilo. mas, por mais que o rapaz não soubesse, dizia a verdade. no começo, ninguém era atraente o suficiente para ele. depois, ele não se permitia ir muito além nas relações — sempre havendo um porém no meio do caminho —; e agora, parecia que não conseguia sair da fase de flertes. “pode ser... sempre achei que a essa altura eu já estaria com alguém importante para mim, por anos, mas... estou solteiro. tenho crushs, mas não consigo desenvolver em algo sério...” olhou para as teclas do piano, um tanto triste. “talvez eu só esteja esperando por alguém que nunca vai vir.”

@theprcncess​ + starter fechado. 

max ajeitava as coisas de sua mesa quando escutou um dos funcionários avisar que a moça chegou. demorou um pouco, mas lembrou que ela estava interessada em ser uma das atrações musicais da semana, sendo essa sua entrevista de emprego. pediu para a chamarem, aguardando. “ei... oi! desculpa não ir até a porta, eu... tô tentando organizar aqui. sente! fique à vontade.” riu baixo, guardando os papéis na gaveta antes de focar nela. “então... me fala seu nome, idade, disponibilidade para tocar, tipo de música que você costuma apresentar...” 

FLASHBACK.

▽☠―――――― ✴⥽ A latina assentiu automaticamente, e embora quisesse usar a desculpa de que era só porque não sabia se iriam encontrar animais com facilidade, na verdade Mira não concordava com violência desnecessária - o que era um tanto cômico levando em consideração o quão violenta era. No entanto, ela sempre servia a um propósito.  ❝――――Não tem de quê, agora fica em posição, vou jogar umas coisas e avisar para que você atire ❞ pegou o alvo móvel, jogou mais para cima do que para longe, esperou um segundo e avisou  ❝――――Agora ❞

“ok!” ficou em posição, mesmo que não estivesse tão certo de que estava fazendo corretamente, respirando fundo. esperou pelo sinal, concentrado, soltando a flecha quando escutou a voz dela. por pouco, não acertou o alvo. “é, parece que minha sorte de principiante tá começando a falhar...”