cwrdelia​:

Cordelia não sabia como ou em que momento haviam adentrado numa conversa tão profunda como aquela, especialmente quando o álcool já estava começando a deixar seu raciocínio um pouco mais lento. Mas ainda sim, a Waller ainda continuava engajada naquele assunto enquanto bebia o resto de vinho que tinha em sua taça. Cordelia voltou seu olhar para Sarah Jean assim que ela disse que iria para o inferno, balançando a cabeça negativamente. “Não, não! Você não vai me deixar sozinha! A gente é uma dupla fechada, onde uma vai, a outra vai atrás e isso não é negociável e as forças maiores que lidem com isso.” Disse com convicção, nem se importando como as coisas funcionassem no céu ou no inferno, se é que isso realmente existia, porque Cordelia não sabia muito bem no que acreditava. “Aliás, eu não posso ficar sozinha mais porque eu começo a fazer merda! Te contei que eu acabei esbarrando com o Adam há umas noites atrás?”

Não costumava ter longas conversas ou grandes reflexões sobre coisas como o céu e o inferno — sóbria, pelo menos. Sequer se considerava religiosa para que acreditasse na existência dos mesmos. Entretanto, com a garrafa de vinho vazia e o álcool correndo-lhe as veias, em algum ponto a mente enuviada de Sarah Jean concluiu que, de fato, iria para o inferno e de lá não teria salvação. Uma risada calorosa escapou dela com o protesto de Cordelia, virando a cabeça na almofada para fitar a morena. “É melhor começar a preparar um Power Point para convencer Deus a me deixar subir então.” A Liu deu um sorriso largo, imaginando que a outra poderia mesmo fazer aquilo para eternizá-las em algum lugar divino, mas a expressão de contentamento não tardou a ser substituída pelo franzir do cenho. “Shit. Não contou não, gata.” Ajeitou a postura no sofá, cruzando as pernas e largando a garrafa sobre a mesa. “E o que foi que você fez? Não me diga que—” Tombou a cabeça para o lado, sem precisar concluir a frase para que a Waller entendesse. 

dcebrah​:

           sair sem deixar rastros era típico da madsen. lhe poupava tempo, desgaste e a vergonha de acordar com alguém que certamente não desejava dividir aquela cama consigo. porém, algo a levou até a cozinha da outra mulher, fazendo um percurso diferente do usual. vasculhou todos os armários minuciosamente em busca de algo, prepararia o café da manhã para a outra que ainda estava dormindo, comeria e iria embora logo em seguida. era esse o plano. porém, acabou fazendo mais barulho que o desejado. notando-a pouco depois ocupando o espaço que anteriormente era só seu na cozinha. “eu achei no funda da geladeira, espero que não se importe.” comentou, virando a panqueca com destreza. ficara um pouco sem graça por ser pega no flagra, mas continuou exatamente onde estava. “eu pretendia fazer o café, deixar para você e ir embora logo em seguida. então, não se preocupe.”

Balançou a cabeça, ainda animada com a ideia de comer algo de manhã só para variar. “Não me importo, pelo contrário. Eu fico aliviada que tenha comida aqui.” Um riso baixo acompanhou a fala. Não queria soar tão desorganizada com a própria vida, mas ficava difícil esconder a situação, num geral, pelo mero estado de sua cozinha. Agradecia que pelo menos a outra parecia não se incomodar. “Por que não fica?” Contraiu as sobrancelhas, deslizando para fora do banquinho e caminhando em passos lentos na direção de Debrah. “Não faço uma refeição na minha casa com alguém tem séculos. Acho que não dói.” Concluiu, os lábios se curvando no sorrisinho esperto, característico de Sarah Jean, no momento em que parou do lado dela. Abriu um dos armários para procurar por duas canecas. “Meu café é excelente. Você vai querer experimentar.” Colocou as cerâmicas sobre o balcão, esperando uma confirmação da mulher. 

flautaenvolvente​:

“ Isso é ser mesmo bem generosa ” esclareceu de forma maliciosa, mesmo que essa não fosse sua intenção inicial. Ele não contava que a “estrela” dos rachas fosse pessoa tão aberta, mas estava, de certo modo, aliviado por descobrir que sim. “ Mas não pode se opor às partes do corpo que eu escolher… ” – as passadas em direção ao pub eram lentas e despreocupadas, típicas de quem já estava acostumado àquela rotina. “ Sempre gostou de debochar dos homens que mostram interesse em você? ” perguntou diretamente, o tom ainda jocoso. Ele estava curioso, não chateado.  “ Wow, até mesmo o Daily está atrás de você? Acho que está na hora de contratar um agente ” entrou na encenação, sorrindo. “ Pelo menos posso dizer que te conheci antes da fama, Jean ”  o nome composto parecia enorme em comparação à abreviação.  “ Jasper ”   apresentou-se, mesmo que ela não tivesse perguntado.  “ E eu não costumo dar autógrafos. Não sei por que mas as pessoas nunca pediram ”

“É uma das minhas principais qualidades. Generosa, caridosa, quase uma Madre Teresa. Mas aposto que vai ser bem generoso escolhendo também.” Manteve o tom de malícia, acompanhando o ritmo das passadas. Duvidava, porém, que qualquer um dos dois fosse realmente generoso, considerando a conversa que levavam. “Sempre. Mantém eles interessados.” Ela abriu um sorriso lento, andando de costas para que pudesse olhá-lo enquanto falava. O rosto se fechou numa leve careta quando ele a chamou pelo segundo nome, e Sarah Jean girou nos calcanhares para entrar no bar, as ondas castanhas acompanhando o movimento. Jasper parecia do tipo que se aproveitaria do desgosto dela com o próprio nome e usaria como munição para provocações, então simplesmente deu de ombros, sem corrigi-lo, como geralmente teria feito. “Vou fazer questão de mencioná-lo na parte de agradecimentos da minha auto-biografia publicada pelo Daily. Só não deixe isso subir à cabeça.” Disse, virando o rosto para piscar para ele. “Ah, pobrezinho.” Fechou os lábios num bico zombeteiro, puxando uma cadeira da mesa vazia. Antes de se sentar, entretanto, a Liu tirou do bolso interno do casaco a caneta que sempre carregava para rabiscar em lugares inusitados, como guardanapos — gostava de desenhar e ficava entediada com facilidade. Estendeu-a na direção do outro, assim como o próprio pulso da canhota, e ela mordeu o lábio para conter um riso. “Vai, me dá um autógrafo. Estou me sentindo especialmente boazinha essa noite.” 

noellc​:

noelle caminhou devagar, aliviada de sua cabeça não estar mais tão dolorida quanto antes. o remédio deu conta da leve ressaca que tomava conta de si, e agora conseguia até exibir um pouco de seu bom humor. “hm?” parou ao lado da outra, fazendo uma careta. “sr. teddy? não dava para serem mais criativos?” negou com a cabeça devagar, decepcionada. “mas… olha, é uma boa lembrança de ontem, huh? quer dizer, eu nem lembro como isso aconteceu… mas… achei o sr. teddy bem estiloso.”

Mesmo com a dor de cabeça, ela estampou um sorriso com o comentário da morena. "Podemos renomear.” Sugeriu, semicerrando os olhos enquanto fitava o urso de pelúcia na banheira. “Ele tem cara de Chad.” Sarah Jean precisava urgentemente parar de chamar os amigos para ficarem bêbados no apartamento. Além das contas atrasadas, e o wi-fi cortado em consequência destas, corria o risco de ser despachada pelas festinhas que dava. “Eu não lembro nem quem esteve aqui além da gente.” Se voltou para Noelle com uma careta, deixando escapar um riso curto. “Quer café?”

writeaswright​:

As coisas pelas quais se prestava somente por ser empregado de alguém, era inumano. Andressa só podia odiá-lo tão quanto odiava Audrey, mas fazê-lo ir para a cadeia somente para escrever uma matéria sobre a moda cárcere era demais. Ele estava muito bem sentado no banco duro dentro da cela, rabiscando coisa aqui e ali no bulletjournal enquanto se explicava para a outra recém-conhecida, um segundo elemento dentro da prisão com quem dividia.    “Ela é, tô te falando!”    A veemência com que disse aquilo o fez até pausar os rabiscos para olhá-la, incrédulo com as coisas que ele mesmo dizia.    “E aí que eu vou ter que fazer, ué. Uma matéria do porquê não tem problema defuntos usarem Dolce and Gabanna, pois a putrefação não atrapalha. Te juro, a Andressa é que deveria estar detrás das grades por exigir tanto em uma revista de moda. É só uma revista, não vai abalar as estruturas continentais de nenhuma outra no país… no mundo!”    Abriu os braços ao que terminou de falar, buscando um certo conforto nas expressões alheias. E foi quando finalmente suspirou.    “Você tá aqui por que mesmo? Digo… presa. Seu chefe também mandou você fazer uma pesquisa de campo na cadeia?”

Sarah Jean jogou a cabeça para trás com uma risada alta ao observar a reação do rapaz, desacreditada quanto a tal matéria sobre defuntos e Dolce & Gabbana. “Shit, eu sei qual é agora que você mencionou.” Fez a relação da revista com o nome da outra mulher, embora não fosse de ler esse tipo de coisa, como qualquer habitante de cidade pequena, ouvira falar da coluna de fofocas da Glamour. Era ridículo que alguém se prestasse ao papel de julgar o street fashion de Storybrooke, mas não diria isso em voz alta para o novo conhecido. “É só uma revista, de fato, mas parece que você realmente mataria alguém só porque a sua chefe psicopata pediu 'pra averiguar se assassinato estragaria o casaco Prada dela.” Levantou uma sobrancelha. À despeito da brincadeira, Sarah falava com seriedade, aprumando os ombros e sentindo o desconforto de estar sentada há horas naquele banco. No fundo, talvez até tivesse certo nível de preocupação com o garoto por ele parecer simplesmente aceitar tudo que a chefe pedia. Se fosse ela, decerto teria pedido demissão e jogado umas poucas e boas na cara de Andressa. “Nah, a minha me demitiu essa semana.” Contou, não dando muita importância para o fato de que estava desempregada de novo. “Uh, racha. Mas já percebi que o pessoal da polícia ama a minha presença aqui mesmo, porque eu nem fiz nada demais dessa vez.” Lançou uma piscadela para um dos policiais que passava, recebendo um revirar dos olhos em retorno. 

justanothertrickster​:

˙ ˖ ✧ Estava começando a frequentar mais os pubs, na tentativa de conseguir saciar seu desejo pelo álcool sem ter efeitos tão drásticos quanto os que havia tido ultimamente. Pelo menos com pessoas ao redor, conseguia se manter melhor e não fazer maiores estragos nesse momento crucial em que tinha que pensar mais do que nunca. A atenção foi desviada do copo para a direção de uma voz desconhecida, que acreditava ter direcionado o questionamento para ele. Ao ver a figura feminina, reconheceu a familiaridade da outra de outras vezes de quando estivera no local, ainda que estivesse surpreso com o ato dela. Arqueou uma sobrancelha em meio a um riso com o complemento da frase, balançando a cabeça em negação. “Estou tentando pensar, enquanto não tento pensar em outras coisas.” Respondeu, se virando no banco para ficar de frente para ela. “Foi o que aconteceu com você?”

"E está tendo sucesso com todo esse lance de pensar para não pensar?” Elevou uma sobrancelha, mais interessada do que deveria na vida de um completo estranho. “Parece difícil.” Tomou uma golada da cerveja, encontrando os olhos dele por cima do copo quando o homem se virou para ela. “Ah, não, eu geralmente sou o motivo da bebedeira dos outros.” Ela abriu um sorriso lento e convencido; Sarah Jean se divertia sustentando a postura arrogante, às vezes, quando não tinha nada melhor para fazer. “Só gosto de beber por aqui mesmo.” Explicou-se por fim, dando de ombros antes de deixar o copo descansar sobre o balcão, apoiando o cotovelo no mesmo. Percorreu a figura masculina com o olhar, mantendo o encurvar dos lábios ao dizer: “Sarah Jean, by the way.” 

flautaenvolvente​:

Com aquela marra toda na direção, ele só podia supor que aquela era, seguramente, uma garota cheia de si. Não que tivesse algo contra — na verdade, pelo contrário — mas não pode deixar de rir desdenhosamente com a pergunta dela, sem entender por que tinha sido escolhido (além da óbvia aparência de matar). Não é como se Jasper tivesse uma longa lista de compromissos para a noite, como gostava de espalhar por aí, de modo que ponderou os prós e os prós de aceitar a  oferta dela.  ‘ Um autógrafo enquanto te pago uma bebida? ’   alterou a oferta, sem dar o braço a torcer.  ‘ Já dá pra te chamar de famosa? Foram quantas vitórias só hoje? Três, quatro? ’

Sarah Jean solevou as sobrancelhas, um tanto interessada na reviravolta da oferta zombeteira, ainda que já esperasse que ele aceitasse o convite para a bebida — veja bem, a Liu transbordava auto-confiança depois das corridas. Em qualquer outra noite, ela teria ido ao bar sozinha para encontrar-se com algum estranho, por isso, não dispensava a companhia desde agora. “Se você vai pagar, te dou até cinco autógrafos. Pode escolher as partes do corpo a serem autografadas, bonitão, tô generosa.” Riu baixo, balançando a cabeça de leve antes de começar a caminhar na direção do pub. “Tava contando? Que fofo.” Provocou com um sorrisinho de canto; então cruzou os braços contra o peito, fitando-o de soslaio ao passo que adentravam o local cheio devido às corridas. “Famosona em Storybrooke, já. Grande coisa, né? Amanhã tenho uma entrevista exclusiva com o one and only Daily Mirror. E você não vai acreditar onde: no Granny’s!” Rolou os olhos com o próprio deboche dramático, mantendo o tom humorado. “Sarah Jean, aliás.” 

Não sabia dizer o que era mais assustador: o urso de pelúcia gigante usando óculos escuros, a lingerie que ele vestia; e que, Sarah Jean tinha quase certeza, não era sua, ou o combo de tudo aquilo, mais umas garrafas vazias e restos de tudo um pouco, na banheira de seu apartamento. Chamou por @noellc​, esperando que a amiga não estivesse com tanta ressaca quanto ela, afinal, toda aquela dor de cabeça fazia com que fosse difícil até mesmo pensar de onde surgira o Sr. Teddy (ele segurava uma placa com tal identificação). “Amiga, me explica isso. Como que um urso de pelúcia gigante e usando lingerie veio parar na minha banheira?” Apontou na direção do urso. "E que tipo de nome é Sr. Teddy?” Franziu o cenho numa careta, balançando a cabeça. “Tô perturbada, I mean it.”

Pelo menos Sarah Jean tivera sorte de perder a aposta para os seus companheiros de racha numa semana ensolarada. Ainda estava longe de terminar de lavar o primeiro carro — tinha outros dois pela frente — quando percebeu a aproximação de @lostprinczss​​ com o canto do olho. Ela deixou a esponja sobre o capô do carro e se virou para a amiga, abrindo os braços e dando uma voltinha no lugar, como se quisesse mostrar o look encharcado, que não passava de um shorts e a blusa amarrada para dar o efeito de crop top. “Perdi uma corrida e uma aposta na mesma noite.” Rolou os olhos ao explicar a própria situação; então fitou Amy, os cantos da boca vermelha enviesados. “Quer ajudar, gata? Bem House Bunny vibes.”

Sarah Jean não costumava trazer os seus encontros para o apartamento; não naquela altura da vida dela, em que quase todos os dias algo estragava ou algum serviço essencial era cortado pelas contas atrasadas. Ainda assim, em certo ponto durante a noite anterior, acabara com @dcebrah​​ por ali — o quê estava longe de ser um problema, claro, contanto que a outra não questionasse a falta de wi-fi. 

Acordou mais tarde, assumindo que a acompanhante deveria ter ido embora pela cama vazia, e se levantou para ir atrás de um copo de água. Logo ao cruzar o corredor, porém, constatou os barulhos e o aroma da comida sendo preparada; surpresa por encontrar Debrah na cozinha. “You’re still here and making- pancakes?” Solevou as sobrancelhas, sentando num dos bancos adjacentes ao balcão de mármore. “Eu ganhei na loteria, só pode. Nem sabia que ainda tinha leite.”

Sarah Jean precisava estar bêbada para entrar numa espécie de crise existencial, levantando questões filosóficas que, normalmente, não faria. Ou não se importaria em fazer. Atirada no sofá de casa, ela mordiscava uma fatia de pizza — tinha perdido a conta de quantas comera — e terminava com uma garrafa de vinho barato enquanto dava continuidade ao assunto sobre a existência de um céu e de um inferno que ela e @cwrdelia​ haviam adentrado. “I’m starting to think I’m actually going to hell.” Tombou a cabeça para o lado na almofada que usava como apoio, encarando a amiga com os olhos cansados. Tinha todos os motivos para crer no que dizia. “Você vai pro céu, eu pro inferno. Que merda. O que eu vou fazer no inferno sozinha?”

Com a escova de dentes na mão, uma toalha enrolada no corpo e a outra nos cabelos, Sarah Jean saiu do apartamento praguejando Deus e o mundo pelas próprias contas atrasadas. Quando se mudou para Storybrooke, ainda tinha dinheiro para manter uma moradia na área luxuosa da cidade, mas agora, desempregada e dependendo unicamente das rachas e dos bolsos alheios para viver, era de se esperar que a água fosse cortada no meio da noite, quando ela se encontrava prestes a entrar no banho. Pelo menos, podia contar com @hansolyeyo​ do outro lado do corredor e, sendo deles os únicos apartamentos naquele andar, os dois costumavam manter a porta aberta um para o outro, em certos horários, no caso de emergências. Adentrou a casa do amigo, anunciando: “Ay, sou eu. Vou usar a banheira. Espero que não se importe.” Passou pela sala, em direção ao quarto dele. “Aliás, posso usar aquele shampoo? Aquele caro que você tem.”

Daisy Johnson/Skye in Agents of S.H.I.E.L.D. (S1)

A Liu girou nos calcanhares ao ouvir o cumprimento, desgrudando os olhos da tela do celular para espreitar a mulher que conversava com ela. “E aí, bonita.” Ofereceu um sorriso simpático, mas logo franziu o cenho com o quê a outra lhe pedia, absorvendo apenas ”coisas diferentes” e “ingredientes exóticos”. Sarah Jean podia ter a mente de um adolescente às vezes (o que era ridículo, óbvio) e, por isso mesmo, olhou-a de cima a baixo, um tanto incrédula dado o fato de que a morena definitivamente não se parecia com alguém que procuraria tais coisas diferentes e tais ingredientes exóticos por aí; embora Sarah soubesse exatamente onde conseguiriam, por exemplo, os entorpecentes. Foi só quando a desconhecida concluiu o falatório que a piloto respirou aliviada, levando a destra até o peito. “Olha, ainda bem que você especificou, eu tinha ido além.” Riu baixo, balançando a cabeça. Graças aos céus não falara nada estranho ou muito comprometedor. “Então, sinceramente... Não sei. Mas sou boa encontrando coisas, sempre fui. O que você tem em mente?”

O que ela precisava era de uma poção de localização e então encontraria sua coroa, encontraria o chapéu de Edward e quem sabe teriam forças suficientes para lutarem de igual para igual com os vilões que os prendiam ali? Mas como conseguir completar. Aquele lugar não tinha nada, nada. “Hi, pumpkin.” Sorriu gentilmente na direção da primeira pessoa que passou em frente à ela assim que saiu de sua casa. Mirana sempre tivera facilidade em convencer pessoas graças ao seu carisma natural. “Você sabe me dizer onde eu posso encontrar coisas…” Como gordura de minhoca, urina de varejeira, dedos amanteigados de ogros… Oh não, aquela era a receita do suco minimizador. Precisava de coração de dragão. “Diferentes. Como, ingredientes exóticos! Ingredientes fora do comum…” Procurou explicar, esperando que a pessoa entendesse. “Preciso variar um pouco no cardápio da minha confeitaria, sabe?”

I may not be everyone’s cup of tea, but I am someone’s double shot of tequila.

Unknown (via thoughtkick)

Aquela não era a primeira vez que Sarah Jean via @justanothertrickster​ no pub, porém, nunca tinha tentado uma aproximação até o momento. Não era como se fosse tímida, tampouco tinha ressalvas na hora de flertar com caras atraentes como o outro, só talvez tivesse sentido que precisava de uma brecha. Escorou o corpo contra o balcão do bar, ariscando ficar do lado dele. “Deixa eu adivinhar, cê ‘tá aqui porque...” Fez uma careta, como se pensasse, então solevou uma sobrancelha ao indagar: “Levou um pé na bunda?” e curvou os cantos da boca num sorrisinho ladino.