#mood

📩 TEXT TO: 세희

세희🍒: Noona, você acha que consegue prepará-los para a notícia?

세희🍒: Estou com muito medo da reação deles, se você puder me contar como foi... Vou dormir na casa de um amigo hoje.

수아🌸: Eu não acho que tenho como prepará-los pra isso, Sehee

수아🌸: Eles com certeza vão surtar, e não tiro parte da razão

수아🌸: Mas posso tentar

수아🌸: Na casa de que amigo?

📩 TEXT TO: 세희

수아🌸: Se você já não estiver em casa, não volte hoje

수아🌸: Appa e omma não vão demorar a descobrir e eu não quero você lá quando isso acontecer

𝐒𝐌𝐎𝐊𝐄 & 𝐌𝐈𝐑𝐑𝐎𝐑𝐒.

featuring @phxsehee

Sooah não escondera o choque --- e a fúria --- ao ver o nome do irmão mais novo junto aos outros dois dentro da cápsula do tempo. Não era novidade que Sehee gostava de chamar atenção para si mesmo, mas aquilo passava dos limites; mais uma festa do condomínio fora arruinada e mais uma vez o nome de sua família estava na boca dos moradores (como se não bastasse a extravagância fashion da festa dos Kang, também por conta dele). Tudo enquanto passavam por processos judiciais que estavam levando-os à falência e um possível ataque de hackers. Será que poderia, pelo menos por uns dias, ter uma dose de paz?

Após a comoção dissolver-se e o festival começar a se esvaziar, ela avistou novamente o mais novo à distância. Em passos brutos e apressados --- nada em harmonia com o hanbok delicado e florido que trajava ---, aproximou-se em meio a reverências e cumprimentos às pessoas que ainda restavam ao redor. “Choi Sehee.” Chamou-o. O uso de seu nome inteiro devia alertá-lo para o que estava por vir, mas Sooah não faria uma cena, ao menos não ali. Se já eram a fofoca da noite pelo que havia acontecido, imagine o que falariam se vissem os irmãos Choi brigando. “Posso falar com você um segundinho?” Perguntou, olhando para os lados antes de encará-lo de volta, para certificar-se de que não estavam sendo observados. Então, agarrou-o por um dos braços, com um aperto um pouco mais forte que o necessário. “Agora.” Demandou, de dentes cerrados, e o puxou pelo braço até um local mais reservado. “O que porra foi aquilo?”

Because women don’t have to be men’s equals to be considered contenders; they have to be better. That’s the lie of it all. You have to be better to prove yourself worthy of being equal.

Mackenzi Lee, The Lady’s Guide to Petticoats and Piracy (via awesome-books-you-must-read)

É claro que Sooah não o levara a sério. Estava próxima o suficiente para sentir o cheiro de álcool, e se os anos como a amiga sóbria ensinaram-lhe alguma coisa, foi que bêbado só falava besteira. Porém, não esperara que o garoto caísse em risada logo em seguida, o que por um momento deixou-a confusa --- até perceber que era mais uma atitude movida pelo álcool. Revirou os olhos, impaciente. Já estava no evento contra a própria vontade e agora teria que aguentar aquela conversa.

“Falar da vida dos outros não é um hábito meu.” Respondeu-o, sem grande caso. Ela não esqueceria, afinal, nunca sabia quando uma informação a mais sobre alguém seria útil, mas não gostava de perseguir fofocas, por mais que os muros de Pohang fossem moldados por elas. Eram desperdício de tempo, e tempo era a última coisa a qual Sooah dava-se o luxo de desperdiçar. “Só não vomite na minha roupa nem nada assim e estamos bem.” Acrescentou, um pouco depois, embora não achasse que ele estava em nível de fazer algo do tipo. Então, após mais uns segundos de silêncio, virou-se para ele novamente e perguntou: “Sua família já te viu assim? Ou está aqui para fugir?”

                                                                    tinha definitivamente passado tempo demais ‘ aprendendo ’ sobre a arte de makgeolli ; nunca teve o hábito de beber & lembrava-se distintamente de revirar os olhos em desdenho quando a classe do colégio romantizava os anos a vir apenas porque poderiam embebedar-se legalmente, mas ultimamente tinha desenvolvido certo apreço pelos vinhos mais caros que os pais guardavam em casa e ao ver a bebida tão tradicional não conseguiu resistir ou limitar-se, eventualmente sentindo o torpor dos sentidos - apenas assim resolveu retirar-se para um lugar mais calmo, enchendo os pulmões com o ar puro da estação várias vezes em uma tentativa inútil de fazer a cabeça parar de rodar. estranha a passagem do tempo - e como vícios se criavam em mentes débeis que refutavam a própria vulnerabilidade, mas essa era uma discussão que ele não teria nem consigo mesmo.

                                                                    “ —  tem algo que eu preciso te falar faz algum tempo,” assumiu um tom sério subitamente, nem sequer levantando a cabeça para conferir exatamente a quem estava se referindo. “eu te amo. vou te amar para sempre.” embora as palavras fossem doce, e o tom verossímil suficiente para que qualquer um acreditasse que estava fazendo uma confissão bêbada genuína, o momento não durou muito pois o jovem ator se desfez em uma risada fraca. “ —  desculpa, isso é de descendentes do sol - eu amo a jiwon, e já comecei a calcular quanto barulho é muito barulho. por favor não conte ‘pra ninguém que me viu assim.”

Sooah fitou-o de cima abaixo e depois o caminho de volta. Estava, mais que qualquer coisa, horrorizada com a combinação terrível de tênis esportivos e roupas tradicionais --- sem falar nos óculos! Mesmo ela, que não era tão envolvida com a moda como boa parte das jovens de Pohang, sabia que aquilo era um assassinato. Como se não bastasse, a atitude de Kyunghee tornava tudo ainda pior; tinha que ser um Park, comentou mentalmente, assistindo-o colocar as folhas de papel no chão, só eles para trazerem essa gente. De pernas e braços cruzados, sentada no banco, observou-o traçar o caminho desnecessariamente cuidadoso até o seu lado. Neste momento, fez questão de afastar-se um pouco mais para a ponta do banco.

“Eu não ia falar nada.” Respondeu com certa rispidez; os olhos, ainda incrédulos com a cena que acabaram de presenciar, estavam focados no rosto do rapaz. “Mas se essa é sua desculpa, o papel não vai se decompor até o fim do festival, o que significa que eventualmente alguém reclamará e um funcionário terá que limpar de todo jeito. Sem falar que o vento vai espalhar tudo.” Continuou, em tom igualmente direto e desinteressado. Não que estivesse mesmo preocupada com os papéis e o que aconteceria ou não com eles. “E algum dia seus tênis vão se sujar. Tem terra, pessoas que pisam nos seus pés sem querer, poças d’água, lugares em que tropeçar, comida que pode pingar... A menos que só os use em casa.”

◟˖﹡˙⊰  dentre muitas coisas que kyunghee nunca pode ter e agora tem, uma delas era o benefício de comprar roupas e sapatos só seus; vestuário que ele sabia que ninguém ia pegar emprestado, pois eram seus. contudo, o que ele mais demandava tempo e dedicação para usar eram seus jordan’s. tinha criado um apreço especial pelos tênis, por isso era natural que fosse tão cuidadoso – até mesmo ao ponto de usá-los com o hanbok moderno. era uma combinação estranha se levasse em conta que era um evento tradicional, no entanto, ele não ligava muito para o visual, contanto que pudesse usar os jordan’s. como se não bastasse, ainda gostava de passar um pouco de vergonha. andava debaixo do braço com um rolo de papel e mesmo andando na calçada limpa se recusava a pisar na grama ou em qualquer outro local que tivesse terra no meio. quando viu um espaço bom para sentar, não hesitou em ir na direção de uma forma inusitada. kyunghee destacou pedaços de papel e ia colocando um por um na caminhada até chegar perto do banco, pisando em cima destes evitando, então, de sujar com a terra.   “o que é? são jordan’s novos.”   comentou, assim que sentiu o olhar a julgar-lhe pela ‘sujeira’ que fazia. a maior dificuldade sua, talvez, foi a de tentar se sentar, erguendo as pernas brevemente para destacar mais papéis de forma que pudesse movimentar o pé confortavelmente no chão — sem sujar o calçado, óbvio.   “são papéis sustentáveis, aliás. eles se decompõe e não agridem a natureza, se é isso que você pensa em reclamar.”

“Hum...” Vasculhou a mente por um momento, tentando recordar-se do que havia colocado. Já não se importava com o festival naquela época e muito menos nos dias atuais, então não é como se houvesse prezado por aquela memória. “Eu sei que escrevi uma carta, mas não lembro sobre o que foi. Provavelmente algo relacionado à escola.” Deu de ombros. “E você? Também não lembra?”

Eunah ouvia os comentários acerca da abertura da cápsula do tempo com uma pulga atrás da orelha, não se recordava muito bem o que tinha colocado e apostava que acabaria sendo algo vergonhoso que só uma criança acharia interessante. Até tinha uma leve lembrança do que era, mas sua mente se dividia entre lembrar de um troféu da escola e de um porta retrato com uma foto sua com os irmãos, claramente não podia confiar muito. Então, se virou para a pessoa ao seu lado, curiosa sobre o assunto. “Você lembra o que colocou na cápsula do tempo?”

Sooah não estava lá tão empolgada com o festival (em toda sinceridade, quando que empolgava-se com qualquer evento daquele condomínio?), mas, a pedido dos pais, deixara a falta de animação de lado e arranjara novas vestes tradicionais para exibir entre os outros moradores, e mostrar que os Choi não estavam, de maneira alguma, passando por tempos difíceis. Passeava pelas ruas enfeitadas, observando a decoração inspirada pela estação, quando sentiu o toque em suas costas e virou-se para saber quem era. “Seri-yah!” Exclamou, abrindo um sorriso no mesmo instante em que reconhecera a amiga. “Você vai tirar uma do meu melhor ângulo, certo? Tudo bem, quer que eu pose ou seja mais espontânea?”

Seri andava por aí com um sorriso no rosto e a câmera em mãos, procurando seu próximo alvo para fotografar e colocar no post que faria em seu blog, contando sobre o evento. Foi então que avistou alguém próximo de si que parecia deveras interessante, não hesitando em se aproximar mais, mesmo sem saber ainda de quem se tratava. “Ei.” Cutucou a pessoa nas costas. “Posso tirar uma foto sua? É pro meu blog.”

190511 pohang annual ( spring ) festival  ———  choi sooah instagram highlights

𝐈𝐅 𝐂𝐔𝐑𝐈𝐎𝐒𝐈𝐓𝐘 𝐊𝐈𝐋𝐋𝐄𝐃 𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐀𝐓...

*:･ﾟ with @phxrachel

O que Choi Sooah detestava mais do que situações das quais não tinha controle? Nada. E o que era Rachel Choi? Uma delas.

A parente distante era um incômodo desde o primeiro dia em que pisara na casa dos Choi. Não o tipo de incômodo que roubava-lhe noites de sono, mas o que estava sempre no fundo da cena, como um zunido no ouvido que jamais desaparecia. Sooah ainda não compreendia o porquê de seus pais terem aceitado-a em seu lar --- não era de seu feitio serem caridosos, nem com a própria família ---, o que deixava-a em constante inquietação para que o descobrisse. Tinha que haver algo além do que a contaram.

Contudo, o problema de Rachel era que ela sabia como rebater cada palavra que Sooah a lançava. Em outras circunstâncias, uma adversária formidável, mas naquela, somente uma irritação maior. Por mais que tentasse, não conseguia fazê-la fraquejar. Poucas foram as ocasiões em que encontrara-se impossibilitada daquela maneira e, mais que tudo, odiava sentir que não podia dobrá-la ao seu favor. Precisava de uma vantagem, um ponto de partida, qualquer coisa que a desse a segurança de que Rachel não tornaria-se um peso ainda pior do que já era. Só que aí morava o segundo problema: se não conseguia dobrá-la, como encontraria o que usar contra ela?

Agora, entenda, Choi Sooah não era bisbilhoteira. Geralmente não precisava de mais que suas palavras para desenterrar um podre ou dois sobre alguém, mas tempos difíceis pediam por medidas drásticas, e se precisasse vasculhar o quarto de Rachel para isso, assim seria. Esperara para que a oportunidade aparecesse --- uma tarde em que a outra estaria fora de casa e ela pudesse esvaziar os horários de estudo --- e, quando ninguém mais além dos empregados estava presente, silenciosamente abrira a porta do quarto de hóspedes e começara o cauteloso trabalho de revirá-lo em busca de algo que a servisse.

Tinha o cuidado de colocar de volta os objetos exatamente onde e como estavam, para que nada parecesse suspeito. Ao terminar com as mesas de cabeceira, seguiu para os cabides e as gavetas do guarda-roupa. Porém, enquanto os dedos leves passavam por entre as blusas, o som de passos na escada do corredor cortou sua concentração completamente, sobrando espaço para apenas uma palavra em sua cabeça.

Merda.

O tão rápido e quieto quanto pôde, pôs tudo no lugar e fechou o armário enquanto trabalhava em quais desculpas poderia usar para justificar sua presença. Após uma última olhada pelo cômodo, para certificar-se de que nada estava errado, apressou-se até a porta e segurou a maçaneta --- mas não antes de alguém girá-la primeiro. 

ladies of runaways → 18/?

phxeunah:

              Isso tudo foi um absurdo, um bem grande por sinal. E ainda falaram da minha família… Sinceramente, eu não sei nem de quem tenho mais raiva, de quem ‘tá fazendo isso ou de todo mundo que claramente dá suporte dando atenção pra alguém assim. Eu achava que a maior dor de cabeça que eu teria esse ano seria pelas minhas provas, mas tô vendo que ‘tava errada sobre isso. 

“Raiva só alimenta essas pessoas ainda mais, Eunah-yah. Você tem que mostrar que não se importa, é a primeira regra para que alguém saia do seu pé. Além do mais, tenho certeza que tio e tia já estão trabalhando para descobrir quem é o culpado e desmentir os rumores.”

phxmoonseri‌:

          Não mesmo… E agora podemos ter certeza de que essa pessoa não ‘tava nem perto de estar brincando quando disse que tinha muito mais a expor. Você não está com medo, Sooah?

“Não, Seri-yah, não estou com medo. Ao menos não por mim. Não há nada sobre minha vida que ela possa expor e, mesmo se achar que sim, provarei-lhe errada.”

“Mas e você? Parece abalada com tudo isso.”

phxseojoon:

                           <<  sentado frente a mais velha, as pontas dos dedos esguios fincavam no tecido macio do moletom, o menor dos gestos para aliviar a tensão que sentia. um blog de fofocas sobre os moradores - quando ouviu tais palavras saírem da boca de sua irmã, lhe pareceu um pouco mais que absurdo & lembrava-se de estar recém chegado de Washington, dando pouca importância a noticia & nem ao menos checando tal coisa. estar na mídia não era novidade para si de qualquer forma, seu nome na ponta da língua de praticamente qualquer um na nação que consumia. porém, as postagens sobre a filha dos ahn e o suposto bastardo dos song tinha o desestabilizado mais que a expressão, vazia de qualquer reação, deixava transparecer. o que mais eles poderiam saber? “ —  que comédia.” suspirou fracamente, correndo a mão esquerda por entre suas mechas, agora castanhas novamente. “ —  estamos vivendo algum tipo de seriado? o que vão ganhar com isso? mesmo que seja verdade, se eles tem provas não faz mais sentido arrancar dinheiro do prefeito?”

Sooah libertou um suspiro impaciente. Era a única que estava levando aquela situação a sério? Não percebiam as repercussões que aquelas postagens --- e qualquer outra futura --- causariam na reputação das famílias envolvidas e em seus negócios? Parecia-lhe que, para os outros, não terem sido eles os alvos deixava-os convencidos de que não aconteceria com eles, até, é claro, acontecer. Mas também, que tolice a sua esperar qualquer tipo de julgamento crítico ou racional de um bando de herdeiros mimados. “Seojoon-ssi, pense por um instante. Se isso fosse por dinheiro, eles teriam feito uma chantagem anônima. Acha que ganharam alguma coisa desse teatro? Ou do que fizeram na festa dos Kang?” Ela guardou o celular na bolsa e debruçou-se sobre a mesa, apoiando os braços nos cotovelos e cruzando os dedos das mãos. “Não. Eles não estão interessados em arrancar dinheiro do prefeito, dos Ahn ou de qualquer outro. Querem exatamente o que está acontecendo: todos correndo por aí feito baratas tontas, desesperados para encontrarem um culpado antes que seus podres também sejam revelados.”

phxseohwa:

“tsc, todo mundo tem segredo, mas nós também somos seres humanos com sentimentos. eles precisam mesmo revelar coisas desse tipo como se nossa vida fosse um freak show? só por termos dinheiro?” seohwa respirou fundo, claramente irritada com tudo o que leu naquele blog. “eles não são melhores do que nossos pecados.”

“Hmm... Você não parecia tão sensibilizada assim na festa dos Kang. Como foi que disse mesmo? ‘Eu amo me alimentar da desgraça humana’. Não parece mais tão apetitosa assim quando seu nome pode estar envolvido, não é?” Ela ergueu a sobrancelha em desdém. Pelo menos em meio àquela bagunça podia perceber quem parecia o mais preocupado com ser o próximo. “Mas não acho que eles querem ser melhores do que nós ou nossos ‘pecados’. É quase como se estivessem jogando um jogo. Expor quem acham que merece e ainda se divertir com isso.”

fav kdrama things: style → choi soo ji, the great seducer