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Pescador de poesias.
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Savelha
Minha existência
P
E
S
A
como o peso de mil toneladas de algum peixe insignificante pra venda.
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Text
B
R
A
N
C
O
como a neve nos picos de uma montanha íngreme durante o auge do inverno,
Você me tem e não sabe,
e mesmo não sabendo me deixa habitar em cada detalhe da sua linda existência.
Eu moro nos detalhes da sua barba bem feita e nas solturas da sua personalidade que insiste em irritar todo mundo.
(menos eu).
Eu existo dentro da imensidão do seu corpo definido e do seu coração que é tão grande quanto o contorno que segura sua alma e te mantém de pé.
Quem me dera ao menos uma vez ser notado da forma que desejo para só assim passar de um parasita a um morador fixo do seu corpo morada e do seu coração aconchego.
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Mar revolto
O que assusta alimenta o trauma,
O que traumatiza alimenta o medo.
O ciclo não finda.
É um eterno girar de uma roda gigante que te faz vomitar,
chorar
e tremer.
Vazio intermitente,
existência que sufoca.
O sul,
O leste,
O norte.
O rebojo sufocante e as ondas tormentosas.
Os ventos mudam,
as águas passam,
a lua completa seu ciclo
E eu continuo aqui,
cultivando o ócio e alimentando o medo, morrendo a cada amanhecer e ansiando pela volta dos dias em que a existência não possuia um peso tão avassalador.
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