Quantas chances desperdicei, Quando o que eu mais queria Era provar pra todo o mundo Que eu não precisava Provar nada pra ninguém.

Quase sem querer - Legião Urbana

Sinestesia

Preto. Pra mim essa a “cor” da morte. Não que a morte precise de uma cor para denifi-la, mas preto pra mim seria a representação ideal. Também não é porque ela é uma cor que muitos dizem ser “sombria”, mas sim porque acho que preto não é uma cor. Preto - pelo menos para mim - é a ausência da cor. Se… uma pessoa sinestésica fosse atribuir cores às pessoas com base nas características delas, de certo que ela poderia ver um arco-íris ao andar no meio de uma multidão. Se imaginar no lugar de pessoas que sofrem de sinestesia pode ser difícil, mas se abrir a mente e tentar ver o mundo de outro jeito, talvez você consiga. Logo, se você conseguir se por no lugar de pessoas assim, seu vizinho pode ser azul, vermelho, amarelo e qualquer outra cor que der de imaginar. Por isso, preto pra mim seria uma forma de idealizar a morte. Não falo da cor que estamos acostumados a ver, mas sim a ausência das cores. Uma pessoa só pode ter uma cor quando a alma dela vibra e emite suas variadas cores. Quando uma pessoa morre, a alma se vai. Por isso ela não vai emitir cor, e logo ficará preto. Talvez a sinestesia ainda seja considerada uma “distúrbio mental” por alguns, mas não é uma doença, e nem há cura. A sinestesia faz com que os sinestésicos confudam as sensações (tato, visão, paladar, olfato, audição), como sentir deterninado gosto ao ouvir um som, ou lembrar de uma música ao ver uma cor. Mas, não podemos negar que não deixa de ser algo inexplicável, ao mesmo tempo que se pode dar diversas explicações. Sinestesia não é uma doença. É uma porta da imaginação das pessoas que geralmente fica aberta e se entrelaça com outras sensações, não dificultando a forma como vamos defini-las, e sim, complementando-as das mais diversas formas possíveis. Sinestesia é uma “habilidade” que poucos têm. Mas que para alguns não deixa de ser maravilhosa e única.