marocassmumu​

"acredite, se eu quisesse te seduzir, não poderia me resistir.” os olhos semicerraram ao que ela lhe segura pelo maxilar, querendo passar uma clara mensagem de deboche - mas ele confiava em si mais que aquilo para se abalar. “quanto mais você me maltrata, mais gosto de você, gayoung.” seu sorriso levado não deixava claro se queria provocá-la ou se apenas uma parte de si, masoquista o suficiente, realmente apreciava as patadas que o mantinham ocupado. supôs que fazia sentido, quando amar e não ser amado de volta já era uma dor que lhe afligia, o que poderia ser mais alguns insultos trocados ? "não pense em mim como um amigo, mas uma salvação.“ estendeu as botas na direção da outra, o canto dos lábios içando ainda mais com confiança cega enquanto a ideia tomava conta de si. “oque você prefere? tequila?”

“Tem sorte que é gato.” Não deixou de dizer, uma expressão conformada em seu rosto, superando a vontade de rebater ‘puta merda, e como isso têm funcionado com a Nayeon?’, porque ela podia ser filha da puta, mas não era cuzona — e essas coisas eram bem diferentes! “Ugh, não me force a ser boazinha com você.” Comprimiu os lábios numa careta de nojo. “Ei, ei, ei, eu tenho que cronometrar... Oh-kay, agora vai!” A pausa se deu quando ela focou no relógio de pulso e marcou hora, minuto e segundo, desde que Sunghyun se pronunciou como salvação. Uma diversão anormal pincelava as feições femininas sobre a expectativa da ideia tenebrosa que ele apresentaria — propícia, até, para mascarar o sorrisinho de cumplicidade que surgiu no rosto dela ao ver o próprio arreganhar de dentes do capeta na sua frente. “Não diga que me conhece.” Uma faceta impressionada tomou conta quando ele mencionou sua bebida favorita, mas não era pra tanto, afinal, uma hora os pedidos de Gayoung nos bares na companhia dos amigos entrariam em seu subconsciente. “Mas vamos logo.” Disse, após a memória recobrar onde ela estava. A garota resgatou as botas e as calçou de mal jeito, sem nem amarrar cadarço, então, só para chegar mais rápido ao seu destino, ela enlaçou seu braço no de Hyuk e marchou até o bar, que não era tão distante dali, mas antes mesmo de chegar ela já tinha se livrado do aperto.

“Aquela ali.” Uma vez sentada naqueles bancos altos dispostos no bar, a coreana apontou para uma garrafa bem específica da prateleira, descansando o cotovelo no balcão para usar a palma da mão como apoio para o maxilar. “Tô com fome.” Pensou alto, dando falta, pela primeira vez, do celular, quando pensou em fazer um pedido por aplicativo e não tinha bolso nenhum em suas roupas onde pudesse tê-lo guardado. Podia estar no quarto... mas ela não voltaria pra lá agora. “Me empresta teu celular? Esqueci o meu.”

"É assim que você seduz as pessoas, deixando um chupão bem visível? Isso alguma vez já deu certo?"   A risada saiu alta só para manter o deboche, que não durou muito, porque ela até parou a respiração quando ele chegou muito perto, prestes a perguntar que droga ele estava fazendo. Rolou os olhos com o beijo plantado. "Você sabe mesmo como elogiar uma garota." Pobre da Nayeon, completou em pensamento. Aqueles comentários faziam justamente com que a coreana detestasse marcas explícitas — não que ela achasse que Sunghyun tivesse intenções possessivas, ela sabia que era só provocação. Então ela segurou o rosto masculino com a destra antes que o Lee pudesse se afastar totalmente, a expressão analítica.   "Você tem mesmo aqueles olhos de cachorro vira-lata... É por isso que gosta de marcar território?" Ela lentamente curvou um dos cantos dos lábios para cima antes de virar o rosto alheio para o lado, secando a figura de Hyuk por um rápido momento. "Contanto que essa não seja uma ocasião em que você tenta ser o meu amigo, pode ser." Porque tomar uma e chorar as pitangas com a pessoa que ela tinha feito sexo enquanto ambos pensavam em outras pessoas era demais. Demais até para Gayoung, que não fazia lá as melhores escolhas.   "Vamos, tô louca pra saber quanta merda a sua mente consegue fabricar por minuto."   Concluiu sorrindo, parecendo mega animada, como uma criança num parque de diversões.

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          Não ia esperar nem mais um minuto. Já era ruim o bastante ter cedido a ele, pior ainda seria permanecer naquele lugar para escutar a alegria do casal causador daquela situação. Não que ela fosse uma santa e sentisse que havia sido um erro, ela fazia o que bem queria e estava precisando descarregar. O que a aliviava era saber que não estava passando por aquilo sozinha, e só para abrandar um pouco o próprio sofrimento ela gostava de acreditar que Sunghyun estava mais na merda do que ela estava. No entanto, a garota apenas encostou na parede do corredor porque ainda precisava das botas, senão já estaria longe. “Só pra você saber, essa foi a última vez.” Acrescentou como um P.S. ao fim de uma carta, o tom supersério. Enquanto Gayoung o via continuar a caçada pelos sapatos ela penteava o cabelo com os dedos e o jogava para o lado, tendo alguma dificuldade em retirar alguns fios colados em seu pescoço, quando percebeu um assombreado na clavícula. Baixou o queixo e aí compreendeu que aquele era apenas o indício de um roxo naquela mesma região. “Uma área menos visível é um conceito muito difícil?” Ela solevou as sobrancelhas ao que enviesava os lábios. Era uma regrinha que ela tinha, bem chata, de não gostar de exibir chupões, então ela passou o cabelo todo para o outro lado, para cobrir. Fez uma careta pouco impressionada ante a piscadinha, desdenhosa até — detestava toda a pose pretensiosa dele — mas não deixou de dar uma risada com ele batendo a porta. “No momento estou pensando em sair daqui, então se puder entregar o meu sapatinho de cristal, a princesa ficaria grata.” Devolveu a piscadela. “E os meus assuntos com qualquer pessoa, não só com o Juwon, não são da sua conta.” O que era uma hipocrisia deslavada, ou ela não teria estado com Sunghyun durante as últimas horas. Depois, ela estalou o dedo na testa do garoto.

“desculpa, vou manter isso em mente ‘pra próxima vez.” desafiou ao ter sua atenção chamada pelos roxos lhe cobrindo a pele. gostava de deixar suas marcas, provas que esteve ali & aquilo foi real. não era mágico em nenhuma forma, inda mais com gayoung, porém sentia o controle pulsar nas veias, a diversão preencher o rosto belo ao que ela tentava esconder o chupões e não podia deixar quieto. “mas só 'pra você saber, você fica bem mais bonita assim.” teve a coragem de aproximar-se, e roubar um beijo no pescoço, ainda coberto pelas mechas de cabelo da outra, mas logo se afastou, o perfume que sentia no começo da noite ainda impregnado em si.

“é ai que você se engana, vossa majestade.” continuou a segurar as botas, agora andando pelo corredor com as costas viradas ao seu destino, olhar fixo na garota. “porque não vem comigo tomar alguma coisa e eu explico como podemos nos ajudar? pode pegar seus sapatos de volta também, suponho. mas essa é a parte menos importante.”

marocassmumu​

tinham atingido seus limites naquela noite, com certeza - para chegarem ao ponto de mãos vagando sob camadas de roupa que logo foram descartadas no chão do quarto mais próximo ; era de sicheng , talvez ? de qualquer forma, só lhe importou o desejo que cegava e o ruído nas orelhas ao que a respiração tornava-se cada vez mais ofegante, e esquecia do mundo lá fora. onde estavam presos numa casa de férias com o feliz casal. onde nayeon não o amava de volta. focou apenas em gayoung, nas curvas do corpo, na macieis da pele, no calor irradiando dos dois corpos unidos como um, as marcas deixadas para trás entre as coxas & próximo da clavícula. 

até que tudo acabou, e lembrou-se que eles deviam se odiar. “estão por aqui,” antes de poder terminar, viu seu sinal para fazer silêncio & o obedeceu com as sobrancelhas franzidas, resgatando o suéter do chão. “espere por mim.” engoliu em seco no prospecto de ter de ficar e ouvir algo como aquilo, um frio nojento na boca do estômago se instalando. “aqui ‘tão suas botas.” ainda que as tivesse achado, segurou pelos cadarços sobre o ombro esquerdo, um sorriso ladino & uma piscadela na direção da menina que agora andava descalça. fechou a porta estrondosamente, tentando interromper se pudesse - claro, era egoísta, juvenil, e bla, bla, bla, - porém, sung hyun não era conhecido por ser maduro no departamento romântico. “já pensou em fazer alguma coisa sobre seu amor por ele?”

          Não ia esperar nem mais um minuto. Já era ruim o bastante ter cedido a ele, pior ainda seria permanecer naquele lugar para escutar a alegria do casal causador daquela situação. Não que ela fosse uma santa e sentisse que havia sido um erro, ela fazia o que bem queria e estava precisando descarregar. O que a aliviava era saber que não estava passando por aquilo sozinha, e só para abrandar um pouco o próprio sofrimento ela gostava de acreditar que Sunghyun estava mais na merda do que ela estava. No entanto, a garota apenas encostou na parede do corredor porque ainda precisava das botas, senão já estaria longe. "Só pra você saber, essa foi a última vez." Acrescentou como um P.S. ao fim de uma carta, o tom supersério. Enquanto Gayoung o via continuar a caçada pelos sapatos ela penteava o cabelo com os dedos e o jogava para o lado, tendo alguma dificuldade em retirar alguns fios colados em seu pescoço, quando percebeu um assombreado na clavícula. Baixou o queixo e aí compreendeu que aquele era apenas o indício de um roxo naquela mesma região. "Uma área menos visível é um conceito muito difícil?" Ela solevou as sobrancelhas ao que enviesava os lábios. Era uma regrinha que ela tinha, bem chata, de não gostar de exibir chupões, então ela passou o cabelo todo para o outro lado, para cobrir. Fez uma careta pouco impressionada ante a piscadinha, desdenhosa até --- detestava toda a pose pretensiosa dele --- mas não deixou de dar uma risada com ele batendo a porta. "No momento estou pensando em sair daqui, então se puder entregar o meu sapatinho de cristal, a princesa ficaria grata." Devolveu a piscadela. "E os meus assuntos com qualquer pessoa, não só com o Juwon, não são da sua conta." O que era uma hipocrisia deslavada, ou ela não teria estado com Sunghyun durante as últimas horas. Depois, ela estalou o dedo na testa do garoto.

         Como podia ser odioso passar qualquer momento com Sunghyun, Gayoung pensava, enquanto saía do banheiro e ajeitava a saia no quadril, mas em alguns momentos ele até que podia prestar para alguma coisa. "Viu as minhas botas?" Perguntou quando deu uma olhada geral pelo quarto e não as encontrou a princípio, congelando no lugar por um momento quando pareceu ter escutado alguma coisa. Ela franziu o cenho, ergueu o indicador para fazer gesto de silêncio e gradativamente encostou o ouvido na parede de onde o barulho era mais alto — aí ela identificou os gemidos. "Ok, eles estão transando. Tô oficialmente saindo daqui. Devolva as minhas botas depois. Adeus." Ela sorriu falsamente e andou em rumo à porta.