old but (g)old

Gostar de algo que depois vai embora é no mínimo uma das coisas mais dolorosas que existem. A gente se apaixona por detalhes que geralmente nunca ficam. A gente se apaixona pela forma como é tratado, e quando vai embora parece que um pedaço de paz, serenidade, sensação boa saiu de você. A gente gosta do beijo na testa, do abraço apertado, das conversas fofas, de ganhar um chocolate no pagamento, de elogiar e ser elogiado, de ficar ansioso ao ver a pessoa, de ficar até tarde com ela mesmo que no outro dia vai acordar cedo, e acordar com o cheiro da pessoa em você. Por que tudo isso vai embora quando o comodismo chega, já que todos dizem que amor é regado todos os dias? Amar alguém é ser grato pela pessoa estar com você dia após dia e tenho medo de perceber que não recebo mais essa gratidão, que não é mais grato por mim. Tenho medo de não ter mais sentimento da outra parte, mas que se não tiver que pelo menos vá sem machucar tanto quanto foi a última vez. Eu percebi que a cada vez mais eu tenho medo de relacionamentos porque cada palavra dita mesmo na raiva, causa uma destruição na minha cabeça e mágoa no meu coração. Sinto que a coisa leve fica pesada. Às vezes porque é difícil se relacionar, não conseguimos aceitar certas coisas, ou talvez porque aceitamos até demais ao ponto de ser doloroso pelo fato de no final não se reconhecer mais, e palavras cortam meu coração demais, mas do que qualquer agressão. Eu aprendi a amá-lo do meu jeito todo meloso de dia após dia demonstrar isso, e tudo bem ele não ser assim, mas um dia foi, e é isso que me faz chorar. Por pensar que talvez eu tenha mudado isso, talvez era só pela conquista, e depois se acomodar porque se tornou algo concreto. O que sempre tentei dizer é que não existe nada concreto para alguém que vive afogada em inseguranças.  Talvez o meu destino é ser sozinha e arrumar um gato que pelo menos queira minha companhia, porque nem o meu quis, assim como todos os outros caras que sempre foram ao conviver. No fundo eu sempre soube disso em alguns casos, mas me questiono se sempre todas as vezes eu fui a única errada.

É bizarro ver a ''evolução'' em cada texto. Não em qualidade, pois não acredito que tenha, mas sim em sentimentos. Criei o meu blog para escrever novas histórias em cada passo meu. Mas eu percebia (e está escrito isso em um texto de 2015) que eu só olhava para trás enquanto continuava caminhando de alguma forma para alguma direção que não sei até hoje qual é, isso me acompanha até hoje. É diferente olhar cada ano e ver como tudo mudou mesmo que eu caminhava sem olhar pra frente. Hoje vejo que não é só meus olhos que não enxergam de longe, mas que meus sentimentos também não. Cada passo pra frente não consigo mais ver o que ficou lá atras porque já está distante demais e não consigo mais nem visualizar. Não consigo usar óculos na vida real, detesto, mesmo com problemas de visão há 6 anos e dois óculos na bolsa, nunca vi necessidade em enxergar de longe, e a minha vida me mostrou isso também. Que em cada trajetória que via algo de perto, me mostrava que é preciso só olhar para a frente, e o que está ali, e não forçar mais a minha visão em algo que a unica certeza que tenho é que está embaçado.

Live do Esteban hoje.

Sentir falta é diferente de sentir saudade. A saudade bate, agonia, estremece. A falta congela, chora, entristece. A saudade é a certeza que a pessoa vai voltar. A falta, é o querer ter de volta, mas saber que não vai ter.

Tati Bernardi. (via pequenaslembrancas)

Vou usar mais isso aqui

Gostar de algo que depois vai embora é no mínimo uma das coisas mais dolorosas que existem. A gente se apaixona por detalhes que geralmente nunca ficam. A gente se apaixona pela forma como é tratado, e quando vai embora parece que um pedaço de paz, serenidade, sensação boa saiu de você. A gente gosta do beijo na testa, do abraço apertado, das conversas fofas, de ganhar um chocolate no pagamento, de elogiar e ser elogiado, de ficar ansioso ao ver a pessoa, de ficar até tarde com ela mesmo que no outro dia vai acordar cedo, e acordar com o cheiro da pessoa em você. Por que tudo isso vai embora quando o comodismo chega, já que todos dizem que amor é regado todos os dias? Amar alguém é ser grato pela pessoa estar com você dia após dia e tenho medo de perceber que não recebo mais essa gratidão, que não é mais grato por mim. Tenho medo de não ter mais sentimento da outra parte, mas que se não tiver que pelo menos vá sem machucar tanto quanto foi a última vez. Eu percebi que a cada vez mais eu tenho medo de relacionamentos porque cada palavra dita mesmo na raiva, causa uma destruição na minha cabeça e mágoa no meu coração. Sinto que a coisa leve fica pesada. Às vezes porque é difícil se relacionar, não conseguimos aceitar certas coisas, ou talvez porque aceitamos até demais ao ponto de ser doloroso pelo fato de no final não se reconhecer mais, e palavras cortam meu coração demais, mas do que qualquer agressão. Eu aprendi a amá-lo do meu jeito todo meloso de dia após dia demonstrar isso, e tudo bem ele não ser assim, mas um dia foi, e é isso que me faz chorar. Por pensar que talvez eu tenha mudado isso, talvez era só pela conquista, e depois se acomodar porque se tornou algo concreto. O que sempre tentei dizer é que não existe nada concreto para alguém que vive afogada em inseguranças.  Talvez o meu destino é ser sozinha e arrumar um gato que pelo menos queira minha companhia, porque nem o meu quis, assim como todos os outros caras que sempre foram ao conviver. No fundo eu sempre soube disso em alguns casos, mas me questiono se sempre todas as vezes eu fui a única errada.