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marialuizadecastro · 5 years
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Arctic Monkeys: impressões amadurecidas e o que eu espero do futuro
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Proibida a reprodução da imagem sem autorização prévia. Arctic Monkeys, Lollapalooza, 2019. Por: Maria Luiza de Castro.
Exatamente há um mês, eu voltei ao Autódromo de Interlagos, após duas idas consecutivas ao Lollapalooza, com intuito de assistir, pela segunda vez, o show de uma das minhas bandas favoritas: Arctic Monkeys.
Meu interesse pela banda tinha dado uma esfriada - talvez devido ao hiato - mas, ao saber da vinda dos caras pro Brasil, não teve jeito: fui lá, comprei o bendito ingresso e, no dia 05 de abril, me mandei pra São Paulo.
Não me arrependo, isso eu garanto. Mas, hoje, sei que esperava um pouco mais. Não que o show não tenha sido intenso, eletrizante e delicioso. Mas, cara, em algum momento, entre o êxtase pós-show e a volta à realidade, me questionei: em que momento a turnê do Tranquility Base Hotel & Casino (que, por sinal: que álbum fantástico!) se tornou TÃO parecida com a turnê do AM?
Veja bem, eu acredito fortemente que a estética e desenvoltura de um álbum se refletem no modo como uma banda se porta perante seu público. Isso quer dizer que sim, eu esperava um tiquinho mais da aura de mistério advindas do Tranquility e, claro, Alex Turner vestindo um bendito terno.
O setlist, apesar de impecável - em questão de variabilidade, hits e músicas estrondosas -, poderia refletir, de maneira mais profunda, a estética do álbum. OK, deve ser difícil montar um setlist que não deixe os fãs na mão - afinal, nem todo mundo ali já viu os caras um outra vez - e que também não te desagrade, mas, rapaz, é possível. Ainda mais quando falamos de uma banda consolidada, com muitos anos de carreira e seis álbuns lançados.
Claro que minha argumentação pode cair por terra se pensarmos que, puts, os caras vieram prum festival, tem que diversificar a setlist, tem que agradar gregos e troianos. Mas eu não aceito. Quem estava ao meu lado, estava ali porque conhecia. Não é por menos que sexta-feira foi o segundo dia com maior público do Lolla deste ano. Não é por menos que a banda foi um dos headliners.
Para mim, este show foi a chance de escutar, ao vivo, Cornerstone e Pretty Visitors, duas músicas fantásticas que, honestamente, poderiam permanecer pra sempre na setlist. É possível mesclar passado - 505 e Knee Socks - com o presente - Star Treatment e TBHC - sem perder o passo e a atenção do público.
O que eu espero do futuro?
Que Alex Tuner & cia não desassociem a estética do álbum da estética do palco. E, meus caros: JOGUEM A SETLIST FORA. E, depois, renovem-na. Deixem os clássicos do passado - tal qual I Bet That You Look Good on the Dancefloor - como surpresinha, num show aqui e acolá. Porque a gente já entendeu que vocês todos cresceram e estão numa nova fase da vida, então, é claro, algumas músicas já não combinam mais com essa nova fase. E não tem problema algum, sinceramente. Continuem entregando um show eletrizante, músicas bem feitas, riffs impecáveis e jogos de luz imbatíveis. Para nós, isso basta.
E, por último, mas não menos importante: Chegou o momento de Alex Turner investir numa carreira solo? A resposta fica sua conta.
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marialuizadecastro · 9 years
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"Sambinha bom, é esse que traz de volta Que é só tocar, que logo você quer voltar" ❤
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marialuizadecastro · 9 years
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marialuizadecastro · 9 years
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