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malfoydr4co · 1 year
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pcnsyp​:
“Sim, sim você é idiota. Idiota pra cacete, porque você acha que pode escolher qualquer coisa por mim. Eu te disse que faço parte disso agora, eu preciso estar lá. Eu ia finalmente me provar, caralho.” sempre fora assim, competitiva, queria se provar melhor, maior. Talvez fosse um complexo de superioridade afetado pela sua baixa estatura. Talvez fosse a forma que havia sido criada, em que ela teria de mostrar o mundo que ela era perfeitamente poderosa e capaz. “Ter lidado com aquilo. A primeria de muitas. Isso não vai acabar ali, você acha o quê? Que eu vou me esconder em todas as oportunidades? Que vou fugir de todas as batalhas? Eu tenho que defender o meu lado. Se você não tem um, fuja e pronto, só não decida por mim.” ela preferiu não responder sobre Matthew. Não era como se ele tivesse falado muito sobre aquele assunto para ela, pelo que sabia, era seu irmão o grande devoto ao lorde das trevas. Mas ela teria de dar apoio, era o que os pais haviam dito. Portanto, ela daria. Não entendia qual era o grande problema que Malfoy estava demonstrando ter com o casamento, mas toda vez voltava a isso. E ela não continuaria a discutir. Estava prestes a falar qualquer merda sobre os Burke, quando a fala seguinte veio, e o riso irônico acompanhou. “Dois feitiços de defesa” ela balançou a cabeça. E por um segundo, conforme ele ia falando, perguntou-se se ele acreditava em seu potencial. Claro, Pansy não via o cenário completo, não sabia o que significava apoiar de fato o Lorde das Trevas e ser uma comensal da morte. Não sabia tudo que estava abdicando e no que estava entrando. Mas ouvir ele dizendo aquilo lhe incomodava mais do que deveria - provavelmente porque se importava com a opinião dele, com o que ele pensava, com o que ele achava de si. “Se me acha tão incapaz assim, devia ter me deixado pra morrer, ao menos estaria fazendo o que eu acredito” Pansy era uma máquina de reproduzir falas feitas, mas nunca havia refletido de fato, no que acreditava. Era mais fácil levantar uma bandeira que todos esperavam que ela levantasse, ao invés de pensar por si só. “Ah não? Se trata do que então? De fugir ou morrer? São as duas únicas opções?” ela perguntou com os olhos chegando a brilhar - quase marejavam. Ele realmente não achava que ela fosse capaz? Será que mais pessoas achavam isso? Será que era uma piada nacional? Deu uma risada, dessa vez sem qualquer humor nela. Virou-se de costas caminhando ate um móvel na mansão e apoiou as mãos ali. “Ótimo, bom saber que a questão era na sua frente” ela assentiu e balançou a cabeça “Você faz com que as coisas pareçam sempre exageradas. Você faz parecer como se eu fosse uma idiota que não sei me cuidar.”
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um lado de draco agradecia mentalmente por estar em casa, seguro, vivo. o outro, porém, se arrependeu de ter trazido pansy consigo. aquilo tudo era realmente uma decisão dela e, se o desejo alheio fosse aquele, ele não devia ter feito nada. o fato é que ele fora impulsivo, tudo foi impensado: no primeiro momento em que viu a mulher sacando a varinha, apenas a puxou consigo para sua própria casa. draco pensou por um segundo enquanto ela falava diante de si, talvez o problema fosse ele, talvez fosse covarde demais pra apenas deixar a amiga morrer com suas próprias escolhas. era difícil para ele desapegar da vida que tinha antes do retorno do lorde das trevas; dividiu a vida com a parkinson, na escola e fora dela, até treinavam quadribol nas horas vagas e divertiam-se em momentos de uma vida normal adolescente. perder aquilo, aquelas lembranças, aquela companhia, provavelmente tornaria tudo pior para si próprio. o sentimento de culpa, de que poderia ter feito algo para ajudá-la, era um fardo pesado demais sob seus ombros. ele era um puta de um egoísta. e então, naquela altura da discussão draco se arrependeu: ele sabia bem que pansy era irredutível em suas crenças e atitudes, por isso entendia o que ela queria dizer. todavia, acreditava veemente que isso não era uma justificava para a amiga por em risco a própria vida. "provar o que, garota?" riu, sem humor. "você não tem nem ideia do que está fazendo, só está nisso porque acha que deve, acha que precisa provar qualquer merda pra eles!" do sofá, a encarava irritado, cansado daquele dia e, principalmente, daquela conversa. odiava profundamente o fato de que ela não confiava em si, não o ouvia, nem quando falava muito sério, quase como agora. "eu não acho você incapaz e você sabe disso." suavizou a voz porque sabia como a amiga se sentia, já conversaram sobre isso antes, há alguns anos na escola. e a suavidade que carregou por alguns segundos, se esvaiu enquanto a ouvia. "o que eu acho é que você não sabe onde está se metendo e só está seguindo ordens idiotas. ou você acha o quê? que vai brincar de casinha enquanto todo o resto do mundo está um caos permanente? eles só querem mais uma escrava, não seja idiota." draco levantou-se do sofá, visivelmente irritado e caminhou na direção dela. os rumos daquela conversa eram os piores, mas agora pouco importava. "sim. é exatamente isso, essas são as opções que você tem. e as coisas são exageradas, pansy. só você não percebeu isso ainda." massageou a têmpora com a mão direita, como se aquilo fosse lhe salvar agora. tentou respirar fundo, implorando ao seu lado racional que o impedisse de seguir falando coisas que não devia. sabia que aquela era uma discussão sem sentido, já que ela faria o que quisesse depois de ouví-lo. "não é sobre você não se cuidar, é sobre fazer coisas que você não quer, é sobre desistir dessa vida que você tanto quer, é sobre estar pronto pra coisas muito piores do que invadir o ministério." esticou o braço esquerdou e puxou a manga da camiseta preta pra cima, expondo a marca. "o quanto você acha que eu já não abdiquei por causa disso?" draco quase cuspia as palavras. "por que você acha que eu ando nesse estado deplorável?" estava prestes a continuar falando, mas hesitou sabendo que só pioraria tudo aquilo. não era o momento para falar da sua própria vida, tão pouco queria fazê-lo, por isso somente a encarou.
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malfoydr4co · 1 year
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drew starkey giving boyfriend energy for nine photos straight 🎞️
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malfoydr4co · 1 year
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he hates to do that. depois da prisão-não-planejada de seu pai, draco assumiu algumas funções extremamente burocráticas, e desnecessárias, que antes eram de lucius. neste momento, tinha a ordem expressa de você-sabe-quem para que fosse pessoalmente a borgin e burkes buscar um objeto incomum e muito provavelmente amaldiçoado. o herdeiro dos malfoy caminhava de forma tranquila, as mãos no bolso da calça escura fingiam um andar quase despreocupado. da mesma forma, as luzes baixas da travessa do tranco garantiam a si certo tipo de sigilo e o clima de medo e caos do mundo bruxo contribuiu para que não houvesse ninguém por ali naquela noite suavemente fria. foi então que draco ouviu alguns passos no ambiente, a mão direita no bolso agarrou a varinha, por um instinto, e olhou de soslaio para a pessoa atrás de si. ele esperava qualquer um naquele lugar, menos ela. a voz feminina foi o gatilho para que ele interrompesse sua caminhada e virasse para encará-la. "well, on the other hand, i can say it's a hug surprise to find you here." e o sorriso sarcástico, característico dele, estava ali.
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she should’ve known better really. mas ultimamente sua impulsividade parecia disputar um espaço acirrado com sua racionalidade. um hábito certamente adquirido após passar tanto tempo na companhia de ronald weasley e harry potter. naquele momento, entretanto, não estava na companhia de nenhum dos dois e sim, na de um fantasma de seus tempos em hogwarts. avistou aquela cabeleira loira cujos passo era acompanhado – de longe, mas no mesmo ritmo – pelos seus próprios. E talvez fosse apenas hábito, não aconselhável, mas ainda assim hábito. que optasse por segui-lo crente de que estaria o mais próximo possível de algo errado. o pai dele estava em Azkaban, seria realmente tão estranho suspeitar da existência desse algo errado? após alguns segundos fazendo exatamente isso e sem nenhuma atitude suspeita aparente sua intuição gritou que talvez fosse a hora de se revelar. poderia estar, afinal, entrando em uma armadilha ❝   wonder why i’m not surprised to find you here of all places after everything  ❞
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malfoydr4co · 1 year
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"ah, eu sou idiota?" massageou as têmporas, exausto de uma conversa que sequer havia começado. encarava a mulher enquanto ela falava, sem expressão aparente, além do cansaço estampado em seu rosto. sabia bem que pansy lhe diria tudo que quisesse, no fundo talvez estivesse certa, afinal ele havia agido tão somente por impulso. "você poderia ter lidado?" perguntou, sarcástico como de costume nas ocasiões em que conversava com a parkinson sobre esse tópico. "lidado com o que, exatamente?" se jogou no sofá atrás de si, agradecendo a própria consciência por pensar em trazê-los para sua casa naquela confusão. "o que o seu noivinho de merda te contou?" draco provavelmente odiaria qualquer um que a fizesse vender sua vida aquela causa. mas ele sabia muito bem o que era não ter opção também. "e com qual dos…" a pausa era proposital, fingindo tentar lembrar a informação que queria dizer, o malfoy sabia ser rude quando queria. "hmm, dois feitiços defensivos que você sabe?" riu pelo nariz, consciente que ela ficaria mais irritada com aquilo, mas não se importava. também tinha o direito de falar, afinal. "você acha o quê? que não tem gente boa o suficiente do lado de lá também? gente muito mais forte que você? que eu?" draco a encarava sério enquanto perguntava e, por um segundo, se deu conta que durante todo o tempo de amizade dos dois não lembrava-se de um momento em que havia agido assim, inexpressivo. eram tempos diferentes, de qualquer forma. "pansy, você não tem a menor ideia de onde está se metendo, pode ouvir o que eu digo uma vez nessa sua vida? não se trata de cumprir papel, de dar conta." ver a cena da amiga frustrada por não ter participado do ataque, com toda certeza, o irritava ainda a mais. "você tá se enfiando na sua própria cova!" disse ríspido, já não se importava mais em manter o tom neutro com a amiga, ela precisava saber o que estava acontecendo, para enfim parar de agir como uma idiota. "eu só não queria que você morresse na merda da minha frente, mas se quiser, pode voltar." e deu de ombros, encarando-a.
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this is a starter with @malfoydr4co
“Você é idiota ou o quê?” Ela falou alto quando o corpo parou dentro da mansão Malfoy, depois de ter aparatado junto a Draco. Seu coração batia forte: havia acontecido coisa demais. Os ataques começaram no baile de forma inesperada, a guerra se mostrou pegando fogo bem diante de seus olhos, e ela sabia que precisaria tomar um partido. Sabia que precisaria mostrar apoio aos comensais, sabia que tinha de estar ali. Seu noivado dependia disso - logo, seu status e sua qualidade de dia dependiam disso. E Draco sabia disso. Draco sabia que as coisas não eram tão simples, que ela não estava mais livre, porque ela não tinha mais a vida que sempre tivera. Ainda assim, o amigo havia a tirado de la no meio do conflito, como se ela houvesse fugido. “Eu não sou uma medrosa ou uma fracote, Draco, eu podia ter lidado com aquilo. Eu não queria fugir, eu não queria sair correndo desse jeito.” Ela falou mais alto, franzindo o nariz em seguida “Você acha isso de mim? Acha que eu não ia dar conta dessa porra?” Ela foi aumentando o tom de voz, aproveitando que aparentavam estar sozinhos ali. Ela puxou as mechas de cabelo presas em um penteado alto por conta do baile e os soltou de uma vez. “Eu tinha que ter cumprido meu papel. Eu daria conta, Malfoy” ela disse pegando os próprios saltos e os jogando no chão em seguida: estava claramente frustrada e não sabia lidar com suas próprias frustrações. Pansy era mimada e controladora - quando as coisas saíam do planejado, o estresse se apresentava de forma impulsiva, explosiva.
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malfoydr4co · 1 year
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se, nesse momento, draco fosse fazer uma lista de pessoas que conseguiriam acabar com a sua tranquilidade, sem dúvidas seamus estaria nela, talvez no topo. para além de provocações em hogwarts nos anos que compartilharam o mesmo teto, o fato de finnigan também estar presente no ministério, como um igual, era quase uma afronta. draco não tem dúvidas que o outro sempre fora um aluno medíocre, não entre os piores, mas também nunca entre os melhores; e por exatamente esse motivo, ele não deveria estar ali. apenas os mais bem colocados nos exames se qualificariam, os anos de treinamento foram cansativos até para si próprio. portanto, vê-lo diariamente carregando um emblema de auror era desgastante. "você?" um sorriso irônico tomou conta dos lábios do loiro. "concordo" deu de ombros, sabendo que nada de bom viria daquela conversa, principalmente nesse momento. "posso ajudar com isso." o malfoy sabia que seria de extrema deselegância sacar a varinha no meio de um salão lotado do ministério da magia, por isso apenas ofereceu ao outro um aceno com a cabeça.
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ANTES DO PLOT DROP
Paciência não era um dos dons divinos dados a Seamus, por isso ele nunca conseguiu se dar bem com @malfoydr4co e não se dar bem era quase eufemismo, na época de escola era um dos poucos que se batia de frente com Draco e não se intimidava pelo mesmo - ou talvez só fosse sem juízo, ao menos era o que diziam as más línguas - então era fácil encontrar os dois soltando farpas ou até em alguns casos mais extremos as varinhas sendo pressionadas contra a garganta um do outro. Finnigan detestava o Malfoy. Malfoy detestava Finnigan. Ainda assim, para o desprazer de ambos, trabalhavam juntos agora no Ministério da Magia. Seamus não confiava em Draco, tão pouco acreditava que o mesmo o vissem como alguma ameaça mas isso não o impedia de soltar veneno entre as palavras vez ou outra. Por isso assim que viu o outro um pouco próximo disse em um tom alto o bastante pra que ele escutasse fingindo estar distraído e falando sozinho. ━ Some people deserve shooting. ━ Podia estar se referindo a qualquer um ali ou no mundo mas o outro saberia que era pra ele o ataque gratuito. Ironicamente, Seamus sempre se sentia uma cobra perto daquele que pertencia a casa das mesmas.
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malfoydr4co · 1 year
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milliesente​:
“- Me assusto desde que você está escondido num corredor escuro, aonde eu planejava me esconder, Malfoy! - ” a garota fingiu raiva ao dizer o nome do amigo, enquanto batia de leve no braço dele, mas logo um pequeno sorriso se pôs no rosto de Millicent. Finalmente alguém que ela, ao menos, suportava naquele baile. “ - se você analisar com afinco e de alguns ângulos, você pode se tornar algo bem ruim de se ver, eu tenho quase certeza disso. - ” ela balançou a cabeça para os lados, fingindo olhar diferentes ángulos do garoto loiro, com as mãos postas em um retângulo, como se tirasse foto. Soltando um riso baixo, ela abaixou os braços e se aproximou dele, analisando a noite pela janela. “ - Também está cansado de todo o barulho lá de dentro? Acho que meu rosto está dormente de tantos sorrisos falsos que dei na última hora. - ” Milli fez leve carinhos nas bochechas enquanto falava, numa espécie de massagem.
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"se esconder? de quem?" correu os olhos para os lados e também atrás dela, no primeiro momento pensou que alguém tivesse a perseguindo. talvez ele estivesse um tanto paranoico. "você acha?" perguntou com as sobrancelhas franzidas, mas a expressão levemente divertida denunciava sua verdadeira reação à fala alheia. "tenho certeza que isso não é verdade." o tom foi provocativo de forma quase automática, e com uma das mãos desmanchou o retrato imaginário que ela criara. "estou cansado de tudo isso desde que cheguei aqui." concordo com ela e deu de ombros, claramente desinteressado pelo assunto. "mas nem por isso saí correndo pra me esconder." encarou-a com a feição desafiadora, comum entre eles na época escolar. por estar alguns anos à frente, mas na mesma casa, comumente a encontrava pelos corredores e fazia uso de alguma provocação. "recomponha-se, bulstrode."
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malfoydr4co · 1 year
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alimentar um diário era, além de extremamente perigoso, um alívio. a confusão mental parecia menos pior quando a escrevia, tal ato o ajudava a organizar os pensamentos, além de renovar o personagem que mantinha dia após dia. e bem, depois do dia ontem, certamente precisava pensar quais seriam seus próximos passos.
March 16, 2002.
as coisas já estavam uma merda o suficiente e não havia a necessidade do dia de ontem sequer ter acontecido. às vezes, penso que os dias de paz antes de tudo isso eram um delírio, uma memória plantada na minha cabeça por algum feitiço muito bem feito, já que o passado parece tão vívido. às vezes, me lembro quando minha única preocupação era ser o melhor da turma, entrar em um clubinho seleto de algum professor, jogar quadribol e aplicar detenções aos alunos dos quais eu não gostava. às vezes, também, me sinto ingênuo por pensar que teria um futuro como qualquer outra pessoa, me sinto impotente por saber que, mesmo querendo, não poderia só ser um jogador profissional ou dar aulas de feitiço. não nessa realidade, não nessa encarnação. meu próprio pai entregou minha vida ao seu objetivo irracional e provavelmente havia feito o mesmo com a minha mãe. todavia, não posso dizer que o odeio, já que por boa parte dessa minha existência medíocre, eu sonhava que ele me elogiasse, me admirasse, se orgulhasse de mim. talvez por isso nunca o contrariei, talvez por isso sempre segui o que me foi ordenado, fiz além do que me fora pedido. a verdade é que eu nunca fui consultado sobre qualquer um desses planos pra mim. apenas os segui tão cegamente que talvez eu merecesse o mesmo destino que ele nesse momento: azkaban. pra ser sincero, me pergunto o que é pior, os dementadores sugando minha alma dia após dia, ou a pressão esmagadora que agora pesam sob meus ombros, tem dias em que gosto de pensar que a prisão não seria tão ruim assim. ao menos, o tal do lorde das trevas não estaria lá.
eu sabia que tudo aquilo ia acontecer, eu havia recebido ordens muito claras de meu pai sobre o que eu deveria fazer: me juntar a eles quando o portal fosse ativado, conseguir a profecia, sair ileso e voltar para casa. nunca tive problemas para apontar a varinha para ninguém, mas ainda me faltava coragem para ferir, torturar, matar. nesses anos todos depois da escola, encontrava alguma forma de fugir dessas atividades, não me parecia razoável fazê-los. talvez eu fosse um covarde mesmo, não me sinto como eles. quando vi pansy sorridente, puxando a varinha e indo ao encontro dos comensais, meu primeiro impulso foi puxá-la pelo braço e aparatar para fora dali. ela era tão ingênua e idiota, sempre tão impulsiva, se entregando de corpo e alma a algo que ela não sabia como era. se ela talvez soubesse de um porcento de tudo que vem acontecendo, tenho certeza que não estaria tão animada com o caos que se aproxima. e eu sabia que pagaria por isso, por não ter me juntado a eles, talvez não houvesse uma nova chance. afinal, eu já estava sob a mira dele há algum tempo.
os próximos dias serão um pesadelo, tenho sorte se não for morto pelo lorde das trevas. na verdade, penso que talvez a melhor opção fosse morrer. ele não entra na caminha cabeça, mas é como se o fizesse. não me reconheço mais à frente do espelho, já não me sinto vivo. não quero ser obrigado continuar pagando por deslizes e erros que não são meus, não quero mais carregar o fardo dessa marca, não quero mais ter a vida controlada por eles. mas não há mais nada que eu possa fazer além de seguir vivendo nesse inferno. mas e depois dele matar o potter, de dominar tudo, o que vai acontecer? que maldito futuro nos aguarda? um caos sem fim sob ameaças constantes? morte para todos os lados? parece terrível, mas esse já é o presente pra mim. minha cabeça é um lugar sombrio, escuro e cada vez mais confuso.
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malfoydr4co · 1 year
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em um dos poucos momentos ue draco conseguiu fugir da agitação do evento, descansava em uma parte pouco iluminada do corredor. foi quando os olhos semicerraram ao ouvir a voz feminina e aguda que invadiu o ambiente: "não precisa gritar!" rebateu de pronto, ele não sabia quem era até que encarou a figura feminina próximo de si. "desde quando você se assusta quando me vê? tenho certeza que não estou tão ruim assim" riu baixinho, convencido, voltando a encarar a janela e a noite fora do ministério.
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Sorrisos falsos para cá, palavras simpáticas para lá, falso interesse em conversas totalmente desnecessárias. O papel de filha perfeita, para o agrado de seus pais, mas para ela, uma infelicidade tremenda.
O desejo de Millicent era tão grande que fugir daquelas interações sociais, que quando teve a primeira oportunidade, a primeira coisa que fez foi pedir licença para ir ao banheiro e se esgueirou pelo primeiro corredor escuro que pode! Com um suspiro de alívio quando não avistou ninguém a seguindo, a mesma arrumou a postura, deu alguns tapinhas no vestido, como se fosse para limpar a falsidade que carregava com ela, a mesma se pôs a andar pelos corredores em silêncio. O barulho do baile estava ao fundo, e isso a deixou aliviada. A anos havia deixado de ser uma garota extrovertida, e se tornou muito mais reclusa, então o silêncio era quase como algo prazeroso. Estava perdida em seus próprios devaneios de como gostaria de estar em casa, que quando sentiu-se esbarrar em algo, o susto foi tão grande que um leve gritinho agudo fugiu de sua garganta.  “ - PELAS BARBAS DE MERLIM! - ” 
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malfoydr4co · 1 year
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"mas realmente é muito mais fácil falar, eu só 'tava aproveitando minha oportunidade de ser um palestrinha." riu enquanto girava o copo com gelo e algo-que-lhe-foi-servido e ele não tinha a menor ideia do que era, em sua mão direita, tentando divertir-se com a amiga por um breve momento. "sinceramente, acho que você pode deixar de tentar e usar alguns dos feitiços que te ensinei, são muitos bons." deu de ombros ao se gabar, lembrando de quando eles acordaram em um ajudar o outro: ele ensinando algum tipo de defesa à ela, e ela já havia o ajudado quando se meteu em confusão com um grifinório do sétimo ano. "tem certas coisas que não valem muito a pena serem relevadas." falou com um sorriso falso, como se ele próprio já não tivesse relevado coisas demais só naquela noite. "e sim, você é péssima fingindo qualquer coisa."
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@malfoydr4co​ says:  ❛  never run back to what broke you.  ❜
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“Essa é uma daquelas coisas que você diz e eu sempre penso que é mais fácil falar do que fazer.” Riu baixinho, enquanto encolhia os ombros. Estavam do lado de fora do salão, conversando de forma discreta, como costumavam fazer. Depois de um acidente bastante sério no qual Draco se envolveu e a obrigara a fazer de tudo para conseguir salvá-lo. Lembrava-se de precisar utilizar tudo que sabia de magia curativa naquela longa noite. Após isso, começaram a conversar e Hannah percebeu que haviam várias facetas do Malfoy que ela não conhecera em Hogwarts… Facetas estas que o faziam uma pessoa completamente diferente e que ela não precisava temer. Sentia muito que ele não pudesse mostrá-la para todo mundo. “Eu tento o tempo inteiro não voltar para aqueles sentimentos que me deixavam mal na época da escola, mas quando eu menos espero os gatilhos estão de volta e eu começo a lembrar. Não sou boa fingindo que não me importo. Dá para ver na minha cara quando estou incomodada mesmo que eu não diga nenhuma palavra.”
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malfoydr4co · 1 year
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gincvrs​:
um sorriso travesso apareceu nos lábios da weasley mais nova mais uma vez quando ele lhe perguntou sobre o que ela tinha certeza e ela vagou os olhos pelo rosto dele antes de desviar o olhar e comentar. ‘eu tenho certeza de que você me acha gostosa’ ela disse dando de ombros, não tinha o menor pudor em fingir que não se achava bonita ou algo assim, ela não precisava fazer de conta de que não era apenas para receber atenção. ‘eu sei… e eu preciso dizer o mesmo para você, sabe? não tenho mais 13 anos’ comentou com uma piscadela, esperava que ele entendesse exatamente o que ela queria dizer com aquilo. chegava a ser um pouco cômica a interação dos dois, porque draco não era exatamente o tipo de pessoa que seus irmãos ou seus amigos aprovariam que ela conversasse e para ser sincera, ela não se importava muito com isso. no começo a ideia de conversar com draco era interessante porque irritariam todos a sua volta e foi exatamente por esse motivo que começou a conversar com ele na detenção, não tinha intenção nenhuma de que os dois fossem se aproximar tanto quanto naquele momento, sequer imaginou que um dia fosse ter uma conversa realmente civilizada com draco, apenas com provocações brincalhonas um para com o outro. mas era uma situação completamente delicada para os dois, estavam em lados opostos e isso podia dar em dois resultados, mas nenhum deles tinha um final feliz. ginny sabia dos riscos que apenas a amizade com draco, publicamente, daria, mas ela não queria desistir, não agora que chegara tão perto. ginny não era cega e draco sempre foi um homem atraente, se lembrava de quando os dois ainda estavam em hogwarts em que as meninas suspiravam nos corredores quando ele passava, ginny nunca foi como as outras, mas não podia negar que sentia uma pequena atração pelo homem, embora não passasse de uma coisa completamente platônica.
naquele momento todos os seu pensamentos, por mais perturbados que fossem com as complicações de seus atos, estavam voltados apenas para os lábios de draco e de como eles deveriam ser junto aos seus. não estava ligando para o que viesse depois ou mesmo para o que isso poderia gerar nas famílias de ambos se eles soubessem, apenas agia pelo inconsciente. ‘tudo bem, eu já esperava que não falasse. mas eu sei o que eu quero fazer’ comentou quase em um sussurro, fazia um grande esforço para manter-se na mesma altura de draco, já que ele era consideravelmente mais alto que ela. ele não precisava dizer, porque ela sabia, apenas pela forma como ele estava, que ele não ia negar caso ela lhe desse um beijo naquele momento. ‘o que estamos fazendo?’ perguntou ela baixinho mais uma vez. boa pergunta, porque nem ela mesma sabia o que os dois estavam fazendo naquele momento, nem sabia o que aquilo significava, mas ginny sempre agiu mais pela emoção do que pela razão. ‘não sei exatamente, mas não me importo muito’ respondeu rápido e finalmente se deixou levar pelo impulso que a tempos estava lutando contra e empurrou seus lábios nos dele, entrelaçando-os em um beijo.
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_ o malfoy esperava que ela lhe contasse qualquer história, de pessoas aleatórias e irrelevantes, de alguém importante do ministério, ou até mesmo, de algum time fracassado de quadribol. por isso, a fala alheia o fez soltar uma gargalhada. "você é extremamente convencida, weasley. eu realmente esperava alguma informação relevante." não se deu o trabalho de negar o que ela havia dito, afinal draco poderia ser muitas coisas, mas, na maioria das vezes, não era mentiroso. "sei." limitou-se a responder, entendendo o sinal que lhe foi dado. a situação toda o fez pensar que não se lembrava ao certo quando deixou de ver ginny como uma pirralha irritante, mas minimamente divertida, para vê-la como uma mulher atraente, mas foi há alguns anos quando se encontraram em um desses eventos desnecessários. e por mais desapegado que fosse acerca de suas relações, já que era fácil para ele encontrar uma parceira de uma noite, tinha uma certa curiosidade sobre ela, já se perguntou vez ou outra como seria o gosto dos lábios da mulher. e agora estavam ali próximos demais, é verdade, mas estaria mentindo se dissesse que ela não o surpreendeu. largou a garrafa de hidromel ao lado deles, sem se preocupar com aquilo, deixando que seus extintos mais primitivos e sua vontade por ela guiassem seu corpo, girando-os, agora pressionando ginny contra a parede enquanto a beijava. uma das mãos habilmente tomou a nuca alheia, enquanto a outra explorava a lateral do corpo feminino em toques firmes. e, para sua desgraça, draco imaginou, por um segundo, que se aquilo ali avançasse um pouco mais, provavelmente ela veria a marca em seu antebraço esquerdo e com toda a certeza nada, nunca mais, seria igual. enquanto o malfoy sabia que ela era muito mais impulsiva, ele era muito mais racional. e por mais que quisesse continuar aquilo, sequer poderia. já não era mais sobre o que seus amigos ou seus pais diriam, era sobre estar com preocupações demais no momento. e não queria ter que lidar com isso no futuro, ele sabia dos planos dos comensais e por mais que, em seu íntimo, não os apoiasse cegamente, não poderia fazer nada sobre. livrar-se da possibilidade de sequer hesitar, mais uma vez, quando o momento chegasse, era o melhor que poderia fazer para si mesmo no momento. fugiria daquilo, fugiria dela, como o covarde que era. então, quando o ar faltou, encarou-a enquanto sussurrava: "eu meio que não posso fazer isso." e deu um passo para trás, as mãos que antes estavam divertindo-se no corpo alheio, agora bagunçavam seu próprio cabelo, tentando voltar a si, tentando ser a merda de uma pessoal racional e não complicar mais a própria vida. por fim, recolheu do chão a garrafa, dando mais um longo gole.
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malfoydr4co · 1 year
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"gostou?" rebateu com uma piscadela e o mesmo sorriso que ela lhe oferecia. sabia que a amiga entenderia sua posição de convencimento. "é, eu sei bem." se por um segundo ele tivesse qualquer tipo de opção acerca de sua própria vida, certamente não estaria naquele ministério. talvez estivesse jogando quadribol naquele exato momento, ou até mesmo aprendendo sobre diversas profissões em seu próprio tempo, já que não precisava necessariamente de dinheiro. ouvir falar de daphne o fez dar um gole do líquido alcoolico em sua mão, imaginando que a mais velha havia preparado tudo para passar 'boas impressões'. "sua irmã gosta de impor as coisas, né?" um sorriso travesso tomou os lábios dele, sabendo que havia dito uma verdade sobre a amiga. porém, o mesmo se esvaiu quando ouviu a frase seguinte da mais nova, a verdade é que ele não sabia muito bem o que responder a piada alheia. eventualmente se esquecia da maldição que astoria carregava, que ela poderia morrer antes dele, mesmo que suas próprias expectativas de vida já estivessem baixíssimas. um suspiro fraco escapou de sua boca, antes de respondê-la, "acho uma grande perda de tempo, mas você já sabe disso." draco perdeu as contas de quantas vezes reclamou com ela, durante todo o período que se conheciam, sobre esses eventos sociais extremamente entediantes e desnecessários. relaxou a própria postura, os olhos acinzentados dando atenção a astoria. "faz algum tempo que não nos falamos, como você está?" perguntou, genuinamente interessado.
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astoria rolou os olhos com a resposta em prontidão do rapaz. "sempre direto!" brincou, dando um sorriso travesso. diferente do que muitas pessoas achavam, para greengrass, era muito simples estar na presença de malfoy. também era um pouco nostálgico, visto que era impossível não relembrar diversos segredos trocados e momentos vividos durante a adolescência. sabendo que seu tempo de vida era curto, a loira costumava se apegar muito em memórias. "nem eu estava esperando vir para cá, mas tem coisas que não temos escolha, você sabe..." deu de ombros, suspirando. "para ajudar a daphne me colocou nesse vestido que, sinceramente, eu não gostei muito. mas é apropriado pra ocasião, então..." fez uma careta, segurando a risada de desespero que estava por vir. "eu estou quase virando um corvo e voando pra longe..." desviou o olhar, sorrindo de canto com a piadinha ácida. "mas e você, o que está achando disso tudo?" rodou o dedo no ar, sinalizando todo o ambiente.
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malfoydr4co · 1 year
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o estalar da língua no céu da boca resultou num sonoro 'tsc' e o revirar de olhos foi inconsciente, involuntário. odiava quando daphne assumia a postura controladora, mandona, mesmo tendo convivido com este tipo de atitude por, ao menos, metade da vida. "eu sei o que é minha obrigação, daphne." disse quando se aproximou mais da mulher, num tom baixo, para que somente ela ouvisse. "tenho certeza que não precisava desse baile para saber quem são os aliados, eu trabalho aqui caso você tenha esquecido." soltou ironicamente, enquanto os olhos analisavam quem estava por perto. "aqulele ali" apontou discretamente, com a mão que segurava a taça de vinho, para um homem franzino próximo deles. "um merda do escritório de contato trouxa, tem medo de aranha, trai a mulher nas horas vagas. aposto que morreria em algumas horas, caso acontecesse qualquer coisa por aqui." riu, se divertindo com a situação. "aquele" fez o mesmo gesto indicando outro homem. "trabalha na sede de esportes mágicos, se não me falha a memória. joga quadribol pior que você, meu paplpite é que morreria num duelo com qualquer bruxo que saiba usar uma varinha." ele estava convencido de que aquela festa exageradamente extravagante só seria útil para que pudesse beber alguma coisa e não ouvir reclamações de seu pai depois. "eu nunca quero sair de casa para encarar essa gente." deu de ombros, com a certeza da qual haviam pouquíssimos ali que realmente valiam sua atenção. "agora, não seja tão chata, uh? sem sermão por hoje." deu uma piscadela tentando relevar a situação com daphne, como havia feito com todas as pessoas até ali, já que não tinha paciência para aquilo.
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@malfoydr4co​​​ says: ❝ no— don’t start.  i’m here, i’m making an effort. ❞
Rolou os olhos ao ouvir a reclamação de Draco. “O que você está fazendo é sua obrigação.“ Não importava o nível de amizade que tinha com alguém — com Malfoy era bastante íntima já que não apenas tinham ambos famílias importantes no mundo bruxo e isso os aproximava, como também se assemelhavam nas idades e anos que frequentaram Hogwarts juntos — Daphne não costumava passar a mão na cabeça. Estava sempre pronta para disparar a sua verdade na frente da pessoa sem se importar com os sentimentos que pudesse trazer. Sinceramente, não queria ver Draco fraquejando e desejava que ele vencesse ao lado dos seus. Não demonstrava como a maioria, mas se importava. “Esforço seria se tirasse essa expressão de quem acabou de ver uma manticora no corredor e começasse a aproveitar da oportunidade. A música pode ser de péssima qualidade, mas todos os bruxos estão aqui, muitos do Ministério, é uma ótima forma de saber quem é aliado e quem está traindo, além de beber a vontade.” Depois a chamavam de mimada. Ok, Daphne sabia que realmente era bastante mimada, mas tinha conhecimento sobre suas responsabilidades para não reclamar de estar presente em um evento importante para a comunidade bruxa. “Não queria vir para o baile?”
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malfoydr4co · 1 year
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"agora eu fiquei curioso, me conta uma dessas coisas que você tem tanta certeza assim." riu ladino enquanto a guiava a até o corredor com pouca luz e muito mais silencioso, para sua própria satisfação: já estava farto de todas as formalidades do baile. manter o personagem sorridente a cada comprimento com alguém da alta sociedade era extremamente cansativo. "você achou?" perguntou divertido, não contendendo uma risada espontânea. "a imagem que você tem de mim 'tá um pouco desatualizada." riu novamente e continuou, "já se passaram alguns bons anos desde que estivemos na detenção." afirmou enquanto se lembrava das duas longas semanas que precisou conviver com aquela garota na época. foi quando percebeu que ela, somente ela naquela família de fracassados traidores de sangue, não era tão ruim quanto parecia. e então simplesmente aconteceu uma amizade estranha, onde ele sabia que poderia confiar nela, com restrições, é claro, mas na maioria das vezes, regada a provocações e birras adolescentes. era um segredo que partilhavam. concordou com o comentário alheio sobre a linda noite e apoiou-se na parede, buscando por um segundo de descanso. foi quando sentiu a marca no antebraço esquerdo formigar, vez ou outra acontecia, lembrando-o do caos iminente que assolava todos naquele lugar. era o maldito lembrete de suas obrigações, quando, como agora, estava distraído o suficiente, apenas deixando as coisas rolarem, apenas fazendo o que ele próprio tinha vontade. draco perguntou-se, por um segundo, se os dois continuariam ali se ela soubesse que ele havia recebido a marca, perguntou-se também se conseguiria feri-la quando fosse necessário, já que eles claramente estavam em lados totalmente opostos: não tinha uma resposta para aquilo. e por mais divertido que fossem aquelas provocações, ele não poderia dar-se ao luxo de sequer tentar levar uma vida comum. suspirou quando percebeu que sua mente o traiu mais uma vez, minando seus pensamentos de dúvidas, aflições e lembranças. então tomou a garrafa da mão dela, bebendo um gole generoso do conteúdo alcoólico e doce, esperando que aquilo o ajudasse a desopilar, mesmo sabendo que não funcionaria.
a pergunta alheia não foi uma surpresa, sabia que ginny tinha um ego tão grande quanto o seu, mas não cederia aos joguinhos da mulher, ele os conhecia. e se por acaso houvesse um limite não mencionado, os dois certamente já haviam o ultrapassado. "você está delirando se acha que vou falar qualquer coisa." disse com uma risada, a cabeça balançando em negação. e enquanto ela se aproximava mais dele, draco sequer entendia o que estava acontecendo, se sentia intimidado por ela? era como se ginny testasse seu autocontrole, como se procurasse por algum limite. e ele tão pouco os tinha, o fio que o mantinha longe dela naquele instante provavelmente cederia em breve. "então, o que estamos fazendo?" perguntou, enquanto os olhos encaravam os alheios, se alguém fosse falar alguma coisa, que fosse ela.
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malfoydr4co​:
o malfoy prestava atenção no que a mulher falava, enquanto bebia um pouco mais. “boa sorte, isso deve ser uma merda.” riu de forma involuntária imaginando o trabalho que ela teria, mas, no fundo, sabendo que ginny conseguiria fazê-lo. distraído na situação, ele sorriu novamente com a história que ela contava, imaginando o inferno que deveria ser ter irmãos mais velhos. por mais que às vezes desejasse tê-los também: o fato de ser filho único também o fez solitário no início da vida, talvez as coisas fossem diferentes com mais uma ou duas crianças junto de si naquela época. “ah, o seu irmão ronald..” começou, pensando em todos os insultos que poderia proferir, simplesmente não suportava ronald, mas se conteve. “eu aposto que ele deve estar se divertindo com algum rato pelos corredores, ou talvez chorando de medo de alguma aranha.” foi o máximo que conseguiu dizer sem nenhuma ofensa direta, não queria estragar a conversa civilizada que tinham iniciado ali. a menção as ações de pai fez o estômago de draco revirar, se por acaso naquela época ele soubesse e entendesse a gravidade dos fatos, talvez agisse de forma diferente. mas, como já lhe foi dito, ele havia feito todas as escolhas erradas. e precisava conviver com elas pelo resto dos seus dias. por fim, não conseguiu responder nada, não achou que precisasse, apenas bebeu mais um gole da bebida alcoólica. “você tem certeza de coisas tão erradas.” entendia a expressão dela e jogaria esse jogo também, ele já estava envolvido naquilo. afinal, ela era uma maldita provocadora. ginny sabia como deixá-lo no limite, e draco sequer entendia como, não sabia se era efeito da bebida, mas a proximidade entre ambos, a respiração tão perto fez o corpo dele inflamar. “você sabe o que eu quero, weasley.” os olhos acinzentados encararam os lábios alheios, antes de voltar a trocar um olhar provocativo com a ruiva. “mas preciso admitir que esperava um desafio maior.” era um deboche, já que nunca havia passado pela cabeça dele que estariam tão próximos assim. a amizade que cultivaram durante os anos era incomum, divertida vez ou outra, mas nada além disso. olhou para os lados na intenção de conferir quem estava por perto, e certificar-se que não eram pessoas relevantes. então, de forma hábil, puxou a varinha de dentro do terno escuro, sussurrando ’accio’ e tendo o hidromel em suas mãos num segundo. “acho que agora podemos dar uma volta, uh?” foi o que disse antes de virar-se em direção as escadas e puxá-la levemente pelo pulso, induzindo-a a acompanhá-lo.
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se limitou a assentir, era mesmo uma merda, ainda mais quando ela não se interessava nenhum pouco por nenhum daqueles assuntos, mas precisava se dedicar para conseguir o que queria de fato e era isso que ela estava fazendo. ginny nunca reclamou de ter muitos irmãos, pelo contrário era legal irritá-los, ainda mais legal quando eles tentavam mandar nela sobre alguma coisa e ela não ligava, imaginava como deveria ser ruim ser filho único como draco, deveria ser triste e solitário. por alguns segundos pensou em como deveria ser ruim o natal dos malfoy, apenas os três e o quão triste isso deveria ser. o natal dos weasley eram sempre um evento a parte, se lembrava que sempre seus irmãos apareciam com pessoas diferentes e era sempre lotado. se limitou a rir do comentário de draco sobre seu irmão, sabia que os dois não se suportavam nenhum pouco e não ia irritar o loiro, nem mesmo comentar com rony nada do que estava acontecendo por ali. ainda mais que não contava nada para ron. ‘tenho certeza de coisas erradas? eu tenho certeza de coisas que sequer posso pronunciar em locais públicos, malfoy’ comentou com um sorriso travesso e com um tom levemente brincalhão, informando de suas intenções. percebeu que sua provocação para com o mais velho acabou dando tão certo que nem ela mesma sabia explicar. como uma última provocação ginny se aproximou ainda mais de draco e depois apenas se manteve um pouco afastada dele. ‘não era para ser difícil para um bruxo normal’ comentou, informando que suas intenções sempre foram, primeiro a provocação e apenas depois disso é que vinham os refrescos. ginny só faltou bater palmas quando percebeu que ele conseguira pegar a garrafa de hidromel e se deixou levar para o lado de fora com ele. ‘tenho que admitir que mesmo sendo o desafio mais besta do mundo, achei que você fosse dar para trás’ dessa vez não era exatamente uma provocação, era mais ela sendo completamente sincera com ele sobre aquilo. tomou a garrafa de hidromel em suas mãos, a abriu e tomou um enorme gole da bebida, fazendo uma pequena careta em seguida, mas não pelo álcool, mas sim pelo gosto excessivamente doce da bebida. ‘parece que o tempo aqui fora está melhor do que a festa lá dentro, a noite está linda’ comentou quando saíram do salão e ela tomou um tempo para olhar para cima e apreciar um pouco a beleza da noite, tomando a brisa em seus cabelos. ‘agora, você ainda não falou o que quer em troca do desafio’ comentou, se aproximando dele o máximo possível, sabia o que ele queria, mas queria que ele falasse em voz alta e ia o provocar ao máximo até ele ceder.
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malfoydr4co · 1 year
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a paciência de draco, com toda certeza, não era uma de suas qualidades. encarava o baile como um teste de resiliência, equilíbrio e serenidade, para não se enfiar em nenhuma confusão. então havia ronald weasley: o ruivo era um dos poucos que, mesmo depois de hogwarts, conseguia tirá-lo do sério em questão de segundos. malfoy jurava que tentou manter-se longe do rapaz, sabendo que nada de bom viria de uma simples troca de olhares, totalmente sem sucesso. "e você acha mesmo que eu me importo com isso?" riu com desdém, enquanto os olhos corriam pelo salão analisando quem estaria perto o suficiente para ouvi-los. "você não passa de um fracassado, weasley." a mão direita, de forma impulsiva, ousou ir para dentro do terno escuro, agarrando a varinha com força. imaginou uma duzia de feitiços que poderia lançar para fazer ronald calar a boca, mas sabia que não poderia fazer nada daquilo e certamente draco não precisava de mais problemas. "você não sabe nada sobre mim, então eu recomendo que pare de falar." ah, ele estava muito perto de perder o controle. "e sabe que não podemos fazer isso, não vou perder minha posição por sua causa" para o seu próprio bem, um pingo de sanidade percorreu sua mente. "mas não faltarão oportunidades no futuro" disse num tom mais ameno, para que apenas o homem a sua frente ouvisse. "vai ser um prazer acabar com a sua raça." finalizou com um sorriso divertido nos lábios, antes de soltar a própria varinha e beber um gole do drink que carregava na mão esquerda. "nada. imagino que ele queria apenas rir da nossa cara." limitou-se a responder, sabendo que isso realmente poderia ser verdade, enquanto a atenção já pairava sobre outras pessoas.
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malfoydr4co​:
a rivalidade que dividiam, na visão de draco, era uma forma com que se divertir. já que, para si, ele era melhor que ronald em absolutamente tudo e qualquer coisa. “sabe weasley” iniciou com um sorriso quase divertido nos lábios. “acho incrível que você consiga agir como se ainda tivesse treze anos.” bebericou um gole da bebida que havia na taça, a mão esquerda no bolso do terno escuro. “o que mais precisa acontecer pra você perceber que isso aqui não é nenhuma aula de trato das criaturas mágicas, ou qualquer outra merda daquela escola?” perguntou impassível ao provar a bebida mais uma vez. “não tem ninguém aqui pra rir das suas piadas horríveis.”
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the thing is quando se tratava de Malfoy as palavras de Ron às vezes demoravam a vir muito porque sua raiva e irritação conseguia ocupar um espaço muito grande dentro de seu cérebro para que conseguisse pensar com clareza. por exemplo apenas poucas palavras de ofensa já fizeram com que tudo o que Ron pensasse em fazer era sacar sua varinha e lançar um estupefaça naquela cabeça vazia albina. se conteve a tempo “eu aceitaria facilmente ser taxado de criança de 3 anos de idade Malfoy se isso significasse continuar repassando pra você, em mínimos detalhes, todos os momentos de maior humilhação que você passou e no qual tive o prazer de estar presente” soltou, desdenhosamente. conseguiu segurar as mãos nos bolsos mas sabia que a vermelhidão em seu rosto delatava exatamente o esforço que estava fazendo pra isso “o que mais precisa acontecer? thats rich coming from someone like you. born with a silver spoon on his mouth, you seriously want me to believe that you somehow is getting the short end of the stick in all this?” a que o this se referia ele não deixou claro propositalmente, tal pergunta saiu avoada até recheada de rasa curiosidade com uma mistura de descrença. por alguns míseros segundos ele até parou realmente pra olhar e tentar enxergar qualquer coisa que pudesse ter mudado ali, desde os anos de Hogwarts. mas então lembrou dos anos de humilhação e percebeu que talvez não quisesse ver nada. balançou a cabeça “bloody fucking no…” disse enquanto suspirava e então lembrou porque ainda estava se prestando a ficar ali “sobre o que era o bendito memo que Moody pediu pra eu ver com você?”
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malfoydr4co · 1 year
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o malfoy prestava atenção no que a mulher falava, enquanto bebia um pouco mais. "boa sorte, isso deve ser uma merda." riu de forma involuntária imaginando o trabalho que ela teria, mas, no fundo, sabendo que ginny conseguiria fazê-lo. distraído na situação, ele sorriu novamente com a história que ela contava, imaginando o inferno que deveria ser ter irmãos mais velhos. por mais que às vezes desejasse tê-los também: o fato de ser filho único também o fez solitário no início da vida, talvez as coisas fossem diferentes com mais uma ou duas crianças junto de si naquela época. "ah, o seu irmão ronald.." começou, pensando em todos os insultos que poderia proferir, simplesmente não suportava ronald, mas se conteve. "eu aposto que ele deve estar se divertindo com algum rato pelos corredores, ou talvez chorando de medo de alguma aranha." foi o máximo que conseguiu dizer sem nenhuma ofensa direta, não queria estragar a conversa civilizada que tinham iniciado ali. a menção as ações de pai fez o estômago de draco revirar, se por acaso naquela época ele soubesse e entendesse a gravidade dos fatos, talvez agisse de forma diferente. mas, como já lhe foi dito, ele havia feito todas as escolhas erradas. e precisava conviver com elas pelo resto dos seus dias. por fim, não conseguiu responder nada, não achou que precisasse, apenas bebeu mais um gole da bebida alcoólica. "você tem certeza de coisas tão erradas." entendia a expressão dela e jogaria esse jogo também, ele já estava envolvido naquilo. afinal, ela era uma maldita provocadora. ginny sabia como deixá-lo no limite, e draco sequer entendia como, não sabia se era efeito da bebida, mas a proximidade entre ambos, a respiração tão perto fez o corpo dele inflamar. "você sabe o que eu quero, weasley." os olhos acinzentados encararam os lábios alheios, antes de voltar a trocar um olhar provocativo com a ruiva. "mas preciso admitir que esperava um desafio maior." era um deboche, já que nunca havia passado pela cabeça dele que estariam tão próximos assim. a amizade que cultivaram durante os anos era incomum, divertida vez ou outra, mas nada além disso. olhou para os lados na intenção de conferir quem estava por perto, e certificar-se que não eram pessoas relevantes. então, de forma hábil, puxou a varinha de dentro do terno escuro, sussurrando 'accio' e tendo o hidromel em suas mãos num segundo. "acho que agora podemos dar uma volta, uh?" foi o que disse antes de virar-se em direção as escadas e puxá-la levemente pelo pulso, induzindo-a a acompanhá-lo.
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malfoydr4co​:
draco não era exatamente um homem que bebia de forma exagerada, sequer usava disso para fugir ou aturar qualquer situação. mas, somente daquela vez ela tinha razão, uma bebida o ajudaria a suportar. por isso bebericou de mais uma gole do hidromel e fez uma anotação mental sobre o gosto daquilo: doce demais. “reportagem sobre o quanto o ministério da magia é uma grande farsa?” era um sussurro, é claro, não poderia falar nada disso em voz alta. draco acreditava que o ministério atendia muito mais as vontades pessoais de cornélio e não fazia nada pelo mundo bruxo, seja para o bem ou para o mal. agora como auror, talvez o malfoy conseguisse mudar levemente essa questão, mesmo seu objetivo sendo utilizar desse cargo para alcançar seus objetivos pessoas. “eu nunca achei que eles mandassem em você, ‘tá ouvindo coisas? só ficariam desapontados.” riu baixinho, quase satisfeito. ele sabia muito bem que a ruiva não deixava-se influenciar por ninguém e tinha certeza que ela seria uma das raras pessoas que resistiria a uma maldição imperius, apenas com esse gênio forte. e talvez fosse por isso que os dois estavam ali agora, mesmo com a total desaprovação de seu círculo social e familiar, mantinham aquele contato quase como um segredo. “hummmm, realmente essa opção é factível” concordou com ela e provou de outro gole, enquanto seus olhos acinzentados observavam quem estava por perto. “o mesmo vale para os meus pais, se você quer saber.” era quase divertida a sensação de que não deveriam estar fazendo aquilo. draco com toda a certeza ouviria um discurso de seu pai acerca do quanto lucius estaria decepcionado com ele, ou qualquer coisa do tipo. mas, sinceramente, não se importava muito agora, poderia lidar com isso depois, caso acontecesse, afinal ele não era mais o filhinho do papai já haviam alguns bons anos. “aé? você acha?” soltou uma risada baixa com a frase alheia, os lábios formando um sorriso provocativo. “e o que vai me dar se eu conseguir?”
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deu de ombros com a pergunta dele e sorriu um pouco bebericando mais um pouco de sua bebida e dessa vez deixando que ela descesse com intensidade em seu organismo, continuando a sorrir para ele. ‘não, essa a gente já fez’ deu um sorriso ladino e se virou para ele, lhe confessando mais um segredo. ‘essa é sobre as festas da sociedade, tenho que fingir que são festas incríveis’ fez um pequeno gesto com a mão quando falou a palavra incrível, apenas para dar profundidade do que queria dizer com o baile, que na sua opinião, não estava nada atrativo para si. mas precisava concordar com draco de que o ministério estava se tornando uma grande farsa naquele momento, ainda mais com o ministro sendo cornélio fudge e ginny tinha aversão por ele desde que umbridge assumiu o posto de diretora de hogwarts, mulher asquerosa como ela mesma apelidara a diretora no último ano. ‘ah, eu vivo desapontando meus irmãos. acho que eles pararam de se desapontar mesmo quando eu acabei beijando um garoto no armário de vassouras d’a toca em um ano novo e mamãe ficou furiosa. em minha defesa, ela sempre chama muita gente’ deu de ombros com o incidente, não era a primeira vez que ginny cometia pequenos delitos como aquele em sua casa ou mesmo quando ainda estava em hogwarts, se lembrava das milhares de cartas que seus pais recebiam por estar quebrando as regras da escola enquanto umbridge tentava colocar rédea na garota. ‘devem estar se correndo por dentro nesse momento. e já posso até ver as perguntas de ronald se ele realmente vir que estávamos conversando’ na realidade achava graça daquilo, era um dos motivos que ainda falava com draco, além do fato de que ela realmente gostava da companhia dele, mas acima de tudo era um motivo que faria os irmãos se corroerem por dentro, principalmente ronald e ginny adorava irritar o irmão. ‘imagina, seu pai me ama. não se lembra que foi ele mesmo quem colocou o diário de tom riddle na minha mochila? poxa, ele me ama’ falou com o característico sarcasmo na voz, sabia que os malfoy não gostavam muito da sua família, ainda mais que os weasley eram considerados traidores de sangue por conta de seu interesse para com trouxas. ‘não acho malfoy, eu tenho certeza de que não conseguiria’ o sorriso zombeteiro e as sobrancelhas franzidas diziam apenas pela expressão que ginny estava querendo que ele fizesse e não que desistisse, embora ela tivesse uma orla de piadas zombeteiras caso ele desistisse do desafio. a pergunta que veio na verdade já estava nos pensamentos de ginny, ela sempre tinha uma proposta quando perguntada. aproveitou para se aproximar de draco um pouco e sorrir quando estava bem próximo que suas respirações se entrelaçavam, mas ainda mantinha uma distância segura. ‘isso eu deixo para você malfoy, o que você quer em troca?’ perguntou tão provocativamente que se não conhecessem ginny poderiam dizer que ela estava agindo por conta do álcool, mas na verdade o álcool apenas a impulsionava ainda mais para suas ações.
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malfoydr4co · 1 year
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pensava na frieza de pansy sobre aquele assunto que decidiria praticamente sua vida inteira e se perguntou se ele próprio um dia conseguiria fazer aquilo para o bem da família. talvez, só talvez, ele já havia sacrificado a própria vida o suficiente em prol daquele nome. "não é só sobre gostar, mas pode ser." respondeu tranquilo, enquanto a música clássica, chatíssima, ainda tocava. "snap out of it." sussurrou próximo ao ouvido alheio, com uma risadinha. ele, dessa vez, só queria o bem da amiga, pois sabia muito bem onde ela estava se metendo. e, tinha certeza, não ser nada de bom. foi quando a resposta dela o pegou de surpresa, mas nem tanta surpresa assim, já que conhecia bem a mulher a sua frente. "você é sempre tão impulsiva em tudo!" exclamou, tentando manter um tom baixo; a música diminuiu, fazendo que seus passos tomassem o mesmo ritmo, o que facilitava encará-la. "como você queria transar com, sei lá, dezesseis anos? eu não tinha a menor ideia do que tava fazendo." bufou, odiava admitir qualquer tipo de inabilidade, independe de quando tenha acontecido. "e quando eu disse que não era o momento, você simplesmente me ignorou, agiu como uma criança que não tem o que quer." ele estava quase irritado, quase; a expressão mantinha-se branda, para que não chamasse atenção das outras pessoas ao redor de ambos. afinal, era verdade: no quarto ano draco só conseguia pensar em ser o melhor do seu ano, no maldito torneio e no caos que se formava em sua própria família. quando a música cessou por definitivo, o malfoy se afastou para respondê-la "firewhisky." ele resolveu relevar tudo aquilo, era uma brincadeira no fim das costas, e sabia ter outras coisas para se preocupar além de um mal-entendido adolescente.
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malfoydr4co​:
os passos eram ritmados, elegantes e ele conduzia a dança de forma natural, até porque já havia feito isso com ela outras vezes. e, não é como se draco não pensasse no legado da família, esse tópico também era uma de suas preocupações, havia sido por um tempo. porém, existia um limite de coisas-sérias-relacionadas-a-família-malfoy que ele poderia tolerar pensar no momento. mantê-los vivos, cumprindo tarefas do lorde das trevas já era preocupante o suficiente. “hummm, pode ser.” limitou-se a dizer quando a conduziu para um giro, antes de trazê-la de volta para mais perto. “você poderia tentar se casar com alguém que gosta, ao menos.” disse de forma quase casual; casamentos eram complicados, ele sabia disso, mas seu maior exemplo desse tipo de relação eram seus pais, e poderiam dizer qualquer coisa sobre lucius, mas nunca, jamais que ele não amava narcissa. “na verdade, só ter a sua idade já seria menos pior.” era exagerado demais que, nessa situação atual, draco malfoy acreditasse no amor? felizmente, ele não se esforçou para conter a risadinha discreta que escapou: “eu não me faço de difícil, garota.” porém, a menção a voldemort fez draco sentir um frio na espinha. esse é o primeiro dia em muitos em que malfoy tentou, mas precisava admitir que não conseguiu, relaxar. queria manter distância desse inferno pessoal nem que fosse por algumas horas. e, mais uma vez, pansy conseguia falar alguma bobagem que o fizesse esquecer a tensão do momento. “sinceramente, eu deveria é ficar muito chateado que você sequer considerou casar comigo.” com a sobrancelha franzida, fingiu uma expressão irritada antes de completar: “não que eu fosse fazer isso, apenas queria ser cogitado.”
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A dança fluía de forma natural, era claro. A verdade era que a sincronia que tinha com Malfoy, não tinha com quase ninguém. Talvez por ter crescido próximo a ele, por ter convivido com ele pelos anos de escola, por já terem participado de aulas idiotas de dança quando crianças e até mesmo dançado juntos no baile de inverno de Hogwarts - mas acreditava que o grande motivo era a sintonia que tinham há anos, de pensamento, de ações, de jeito. Era como se soubesse que ele a giraria, e assim que voltasse ao eixo, soubesse que o corpo se aproximaria ao alheio. Deixando os troncos quase se colando um no outro. “Casamento não é sobre gostar ou não. E eu não desgosto dele. Na verdade, ele é bem bonitinho, eu até poderia começar a gostar” soltou um riso baixo, buscando o noivo pelo local com os olhos, mas não o encontrando, não ainda. Revirou os olhos quando ele disse não estar se fazendo de difícil, porque sinceramente, nunca entendeu bem o que Draco pensava acerca daquilo, pois sempre havia o visto resistir. Talvez por se fazer de difícil, mas talvez fosse algo mais afundo. Aquilo, ela nunca teve coragem de perguntar ao melhor amigo. Estava prestes a fazer mais alguma piada acerca de Cassius  Warrington quando pousou os olhos sobre ele, contudo, a fala seguinte do loiro lhe surpreendeu. A risada foi inevitável quando o olhar voltou ao dele. “Você tá de brincadeira, é? Você não quis nem transar comigo, como é que você acha que eu te consideraria casar com você? Até parece que eu ia levar fora duas vezes. Cala boca, idiota.” o tom era de brincadeira, pois não levava aquilo pro pessoal, não mais. Há um tempo já havia superado aquele fora - ainda que preferisse simplesmente não falar sobre. Deu outra risada. “E ai? Vai querer firewhisky ou champanhe?”
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malfoydr4co · 1 year
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sabia que tonks detestava que ele fosse um auror, eventualmente, ele odiava isso também. mas havia um limite de provocações que conseguia relevar numa noite e, com toda certeza, o limite já havia sido ultrapassado. draco sabia, também, que não poderia respondê-la como queria, por mais que ele sempre conseguisse se livrar de problemas, o ministério não tolerava nenhuma desavença entre aurores. olhou para prima com certo desdém, sabendo que nada de bom viria daquela conversa. "parte desprezível da família, olá." um sorriso falso surgiu em seus lábios, enquanto levantava a taça de bebida num comprimento. "você gostou? obrigado" a animação falsa era perceptível, todavia era essa a parte mais divertida. "mas infelizmente não posso dizer o mesmo de você."
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todos que conheciam tonks diziam que elu é uma pessoa legal. doidinha, mas legal. e tonks havia sido criada para ter essa vibe mesmo, respeitar as pessoas, fazê-las confortáveis, fazê-las rir. quando isso não acontecia, não só era uma surpresa para quem estava ao seu redor, como incomodava tonks também — mas como ela não olharia feio para aquele cara de fuinha loira que só tem más intenções? que draco malfoy arruinava o clima no departamento dos aurores não era novidade. também não ajudava nada que ele era tão parecido com a mãe dele, sua tia, e o desgosto que ela sentia sempre que percebia alguma feição dos black no seu próprio rosto natural a fazia ferver de raiva. e draco estava todo malfoy hoje. 
os lábios de tonks se retorceram quando ela avistou o primo, encostando as costas, já rígidas, contra o bar enquanto o outro se aproxima. "malfoy.” a palavra é desprezo puro, e, na opinião de tonks, ele não deveria esperar diferente, sendo quem era. “you look good. está finalmente no seu habitat natural, hm?” talvez fosse um elogio, mas pelo jeito que tonks fala, mesmo quando elu sorri, não soa assim.
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@malfoydr4co
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