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Uma aflição imensa na garganta, como se tivesse engolido um prego.
Um medo constante do que eu vou me tornar. Eu juro que to tentando, mas eu to completamente cega com o caminho, no sei o que fazer, não sei o que dizer.
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Fondazione Pini, Milan, Italy, photos by Alessandro Spadoni
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Quem eu estou me tornando? O que eu to alimentando em mim?
Preciso de ajuda
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“Se doeu tem que falar. Se incomodou tem que explicar. Se tá ruim tem que ajeitar. Se estragou tem que consertar. Ou então joga fora. Entende? Não dá pra passar a vida inteira com as coisas entaladas na garganta, feito espinha de peixe que não desce e arranha toda vez que a gente engole.”
— Clarissa Corrêa.
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Preciso de mais profundidade, mas o peso e a pressão podem me matar, mas se eu consegui vou ter chegado ao ponto mais fundo e de lá posso conseguir impulso pra subir novamente.
Eu queria viajar! Ver o mar, fechar meus olhos, ver outro alguém.
Eu queria me mudar sem rumo ou explicações, conhecer de tudo um pouco.
O caminho já não é mais uma estrada, é um buraco, e quanto mais fundo eu vou, mais perigoso é, sabe, eu não tenho medo da morte, eu só tenho muito o que viver ainda.
O que fazer, o que fazer, o que fazer
Peço desculpas a mim por tanta cobrança, e me perdoo por entender a necessidade dela.
E o que vem agora? Meditação, yoga, alimentação saudável, vitamina de banana? Kkkk
De onde vem essas coisas, brisa?
Eu sempre fui uma sonhadora, tá na hora de acordar
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Não sei te dizer, não saberia mesmo com um dicionário, não tem uma palavra que explique, e uma frase parece demais, parece cruel, ela não poderia sair da minha boca.
Mas não para de berrar na minha mente, eu nunca estive tão sozinha.
As vezes eu queria falar, mas parece impossível, é como se mesmo que eu tente eu não consigo explicar o quão agonizante esta sendo a minha vida.
Eu tenho alegrias, eu sinto felicidade, mas tão pouca.
Saudade da terapia
Eu queria dizer, mas vou ter que levar comigo, mais um tijolinho.
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Gente eu to surtando. Cada dia mais louca, minha mente tá constantemente procurando por problemas. Sinto calafrios, preciso de tempo, sinto saudade de casa, to tão consada, tão tão tão cansada.
Eu não vejo a luz no fim do túnel, e acho que posso estar fazendo coisas inconcebíveis pra tentar ver nem quer seja uma fresta de luz.
Escuridão.
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