Tumgik
Querido Marcos
Quem é você? Que me deixa assim suspendida no ar, como se estivesse boiando em águas tão densas. É difícil mergulhar com você, me vejo entrando numa conchinha, apertada e escura do não-saber ou entender. Um indisponível anunciado, que eu seguramente topei achando que, assim, não marcaria minha pele fria. Doce engano. Eu que me achava tão certa do meu desejo me encontrei confusa, gaguejando, querendo me aninhar no seu peito. Achei que não ficaria interessada em alguém desse jeito mais. Não de uma forma arrebatadora como foi com o Paulo, Guilherme ou Thomas. Mas assim, quentinho, como caldo grosso que nutri no frio. Toda vez que te encontro é um familiar estranho, como se eu fosse já sua há muito tempo. Não sei se são seus olhos azuis, ou o jeito impaciente com as coisas, só sei que é ali que eu me prosto, rígida, em contato com as minhas grossas paredes internas de história lodoçal. Percebo que você é um grande vivido, vívido, que me interessa tanto. Sua eloquencia em falar, e a voracidade em comer - a mim e aos pratos, me encanta. Me vejo e me faço sua, sem a menor intenção de questionar. E é por isso que te escrevo. Te escrevo por que daqui alguns dias, quando eu voltar de uma grande lua de mel insana da vida, quero te ver e te contar tudo isso que me inquieta. E quero te deixar ir para viver seus sonhos, sem que eu seja um adendo. Eu não sou anexo, apesar de tantas vezes me comportar como tal. Só queria te dizer então que cá estou mexida, ansiosa, pensando e sonhando com você, que tanto é sedendo pela vida, pelo afeto. Tão cheio de aceleração que quase não encosta, rela leve. Essa é uma carta de amor, morno, familiar, e entregue - e eu te deixo. Obrigada, Delicía.
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Tenho procurado razões para viver. Não encontrei ainda qualquer sentido que faça meu coração palpitar.
Tenho vergonha e culpa, e me desfaço nisso. Triste.
Vazio.
Oco.
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Color palette, David Fullarton
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Querido Paulo,
Outro dia sonhei com você. Deveria ter escrito para não esquecer, mas apesar do enredo ter diluído, sua imagem seguiu firme e forte na minha memória. Talvez um pouco mais alto, de terno azul marinho e uma gravata vinho ou vermelha. Asseado. Bonito.
De vez em quando bate aquela frase que você me disse, que eu merecia ser feliz e ter tudo de melhor. Eu tenho dificuldades em aceitar isso, ainda mais vindo de você. Dói lembrar.
As vezes eu lembro, e lembro também que não tinha que ter ido tão fundo. E foi. Rasgou
Quando olho as minhas caixas de fluoxetina, penso em você. Quando passo pelo mural, penso em você.
Ou quando eu vejo algum boyzinho com pinta de playboy, lembro de você. Lembro de todas as concessões que fiz naquele domingo antes de te encontrar pensando "o que eu tenho a perder?"
Absolutamente tudo o que eu tinha, como castelo de areia, construído. Frágil.
De vez em quando imagino o que pode ter acontecido por aí, se um dia vamos nos encontrar em algum aeroporto, se você estará casado, ou se vai me cumprimentar.
Tenho até medo que isso aconteça, mas às vezes tenho esperança. Lembro de uma fala de um filme que eu gostava muito (Moulin rouge) quando o Christian, devastado diz: obrigada por me fazer acreditar que eu era digna de ser amada.
As vezes é essa a marca que eu acesso de você.
Sei também que fui idiota e ignorei todos os sinais, claros e velados, que meu corpo deu e viu.
Boba.
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I wish you had something to say about me.. your writing is as beautiful as you are
is it tho
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Les progressistes ont remplacé "le bien et le mal" par "le Bien" et ont décrété que c’était un progrès.
Ils ont substitué "parent1"et "parent2" à "père" et "mère"…
Le progressisme est la plaie purulente d’une humanité débilitée, infectée par le langage simpliste des illettrés.
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a falta do pai III
Volto às vezes que meu pai então aparecia, de forma breve e superficial, falando nada dele por que da vida dele não interessava a ninguém, e nos momentos das brigas e das palmadas. Reprisando agora em minha cabe��a foram poucas as brigas que tive com meu pai. Sua contribuição era sempre após minha mãe se desorganizar e esgotar tudo, com aquele olhar azul céu fuzilante, de olhos pequenos que se agigantavam em ameaça. Coisa que hoje meus olhos fazem também. As palmadas doíam, claro, mas era exatamente o momento em que ele se dispunha a encostar em mim. [não consigo continuar esse texto]
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A Falta do pai II
Mas ela é forte, é de superação, e é só o que tenho de mim. A vida como eu conheço está chegando ao fim, e a partir de agora começam as despedidas. Cruzei a linha do início do fim. O Auge do resto humano, como o aborto que deveria ter sido e não fui.
Volto nesse lugar por que entendo como um gesto de imenso amor interromper a vida antes que ela comece sabendo que, como genitor, eu não posso mante-la. Não posso cuidar e acompanhar, e nem amar Isso por que aquilo que eu posso, apesar de ser genuíno e imenso, não é e não será suficiente. A Minha falta, tão estrutural, me engole e machuca a todos que amo, mas principalmente a mim mesma, que vejo minúscula. Na festa da minha insignificância. Meu pai deixava isso claro sempre nas brigas com a minha mãe. Arrumem suas malas e partam daqui. E você, menina, faça suas escolhas com sabedoria. Com ela o desamparo, comigo o abandono. E no desespero eu mediava, implorava que poupassem a minha pequena e nada vida. Não cabia nesse mundo, não cabia naquela relação, nem naquela casa. Cabia nas lágrimas da minha mãe que jorravam aos gritos indecifráveis da humilhação. E sem entender eu seguia tentando juntar as peças. Tiveram tantas vezes que a justificativas eram intermináveis, até o momento que elas passaram a ser minhas também. "Você não educa a menina. Você faz ela engordar. Você deixa ela pegar as coisa". Você você você, e eu. Eu ali como diamante lapidado de problema, e o olhar de desprezo e ódio passados por mim, como uma película que gruda e não sai. Vieram as noites, o escuro, e o pavor. Não dava para dormir. Portas sempre abertas e a luz azul e o ruído da TV de madrugada entrando. O Medo que me invadia ao olhar pela janela o quintal aberto, e tão desprotegido. Era claro o desfecho, alguém entraria pelo telhado, e mataria todo mundo e eu ficaria sem ninguém. Imagino que esse tenha sido o jeito mais fácil de simbolizar toda essa sensação de solidão e violência. Parecia, verdadeiramente, que todas as frestas era uma chance concreta de perigo - pouco hermético. Entendo que essa figura tão grande que era meu pai foi diminuindo conforme eu fui crescendo. Muito mudou, e muito se transformou. Aquilo que era ruim foi se ajustando ao péssimo, e outras coisas menores, tornando-se aos poucos indigestas e confusas. Lembro de que em algum momento comecei a clamar para que Deus me olhasse, mesmo que rapidinho, e me atendesse. O que eu entendo é de uma crueldade tremenda dizer para as crianças que Deus atendes os seus chamados por que são miúdas e puras. Não eramos, não somos, e não fomos atendidas. Houve um momento que minha fé morreu antes mesmo de mim, e o que restou era um desejo inquieto de fugir e me esconder na noite que me acompanhava, ou só por uma fatalidade, morrer. É como aquela estudante um dia me disse " Mas E SE eu morrer?" Como se eu pudesse negociar as condições e as decisões da vida assim, de forma cirurgica. Prós e contras, quem deixa de sofrer , quem fica feliz, quem segue a vida. A Falta eu não faria, por que a falta eu levaria comigo. Uma triste tragédia que eu imaginava sempre. Um atropelamento, um bala perdida atravessando meus órgãos. De repente complexificou, e eu subi num parapeito gradeado do vigésimo quinto andar. Subi bem alto e olhei para baixo. Tinha uma festa rolando, e eu pensei que se pulasse, não daria tempo de ninguém ver. Olhei para baixo e estava frio. Lá estava o corredor que descia para o parquinho, onde pouco antes eu estava no balanço forçando as alturas para pegar impulso e voar. Talvez não fosse um voo a queda livre, e então eu desci. Coração acelerado e o corpo gelado, como se esse segredo fosse meu e das estrelas que estavam ali no céu. Só a gente sabia, ninguém mais nem imaginava. E foram esses ensaios tantas inúmeras vezes. Olhei, calculei, e pensei no barulho que meu corpo faria ao ir de encontro com o chão. E não, não era minha intenção sentir cada centímetro moído de mim. Acredito que até hoje ninguém saiba disso, talvez uma remota ideia de que, naquela época eu era estranhamente deprimida, coisa de adolescente. Aborrecente.
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A falta do Pai
Acho que nunca tinha parado para pensar o que essa falta de fato representa. A Falta do Pai, da figura supostamente idealizada, faz. Hoje estou hormonalmente numa montanha russa, parte disso consequência de um acaso infeliz. A Camisinha estourou, e eu estava ovulando. De todos os cenários possíveis, essa ocorrência estava entre o melhor e o pior cenário. Todas as condições acertadamente ambivalentes. Dois caminhos muito possíveis, e muito estáveis. Se sim ótimo, se não, melhor ainda. Me peguei de frente com a minha história, eu agora na posição de decidir meu aborto. Minha morte, meu fim. E decidi pensando que foi exatamente o que eu esperava que tivessem feito comigo quando descobriram que eu estava vindo. Contudo hoje sei que essa escolha nunca foi e nunca poderia ter sido minha. Mas essa, essa do dia primeiro de Maio foi inteiramente minha. Meu corpo expurgou no pânico toda minha história, em vômito vazio e porra escorrendo com força para fora de mim. Não, não pode ser. E não foi. E não será. E muito disso por que eu não tinha que ter sido, e logo estou aqui, sendo. Especialmente hoje, no primeiro dia da minha menstruação, com o corpo doendo e se desfazendo, sinto a imensa falta. Falta essa que eu acredito que só seria resolvida num colo. Confesso que tenho colos por ai, seguros e firmes, que me amam a sua forma e me acolhem. Colos que me desejam, que me cuidam, e me tratam com o carinho e com o respeito que eu não sei se tive. Escrevo esse texto ao som de Pink Floyd engasgada num choro amargo que insiste em ficar dentro e me mofar numa água suja de passado. As vezes, e algumas vezes, penso no meu pai. Essa figura Viva, forte, inflexível, irredutível e azeda. Triste e sofrido. Vejo tantos desses traços em mim que me assombra pensar que eu posso estar presa nessa cadeia violenta de abortar tudo e todos. De me ensimesmar a tal ponto que nada me serve, e abraçar essa escura (e confortável) solidão, e fazer meu ninho. Quando penso nele vou juntando as peças de quem ele era, sem muito sucesso, tentando entender quem ele foi. Esse quebra cabeças cuja imagem não faz nenhum sentido, e falta tanto que perde a figura e a função. Escrever é a parte que me alivia e faz pensar que talvez, bem talvez, eu tenha solução. Honestamente eu não sei dizer. Sinto que para alguém que tinha tanto a falar, as palavras não encontram saída. Já as lágrimas forçam seu caminho afora. Queria poder dizer que meu pai me deixou e que essa fantasia de não saber quem ele é, é tudo o que eu tenho. Mas não é verdade. Meu pai nunca me deixou por que ele nunca esteve presente. Sua presença parcial, a conta gotas, e tão ríspida lixava qualquer possibilidade de afeto, e arredondava meu tamanho à insignificância e ao incômodo. Tenho quase toda certeza de que não era essa intenção. Quase toda certeza de que tinha algum tipo de afeto que não aparecia à olhos nus. Quase toda certeza por que - apesar das inúmeras oportunidades da vida - ninguém me deixou morrer. Ele também não. Penso também que ninguém imaginava que eu já estava meio morta meio viva desde o dia que fui tirada daquela barriga jovem da minha mãe-menina. Aqui sentada no meu sofá, com meu gato escorado em mim, como se tudo estivesse na mais perfeita harmonia e encaixado em seu ligar no mundo eu penso : é, talvez fosse só isso mesmo. Dois despreparados com um recém chegado indefeso. Faltam muitas lacunas na minha história agora, que antes tão vividas, me lembrava. Não me lembro e não sei por que tento e não consigo. Não vem. Não me lembro se fui cuidada, embonecada, se fui vista, se fui tratada. Não lembro mesmo. Não lembro de mãos gentis, e nem palavras doces. A Marca, ironicamente de uma lágrima, está impressa nesse corpo, nessa alma, e nessa história que eu fujo em dizer que é triste. Ela é , e eu sei.
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Querida Vida
Como você tem sido boa e transformadora para mim. Quero começar essa carta nesse tom, para não esquecer do que se trata tudo isso. Tenho estado muito ansiosa, e parte disso é por que estou doente, e me sentindo confusamente sozinha, mas sobretudo pressionada pelas minhas escolhas e decisões. Me dei conta de que estou gostando de um alguém, ou alguéns, e que isso se torna um sufoco. Ao passo que estou me divertindo, me sinto engolida pela vontade e desejo de ser possuida tão intensamente, que não sobrará nada. Quando me vejo assim, tão envolvida, e sozinha - vem ele, aquele tão conhecido desejo de acabar com tudo. Quero chorar agora só de pensar que isso mais uma vez me acompanha. Me lembrei no carro vindo para casa que talvez, bem talvez eu não queira morrer de verdade. A Vida é imensamente muito boa. Mas nesses breves momentos, nos lapsos estranhos, a pergunta sobre a minha existência por aqui fica maior do que esse 1.53 metro que eu carrego de matéria. Pra quê? Qual o sentido? Olhando as casas em pinheiros, os caminhos conhecidos de outrora, tão cheios de vida, e tão cheios de morte, suspirei pensando que - tudo o que eu queria - era ser tomada por um amor tão grande, devastador, imenso, que encheria meu peito de ar quente e fresco. Não sei se é Lua, a ordem dos planetas, ou se é só essa gatilho maldito de não ter sido desejada e amada.
Não sei bem dizer se essa é a marca eterna de nascença que eu vou precisar lidar e colher tão amargamente.
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Querido Arthur
Tenho esse mesmo postal pendurado na sala aqui de casa. Foi o primeiro que comprei para enviar para você, mas o mais difícil de escrever. É de uma coleção de portas e janelas tradicionais de São Paulo, e tinha lá na casa em que eu cresci. Hoje a semana amanheceu cinzenta por aqui, não menos Paulista, mas um tanto mais fria e deu aquela preguiça de falar besteiras ao pé do travesseiro. Especialmente hoje, queria que essa Janela que eu te mando se tornasse um portal, não só para o passado, mas para a sala da sua casa, ou da minha. E que numa brisa a gente pudesse atravessar, quase que na marotice de criança - pular a janela e adentrar outros mundos. Quem sabe não funciona? beijocas ternas e saudosas, Ana
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Queridos Caminantes, Primeiro de tudo gostaria de dizer que eu sou muito ruim com despedidas. É por isso então que escrevo aqui na intenção de deixar apenas um até breve e não um Adeus. Queria agradecer cada um de vocês, em suas particularidades, potencias e desafios que me permitiram aprender tanto todos esses 100 anos de vida na Camino. Quando cheguei parecia que sempre estive ai, e acho que essa é a grande beleza desse projeto de pertencimento que a Camino proporciona. Não posso deixar de colocar aqui que esse sonho é coletivo e só acontece por que tem as mãos de cada um dos educadores que compõe essa equipe brilhante. Estar no território do educar é também se fazer educando e educador simultaneamente, e que nossa aprendizagem está presente nas miudezas e nas relações. Espero que vocês sigam enxergando e capturando esses momentos de primeiras descobertas dos nossos pequenos, e que possam se deliciar com as histórias que eles tem para contar do mundo para nós. Afinal de contas, eles estão ai vivendo tudo aquilo que não podemos mais. (rs) Aproveitem os abraços, os colinhos, as transformações, e os desafios - daqui a pouco passa e eles crescem (e a gente também). Espero que vocês não se esqueçam de brilhar, e assim como uma grande carnavalesca, não deixem de passar purpurina no dia de vocês. Mesmo minúsculo, esse brilhinho é insistente, e fica impregnado em todos os lugares - bem como as nossas inquietações de fazer um mundo melhor. Agradeço do fundo do meu coração por participar de um projeto pioneiro de inclusão liderado pelo WCD, e pela resiliência e força de todos em fazer ele acontecer com tanto cuidado e atenção. Todo mundo faz parte da dança, basta saber fazer uma festa. Deixo meu contato sempre aberto, e apesar de não adorar abraços, estarei hoje no Bar do Biro, na roda de samba dos educadores, para quem quiser me dar um abraço rs. (hoje eu deixo) Muito obrigada a todos vocês, à Letícia por sempre me permitir sonhar e crescer. Um grande beijo já saudoso e repleto de afetos, Ana
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Querido Paulo
Sei que ai dentro ainda mora um pedacinho de mim. Eu não aguento mais esse eco dentro de mim, com a voz breguissima do Fagner, me dizendo, me convencendo, que ai dentro deve ainda morar um pedacinho de mim. Eu não sei. E de verdade me custa muito querer saber. No final do ano, numa tarde em salvador, eu não conseguia deixar de pensar em você. Parecia uma tortura pessoal dos meus sentidos todos. Quando a brisa quente passava pela minha pele recém saída do mar, era você que eu lembrava. E que chato isso! Você não me quer, não faz questão, já me disse e tudo bem. Contudo, sinto que depois de tanto tempo achando que eu nunca mais ia sentir as coisas assim dessa forma, você me aparece. Sem lenço, sem documento, e sem qualquer compromisso. Tal qual eu. Me pergunto aqui se você pensa mesmo em mim, se lembra de mim durante o dia, ou se nos outros abraços que dá por ai, pensa no meu. Por aqui sim. O tempo todo, e é transtornante. Me sinto cansada de tentar deixar para lá. De respeitar sua vontade de não te procurar nunca mais. De ser madura ou como você diz "adultos", e não te dizer tudo aquilo que eu sempre me engasgo. Tirei você das minhas vistas por que doeu, e doeu fundo. Doeu amargo e eu não queria mais sentir essa sensação de abandono completo e sobretudo, como se fosse culpa minha. Confesso que eu me permiti acreditar em tudo o que vivemos, e inclusive deixei fermentar esses sentimentos depois que você se foi. Nosso encontro raro me foi descrito como "não era nem para ter ido tão fundo". Tão fundo. Tão fundo. Eu, infelizmente, não sei o que é ser raso. Não sei o que são mergulhos seguros, sem pressão, sem peso. Não sei, mas as pessoas sabem. E é terrível, por que quando o ar acaba, eu me vejo ali no fundo, sozinha. De qualquer forma, querido Paulo, essa é uma carta de amor, e de muitas saudades. Uma carta de quem quer ouvir sua voz, sua risada e suas implicâncias. Uma carta também de agradecimento por ter me libertado de mim mesma. Me encantou muito, balançou e despertou em mim tudo aquilo que eu coloquei para dormir e apagar. Obrigada. E de uma coisa fique certo , amor. A porta vai estar sempre aberta amor. O meu olhar vai dar uma festa, Amor. Na hora em que você chegar. Seja você Paulo, ou seja o Amor mesmo. Não sou eu que perco ao dar e entregar amor, É você que perde em não receber. Te amo, Paulo. E torço para que você esteja bem e muito feliz por ai.
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Poetry Comics Month, Day 19: Then/Now
For more poetry comics, check out my upcoming book: https://smarturl.it/PoetryComics
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Dos olhares que tocam, se roçam, e deixam escritos na pele o sabor de cama bagunçada. O amor é perigoso.
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Jamón Jamón (1992)
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100 coisas para fazer antes de morrer - versão 2023 - ou 100 coisas para fazer quando eu ficar
Essa lista é uma re-re-re-atualização (por que o tumblr cancelou a primeira escrita) de todos os meus desejos, por mais absurdos e pequenos que sejam, de fazer antes de morrer. (seja essa morte literal ou simbólica)
1-Tomar vacina covid19.
2-Voltar a viajar de avião.
3-Comprar (ALUGAR) uma casa espaçosa o suficiente para ficar isolada se necessário.
4-Ficar magra de novo.
5-Viajar para a Disney com a Anne e o Julio.
6-Visitar Thomas Family todo ano.
7-Morar na Europa sem me preocupar com muito.
8- Ter um casamento dos sonhos, com declaração, pedidos emocionantes, festa, e vestido de noiva.
9-Fazer muitos cursos de Psicanálise. Inclusive em outros países.
10-Aprender a falar espanhol, francês e alemão (talvez alemão não... veremos)
11-Morar perto do meu trabalho.
12-Dançar semanalmente.
13-Ajudar minha mãe a ter a própria casa dela onde ela quiser.
14-Ter almoços de domingo em família quinzenais.
15-Sempre lembrar de cuidar de mim.
16-Ter um divã na minha casa.
17-Ter um filho em algum momento da vida.
18- Conhecer mais de mim.
19-Aprender a cantar.
20-Escrever um livro com todas as coisas - ou parte das coisas - que se passam na minha cabeça.
21-Ser segura de mim.
22- Ter meus irmãos por perto sempre.
23-Comprar um quadro do Gui.
24-Conhecer pessoalmente o Rubel.
25- Ir num show do caetano veloso.
26- Ver o MychemicalRomance de novo, e me vestir de emo, é claro.
27- Celebrar todos os meus aniversários. Sempre.
28- Aprender a correr e gostar disso.
29- Me vestir com menos roupas doadas.
30-Ter orgulho dos meus perrengues.
31- Não me deixar adoecer por mais ninguém.
32- Aprender a falar não. Para os outros e para mim.
33- Ter rotina com as minhas leituras, e não ficar me distraindo com tudo.
34-Não deixar nunca de fazer análise.
35-Buscar fazer amigos bacanas. (não sacanas)
36-Ter meu "próprio" protagonismo na minha vida (complexo não?).
37-Dar palestras na PUC sobre infância e práticas de cuidado e educação.
38-Voltar a trabalhar em escola como Orientadora educacional.
39-Ler as obras de Lacan e entender alguma coisa (tem a vida toda né, já dizia meu analista)
40-Viajar de carro pelos países. Primeiro pelo Brasil. Depois pelos Estados Unidos. Depois França. Depois Espanha...
41- Visitar Cuba por 1 mês.
42- Sempre que eu for em algum lugar, provar um pedaço de torta cheesecake.
43-Fazer um livro de receitas minhas.
44-Não sentir mais culpa em sentir as coisas.
45- Tatuar a Capitu para eu nunca esquecer dela e do quanto ela me faz bem.
46- Nunca mais me deixar sentir pequena.
47- Ser fotografada em fotos que eu me sinta bonita.
47.2 - Ser fotografada para ter registros meus.
48- Pular de asa delta.
49- Retribuir sempre o acolhimento que eu recebo da vida.
50-Não tomar mais refrigerante.
51- Fumar só para me fazer charmosa, nada além disso.
52- Me apaixonar pela vida e ter vontade de ficar com ela.
53- "sempre desobedecer, nunca reverenciar"
54- Não esquecer de quem eu sou, mas não ficar lembrando o tempo todo do que eu fui.
55- Conhecer a Torre Eiffel iluminada.
56- Ilustrar um livro infantil.
57- Escrever um livro infantil!
58-Guardar sempre metade do meu salário para eventuais desgraças.
59- Aprender sobre plantas medicinais
60- Aprender sobre cosméticos naturais.
61- Eventualmente ter um carro, ou dinheiro o suficiente para alugar carros.
62- visitar o egito, a grécia e roma.
63- Mergulhar no oceano índico.
64- Fazer uma viagem em alto-mar num navio seguro, claro.
65-Me tornar professora da PUC.
66-Trabalhar numa cafeteria na bélgica. (queria dizer frança, mas me senti repetitiva nessa lista)
67-Ter uma escola de educação básica e integral.
68- Brigar sempre pelo que acredito, mas ouvir sempre.
69- Visitar a Verinha.
70-Ter uma biblioteca em casa, com estantes altas e cheias - e ter lido todos os livros!
71-Ver meu irmão crescer e ser feliz.
72-Ver a minha irmã bem e segura sempre.
73-Ter muitos gatos peludos - adotados, claro.
74-Ser uma psicóloga com acessibilidade, acolhimento e afeto sempre.
75- Aproveitar os dias de sol sempre que possíveis. E colocar os pés na grama.
76- Me aventurar.
77-Morar num lugar sem barulho de carro.
78- Aprender a dormir cedo, e deixar as madrugadas para outras aventuras que não a ansiedade mental.
79- Cuidar dos meus pés.
80- Ver NEVE! Me jogar de costas na neve, e sentir o peso do meu corpo e o gelo se fundindo.
81- Ser conhecida por fazer "comida de mãe"
82- Sempre estar cheirosa.
83- Ter autonomia afetiva, psicológica, e financeira para ter meus momentos de solidão.
84- Ter um Gurgel.
85- Nunca deixar me convencer que minha juventude passou, e com ela minha possibilidade de viver uma vida feliz.
86- Quero saber identificar os momentos que pedem um bom café ou um bom vinho.
87- Fazer Mergulho
88- Andar sem sentir medo ou que eu estou devendo alguma coisa ou explicação para alguém.
89- Não deixar meus sonhos serem só sonhos.
90- Se eu puder ter um filho, quero ensinar e viver o melhor da vida com ele.
91- Conseguir cruzar as pernas.
92- Vestir minhas roupas favoritas e me sentir bem nelas.
93- Se eu tiver uma casa só minha, ter um sistema de ventilação nela.
94- Ter a minha própria horta.
95-Se eu tiver uma casa bem grande, quero resgatar gatinhos.
96- Não precisar ficar tanto tempo numa tela.
97- Descobrir coisas novas sobre mim e sobre as pessoas que eu amo sempre, e poder gostar disso.
98- Comer apenas para calar o estômago, não a alma.
99- Deixar minha marca no mundo.
100- Continuar desejando sempre.
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Querido Paulo
Sonhar com você é sempre desesperador. Essa palavra agrega tanto significado, que não consigo descascar essa quantidade de camadas. Talvez por que eu pulei um dia do remédio, talvez por que eu esteja dormindo mal, talvez por que seu aniversário é amanhã, talvez por que eu sinto sua falta. Não sei dizer nem colocar em tantas palavras. No meu sonho pensava até que o Rubel fazia uma canção para mim, pensando em você. Fui notando que eu não sei bem os caminhos do amor, por que raramente fui amada. Você me deu um sabor de algo curioso que eu ainda não sei distinguir. Algo que eu conhecia e desconhecia, paradoxalmente. Me lembro de poucas coisas desse sonho. Me lembro dos teus olhos me fitando com carinho, ciúmes, amor e até manipulação. E eu me deixando ir, levinha nos teus braços. Lembro de desdenhar você para me defender disso, e querer tanto que você me abraçasse. Lembro de perceber que você sentia minha falta, mas não o suficiente para me buscar. Num determinado momento, você me abraçou. Pequeno e quente, encaixado numa saudade imensa. Me senti derretida, escapando pelas frestas das linhas que nos separavam. Atrás de mim tinha um céu azul lindo, como uma pintura renascentista, e você me olhava de baixo. Como se eu fosse um anjo. Mas eu não era eu nesse reflexo. Era uma mulher asiática, de cabelos negros, e olhos furtivos. Talvez tenha deslocado para uma personagem qualquer da força que eu sinto ter e não vejo. Você pedia um retrato meu, e nas diversas tentativas eu via o que você estava vendo. E não era bem eu. O sonho acabava ai, ou é até onde me lembro. Acordei com uma sensação estranha, pensando que gostaria de te mandar felicitações amanhã e que eu sempre penso em você. Que vou ao Rio em breve, e quero cruzar com você, mesmo sabendo e tendo certeza que tudo acabou. Percebo agora Paulo, que apesar de toda saudade e carinho que tenho por você, amadureci. Não quero nada menos do que aquilo que já posso me dar. E que se vier, que seja leve e divertido, como você, sua risadinha, e todos os seus problemas que me fascinavam. Ainda acho que nosso encontro foi raro, e uma pena que esgotou tão rápido pelo desespero desenfreado de nós dois. Queria que você soubesse Paulinho que, ontem sonhei com você. E fico feliz de te preservar assim nas miudezas da minha vida. Espero que você esteja me preservando por ai também. Ou não.
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