6 por um

é muito estranho não estar mais em lugar nenhum, não estou mais nos bares, lares ou qualquer lugar que um dia se remeteu a mim, meu quarto é único que lembra do meu nome decorado, é difícil dizer que falta é o que me cabe agora, nenhum desses lugares antigos preencheria a saudade que é saber de algo novo, que cresceria dentro de mim, que me mudaria, não apenas me entorpeceria é estranho dizer que nada mais me cabe ou serve quando nem tentar vestir eu tentei, queria poder nascer de novo e ver o mundo ser as mazelas que me cercam e afetam tudo que um dia eu posso pensar, tudo que é perdido quando eu acordo e discordo que é possível viver sem querer morrer

hoje vi um antigo amigo no metrô

ele não me viu de volta

havia muitas coisas entre a gente

pessoas, mãos, laças, fones, celulares, tempo,causa, mochilas, tatuagens.

coisas que eu demoraria muito tempo para tirar no caminho

eu poderia gritar seu nome e ele ficaria chocado de lembrar que em alguma realidade longe da dele eu existo

as vezes acho enevitavel ele olhar para o lado e me ver e eu quero sumir sem saber se estou melhor do que na minha adolescência, se ainda tenho a mesma aparência de quando nos meus 15 anos era mais próxima dele do que de mim mesma, é tão estranho não saber mais de alguém, não que eu sinta falta mas é bizarro reconhecer um corpo e não a pessoa que está nele.

a gente quase se aproxima mas eu aguardo pela saída vai que consigo apenas fazer com que ele note minha presença sem eu ter falar nada.

mas meu corpo foge de mim e vai até ele, o cutuco como uma criança sem falar nada apenas esperando a resposta sendo boa o ruim.

ele se surpreende por apenas uns segundos e já me pergunta aonde estou indo digo na psicóloga e ele ao trabalho como estamos em são paulo ele pergunta o que estou fazendo e eu sei que é relacionado a trabalho, digo meu emprego escalonado sem muitas felicidades e ele parece cansado do seu emprego moldado. entre as escadas rolantes, a pressa, o suor, o estranho, o cansaço ele me fala brevemente de divórcios e desafetos.

eu queria parar e falar com ele, sem me importar de me atrasar ou estrapolar nos fatos sobre mim mas quando ele me pergunta como ando eu apenas levando os ombros mostrando que não sei qual parte ele ta falando, mas a pressa sabe mais da vida dele do que eu nos últimos anos e ele vai sem nem pensar ou terminar uma frase, falo para a gente marcar de ver mas eu sei que nunca vai acontecer. Não por minha causa e nem pela minha certeza que se amei alguém um dia vou amar para sempre e sim por que ele não me viu no metrô eu vi ele e isso me conta que eu tenho que parar de fazer papel de tonta.

amanhã vai dar tudo certo e vou conseguir me sentir livre

vou estar presente

vou estar presebtte

nem o passado nem o futuro irão me pertubar

nem o passado nem o fututo irão me portubr

nem o passado nem o futuro irão me perturbar

vou conseguir tocar e ser tocada sem pensar em todoas as outras vezes que isso deu errado

vou conseguir tocar e ser tocada sem pensar em todas as outras vezes que isso deu errado

vou conseguir tocar e ser tocada sem ter que pensar em todas as outras vezes que isso deu errado

essa é uma experiencia nova sem amarras

esssa é uma experiência nova sem amarras

essa é uma experiência nova sem amarras

ele nao vai me machucar nao vai me forçar a nada

ele não vai me machicar não vai me forlar a bada

ele não vai me machucar NÃO vai me forçar a nada

ele NÃO vai me machucar NÃP vai me forçar a nada

ELE NÃO VAI ME FORÇAR A NADA

ele irá me respietar e eu sei me protejer

ele irá me respeitar e eu sei me protejer

ele irá me respeitar e eu sei me proteger

amanha eu vou te ver e vou estar vuneravel

amanhã eu vou te ver e vou estar vúneral

amanhça eu vou te ver e esstar vunerável

amanhã eu vou te ver e estar vuneravéç

amanhã eu vou te ver e estar bunevevél

amanhã eu vou te ver e estar vuneralvél.

amanhã eu vou te ver e estar vunerável

amanhã eu vou te ver e estar bunerável

amanhã eu vou te ver e estar vuneravél

amanhça eu vou ter ver e estar vulneravél

amanhã eu vou te ver e estar vulnerável......................................

ta, eu falei para a minha nova psicóloga que para diminuir a tortura psicológica criada e executada por mim mesma iria vir aqui escrever sobre você, achei que tudo ai acabar no frango assado, mas amanhã te verei e talvez te beijarei não tenho certeza, que vai todas as linhas do metro decidem fechar o céu cair e o mundo acabar? talvez seja o fim do meu mundo, na verdade não se eu ver por esse ponto vou destruir uma realidade que ainda nem se criou, oq acontece a partir do momento que eu decido finalmente deixar que você me veja sem uma fachada fina para disfarçar minhas vontades, o que vai ser do meu corpo quando ele perder a proteção invisível e palpável que me mantem longe de tudo que jurei que apenas me causaria destruição, será que você conseguirá ver que ao menos eu estou lutando contra ela, que eu pareço morta por fora sem vontade alguma mas por dentro eu queria tudo que ela mente que nao quer, que nao deseja, o conflito que eu perco todos os dias me venceria na guerra? se eu te falasse tudo isso valeria? te assustaria? o que poderia ser dito diante de tamanha tortura sem necessidade existente. Nenhum sentido cabe nessas linhas dos meus gritos digitados, se eu pudesse pular toda essa fase eu pularia e passaria sem ter que sofrer e morrer tanto, mas do que adiantaria se no futuro essa versão minha te encontrar e você perceber que não sai do lugar, do que adiantaria eu ja me vi esquecido de terminar isso aqui, quem sabe amanha ou depois eu volte para dizer que nada é tao ruim e que é possivel viver no presente.

Você sabe muito bem que eu nao sei nada sobre você e muito menos vc sobre mim

eu não devia voltar aqui e te dedicar mais umas linhas mas não vejo com uma escolha além dessa, meu sono escapou e tudo que me restou foi esse rascunho de pensamento sobre você.

Sem querer me precipitar mas antes mesmo de te beijar, sei que te casaria, amaria e divorciaria. É como se fosse uma linha da minha vida já completa, uma rua cumprida que eu consigo ver de longe tudo que nos aconteceria.

É fácil ver tudo que vai acontecer dentro de mim, é como se uma bruxa sussurrasse no meu ouvido tudo que a gente ai passar, pode me chamar do que quiser mas não existe um ponto que possa ser dito que descomprouve a existência dela, dentro do meu tímpano esquerdo.

Ela me diz que nosso amor pode ser datado, meio acabado mas principalmente medroso, sem muitos atos corajosos e que sua longa validade iria acabar quando nossas expectativas fossem extinguidas e tudo que nos restaria seria o amargo gosto da raiva.

pode ser que eu só sou meio amarga e tudo para mim se torna verdade quando tem a possibilidade de acabar com as grades que eu mesma renovo a cada ano para manter tudo isso longe de mim.

Gosto de você. Não tem como saber se te amo nem se te quero, o único fato é que não sei da sua fome, se me chama quando me escondo, quando fujo, quando olho para qualquer canto que nao seja o seu, não sei de você, o que me conta foi que permiti que contasse, espero que no fim esse casamento inventado tenha sido apenas um devaneio por mim sonhado, antes de dormir, para ver se em alguma realidade nosso amor existiria de verdade.

tenho que me trocar e colocar o lixo para fora, queria poder ir junto e deixar toda a bagunça em casa e quando eu fosse jogada todos meus sentimentos se quebrariam e se amassariam com os amontoados que outros jogam encima de mim não seria mais eu, a bagunça seria de quem desse o azar de entrar em casa, não existiria existiria mais quem culpar por toda essa zona criar.

nunca vou conseguir viver que nem vcs beijar transar q nem vcs não fui destinada ao amor fui amarrada a dor de ter a covardia

nada vai preencher oq eu sinto nada vai me tirar do buraco do sofá, eles vão continuar seguindo e se sentindo vivendo, o forró do sofá já está tão misturado na minha pele que eu não sei mais oq faz parte de mim e o que eu deixei ele tirar de mim e se colocar no lugar, oq é pele, oq eh sujeira, tudo me parece empoeirado demais para meu tato sentir algo, eles estão se beijado no ônibus agora eu sei e eu to em casa já afundando no buraco com meu nome e sobrenome aonde eu jamais iria sair sem uma escada em chamas, não escalaria nem correria eu ficarei aqui enquanto eles se tocam eu foi ficar aqui como eu sempre fiquei, se alguém ousar me chamar coloco restos de comida achados entre as almofadas para tampas e me fazer dizer que nunca ouvi e nem vi alguém. talvez nunca tenha aparecido alguém de fato, nao tem campainha e as palmas não chegam aqui, se alguém me gritou foi em outra vida, nesse tudo que me restou foi escolher entre sobreviver e morrer.

em breve. eu queria continuar aqui uma serie de registos escritos para quem for ler quando eu nao estiver mais para chegar mostrar a alguém, em breve vou escrever cartas individuais a todos que mais me tocam, que sinto que machucarei quando partir. Em breve nao vou escrever os porques e nem os porém, acho que vai ficar tudo meio obvio quando eu virar pó, alias quero virar pó, me joguem no mar com os mais belos peixinhos a comer o resto que sobrar da carcaça que vou virar, doe tudo o que vcs puderem também. Em breve.

sinto muito ao escrever isso, as pessoas que me amam que se importam eu juro que tentei, de todas as formas e jeitos e cresças acreditar que um dia eu poderia me sentir melhor que toda essa dor passaria, mas ficar aqui viva me faz menos sentido a cada hora, me pesa cada vez mais ter que acordar, me vejo sem vontades ou quereres, parece que eu ainda não fui por que penso na dor que isso causaria a poucos e não a mim mesma, sempre pensei em todo mundo menos em mim e por isso que decidi acabar com tudo isso, em breve. escrevo para vocês verem depois e saberem que eu tentei por vocês, pelas pequenas coisas, por achar que eu poderia crescer e me ver longe de toda a dor, mas ela tá maior que eu ja e eu vou planejar tudo longe de vocês não quero que seja algo que vejam, não quero salvamentos nem tentativas de reanimação quero ir em paz sem saber oq me espera. em breve.

me dói tanto saber que meus jeitos e desvios continuaram comigo, que eles não podem ser arrancados do dia para noite num ato de rebeldia, toda dor é vitalícia dentro de mim e tantos outros, queria nunca olhar para o outro e saber que nunca conseguirei ser livre igual, tenho que criar uma forma de me despedir de todo esse vontade vencida, ela nunca vai ver a luz do dia.

coisas que sei até a primeira hora dos meus 22 anos

1- as vezes parece que brigo com a minha vó apenas para ter um motivo forte para morrer

2- sou extrovertida, amo falar e conversar sobre e com gente.

3- talvez eu nunca consiga me abrir para alguém que me ame amorosamente, me parece inconsolável a minha falta de coragem de tocar alguém que eu possa amar.

4- ler me faz muito bem, a as vezes só me da vontade de envelhecer se for para ler quando for mais velha sem muitas responsabilidades

5- eu amo criar coisas, e nao sei se isso se limita apenas a moda mas nao tenho a resposta do que quero fazer com a minha vida, queria escrever, atuar, desenha e sempre parece que escolhi o jeito errado de me expressar e estou presa mesmo amando muitas partes muitas mesmo.

6- preciso beber menos, sim mitski feels like a family mas a recessa piora a cada ano.

7-eu nao sei mesmo quando gosto de alguém, se eu me convenço de coisas pq são mais fáceis ou por que é genuíno.

8- ter visto mysterios skin e conhecido a layla me fez me sentir acolhida.

9- preciso de uma religião

10- sinto falta do meu pai, da minha mãe mas eles nem sonham com isso e nem eu,

11- preciso me preparar quase diariamente por que sei que meus avós nao são eternos

12- queria muito sentir outra pessoa, fisicamente dormindo comigo mas é tao impossível na minha realidade eu deixar alguém me amar.

13- amo dose de cinco com gelo de melancia e como a julia me deixa ser doida.

14- nao beijei nem metades da bocas que eu poderia ter beijado com 21 anos.

15- se a pagu nao der certo vai ser muito dificil recuperar a autoconfiança que eu tenho tentando construir

16- nao sei ser sensual fora do meu quarto e para outra pessoa.

17- dinheiro me traria uma paz de outro mundo

18- odeio meus surtos de raiva igual meu pai

19- se eu nao tivesse passado por tudo que passei, seria uma grande atriz

20- eu odeio a minha voz, mas amo muito muito meu cabelo VERMELHO MUITO CACHEADO

21- talvez eu nunca fale para alguém da minha familia eu eu posso amar qualquer pessoa mas nao sei se devo isso a eles.

22- ter amigas mulheres me melhorou muito.

minhas primeiras palavras escritas com 22 anos.

começo no meio do começo dos meus vinte e dois anos chapada, meio para lá meio querendo que esse dia nao fosse sobre mim, mas ele é e o único que para uma pequena parcela de pessoas é conhecido como meu dia, em algum lugar do planeta nas limitações da minha rua apenas esse dia pode me pertencer, me resta tão pouco para sentir, nada esta dentro ou fora do meu alcance, quase tudo já me foi me tirado, meus direitos, meus desejos, a única coisa que pareci minha de fato é a pele, ninguém poderia tirar de mim minhas cicatrizes cutucadas e as tatuagens, há tanto que foi roubado. Queria não sentir a incessante vontade de vomitar todo o liquido que tomei de jantar, sem escrever bonito nada do que eu sinto não faz muito sentido, tem muito cabimento apenas, eu sempre vou achar uma lacuna para todos eles se encaixarem dentro de mim mas nunca fora. Nada que escrevo parece muito feliz ou conquistado mas eu juro que eu venho tentando migalha por migalha encontrar a figura de algo que me de motivo para seguir livre, por mais que as vezes tudo que eu tenha é um mofo para me agarrar, tento para mim mesma dizer que pelo menos até amanha eu tenho motivo para viver e por enquanto isso que mantei andando. Queria dizer que tenho um pouco de amor dentro de mim, talvez ele me baste um dia, eu aceite o que me é dado, quando conseguir remover a mão que tapa minha boca, quando finalmente apodrecer poderei dizer tudo que me prometi jamais sentir.

Mas eu amo, amo muita coisa e ainda estou aqui por causa do amor que nunca vou achar o mereço todos os dias ( só alguns), pelo menos até os meus primeiros 45 minutos com 22 anos.

raiva cega

meus dedos cheiram a baunilha que eu abri para cozinhar e que acabei jogando tudo fora sem fome, a briga matinal sempre vai me fazer mal, você chegou no pior momento a aveia estava toda espalhada pela pia e eu que preciso de pouco para me sentir uma bomba autodestruitiva explodi enquanto você me mandava coisas que só me deixam com uma faca cega nao queria ouvir logo cedo seus pedidos de perfeição que nunca serão parte de mim como você queria, e pior que eu que estou errada e aqui destroçada por ter te cuspido as piores palavras que ninguém merecia ter ouvido, queria me ver longe de você para parar de te fazer tão mal, acho que você sorriria tanto se um dia eu desaparecer, nao ter que lidar como uma faca cega que insiste em tentar te machucar sem saber como lidar que sua superfie lisa que nada jamais irá cortar, talvez se eu me matar te deixo livre da dor que é acordar todo dia e nunca entender a minha raiva, queria arrancar meus dedos que cheiram a baunilha por que eles nao servem para nada além da vontade de criar superfícies de corte em uma faca cega

talvez eu pense em você antes de dormir, de várias formas mas acho que principalmente a pilha de travesseiros do meu lado que eu abraço

hoje eu só saí de casa por que não queria te tratar mal não queria te culpar por algo que só eu tenho culpa não queria fazer você ouvir meus escândalos infantis sobre nunca ter que saber lidar com todo o peso que ser adulta me trás, mas a presença dela sempre me transforma em uma adolescente de 16 anos raivosa e torna errada toda a minha prosa, a minha melhora nunca chega quando a vejo eu tenho vontade de morrer toda vez me vejo longe de mim secundária as minhas próprias escolhas de fala e tom, a raiva toma meu lugar, o ressentimento torna minha face em um bico enorme aonde….( terminar)