Tumgik
gliterarias · 4 days
Text
O Xangô de Baker Street
O romance cômico policial brasileiro "O Xangô de Baker Street" é o primeiro romance escrito pelo humorista, dramaturgo e escritor Jô Soares. Que vai trazer , aliada a uma pesquisa histórica da vida no Rio de Janeiro durante o segundo reinado, a vinda de ninguém mais ninguém menos que Sherlock Holmes ao Brasil.
O livro foi uma recomendação antiga que estava pegando pó a muitos anos já na minha estante mental ( desculpa mãe), e com a oportunidade de trazer literatura brasileira a página o momento dele chegou (risos).  Li o livro em questão de dias, intrigada em saber quem era o assassino ri e participei das atrapalhadas investigações que  Jô Soares faz o pobre inglês passa.
A primeira ressaca, a invenção da caipirinha, o primeiro amor de Sherlock sendo uma mulata e muitas e muitas cenas constrangedoras que os brasileiros boêmios da “Malta” fazem os ingleses passarem tornam o livro envolvente. Não foram poucas as vez que segurei sinceras gargalhadas pelas gafes do detetive inglês.
    O livro é uma mistura engraçada de cenários e personagens históricos e fictícios. A vinda da legendária atriz Francesa Sarah Bernahard ao Rio de Janeiro e o desaparecimento de um violino Stradivarius faz com que D.Pedro II acabe chamando Sherlock Holmes ao Brasil e é claro, junto dele o fiel escudeiro dr. Watson. No meio da trama nos deparamos com Olavo Bilac, Chiquinha Gonzaga, Paula Nei (que eu jurei por metade do livro que era uma mulher), Guimarães Passos, Coelho Neto, que hora ajudam, hora gozam dos dois ingleses em meio as investigações.
    Investigações que se tornam sérias quando veem que o caso do stradivarius desaparecido está possivelmente nas mãos do primeiro serial Killer brasileiro.
    O livro passa por lugares famosos do Rio que eu como "manézinha da ilha" (Nascida em Florianópolis) não conheço, o que me fez ficar tão perdida quanto, se não mais, que o próprio Sherlock andando por lá. Mas não deixei de me sentir parte da trama, principalmente nas reuniões do grupo "Malta" como se autodenominaram, no bar do necrotério onde realmente me sentia ouvindo conversas e teorias de bons e velhos amigos entre si e junto deles, Sherlock e do delegado Mello Pimenta tentei decifrar os enigmas do louco assassino de jovens moças.
    Jô Soares colocou no livro e claro rindo muito da forma com Jô fazia de mim uma quase amante dos livros de Sherlock rir das bobagens que ele faz Sherlock cometer ao longo da trama.
    Pelos poucos dias que estive lendo o livro não consegui descobrir quem era o assassino antes dele mesmo se mostrar, fiquei indignada com isso (risos) achava que com minhas muitas experiências de investigação eu teria encontrado de primeira, mas pelo menos eu estava na trilha certa.
    O Xangô de Baker Street se você ainda não leu é a minha recomendação de leitura de uma aventura que vai te surpreender do começo ao fim. 
6 notes · View notes
gliterarias · 11 days
Text
Resenha: O Mago Revolucionário
A obra de Rafael Marques de Albuquerque, lançada em 2023 pela editora Pendragon, é uma alta fantasia brasileira que se passsa em Aracum e narra a história de Canael de Tolita, um jovem prodígio que acaba se envolvendo em uma trama política e fantástica graças ao sequestro de seu melhor amigo por conta de um objeto de poder tanto mágico quanto político.
O Mago Revolucionário é dividido em cinco partes. Na primeira, conhecemos Danga-Ubi — governadora de Tolita —, Canael e Márnia, e um livro proibido sobre teurgia — estudo de magia oculta com espíritos da natureza e antepassados — que a jovem possuía, acompanhamos o desenvolvimento do romance dos dois até descobrirem o livro escondido nas coisas de Márnia e ela ser levada pelo governo.
Na segunda parte, conhecemos Crispapu, Efarita, Safindê, Papiguari, Quatuba, enquanto vemos os pescadores sequestrados serem resgatados, além da descoberta da identidade dos sequestradores, Natalaí e Tatiri. Vemos também a escolha de Canael de retornar seus estudos sobre teurgia após a morte de Crispapu.
Na terceira parte, conhecemos Naergaxu, Corajara e Mirita. Nessa parte, há um plot twist relacionado à revolução crescente para derrubar Danga-Ubi, também vemos o desenvolvimento de Naergaxu e Canael, um relacionamento proibido, pois eram mentor e aprendiz.
Na quarta parte, acompanhamos os acontecimentos no monastério que acolheu Canael, e onde ele conheceu Naergaxu, que havia sido deposto de sua posição de líder por Mirita, dominada pelos ciúmes e sentindo-se traída. Assim como também temos mais informações sobre a revolução e as alianças sendo formadas, possivelmente.
Por fim, como o título da quinta parte já especifica, na quinta parte há a guerra, após uma tentativa de reconciliação e entendimento, há o conflito e o desfecho dessa revolução.
Cada detalhe foi muito bem construído, as descrições dos personagens e paisagens tem um detalhamento específico que nos faz imaginar facilmente, mesmo com as ilustrações magníficas entre as páginas. As descrições dos locais e as cenas fantásticas derrama criatividade, cor, magia e Brasil, as referências à fauna e à flora brasileira nos deixa mais próximos a Aracum — o mapa no início da obra tem uma arte incrível.
Engoli a obra rapidamente, me apaixonei por Canael e cada personagem, até mesmo os “vilões”, adorei passear por cada parte que nos foi permitida conhecer, além disso, foi impossível não shippar nosso protagonista com suas paixões, assim como a fluidez de gênero de Tatiri. A temática política também não ficou para trás e seu desenvolvimento foi sensato e de fácil compreensão, assim como o funcionamento das regras e afins.
O Mago Revolucionário tem uma narrativa envolvente que te faz querer sempre ler mais um capítulo e saber mais sobre a revolução, sobre Canael, seus amigos, aliados, paixões e aventuras. E o sabor brasileiro dá aquele gostinho a mais que só nossa literatura consegue ter.
2 notes · View notes
gliterarias · 25 days
Text
Resenha Coletiva: O Morro dos Ventos Uivantes, Emily Brontë.
Lançado em 1847, a obra de Emily Brontë narra a caótica história de amor e vingança de Catherine Earnshaw e Heathcliff, e Edgar Linton. A tragédia se passa na Inglaterra e é narrada por um visitante do morro que acaba intrigado com a excêntrica família que conhece por lá, e ao retornar para a residência onde estava alojado, Lockwood pergunta a uma das serventes, Nelly, que lhe narra o pesadelo sem fim vivido por duas gerações de Earnshaws, Lintons e Heathcliffs.
O pesadelo inicia com os irmãos Earnshaw e a chegada de Heathcliff em sua residência, onde recebe o amor da menina e o ódio do rapaz, pois o mesmo recebia a preferência do patriarca. Porém, em um passeio, Catherine e Heathcliff conhecem os irmãos Linton, os quais os jovens moradores do Morro dos Ventos Uivantes acham muito “cheios de frescura”, no entanto, Edgar Linton se apaixona pela Earnshaw. Com o passar do tempo, Catherine se aproxima cada vez mais do vizinho, com quem acaba se casando pois acreditava que não poderia ficar com aquele que amava por ele não ter as qualificações necessárias para casar-se com ela. 
Ao ouvir o que sua amiga achava de si, Heathcliff some por anos, nos quais Catherine se casa com Linton e se muda para a Granja Thruschross. E quando retorna, Heathcliff vinga-se daqueles que o maltrataram e duvidaram de si, vingança que continuou depois com seus descendentes.
Mary: Amei a fofoca. Obrigada, Nelly por tê-la contado pra gente, quer dizer, pro Lockwood que contou pra gente. A Catherine me irritou desde o início, garota mimada. Heathcliff é aquele personagem que eu passo um paninho, tirando o salvador dele e Catherine, Heathcliff sempre foi humilhado e menosprezado pelos outros moradores do Morro dos Ventos Uivantes, assim como os vizinhos da Granja. Não vou fingir que não gostei dele ter se vingado de alguns, mas ele também não devia ter descontado em quem não devia.
Nick: Amei demais acompanhar toda a fofoca que é essa obra. Amei acompanhar a trajetória dos personagens, o drama (amo um drama). Eu sou tão fofoqueira quanto o Lockwood, não posso negar, e isso foi um dos pontos que me fez ficar tão cativada no livro, além da própria história trágica entre Heathcliff e Catherine, eu adoro como foi abordada a trajetória dos dois, e dos outros personagens na obra. Ver que os dois não puderam ficar juntos tudo por serem cabeça dura, mimada (no caso da Cathy) e arrogantes, quero dizer, eu passo sim um paninho pro Heathcliff, desde que ele chegou na casa foi super maltratado, e isso tornou ele vingativo, não que isso seja uma desculpa, mas enfim…já a Catherine não tem como defender, quero dizer, ela se casou com o cara só porque era bonito e rico e combinaria melhor com ela, mesmo amando o Heathcliff.
Tainá: Depois de rolar por meses na minha cabeceira eu tirei a preguiça do corpo e meti a cara no livro(risos), depois de enfrentar quatro tediosos capítulos ( ok ok  não foram tão ruins assim) eu descobri o gatilho do livro, o livro é uma fofoca! E não uma fofoca fraquinha daquelas de contar em cinco minutos, uma fofoca das boas, uma fofoca de família tradicional. Ai não teve outra eu entrei no livro, e junto do senhor Lockwood ouvi da boca da antiga empregada da mansão do Morro dos Ventos Uivantes, Nelly Dean, a história da família Earnshaw. Desde os filhos do antigo dono da Mansão, Hindley e Catherine Earnshaw, Heathcliff Heathcliff ( sim, o nome e sobrenome são o mesmo, risos) até a atual geração da mansão: Hareton Earnshaw, Linton Heathcliff e Catherine Linton.  
 Foram dias e noites que minha casa passou ouvindo tudo sobre esse romance, times de apoio e oposição foram formados, cada um assumiu um personagem como protegido, discussões acaloradas depois dos almoços e jantares onde eu trazia um pouco mais da história para eles. E no meio da leitura eu fui descobrindo mais e mais coisas sobre o livro. 
 Infelizmente a leitura chegou ao fim, a ansiedade de todos foi aos céus quando trouxe a eles a informação de término da leitura com o rosto lavado pelas lágrimas, (aos curiosos fica a indicação a leitura). Deram todos suas últimas teorias sobre o que aconteceria no fim antes de eu lhes contar como terminava (risos) e nenhum saiu satisfeito com o final de seu personagem protegido. Já me arrisco a dizer que esta vai ser a minha leitura favorita do ano(mas espero ser surpreendida em algum momento).
1 note · View note
gliterarias · 1 month
Text
A obra Sol da meia noite, de Stephenie Meyer teve sua primeira edição publicada em 2020, em comemoração de 15 anos de sua primeira publicação (a saga Crepúsculo).
O livro reconta a história de um amor proibido entre Bella e Edward. Porém, ao invés de ser contada do ponto de vista da protagonista Bella Swan, como nos outros livros da saga, temos o ponto de vista de Edward Cullen.
Eu amei ver como tudo aconteceu do ponto de vista dele, apesar de ter ficado um pouco entediada em alguns momentos, confesso, com tantos pensamentos que ele tem, claro, isso mostra um pedacinho da “não vida” que ele teve ao longo de 150 anos, mas ele tinha tantos pensamentos acelerados, a cabeça dele não para nunca, moço, meu cérebro é sempre tão disparado quanto o teu, me dá um tempo!
Além disso, apesar de já saber que ele sempre se culpa por coisas horríveis que ele fez no passado, antes de virar um vampiro vegetariano, ele ficava nessa tecla o tempo inteiro, sempre pensando que era um monstro, que a Bella em algum momento ia odiar ele, mas cara, ela tá tão na sua! Tá, brincadeiras à parte, é realmente óbvio o quanto os dois se apaixonam perdidamente desde o começo (não tão começo assim, considerando que no primeiro momento ele odeia a Bella e pensa em matar ela).
A autora não se perdeu na história, apesar de ter muitos dos muitos devaneios do Edward no meio, e eu conferi, lendo Sol da meia noite com Crepúsculo do ladinho, só pra ter certeza!
Enfim, valeu a pena esperar tanto tempo por esse livro. Não sei se vocês sabem, mas essa obra estava prevista para ser lançada muitos anos atrás, logo depois de Crepúsculo, mas vazou o script e Meyer acabou engavetando a história.
Devo confessar que, apesar de um pouquinho do tédio, ainda me vi cativada mais uma vez pelo universo da saga, e gostaria, de fato, de ver os outros livros da perspectiva do Edward. Mas é uma pena que a autora já tenha confirmado que este seria o único.
E aí, vocês gostam dos livros da saga? Já leram o Sol da meia noite, ou pretendem ler?
4 notes · View notes
gliterarias · 1 month
Text
Resenha The Kiss of Deception, Mary E. Pearson
Escrito por: Mary
A primeira obra da trilogia de Mary E. Pearson lançada em 2014 é uma alta fantasia que se passa no Reino de Morrighan, especialmente na capital, Civica, e em Terravin, publicada no Brasil pela editora DARKSIDE em 2016, vem atraindo cada vez mais leitores com sua forma de narrar, suas lendas, intrigas, acontecimentos e plot twists, muitos plot twists.
Não querendo viver presa em um casamento arranjado e sem amor, a primeira filha do reino de Morrighan, princesa Arabella Celestine Idris Jezelia — mais conhecida como Lia —, decide fugir. Esconde-se em um vilarejo junto à sua melhor amiga, Pauline, alheia à busca que o príncipe com quem se casaria inicia, missão esta que é semelhante ao do assassino encarregado de livrar-se da princesa. No entanto, quando Lia os conhece pela primeira vez, não desconfia de suas identidades. E enquanto acompanhamos o desenvolvimento de Lia e os relacionamentos com os rapazes, resta descobrirmos quem é o príncipe e quem é o assassino.
Arabella Celestine Idris Jezelia? Pauline? Rafe e Kaden? Decidida, corajosa, justa, uma verdadeira líder, a primeira filha de Morrighan protagoniza The Kiss of Deception, acompanhada de sua fiel amiga, Pauline, Lia vive escondida sob uma nova identidade em uma taverna em Terravin. Nela, acabam conhecendo Rafe e Kaden, mercador e pescador, ou ao menos era o que acreditavam.
A forma como a obra foi organizada me prendeu do início ao fim, pois ela não narra apenas a história da protagonista, mas também a de seus ancestrais, entre certos capítulos, há textos ancestrais que narram uma espécie de profecia sobre uma heroína que chegaria para unir os reinos e libertar o povo. Os Últimos Testemunhos de Gaudrel, Livro dos Textos Sagrados de Morrighan, Canção de Venda, cada um nos ajuda a compreender um pouco mais de como a situação dos reinos chegou a tal ponto, como o motivo para o Assassino estar atrás da princesa, além de nos dar uma prévia do futuro de Lia, nossa heroína. Além disso, acredito que Pearson construiu a obra tão bem que, admito, fui enganada por ela e errei quem era o Príncipe e quem era o Assassino. Mas enfim, The Kiss of Deception inicia magnificamente a jornada de Lia e seus amigos nas Crônicas de Amor e Ódio, nos deixando ansiosos para abrir o próximo livro e descobrir o que vem em seguida.
2 notes · View notes
gliterarias · 2 months
Text
✨Resenha "A morte é um dia que vale a pena viver"
O livro escrito pela médica Ana Claudia Quintana Arantes "A morte é um dia que vale a pena viver" da edição de 2022 foi um livro recomendado a mim, passei recentemente pela perda de uma pessoa querida e no processo de luto o livro chegou até mim.
  Um livro sobre a morte, um livro que a meses atrás eu passaria um pouco longe, a temática mórbida e azarenta não é algo que vemos com facilidade. Mas foi esse livro que me perturbou por boas noites na minha cabeceira. Eu não queria o ler, não depois de tudo que estava passando, mas sabia que precisava. Por noites e mais noites eu o encarei até pegar coragem. Eu o li a contra gosto a princípio, mas o terminei por mim mesma. Ana traz no livro algumas memórias suas de pacientes sob seus cuidados de Geriatria, Gerontologia e Cuidados Paliativos, algumas duras memórias que me levaram ao choro e outras que me fizeram repensar sobre o tema. As reflexões sobre a vida diante da perspectiva da morte vão de leves a brutais. O que eu fui percebendo com a leitura foi, nós vamos morrer, todos sabemos disso, mas a morte não é tudo, ela é só o final da nossa jornada. Parece algo óbvio, ninguém vive para sempre, mas ainda dói. Ninguém vive pra sempre. 
Ana trás em certo momento a metáfora que o médico William Breitbart criou, nossa vida é um caminho e no final dela existe um muro. Um muro que não podemos pular, nem contornar, um muro que sinaliza o fim da linha. E dali daquele muro se olharmos para trás o que veremos é tudo que vivemos até ali. E Ana trás a pergunta que muitos de nós já ouvimos em algum vídeo na internet ou ouvimos de algum parente "Qual a vida que você quer se lembrar quando partir?" o que você vai ver quando olhar para trás quando chegar no muro. e ao longo da leitura ela vai costurando a ideia de que não é a morte em si que deveria nos assustar, mas chegarmos ao final do caminho sem aproveitá-lo de fato. 
Pela perspectiva dela de médica ela trás processos e técnicas utilizados pelos médicos no Brasil, mas pela perspectiva de pessoa ela trás o que ela aplica, por que cada paciente que chega tem uma história, e cada família que fica, vai passar pelo luto a sua forma. Ana começa o livro com o diálogo " Eu cuido de pessoas que morrem." O que é uma verdade, os paciente que chegam para ela como ela diz já estão no processo de morte, mas todos nós somos pessoas que vão morrer, a questão é como vamos morrer?
Ao longo do livro eu parei muitas vezes, para absorver, para chorar, para refletir, chorar mais um pouco (sim foram muitas pausas para chorar), e para pensar "como eu quero morrer?". A parte final foi a mais impactante onde ela trás em cinco capítulos, quais os cinco maiores arrependimentos da vida que os pacientes dela trazem.
 Eu não sei dizer se gostei ou não do livro, mas não desgostei da leitura, de certa forma ela me ajudou. Ana trás suas memórias em uma escrita fluida e suas ideias e mensagens são claras durante todo o texto e penso em ler em um momento futuro o livro dela "Pra vida toda valer a pena viver".
-Resenha por: Tainá✨
5 notes · View notes
gliterarias · 9 months
Text
Resenha Coletiva: A Brigada dos Amaldiçoados, Albert Vaz & Vanessa Godoy
 “A Brigada dos Amaldiçoados” é o primeiro livro da duologia Escola de Magia, escrito por Albert Vaz e Vanessa Godoy e lançado em 2018, onde somos apresentados ao protagonista Hector Saião, um orfão de pai e mãe que vivia com seus avós antes de entrar para a Escola de Magia e Bruxaria do Brasil. Ao chegar lá, o menino conhece Marvin Bill, que se tornaria seu melhor amigo, Petrus Romanov, amigo-barra-rival, e Alma Damas, sua grande paixão. Entramos em contato também com as quatro casas da escola: Serpentes(verde), Tigres(vermelho), Esquilos(amarelo) e Águias(azul), Hector e sua turma sendo integrantes das Serpentes.
No entanto, o bom menino do início do livro aos poucos se corrompeu pelas artimanhas de Petrus, que comandava um grupo secreto com os mais hábeis da casa das Serpentes para descobrir segredos e sabotar as outras casas com o objetivo de tornarem-se vitoriosos, usando Alma, namorada de Hector, para manipulá-lo. Em uma batalha interna entre o certo(Marvin e Boris — amigo apresentado pelo avô do protagonista) e o errado(Petrus e Alma), Hector se vê em uma cilada ao perceber ter caído numa armadilha daqueles que mais confiava.
O que as Gliterárias acharam:
°Fabi: “A Brigada dos Amaldiçoados” me envolveu completamente em seu mundo mágico e cheio de reviravoltas. O contraste entre as orientações de figuras como Marvel e Boris, que tentam guiá-lo para o caminho certo, e a crescente influência das sombras personificadas por Petrus, é um elemento fundamental na narrativa. 
A luta interna de Heitor, suas dúvidas morais e a sedução do poder são habilmente exploradas à medida que ele se vê cada vez mais envolvido com o grupo Serpentes. O romance com Alma adiciona uma camada emocional à trama, mostrando como o amor pode influenciar nossas decisões mais importantes. Ao longo das aventuras mágicas e desafios enfrentados pelos personagens, o livro questiona a natureza das escolhas e os efeitos da influência das amizades sobre nossa jornada pessoal.
 “A Brigada dos Amaldiçoados” não apenas nos proporciona uma viagem emocionante por um mundo fantástico, mas também nos faz refletir sobre como as relações que cultivamos e as decisões que tomamos moldam quem somos. A interplay entre magia, amizade e os dilemas morais torna essa obra uma leitura cativante e instigante.
°Mary: A história é plot twist atrás de plot twist, porém, o que começou com uma ótima construção, acabou se perdendo ao correr da história, que literalmente correu no enredo, como se quisessem apresentar, desenvolver, colocar os problemas e resolver tudo em um livro só, acabando por não trabalhar mais a escola em si, a magia, as aulas, o ambiente escolar e as relações dos personagens, o luto de Hector, os conflitos internos, pois tudo acontece muito rápido, acontece um problema e no próximo parágrafo já tão resolvendo.
 Mas o final com toda certeza foi o que mais me irritou, mas não de forma negativa, já que me fez querer ler o segundo livro para saber qual o desfecho do Hector, que é um personagem bem volátil e influenciável, ao ponto de irritar e muito.
°Nick: Gostei de como os autores escreveram, deixando a história empolgante e fluída. Achei bastante interessante como o mundo nos foi apresentado, além de deixar transparecer que, apesar de ser uma fantasia, é bastante atual. 
Entretanto o protagonista, Hector, me irritou bastante, sendo super manipulado pelo Petrus e pela Alma, o que fez com que eu achasse a história meio forçada e rasa. 
Ainda assim, pretendo ler o próximo livro para ver como a história irá continuar, e se terá um crescimento nos personagens.
°Tainá: Quando vi que esse foi o livro escolhido para nossa segunda leitura coletiva admito que fiquei receosa em ler, pois já sabia que o livro foi inspirado no mundo de Harry Potter, e devido a diversos fatores, acabei me atrasando na leitura. 
Quando finalmente consegui iniciar o livro, me surpreendi, o começo do livro era fácil e convidativo, quando conhecemos Hector, logo nos apaixonamos pelo menininho que mora com os avós. Mas, em alguns poucos capítulos a frente, me vi perdida na ambientação da história, quase não conseguia distinguir o que era sonho ou a realidade do que Hector vivia e, lógico, me irritei em alguns momentos com o quão a história se parecia com Harry Potter.
Quando Hector entrou na escola, a leitura começou a ficar ainda mais complicada, eu esperava que o livro seguisse assim como HP, o menino em seu primeiro ano na escola, mas, de repente, Hector saltou no tempo em questão de linhas e já apareceu no seu último ano da escola. Assim como nossa colega Monique pontuou, a história é rasa. Hector supera muito rápido algumas questões que poderiam ter se aprofundado e dado mais ou menos motivações ao personagem, que poderiam ter posto em xeque as escolhas de Hector de continuar ou não a ajudar as Serpentes. A manipulação que o personagem sofre por seus colegas Petrus e Alma é fraca e quase incredível que alguém pudesse ser tão tolo em aceitá-las.
Não consegui terminar o livro a tempo, mas vou completar a leitura por pura indignação (risos). Já fui alertada de que ainda irei me irritar muito com Petrus e com as escolhas de Hector mais para frente. Mas rezo para que haja alguma mudança nas atitudes do personagem antes do final do livro.
Próxima Resenha: A Terra das Sombras, Meg Calbot. Por Tainá.
7 notes · View notes
gliterarias · 10 months
Text
Resenha Os Garotos do Cemitério, Aiden Thomas
Publicado no Brasil dia 30 de julho de 2021 pela editora Galera Record, Os Garotos do Cemitério é o romance de estréia do autor Aiden Thomas. Aiden Thomas é um autor latino-americano de literatura juvenil. Ele é mais conhecido por esse livro, um best-seller do New York Times que ganhou vários prêmios, incluindo o reconhecimento de melhor do ano da American Library Association e recebeu críticas estreladas da Publishers Weekly e Booklist.
Quando a família latina bastante tradicional de Yadriel tem problemas para aceitar sua verdadeira identidade de gênero, Yadriel torna-se determinado a provar que é um verdadeiro bruxo. Fortemente conservadora, a comunidade bruxe não permite que ele passe pelo ritual, com a desculpa de que a Senhora Morte não iria aceitá-lo, por conta de sua identidade de gênero e orientação sexual. Com a ajuda de sua prima e melhor amiga Maritza, ele decide ele mesmo resolver o problema, na expectativa de encontrar o espírito de seu primo assassinado e, então, libertá-lo.
"Os Garotos do Cemitério" é simplesmente uma montanha-russa emocional que me pegou de surpresa. A escrita cativante de Aiden Thomas me transportou para um mundo onde a vida e a morte se entrelaçam de maneira única. A jornada de Yadriel e Julian é comovente e, ao mesmo tempo, repleta de humor e encanto. A forma como eles lidam com os desafios sobrenaturais e emocionais é inspiradora e genuína.
Eu me vi torcendo por esses personagens como se fossem meus amigos pessoais, vibrando a cada vitória e sofrendo a cada obstáculo que enfrentavam. A mistura de elementos da cultura mexicana, mitologia e romance sobrenatural cria um cenário rico e envolvente que me deixou imerso na história desde o início.
A questão da aceitação e identidade ressoou profundamente comigo, e o desenvolvimento dos personagens ao longo da trama é excepcional. A relação entre Yadriel e Julian é tão palpável e autêntica que me peguei sorrindo durante suas interações e segurando o fôlego nos momentos de tensão.
"Os Garotos do Cemitério" é uma leitura que me cativou do começo ao fim e que certamente ficará marcada na minha memória. Aiden Thomas criou um mundo mágico e emocionante, repleto de personagens memoráveis que me fizeram rir, chorar e refletir sobre a vida, a morte e tudo o que existe entre esses dois extremos. Para mim, este livro é mais do que uma simples história; é uma experiência profunda e impactante que recomendo a todos os amantes de histórias envolventes e cheias de significado.
Próxima resenha: A Brigada dos Amaldiçoados. Por Gliterárias (Leitura Coletiva)
6 notes · View notes
gliterarias · 10 months
Text
Resenha Verity, Colleen Hoover
Publicado no Brasil em 2020 pela editora Galera Record, Verity foi escrito por Colleen Hoover, sendo ele seu primeiro thriller e finalista do prêmio Goodreads na categoria de “Melhor Romance” em 2019. Nos agradecimentos do livro, a autora explica que Verity foi um “projeto pessoal e independente”, tendo lançado o mesmo por conta própria.
A história se passa em torno de Lowen, uma escritora não muito reconhecida, e Verity, uma autora de renome, ao qual Lowen é contratada para escrever os três últimos livros da série de sucesso de Verity pois ela havia sofrido um acidente e não poderia continuar. No entanto, ao vasculhar os materiais na casa da autora da série, Lowen encontra um manuscrito autobiográfico que a deixa chocada e desconfiada se o estado vegetativo de Verity e as mortes das filhas gêmeas do casal, Verity e Jeremy Crawford, foi realmente acidental. Além disso, Lowen começava a nutrir sentimentos pelo marido de Verity, causado tanto pelo encontro dos dois antes de saberem quem eles eram quanto pelo manuscrito encontrado.
Verity me impactou desde a primeira frase do livro, todo escritor sabe que a primeira frase é decisiva para sua publicação/sucesso, e Hoover conseguiu me surpreender com a primeira linha, e assim seguiu em cada capítulo. Hoover soube fazer uma obra que parecia simples e com final previsível, no entanto, o último capítulo muda toda a história com uma simples mudança no ponto de vista, o de Verity, que através de uma carta que cria um dúvida não solucionada no livro, ficando para o leitor decidir se acredita no manuscrito ou nessa correspondência. 
Essa dúvida me lembra a mesma criada por Machado de Assis e eternizada em Dom Casmurro, sobre a fidelidade de Capitu. O capítulo extra me deixou ainda mais confusa, mas com pena da pobre Lowen que não soube onde se meteu e acabou criando uma obsessão com a imagem de Verity.
De toda forma, essa obra me causou um grande impacto como leitora e escritora e com toda certeza entrará em minha lista de melhores plot twist já lidos, ainda não superei esse final. 
Próxima resenha: Os garotos do cemitério, por Fabíola
12 notes · View notes
gliterarias · 11 months
Text
Resenha Bastardo Grego
Bastardo Grego, foi escrito pela paulista Juliana Dantas, uma autora que começou com fanfics na plataforma Wattpad em 2006 e estreou de forma independente em 2016.
A obra é o primeiro de uma trilogia com o gênero romance young adult, chamada “Old Money”, publicada em 6 de julho de 2022. Inclusive tendo o primeiro livro completo liberado na plataforma Wattpad. 
Temos como protagonista Anya Giannoulis, que é uma herdeira de uma família grega — por parte paterna — e superprotegida pela mãe e avó, porém, com 18 anos resolve se rebelar com suas duas melhores amigas, e acaba conhecendo Alexis Kostapoulos.
Nossa protagonista acaba se atraindo pelo homem "igual daquelas capas do romance de sacanagem da Ariella", lindo e misterioso. O que Anya não sabe é que esse encontro é tudo parte de um jogo que Alexis quer vencer a todo custo.
O livro é muito bem construído, a escrita da autora é  bastante cativante, porém é uma história que não me atraiu muito. Contudo, acho que se eu lesse esse livro há uns anos atrás, quando gostava de ler esse tipo de romance, eu com certeza teria amado. Por isso, apesar de não ter gostado tanto da obra, eu ainda recomendo o livro para todas as românticas de plantão!
-Nick
Próxima resenha: Verity, por Mary
8 notes · View notes
gliterarias · 1 year
Text
Resenha Dossiê Pelicano
Dossiê Pelicano, escrito por John Grisham, publicado pela primeira vez em 1992, ganhou uma adaptação em 1993, descrito como de gênero romance, ficção, thriller jurídico, mistério e literatura jurídica, e com o total de quarenta e cinco capítulos. 
Bom para quem já me conhece sabe só por essa ficha técnica que não é um livro da minha área de preferência kkkkk. Confesso que não foi tarefa fácil começar a ler o livro uma ressaca literária terrível e pouquíssima animação, para ler um livro de cunho jurídico me abateram. Mas finalmente deixei a preguiça e a ressaca de lado e depois de ler 4 vezes o primeiro capitulo foi que então comecei minha jornada em Dossiê Pelicano.
Primeiro de tudo eu estava confusa com a história, o livro apresenta o ponto de vista de vários personagens para narrar a história, cheguei a comentar com meus amigos "hora eu sei quem está narrando, hora eu não faço ideia mas sigo com a leitura mesmo assim". e como isso obviamente temos vários personagens importantes, começando por Darby Shaw uma estudante de direito, quem escreveu o bendito Dossiê, apelidado pelo FBI de Dossiê Pelicano. Aí temos, Thomas Callahan, professor de direito constitucional de Darby, que creiam amigos com quarenta e cinco anos (dois a mais que o próprio pai de Darby) namora a garota de 24 (que Callahan diz ser muito madura para a idade, sentiu nojo? Por que eu senti), aí logo tempo uma breve aparição de dois juízes da suprema corte (que serão a causa do Dossiê pois mal aparecem e são mortos) Abraham Rosenberg e Glenn Jensen. Temos também Fletcher Coal, assistente, manipulador e guarda costas do presidente dos EUA, O próprio presidente (que se apareceu o nome dele nem chego a me lembrar, só o chamam de presidente o livro todo), aí vem o FBI entre muitos agentes o principal nome entre eles é F. DentonVoyles, e da CIA temos como principal Gminski (me pergunta se eu sei pronunciar esses nomes, kkkkkkkkkk, não.) Em seguida mais para a metade final do livro conhecemos Gray Grantham (jornalista do Washington post), Gavin (amigo de faculdade de Thomas e atualmente trabalha como advogado, se não me engano, para o FBI). E finalmente chego ao ponto de vista que achei o mais sensacional de todos, (o assassino dos juízes) Khamel. 
E a história é mais ou menos assim:
Rosenberg e Jensen são assassinados, ambos juízes da suprema corte, Rosenberg era uma lenda, Jensen era um juiz novo e indeciso de que lado ficar, mas ainda sim um juiz da suprema corte, os EUA entram em desespero, quem os matou? Por que? Como ficaria a nova configuração da corte? E em meio a isso o presidente e seu cérebro externo "Coal" querem aproveitar a oportunidade da crise, um ano antes da eleição, para deixa a câmara o mais conservadora possível e garantir assim votos. Os alunos de direito do país todo parecem querem brincar de investigadores e entre esses se encontra Darby. Que escreve um dossiê com sua suspeita de quem matara Rosenberg e o deixa para Callahan ler certa noite, o professor que ficou abalado com a morte da lenda do direito constitucional, gosta da aposta de Darby para tal mandante do crime e leva o dossiê para uma amigo que trabalha para o FBI(Gavin),  nas mãos desse amigo o dossiê para na mesa do chefe do FBI ( Voyles) que por sua vez, meio que para brincar e assustar o presidente deixa uma cópia para Coal e o presidente, não dando muita bola para esse. A informação sobre a existência de tal dossiê se espalha e chega aos ouvidos de alguém envolvido com ele. Ai as mortes começam, na tentativa de se livrarem de Darby, Callahan é quem vem a óbito, a estudante e enlutada namorada se sente ameaçada. Enquanto o FBI ainda trata o dossiê como brincadeira Darby tenta sobreviver noite após noite sendo perseguida por assassinos. 
Ao meu ver os homens de Dossiê Pelicano são nojentos e diversas cenas provam meu ponto de vista, a começar pela fala de Callahan sobre Darby, do plano de de apresentar a jovem para o amigo Gavin, em uma ida a praia para ambos apreciarem a jovem de biquíni, a "decepção" de Gavin ao ouvir a jovem comentar sobre seu peso ao telefone e ela a achar gorda, a fascinação que todos os homens que veem a foto dela demonstram ter por ela e por muitas vez aparecer o pensamento deles sobre como esta seria por debaixo das roupas, e nem mesmo o assassino chega a escapar de tais pensamentos. 
Darby é uma personagem mal aproveitada, mesmo estando ela o tempo todo no meio da trama, chega a ser uma personagem sem graça. Pouca personalidade, apesar de que gostei dela e de suas escolhas até certo ponto, é uma personagem sem sal poderia ter feito mais, de dez pontos eu dou um oito para ela.
Khamel foi um de meus personagens favoritos, acho que foi pelo simples motivo de ser ele o assassino kkkkkk ele tem um passado misterioso e muitos anos no ramo, acho que isso o deixou legal. 
Voyles também foi um personagem legal, gostei do jeito esquentado dele e do ranço que ele demonstra ter por Coal, era divertido ler esses dois discutindo. 
Achei o romance (entre personagens) fraco, e o final do livro chato. Talvez se tivesse terminado com uma morte "em especifico" teria terminado melhor. Mas sempre levando em conta que suspense não é minha área literária favorita kkkkk gosto muito mais de aventuras, fantasia, ficção e distopias, então pode ser que muitos venham a gostar dos pontos que eu achei fracos. Apesar de toda a crítica que fiz ao longo da leitura, eu dei uma nota 8 para o livro, foi bom para sair da ressaca literária, me deixou ansiosa pelo final (mesmo não terminando tão bem quanto o esperado) e me rendeu uma boa conversa no final da aula um dia desses.
-Tainá
Próxima resenha: Bastardo Grego de Juliana Dantas por Nick
22 notes · View notes
gliterarias · 1 year
Text
É assim que acaba, Colleen Hoover
*Algumas partes contém spoiler
Lily é uma jovem de 23 anos que conhece Ryle no terraço de um prédio, que depois descobrimos ser onde o futuro neurocirurgião mora. No decorrer da narrativa, entramos em contato com outro personagem, Atlas, o primeiro amor de Lily. Assim, acompanhamos duas histórias inicialmente paralelas: o atual romance da protagonista (Ryle) e o caminho destrutivo e perigoso que percorrem até o reencontro com Atlas, antigo amor da personagem ao qual temos acesso através do diário-barra-carta-para-Ellen-DeGeneres, no qual também temos acesso às lembranças dolorosas da mesma ao ver o relacionamento abusivo e agressivo dos pais. É através do diário que a autora também insere outro tema bem complexo: jovens morando na rua, por terem sido expulsos de suas casas, e a falta de suporte do governo para eles. Atlas também sofreu por conta do relacionamento abusivo de sua mãe com seu padrasto, ao qual não o aceitava e convenceu a mãe do mesmo a mandá-lo para fora, o fazendo parar na casa abandonada sem saneamento básico onde ele vê Lily pela primeira vez, o impedindo de cometer suicídio.
O romance é dividido em duas partes:
1°. Vemos os inícios de ambos os romances. Ryle, através da narração da atualidade da protagonista, e Atlas, a partir das “leituras” dos diários que a mesma escreveu durante a adolescência.
2°. Nessa parte, vemos como Lily reconhece a situação em que está, mas cai na mesma sina de sua mãe até atingir seu limite e pedir ajuda àquele que a ajudou durante às brigas de seus pais em sua adolescência, Atlas.
O que as Gliterárias acharam:
°Tainá: O livro de romance da escritora Colleen Hoover, de 2016, que ganhou na categoria de melhor romance na “Goodreads Choice Awards 2016″ e que ficou famosinho um tempo atrás no TikTok, é um livro de romance com um tema...pesado, pra falar o mínimo, violência doméstica e relacionamentos tóxicos não são a minha praia, muito menos preferência para livro. Eu li até o penúltimo capítulo da parte 1 e não sei se consigo passar dai. Eu gostei de partes do livro, ela lendo o próprio diário, por exemplo, muita vergonha alheia (risos), mas foi bom, gostei do romance de escola dela com o Atlas, personagem que todo mundo fala ser incrível e tudo mais, ele foi incrível até onde li, nada contra o Atlas, pelo amor de Deus(risos), mas não sei se consigo ler o livro até ele voltar a fazer parte da vida dela de novo. A explicação da tatuagem, achei fofo. Mas o Ryle, ele acabou com tudo ali nos últimos capítulos da parte 1 e dai veio minha ressaca literária por conta dele. Então, até agora, eu dei uma nota 5 para o livro, ele ainda recebeu nota só pela existência do Atlas nele, porque sem isso era um zero na hora(risos). Não sei se um dia virá coragem para terminar o livro, portanto, fica só esse comentário sobre ele, mesmo.
°Fabi: Lily, Ryle, Atlas...
No início, com certeza queria que ela ficasse com o Ryle, ele parecia quase perfeito. E mesmo depois de tudo o que aconteceu com eles, fiquei me perguntando o que eu faria no lugar dela. Quando nos envolvemos na história e absorvemos as emoções e sentimentos dos personagens, fica meio difícil de não se apaixonar por ele, pensamos que se fosse eu já teria largado ele, mas no decorrer da narrativa, vemos o quanto ela luta pra não voltar com ele, quantos sentimentos bons, pelos momentos vividos com ele, quanto pelos ruins que ele a fez passar, mas mesmo assim ela não perdeu o “limite de vista”, como a mãe dela pediu. E foi mais forte do que ela poderia imaginar.
°Mary: Minha maior preocupação quando compreendi qual o tema principal de “É assim que acaba” era que a autora romantizasse os relacionamentos abusivos fazendo com que o Ryle “mudasse” e Lily o perdoasse e vivessem felizes para sempre. Felizmente isso não ocorreu.
Sobre a história em si, apesar de terem muitos temas pesados e complexos, achei bem coerente com a realidade, tem um trecho onde Lily critica aqueles que julgam mulheres que continuam com seu agressor, esse livro mostra um pouco como funciona e fico feliz que foi contado, pois é um tópico importante de ser exposto: como o relacionamento começa perfeito e algumas ações positivas fazem com que a vítima pense que vai melhorar e fica nesse ciclo até o final(ou até conseguir sair). Lily teve um Atlas para ajudá-la a sair disso e a se recuperar do trauma, mas sabemos que na realidade não é assim que funciona.
Outro ponto importante é o fato de Ryle ter um trauma que o deixou assim, além da amizade de Lily com a irmã de seu agressor. Ver que Hoover deixou claro que trauma não é motivo para passar a mão na cabeça do agressor, assim como ser irmã de alguém assim não é motivo para apoiá-lo e incentivar a vítima a permanecer em um relacionamento que a faz mal fisica e mentalmente.
Não é um livro que vou voltar a ler, mas é um livro necessário, saber que o livro é baseado na história vivida pela autora deixa tudo mais perto do leitor, ao menos foi assim comigo, como ver uma pessoa próxima passar por essa situação ou ler um diário de alguém que esteve nesse lugar.
Não indico para quem é sensível a esse tipo de tema, a autora não maquia nenhuma agressão.
°Nick: Comecei o livro cheia de preconceito, pois sabia que o tema era pesado e não havia aviso de gatilhos, o que eu ainda acho errado e me incomoda muito. Porém decidi continuar insistindo na leitura, apesar de sempre ficar na dúvida se continuava a ler o livro ou não, mas me vi presa nele. Me vi esperando Lily perceber a situação em que estava, me vi torcendo para que ela saísse logo daquele ciclo abusivo.
No começo, não me prendi muito na personagem, mas depois fui me apegando a ela, e com certeza me vi apaixonada por Atlas, o primeiro amor da Lily. Outra personagem que eu amei foi a Allysa, ela sempre deu um ar mais leve e divertido pra história.
Contudo, nem só de risadas foi o livro, teve muito sofrimento. Ver, no diário da Lily, o passado abusivo da mãe dela e depois ela mesma sofrendo em um casamento abusivo foi bem triste. Também podemos ver ela mudando os pensamentos que tinha da mãe, quando ela achava que a mesma era fraca por nunca deixar o pai, quando ela se vê na mesma situação, tentando se convencer de que talvez ela estivesse exagerando, de que não era nada demais e que Ryle, o marido, a amava e não tinha intenção de machucá-la. Contudo, ela teve ajuda das pessoas a sua volta, Allysa, melhor amiga da Lily e irmã do Ryle (isto é, depois quando ela percebe a gravidade da situação), a mãe da Lily, que a pede para não perder seu limite de vista, e Atlas, principalmente.
Por fim, gostaria de dizer que sim, é uma leitura muito necessária, a autora não romantizou a história, ela mostrou tudo, a verdade nua e crua.
No geral, recomendo a leitura, mas sempre com muito cuidado, e não recomendo para as leitoras mais sensíveis, já que pode dar algum gatilho.
Próxima resenha: O Dossiê Pelicano, John Grisham. Por Tainá.
12 notes · View notes
gliterarias · 2 years
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
4 notes · View notes