[ WISH ] + soft action prompts.

now playing on spotify — andromeda by weyes blood

✰ estavam deitados lado a lado em uma colina, sentindo a grama gelada pinicar suas costas e o vento acariciar suas peles. fawn estava com as pernas cruzadas no tornozelo, levantou um dos braços de onde estavam descansando em seu peito e apontou para um ponto luminoso. "está vendo aquilo ali? aquele é mercúrio. ele rege o signo de gêmeos e está ligado à comunicação e processamento de informações." ela então moveu o dedo para o ponto luminoso mais brilhante de todo o céu. "e aquele ali é vênus. ele rege o signo de touro e o de libra, e está ligado ao o que e como você ama. mas em noites como essas, que o céu está limpo, eu consigo ver a minha constelação favorita, andrômeda." e apontou mais uma vez.

“ are you… smelling me? ”  

☾ fawn não podia negar que estava cheirando o amigo. bem, amigo em liberdade condicional até o momento, porque ela ainda não tinha esquecido 100% o fiasco do píer, mas amigo ainda sim. entre o indicador e o polegar, fawn prendia a manga da blusa do rapaz e o puxava para um pouco mais perto de si, dando uma longa inspirada. um sorrisinho de reconhecimento estampou o rosto da loira, e ela olhou para ele com um olhar triunfante. lavanda e uma pitada de menta, cheiro inconfundível. "você acha mesmo que eu não ia sentir o cheiro do shampoo da wren, ezekiel? você me subestima."

WHERE: em um pub qualquer

WITH: @fuckng3moboy​​​

☾          fazendo o trabalho mais porco de todos os seus anos habilitada ao estacionar na rua, fawn desceu do carro com pressa, os saltos altos vintage fazendo barulho com suas passadas no chão de concreto. ela olhou para o celular mais uma vez, tentando confirmar o endereço que o estranho tinha lhe dito ao telefone, e entrou no pub. supostamente, tom estava lá, e ela honestamente esperava o pior devido ao seu estado nas mensagens. apesar disso, não tinha falado com ele ao telefone, então podia ser que estivesse melhor do que o esperado. o homem ao telefone havia se identificado como o bartender, e se apoiando no bar, começou com todo o “oi, eu falei com você no telefone mais cedo, meu amigo...” e antes mesmo que ela pudesse terminar, ele apontou na direção do rapaz. ao encontrar ele, ela se abaixou até poder olhar em seus olhos e analisar a situação “oi, tom. tudo certo por aqui? ‘tá se sentindo mal?”

✰          já não era a primeira vez que fawn pensava em desistir daquela palhaçada. e se wren realmente matasse zeke? ou, sei lá, causasse lesão corporal grave? todos sabíamos que ela não seria presa. era capaz de ela sequer ser tida como suspeita. ela suspirou, resoluta a ir até o final com a sua promessa, porque seria terrível de sua parte cancelar de última hora, apesar da saia justa em que zeke havia lhe enfiado. jogando sua jaqueta de couro alguns tamanhos maiores (comprada em brechó, claro, para não apoiar diretamente a indústria do couro) por cima de sua camisa da the bangles que estava enfiada por dentro de sua calça wide com listras verticais, fawn enfiou seu spray de pimenta e seu celular dentro de sua tote antes de fazer um carinho de despedida em suas meninas e trancar a porta. 

             dentro do carro, à caminho do pier, começou a pensar em quais seriam os piores cenários que poderiam acontecer, e quase deu meia volta. claro, sequestro era o pior deles, mas haviam alguns igualmente ruins envolvendo a professora. veja bem, desde que zeke mencionara o e-mail no grupo, fawn vinha teorizando que na verdade a professor queria um encontro com o rapaz. assim, esperava choros, gritos, palavras rudes e até mesmo um tapa, nas piores das situações. ou talvez esse fosse um plano elaborado de zeke para se livrar dela, vai saber. não se podia confiar em ninguém esses dias. mas ela balançou a cabeça, tentando dispersar esses pensamentos ruins. ficar pensando nisso só ia acabar atraindo, e essa era a última coisa que ela queria. 

             antes de descer do carro, procurou em sua bolsa, jogada no banco de passageiro, o floral de aspen com o qual sempre andava, pingando duas gotas em sua língua e mentalizando paz e calma. antes de abrir a porta, ela se relembrou mentalmente que estava usando seu colar de turmalina negra e que tinha um saquinho de cristais no bolso da jaqueta. com um último suspiro, ela andou em direção ao píer, olhando de um lado para o outro ao chegar no local indicado. quando seus olhos pararam em jimmy, ela parou de supetão. 

               não precisava de mais do que isso para entender o que estava acontecendo ali. maldito seja, ezekiel. em questão de segundos, gelou, para logo em seguida esquentar de irritação. ela torceu o tronco em direção à bolsa e enfiou a mão dentro dela, que mais parecia um buraco negro quando precisava de alguma coisa, remexendo até encontrar o celular. ao sentir a tela gélida do aparelho, ela agarrou-o e puxou-o para fora com um barulho triunfante, desbloqueando-o e mandando uma série de três mensagens de texto nada amigáveis para ezekiel. pensou em se virar e ir embora, mas não podia fazer isso com jimmy. afinal de contas, ele supostamente não tinha culpa de nada também, e ela preferia manter o pressuposto de inocência. se aproximou dele, ainda que um pouco desconfortável, e limpou a garganta antes de cumprimentá-lo, “oi, jim. tudo bem?” sem saber exatamente como abordar o tópico sem parecer maluca, ela perguntou: “foi o zeke que te mandou aqui?”

Quando diziam que ele deveria se impor mais e colocar suas prioridades acima de favores para outras pessoas, sempre achou algo secundário, afinal, no geral ele gostava de se sentir prestativo e acolhedor com seus amigos, principalmente. No entanto, talvez aquela proposta havia sido um pouco além do certo. Se passar por Ezekiel não era a coisa mais correta que faria. Aliás, era mesmo se passar pelo rapaz ou ele apenas tinha aceitado ir podendo se passar por si mesmo? Ok, isso era algo básico que deveria ter questionado ao mais novo, mas convenhamos, Jim não saberia dizer não para o favor que havia sido pedido e acrescentaria algo: estava evitando com que Wren, a melhor amiga do seu melhor amigo, se zangasse ainda mais com Zeke. 

Camisa xadrez? Nah, hoje deveria ser mais adulto, afinal sairia com uma mulher de 43 anos, ah não… pensar nisso era assustador. Sério. E se por acaso ele inventasse que ela simplesmente não apareceu? É, poderia ser uma opção. Uma boa opção, aliás. Porém, talvez se passasse rapidamente no pier, sem fazer muita questão de procurá-la faria com que a sua consciência sobre mentir fosse menor. Ok, decidido. Calça jeans nova, um tênis nike nunca antes usado e uma camiseta preta. É, não se reconhecia muito. Estava sem o famoso all star e a infinita coleção de camisas xadrez. Mas ok, estava bom.

Depois de ouvir meia dúzia de músicas aleatória de Blink-182, incluindo a clássica First Date (e sim, julgou o modo aleatório e os algoritmos por isso), James estacionou o carro próximo ao pier repassando todo o plano de ficar apenas cinco minutos e voltar, sem fazer questão alguma de procurar a mulher. Ok, certo, vamos lá. Desafivelou o cinto de segurança e saiu em direção ao local que, na teoria, havia sido o combinado. Deu uma breve olhada e encostou nas grades laterais, cronometrando cinco minutos. O quão idiota era aquilo? Até ele concordava que era idiota. 

Durante os primeiros dois minutos e meio evitou qualquer contato visual com qualquer pessoa, afinal qualquer uma poderia ser a mulher. No entanto, falhou gravemente quando passou rapidamente os olhos no mais famoso lugar de Santa Monica e viu a figura de @fawning4u​ próxima. “Merda, por que ela viria justamente hoje aqui no pier? Talvez eu pudesse simplesmente sair fora agora ou ignorá-la. É, ignorá-la. Sinto muito por isso, Fawn.” 

✰          “não pra caralho, wrenley... só um pouquinho”, tentou argumentar, ao mesmo tempo que tentava acalmar a amiga e amenizar o fato de que, sim, estavam perdidas pra caralho. ela passou a mão pelos fios rebeldes que insistiam em fugir do rabo de cavalo que tinha feito e deu um tapa na coxa direita, exposta pelos shorts que escolheu usar. nem mesmo o repelente estava dando jeito. ela não podia negar, tinha mesmo dito pelo menos quatro vezes na última hora que estava quase ‘miuri’. estando no meio do nada, ela podia ao menos fingir que era uma das roadtrips que fazia com seus pais quando era menor e não conseguia segurar o xixi, em que eles simplesmente paravam no acostamento e ela encontrava um arbusto para se aliviar. “e estamos espairecendo! vamos lá, você não tem como dizer que está pensando sobre aquilo com tudo isso rolando.” argumentou, algumas gordas gotas escorrendo pelo seu rosto. não era exatamente o plano que tinha em mente para tirar a cabeça da amiga da situação que as levou até ali em primeiro lugar, mas, hey, se funcionou... “olha, estamos só um pouquinho longe do caminho principal. só fizemos um pequenos desvios. confia em mim?”

@fawning4u​

— fawn, é hora de você admitir. estamos perdidas pra caralho — wrenley bufou. quando aceitou a ideia de fazer uma trilha que supostamente fawn conhecia com a palma de sua mão, a última coisa que wren imaginou é que as duas iam acabar perdidas, no meio do mato e lutando por sinal de celular. literalmente um filme de terror — estamos sem sinal, já fomos picadas por todos os tipos de mosquitos diferentes, caímos numa lama que parecia areia movediça, você não para de falar que vai fazer xixi na calça e pra melhorar… pra melhorar, está começando a chover! — wren exclamou, gritando para o vazio da mata, enquanto a água descia dos céus escuros — que tipo de tortura medieval é essa?! você disse que íamos espairecer! espairecer pra mim, é sentar num spa com pedras quentes nas costas!

Bones 8x13 | The Twist in the Plot 

✰          “oh, my god, você está flertando comigo, peace?” brincou, rindo logo depois. "my dear, essa foi a melhor ideia que você teve esta noite. eu estou cozinhando aqui dentro. logo mais teremos um guisado de fawn.” estava para lá de quente. o princípio de exclusão de pauli não contava com esta festa no anexo da residência bamford. tinha trocado mais calor corporal naquela noite do que tinha sua vida inteira, contra sua vontade. “não acredito, peace, sua bateria social esgotou? pensei que não veria esse dia.” ela apertou um pedaço da camisa do rapaz entre os dedos, para que não se perdesse dele, e o seguiu. “nenhuma. zero. eu não sei como as pessoas ligaram os pontos. eu não acho que tinha nada que indicasse que aqui era o lugar onde a gente ia fazer a festa. será que alguém sabe que a gente se reúne no anexo?”, pensou em voz alta. 

guiding: v-day party.

status: fechado.

com: @fawning4u.

não que a festa estivesse chata ou alguma coisa do tipo, na verdade estar rodeado de pessoas diferentes – o que era para peace uma quantia bem grande de atenção – fazia bem o tipo de diversão para ele. mas ele não era um monstro social, acreditava que toda e qualquer pessoa tinha que respirar em um local um menos barulhento de vez em quando. confortável perto de fawn, ele formula uma ideia. “ e se a gente ir lá fora um pouco? ”, ele pensa um pouco mais, “ não de uma fora e se a gente for lá fora um pouco, sabe? só se você quiser, mas eu quis dizer mais pegar um ar e recarregar um pouco a bateria. ninguém ia notar, eu acho. ” ainda em seu modo divertido de falar, algumas partes da frase soam mais rápidas do que outras porque quer enfatizar seu ponto e ainda assim intercalar com algumas piadas. “ sério, nem me fala, eu não sabia que o anexo cabe tanta gente até as pessoas quase explodirem esse lugar. ” mexeu um pouco o rosto, “ não me entenda mal, eu ainda amo ter tanta gente prestando atenção em mim, mesmo que eu leve umas cotoveladas na costela por conta disso, mas é impossível de aguentar isso sem parar. até mesmo eu, um monstro social. uma criação, particularmente muito bonita e atrativa, da interação. ” ele ri enquanto está andando rumo a um lugar mais quieto, vazio e com ar suficiente para tirar o cheiro de álcool e suor das narinas. “ nenhuma ideia de como todo mundo conseguiu ficar sabendo que a gente estava aqui? eu sei que as mensagens circularam por tipo todos os grupos que eu estou parte, mas esses desgraçados fizeram um trabalho de detetive. ” soa surpreso, mesmo que arrancar informações da vida alheia fosse um hobby muito conhecido de peace.

☾          fawn recebeu o buquê em mãos, um pouco sem reação. dois anos atrás, ela definitivamente teria sorrido boba e corado, sentindo sua nuca suar um pouco e borboletas fazerem festa na sua barriga. felizmente para ela, esses dias estavam no passado e podia evitar passar a vergonha de demonstrar que tinha emoções. “você está me convidando para ser sua valentine, haze? me sinto honrada”, brincou por fim. “escovinha. Centaurea cyanus. ótima escolha, se me permite dizer. é uma das minhas flores preferidas. mas eu sou bem parcial à flores roxas e azuis, então sou suspeita para falar. sabia que na linguagem das flores elas significam ‘seja gentil comigo’? eu ligo essa flor diretamente com a música andante do abba.”, tagarelou, o álcool fazendo seu trabalho e soltando a língua de fawn como de costume. 

𝐖𝐈𝐓𝐇 : @anyone.

𝐖𝐇𝐄𝐑𝐄 : festa de valentine’s day.

festas não eram bem o forte de hazel, que atingiu o ápice da vida de party girl durante o ensino médio e, agora que a vida adulta não lhe dava folga, suas recusas a convites para festejar foram se tornando um caso frequente. contudo, a festa de xander se tratava apenas de uma reuniãozinha entre amigos, o que ocasionou na aceitação imediata da choi ao convite. o decorrer da noite porém, a fez revirar os olhos e suspirar brevemente ao ver a quantidade de pessoas entrando e saindo da casa. seus olhares mais afiados eram lançados para as líderes de torcida — elas tinham mesmo que andar com aquelas minissaias fora do campus? — que distribuíam as cartinhas do correio elegante. receber algumas aumentou seu ego, mas azie preferia não criar grandes expectativas do que poderia vir a seguir. ❛ toma, é pra você! ❜ disse, entregando uma das flores do buquê que tinham em mãos para a pessoa mais próxima. ela não diria que definitivamente não tinha gastado uma nota com elas, já que as tinha colhido do jardim improvisado em que tentava exercer seus conhecimentos das aulas de botânica, apenas para manter a pose. ❛ eu não sabia que teria esse tanto de gente aqui, devo usar isso como um exercício para as minhas habilidades sociais? a faculdade ‘ta me matando, parece que faz um século que eu não conheço gente nova. ❜

WHEN: festa de dia dos namorados

WHERE: do lado de fora da festa 

WITH: @fuckng3moboy​

✰          fawn nunca confessaria para ninguém, mas no auge de sua solidão tinha se imaginado dando um beijinho em todos os meninos do grupo, (menos o keith, claro, porque ela não é uma destruidora de lares) só para ver se despertava alguma reação. ela tinha orgulho em dizer que não suscitara reação alguma e, no dia, ao mesmo tempo que ficara desapontada porque significava que continuava uma solteirona carente, ficara aliviada que não seria colocada em outra situação (leia-se sua longa paixonite por hazel) em que desenvolveria uma quedinha por alguém do grupo. era essa a situação de agora? não. mas imagine sua surpresa em estar se locomovendo para, ahem, trocar afetos com tom. ela estava um pouco alterada por causa das enormes quantidades de álcool que tinha consumido durante aquela noite, mas não o suficiente para perder sua consciência. apesar disso não se arrependia ou se sentia culpada, e quando avistou-o do lado de fora da festa, logo se aproximou. ela levou a mão até a nuca do rapaz, apertando uma mechinha entre os dedos e puxando, não forte o suficiente para machucar de nenhum modo. bem, ele disse que queria um puxão de cabelo. “ei, você. vem sempre por aqui?”, brincou, suas palavras surpreendentemente claras e sem arrastar. 

☾          o horror que fawn sentiu ao considerar a possibilidade apresentada por wren se fez bem óbvio em seu rosto. “eu vou esconder esse balde”, disse com finalidade de uma pessoa que preferia ficar sóbria a ingerir o sebo do rosto de desconhecidos. 

            “wren, você é minha ride or die”, fawn declarou, como costumeiramente fazia. “a metade da minha laranja. a tampa do meu penico. a manteiga do meu pão. minha cara metade!” e riu, antes de ficar séria à menção de eugene. fawn não odiava ninguém, mas verdadeiramente chegava perto com o sujeito. se ela não estava fazendo o trabalho de duas pessoas, então com certeza estava fazendo o de uma e meia. não ajudava que ele era o bam-bam-bam, o galã do curso de biotecnologia da caltech. do que adiantava ele ser moderadamente atraente se não se seus neurônios não realizavam uma sinapse sequer? “não tem o que engolir, wrenley. ele não fala nada de interessante. eu queria saber como pode uma pessoa que não faz nada, não fala nada, não contribui com nada, ter o estágio renovado para um segundo ano que nem eu, que trabalho feito uma mula. do que adianta ser arrumadinho se só passa vento na cabeça? enfim.” e virou o copo, tomando um gole generoso da bebida que tinha em mãos. 

fawning4u​:

fawn bufou. “wrenley, não é anti-higiênico! você me viu lavar o balde duas vezes.” fawn pensou um pouco na proposta da amiga, mas decidiu por não aceitar. não importava o quanto aquelas pessoas estavam sendo inconvenientes, fawn imaginou que tentar expulsar todas aquelas pessoas embriagadas da casa ia ser uma dor de cabeça maior do que esperar que fossem embora por si mesmas. ela podia imaginar várias pessoas que partiriam para um confronto. “é, acho que o jeito é segurar.”

“botar os peitinhos para jogo? será que a gente não pode ser presa por exposição indecente mesmo estando em propriedade particular?” perguntou. “e eu estou sóbria demais se ainda estou pensando assim. cheers.” ela encheu o copo de verdade dessa vez, levando-o a boca e tomando um generoso gole, mal sentindo a vodka queimar sua garganta. “obrigada, obrigada. alguém tem que fazer isso, né? se embebedar na base do álcool bom sai muito caro, nisso você tem que concordar comigo.”

— o balde não é o problema, o problema são as pessoas que vão enfiar a cabeça nesse balde e beber igual cachorro, o que sempre acontece uma hora ou outra — disse rindo, dando mais um gole na bebida — ah, eu tenho contatos, nunca vou ser presa. muito menos te deixar ser presa — passou um braço em torno dos ombros de fawn, puxando a amiga para mais perto — eu até concordo. o álcool barato tem seu apelo. nem tudo é champanhe e whisky, tem que ter um sex on the beach no baldão — disse em tom de aprovação, trazendo o copo para a boca novamente — e o eugene? vamos caçá-lo até encontrar o tonto e fazer ele engolir as palavras dele ou o que?

☾ fawn maisie alan-fitztroy —— general visual aesthetic ✰

enquanto acompanhava o processo criativo de fawn, wren mantinha-se sentada no balcão da cozinha do anexo, com as pernas balançando no ar — isso é tão anti-higiênico e de alguma forma é a melhor coisa que eu já bebi na vida— wren disse, fazendo uma careta completamente retorcida. prendeu o cabelo num rabo de cavalo rapidamente, e esticou as mãos para pegar a garrafa de groselha das mãos da melhor amiga, abrindo-a e começando a despejar — olha, você me conhece, fawnie — começou, com a voz levemente arrastada por todas as cervejas que já tinham ido — se quiser que eu expulse essa galera, é só deixar na minha mão. só vão restar os dois donos da casa e mais nós catorze. talvez nem todos os catorze. mas, me mandaram ser legal, então… acho que o jeito é segurar — deu de ombros, chacoalhando a garrafa com mais força — e você tem razão, isso aqui tá um forno. o jeito vai ser literalmente colocar os peitinhos pra jogo e fazer um topless — disse rindo. ao fim da garrafa, deixou ela de canto e aceitou o copo de fawn — cheers! — sorriu animada, antes de dar um longo gole no copo — ah! tá perfeito, nem uma gota a mais de absolutamente nada. isso aqui é melhor do que qualquer bebida da adega dos meus pais, você é a fada de transformar o álcool medíocre numa obra de arte.

honrando a universitária decadente que havia dentro dela e ignorando todas as regras sanitárias da cientista dentro de si, fawn havia arranjado um balde de dez litros para poder misturar o sex on the beach que beberia naquela noite com fawn. e com quaisquer de seus amigos que tivessem sido convidados. não iria fazer dez litros do drink, mas isso era apenas um detalhe. foi depois que wren chegou com os ingredientes que tinha pedido, e que já estava derramando a vodka dentro do balde que percebeu que tinha esquecido de pedir groselha. então, agarrou o braço de um aleatório do time de futebol, bateu seus olhos graciosamente e exigiu que ele fosse atrás de arranjar uma garrafa. ele não parecia convencido, então fawn empurrou vinte dólares na mão dele e continuou a virar a garrafa de vodka. quinze minutos depois, ele tinha voltado com a garrafa de groselha, parecendo mais confuso do que quando saiu. fawn entregou a garrafa para wren e começou a colocar o xarope de pêssego, usando a Tampa para misturar tudo. “eu preciso que você derrame esse suco aqui.”, pediu. “wren, cara, a gente não pode expulsar essas pessoas daqui? tá um calor dos infernos.”, choramingou como de costume. tomou um solo cup vermelho que estava na bancada em mãos e encheu um pouco com o drink do balde, entregando para wren e fazendo o mesmo com outro logo em seguida, dessa vez para si. “cheers. o que acha? mais xarope?”

@wrenken​

“e ele está errado? tem mesmo é que fazer tudo que pode. se você ficou preso no meio, pena. fala sério, você fala como se você não fosse fazer a mesmíssima coisa para a lia futuramente. só que quem vai ter que carregar os móveis somos nós, seus grandes amigos.”

O início de fevereiro é sempre algo que faz minha calma sumir porque eu tenho um pai super exagerado e que me enfia nas surpresas de Valentines day que faz pra minha mãe. Dessa vez ele não só alugou um escritório novo pra presentear minha mãe, como sobrou pra mim carregar peso e montar móveis.

fawn encarou o amigo por um instante, sem reação. “ok, que tal a gente começar a pensar antes de falar essas coisas? tipo assim, hm, será que isso que eu quero falar é socialmente aceitável?”

❛❛ Ela está velha e já era hora de ela morrer.  ❜❜ o quê?, alguém tinha que dizer em voz alta.

mesmo duvidando da seriedade dessa tal yoga quântica, fawn se viu tentada a participar. ela só não achava que tinha nada de quântico sobre, e era yoga normal. mas ela era uma grande amante de yoga, então qualquer que fosse a oportunidade para praticar lhe deixava feliz. o fato de que conseguiu arrastar a melhor amiga era apenas um bônus. “wren, acho que você devia tomar essa experiência como um sinal para cuidar mais do seu corpo”, fawn disse para a amiga, segurando um sorrisinho. a morena estava fazendo a natarajasana, sentindo o conforto da yoga espalhar-se pelo seu corpo. ela fazia a saudação ao sol todas as manhãs e também meditava, mas algo sobre fazer yoga com outras pessoas a energizava. wren, no entanto, não parecia estar tendo a mesma experiência espiritual que fawn. 

@wrenken​