AGRIDOCE, 2021

Videoperformance.

#pratodosverem Este vídeo conta com recursos de audiodescrição poética e legendas.

"Frágil" 2021

Série de fotografias, maquiagem artística.

#pratodomundover Descrição: seis imagens em posição de retrato, divididas em uma ou duas colunas e quatro linhas. Retratam uma mulher de cabelo azul com franja, com cachos artificiais na altura dos ombros. No rosto uma maquiagem dramática, pele branca como porcelana, sem sobrancelhas, sombra azul no côncavo que se mistura ao branco e tem padrões florais desenhados em azul, dourado nas pálpebras que destacam os olhos cinza intensos, os lábios são marcados em um bico com a cor azul e se misturam ao lilás no canto da boca, nas bochechas vemos rachaduras em dourado como se seguissem um padrão de lágrimas caindo de ambos os olhos até o queixo. Ela veste um vestido de tule transparente com detalhes de renda na gola e decote, mangas bufantes, se assemelha a um vestido antigo, por baixo usa um sutiã cor de pele e a transparência permite ver que sua pele é levemente morena. Em algumas fotos é possível ver em seu peito um pequeno broche de porcelana em forma de coração com desenhos florais e rachaduras em dourado. Ela interage com um botão de rosa azul ou o próprio broche, em certas fotos tem o olhar vago e em outras encaram o espectador, o desafiando.

"Frágil" 2021.

Série de fotografia, maquiagem artística.

#pratodomundover Descrição: seis imagens em posição de retrato, divididas em duas colunas e três linhas. Retratam uma mulher de cabelo azul com franja, com cachos artificiais na altura dos ombros. No rosto uma maquiagem dramática, pele branca como porcelana, sem sobrancelhas, sombra azul no côncavo que se mistura ao branco e tem padrões florais desenhados em azul, dourado nas pálpebras que destacam os olhos cinza intensos, os lábios são marcados em um bico com a cor azul e se misturam ao lilás no canto da boca, nas bochechas vemos rachaduras em dourado como se seguissem um padrão de lágrimas caindo de ambos os olhos até o queixo. Ela veste um vestido de tule transparente com detalhes de renda na gola e decote, mangas bufantes, se assemelha a um vestido antigo, por baixo usa um sutiã cor de pele e a transparência permite ver que sua pele é levemente morena. Em algumas fotos é possível ver em seu peito um pequeno broche de porcelana em forma de coração com desenhos florais e rachaduras em dourado. Ela interage segurando um grande prato de porcelana com rachaduras em dourado e padrões florais em azul nas bordas semelhante aos que tem desenhado nos olhos. Em todas as imagens ela segura o prato com delicadeza tendo uma expressão vaga e melancólica para o horizonte.

"Odette", 2016

Técnica mista, 30cmx8cm

#pratodomundover Descrição: fotografias no formato vertical, mostram uma boneca deitada sobre um fundo de tecido branco, envolta há ramos e rosas amarelas secas. A boneca tem pele branca, o corpo é mais largo e menos alongado, no lugar do cabelo possui diversas flores pequenas brancas e amarelas que intercalam umas as outras, o rosto largo tem uma expressão triste e melancólica, mesmo sem as sobrancelhas, olhos fechados e uma lágrima discreta rola pela bochecha esquerda, em meio a pálpebras lilases e bochechas vermelhas, um vermelho intenso nos lábios. Os seios pequenos são expostos sobre as costelas aparentes da mesma forma que a genitália, ela deita de forma neutra com os braços entreabertos ao lado do quadril. A segunda imagem é um detalhe, aproximação da mesma cena focada no rosto da boneca.

"Carnificina floral - Camellia" 2020.

Técnica mista, cabelo humano. 15cmx7cm

#pratodomundover Descrição: fotografias formato retrato, mostra uma mão feminina segurando um pequeno caixão de madeira na cor preta, onde dentro há uma boneca aconchegada por pequenas rosas vermelhas no fundo do caixão. A boneca, de pele branca e coberta de hematomas, não possui braços ou pernas, apenas o tronco e faixas ensanguentadas onde deveriam estar os membros inferiores, a genitália esta exposta e acima o abdômen é aberto, de onde nascem pequenas flores vermelhas em meio ao sangue, os seios estão amostra e o mamilo direito é coberto por uma flor vermelha idêntica aos do abdômen, assim como o ombro direito de onde nascem mais flores em volta do osso lascado. O colo é marcado por uma pele fina e o formato do osso externo é exposto bem como as costelas na cintura, seu rosto pende tristemente para a esquerda, tem os lábios vermelhos inexpressivos da mesma forma que o olho esquerdo, inteiramente branco, tem o olhar vago, e o direito é consumido por uma cicatriz em carne viva de onde nascem mais flores vermelhas, por fim o cabelo humano castanho claro cortado em uma franja, com comprimento até a cintura da boneca.

"Um pedaço de mim", 2019.

Técnica mista, cabelo humano. 40cmx7cm.

#pratodomundover Descrição: fotografias na vertical, mostram uma boneca marionete sobre um fundo branco de tecido, tem o corpo e membros alongados e esguios, de pele branca com detalhes rosa nas extremidades como dedos, joelhos, mãos e pés. O cabelo humano é negro e longo passando um pouco do quadril da boneca, dividido ao meio, mostra o rosto inexpressivo da personagem, sem sobrancelhas, de olhos fechados e bochechas marcadas em um vermelho intenso da mesma forma que os lábios. Tem os seios expostos ao lado das costelas bem marcadas, a genitália abaixo é exposta com detalhes de cabelo humano imitando pelos pubianos. Na primeira imagem a boneca está em posição neutra com os braços dobrados ao lado do colo, a segunda imagem é mostrada com os braços levantados.

"Em algum lugar de mim" ,2021

Óleo sobre painel de MDF - 40cmx40cm

Auto retrato

#pratodomundover Descrição: fotografia quadrada, de uma pintura no formato redondo. Mostra o busto de uma mulher sobre um fundo azul em degradê, mais escuro nas bordas e mais claro ao centro, ela tem cabelos azuis ondulados até o ombro e uma franja, a pele é de um tom moreno não muito vivo, tem o olho direito entreaberto com olheiras roxas, enquanto o olho direito é oculto por uma borboleta azul pintada grosseiramente com a tinta formando texturas, destoando do restante da técnica do quadro, os lábios são roxos e estão entreabertos em um suspiro sem muita força, o pescoço e o colo são marcados pela clavícula.

"Menina submersa" 2021

Técnica mista. 30cmx15cm

#pratodomundover Descrição: fotografias em paisagem e formato quadrado. Mostrando uma escultura de uma mulher de pele branca manchada por marcas de decomposição, parece submersa em um lago raso, o rosto, mãos, seio e uma perna emergem para a superfície, o restante do corpo é perceptível apenas como uma mancha branca abaixo da água, os cabelos negros flutuam pela correnteza e se enroscam nos dedos, tem os olhos fechados, pálpebras liláses. Na superfície em volta da menina há vegetação, musgos e algumas vitórias-regias, o fundo da água é de um azul escuro e turvo com uma camada de resina brilhante que da o efeito de transparência, tudo no meio de uma moldura dourada.

“Subjetivo ou ideal” ,2020.

Videoperformance.

Sinopse: Uma jovem perde seu rosto após um sonho, e sem poder voltar à realidade, presa no entre mundos vaga a procura de sua identidade por memórias e devaneios.

#pratodomundover Descrição: o video se passa sobre um efeito azul e desfocado, a primeira cena retrata uma menina cobrindo seu rosto com um tecido branco, em seguida vemos o que parece ser a mesma menina despertando assustada em sua cama. A tele escurece e vemos os dizeres “Subjetivo ou ideal”. É mostrado um céu azul com nuves, a cena seguinte mostra a menina sentada, usa uma blusa branca que mostra os ombros e tem o cabelo de comprimento médio e franja, ela olha para cima e então para o lado, vemos novamente o céu azul com nuvens e a silhueta da copa de uma arvore no canto inferior direito. Então a silhueta da menina de costas para uma janela, ela mostra ambas as mãos vazias, a cena corta para mostrar uma folhagem de copa de árvore balançando na brisa, a menina aparece novamente e leva as mãos em direção a câmera, corta para a folhagem na arvore, onde vemos a mão da menina retirar dali um livro de capa dura e lisa. A cena seguinte mostra uma pequena flor entre a folhagem sendo coberta por um véu, voltando ao livro, quando a menina o abre cai um pedaço de papel. Estrondo, corte dramático onde vemos a menina de costas, agora sem a blusa, o rosto coberto pela sombra do cabelo, ela se vira devagar para a câmera. Voltando ao papel que caiu, agora nas mãos da menina é possível ler os dizeres “estive te procurando por muito tempo”; a menina amassa o papel em seguida. A cena seguinte a vemos com o tecido na cabeça, ela o enrola em volta de si e então enfia uma parte na boca. Corte, vemos uma janela sendo abatida pela chuva, e então a menina se enrola novamente no tecido revelando apenas a boca em uma expressão de choro. A próxima cena a vemos parada em posição neutra em um ambiente externo sobre a chuva com uma venda ocultando os olhos, um corte ocorre e a vemos de costas para a câmera, sem a blusa, escalando uma parede. A cena externa retorna e a menina de costas começa a levantar os braços e andar na chuva em círculos. Corte, as folhas das arvores agora são violentamente balançadas pelo vento e pela chuva. A próxima cena é um close do rosto da menina na chuva, ainda vendada como se estivesse com dificuldade de respirar. Corte, vemos a chuva cair sob um piso branco em que a agua se acumula. A próxima cena mostra a menina mergulhando embaixo da agua, de roupa e ainda vendada, nada por ali com um véu sob o corpo como se procurasse por algo. Corte para uma cena interna, a menina está em um canto assustada vendada com uma máscara que possui o desenho de olhos e detalhes de renda e pérolas que caem como se fossem lágrimas, de dentro da boca ela tira um papel dobrado e o abre com a ponta dos dedos onde lemos os dizeres “por muito tempo estive me procurando”. Estrondo, vemos a menina sobre a agua com uma expressão de susto graças a venda que cai de seus olhos. Corte, vemos o mesmo quarto do inicio do vídeo, onde a menina dorme tranquilamente até uma pessoa se sentar ao pé da cama. É a mesma menina que se observa dormir e desvia o olhar para o horizonte em seguida. Escurece.

A exposição

Aqui irei tratar sobre a representação da melancolia, não o termo que Freud usou para batizar o que mais tarde seria a depressão como transtorno, mas como disse Victor Hugo: “A melancolia é a felicidade de se ser triste." assim sendo o sabor "Agridoce" da vida, e título que será carregado nesse projeto, o qual irá retratar essa dualidade. A tristeza, o luto, a solidão, entre outros sentimentos, ainda são considerados tabus, vivemos em uma época na qual a inteligência emocional está em desenvolvimento, a terapia começou a se popularizar a poucos anos e ainda não é acessível a muitos, criando um ciclo vicioso. As obras que compõem esse projeto são diversas, distintas linguagens e suportes foram explorados ao longo de anos de produção que acompanharam minha trajetória artística e seu amadurecimento, ao mesmo tempo que retratam minha busca pelo equilíbrio que reside na melancolia. Dentre essas obras dois elementos se encontram serão destacados: a cor azul e a representação do corpo, seja em desenhos, pinturas, esculturas, fotografias ou performances, esses elementos se repetem constantemente e por muito tempo aconteceram de forma inconsciente. Em "Agridoce" procuro desvendar o significado desses símbolos presentes em meus trabalhos para entender minha poética pessoal. Para os explorar e apresentá-los será desenvolvido um pequeno documentário performático, no qual o corpo vivo da artista se relaciona diretamente com as obras e o espaço em que elas estarão dispostas, que é de igual relevância e significado pessoal na história da artista.