Still

 So, I’m still here

A lot of things have changed

Lots of lifes crossed mine

But, somehow, my last best feelings are still the ones I had for you, with you

Well, my life is going towards a whole new direction

I’m not even sure if I’ll keep living at this country anymore

I just hope that the changes keep coming, lots and lots of them

And I also hope that, at some point, a new change becomes my new great reality for good

While it doesn’t happen

I’m still here, 

Still missing a lot of things from the past

Still feeling those last feelings

Just, still.

Achava eu que aprendera muito

Achava que já tinha achado

Estou achando que a única opção mesmo

É viver achando que já tivesse encontrado...

Na mesma direção

Vai...

Deixa a distância nos aproximar da saudade

Porque às vezes é melhor assim

um sentimento de longe

do que viver um abismo, lado a lado.

Vai...

...

Que eu prefiro ser a dor do corte

do que ser um amor cicatrizado.

Vai...

...

Quem procura a liberdade

não se perde, não se atrasa

faz do mundo a sua casa

(e já encontrou, sem procurar...)

Vai...

...

E se lá na frente, em outra estação

Nosso caminho se encontrar

Foi porque a gente escolheu se perder, 

na mesma direção.

[Allan Dias Castro]

A coragem de pedir

Hoje eu criei a coragem de pedir, pedir uma ajuda, pedir um abraço...

E tive a felicidade de receber essa ajuda, e de receber não só um abraço, mas vários. Mas o abraço que me confortou mais do que tudo não foi físico, foi um abraço que eu senti através de um conjunto de várias sensações. 

Uma das sensações, a que logo me acalmou da bad que eu estava passando minutos antes de chegar, foi a de acolhimento por encontrar alguns rostos que eu não via há anos, e mesmo assim perceber que eu não era um rosto esquecido, que aqueles vínculos que foram criados lá no começo da faculdade ainda existiam, mesmo que um pouco enferrujados, mas estavam lá, e rapidamente voltaram a ter quase o mesmo brilho de antes. 

Outra sensação, a que me fez ficar por lá o máximo de tempo que eu poderia, foi a de conforto. Sabe aquele conforto de se sentir em casa na casa de alguém, de não precisar pedir água, de andar descalço, de até mesmo abrir o portão pra alguém, mesmo não sendo a sua casa, sabe? Então, foi uma tranquilidade dessas que eu senti, e que me fez ficar por lá e nem ter mais vontade de ir embora. Afinal, se eu já estava “em casa”, pra que ir pra outra casa só pra dormir, não é mesmo? haha.

Por fim, a última das fortes sensações que eu senti dentro daquele "abraço”, foi a sensação de continuidade. Foi o fato de perceber que tudo aquilo não era só euforia do momento, que seria uma distração momentânea e logo iria acabar. O sentimento na verdade era de que todos aqueles vínculos, assim como se mantiveram fortes mesmo depois de muitos anos e diversas mudanças na vida, também se manterão fortes e, possivelmente, até serão fortalecidos durante os vários próximos anos que virão. E foram alguns “Você tem que voltar a sair com a gente mais vezes hein!” que fizeram com que eu fosse embora sentindo a leveza e o entusiasmo de que, mesmo que ainda um pouco sem jeito, eu ainda me encaixava naquele grande abraço.

Desde o início da faculdade, à medida que os anos iam passando, eu fui ficando pra trás, pro lado, pro outro, pra todo canto, exceto perto. 

Eu me via sempre muito preocupado e engajado em auxiliar com as necessidades dos outros, com os desejos e vontades alheias. E não me arrependo disso, inclusive é isso que me faz ter sempre tanta curiosidade pra variados assuntos, e também ter o engajamento pra dar o máximo de mim nas coisas em que eu me comprometo a participar. 

No entanto, esse altruísmo era forte demais, e eu gastava praticamente todas as energias para atender às necessidades dos outros, e sobrava pouco para as minhas próprias necessidades. 

E assim eu fui ficando pra trás, e ficando até com vergonha de me fazer presente, de ter que admitir que eu não estava conseguindo lidar com tudo aquilo, enquanto eu via todos seguindo em frente e cada vez mais distantes.

E eu não estou escrevendo tudo isso como forma de me vitimizar, pelo contrário, escrevo com o orgulho de compartilhar que agora eu consegui fazer toda essa reflexão, e consegui transformar todas essas experiências em uma base forte de suporte para a minha vida daqui pra frente.

Durante esses vários últimos anos eu tive várias experiências, cresci sim, me desenvolvi sim, mas também tive inúmeras dificuldades e me peguei várias vezes repetindo ciclos intermináveis de frustrações. Mas, só agora passei por uma dor tão grande, que chegou ao ponto de me desmontar por completo, e me fez reanalisar todas as experiências que moldaram o meu ser. 

A dor que eu senti, eu não desejo a ninguém, e por isso compartilho essas palavras. Com o intuito de que, possivelmente, desperte uma consciência analítica em você que está lendo e talvez se identifique com alguma das dificuldades que eu mencionei, e assim, consiga sair do seu “Piloto Automático” da vida, para analisar e entender o significado das dificuldades que você já viveu e às vezes se repetem dolorosamente. 

Hoje, finalmente, eu consegui me deixar ser vulnerável, reconhecer e valorizar as vontades e dificuldades que eu tenho, e perceber que, eu não preciso ter vergonha de estar perto de vocês. Cada um tem a sua história de vida, suas dificuldades e suas conquistas. E quanto mais conseguirmos compartilhar, cada vez mais forte e confortante será esse “vínculo familiar”. 

Hoje, finalmente, eu perdi a vergonha de mim mesmo, e criei a coragem de pedir um abraço. E em troca, recebi o sentimento mais acolhedor, confortante e revigorante que já senti na vida. Sentimento esse, que foi o único capaz de me ajudar a superar uma das maiores dores que eu já senti até hoje. 

Então, torço para que esse texto sirva, para alguns, de inspiração, para outros, de alerta ou somente um convite à reflexão. Mas, mais do que tudo, espero que seja, para todos, uma mensagem de: Muito obrigado, vocês não fazem ideia do bem que me fez poder sentir esse grande abraço!

-Gangue da Barba, SINCE 2011.

28/07/2018

Por fim, acabou.

É claro que não acabou. Ainda tem muito sentimento aqui, tem muito amor, e, na verdade, tem muito mais ainda do que tinha antes, porque agora eu consigo expressar, externalizar e demonstrar tudo, agora eu não me contenho e não tenho dificuldades pra falar e ser espontâneo.

É uma droga que eu tenha conseguido fazer tudo isso tarde demais, e tão tarde que não sobrou nada pra você querer voltar.

É óbvio que eu te amo, que eu vou sentir falta pra caralho e que eu tô com uma dor tão imensa que eu cheguei a pensar cometer loucuras irreversíveis pra acabar com essa dor...

Enfim, não acabou nada, não acabou mesmo, e duvido muito que vá acabar de vez...

Mas acho que agora tem que partir de mim, porque enquanto eu te procurar, você vai ceder, e enquanto você ceder, eu vou criar alguma esperança. E eu não sei qual é o motivo ou oque te leva a se entregar, a se deixar expressar o amor que você tem por mim, e a vontade de estar comigo. Mas se não é pra dar essa esperança e deixar esse sentimento reaflorar, então não é mesmo saudável continuar fazendo isso.

Agora eu estou chateado, magoado, atordoado, desolado. Mas tudo isso de ruim uma hora passa, as coisas ruins não têm força suficiente pra dominar uma vida, pelo menos não a minha. O que não vai passar é tudo oque houve de bom e maravilhoso entre a gente. Não vai passar a vontade de ter escolhido um apartamento juntos, de ter ajeitado ele do nosso jeitinho, de continuar fazendo planos pra vida. Não vai passar a vontade de ver um filho nosso crescendo, de a gente ensinando e cuidando ele do nosso jeito, com nossos ideais, nosso princípios, desejos e sonhos. Não vai passar todo o prazer que você me deu, todas as posições que a gente testou, todos os lugares que a gente transou, toda a vontade provocada, e, mesmo que não tenham sido muitas, as intensas vezes em que você gozou comigo. Não vai passar a lembrança do cheiro do seu creme, do seu shampoo no meu travesseiro, de você me acordando com um beijo tão leve de tanto medo e dó de me acordar muito cedo. Não vai passar todo o intenso sentimento de quando a gente se beija, e eu puxo o seu cabelo pra trás, e você me aperta, e me envolve com as suas pernas. Não vai passar a vontade de ser seu parceiro, seu suporte, de te ajudar a superar os desafios da vida e de poder comemorar e aproveitar cada grande conquista.

Nada disso tudo que foi lindo, maravilhoso, intenso e pareceu até um sonho de tão gostoso, vai passar. Eu vou ter que me acostumar a viver me contentando a não ter mais isso, a não poder vivenciar mais nada disso. Vou ter que aceitar que perdi tudo isso pra sempre.

Oque não vai passar é a certeza que eu tenho de que você é a mulher com quem eu decidi passar todos os futuros anos da minha vida.

Mas alguma coisa teve que acabar, e acabou... Só não sei o que é que acabou, porque muita coisa não vai passar...

Um fim que parece não acabar...

O término de um relacionamento é um evento na vida para o qual nós nunca vamos estar preparados.

Não tem essa de “a cada vez que acontece, você fica mais forte”.

Um relacionamento sério é algo que você escolhe ter para ser o único, apostando todas as fichas, pra não sobrar fichas pra apostar em outra coisa.

Os términos que eu conhecia, os que eu já vivi, sempre foram términos que vinham acompanhados de uma vontade de se afastar, de apagar as lembranças rapidamente, de ‘reiniciar o sistema’ logo.

Mas dessa vez foi diferente de todas… Dessa vez eu perdi o chão, e não consegui pensar em nada, nenhuma razão, motivo, esperança forte o suficiente pra me dar suporte.

Dessa vez, o fim veio acompanhado de uma vontade imensa de ficar mais perto ainda. Uma vontade de voltar no passado, não para desfazer as coisas, mas para tentar refazer de um jeito melhor.

Dessa vez eu não quero apagar nada, esquecer nada, devolver nada. Queria congelar tudo como está e pronto, pausar a vida neste instante.

Dessa vez eu não estou nem conseguindo organizar as ideias na minha cabeça… eu nem quero organizar…

Dessa vez, nesse texto, é só isso… uma ínfima parte de toda a dor que está transbordando por meios que eu não consigo controlar :/…

desculpa…

obrigado…

vou sentir muito a sua falta……

te amo.

Um pouco mais

Muitos ‘poucos’ nós já tivemos

Poucos dias, poucas semanas e pouco tempo

Mas é impressionante perceber como destes poucos surgiram muitos ‘mais’

Mais ficar à vontade, 

mais sorrisos bobos que escapam sem se perceber, 

mais sentir falta da forma mais saudável e gostosa possível, 

mais querer cada vez mais ficar perto, 

mais esquecer e ignorar cada vez mais os poucos, e transformá-los em mais. 

No meio disso tudo, também há aquilo que transformamos em pouco ou que simplesmente eram inexistentes. 

Inexistentes conflitos sem razão ou sem desfecho, 

Inexistentes cobranças desconfortáveis, 

Inexistente exigência de atenção, presença ou qualquer iniciativa, 

Inexistente vontade de fugir...

Muito, pouco, inexistente. A questão não é o quanto, mas a forma e a intensidade de como passamos por tudo isso. E eu te digo mais uma vez, eu desconhecia a maior parte de tudo oque senti e estou sentindo por você. É de deixar bobo o quanto de coincidências, de compatibilidades, de conforto e tranquilidade que desenvolvemos a cada dia a mais que passamos juntos. 

E, bom, não quero e não consigo ser menos breve do que estou sendo, então só queria dizer que não me arrependo nem um pouco de qualquer coisa que eu tenha feito por você até hoje, e que eu não tenho outra perspectiva de vida, a não ser, ter o prazer de viver, cada vez mais, ‘um pouco mais’ de nós.

sobre o primeiro “tô com saudade”

Ontem eu percebi o quanto você se entregou e realmente está “tentando deixar tudo ficar mais gostoso”.

Foi euforia do álcool? Talvez tenha dado mais coragem de dizer, mas não te fez inventar uma coisa que não sente. Tenho a convicção de que você é sensata o suficiente para não deixar a bebida te levar a fazer ou dizer coisas que você não queira.

Então, obrigado. Não por achar que você fez um favor pra mim, mas por você mesma, pela naturalidade com que você está se deixando levar, o que me faz lindamente bem, e consequentemente lhe faz bem de volta.

Onde tudo isso vai parar? Não faço ideia, e só quero saber sobre cada dia que for chegando…

Vão dizer que é exagero

Exagero?

Exagero é não parar de colocar suco no copo mesmo depois de começar a transbordar

Exagero é beber até não conseguir nem mais sentir o gosto do que é aquilo, ir vomitar e voltar a beber de novo

Exagero é achar que nunca na vida você vai vivenciar um conjunto tão bem arranjado das melhores sensações, sorrisos e caras em um intervalo tão curto de tempo, de uma forma tão natural e espontânea.

Exagero é tudo aquilo que ultrapassa o agradável, que vai contra a vontade, que começa a ser mentira e que tem segundas, terceiras e quartas intenções escondidas.

A expressão de um sentimento não tem exageros quando há plena sinceridade e compatibilidade.

Quando se compreende que um relacionamento pode ser mediado como uma troca ao invés de uma “indução”, o limite de cada ação é subjetivamente compreendido, e, neste caso, não é nem com o limite que nos preocupamos, e sim com a espontaneidade daquilo que vamos compartilhar. 

Dizer coisas fofas, palavras bonitas, “textões”, tudo isso pode sim ser exagero, pode ser cansativo e desgastante, mas apenas quando ‘ultrapassa o agradável’, quando o real objetivo por trás disso tudo é induzir uma outra pessoa a sentir o mesmo que você. 

Mas, quando se faz tudo isso pela simples vontade de compartilhar oque te transborda, aí não há exageros, há muito de muita coisa, muito carinho, muita felicidade, muita “cara de bobo”, muitos olhares fixos e muitos sorrisos involuntários. Mas o muito não é exagero, o “muito” acontece quando você já se sente completo consigo mesmo e começa a se preocupar apenas em compartilhar aquilo que te faz bem, e então, cada ação, expressão e sentimento, começa a sair naturalmente de você, começa a transparecer através de um sorriso disfarçado no canto da boca, uma cara de alegre que nem você percebe que está fazendo, ou até mesmo naquela busca pelas mãos entrelaçadas, seja pra atravessar a rua ou só pra deitar e dormir. 

E quando oque mais te faz bem é uma pessoa, você acaba querendo compartilhar ela com ela mesma. Confuso pensar isso, não é? Mas a explicação é que, pode sim existir uma pessoa que te faça tão bem, que seja tão compatível com você a ponto de você querer que ela se enxergue em você. Você começa a querer que ela sinta de que forma cada ação dela te atinge e que sensações isso te provoca. E então tudo fica fácil, cada ação sua passa a ser um reflexo de uma ação dela, e vice-versa, e versa, e vice, e vice… e isso é a troca. É a progressão involuntária de uma reação em cadeia de sentimentos, de ideias, de pensamentos, de virtudes, de revoltas, de “piras” e “nóias”. É a simples vontade de querer colocar a sua essência naquilo que você quer compartilhar, ao invés de se preocupar em maquiar as suas ações com os gostos de outra pessoa, apenas para fingir que tem o mesmo perfil e talvez agradar com o clichê de “olha só, nós combinamos nisso aqui hein!”. 

Exagero é conter tudo oque sai da cabeça, e trava na garganta. É um exagero de “não sei o que mas é ruim”, deixar de compartilhar tudo o que passa na tua cabeça, deixar de falar exatamente o que tá sentindo pura e plenamente naquela hora… Deixar de, dizer uma frase de três palavras com um sentimento muito sincero, assim como eu pensei em dizer quase agora… 

De exageros o mundo está cheio, e eu estou de saco cheio disso tudo, principalmente do exagero de ter que seguir padrões, de ter que se encaixar em alguma classificação, do exagero de ter que ser algo que alguém um dia já foi e definiu. Eu quero mesmo é o “muito”, ser muito o que eu sou de verdade, ser muito eu, muito de mim, ser muito transparente pra não ter que me preocupar em ficar fingindo, sendo exageradamente alguma coisa só pra me misturar e ser aceito.

Eu quero muito mesmo é ter muito de você. Muitos dias, muitas surpresas, muitas saudades boas, muitos, muitos, muitos e muitos beijos. Quer muito, ter de verdade, sentir de verdade e por inteiro, sem muito medo, sem o exagero de um estado permanente, inalterável e inflexível. Sem o exagerado medo de falar mesmo o que se tem vontade na hora. 

…Com tudo isso, vão dizer que é exagero, sem entender o “muito”. Mas eu quero mais é que todo o mundo continue com sua exagerada rotina de ver e induzir exagero em tudo mesmo. Enquanto isso, eu vou cultivando os meus muitos.

E hoje, por todos os muitos que incrivelmente nós já tivemos e continuamos a ter a cada instante…Quero te dizer que, por o todo presente e possíveis futuros muitos… Muito, eu te amo.

Das várias faces

Passei a vida inteira decorando a face única de cada pessoa De repente, me aparece uma pessoa única de várias faces Agora passo os dias decorando a única vida de cada face dessa pessoa repentina que me intera a vida.

É na subjetividade que eu encontro a liberdade Sendo indireto não preciso me prender ao medo de um significado só, de ser interpretado logo de cara com a intenção errada Ao caminhar por vias tortuosas para me expressar, tenho tempo e espaço para me entender, e, quem sabe, deixar me entenderem A diretriz clara na conversa pode até levar ao desfecho muito mais rápido, mas é disso que eu tenho medo, de ter logo uma conclusão. Tão logo que não dê nem tempo de fantasiar, de aproveitar a incerteza e o desprendimento, e de se entregar por inteiro àquilo que está fazendo maravilhosamente bem, naquela hora. É na subjetividade que eu encontro a possibilidade Sem uma escolha definida, toda incerteza é uma possibilidade. Pode ser ruim, mas também pode ser bom. Pode vir a ser algo extraordinário, ou uma merda que você vai demorar anos e vidas pra superar. Era na subjetividade, que eu me apoiava. _______ O estranho é que, de repente o subjetivo e o objetivo, pra mim, não têm mais distinção. Ambos estão me fazendo bem (e é claro que eu morro de medo da possibilidade de me fazerem mal também). De repente, toda a informação que eu trazia no meu manual de sobrevivência se misturou, e virou um pacote de tudo junto. Oque é claro é que nunca antes eu havia me sentido seguro pra me portar com estes dois comportamentos ao mesmo tempo, misturados na mesma conversa, no mesmo sentimento, na mesma vida... O que é claro é só isso, a percepção do quão surrealmente gostosa é essa troca que eu estou vivenciando, e a empolgação de ter encontrado na vida uma forma totalmente nova e diferente de me sentir bem. É novidade, é curiosidade, é vontade (muita vontade), é tranquilidade, é compatibilidade, e é um pouco de medo. É tudo isso, nessa clara direta do que é certeza, escrita indiretamente sobre o que é duvidoso. E agora, isso tudo é objetivo ou subjetivo? Não sei, só sei que é bom. E a partir de agora é no "bom" que eu encontro a liberdade.

Instantes são sempre imprevisíveis...

Com seu curto tempo e sua repentina ação

Na sua forma de chegar e sua forma de deixar...

      Instantes são aqueles poucos segundos que te fazem esquecer do tempo

Um momento que te faz não pensar cronoLógicamente

      É um fato que pode causar os mais extremos sentimentos

Uma bomba de adrenalina, ou uma queda de dopamina

Simples assim... Um ponto de Exclamação, uma Interrogação, ou reticências

      Instantes estes, que preenchem o dia,

Invadem seu curto tempo livre,

Ou se escondem em centenas de suas várias horas de concentração

      Há instante pra tudo,

Pra te impulsionar, te jogar, te fazer voar

Ou pra te segurar, te apertar, te parar...

      E, não há uma vida sem instantes

Assim como não há um amor sem amantes...

Há sim longos dias interminantes,

Mas sempre haverá instantes, instantes e instantes...  

      [rodrigo.akira]

Quem nunca?

Quis falar algo e todo o discurso ficou preso na garganta,

Parou de ouvir o que ela estava falando porque a respiração dela perto de você estava gritando mais alto,

Ficou esperando alguma surpresa acontecer, por mais improvável que fosse?

Chega um dia que você decide aceitar a impossibilidade de um desfecho, e simplesmente passa a tentar viver negando, até um momento que acha que conseguiu não querer mais vivenciar aquelas cenas imaginadas. E então você “se recupera” daquela ilusão e volta a conviver tranquilamente. Mas assim como o que você imaginava antes, essa verdade também não é possível, não está tudo tranquilo, não está tudo bem e você não deixou – nem um pouco – de querer ser mais do que um ouvido e um ombro pra ela. Você ainda larga o que seja que estiver fazendo pra sair com ela, ainda fica surpreso com a forma que ela sabe identificar seus gostos melhor do que você mesmo, ainda fica bobo olhando as fotos dela no seu celular, depois que ela vai embora, ou você deixa ela em casa.  

Não tem como superar cara, você não vai esquecer. Tu não vai deixar de ficar ensaiando roubar um beijo dela, não vai deixar de ficar louco tentando desvendar se ela algum dia te deu um sinal, ou se ela em algum momento, pelo menos por um segundo, já pensou na loucura de deixar você roubar aquele beijo que estava tão na cara.

Às vezes ela parece mandar sinais tão óbvios, e você começa a achar que está chegando em algum lugar... Mas daí aparece qualquer “contra-sinal”, que faz até parecer que ela está se contradizendo, e faz você acordar de novo. Você se preocupa, tenta ser compreensivo, prestativo, engraçado. Tenta mostrar de inúmeras formas que pode ser o cara em quem ela vai encostar a cabeça e dormir naquela tarde de chuva, enquanto assiste um filme em meio às cobertas. Mas sempre que pensa em tomar qualquer atitude pra afirmar isso, seu corpo todo trava, sua garganta dá um nó, e os milésimos de segundo de loucura acabam, você fica são de novo, fica covarde e não faz nada.

E então chega o “dia em que você decide aceitar a impossibilidade de um desfecho, e simplesmente passa a tentar viver negando...” Negando pra si mesmo o que sente, escondendo pra todos o que quer, e contendo, com todas as forças, toda essa tempestade de pensamentos que passa dentro da tua cabeça toda vez que você se vê perto dela.

E de tanto ter que repetir esses mesmos passos, você começa a achar que é normal viver assim, que é normal ter esses sonhos contidos, esses amores platônicos. Começa a se contentar e perceber que vai conseguir viver bem sim sem que aconteça o que você espera, e que, tudo bem, a companhia dela é boa da forma que está, mesmo que você tenha que esconder o jeito que gostaria que estivesse.

Assim você vai vivendo, e se convencendo de que tudo isso é muito comum sim, e que ela sabendo ou não disso tudo, pode não fazer a diferença que se espera, mas que está sempre tudo bem, por que afinal,

“Quem nunca?”...

(denadatudo)

Vivo, porque fujo...

E agora eu passo a vida assim, fugindo

Fugindo de mim mesmo, do que eu já fui, do que me tornei

Fugindo do meu passado, do que eu vivi, do que eu sonhei

Fugindo não de tudo, mas de cada fato que me obriga a me afastar

Fugindo, de uma vez, de tudo oque me faz lembrar...

Fujo não por vontade, mas por necessidade

Fujo buscando algum conforto que me sirva de abrigo

Fujo tentando me distrair, evitando a insanidade

Fujo até mesmo de alguma ajuda, evitando as vezes até um ombro amigo

Fugi pra não piorar

Fugi pra evitar, pra tentar me cegar

Fugi pra esquecer

Fugi pra superar

E nesses dias ando vivendo assim... Fugindo do que me faz fraquejar

Pois só enquanto Fujo consigo me orientar

E se algum dia eu finalmente conseguir superar tudo isso, será simplesmente, porque eu Fugi, porque eu não consegui enfrentar...

[rodrigo.akira]

A percepção é muito relativa, muito... seletiva. A cada momento, as pessoas têm uma percepção diferente. Elas, assim como as câmeras, usam variadas lentes para cada "função" desejada, para cada tipo de imagem que se quer registrar. Mas diferente das câmeras, oque uma pessoa observa não é uma imagem estática, é um fato, um sentimento, outra pessoa... qualquer coisa, concreta ou abstrata.

Em fotografias, após escolher a lente, começa-se a alterar a imagem de acordo com seu gosto, para isso usam-se os filtros de imagens, deformando,mudando ou só decorando a imagem até quando a imaginação deixar. No caso das pessoas, esse processo é o mesmo que sonhar: distorcer uma realidade a seu bel-prazer,sem se impôr um limite, sem se preocupar com a consequência que a criação de uma ilusão pode gerar. 

Dentre todas as semelhanças dessa comparação, há uma que, para a fotografia é uma vantagem, já para o resto é um grande defeito. O Foco. Em uma câmera o foco é utilizado para se visualizar e registrar nitidamente uma imagem. Para uma pessoa, o uso é o mesmo, mas o problema é que ao focar em algo, ela passa a não enxergar todo o resto em sua volta, ou seja, ela vê com clareza aquilo que mais interessa, porém fica cega para qualquer outro detalhe a sua volta. Isso pode ser bom, pode ser ruim, ou até indiferente. Pode ser efetivo, ou inofensivo... o verdadeiro problema mesmo é que 

a percepção é muito relativa, muito... seletiva, e isso às vezes nos faz deixar de perceber certos detalhes. Detalhes que até não fariam a maior diferença, mas que valeriam a pena ter sido notados. (denadatudo)

A ausência de lágrimas significa que você ficou mais forte. Mas isso não quer dizer que os fatos pararam de te entristecer... (denadatudo)

That’s it, I’ll take the risk.

Podem escrever sobre o que for. Não importa o que seja, tudo um dia será dito. A verdade é que os pensamentos tem seus tempos certos para serem lidos, entendidos, vividos… Assim como fotos, as palavras escritas são uma forma de eternizar sentimentos,e fixá-los em um ponto do tempo, para depois lembrar de cada sentimento que te levou a expressar tudo aquilo. E além do passado, o futuro também é alcançado - palavras podem esclarecer muitas coisas - mas mesmo que não o façam, pelo menos seu presente estará registrado, e quem sabe no futuro você entenda tudo aquilo de vez. 

Comecei a escrever esse texto não porque “a inspiração bateu”, foi só porque decidi criar coragem, e percebi que vale a pena registrar certas coisas, por enquanto é isso… esse texto todo pode não fazer muito sentido, mas como eu disse, sem inspiração agora. (denadatudo)