Tumgik
concursando · 5 years
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Alguém fez esse vídeo para mim, sobre “como recuperar sua ambição em sete minutos”.
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concursando · 5 years
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De volta ao centro de treinamento
É muito difícil retornar à estaca zero depois de se avançar bastante em direção a um objetivo importante e ser barrado a uma etapa da vitória. Internamente, às vezes, penso que ter participado do concurso em que fui eliminado neste ano equivale a não ter feito concurso algum, porque nada aconteceu. Objetivamente, apesar disso, tenho várias lições sobre o que deu certo, sobre o que não deu certo e, talvez o mais importante, sobre como administrar o restante da minha vida que não envolve concursos, enquanto aguardo uma aprovação.
Em relação a esse último tema, preciso considerar o seguinte:
1) Colocar todas as moedas num único pote somente é uma opção para quem pode se dar ao luxo de escolher a dedo o caminho que deseja seguir. A crise econômica ainda está de vento em popa, inclusive na advocacia, por isso deixar de prestar os concursos da DPE-MG e da DPE-DF não foi uma boa opção, quando analisada retrospectivamente;
2) Agora que os planos não deram certo, preciso reconsiderar a rota de concursos de Defensorias na minha vida, pois não consigo me manter motivado em relação a eles, seja com relação às provas, seja quanto à atividade profissional em si. Li este texto apócrifo (quem souber o autor, por favor, avise-me) em algum lugar e considero-o adequado ao meu momento:
"Um pai antes de morrer disse ao filho: “este é um relógio muito antigo do teu bisavô; tem mais de 200 anos. Antes de ficares com ele, vai ao café da rua e tenta vendê-lo para ver o quanto vale.” O filho lá foi. Quando voltou, disse que o conseguia vender por 10€ no café. Então, o pai disse: “agora, vai à relojoaria e faz a mesma coisa”. O jovem assim fez, e, na relojoaria, conseguiu uma oferta de 30€ pelo relógio. O pai disse: "agora, vai ao museu e mostra lá esse relógio". Quando ele voltou, disse ao pai: "no museu, ofereceram 500.000€ pelo relógio!!!”
O pai então disse: “eu queria que aprendesses que o lugar certo valoriza o teu valor da maneira certa. Não fiques irritado por não te valorizarem no lugar errado. Quem sabe o teu valor é quem o aprecia; nunca fiques num lugar que não combina contigo".
Conheça o seu valor!
Meu estado de espírito nos próximos meses deve ser o mesmo de 50 Cent pré-2003, sendo treinado por Dr. Dre e Eminem (e talvez eu precise de mentores equivalentes) num ambiente controlado.
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concursando · 5 years
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Acabou
Infelizmente, meus recursos contra o resultado da segunda fase do concurso da DPE-SP não foram providos.
Não tenho muito o que escrever neste momento, exceto o fato de que vou ter de tirar o fim de semana para reavaliar minha vida, porque estou muito longe do estado de coisas de que gostaria.
Espero que o tempo até que eu me levante seja mais curto desta vez.
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concursando · 5 years
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O que aconteceu
07/01: Levei a sério a possibilidade de prestar o concurso da DPE-SP, o mesmo lugar de onde saí quase três anos antes, com o peso do mundo nas costas. 12/01: Considerando meu histórico de extrema dificuldade em provas objetivas (fiz 55/100 na DPE-PR em 2017 e fui eliminado no GIV no MPF), coletei o máximo de depoimentos de aprovados e pedi todas as dicas possíveis de quem está no extremo oposto - aprovado ou com uma série de vitórias nas primeiras fases dos concursos. 17/01: Decidi usar meu tempo e minha energia limitados apenas na realização de questões anteriores. Ganhei os dois volumes do Revisaço DPE da Editora JusPodivm. Comecei a fazer questões diariamente e a marcar no calendário revisões programadas de 24h, 7 dias e 1 mês. 26/02: Chego à conclusão de que três horas por dia fazendo questões é a coisa mais burra que já fiz na vida. Meus boletos atrasados calam minha boca.
01/04: Não consegui completar 1/3 do Revisaço, mas cheguei perto da marca de 1.000 questões resolvidas. Várias delas foram analisadas três vezes, algumas delas, duas vezes. 08/04: A pouco mais de uma semana da primeira fase, não consegui terminar as dez provas completas que planejei resolver como treinamento. 11/04: Fiz 61/100 na prova da DPE-MA de 2018 em casa, dez pontos abaixo da nota de corte. Preoccupation intensifies. 12/04: Fiz 69/100 na prova da DPE-PR de 2017, que, por trauma, nunca mais havia pegado para olhar desde o meu tombo em abril de 2017. Fiquei acima da nota de corte, e isso me devolveu um pouco de ânimo. 13/04: Fiz 74/100 na prova da DPE-SC de 2017, mais um resultado acima da nota de corte. Viajei no mesmo dia, de ônibus, para São Paulo, tentando ler e ouvir o máximo de material possível antes da prova do dia seguinte. 14/04: Uma chuva me pegou no caminho para a prova. Segui minha estratégia peculiar de começar pelas disciplinas em que tenho mais facilidade ou cujo conteúdo pode ser esquecido facilmente (Filosofia e Sociologia > Princípios Institucionais > Direitos Humanos etc.). Depois de oito horas de viagem, insiro meu gabarito no Olho na Vaga entre a sensação de "puxa, fui bem" e "será que estou perdido em ilusão de novo?". O site projeta uma nota de 66/88 para mim, e eu apenas dou de ombros. 15/04: Após o gabarito preliminar oficial, minha nota é 65/88, o que confirma a tese de Calmon de Passos de que concurso público é um processo de emburrecimento. Nada estudei aprofundadamente entre a DPE-PR e a DPE-SP, mas minha nota foi catapultada, graças à tarefa acerebrada de resolução de questões. 09/05: Não tenho muita energia nem muito tempo para estudar para a segunda fase. Como sou o rei do stalking, vou em busca de todas as provas e questões anteriormente elaboradas pelos examinadores. 08/06: Fiz o possível, o tempo foi curto, mas achei que dei o meu melhor, especialmente em Processo Civil, mas não tive tempo de terminar uma das questões de Direito Penal. Não sei o que pensar do adiamento da prova do dia seguinte. 15/07: Não acredito que há possibilidade de se responder adequadamente, em quatro horas e meia, aos enunciados das questões e da peça cível com desenvolvimento adequado de raciocínio analítico. O tempo acabou no meio de uma questão de Filosofia e Sociologia. 20/08: Sai o resultado preliminar da segunda fase, e meu nome não está lá. Vinte dos aprovados não atingiram o mínimo em Direito Civil. Penso que fui eliminado em Civil e em Penal. 21/08: Consulto meu resultado individual e descubro que fui eliminado em Penal, como previa, mas também em Difusos e Coletivos, disciplina sob a batuta de um ex-Corregedor, e em Princípios Institucionais, a cargo do presidente da banca do concurso em que fui aprovado anteriormente. Minha impressão ao sair da prova era a de que tinha ido bem em ambas; ao ler as correções, percebo coisas que a razão não é capaz de explicar. Vários espelhos, em várias disciplinas, continham elementos que não se relacionam direta ou indiretamente com o enunciado. 22/08: Interponho os recursos, mas jogo para o Universo a solução para meu problema. Não tenho mais expectativa sobre o que poderá acontecer.
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concursando · 6 years
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A vida acontece enquanto fazemos outros planos
O mundo deu muitas voltas desde a última vez em que postei um texto neste blog. Como alguém por aqui suspeitou, antes de mim mesmo, tive depressão, que se alojava em mim algum tempo antes de eu me exonerar do meu cargo anterior. Vivi dois anos muito difíceis desde então e tive dificuldade em estabelecer padrões de desempenho adequados a uma pessoa que, por um tempo, ficou tão murcha que mal conseguia tirar o lixo de casa.
Em 2016 e 2017, antes mesmo de conseguir reunir forças para enxergar os problemas de uma forma mais saudável, eu estava me impondo uma pressão para reagir imediatamente aos reveses que me atingiram, o que só piorou as coisas. Não consegui estudar para concursos por mais de 20 dos 365 dias de 2017, pois havia uma série de conflitos internos com os quais eu ainda precisava lidar. Prestei dois concursos, o do MPF (em março) e o da DPE-PR (em abril); no primeiro, fui eliminado no GIV por cinco questões, e, no segundo, sequer atingi a pontuação global mínima. O segundo foi, até certo ponto, traumático, pois fui muito pior do que eu imaginava. Os meus conflitos internos precisavam ser identificados e superados.
O principal deles era: eu concluí minha graduação em Direito para levá-lo a sério e vê-lo sendo jogado fora era um vandalismo cerebral. Presenciar, ao longo dos anos, inúmeros casos em que ele é a última coisa que passa pela cabeça dos operadores do Direito (decisões puramente morais ou baseadas no senso comum são sempre a primeira pedida) causou em mim, pela primeira vez na vida, a sensação de que eu estava sendo feito de bobo. Não importa o quanto eu estude, não importa o quanto eu me dedique, não importa o quanto eu dê a minha cara para bater: estarei, em qualquer cargo, refém de outro operador do Direito o qual pensa que sua consciência é uma bússola melhor do que a Constituição.
O segundo conflito era: a ênfase com que busquei o meu objetivo de levar o Direito a sério estava causando mal a mim. Desde 2014, minha vida havia se tornado um samba de uma nota só, e todas as suas áreas, exceto o trabaho diário, foram jogadas aos ratos. Por sorte, minha saúde física não foi afetada, apesar de eu ter ganhado algum peso ao me tornar ainda mais sedentário, mas não tiveram a mesma sorte a minha saúde mental, os meus projetos pessoais e a minha família. Quando eu me exonerei, tive dificuldade em recuperar minha identidade - quem é Ivan, agora que ele abandonou a armadura de defensor público?
O terceiro conflito era: ao ser derrotado em mais de 95% das batalhas judiciais em que me envolvia, eu comecei a perder não apenas o sentido do meu trabalho, mas também a minha autoestima. Em outras palavras, eu me via como alguém incapaz de produzir algo relevante, porque, por maior que fosse o esforço, o resultado negativo apareceria na quase totalidade das vezes. Quando lamentava o meu insucesso dentro da própria instituição, eu também não me sentia valorizado. Eu havia perdido a minha habilidade de me satisfazer com o meu trabalho e de enxergar valor no que eu fazia (e em mim), independentemente do feedback alheio. A vida é um eterno navegar entre conectar-se com o outro e suas expectativas e desafiar com coragem aquilo que não faz sentido para nós, mas, em vez de equilibrar com sabedoria as duas coisas, pendi para o lado da "assunção como verdade de tudo o que me dizem".
Desde o fim do ano passado, eu sinto que, após alguns tropeços, consegui superar a dor e aceitar com menos resistência o que a vida me traz e dar mais ênfase àquilo que está ao meu alcance. As soluções que obtive para os meus conflitos foram:
Para o conflito #1, simplesmente, larguei o positivismo jurídico como algo estabelecido. É pura ilusão acreditar que decisões judiciais, em todas as instâncias, baseiam-se exclusivamente no Direito, quando há diversas circunstâncias políticas, sociológicas, criminológicas e históricas entrando na conta. O que eu tenho a oferecer ao mundo, enquanto continuar na área, é o meu conhecimento jurídico, mas saber que ele é insuficiente no sistema de justiça atual abre-me os olhos para outros fatores e ameaças com as quais eu não contava na época em que depositava a minha "fé" na Constituição (bobo é quem lê Daniel Sarmento como quem lê o Novo Testamento).
Para o conflito #2, depois de um processo de coaching, consegui me reconhecer como "um cavaleiro preso na armadura", que precisava dar atenção às demais áreas da vida, para vivê-las e ter uma vida rica além da profissão. Eu ainda me irrito um pouco por somente ter descoberto isso depois de ter ficado sem dinheiro, porém há diversas formas de cuidar das várias áreas da vida sem gastar muito.
Para o conflito #3, reconheci o meu problema (depressão) e fiz terapia cognitivo-comportamental, cujos fundamentos são úteis até mesmo para quem está com a saúde mental em dia. Basicamente, é uma psicoterapia, baseada em evidências empíricas, que aplica alguns dos fundamentos do estoicismo grego para, por meio da interpretação adequada dos eventos da vida, eliminar o sofrimento desnecessário. Quase sempre, o que nos causa sofrimento não é um evento atual (um corte na mão, por exemplo), mas o sentido negativo que damos a situações passadas ("eu deveria ter me removido para a capital assim que eu percebi que meu trabalho ficou obsoleto no interior") ou previsões catastróficas que fazemos em relação ao futuro ("nunca mais vou conseguir estudar ou passar em um concurso").
Então, aqui vou eu de novo, rumo a novos estudos, porque tentar mais uma vez é o que eu sei fazer.
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concursando · 8 years
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Agora que eu tenho o dia livre...
...Posso ser um "profissional do estudo", e seguir a rotina que costumava pregar a amigos e colegas que pediam o meu auxílio para elaborar planos de estudo. Ter uma "jornada de trabalho" completa somente como estudante é algo está fora da minha realidade desde 2008, quando comecei a trabalhar como escrevente no TJ-BA, ainda no sexto semestre da faculdade.
Se, por um lado, fere o ego estar sem trabalho (ainda que voluntariamente), por outro, não posso deixar de ser grato por poder dedicar dias inteiros durante este ano a uma das tarefas que mais gosto de fazer na vida: ver Netflix, ops, digo, estudar. Mas, como já mencionei, o viés não é o do diletantismo: é hora de citar o meu comandante Muricy Ramalho, e dizer "aqui é trabalho"!
E assim será; recentemente, venho lendo vários conteúdos que estão me ajudando mais que amigos na minha reorientação de rumo. Dois deles estão em obras que se tornaram livros de cabeceira para mim: o primeiro deles é "A Guerra da Arte" de Steven Pressfield, sobre o qual eu já comentei no blog; o segundo é "The Miracle Morning" de Hal Elrod, que propõe mudanças extremamente construtivas na rotina, incluindo pela mais básica, que é acordar mais cedo, fazendo atividades orientadas ao autoconhecimento, à visualização de metas e objetivos e ao desenvolvimento pessoal em geral.
Assim que a minha nova rotina engrenar, pretendo compartilhá-la aqui e no YouTube, incluindo a minha grade de cursos, minha nova bibliografia e meus novos métodos de estudo.
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concursando · 8 years
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O teste de Olivia Pope
Se você assiste à série Scandal, já deve ter visto a protagonista Olivia Pope (Kerry Washington) dizer a outro personagem - quase sempre um cliente dos seus serviços de "limpar a barra" (nem sempre dentro dos limites da lei - a propósito, ela é, além de gestora de crises, advogada) -, quando alguém se envolve num escândalo, a seguinte frase, dita pausadamente, em alto e bom som: "What... do... you... want?". Na série, a interrogação tem um significado amplo, poderoso: para além do seu medo, da sua confusão mental, dos seus joguinhos ou do que você tem receio de revelar, que resultado você realmente quer alcançar procurando ajuda?
Pondo o cliente (ou amigo, no caso de Abby, que, já na Casa Branca, necessitou da ajuda de Olivia, ao se deparar com a possibilidade de rever frequentemente o seu ex-marido e agressor, em razão de ele poder se tornar o candidato ao Senado por Virgínia apoiado pelo presidente) contra a parede, Olivia, indiretamente, reforça: somente você pode enxergar seus propósitos, e, para isso, ninguém poderá lhe substituir; pode ser difícil encarar isso, mas, sem definir claramente o que você quer, a vida continuará lhe dando respostas ambíguas aos seus estímulos perante ela.
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Hoje, eu me imaginei contratando Olivia Pope para gerir a minha crise de carreira, mas, ao me lembrar de que ninguém poderá me ajudar a alcançar o que eu não sei bem o que é, tive que tentar fazer o exercício mental de ser confrontado com a pergunta, até ter claramente uma resposta. E ela é...
Não sei (às 18h09min de 30 de janeiro de 2016, horário de verão).
O problema de eu não ter uma resposta (algo que não me vem à mente desde 2013, quando as primeiras indecisões sobre o caminho profissional começaram, até se tornarem uma neblina sobre a minha vida inteira), contudo, não é só o adiamento de planos. No livro "O homem é aquilo que ele pensa", o autor, James Allen, declara que é um dever nosso, enquanto seres humanos, ter objetivos; caso não tenhamos, delegamos a outras pessoas a condução das nossas vidas - e, com isso, não podemos atribuir culpa a elas pelo que de ruim vier dessa delegação de poderes. Não ter objetivos, desse modo, não causa apenas um prejuízo temporal na busca dos próprios sonhos, mas também uma transferência de poder enorme para outra(s) pessoa(s), nem sempre honestas, altruístas ou alinhadas com os nossos propósitos.
Estando nessa encruzilhada, pensei em vários cenários para a minha vida, desde retornar à advocacia privada, visando a trabalhar um ambiente não burocrático e técnico, e, futuramente, "com dinheiro rolando", até voltar para a Bahia e estudar para concursos indefinidamente, passando por hipóteses intermediárias. Desta vez, terei que excluir a Bahia, porque não tenho, atualmente, tanto apoio da minha família assim.
Sobre a advocacia, embora eu me sinta estimulado intelectualmente a estudar e fazer carreira com Direito Comercial (ironicamente, o primeiro ramo do Direito por que eu me interessei; antes dele, eu era um outsider "de humanas" na faculdade, e só prestava atenção nas aulas de Sociologia e Ciência Política), sei que não me sentirei totalmente feliz, caso o resultado do meu trabalho não traga alguma forma de benefício comunitário palpável - não tenho nada contra a busca por desafios pessoais, ou quem vive apenas para si, mas esse não é o perfil dos meus sonhos. Até passei algumas horas lendo sobre "nomadismo digital" (algo que despertou um pouco do meu interesse - como um caipirão que poucas cidades visitou, viajar pelo mundo me parece fantástico), mas não consegui imaginar que tipo de trabalho remoto, vinculado à minha formação jurídica, poderia me gerar renda ao tempo em que promovesse algum tipo de benefício à comunidade; conhecer o mundo é bom, mas o que resta além das fotos e dos vídeos? Talvez, criar uma produtora de conteúdo para capacitação jurídica de serviços socioassistenciais no setor público e no terceiro setor... Mas que tipo de Município investe nisso?
Não estou 100% certo desta afirmação, mas, apesar de o trabalho individual ser um oásis para quem encarou gargalos cooperativos nos últimos tempos, gostaria de tentar novamente uma carreira conservadora, e, se possível, ligada ao Direito da Criança e do Adolescente, que descobri ser um deserto carente de reflexões e de ações. O que me resta então, já que o Ministério Público não me é uma opção?
Estou olhando para ela...
Magistratura estadual.
Não é um sonho ser juiz, não é um sonho vestir toga (pelo contrário, símbolos como esse, para mim, mais mistificam a figura do julgador do que o tornam mais apto a julgar de forma efetiva), e não é um sonho estar num ambiente de fórum o tempo todo. Entretanto, é um sonho aplicar o Direito de forma criteriosa, é um sonho obrigar serviços necessários à efetividade de uma tutela jurisdicional a funcionarem, e, sim, é um sonho ter poder de decisão.
But, Ivan, what do you want?
Não sei com certeza... Eu me esforcei o máximo que pude, e só consegui refletir até esse ponto.
Ivan, what... do... you... want?
Eu queria ser feliz, fazer a diferença e ter uma casa.
IVAN, WHAT... DO... YOU... WANT?
Ficou nervosa, Pope? Vai me forçar a decidir agora?
NO, I WON'T! BUT LIFE WILL DO THIS JOB, AND IT WILL HURT YOU UNTIL YOU LEARN TO PLAN YOUR PATH. IS THAT WHAT YOU WANT?
Não...
SO... WHAT DO YOU WANT?
Hoje, eu... tipo... quero tentar mais uma vez uma carreira tradicional, e espero ter sucesso na magistratura estadual.
Consider it handled.
Alea jacta est, Olivia!
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concursando · 8 years
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Entrando num gap
Quando tento me indagar sobre quais são as minhas motivações, quais são os meus talentos e o que me dá felicidade, não consigo ter respostas claras - às vezes, passo horas seguidas garimpando sinais, mas ainda não enxergo qualquer trilha clara por onde caminhar. Não considero que isso seja negativo, no entanto; talvez eu realmente esteja precisando de tempo para deixar a inspiração vir pela janela.
Outro dia, estava vendo uma palestra de Robert Greene (o autor de "As 48 Leis do Poder") num TEDx, de onde tirei conselhos providenciais:
Toda mudança no destino de alguém é apenas uma manifestação visível de uma preparação profunda ocorrida no decorrer do tempo. Ignorando esse aspecto invisível, falhamos em mudar algo fundamental dentro de nós mesmos, e, então, dentro de alguns anos, alcançamos nossos limites, tornamo-nos frustrados, desejamos mudança, agarramo-nos a algo rápido e superficial, e continuamos prisioneiros para sempre desses padrões recorrentes em nossas vidas.
A resposta, a chave para transformarmos a nós mesmos é, de fato, insanamente simples. Para reverter essa perspectiva, pare de se fixar no que outras pessoas estão dizendo e fazendo, no dinheiro, nas conexões, na aparência externa das coisas. Em vez disso, olhe para dentro; foque nas pequenas mudanças internas que compõem a base, para uma mudança muito maior no destino. É a diferença entre agarrar-se a uma sugestão e imergir-se na realidade, e é a realidade que irá liberá-lo e transformá-lo.
[...]
Em qualquer idade, você deve refletir em busca das suas inclinações mais antigas. Observe os assuntos, no presente, que continuam a acender a centelha pueril da curiosidade em você. E você deve observar as atividades que você tem sido forçado a fazer nos últimos anos, e que o repelem, que não têm ressonância emocional. Baseado nessas reflexões, você determina uma direção a tomar. Escrita, música, ciência, negócios, serviço público, o que quer que seja.
Agora, você tem um quadro global que você deve explorar, os ângulos, as posições que podem lhe satisfazer melhor. Você deve ouvir atentamente a si mesmo, o seu radar interno, os seus instintos. Você lentamente estreita o seu caminho, e afasta-se de outros, ao tempo em que aprende novas habilidades.
Estou me preparando para esse mergulho, e já me sinto ansioso!
Caso queira ver a palestra, segue abaixo o vídeo:
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concursando · 8 years
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O fracasso
Gosto de ser sincero neste espaço; às vezes, sinto mais compreensão por aqui do que na vida real, mas este post não é sobre desabafos desta vez.
Não é novidade o fato de eu estar insatisfeito profissionalmente, indeciso, deprimido, acuado, ou ainda, à beira de um ataque de nervos, por isso o que vem a seguir não causará espanto.
Decidi ir embora do cargo que ocupo, e partir, ainda sem um plano definido, rumo à busca da minha identidade que ficou perdida nos últimos anos. Como justificativas principais, já de conhecimento dos leitores deste blog, listo:
1) Depressão/síndrome de burnout. Não é fácil; caso reconheça alguém com isso, por favor, ajude-o em vez de zombar;
2) Não consigo mais executar o meu trabalho. Sentar e produzir textos se tornou uma tarefa absurdamente difícil para mim, com prejuízo enorme à qualidade do serviço que eu deveria executar;
3) Em algum ponto dos últimos dois anos, perdi a lista de objetivos que tinha para a vida, perdi amigos, perdi tempo, perdi a minha identidade... Não me reconheço mais; onde está aquele intrépido jovem que, além de otimista, tinha energia para fazer diversas coisas ao mesmo tempo e grande prazer ao estudar e interagir com outras pessoas? Quando foi que ele se substituiu por uma figura ranzinza, circunspecta, fria, apática e incapaz de mover o mundo?
Dos três piores anos da minha vida, dois deles acabaram de acontecer (2014 e 2015, além de 2002), e, com todas as minhas forças, não quero que 2016 seja um novo capítulo dessa história.
Não sou um fracasso, mas fracassei.
Agora, viro uma página. Melhor: inicio outro volume.
Alea jacta est!
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concursando · 8 years
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Coaching realmente vale a pena?
Fiquei um bom tempo sem acessar o Fórum CorreioWeb, até que, numa visita recente, percebi que uma nova "moda" havia se espalhado no "mercado de concursos públicos": o coaching específico para concurseiros. No entanto, nem tudo parece ser o que é, e muita gente acaba comprando gato por lebre, por não saber, exatamente, que serviço está adquirindo.
O que o coaching não é?
Uma simples apresentação de lista de tarefas diárias ou semanais;
Tutoria ou reforço de conteúdo de disciplinas;
Um calendário de mesa...
Uma fonte de fofocas ou de boatos internos da instituição na qual se pretende ingressar;
Mentoring (explicado adiante).
O que o coaching realmente é?
Segundo a definição do Instituto Brasileiro de Coaching, trata-se de
um processo de aceleração de resultados que consiste no desenvolvimento de competências e habilidades para o alcance de resultados planejados, e para serem alcançados com êxito necessitam de: empenho, foco e ações efetivas por parte do cliente.
Basicamente, o coach estabelece uma relação com o coachee (aquele que sofre a intervenção do método), na qual esse último define que metas pretende alcançar e em qual período. O coach, nesse caminho, "anda lado a lado com o coachee", mas agindo no sentido de extrair do coachee as respostas que ele próprio já tem para atingir o resultado almejado. É quase como se o coach fosse uma "mente externa" do próprio coachee - só que, de lá, não sairão soluções completamente impossíveis de terem sido pensadas pelo próprio utilizador do serviço de coaching.
O coach, nas suas intervenções, não assume uma postura de dizer o que é certo e o que é errado; contudo, a partir de séries e séries de perguntas e outras interações, algumas bases que o próprio coachee considera relevantes lhe são cobradas por meio de tarefas. Por exemplo, se o coachee reconhece que seu desempenho em Direito Tributário é pífio (podendo ter sido determinante numa eliminação em concurso ou reprovação em exame de ordem), e que ele não tem base sequer para dizer se multa é obrigação principal ou acessória, estudar novamente os conteúdos fundamentais daquela disciplina pode passar a ser uma tarefa ou um projeto a ser "cobrado" do coachee - não porque o coach diz que é importante, mas porque o próprio coachee, a partir da intervenção do método, explicitou seus pontos fracos que precisam ser trabalhados.
Daí, tem-se que o coach não precisa, necessariamente, conhecer, de maneira técnica, o objeto estabelecido como meta pelo coachee. Deve, somente, saber como estimular a autorreflexão do usuário do serviço, a verbalização dos seus objetivos, das suas motivações e das suas limitações, e a objetivação dos anseios do coachee por meio de projeto(s) realizável(eis) num determinado período.
Desse modo, o item 1 (ilustrado como: "tá aqui seu calendário semanal: segunda, 100 páginas de Capez, terça, três horas de lei seca, quarta, informativos resumidos de sites desconhecidos etc.") não é coaching (sequer mentoring), quando não parte de uma interação com o coachee, e não corresponde às respostas dadas por ele durante a intervenção do método.
O item 2 também não é coaching, por ser apenas transmissão de conteúdo. Pode se relacionar com o método, quando uma das tarefas pactuadas for a busca por reforço em determinada disciplina - mas esse reforço será dado por um professor, não por um coach (caso eles sejam a mesma pessoa, estará ela fazendo diferentes papéis nas duas atividades).
Quanto ao item 3... Apenas me diga se o calendário ainda é publicado...
O quarto item, embora possa agregar algum valor ao projeto a que o coachee se propõe, não é coaching: é somente fofoca ou vazamento de informações privilegiadas mesmo. Reforçando: o coach não precisa estar mergulhado ou ter vivenciado qualquer experiência no objeto desejado pelo coachee.
Por fim, o quinto item...
Coaching x mentoring
Muitos pretensos coaches confundem o seu trabalho com o de um mentor: acreditam que a sua experiência e/ou o seu sucesso em caminhos que o coachee pretende seguir lhe creditam a dar instruções ou transmitir conhecimentos que podem tornar a trajetória do coachee mais rica ou mais curta. Essa crença não é falsa, só não é coaching!
O mentor pode, sim, ser uma figura essencial no crescimento de um profissional mais jovem ou com menos experiência. Dele, diferentemente do coach, não se pode exigir menos do que bastante conhecimento específico sobre aquilo que promoverá a evolução de quem procura os seus préstimos. No entanto, são orientações mais globais do que uma simples transmissão de conhecimentos técnicos, como em uma aula dada por um professor. Segundo o IBC,
Diferente de processos de Coaching, que estão em alta em todo país, e que visam o alcance de objetivos específicos como, por exemplo, promoções, mudança de emprego, melhoria na comunicação e nos relacionamentos interpessoais, num determinado espaço de tempo, no mentoring não há um tempo definido para que o processo seja finalizado, pois esta tutoria é dada de acordo com a evolução do tutorado e, no coaching, o processo tem início, meio e fim, dentro de um prazo que varia de 3 a 6 meses.
Simulações de diálogos entre coaches, coachees e mentores:
Um coaching inicial:
Coach: O que você quer?
Coachee: Ser juiz!
Coach: Ser juiz onde?
Coachee: Olha, na seca que eu tô, até no Acre! Mas eu queria mesmo era passar na Magis de Sampa.
Coach: Mas juiz de quê? Do trabalho, de família?
Coachee: Juiz federal! Dá uma pala da desgrama! Mas eu aceitaria ser juiz estadual também, se tiver porte de arma.
Coach: Você considera perseguir os dois sonhos?
Coachee: Ah, qualquer um tá bom, tem 60 dias de férias... Tô loco pra ir pra Orlando comprar umas camisas do Colégio Hollister!
Coach: Mas você consegue estudar para os dois concursos?
Coachee: Eu sou brasileiro e não desisto nunca, se eu tiver que me jogar, eu jogo!
Coach: Estou falando dos conteúdos. O que você vê de diferença de um para outro?
Coachee: Ah, as matérias! Cai muito Tributário da Magis Federal...
Coach: Você gosta de estudar Tributário?
Coachee: Detestoooo!
Coach: E na Magistratura Estadual, o que mais pesa?
Coachee: Ah, as mais básicas, e pode cair tuuudo de Civil.
Coach: Somando os dois editais, seriam quantas disciplinas?
Coachee: Ah... umas vinte!
Coach: E você quer ser aprovado em quanto tempo?
Coachee: Um ano, um ano e meio no máximo. Não tô aqui pra brincar.
Coach: E você consegue estudar as vinte disciplinas nesse tempo?
Coachee: Ah... É...
Coach: Você considera estender esse tempo que você estabeleceu para sua aprovação?
Coachee: Não, preciso de dinheiro, meus colegas tão tudo passando...
Coach: E você considera aumentar suas horas de estudo diárias?
Coachee: Não, tudo tem que ter limite, minha academia é sagrada. Também não vou estudar no fim de semana.
Coach: Mas essa sua rotina, como você mesmo deu a entender, não permite que você estude vinte disciplinas em um ano e meio. Não acha que precisa definir um foco, entre magistratura estadual e federal?
Coachee: Como? O amigo da sobrinha da madrinha da minha namorada passou nos dois e tá fortão!
Coach: Você sabe quanto tempo ele passou estudando?
Coachee: Tipo... Ele começou em 2011... Passou nos dois agorinha, em outubro!
Coach: São mais de quatro anos, não?
Coachee: Mas o que você tá querendo dizer? Que eu não consigo?
Coach: Não sou eu quem está dizendo isso...
Coachee: Mas... Mas...
Coach: Que tal escolher uma só?
Coachee: Magis paulista, então.
Um mentoring rápido:
Mentor: E, então, como você está em Penal?
"Aprendiz": Tô bem seguro, eu sei bastante, tipo...
Mentor: Estudou teoria do crime direitinho?
"Aprendiz": Sim, sim, tipo... crime é fato típico e antijurídico, culpabilidade é pressuposto da pena...
Mentor: (facepalm)
"Aprendiz": Mas me disseram que, se cair na prova "o que é crime"...
Mentor: (duplo facepalm)
"Aprendiz": ...É para marcar "crime é fato típico, antijurídico e culpável".
Mentor: Vou te perguntar algo básico; diga para mim se há causas supralegais de justificação no Direito Penal brasileiro.
"Aprendiz": Ah, eu sei! Tipo...
Mentor (pensando): Vamos, quero que me surpreenda.
"Aprendiz": Tratados internacionais!
Mentor: (duplo facepalm, que poderia ser triplo com a ajuda de outra pessoa)
"Aprendiz": Tipo, os tratados internacionais são supralegais... Não? Pô, o Rogério disse isso na aula...
Mentor: Você sabe o que são causas de justificação?
"Aprendiz": Tipo... Os princípios?
Mentor: Vou facilitar; causas de justificação e causas de exclusão da ilicitude são a mesma coisa. Melhorou?
"Aprendiz": ...
Mentor: ...
"Aprendiz": Ah, agora que eu lembrei, como eu sou desmemoriado! Legítima defesaaa!
Mentor: O que é supralegal para você?
"Aprendiz": Tipo, acima ou fora da lei...
Mentor: A legítima defesa não está explícita no Código Penal?
"Aprendiz": Ah, é mesmo... Ah, você só faz pergunta difícil!
Mentor: Leia a p**** do manual de parte geral de Fernando Galvão, das páginas X a X+100, e pense no que você vem errando, misturando e aloprando. Sem aprender o básico de teoria do crime, você não vai a lugar algum.
"Aprendiz": Mas eu estudei!
Mentor: Not enough.
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concursando · 8 years
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Um tapa na cara (de novo)
Ontem, quando estava, mais uma vez, acreditando ter me perdido no mundo, entre cliques e mais cliques no YouTube, eu me deparei com o canal de um sujeito chamado Thomas Frank, que criou um canal muito interessante sobre potencialização de estudos e de outros temas da vida acadêmica. Os vídeos são sempre muito diretos e com conteúdo baseado em uma razoável pesquisa anterior.
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Mas a grande descoberta que tive não estava, exatamente, nesse canal, mas em outro da lista de "canais sugeridos" por Thomas: entre eles, estava o "How To Adult", criado por Emma Mills e Mike Martin. O primeiro vídeo que abri foi este:
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Gostei bastante de encontrar uma lista de seis "guias de sobrevivência da vida adulta", e, assim que cada um era citado, eu buscava encontrar nas livrarias virtuais a tradução correspondente. Um deles, no entanto, chamou mais a minha atenção: "A Guerra da Arte", de Steven Pressfield.
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Lamentavelmente, o livro, publicado pela Ediouro em 2005, está esgotado em todas as livrarias, e os hipsters estudantes de design levaram todos os exemplares remanescentes na Estante Virtual. Assim, fica difícil não usar o 4Shared... Enquanto buscava uma forma alternativa de ler a obra, vi, também, esta resenha sobre o livro, que aumentou ainda mais a minha curiosidade sobre o seu conteúdo:
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Ao fim do vídeo, já tinha me apossado de um PDF obscuro, e comecei a ler imediatamente. Não esperava ser tão agredido...
O mote do livro, na sua parte inicial, é dar nome e apontar o foco para aquilo que, sem outra explicação possível, destrói nossa existência enquanto seres humanos, a "Resistência" - basicamente, uma "força" que nos impele a não desenvolver o trabalho que deveríamos estar fazendo. Até aí, nada de novidade em relação a inúmeros livros de autoajuda que vemos nas livrarias - mas esse não é um livro de autoajuda: é um livro escrito por um artista sobre como superar bloqueios criativos.
"O que isso tem a ver comigo, então?". O conteúdo dessa obra é universal: basta ser humano e ter alguma aspiração maior na vida que envolva algum trabalho intelectual (concurseiros se incluem), que o bloqueio, ou melhor a "Resistência" estará lá como uma onda para dar um caldo no indivíduo que se propôs a ser melhor do que é. Ainda assim, nada novo, não é?
Mas a abordagem é diferente. A "Resistência" assume uma conotação tão viva no texto, que é possível, imediatamente, se ver como um ser dominado por ela - e, também, como um ser diferente dela, que a identifica e tem a aptidão para dominá-la. Leia estes trechos:
"Há um segredo que os verdadeiros escritores conhecem e que os aspirantes a escritor não sabem, e o segredo é o seguinte: o difícil não é escrever. O difícil é sentar-se para escrever".
"A maioria de nós possui duas vidas. A vida que vivemos e a vida não vivida que existe dentro de nós. Entre as duas, encontra-se a Resistência".
"A Resistência é a força mais tóxica do planeta. É fonte de mais infelicidade do que pobreza, doença e disfunção erétil. Ceder à Resistência deforma nosso espírito. Atrofia-nos e nos torna menores do que nascemos para ser".
"A Resistência é desprovida de consciência. Prometerá o que for preciso para conseguir o que quer e o trairá assim que você lhe virar as costas. Se você acreditar na Resistência, merece o que vier a lhe acontecer".
"A Resistência não está interessada em atacá-lo pessoalmente. Não sabe quem você é e não se importa. A Resistência é uma força da natureza. Ela age objetivamente".
Quando ainda era estagiário do MPF, em 2010, eu, de vez em quando, sofria de bloqueios criativos, quando o caso com que lidava era muito espinhoso ou demandava muita pesquisa. Num desses dias, ouvi do analista (hoje, juiz federal da terceira região) a seguinte frase: "faz qualquer coisa mesmo!". Eu captei o que ele quis dizer nas entrelinhas: havia uma tarefa importante que eu queria e precisava realizar, mas já estava perdendo tempo demais procrastinando ou pensando em "minúcias" ou qualquer outro elemento que não seria determinante para que a tarefa fosse bem feita.
"Fazer qualquer coisa" não significava fazer um trabalho desleixado; significava sentar e fazer "qualquer coisa" que estava ao meu alcance ali, naquele momento. É quase uma ponte entre o chavão "feito é melhor do que perfeito" e esse livro, que só vim a ler cinco anos depois.
Vários dos temas abordados parecem ser reprisados em livros para concursos, em especial a necessidade de dar foco àquilo que realmente nos faz melhores e de eliminar, durante esse trabalho, todas as distrações ou manifestações da "Resistência". Até mesmo um trecho sobre "inveja" e "Resistência" do livro de Steven Pressfield parece inteiramente transponível para o ambiente de concursos públicos:
Quando um escritor começa a superar a Resistência - em outras palavras, quando começa realmente a escrever - ele pode verificar que as pessoas próximas começam a agir de modo estranho. Podem se tornar amuadas ou mal-humoradas, podem adoecer, podem acusar o novo escritor de "estar mudado", de "não ser mais quem era". Quanto mais próximas esas pessoas forem do escritor iniciante, de forma mais bizarra irão agir e mais emoção colocarão por trás de seus atos.
Estão tentando sabotá-lo.
A razão é que essas pessoas estão, conscientemente ou não, lutando contra sua própria Resistência. O sucesso do recém-revelado escritor torna-se uma censura a elas. Se ele consegue vencer esses demônios, por elas não?
Em geral, amigos próximos ou casais, até mesmo famílias inteiras, deixam-se levar em tácitos acordos pelos quais cada indivíduo compromete-se (inconscientemente) a se manter atolado no mesmo lamaçal em que ele e seus colegas passaram a se sentir tão confortáveis A mais alta traição que um caranguejo pode cometer é saltar para a borda do balde.
A parte mais interessante do que li, até agora, todavia, foi outra: para Pressfield, sofremos mais com a "Resistência" quanto maior for o amor que temos para com o objetivo bloqueado, ou quando maior for a sua importância para o nosso desenvolvimento.
A Resistência é diretamente proporcional ao amor. Se estiver sentido uma Resistência maciça, a boa nova é que isso significa que aí também há muito amor. Se você não amasse o projeto que o está apavorando, não sentiria nada. O contrário de amor não é ódio; é indiferença.
Por fim, o autor também sustenta que a "Resistência" pode, apesar de tudo, nos servir de guia: onde ela está, tentando nos aterrorizar, é onde devemos ir.
O profissional enfrenta o projeto que representa um desafio para ele. Assume a tarefa que o levará por mares nunca antes navegados, que o compelirá a explorar partes inconscientes de si mesmo.
Ele tem medo? Sem dúvida. Ele está petrificado.
[...]
Portanto, se você estiver paralisado de medo, isto é um bom sinal. Mostra-lhe o que deve fazer.
Mais universal, impossível.
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concursando · 8 years
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Pressão: até quando a gente aguenta?
Aos meus caros leitores e colegas de estudo eu sei que devo uma explicação pelo sumiço em que mergulhei, depois de iniciar um projeto de canal no YouTube e alardeá-lo por aqui. Acredito, contudo, que compreenderão o motivo por que isso aconteceu - pelo menos, entenderão aqueles que já leram os meus posts de desabafo acerca das inúmeras misérias institucionais com que já me deparei no meu caminho profissional.
Decidi por não escrever sobre os detalhes do que vinha me afligindo (e que eu sabia não ser algo "comum", mesmo estando num pobre Município relativamente pequeno, trabalhando numa instituição que não tem o mesmo respeito ou reconhecimento de dignidade das demais carreiras jurídicas - apesar da remuneração ser parecida -, e lidando com uma área vinculada a um ramo do Direito que ninguém estuda); apenas copio o link do vídeo da Sessão Ordinária do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado de São Paulo do dia 16 de outubro, para quem quiser saber do que se trata (a partir de 1:56:00):
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Um mês e meio antes desse dia, eu havia protocolado o meu pedido de exoneração, que retirei após a demonstração de apoio institucional e da promessa de ações mais eficazes para evitar o que mais temo: ter que escolher entre dizer amém às violações de direitos humanos ou autodestruir-me (mesmo sabendo que todo trabalho vinculado à defesa de direitos de pessoas vulneráveis sempre tem uma certa dose de sacrifício; comigo, acho que a fronteira entre sacrifício e autodestruição já foi rompida sem que eu me desse conta...).
Decidi não me exonerar por agora, mas não sei se fiz a escolha certa: não tenho mais motivação, minha energia hoje é mínima, e saber que o feriado já se encerra só me traz maus sentimentos - entre eles, a certeza de que estarei, ao olhar para o lado, cercado por escorpiões.
Só duas outras certezas não me levam a deixar já o meu posto:
1) Sem modéstia, sou, na medida do possível, inteligente, e acredito que esse meu atributo, um dia, fará a diferença de maneira palpável, global e permanente;
2) Não sou vingativo, mas tenho, digamos, a vontade de ver o jogo virar (como já virou algumas vezes, em menor proporção, e em quantidade insatisfatória até agora). Agradeço aos frequentadores deste espaço por ainda acreditarem que dele sairá alguma coisa útil para as suas vidas, mas... num tá fácil.
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concursando · 9 years
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Quando a internet nos poda
Estou tentando, desde a manhã de ontem, fazer o upload de um vídeo no canal do YouTube sobre estratégias de organização de estudos (inclusive com as minhas inúmeras falhas nesse aspecto), sem sucesso.
Por favor, não pensem que eu abandonei o projeto!
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concursando · 9 years
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You leave home, you move on And you do the best you can I got lost in this whole world And forgot who I am
Miranda Lambert ("The House That Built Me")
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concursando · 9 years
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Coleção Marinoni & Arenhart featuring Mitidiero: primeiras impressões
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Hoje, depois de semanas de espera, recebi o pacote da RT com a minha coleção de livros de Processo Civil que elegi para uma reciclagem, diante do novo Código. Deixei de lado a de Fredie Didier, porque, a princípio, não pareceu ter sido reescrita, apenas adaptada (o que não é algo ruim, pois muita coisa nova do CPC é apenas incorporadora do que a doutrina já proclamava, ou simplesmente, repete a sistemática do texto anterior); não gostaria, portanto, de fazer releituras de capítulos inteiros.
Vendo o Facebook de Daniel Mitidiero, eu me deparei com esta foto, que parecia indicar que a dupla Marinoni/Arenhart, com a participação do autor gaúcho, estava escrevendo tudo de novo:
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Minha intuição era a de que até mesmo o primeiro volume da coleção anterior, peça solo de Marinoni, teria sido deixado de lado, para a construção de uma coleção mais enxuta, em apenas três volumes.
Ledo engano...
Abri o primeiro volume, e dei de cara com os mesmos parágrafos que me iniciaram no Processo Civil em 2006:
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Percebo aproveitamento literal de inúmeros capítulos dos volumes 1, 2, 3 e 5, e essa é a razão pela qual, também, considero que Mitidiero está mais como um rapper que faz um flow de trinta segundos num hit famoso, do que como um verdadeiro coautor - as partes que ele escreve são facilmente detectáveis ("Código Buzaid", "processo justo" aqui, "processo justo" acolá - Marinoni também gosta da expressão), embora não identificadas pela editora.
Como já fiz a compra, vou (re)ler a coleção, mas fica o alerta para quem buscava a aquisição, pensando que as obras teriam sido reescritas do zero. Talvez fosse pedir demais...
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concursando · 9 years
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Ajude-me a escolher uma carreira
Pessoal, acho que cansei do desgaste da minha vida (foram dois anos no cargo atual, vivendo somente para isso, perdendo amigos e momentos da vida, enquanto ainda tenho menos de trinta anos), e, neste ponto em que me encontro, sinto que estou apenas seguindo no piloto automático, sem me realizar enquanto pessoa, e sem contribuir, de verdade, para a humanidade (fazer um número expressivo de agravos e habeas corpus que jamais terão sucesso não me parece atraente).
Caso queiram me ajudar, escolham uma das opções que eu deveria seguir, justificando o voto nos comentários:
A) Continuar no órgão atual (Defensoria), pois o que falta nesse meio é alguém que não ceda às pressões e faça valer os direitos das pessoas vulneráveis;
B) Sair da Defensoria, porque os problemas que se enfrentam lá são estruturais, e o Direito é incapaz de removê-los, quando os órgãos que devem aplicá-lo são seletivos quanto ao seu reconhecimento - e, contra isso, não há nada a fazer.
Escolhendo a opção B, há mais uma enquete: sair para onde?
B1) Para a magistratura, porque é possível fazer a diferença dando a palavra final e construindo jurisprudência em torno do que a Constituição considera prioridade;
B2) Para o MPT, pois a vulnerabilidade dos trabalhadores é vista com olhos mais atentos pela Justiça do Trabalho e pelos demais órgãos capazes de sanar violações de direitos naquela área;
B3) Para a advocacia, e defender o que quiser livremente - ou virar as costas para os problemas enchendo os bolsos, indo para o Direito Privado, para lamentar a vida em Ibiza nas férias de quinze dias anuais.
B4) Largue o direito. Meça seus idealismos, parça.
Agradeço a quem votar.
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concursando · 9 years
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Por que eu não estou postando aqui
Caros colegas de estudo e demais leitores (será que sobrou algum?), infelizmente, não venho conseguindo gerar qualquer tipo de conteúdo para este velho blog (iniciado na época em que eu ainda advogava, frequentava bastante o Fórum CorreioWeb, e tinha os concursos como plano B). Não é por preguiça ou desinteresse, é por pressão mesmo.
Como já mencionei antes (na verdade, não me lembro se já escrevi sobre isso), a experiência que estou tendo no órgão em que trabalho é uma das mais humanizadoras que tive na minha vida (ao lado do natal de 1993, em que pacotes de biscoito doce sem recheio e histórias da Disney narradas numa rádio AM valeram mais do que qualquer celebração consumista), mas não de um jeito "bom".
Eu somente terminei o curso de Direito, porque acreditava, sendo positivista (aliás, ainda sou; estou esperando os meus óculos de grau com armação à la Humberto Ávila chegarem), que ele viabiliza o seu império a quem o invoque, especialmente se suas disposições contemplam proteção a pessoas vulneráveis ou minorias. Que ingênuo!
Não preciso me alongar quanto a isso, pois já há inúmeros posts de chororô pelas derrotas cotidianas, mas, quando a defesa da vulnerabilidade toma um status de "vendeta contra o sistema", e quando quem busca dar voz a quem tem um Estatuto a seu favor tem contra si requisitados DOIS inquéritos policiais (o primeiro já foi arquivado, porque, contra quem iniciou a balbúrdia, surgiram coisas terríveis, típica de vilania de novela da Globo), algo de errado se passa. Desde quando é necessário ser mártir para impedir que adolescentes sejam apreendidos sem situação de flagrante ou sem mandado judicial, ou que sejam torturados na apreensão, ou, ainda, que sejam algemados sem motivo?
Como adiantei, foram dois inquéritos, um ainda existe, mas já suspenso, por habeas corpus (JAMAIS pensei que um dia, depois de impetrar centenas de writs, fosse me tornar paciente, não de um, mas de dois deles). Imaginem, por alto, o que é levar a sério uma denúncia de tortura, haver elementos para se investigarem e denunciarem os agressores, vinculados ao Poder Público, e, de repente, PLIM!, agora, você é o mentiroso, criou tudo para atrapalhar o sistema, e, a partir de agora, é um denunciante calunioso!
Sim, é com barras desse tipo que eu me deparo. Espero que compreendam.
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